PJ investiga têxtil suspeita de fraude de oito milhões com fundos comunitários

  • Lusa
  • 4 Junho 2025

A PJ realizou 11 buscas domiciliárias e não domiciliárias, no Porto, Vila Nova de Famalicão, Matosinhos e Barcelos. Empresa têxtil é suspeita de fraude e desvio de fundos de oito milhões.

A Polícia Judiciária (PJ) do Norte está a investigar uma empresa têxtil suspeita de fraude e desvio de subsídios ao abrigo de três candidaturas a fundos comunitários, no valor de cerca de oito milhões de euros, anunciou esta quarta-feira aquela força.

Em comunicado, a PJ refere que, no âmbito do inquérito, realizou 11 buscas domiciliárias e não domiciliárias, no Porto, Vila Nova de Famalicão, Matosinhos e Barcelos. A operação permitiu a apreensão de sete viaturas automóveis, um motociclo, um barco de recreio, bem como 170 máquinas de confeção de “valor elevado que se encontravam em local fechado, visando eventualmente a sua dissipação”.

No total estiveram envolvidos cerca de 40 inspetores da PJ, incluindo ainda elementos do Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA) do Norte, peritos financeiros e informáticos, bem como inspetores da Autoridade Tributária, além da participação de um magistrado judicial e de quatro magistrados do Ministério Público.

Através do GRA, foram, ainda, efetuados arrestos de quatro imóveis e diversas contas bancárias. Das buscas resultou, também, a apreensão de um “grande acervo documental e digital, para consolidação da prova dos factos em investigação”.

Segundo a PJ, existem “fortes indícios” de que empresa, a laborar na área da confeção, foi declarada insolvente em 2022, conduzindo ao despedimento de cerca de 200 trabalhadores. “A partir dessa data, foi gerida de forma lesiva, apurando-se que, aquando da execução dos projetos, a sociedade encontrava-se em incumprimento à Segurança Social”, acrescenta.

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Seguros de vida precisam de melhor comunicação para desconstruir mitos

  • ECO Seguros
  • 4 Junho 2025

Num evento organizado pela Mudey debateram-se os obstáculos do seguro de vida para se tornar instrumento central de proteção financeira. Mitos afastam clientes.

O seguro de Vida deve abandonar a imagem de mera imposição associada ao crédito à habitação para se afirmar como instrumento central de proteção financeira e de planeamento familiar a médio e longo prazo, foi a conclusão principal da sessão promovida pela insurtech portuguesa Mudey com representantes da April, da Prévoir e da Zurich. O ponto de partida do debate foi o “Estudo sobre o Seguro de Vida 2025”, no qual a Mudey traçou o retrato do conhecimento, da perceção e da adesão dos portugueses a este produto: um em cada cinco segurados desconhece as coberturas que contratou e persiste uma desconfiança significativa em relação ao pagamento de sinistros.

Ana Teixeira, MudeyMudey

Ao longo da mesa-redonda, ficou claro que para os participantes a chave para alterar este cenário passa por uma comunicação mais pedagógica, segmentada e contínua. “O seguro de vida não deve ser apenas um requisito bancário. Deve ser uma escolha consciente de proteção pessoal, familiar e patrimonial”, frisou Ricardo Neves, diretor de canais alternativos e parcerias da Zurich, acrescentando que é preciso “inverter o driver de aquisição” e fazer do seguro parte integrante de um “plano de vida”.

A urgência de combater o défice de informação tornou-se evidente quando os participantes lembraram que muitas apólices são subscritas rapidamente para cumprir exigências de proteção. “Não basta vender. É preciso continuar a comunicar e garantir que o cliente sabe o que tem e quando o pode usar”, alertou Mónica Nicolau, diretora comercial da April, defendendo um pós-venda com esclarecimentos regulares, atualizações de coberturas e recolha de feedback, de forma a fortalecer a relação de confiança entre seguradora e segurado.

No que diz respeito à perceção de incumprimento por parte das seguradoras (ou seja, na crença popular que quando é preciso, as seguradoras não pagam) Paulo Silva, diretor comercial da Prévoir, afirma que “cerca de 75% dos prémios pagos pelos segurados são devolvidos à sociedade sob a forma de indemnizações ou provisões para pagamentos futuros”, o que evidencia, sublinhou, uma taxa de cumprimento “elevada” face à desconfiança pública. Os intervenientes concordaram que estes dados devem ser comunicados através de exemplos concretos e histórias de impacto positivo.

O estudo revelou ainda que trabalhadores independentes e famílias de rendimentos mais baixos são os grupos mais desprotegidos, precisamente aqueles que mais beneficiariam de uma rede de segurança financeira. Para chegar a estes públicos, foi defendida uma comunicação segmentada: canais digitais para os mais jovens, narrativas empáticas para quem tem menor literacia e linguagem clara, livre de jargão técnico. A diretora comercial da April contrariou o mito de que o seguro é caro indicando que “hoje é possível contratar seguros com capitais ajustados e prémios acessíveis, sem a comprometer a proteção essencial”

Outro desafio prende-se com a subida acentuada dos prémios a partir dos 50 anos – grupo etário cada vez mais responsabilidades financeiras (e que, por isso, precisa de proteção por mais tempo) devido ao aumento da esperança média de vida, ao adiamento da parentalidade e pela compra tardia de habitação.

A solução passa por alargar a base de segurados entre os 50 e os 60 anos para diluir o risco e, assim, poderá ser possível reduzir os custos, indicou Paulo Silva. A tecnologia pode acelerar este processo: ferramentas de monitorização da saúde do utilizador já permitem modelos de pricing mais justos, graças a uma avaliação dinâmica do risco.

A sessão terminou com um apelo transversal ao setor: promover literacia financeira, manter uma comunicação próxima e transparente para construir confiança e conseguir colocar o seguro de vida no centro das decisões de planeamento financeiro das famílias portuguesas.

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Emissões médias de CO2 dos carros novos na Europa aumentam ligeiramente em 2024

  • Lusa
  • 4 Junho 2025

Depois de uma redução significativa entre 2020 e 2023, dados provisórios apontam para uma nova subida da emissão média de CO2 dos carros no ano passado.

As emissões médias de dióxido de carbono (CO2) dos carros novos matriculados na Europa aumentaram ligeiramente em 2024, depois de uma redução significativa entre 2020 e 2023, indicam dados provisórios divulgados esta quarta-feira pela Agência Europeia do Ambiente (AEA).

Em comunicado, a AEA precisa que as emissões médias de CO2 dos automóveis novos foram o ano passado de 106,8 g CO2/km e em 2023 tinham sido de 106,4, enquanto as das carrinhas ascenderam a 185,4 g CO2/km (180,8 em 2023). “As emissões médias de automóveis e carrinhas novas ficaram abaixo das metas para toda a frota em 2024, mas ainda significativamente acima das novas metas que se aplicam a partir de 2025”, adianta.

Os dados provisórios relativos a 2024, com base em informações fornecidas pelos países, mostram que foram registados o ano passado na União Europeia (UE), Noruega e Islândia 10,7 milhões de automóveis (o mesmo número de 2023) e 1,3 milhões de carrinhas, o que representa mais 9% do que no ano anterior (1,2 milhões).

A quota de automóveis totalmente elétricos desceu, de 15,5% em 2023 para 14,5%, tal como a de automóveis híbridos ou híbridos plug-in (com ficha), 8,1% em 2023 e 7,2 em 2024. A Noruega (92%), a Suécia (62%) e a Dinamarca (56%) contam com as maiores quotas de automóveis elétricos.

Em relação às carrinhas elétricas (quase todas totalmente elétricas), a sua quota diminuiu de 8,3% em 2023 para 6,4% em 2024, o que “é a principal causa do aumento observado nas emissões médias para 185,4 gramas de CO2/km, mais 4,5 g de CO2/km em relação a 2023”, segundo a AEA.

A agência da UE refere ainda que mais de metade das carrinhas totalmente elétricas foi registada em três países: França, Alemanha e Países Baixos, enquanto as maiores quotas desta frota pertencem aos países nórdicos já referidos, Noruega (30%), Suécia (21%) e Dinamarca (18%).

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PJ faz buscas na autarquia de Bragança

As investigações da polícia na autarquia estão relacionadas com as obras da nova zona industrial, inaugurada em 2018, e a Circular Interior de Bragança.

A Polícia Judiciária realizou, esta quarta-feira, buscas na Câmara Municipal de Bragança. A presença da PJ nas instalações foi confirmada pelo próprio presidente do município, Paulo Xavier.

As investigações da polícia na autarquia estão relacionadas com as obras da nova zona industrial, inaugurada em 2018, e a Circular Interior de Bragança. Recorde-se que em novembro do ano passado veio a público que, na empreitada da nova zona industrial existiram trabalhos faturados mas não executados no valor de mais de 800 mil euros, assim como houve obras que não estavam previstas e foram executadas mas não foram faturadas.

Naquela altura, o ex-presidente da câmara, Hernâni Dias, explicou que tudo se tratou de uma falha administrativa. Ou seja, não se passou para o papel aquilo que aconteceu entre trabalhos que não foram feitos mas se faturaram e os que foram feitos e não se faturaram.

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Isenção de IUC atribuída aos táxis não abrange os TVDE

  • Lusa
  • 4 Junho 2025

A conclusão da AT é que “a atividade de transporte TVDE não integra o âmbito material da norma, que se circunscreve, por força do princípio da legalidade e da tipicidade, ao serviço de aluguer".

A isenção de IUC atribuída a carros para transporte em táxi ou para serviço de aluguer com condutor (da letra “T”) não é aplicável aos TVDE, esclareceu a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

Na origem desta posição do fisco está a dúvida de um contribuinte, visando perceber se um veículo afeto ao serviço de transportes TVDE está abrangido pela isenção contemplada no código do IUC (CIUC).

Em causa está a isenção do imposto único de circulação atribuída aos “veículos da categoria B que possuam um nível de emissão de CO2 NEDC até 180 g/km ou um nível de emissão de CO2 WLTP até 205g/km e veículos da categoria A, que se destinem ao serviço de aluguer com condutor (letra ‘T’) ou ao transporte em táxi”.

E a conclusão da AT é a de que “a atividade de transporte ‘TVDE’ não integra o âmbito material da norma, que se circunscreve, por força do princípio da legalidade e da tipicidade, ao serviço de aluguer com condutor (letra ‘T’) ou ao transporte em táxi” excluindo “todos os outros tipos de atividade de transporte”.

A sustentar a sua resposta a este caso concreto, a AT refere que o legislador do CIUC entendeu que a isenção seria aplicável aos veículos que “se destinem ao serviço de aluguer com condutor (letra ‘T’) ou ao transporte em táxi”, notando que, para efeitos do exercício de atividades conexas com o transporte rodoviário de passageiros, o IMT licencia um conjunto variado de atividades.

Entre estas atividades estão o transporte de passageiros em autocarros, táxi, transportes coletivos de crianças, aluguer de veículos sem condutor (rent-a-car e sharing), operador de TVDE e operador de plataforma eletrónica de TVDE.

A esta diversidade, soma-se a diferença das regras de acesso à atividade, que, no caso dos táxis, só pode ser exercida por empresas, incluindo empresários em nome individual, cooperativas e estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada, licenciadas para o efeito, sendo necessário um alvará, que é intransmissível e emitido por um prazo de cinco anos, renovável.

Já nos TVDE (transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir de plataforma eletrónica), a atividade do operador está sujeita a licenciamento podendo apenas ser exercida por pessoas coletivas estabelecidas em território nacional.

Nos TVDE o licenciamento é titulado por uma licença cuja primeira emissão tem uma validade máxima de 10 anos, renovável com validade máxima de cinco anos.

Na enumeração das diferenças, a AT indica ainda o facto de os TVDE não terem acesso às vias devidamente sinalizadas e reservadas ao transporte público de passageiros (vulgarmente conhecidas por faixas ‘Bus’) e de estes veículos circularem “sem qualquer sinal exterior indicativo do tipo de serviço que prestam”, com exceção de um dístico que é visível do exterior e amovível.

“[…]O que se pretende evidenciar é que o regime relativo ao transporte em táxi e aquele relativo ao transporte TVDE, é substancialmente diferente, nomeadamente, regulados por regimes legais distintos, com licenciamentos diferentes e requisitos de acesso e exercício da atividade diferentes”, afirma a AT na resposta ao pedido de informação vinculativa.

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Campanha da Uzina para a Ikea apontada como uma das favoritas ao Grand Prix de Cannes

O trabalho português é visto por uma revista britânica como um dos favoritos à conquista da maior distinção no mais importante festival de criatividade do mundo, que decorre entre 16 e 20 de junho. 

O trabalho “HiddenTags”, da Uzina para a Ikea, é apontado com um dos favoritos a levar para casa um Grand Prix do Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions, pela MediaCat. As previsões do meio britânico têm por base a opinião de especialistas do setor e a análise das listas de vencedores de outras edições.

A campanha em causa, foi lançada pela Ikea para celebrar os seus 20 anos em Portugal, tendo a marca desafiado os clientes a procurarem as etiquetas dos seus produtos, com o objetivo de encontrar o móvel mais antigo da marca sueca em Portugal. Quem tivesse a peça de imobiliário com maior idade ganhava um voucher de dois mil euros.

Para comunicar a ação, a marca apostou na altura numa campanha presente com um filme em televisão e digital, mas também com imagens em mupis, redes sociais e site. Contou ainda com conteúdo de uma influenciadora para mostrar aos consumidores como ler as etiquetas.

A campanha gerou um aumento de 14% nas vendas (em relação ao ano passado), com 31% das vendas registadas provenientes de novos membros Ikea Family e 42% de crescimento de novos membros no programa de fidelização (+95,5 mil novos membros).

As histórias recebidas com esta ação deram ainda origem a uma nova campanha de posicionamento da marca em Portugal. “Foi incrível, recebemos mais de 4.500 histórias e quando fomos analisar demos conta que as pessoas tinham histórias incríveis com móveis da marca que as acompanham por muito mais tempo do que o que estávamos à espera”, referia em abril a diretora de marketing ao +M.

Estas histórias serviram assim de mote para o novo posicionamento da marca uma vez que, analisando as histórias, muitas pessoas diziam que os seus móveis duraram muito mais do que as relações que tinham quando os compraram.

Recorde-se que a Uzina e a Ikea, com o mesmo trabalho, também levaram para casa o Grande Prémio da 27ª edição do Festival do CCP. A campanha recebeu também o Grande Prémio Jornalistas, tendo a Uzina e a Ikea ainda subido a palco como Melhor Agência do Ano e Melhor Anunciante do Ano.

Conheça as outras campanhas também incluídas como possíveis vencedoras de um Grand Prix de Cannes na lista da MediaCat:

  • “AI Scambaiters”, da VVCP London para a O2

Esta campanha da O2 introduziu a Daisy, uma senhora idosa criada através de inteligência artificial cujo objetivo é combater tentativas de burla, mantendo os burlões a falar indefinidamente até que estes desistam.

  • “Ink of Democracy”, da Havas Creative India para o The Times of India

A ideia da campanha “Ink of Democracy” baseou-se no facto de cerca de um terço dos eleitores elegíveis na Índia não terem votado nas eleições de 2019, o que levou a que 7.500 litros de tinta roxa indelével (que é aplicada nos dedos dos eleitores para evitar fraudes) não tenham sido utilizados. Para incentivar ao voto em 2024, o The Times of India e o The Economic Times imprimiram as páginas dos seus jornais com tinta roxa, em vez de preta.

  • “Now You Can’t Unsee It”, da Rethink Canada para a Heinz

A Heinz e a Marvel não desperdiçaram a oportunidade proporcionada pelos fãs — que apontaram nas redes sociais as parecenças entre as personagens Deadpool e Wolverine (nos seus fatos vermelhos e amarelos) e as embalagens de ketchup e mostarda da marca –, lançando uma campanha que promove tanto o filme “Deadpool & Wolverine” como a Heinz.

  • “Price Packs”, da Serviceplan Germany para a Penny

Numa altura em que a inflação subiu de forma intensa, a a loja de descontos alemã Penny concentrou-se em manter alguns produtos a preços estáveis. A forma de comunicar isso passou por alterar a identidade visual dos produtos, passando as próprias embalagens a mostrar os preços.

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Fórum para a Competitividade mantém perspetiva de crescimento abaixo de 2%

  • Lusa
  • 4 Junho 2025

O organismo aponta para a "deterioração das perspetivas externas e o abrandamento do consumo privado, para além do resultado muito fraco do primeiro trimestre".

O Fórum para a Competitividade mantém a estimativa de um crescimento abaixo de 2% em 2025, face à deterioração das perspetivas externas e ao abrandamento do consumo privado no primeiro trimestre, foi hoje anunciado.

A deterioração das perspetivas externas e o abrandamento do consumo privado, para além do resultado muito fraco do primeiro trimestre, reforçam a nossa expectativa de um crescimento abaixo de 2% em 2025”, lê-se na nota de conjuntura do Fórum para a Competitividade.

No mês passado, o Fórum para a Competitividade tinha estimado uma revisão em baixa do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano para valores inferiores a 2%. De acordo com a mesma nota, a redução das taxas de juro deverá ter um impacto limitado sobre o investimento, que está afetado pelas “débeis expectativas” de aumento da procura e pela elevada incerteza.

Acrescem as dificuldades de execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), aguardando-se a sua aceleração, “múltiplas vezes anunciada”. A deterioração das perspetivas internacionais deve-se às tarifas e à sua incerteza, que paralisa as decisões de investimento, de contratação e grandes compras.

O que parece mais certo é que o BCE [Banco Central Europeu] continue a diminuir as suas taxas de juro, um dos poucos aspetos positivos da atual conjuntura, embora estejamos cada vez mais próximos do fim destes estímulos monetários”, apontou. Na quinta-feira, o BCE deve decidir um novo corte de 25 pontos base nas taxas de juro, num contexto ainda marcado pelas tensões comerciais e por previsões de um crescimento económico débil na zona euro.

O Fórum acredita ainda que o resultado das eleições “parece garantir alguma estabilidade política no curto prazo”, sublinhando que as principais dúvidas estão relacionadas com a capacidade de o Governo conseguir aprovar as reformas de que a economia precisa.

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Governo tem três novos ministros e um novo Ministério. Saída de Pedro Reis é a surpresa

Gonçalo Matias, Carlos Abreu Amorim e Maria Lúcia Amaral são os novos membros da equipa executiva. Pedro Reis, Dalila Rodrigues, Margarida Blasco e Pedro Duarte estão de saída.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, deslocou-se esta quarta-feira à tarde ao Palácio de Belém, onde entregou ao Presidente da República a composição do novo Governo. A equipa que governará o país neste novo ciclo acaba de ser conhecida.

Há três novos nomes no elenco governativo: Gonçalo Matias, que será ministro Adjunto e da Reforma do Estado; Carlos Abreu Amorim, que será ministro dos Assuntos Parlamentares; e Maria Lúcia Amaral, que será ministra da Administração Interna.

De saída do Executivo estão Pedro Reis, até aqui ministro da Economia; Dalila Rodrigues, que era a ministra da Cultura; Pedro Duarte, anterior ministro dos Assuntos Parlamentares, que será candidato à Câmara do Porto; e Margarida Blasco, que era ministra da Administração Interna.

Montenegro procedeu ainda a uma reorganização de pastas. Margarida Balseiro Lopes, anterior ministra da Juventude e da Modernização, acumula agora a pasta da Cultura com a da Juventude e do Desporto. Perde a Modernização Administrativa, que ganha agora o estatuto de novo Ministério da Reforma do Estado.

Manuel Castro Almeida acumula a Economia com a Coesão Territorial, depois da saída de Pedro Reis – que, ao contrário de Dalila Rodrigues, de Margarida Blasco e de Pedro Duarte, não estava entre os apontados à porta de saída.

“O Presidente da República deu o seu assentimento à proposta, que será oportunamente complementada com os secretários de Estado”, lê-se na nota publicada esta quarta-feira à tarde no portal da Presidência.

A tomada de posse dos novos ministros está marcada para quinta-feira, 5 de junho, às 18h00, no Palácio da Ajuda. Os secretários de Estado, cuja lista de nomes ainda não é conhecida, tomarão posse no dia seguinte, na sexta-feira, às 12h, no mesmo local.

Veja aqui a lista:

Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros
Paulo Artur dos Santos de Castro de Campos Rangel

Ministro de Estado e das Finanças
Joaquim José Miranda Sarmento

Ministro da Presidência
António Egrejas Leitão Amaro

Ministro da Economia e da Coesão Territorial
Manuel Castro Almeida

Ministro Adjunto e da Reforma do Estado
Gonçalo Nuno da Cruz Saraiva Matias

Ministro dos Assuntos Parlamentares
Carlos Eduardo Almeida de Abreu Amorim

Ministro da Defesa Nacional
João Nuno Lacerda Teixeira de Melo

Ministro das Infraestruturas e Habitação
Miguel Martinez de Castro Pinto Luz

Ministra da Justiça
Rita Fragoso de Rhodes Alarcão Júdice de Abreu e Mota

Ministra da Administração Interna
Maria Lúcia da Conceição Abrantes Amaral

Ministro da Educação, Ciência e Inovação
Fernando Manuel de Almeida Alexandre

Ministra da Saúde
Ana Paula Mecheiro de Almeida Martins Silvestre Correia

Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social
Maria do Rosário Valente Rebelo Pinto Palma Ramalho

Ministra do Ambiente e Energia
Maria da Graça Martins da Silva Carvalho

Ministra da Cultura, Juventude e Desporto
Ana Margarida Balseiro de Sousa Lopes

Ministro da Agricultura e Mar
José Manuel Ferreira Fernandes

(Notícia atualizada pela última vez às 17h27)

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Insurtech captaram 35 mil milhões de investimento em quatro anos

  • ECO Seguros
  • 4 Junho 2025

O estudo da NTT Data revela que seguradoras apostam em novas tecnologias para automatizar processos, criar experiências personalizadas e gerar eficiências operacionais.

O setor global das insurtech captou 40 mil milhões de dólares (35 mil milhões de euros) nos últimos quatro anos, “consolidando o seu papel como agente-chave na transformação digital dos seguros”, revela o mais recente relatório Insurtech Global Outlook 2025 da NTT DATA.

O estudo, que inquiriu executivos a nível global, mostra que 70 % dos executivos esperam uma mudança “relevante” no mercado entre os próximos três a cinco anos, impulsionada sobretudo pela necessidade de gerir melhor os dados, responder a novas exigências regulatórias e reforçar a cibersegurança.

A pressão para evoluir traduz-se em investimento: 96 % das empresas tencionam aumentar ou, pelo menos, manter estável o orçamento para a tecnologia — uma tendência que se mantém desde 2020, acompanhando explosão tecnológica do setor de seguros nos últimos cinco anos. Não admira, por isso, que 74 % dos inquiridos coloquem a transformação digital como prioridade número um, à frente da experiência do cliente ou da eficiência operacional.

A cibersegurança e o cumprimento regulatório surgem, pela primeira vez, entre os cinco maiores desafios globais, ao lado das expectativas dos clientes, de sistemas legados (softwares antigos que continuam a ser utilizados nas empresas, apesar de haverem tecnologias mais recentes e mais eficazes) e dos custos operacionais. A resposta das empresas passa, em 56% dos casos, por adaptar “sua jornada de transformação para responder a estes desafios através de maiores investimentos tecnológicos e novas alianças estratégicas”.

A inteligência artificial (IA) generativa assume-se como grande protagonista desta nova fase: se em 2020 apenas 32% viam a IA como crucial, em 2025 já são 65% a elegê-la como a tecnologia emergente de maior impacto previsto no setor graças “à sua capacidade de automatizar processos, criar experiências personalizadas e gerar eficiências operacionais”. Para melhorar as capacidades desta tecnologia, 60 % dos executivos consideram essencial “melhorar a capacidade de gestão de dados”, enquanto 56 % reconhecem a necessidade de uma base de transformação digital mais robusta.

A indústria seguradora encontra-se num ponto de viragem, as empresas já não se limitam a explorar as tecnologias emergentes, mas estão a integrá-las no centro das suas estratégias para liderar num ambiente cada vez mais digital, complexo e regulado” declara Inês Eusebio, head of insurance Iberia & LATAM da NTT DATA. “A IA generativa, a cibersegurança e a automação, juntamente com outras tecnologias, tornaram-se ferramentas essenciais para oferecer valor acrescentado a um cliente cada vez mais digital, antecipando riscos e assegurando a sustentabilidade do mercado” acrescentou Inês Eusebio.

“A edição de 2025 confirma que a indústria seguradora está a atravessar uma transformação profunda, impulsionada não só pela adoção de tecnologias como a inteligência artificial e a computação quântica, mas também por exigências regulatórias crescentes. Este novo contexto, embora desafiante, abre um espaço de inovação e colaboração entre incumbentes e startups, promovendo um setor mais ágil, personalizado e orientado para o cliente”, afirma Nuno Albuquerque e Castro, partner e head of insurance da NTT DATA Portugal.

O olhar para o futuro prolonga-se para lá da IA: a computação quântica, ainda numa fase inicial, surge como aposta estratégica de longo prazo para modelar risco, gerir carteiras complexas e prever eventos catastróficos, conclui o estudo. Embora exija infraestrutura especializada e maturidade cultural, já integra a lista de prioridades das seguradoras mais inovadoras, ao lado de outras tecnologias avançadas.

“Ambas as tecnologias marcam o início de uma nova etapa no desenvolvimento do ecossistema insurtech, em que o setor segurador deverá acelerar a sua adoção de capacidades avançadas, estabelecer alianças com líderes tecnológicos e preparar-se para redefinir a sua proposta de valor”, remata o comunicado.

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Setor de serviços dos EUA contrai pela primeira vez em quase um ano

A economia dos EUA tropeça com o setor dos serviços a contrair e o índice de preços a subir 5,5%, enquanto as tarifas de Trump desafiam a robustez do mercado laboral.

O setor de serviços dos EUA contraiu inesperadamente em maio, com o índice de gerentes de compras (PMI) do Institute for SupplyManagement (ISM) a cair para 49,9 pontos, abaixo da marca de 50 que separa expansão de contração, surpreendendo os analistas que previam uma leitura de 52 pontos.

Esta é a primeira contração do setor desde junho de 2024 e representa uma queda significativa face aos 51,6 pontos registados em abril, num momento em que as tarifas impostas pela administração de Donald Trump começam a impactar a maior economia do mundo.

O índice de novos pedidos, componente fundamental do indicador, caiu abruptamente para 46,4 pontos face aos 52,3 pontos de abril, sinalizando uma deterioração na procura e refletindo a crescente cautela por parte dos consumidores e empresas. “O nível do PMI de maio não é indicativo de uma contração grave, mas sim da incerteza que está a ser amplamente expressa entre os membros do painel do ISM Services Business Survey”, refere Steve Miller, presidente do ISM Services Business Survey Committee, em comunicado.

Em contraste, o índice de emprego apresentou uma melhoria inesperada, subindo para 50,7 pontos face aos 49 pontos de abril e superando as previsões de 49 pontos dos analistas. Esta melhoria no mercado laboral representa um sinal positivo isolado num relatório predominantemente negativo, demonstrando alguma resiliência do mercado de trabalho americano apesar das crescentes pressões económicas.

Particularmente significativo foi o aumento de 5,5% do índice de preços pagos, que subiu para 68,7 pontos em maio face aos 65,1 pontos em abril, atingindo o nível mais elevado desde novembro de 2022. Este aumento reflete o impacto das tarifas nas cadeias de abastecimento, contribuindo para pressões inflacionárias crescentes que poderão complicar a política monetária da Reserva Federal nos próximos meses.

Simultaneamente, dados da S&P Global mostram uma narrativa contrastante para o setor de serviços americano, com o seu PMI a registar 53,7 em maio, acima da leitura preliminar de 52,3. “O crescimento do setor dos serviços melhorou mais do que as primeiras estimativas em maio, com a confiança no próximo ano também a subir, impulsionada em parte pelas pausas nas tarifas mais elevadas”, afirma Chris Williamson, economista-chefe da S&P Global Market Intelligence.

Além disso, Chris Williamson acrescenta ainda que “a par de um crescimento económico lento, o inquérito assinala também uma intensificação das pressões inflacionistas e que estas pressões “foram mais uma vez largamente atribuídas às tarifas, que por sua vez foram repercutidas nos clientes, resultando no aumento mais acentuado dos preços médios cobrados desde agosto de 2022.”

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Concerto no Estádio da Luz condiciona trânsito e estacionamento entre quinta-feira e domingo

  • Lusa
  • 4 Junho 2025

Devido à realização do concerto dos Calema irão ocorrer constrangimentos de trânsito rodoviário em várias artérias, bem como condicionamentos ao estacionamento entre quinta e domingo.

A circulação rodoviária e o estacionamento vão estar condicionados entre quinta-feira e domingo junto ao Estádio da Luz, em Lisboa, devido ao concerto dos Calema, que se realiza no próximo sábado, informou esta quarta-feira a PSP.

Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP explica que devido a este concerto, irão ocorrer constrangimentos de trânsito rodoviário em várias artérias, bem como condicionamentos ao estacionamento.

Quanto ao estacionamento, a PSP indica que será necessário assegurar reservas na Avenida Machado Santos (desde as 20:00 de quinta-feira até às 16:00 de domingo), na Impasse à Rua João de Freitas Branco (desde as 16:00 de sexta-feira e as 00:00 de sábado) e na Praça Cosme Damião/Parque da EMEL (desde as 20:00 de quinta-feira até às 16:00 de domingo).

A PSP refere ainda que a realização do concerto dos Calema irá obrigar também a “implementar, de forma sequencial diversos condicionamentos de trânsito”. Os condicionamentos vão ocorrer na Avenida Machado Santos e nas ruas confluentes, na Avenida Eusébio da Silva Ferreira, na Impasse à Rua João de Freitas Branco, na Praça Cosme Damião e na Avenida do Colégio Militar.

Na Avenida Machado Santos, os constrangimentos irão ocorrer entre as 08:00 de sexta-feira até às 02:00 de domingo, enquanto nas ruas confluentes haverá corte de trânsito a partir das 12:00 de sábado até às 02:00 de domingo. Na Avenida Eusébio da Silva Ferreira (acesso ao Parque -3 e à Avenida do Colégio Militar) haverá “um forte condicionamento a partir as 12:00 de sábado, podendo haver corte de trânsito, antes do final do concerto até às 02:00” de domingo.

Também na artéria Impasse à Rua João de Freitas Branco (perto do parque 8 — Rotunda das Oliveiras) haverá um “forte condicionamento a partir as 12:00, podendo haver corte de trânsito antes, do final do concerto até às 02:00” de domingo. Na Praça Cosme Damião (Parque de Estacionamento EMEL) também haverá um “forte condicionamento a partir as 12:00, podendo haver corte de trânsito antes do final do concerto até às 02:00” de domingo.

Por sua vez, na Avenida do Colégio Militar (entre a Rua Galileu Galilei e a Avenida Condes de Carnide) está previsto corte do trânsito antes do final do concerto até ao escoamento total do público. Também a circulação dos transportes públicos “será fortemente condicionada”. Nesse sentido, a PSP aconselha a utilização de transportes públicos, evitando que se levem viaturas para as imediações do Estádio da Luz e que a deslocação possa ser feita com antecedência.

“No caso de utilização de viaturas próprias, seguir as indicações dos Polícias e consequente estacionamento em parques vigiados e destinados para o efeito”, indica ainda a PSP. A hora oficial de abertura das portas ao público está prevista para as 17:00 de sábado, 07 de junho.

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Estudantes portugueses podem continuar a pedir vistos, mas EUA avisam que “têm de ser totalmente honestos” nas candidaturas

Fonte do Departamento do Estado dos EUA adianta ao ECO que marcações com estudantes para atribuição de vistos que já estavam agendadas vão manter-se e que alunos podem continuar a candidatar-se.

A administração de Donald Trump assegurou esta quarta-feira ao ECO que os estudantes estrangeiros que já tinham marcações nas embaixadas e postos consulares para a atribuição de vistos vão mesmo ser atendidos, e esclarece que os alunos que queiram estudar nos Estados Unidos podem continuar a pedir essa autorização. Fonte do Departamento de Estado norte-americano alerta, no entanto, que estes “têm de ser totalmente honestos nas candidaturas“.

“Os requerentes de vistos de estudantes e de programas de intercâmbio podem continuar a candidatar-se, e têm de ser totalmente honestos nas candidaturas“, assegurou fonte do Departamento do Estado dos EUA, que acrescenta que nenhuma das marcações já agendadas foi cancelada.

O ECO questionou a administração norte-americana sobre a atribuição de vistos a estudantes, depois de o Politico ter avançado, na semana passada, que Donald Trump ordenou a todas as embaixadas e postos consulares dos Estados Unidos que interrompam o agendamento de novas entrevistas, em preparação para um novo “aperto” na avaliação desses candidatos.

Na resposta enviada ao ECO, fonte do Departamento de Estado não confirma, nem desmente essa pausa no agendamento de novas entrevistas (ainda que tenha sido questionada diretamente sobre isso), mas sublinha que as secções consulares estão “constantemente a ajustar os seus horários” de modo a terem “tempo suficiente para analisarem completamente os casos” e a certificarem-se de que as operações de atribuição de vistos “cumprem os mais elevados padrões“.

As secções consulares ajustam constantemente os seus horários para terem tempo suficiente para analisar completamente os casos que lhes são apresentados e garantir que as operações de vistos cumprem os mais elevados padrões.

Fonte do Departamento de Estado

“Trabalhamos diariamente para analisar completamente os candidatos a vistos para assegurar que estes não tencionam prejudicar os Estados Unidos e os nossos interesses”, insiste a mesma fonte.

“A administração Trump está focada em proteger a nossa nação e os nossos cidadãos, mantendo os mais elevados padrões de segurança nacional e segurança pública através do nosso processo de atribuição de vistos“, continua o Departamento de Estado, na resposta enviada ao ECO.

Quanto aos estudantes que ainda não têm uma marcação numa secção consular, a mesma fonte indica que os requerentes podem continuar a submeter as suas candidaturas, sendo recomendado “que continuem a monitorizar a disponibilidade de novas vagas“.

Apesar do “aperto” noticiado à entrada de estudantes estrangeiros nos Estados Unidos, os programas portugueses que têm intercâmbio nesses países não foram (pelo menos, para já) afetados. A imersão do The Lisbon MBA, por exemplo, arrancou esta semana na MIT Sloan, em Boston.

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