Pausa nas tarifas? Rumor abanou os mercados, mas era “fake news”

O que parece ter sido uma má interpretação das palavras de um conselheiro do Presidente fez as bolsas americanas sofrer fortes oscilações. Pausa nas tarifas é "fake news", assegura a Casa Branca.

Os futuros já apontavam para uma abertura em forte queda das bolsas norte-americanas, devido ao impacto das novas tarifas dos EUA. Mas ninguém poderia prever o alto nível de volatilidade que fez um dos principais índices de Wall Street passar de uma queda de 4% a uma subida equivalente em apenas poucos minutos.

Não foi imediatamente clara a razão por detrás desta inversão, que até se alastrou ao mercado das matérias-primas, levando o barril de petróleo a escalar 2%. Entretanto, começaram a circular nos meios internacionais a notícia de que Donald Trump estaria a considerar uma pausa de 90 dias na imposição das tarifas, exceto as que incidem sobre as importações com origem na China. A origem da informação era atribuída a Kevin Hasset, conselheiro económico da Casa Branca.

Ora, a Casa Branca apressou-se a desmentir a informação, assegurando tratar-se de “fake news“. E os investidores, ainda a digerir a notícia original, levaram um novo safanão. Por esta altura, a volatilidade em Wall Street estava totalmente instalada, com os índices a oscilarem entre fortes ganhos e fortes perdas.

É uma loucura absoluta, os clientes não sabem o que fazer, está tudo meio perdido.

Laurent Lamagnere

Vice-presidente executivo da AlphaValue

Um erro caro

O que aconteceu afinal? Tudo pode não ter passado de uma má interpretação de declarações do conselheiro económico da Casa Branca, Kevin Hasset, em direto na Fox News.

Questionado no programa Fox & Friends sobre se consideraria uma pausa de 90 dias nas tarifas, Hasset respondeu “yeah”, mas rapidamente acrescentou: “Eu acho que o Presidente vai decidir o que o Presidente vai decidir. Há mais de 50 países a negociar com os EUA (…)”, respondeu.

Em causa, e a motivar a pergunta, estava o apelo recente do multimilionário investidor Bill Ackman, que pediu ao Presidente dos EUA para impor uma pausa de 90 dias, de modo a “resolver a posição comercial historicamente injusta dos EUA de forma cuidadosa e estratégica”.

Este fenómeno ilustra bem a atual sensibilidade dos investidores ao tema das tarifas. “Estamos a viver momentos bastante únicos em todo o mercado. Na minha opinião, a inversão que acabámos de ver é muito sintomática de várias coisas, incluindo o nervosismo extremo que é palpável no VIX”, reagiu Andrea Tueni, head of sales trading do Saxo Banque France, citado pela Bloomberg.

“Em segundo lugar, há muita gente por aí que não quer perder o fundo do mercado. A recuperação depois da Covid está na mente de todos e muitos investidores não querem ficar de fora, o que significa que estão dispostos a correr grandes riscos. Sinceramente, não vejo o atual nível de volatilidade a diminuir de forma significativa tão cedo”, acrescentou.

Já para o vice-presidente executivo da AlphaValue em Paris, Laurent Lamagnere, esta inversão “é bastante reveladora do estado do mercado”. “É uma loucura absoluta, os clientes não sabem o que fazer, está tudo meio perdido. Mostra mesmo como tudo depende da decisão de um único homem. E quando se pensa nisso, imaginemos que é verdade, que há realmente uma trégua de 90 dias para todos os países, exceto a China — e depois? O que se faz, sabendo que a situação pode voltar a mudar a qualquer momento?”, disse, citado pela mesma agência.

Na verdade, a situação mudou. Uma hora depois do desmentido da Casa Branca, Donald Trump anunciou nas redes sociais que irá aplicar uma tarifa adicional de 50% sobre a China se Pequim não voltar atrás na retaliação anunciada na semana passada. Pelas 16h40 em Lisboa, o S&P 500 caía 2%. Mas, quando ler este texto, o cenário nas bolsas americanas JÁ poderá ser bem diferente.

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Trump ameaça com nova tarifa de 50% à China se Pequim mantiver retaliação

O presidente dos EUA recorreu à sua rede social para ameaçar Pequim com uma tarifa adicional de 50% face às tarifas já impostas se Pequim não retirar a tarifa de 34% sobre bens americanos.

Donald Trump voltou a intensificar a guerra comercial com a China, anunciando que implementará tarifas adicionais de 50% sobre produtos chineses a partir de 9 de abril de 2025, caso Pequim não retire os seus recentes aumentos tarifários de 34% até 8 de abril. A declaração foi feita através da rede social Truth Social, onde Trump criticou duramente as práticas comerciais chinesas e reafirmou a sua postura protecionista.

“Ontem, a China anunciou tarifas de retaliação de 34%, além das suas já recordes tarifas, subsídios ilegais e manipulação cambial de longo prazo,” escreveu Trump. “Se a China não retirar este aumento até amanhã, os Estados Unidos imporão tarifas adicionais de 50%, efetivas a partir de 9 de abril.”

Esta disputa iniciou-se pela parte dos EUA por via de uma política comercial agressiva protecionista marcada por tarifa base universal de 10% sobre todas as importações a partir de sábado, a que se segue taxas mais elevadas para um conjunto de países, em que se inclui a China (com uma taxa de reciprocidade de 34%), e que Trump apelidou de “grandes infratores”, a partir de quarta-feira.

Em resposta, Pequim anunciou tarifas recíprocas também de 34%, que entrarão em vigor a 10 de abril. Estas medidas elevaram as tarifas totais aplicadas por ambas as nações para níveis sem precedentes, com os produtos chineses enfrentando uma taxa cumulativa de até 54% ao entrarem no mercado norte-americano.

A retaliação chinesa também incluiu restrições à exportação de minerais raros essenciais para tecnologias avançadas e a inclusão de empresas norte-americanas numa lista negra comercial. Pequim classificou as ações dos EUA como “práticas unilaterais e intimidatórias”, que prejudicam a ordem económica global baseada em regras.

Bolsas em queda e investidores nervosos

As políticas tarifárias agressivas de Trump estão a gerar preocupações significativas nos mercados globais. Desde o anúncio das medidas mais recentes, os índices bolsistas da Ásia à Europa, passando pelos EUA têm sofrido perdas acentuadas, deixando os investidores uma “pilha de nervos”. O índice norte-americano S&P 500, por exemplo, está praticamente em terreno de “bear market“, contabilizando uma queda de quase 20% desde 19 de fevereiro, quando atingiu o seu último pico.

Donald Trump minimizou os impactos económicos negativos, descrevendo as tarifas como “remédios necessários” para corrigir décadas de “práticas comerciais desleais”, ao mesmo tempo que se regozijou com a queda dos mercados asiáticos esta manhã. “Já lucraram o suficiente à custa dos EUA durante décadas. Chegou o momento da mudança!”

Além do impacto económico direto, esta escalada tarifária poderá ter implicações diplomáticas significativas. Trump ameaçou encerrar todas as negociações comerciais com Pequim e iniciar conversações com outros países interessados em acordos bilaterais.

“Todas as negociações com a Cinha relativamente aos seus pedidos para se reunirem connosco serão encerradas! As negociações com outros países começarão imediatamente,” declarou o presidente dos EUA num post na sua conta da Truth Social.

Com o prazo imposto por Trump a aproximar-se rapidamente, todas as atenções estão voltadas para os próximos passos da China e dos EUA.

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Crédito Agrícola tem 30 mil euros para startups

A instituição financeira procura soluções sustentáveis e inovadores para o setor agrícola e florestal. Candidaturas arrancam esta segunda-feira, 7 de abril.

O Crédito Agrícola tem um total de 30 mil euros para startups na área do setor agrícola e florestal. As candidaturas para o Prémio Empreendedorismo e Inovação decorrem até 30 de junho

Novas Tecnologias na Produção Agrícola, Resiliência de Pequenos Agricultores e Comunidades Rurais, Conservação dos Ecossistemas Florestais e Inovação na Cadeia de Valor são as quatro novas categorias a concurso nesta 12.ª edição do prémio que mantém a temática da sustentabilidade como “prioritária na distinção dos projetos ou empresas inovadoras”, em linha com a estratégia do Crédito Agrícola.

Adicionalmente, o Prémio Empreendedorismo e Inovação atribui ainda três distinções de reconhecimento especial, selecionadas pelo júri de entre os finalistas: Projeto de Elevado Potencial promovido por Associado Crédito Agrícola; Menção Honrosa | Inovação em Parceria e BfK Awards by ANI.

Ao todo, será atribuído 30 mil euros em prémios, cinco mil ao vencedor de cada uma das quatro categorias e ao ao Projeto de Elevado Potencial promovido por Associado Crédito Agrícola. Os vencedores em Menção Honrosa | Inovação em Parceria e BfK Awards by ANI recebem 2.500 euros, cada.

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Governo britânico anuncia medidas para setor automóvel afetado por tarifas dos EUA

  • Lusa
  • 7 Abril 2025

Marcas especializadas, como a McLaren e a Aston Martin, também vão ser autorizadas a produzir um número reduzido de automóveis com motores de combustão depois de 2030.

O Governo britânico anunciou esta segunda-feira uma série de medidas para ajudar a indústria automóvel que foi afetada pelo aumento de tarifas aduaneiras para os Estados Unidos, admitindo que estes são “tempos difíceis”.

Tarifas de 25% sobre as exportações de automóveis e de 10% sobre todos os outros bens são um enorme desafio para o nosso futuro e as consequências económicas mundiais podem ser profundas”, afirmou o primeiro-ministro Keir Starmer, durante um discurso esta tarde numa fábrica da Jaguar Land Rover (JLR) em Solihull, no centro de Inglaterra.

Além de permitir a venda de automóveis híbridos até 2035, mais cinco anos do que os automóveis com motores de combustão (gasolina e gasóleo), reduziu as multas para construtores que não cumpram as metas para comercialização de veículos elétricos.

Marcas especializadas, como a McLaren e a Aston Martin, também vão ser autorizadas a produzir um número reduzido de automóveis com motores de combustão depois de 2030. Os EUA representam cerca de 10% do total das exportações britânicas no setor automóvel, pelo que as tarifas representam um risco para a indústria que movimenta 19 mil milhões de libras (22,2 mil milhões de euros) e emprega 152 mil pessoas no país.

No sábado, a Jaguar Land Rover anunciou a suspensão das entregas nos EUA durante abril enquanto analisa o impacto das tarifas anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump. O plano revelado pelo Governo foi elogiado pelos construtores de automóveis, mas criticado por organizações ambientalistas, que receiam que atrase a transição energética necessária para combater as alterações climáticas.

O Governo britânico está há várias semanas a negociar intensamente com Washington na tentativa de chegar a um acordo que possa anular a totalidade ou parte destas taxas. “Só vamos fechar um acordo se for do nosso interesse nacional”, vincou Starmer, que disse estar a trabalhar com os outros países para “reduzir as barreiras ao comércio em todo o mundo e acelerar acordos”.

Entre o final da semana passada e durante o fim-de-semana, Keir Starmer falou com líderes da Austrália, Itália, França, Alemanha, Canadá e da União Europeia.

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Fed reúne-se de forma extraordinária após dias de perdas nas bolsas

  • Lusa
  • 7 Abril 2025

A reunião, marcada para as 16:30 de Lisboa, vai decorrer à porta fechada, mas a direção da Fed irá publicar uma declaração sobre os assuntos discutidos no seu portal.

A Reserva Federal dos Estados Unidos da América, a Fed, anunciou esta segunda-feira que vai realizar uma reunião extraordinária do seu conselho de governadores, depois de mais um dia com pesadas perdas nas bolsas internacionais.

A reunião, marcada para as 16:30 de Lisboa, vai decorrer à porta fechada, mas a direção da Fed irá publicar uma declaração sobre os assuntos discutidos no seu portal.

A resposta da China às tarifas anunciadas na quarta-feira pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, arrasou os mercados bolsistas mundiais, com os investidores a recearem uma recessão global.

Enquanto a bolsa de Tóquio perdeu quase 8%, o principal índice de Hong Kong recuou 13,2%, tendo a sua maior queda desde a crise financeira de 2008. Já os mercados europeus, que abriram com perdas em torno dos 6%, moderaram, entretanto, as suas quedas para um intervalo entre 3,20% e os 4,60%.

Os mercados continuam a ser afetados pela entrada em vigor das tarifas impostas por Trump aos parceiros comerciais dos Estados Unidos e pelas medidas de retaliação anunciadas pela China, que podem ser seguidas pelas de outras grandes economias, como a da União Europeia (UE).

O Presidente dos EUA anunciou a imposição de tarifas recíprocas aos parceiros comerciais dos EUA em 02 de abril, mas manifestou a sua disponibilidade para negociar se as ofertas forem “fenomenais”.

Esta segunda, Trump voltou a pedir à Fed para baixar as taxas de juro e acusou a China de ser o “maior abusador”, depois de ter respondido a Washington com uma subida recíproca de 34%.

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📹 Guerra comercial sobe de tom

  • ECO
  • 7 Abril 2025

A Comissão Europeia já iniciou negociações com Washington sobre as novas tarifas. A China optou por anunciar tarifas de retaliação.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou quarta-feira novas tarifas norte-americanas de 20% a produtos importados da UE e que acrescem às de 25% sobre os setores automóvel, aço e alumínio. A Comissão Europeia já iniciou negociações com Washington sobre estas tarifas, mas a China optou por anunciar tarifas de retaliação, que serão implementadas a partir de 10 de abril e serão adicionadas a outras taxas que Pequim já implementou em resposta à guerra comercial lançada pelos Estados Unidos. A opção de Donald Trump foi criticada por todos os países e temem-se consequências económicas.

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Mais de um milhão de declarações de IRS entregues na primeira semana

  • Lusa
  • 7 Abril 2025

Até ao início do dia desta segunda-feira, foram entregues 1.067.459 declarações, sendo 859.325 relativas a contribuintes que em 2024 tiveram apenas rendimentos das casses A e H.

Mais de um milhão de declarações de IRS foram submetidas no Portal das Finanças, uma semana após o início da campanha, segundo dos dados oficiais disponíveis.

Até ao início do dia desta segunda-feira, foram entregues 1.067.459 declarações, de acordo com os dados publicados pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), sendo 859.325 relativas a contribuintes que em 2024 tiveram apenas rendimentos das casses A e H, ou seja, de trabalho dependente e pensões respetivamente e que, na sua maioria, estarão abrangidos pelo IRS automático.

As restantes 208.134 foram submetidas por contribuintes que tiveram outros rendimentos ou que somam às categorias A e H outras tipologias, como rendas, dividendos, mais-valias ou outros. Em média, as pessoas que no ano passado usaram o IRS automático receberam o reembolso cerca de 13 dias após a entrega da declaração, havendo expectativa de que esse prazo possa este ano ser mais curto.

Para quem procede o preenchimento e entrega da declaração pelo método ‘normal’, a espera pelo reembolso deverá ser superior, tendo superado os 20 dias no ano passado.

Este ano, e devido ao facto de os contribuintes terem visto a sua retenção na fonte do IRS recuar ou mesmo ser anulada nos meses de setembro e outubro, o reembolso que possam ter a receber será menor, na medida em que grande parte da devolução do imposto retido a mais já foi feita naqueles dois meses.

A entrega da declaração anual do IRS começou no dia 1 de abril e termina em 30 de junho, sendo este o prazo para todos os contribuintes, independentemente da tipologia de rendimentos auferidos, cumprirem esta obrigação declarativa.

A lei determina que as liquidações têm de estar concluídas até 31 de julho e os reembolsos pagos até 31 de agosto. O final de agosto é também a data limite para os contribuintes que não fizeram retenção na fonte ou a fizeram em valor insuficiente, pagarem o imposto apurado pela AT.

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“Não gosto da palavra retaliação”. Miranda Sarmento pede resposta “ponderada” da UE a tarifas de Trump

  • Lusa
  • 7 Abril 2025

Ministro das Finanças defende que momento pede que os dois blocos negoceiem para chegar "à melhor solução possível" e alerta que "as tarifas prejudicam todos".

O ministro das Finanças, Miranda Sarmento, afirmou esta segunda-feira esperar que a União Europeia (UE) responda às tarifas norte-americanas de “forma ponderada e equilibrada” e demonstrando “disponibilidade para negociar” com os Estados Unidos da América.

Já temos uma experiência recente de aumento de tarifas em 2016 e 2017. E, portanto, já podemos aprender com aquilo que aconteceu e a forma como a União Europeia respondeu. O que eu espero é uma resposta de disponibilidade para negociar, porque as tarifas prejudicam todos e aqueles que serão mais prejudicados serão os consumidores e as empresas americanas e uma resposta seletiva que olhe aquilo que são os interesses da União Europeia”, afirmou o ministro das Finanças.

O governante falava aos jornalistas no Palácio da Justiça, em Lisboa, após a entrega das listas do PSD ao círculo eleitoral de Lisboa, pelo qual é cabeça de lista nas eleições legislativas antecipadas de 18 de maio.

Miranda Sarmento sublinhou que a Europa atravessa um “processo de análise e reflexão” sobre as tarifas, mas defendeu que é o momento de os dois blocos económicos “se sentarem e poderem chegar à melhor solução possível, face àquilo que, neste momento, são interesses antagónicos”.

Questionado sobre se a União Europeia se prepara para negociar nos termos que são impostos pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, o ministro das Finanças disse que isso não irá acontecer porque a “União Europeia também tem argumentos e forças para fazer valer”.

O que espero é uma resposta de disponibilidade para negociar, porque as tarifas prejudicam todos e aqueles que serão mais prejudicados serão os consumidores e as empresas americanas e uma resposta seletiva que olhe aquilo que são os interesses da União Europeia.

Joaquim Miranda Sarmento

Ministro das Finanças

Não gosto da palavra retaliação, acho que a União Europeia deve responder de uma forma ponderada, de uma forma equilibrada, aproveitando aquilo que é a experiência de 2016 e 2017. A teoria económica já produziu alguns estudos sobre aquilo que foi a resposta europeia nesse momento das tarifas, embora agora, factualmente, tarifas sejam bastante superiores”, acrescentou.

Sobre a bolsa de Lisboa – que abriu hoje a cair quase 6% –, Miranda Sarmento absteve-se de comentar, destacando apenas os resultados da economia portuguesa que demonstram uma “capacidade e uma resiliência muito grande” do país.

O mercado continua a ser afetado pela entrada em vigor das tarifas impostas pelo Presidente do EUA, Donald Trump, aos parceiros comerciais dos Estados Unidos e pelas medidas de retaliação anunciadas pela China, que podem ser seguidas pelas de outras grandes economias, como a da União Europeia (UE).

O comissário europeu para o Comércio, que está a negociar a aplicação de tarifas por parte da Casa Branca, apelou esta segunda-feira às negociações com Washington, mas alertou que a União Europeia (UE) não vai esperar para sempre.

“Vai ser preciso tempo e empenho […], os Estados Unidos da América (EUA) não olham para as tarifas como um passo tático, mas como uma medida corretiva”, disse Maros Sefcovic, em conferência de imprensa depois de uma reunião ministerial, no Luxemburgo.

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RSG torna-se MDS Chile para fortalecer posicionamento global do grupo

  • ECO Seguros
  • 7 Abril 2025

Para o Grupo MDS, alinhar as operações da multinacional sob uma identidade única é um passo estratégico no processo de expansão na América Latina.

A RSG Corretora de Seguros passa a operar a partir desta semana sob a marca MDS Chile. A mudança faz parte da estratégia do Grupo MDS de reforçar a sua presença e posicionamento como player global na corretagem de seguros e resseguros, consultoria de risco e gestão de benefícios na América Latina.

José Diogo Silva (CFO do Grupo MDS), Andrés Errázuriz (Diretor-Geral da MDS Chile), José Manuel Fonseca (CEO do Grupo MDS e Presidente & CEO da Brokerslink), Mario Diaz (CFO da MDS Chile), Ariel Couto (CEO da MDS Brasil) e Caio Carvalho (Vice-Presidente de Risk & Reinsurance da MDS Brasil).Grupo MDS

A integração da marca surge após a aquisição da RSG, em 2023, e visa alinhar as operações da multinacional sob uma identidade única.

“Agregar as nossas operações sob uma marca única reforça o nosso posicionamento como empresa global de referência e facilita a comunicação com o mercado e os clientes, reforçando também o sentimento de pertença das equipas ao Grupo MDS”, afirmou Ariel Couto, CEO da MDS Brasil.

Para o Grupo MDS, a uniformização da marca é um passo estratégico no processo de expansão na região. “Continuamos focados em expandir a presença da MDS na América Latina. Acreditamos no grande potencial deste mercado, onde queremos consolidar a nossa posição como um dos principais players do setor segurador e ressegurador”, destacou José Manuel Fonseca, CEO do Grupo MDS e presidente e CEO da Brokerslink. José Manuel Fonseca indica que a aposta está centrada na “inovação, parcerias estratégicas e no desenvolvimento de soluções que respondam às necessidades específicas de nossos clientes em cada país”.

A mudança de identidade não altera a estrutura da operação no Chile. A equipa da RSG, com cerca de 65 colaboradores, e a liderança de Andrés Errázuriz permanecem inalteradas. Para o diretor-geral da agora MDS Chile, “a transição para a marca MDS representa uma nova etapa da nossa história, ligando a nossa sólida atuação local a um broker global de excelência”.

O rebranding no Chile insere-se numa estratégia mais ampla do Grupo MDS, que tem vindo a consolidar a sua posição nos mercados ibérico e latino-americanos. Exemplo disso é a aquisição, no final de 2024, da espanhola Cobian Insurance Brokers, bem como a integração da brasileira D’Or Consultoria.

O Grupo MDS é uma multinacional de corretagem de seguros e resseguros, consultoria de risco e gestão de benefícios, presente em 131 países através da Brokerslink, estando atualmente integrada no Ardonagh Group, um dos 20 maiores grupos de corretagem de seguros do mundo. O grupo MDS está diretamente presente em Portugal, Angola, Brasil, Moçambique, Espanha, Malta, Suíça, Chipre, Chile, México, EUA e China.

A MDS Portugal pode ser considerado o maior distribuidor de seguros com base em Portugal segundo os dados de 2023 quando tinha atingido 42,407 milhões de euros de receitas, um valor 16% acima de 2022, de acordo com o ranking ECOseguros.

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Governador do Banco de Inglaterra nomeado presidente do Conselho de Estabilidade Financeira

  • Lusa
  • 7 Abril 2025

A nomeação do banqueiro britânico será oficializada em junho e o mandato será de três anos com início em 1 de julho de 2025.

O comité de nomeação do Conselho de Estabilidade Financeira (Financial Stability Board, FSB) decidiu, por unanimidade, recomendar a nomeação de Andrew Bailey, governador do Banco de Inglaterra, como próximo presidente do regulador financeiro mundial. A nomeação do banqueiro britânico será oficializada em junho e o mandato será de três anos com início em 1 de julho de 2025.

“Andrew tem um histórico comprovado na promoção da colaboração, tendo recentemente liderado as principais iniciativas de reforma do FSB, incluindo aquelas relacionadas com os criptoassets [ativos digitais] e a intermediação financeira não bancária”, disse o presidente do Banco dos Países Baixos e presidente do FSB, Klaas Knot, cujo mandato termina em 30 de junho.

O FSB coordena a nível internacional o trabalho das autoridades financeiras nacionais e dos organismos internacionais, desenvolvendo e promovendo a implementação de políticas de regulamentação, supervisão e outras políticas do setor financeiro em prol da estabilidade financeira.

Para o efeito, reúne as autoridades nacionais responsáveis pela estabilidade financeira em 24 países e jurisdições, instituições financeiras internacionais, agrupamentos setoriais internacionais de reguladores e supervisores e comités de peritos dos bancos centrais. O FSB também estabelece contacto com aproximadamente 70 outras jurisdições através dos seus seis grupos consultivos regionais.

“Estou ansioso para servir o FSB neste momento importante e na tarefa crítica de manter a estabilidade financeira global e continuar o excelente trabalho realizado por Klaas Knot”, disse o governador do banco de Inglaterra.

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Grupo Lusíadas tem vagas de emprego abertas no Algarve

Hospital Lusíadas Albufeira tem vagas abertas, estando o recrutamento a cargo do Clan. Há oportunidades para enfermeiros, rececionistas e até pessoal administrativo.

O grupo Lusíadas está a contratar profissionais para o seu hospital em Albufeira. Há oportunidades para enfermeiros, auxiliares de ação médica e técnicos de cardiopneumologia, mas também para rececionistas e pessoal administrativo. O recrutamento está a cargo da empresa de recursos humanos Clan.

“No Hospital Lusíadas Albufeira, existem três vagas de enfermagem distintas: enfermeiro de internamento médico-cirúrgico, enfermeiro de esterilização e enfermeiro de atendimento permanente“, informa uma nota enviada esta segunda-feira às redações.

Para serem considerados para estas vagas, os candidatos devem ter licenciatura em enfermagem, inscrição válida na Ordem dos Enfermeiros e conhecimentos de informática “na ótica do utilizador”, sublinha o Clan.

Já no que diz respeito à vaga para um auxiliar de ação médica, a intenção é encontrar um profissional “para apoio à prestação de cuidados dos doentes, desde higiene, alimentação e transporte”, é explicado.

Há também oportunidades para um rececionista, “responsável pelo atendimento ao cliente”, um técnico de cardiopneumologia, “que deve apresentar licenciatura na área, experiência em ambiente hospitalar e disponibilidade para turnos rotativos“, e um administrativo para o secretariado clínico do bloco operatório, “para a gestão administrativa do serviço, incluindo agendamentos, comunicação com clientes e apoio às equipas clínicas”.

Além disso, há uma vaga para um técnico superior para a área de negócio e produção. Em todos os casos, as candidaturas podem ser feitas online.

O Hospital Lusíadas Albufeira foi inaugurado em 2012 e disponibiliza todas as especialidades médicas e cirúrgicas. O grupo, no seu todo, conta com mais de sete mil profissionais e, em 2023, realizou mais de 1,3 milhões de consultas, segundo o comunicado divulgado esta segunda-feira.

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Presidente da República apela a “esforço comum” para afirmar “comércio livre e equitativo”

  • Lusa
  • 7 Abril 2025

Declarações ocorreram no âmbito da visita de Estado de dois dias da Presidente da República da Índia a Portugal, a convite de Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu esta segunda-feira, perante a sua homóloga da Índia, a importância de um “esforço comum” para afirmar o direito internacional, o “comércio livre e equitativo” e a paz.

“Neste momento é muito importante o nosso esforço comum, afirmando o direito internacional, os valores da Carta das Nações Unidas, o multilateralismo, o comércio livre e equitativo, o manter a construção da paz na tolerância e no diálogo e também a preocupação com as políticas económicas, fiscais e comerciais, que devem garantir mais crescimento e evitar o risco de recessões“, afirmou o Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa falava no Palácio de Belém, numa declaração conjunta com a Presidente da República da Índia, Draupadi Murmu, que iniciou esta segunda-feira uma visita de Estado de dois dias a Portugal. O Presidente português considerou que esta visita acontece “num momento internacional muito desafiante”.

“Um momento em que o multilateralismo, o sistema internacional baseado em regras, o respeito pela soberania e integridade territorial, a crença no aumento da prosperidade comum através do livre comércio, a certeza da necessidade do combate às alterações climáticas, todos estes princípios e valores se veem em crise, postos em questão por alguns que foram dos grandes construtores e edificadores desses valores e princípios”, afirmou.

O Chefe de Estado assinalou que a Índia tem um “papel fundamental”, uma vez que “é a maior democracia do planeta, é uma potência económica imensa, tem um papel crucial no sistema multilateral, como demonstrou a recente presidência do G20”.

“Daí Portugal ter sempre defendido que a Índia fosse e seja, na reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, um membro permanente, daí também a reciprocidade no apoio nas eleições de membros não permanentes: A Índia apoiar Portugal, Portugal apoiar a Índia nos próximos anos”, disse.

O Presidente da República indicou também que os dois países estão a “fazer muito” e vão “fazer mais nas relações culturais, na arte, no cinema, na educação, nas relações entre empresas, na abertura de rotas aéreas, no turismo, nas indústrias de defesa, no intercâmbio científico e tecnológico, na inteligência artificial, no digital, nas energias renováveis”.

No discurso, Marcelo Rebelo de Sousa assinalou que a visita de Estado da Presidente da Índia a Portugal acontece cinco anos depois de ter estado naquele país e marca “a celebração dos 50 anos do restabelecimento das relações diplomáticas entre a Índia e Portugal”.

O Chefe de Estado português salientou as “relações fraternas” entre os dois países, com “mais de cinco séculos de convivência entre dois povos que, através dos seus intercâmbios, fundaram a primeira globalização, e, ao longo de mais de 500 anos, com relações por vezes complexas, souberam construir uma relação e uma parceria que são hoje florescentes”.

O Presidente da República manifestou o “imenso apreço pela comunidade indiana em Portugal, cerca de 50 mil, uma das mais poderosas, influentes e significativas”, que “tanto contribui para o desenvolvimento económico e social”, e referiu também a “comunidade, mais pequena, portuguesa na Índia”, defendendo que a “cooperação bilateral vai melhorar e ser melhorada por gerações mais jovens”.

Depois de ter sido recebida com honras militares junto ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, os dois chefes de Estado deslocaram-se ao Palácio de Belém onde tiraram a tradicional fotografia oficial e Draupadi Murmu assinou o livro de honra da Presidência da República.

Antes de terem falado perante a imprensa dos dois países, Draupadi Murmu e Marcelo Rebelo de Sousa estiveram reunidos e participaram na cerimónia e emissão conjunta do selo evocativo dos 50 anos do restabelecimento de relações diplomáticas entre Portugal e a Índia.

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