Elétricos crescem 62,7% no pior semestre para o setor automóvel

Setor automóvel em queda no primeiro semestre de 2022 face aos valores pré-pandemia, mas número de elétricos, plug-in e híbridos elétricos cresce 17,2%, com puros elétricos a aumentar 62,7%.

O número de novas matrículas de veículos elétricos, plug-in e híbridos elétricos cresceu 17,2% no primeiro semestre do ano, avançou esta segunda-feira a Associação Automóvel de Portugal (ACAP), um crescimento de destaque num período marcado por quedas no mês de junho. Só os veículos puramente elétricos cresceram 62,7% no primeiro semestre de 2022.

Em junho foram matriculados em Portugal 5.011 automóveis ligeiros de passageiros novos elétricos, plug-in e híbridos elétricos, um valor que ficou 11,2% abaixo do registado no mês anterior. Já no primeiro semestre do ano, as matrículas deste tipo totalizaram as 27.041 unidades, ou mais 17,2% face ao mesmo período de 2021. Só as matrículas de veículos ligeiros de passageiros novos e elétricos cresceram 62,7% nos primeiros seis meses do ano, em termos homólogos, o que representa 7.637 unidades.

No ramo dos veículos ligeiros de mercadorias também houve um aumento do mercado de elétricos, plug-in e híbridos elétricos, com 33 unidades matriculadas em junho, tendo chegado às 350 unidades em termos acumulados. Já no que toca a veículos pesados, não houve qualquer variação no número de veículos elétricos no mês de junho, nem nos primeiros seis meses de 2022, havendo apenas uma unidade matriculada.

Apesar do crescimento do segmento de veículos elétricos no primeiro semestre do ano, a oferta deste tipo de veículos tem sido asfixiada por diversas questões que se agravaram com a guerra na Ucrânia. Enquanto a pandemia levou a uma crise global nas cadeias de abastecimento, conduzindo a uma falta de chips, esta carência foi agora exacerbada pelo recente confinamento em Xangai, na China, onde se encontram algumas das principais fábricas do setor automóvel.

A agravar a falta de chips está também a guerra na Ucrânia, que atirou para níveis históricos o valor de metais usados no fabrico de componentes eletrónicos. Como resultado, as marcas automóveis estão agora a ser forçadas a colocar os clientes em longas listas de espera enquanto esperam pelos fornecimentos, e mesmo a construção de novos postos de carregamento também está a enfrentar atrasos de até meio ano.

Em termos globais, o mercado automóvel português registou uma queda 9,4% no primeiro semestre do ano (89.982 novos veículos), face a igual período de 2021, embora a queda ascenda a 27,5% face aos dados pré-pandemia de 2019. Só em junho de 2022, as novas matrículas caíram 18,6% (total de 18.087 registos) face ao mesmo mês de 2021. Face a junho de 2019, a queda corresponde a 39,2%.

Mercado de duas rodas, triciclos e quadriciclos afunda em junho

O mercado de ciclomotores, triciclos e quadriciclos caiu 9,2% em junho de 2022, face ao mês anterior, tendo sido matriculadas 3.922 unidades. Já a variação acumulada correspondente ao primeiro semestre do ano registou um aumento de 12,3%, face ao primeiro semestre de 2021.

A nível individual, os ciclomotores afundaram 4% em junho deste ano, em termos homólogos, com 143 novas unidades. Já de janeiro a junho de 2022 o acréscimo foi de 0,4%, um aumento marginal e em linha com o verificado em igual período homólogo de 2021, correspondendo a 791 novas matrículas.

Os motociclos também registaram uma variação semelhante com uma queda de 10% em junho face ao mesmo mês de 2021 (3.654 registos), sendo que no primeiro semestre do ano a variação já é de mais 12%, com 18.999 novos motociclos, em termos homólogos. No que respeita aos motociclos até 125 cm3, estes verificaram também um aumento 1,2% em junho, face ao mesmo mês de 2021; em termos semestrais, este aumento foi de 16,1% (10.162 unidades) face aos primeiros seis meses de 2021.

Nos motociclos com cilindrada superior a 125 cm3, a variação correspondeu a um decréscimo expressivo de 22,3% (1.516 veículos) em junho de 2022, face ao mesmo mês de 2021. Em termos acumulados, o crescimento situou-se nos 7,7% face ao primeiro semestre de 2021, o que representa 8.837 novos registos.

O mercado de triciclos, do grupo em análise, foi o que mais caiu percentualmente em junho deste ano com um decréscimo de 54,5% face a maio, com apenas 15 unidades matriculadas. Em termos acumulados a variação também é negativa com uma queda de 14,1% face ao primeiro semestre de 2021 (110 veículos). Já os quadriciclos ficam em contraciclo com um aumento de 44,7% em junho de 2022, face ao mesmo mês de 2021, com 110 unidades. Na variação do primeiro semestre o crescimento é de 56%, em termos homólogos, contanto com 652 registos.

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Ministra da Agricultura admite “maiores restrições ao uso” da água no setor

  • Lusa
  • 5 Julho 2022

“Se esta situação continuar", diz a Maria do Céu Antunes, poderá ser necessário acionar um "dos planos de contingência das albufeiras que são de fins agrícolas”.

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, admitiu esta terça que o Governo pode avançar, a curto prazo, com “maiores restrições ao uso” da água no setor, devido à situação de seca que atravessa o país. “Estamos preocupados com esta situação” de seca no país e “as medidas de curto prazo, infelizmente, podem passar por maiores restrições ao uso” da água no setor da agricultura, afirmou a governante, em Évora.

Maria do Céu Antunes, que falava aos jornalistas no final do Fórum Regional do Alentejo do Programa Bairros Saudáveis, referiu que “as situações difíceis” na área da agricultura “estão identificadas” e têm medidas de contingência previstas. “Se esta situação continuar, vamos ter necessidade, a todo o tempo, de rever a situação e de aplicar aquilo que está previsto em cada um dos planos de contingência das albufeiras que são de fins agrícolas”, sublinhou.

Porém, segundo a ministra, os responsáveis das albufeiras com as características hidroagrícolas “têm estado a colaborar de forma bastante ativa, nomeadamente para o abastecimento humano”, quando “não existe outra fonte de abastecimento”. Além de medidas de curto prazo para minimizar os efeitos da seca meteorológica, a titular da pasta da Agricultura defendeu que também é preciso “pensar no futuro próximo” com soluções a longo prazo.

Nesse sentido, revelou, o Ministério da Agricultura “está a abrir um aviso de 12 milhões de euros” para apoiar a instalação de sistemas de precisão para o uso da água nas explorações agrícolas. “É fundamental que possamos ter sistemas de regadio cada vez mais eficientes”, quer “do ponto de vista do uso da água, mas também da energia”, disse. Reconhecendo que, devido à seca, já “há quebras na produção” agrícola, a ministra assinalou que o Governo tem, desde 1 de março deste ano, um conjunto de apoios para os agricultores.

Maria do Céu Antunes deu como exemplos as ajudas concedidas aos produtores de arroz, aos agricultores que plantem em terrenos que estejam em pousio, à produção animal biológica e para a instalação de sistemas de abeberamento para os animais. “Existe ainda um conjunto de medidas financeiras, a fundo perdido, que está a ser ultimado”, salientou, indicando que estes apoios, num total de 27 milhões de euros, consistem na “utilização da reserva de crise”.

De acordo com a responsável, o Governo português, que aguarda agora “autorização da Comissão Europeia para fazer os pagamentos”, vai utilizar esta verba nos setores da suinicultura, das aves e ovos e do leite. O ministério está também a “preparar a utilização de 51 milhões de euros dos fundos de desenvolvimento rural”, com mais sete milhões do Orçamento do Estado, para “ajudar, de forma mais transversal, todos os setores”, acrescentou.

O Fórum Regional do Alentejo do Programa Bairros Saudáveis foi um dos cinco realizados de norte a sul do país para partilhar experiências e apresentar os primeiros resultados dos projetos apoiados. Criado em 2020, o Programa Bairros Saudáveis é um programa público, de natureza participativa, multissetorial, que visa a melhoria das condições de saúde, bem-estar e qualidade de vida em territórios vulneráveis.

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Paulo Azevedo vê escola “desadequada à sociedade e expectativa dos jovens”

Presidente da Fundação Belmiro de Azevedo frisa que falta de capacidade financeira “condiciona os jovens” nos estudos e “acaba por espartilhar as suas escolhas logo nos níveis mais baixos do ensino”.

A Fundação Belmiro de Azevedo (FBA) ambiciona promover a mudança e a transformação nos percursos sociais e educativos dos jovens mais excluídos em Portugal, “adotando abordagens que influenciem positivamente e os motivem pela definição de expectativas em relação ao futuro”.

Na abertura da conferência internacional “Teacher Education – Building an Agenda for the 21st Century”, na Fundação de Serralves, no Porto, o presidente da FBA, Paulo Azevedo, salientou que a falta de capacidade financeira “condiciona os jovens” no acesso às melhores condições de ensino e no apoio aos estudos, e “acaba por espartilhar as suas escolhas logo nos níveis mais baixos do ensino”.

“Sabemos que o baixo nível sociocultural das famílias, a ausência de modelos e a priorização de necessidades básicas secundarizam, por vezes, a educação em determinados contextos. E sabemos também que a escola está desadequada à dinâmica da evolução da sociedade e às expectativas dos próprios jovens”, sublinhou o ex-presidente executivo da Sonae.

A FBA apoia várias entidades e projetos que estão no terreno ao nível do desenho de programas de formação para educadores e professores, e no estudo de percursos educativos alternativos, com o presidente a dar o exemplo do ensino profissional orientado para o mercado de trabalho. “Queremos intervir por antecipação, enquanto os jovens estão na sua formação base, combatendo a desigualdade educativa e gerando impacto sistemático e sustentável”, frisou Paulo Azevedo.

O meu pai não perdia uma oportunidade para relembrar o papel determinante que o professor de instrução primaria teve na sua vida: pelo que lhe ensinou, porque o obrigou a pensar sobre as expectativas de futuro e por ter convencido os pais que valia a pena apostar na sua educação.

Paulo Azevedo

Presidente executivo da Fundação Belmiro de Azevedo

Criada em 1991, esta fundação tem-se destacado pelo think tank Edulog, que integra vários especialistas nesta área e tem como missão divulgar conhecimento científico sobre a educação, promover o debate e estimular a mudança nas políticas públicas. E que criou o Edustat – Observatório da Educação, apresentado como a maior plataforma de recolha e disponibilização “transparente” de dados no setor, incluindo mais de 50 indicadores quantitativos para a formulação de políticas públicas.

“A promoção da educação é o propósito central da Fundação. Quem conheceu a vida do meu pai não esperaria outra coisa. Acreditava que é o melhor recurso que uma sociedade moderna tem para oferecer. Um dos combates da sua vida foi participar no desenvolvimento de um modelo educativo de excelência e estável — e também pugnar para que todos tivessem acesso a esse recurso fundamental”, frisou Paulo Azevedo.

No arranque deste evento subordinado ao tema da formação de professores”, organizado em parceria com a Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP), o líder da FBA recordou ainda como o pai “colocava o papel do professor no mesmo patamar de importância do acesso de todos a um modelo educacional de excelência”.

“Não perdia uma oportunidade para relembrar o papel determinante que o professor de instrução primaria teve na sua vida: pelo que lhe ensinou, porque o obrigou a pensar sobre as expectativas de futuro e por ter convencido os pais que valia a pena apostar na sua educação”, concluiu o gestor durante esta intervenção na Fundação de Serralves, no Porto.

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Prémio Nacional de Literacia em Saúde vai ter 1ª edição

  • ECO Seguros
  • 5 Julho 2022

A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde lançou um prémio com vista a destacar as estratégias que contribuam para uma literacia ativa na área da saúde.

O Prémio Nacional de Literacia em Saúde (PNLS) vai ter a sua primeira edição, numa iniciativa da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS). A distinção pretende destacar “projetos e estratégias relevantes na promoção de uma literacia ativa nesta área”, esclarece a PNLS.

Em concreto, o prémio tem como principal objetivo distinguir equipas de trabalho que desenvolvem a sua atividade de investigação ou no terreno, em Portugal, e que tenham implementado ou venham a implementar estratégias de literacia em saúde, as quais deverão incidir em intervenções relacionadas com o melhor acesso, compreensão e utilização da informação e dos recursos de saúde, traduzindo-se em ganhos no plano da saúde e bem-estar dos destinatários.

Para a presidente da SPLS, Cristina Vaz de Almeida, este é um “excelente momento” para dinamizar esta iniciativa, “tendo em conta os esforços feitos nos últimos anos pela literacia em saúde por parte de tantos profissionais e das intervenções evidentes no terreno”.

As inscrições para a apresentação de candidaturas à primeira edição do prémio lançado pela SPLS, o qual consta, aliás, dos estatutos da sociedade, já se encontram abertas, sendo 7 de setembro a data-limite para aderir à iniciativa. Cada uma das duas categorias em que se reparte o regulamento do concurso receberá um prémio de 5 mil euros.

As inscrições estão abertas a equipas ou entidades que exerçam atividade profissional na área da saúde, do social, da educação, na academia, em empresas de comunicação e outros organismos ligados à economia do terceiro setor, como IPSS, associações de moradores, associações de doentes, empreendedores sociais, entre outros.

Numa das categorias o prémio vai destacar entidades que tenham atuado na promoção da vigilância em saúde e da vacinação através do patrocínio da Ciência Viva. Já na categoria do domínio da segurança e da capacitação do doente, das associações representativas de doentes e dos cuidadores, a SPLS conta com o apoio da Roche. A distinção assume assim, nas suas duas categorias, uma componente transversal.

Segundo o regulamento, que pode ser consultado aqui, o júri é constituído por sete membros — quatro elementos da SPLS, duas personalidades de reconhecido mérito nacional e um representante da organização patrocinadora. As inscrições terminam a 7 de setembro e a atribuição pública do prémio acontece em março de 2023, em data e local ainda a anunciar.

A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS), criada em janeiro de 2022, é uma associação dotada de personalidade jurídica sem fins lucrativos, de caráter científico e formativo. Prossegue fins científicos, formativos, técnicos, organizativos, éticos e humanos na promoção, desenvolvimento e aperfeiçoamento da prática da Literacia em Saúde.

Com o objetivo de contribuir, através de um conjunto de estratégias, para a literacia em saúde individual, organizacional e pública, para uma melhor saúde e bem-estar das pessoas, no seu ciclo de vida, com arte, técnicas e comunicação, adota uma “abordagem integrada, inclusiva e multidisciplinar, promovendo e desenvolvendo competências”, refere a SPLC ao explicitar a sua missão.

 

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Fidelidade é novamente seguradora oficial do NOS Alive

  • ECO Seguros
  • 5 Julho 2022

A seguradora, reforçando o seu posicionamento junto das gerações mais jovens, vai desenvolver várias iniciativas no seu 'stand', que tem uma localização privilegiada no recinto do festival.

Frente ao palco principal do generoso recinto de Alcântara do NOS Alive posiciona-se o stand da Fidelidade. A seguradora, líder no mercado português, é, na edição deste ano do festival, uma vez mais a sua seguradora oficial.

Durante o evento seguradora vai desenvolver várias iniciativas no recinto do festival, sob o tema Fidelidade PETS, promovendo o contacto direto com o público através de animações no stand, as quais envolverão embaixadores da marca, como a Marisa Liz e a Isabel Silva, clientes, colaboradores e a rede de mediadores da empresa.

A Fidelidade vai igualmente vincar a sua aposta no digital e desenvolver uma “forte campanha de ativação da marca” ao longo dos dias do festival. Tal permitirá, refere a seguradora, partilhar as experiências vividas no NOS Alive e ainda desenvolver passatempos.

Para Sérgio Carvalho, diretor de Marketing da Fidelidade, citado numa nota da seguradora, “na Fidelidade procuramos inovar continuamente, estando atentos às tendências do mercado, o que passa por criar um maior envolvimento com os jovens e os públicos tradicionalmente ligados a estes eventos musicais como o NOS Alive, a quem procuramos proporcionar uma experiência única com a marca”.

O grupo Fidelidade lidera o setor segurador português, posição que saiu reforçada em 2021 com a sua quota a aumentar para 29,1% do mercado total. A produção atingiu, no último exercício, 3,88 milhões de euros, mais 44% que no ano anterior.

Engloba diversas marcas solidamente implantadas no mercado. O símbolo da seguradora, o cão da Fidelidade, foi renovando-se ao longo de várias épocas, acompanhando o ‘espírito do tempo’.

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Investidores portugueses ficaram com 42% das novas ações da GreenVolt

Empresa de energias renováveis liderada por João Manso Neto completa aumento de capital de 100 milhões que vai acelerar investimentos. Procura ascendeu a 186,8% da oferta nesta operação.

A GreenVolt anunciou esta terça-feira ter “concluído com sucesso” o aumento de capital no valor de quase 100 milhões de euros, uma operação marcada por uma forte procura dos investidores e que vai permitir à empresa liderada por João Manso Neto “realizar mais depressa os investimentos, bem como estar atenta a oportunidades que surjam no desenvolvimento da estratégia de crescimento nas energias renováveis”.

De acordo com a informação enviada à CMVM, a procura global pelas 17.252.191 novas ações ascendeu a 186,8% da oferta. Os atuais acionistas garantiram a quase totalidade do aumento de capital – só com os direitos de subscrição ficaram garantidos 97% dos 99,9 milhões pedidos aos investidores –, com as ordens de subscrição pelas restantes 540.385 novas ações a superarem em 30 vezes o valor disponível.

Nesta operação coordenada pelo BNP Paribas e pelo Santander, que contou ainda com o CaixaBank, JB Capital e Mediobanca no sindicato bancário, e com Caixa BI como intermediário financeiro – a Lazard atuou como assessora financeira e a Vieira de Almeida como assessor legal –, a GreenVolt diz ter colocado 42% das novas ações junto de investidores portugueses, e o restante junto de britânicos (27,2%), norte-americanos (3%) e o remanescente na Europa Continental (27,8%).

Foi no início de junho que a empresa anunciou um aumento de capital no valor de 100 milhões de euros, resultante da emissão de quase 18 milhões de ações a um preço unitário de 5,62 euros. O período de subscrição das novas ações decorreu até 4 de julho, com o apuramento dos resultados a ser feito esta terça-feira e os novos títulos a estrearem-se em bolsa a 11 de julho.

“O sucesso desta operação traduz a confiança dos nossos investidores, que soubemos conquistar ao longo deste último ano, com o trabalho de excelência de uma equipa de verdadeiros profissionais. (…) Agora temos os meios para acelerar os investimentos nos projetos que conquistámos, mas também para estarmos atentos às inúmeras oportunidades que se avizinham nas energias renováveis”, resumiu o CEO, João Manso Neto, num comunicado enviado às redações.

Agora temos os meios para acelerar os investimentos nos projetos que conquistámos, mas também para estarmos atentos às inúmeras oportunidades que se avizinham nas energias renováveis.

João Manso Neto

CEO da GreenVolt

No primeiro trimestre deste ano, os lucros da GreenVolt aumentarem para 1,3 milhões de euros, o que correspondeu a um crescimento de 43% face a igual período de 2021. No arranque do ano, a subida das receitas foi impulsionada pelo segmento da biomassa residual, mas também pelo reforço dos projetos solares eólicos.

Além de produzir energia a partir de biomassa e de resíduos florestais, agroflorestais e urbanos, em Portugal e no Reino Unido, promove projetos eólicos e solares fotovoltaicos em vários mercados europeus e nos EUA, com um pipeline de 6,6 GW. Está também presente no segmento estratégico da geração distribuída, com soluções para reduzir a fatura energética dos clientes (empresariais e particulares) nos mercados ibéricos.

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Cidade chinesa de Xi’an anuncia confinamento de uma semana para conter surto

  • Lusa
  • 5 Julho 2022

Xi’an é o destino da única ligação aérea entre Portugal e a China, que foi entretanto suspensa, por um período total de seis semanas.

A cidade de Xi’an, destino do único voo direto entre Portugal e China, vai encerrar, por uma semana, restaurantes, bares, escolas e locais religiosos, após ter diagnosticado cerca de 20 casos de covid-19, anunciaram esta terça-feira as autoridades.

Situada no centro da China, a cidade, com 13 milhões de habitantes, é conhecida pelo Exército de Terracota, enterrado com o primeiro Imperador da China. Xi’an é também o destino da única ligação aérea entre Portugal e a China, que foi entretanto suspensa, por um período total de seis semanas, após terem sido detetados casos de infeção pelo novo coronavírus em dois voos oriundos de Lisboa.

A China é um dos últimos países a aplicar uma estratégia de “zero casos” de covid-19, o que implica o bloqueio de cidades inteiras, testes em massa e o isolamento em instalações designadas de todos os casos positivos e respetivos contactos diretos, sempre que é detetado um surto. O país mantém também as fronteiras praticamente encerradas desde março de 2020.

Os voos para a China estão sujeitos à política “circuit breaker” (‘interruptor’, em português), em que quando são detetados cinco ou mais casos a bordo, a ligação é suspensa por duas semanas. Caso sejam identificados dez ou mais casos, a ligação é suspensa por um mês.

A cidade de Xi’an registou 18 casos positivos, causados pela altamente contagiosa variante Ómicron, desde sábado, segundo as autoridades locais. Um alto funcionário do governo local, Zhang Xuedong, anunciou hoje a aplicação, por um período de sete dias, de “medidas de controlo”, destinadas a evitar o “movimento de pessoas”.

“Estamos numa corrida contra o tempo” e é necessário “evitar a propagação e o aumento dos casos”, sublinhou. Espaços de entretenimento como bares, cibercafés ou restaurantes irão encerrar a partir da meia-noite de quarta-feira na China, disse o governo local em comunicado.

Os estabelecimentos de restauração deixam de poder receber clientes durante uma semana, mas estão autorizados a fazer entregas ao domicílio. As escolas primárias e creches vão também fechar, assim como os locais religiosos. A cidade de Xi’an foi sujeita a medidas de bloqueio altamente restritivas entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022, devido a um surto do novo coronavírus.

O governo local foi então criticado pela gestão do confinamento, marcado por problemas de abastecimento de alimentos e outros bens básicos. As autoridades suspenderam nessa altura todos os voos internacionais, que só retomaram em junho passado.

A ligação aérea direta entre Portugal e a China foi retomada em 12 de junho, mas logo no primeiro voo foram detetados dez casos a bordo, acionando a suspensão de um mês, no âmbito da política do ‘circuit breaker’, aplicável a partir de 20 de junho. No segundo voo, realizado em 19 de junho, foram detetados cinco casos, pelo que foi aplicada nova suspensão de duas semanas.

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Montenegro atira referendo sobre regionalização para depois de 2026, pelo menos

Novo líder do PSD diz que partido está "focado nos problemas dos portugueses" e considera que processo de descentralização "tem sido turbulento".

Para Luís Montenegro, pelo menos até 2026 não deve avançar o referendo sobre a regionalização. O novo líder do PSD foi recebido pelo Presidente da República nesta terça-feira e reforçou os argumentos contra a consulta popular.

“Sou completamente contra a realização de um referendo em 2024”, manifestou Luís Montenegro à saída da audiência, em declarações citadas pela RTP3. O novo líder dos sociais-democratas justificou a posição com vários atos eleitorais previstos entre 2024 e 2026.

Em 2024, realizam-se as eleições europeias e as regionais dos Açores; para 2025 estão programadas eleições autárquicas; para 2026 estão previstas eleições eleições presidenciais e legislativas. “Não haverá oportunidade para referendo até 2026″, rematou.

As consequências da subida da taxa de inflação e dos efeitos da invasão da Ucrânia pela Rússia são os outros dois motivos apresentados por Luís Montenegro para afastar a consulta popular nos próximos anos.

Luís Montenegro acusou ainda o Governo de conduzir um processo de descentralização “turbulento e que não tem tido resultados efetivos”. Para o político, “um Governo que em três anos não foi capaz sequer de tratar das competências essenciais, numa matéria sem grandes divergências parlamentares e em acordo com o PSD, não se pode abalançar de colocar ao país essa questão”.

O novo líder do PSD acusou ainda o Governo de “desinvestimento nos últimos anos” no aeroporto de Lisboa, o que justifica os sucessivos cancelamentos de voos desde sexta-feira.

Na audiência com o Presidente da República ficou afastado o tema da moção de censura ao Governo pelo partido Chega, na qual o PSD irá abster-se.

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Investimentos na rede de gás de olhos postos no hidrogénio

Esta terça-feira foi debatido no Parlamento o Plano de Desenvolvimento e Investimento na Rede de Transporte de Eletricidade (PDIRTE) e o Plano de Desenvolvimento e Investimento na Rede de Gás Natural.

A necessidade de investimento nas redes de gás de forma a acomodar a injeção de hidrogénio verde foi questionada esta terça-feira pelos deputados, mas o regulador da energia, a Direção Geral da Energia e Geologia (DGEG) e a REN – Redes Energéticas Nacionais foram unânimes acerca da relevância destes investimentos, apesar da imaturidade atual da tecnologia.

Esta terça-feira foi debatido no Parlamento o Plano de Desenvolvimento e Investimento na Rede de Transporte de Eletricidade (PDIRTE) e o Plano de Desenvolvimento e Investimento na Rede de Gás Natural, elaborados pela REN. O operador da rede propõe um investimento de 831 milhões de euros na rede elétrica entre 2022 e 2031 e o PDIRG pressupõe investimento de 124 milhões de euros.

O presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, Pedro Verdelho, afirmou que o regulador teve uma “atitude de prudência” em relação a estes planos, em particular no que diz respeito ao gás natural, já que, no que diz respeito a esta fonte, “perspetiva-se que as necessidades tenderão a diminuir”. Nesse sentido, afirmou procurar investimentos “à prova do futuro”, ou seja, preparados para gases descarbonizados, como o hidrogénio verde. E deixou do lado do operador de rede o planeamento das necessidades.

No PDIRG, conta-se que a adaptação das redes de gás ao hidrogénio verde custe 40,3 milhões de euros até 2031, um número que pode cair para os 16,1 milhões caso estes investimentos sejam subsidiados por fundos europeus, em particular o Fundo para a Inovação, lê-se no plano.

Verdelho reforçou que o hidrogénio verde não exige a construção de uma nova rede, mas sim a adaptação da já existente, um processo com um “custo menor”. Um ponto reforçado pelo presidente da REN, Rodrigo Costa, considerando este um dos “pontos-chave” dos projetos em discussão.

O líder do regulador defende que os planos climáticos dos vários países europeus deverão estar alinhados “para assegurar que através desta discussão possamos ultrapassar as incertezas que a metamorfose tecnológica nos oferece”.

O presidente da DGEG, João Bernardo admite que “o gás natural é um complemento a prazo” no mix energético, mas acredita que este ainda terá um papel “fundamental”. E avisa, admitindo a opinião como pessoal: “Do ponto de vista da segurança de abastecimento, depender de apenas energia elétrica, deixa-nos muito vulneráveis”. O presidente da ERSE já havia apontado também que uma dificuldade da eletrificação é a obtenção dos metais raros que são necessários, apontando o hidrogénio verde como uma alternativa neste sentido. Isto, ressalvando que o hidrogénio deve ser dirigido a setores onde a eletrificação não seja uma solução.

João Bernardo afirma que “faz todo o sentido fazer mais uma caverna ou duas no Carriço”, onde estas estruturas foram construídas para armazenar gás, e indica que “depois podem servir para armazenar hidrogénio ou metano”.

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Marcelo promulga atualização extraordinária das pensões

  • Lusa
  • 5 Julho 2022

Em causa está um aumento até 10 euros para os pensionistas que recebem até 1.108 euros, que será pago com retroativos a janeiro.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou esta terça-feira o decreto que regulamenta a atualização extraordinária das pensões, medida prevista no Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

Segundo uma nota publicada na página da Presidência, o chefe de Estado promulgou hoje o “decreto regulamentar que define e regulamenta a atualização extraordinária das pensões prevista no artigo 63.º da Lei n.º 12/2022, de 27 de junho, que aprova o Orçamento do Estado para o ano de 2022”.

O decreto agora promulgado foi aprovado em Conselho de Ministros em 30 de junho. Em causa está um aumento até 10 euros para os pensionistas que recebem até 1.108 euros, que será pago com retroativos a janeiro. “Em 2022, o Governo procede a uma atualização extraordinária das pensões, com efeitos a 01 de janeiro de 2022”, estabelece o OE2022.

De acordo com o documento, “a atualização extraordinária é efetuada pelo valor de 10 euros por pensionista, cujo montante global de pensões seja igual ou inferior a 2,5 vezes o valor do indexante dos apoios sociais (IAS)”, ou seja, até 1.108 euros. O valor da atualização regular anual, efetuada em janeiro, é incorporado no valor da atualização extraordinária.

O aumento extraordinário deverá chegar a cerca de dois milhões de pensionistas e terá um custo da ordem dos 200 milhões de euros, de acordo com o executivo. Em 2021, o aumento extraordinário foi pago aos pensionistas que recebem até 658 euros (1,5 IAS).

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Ministro das Finanças britânico demite-se

Rishi Sunak demitiu-se do cargo de ministro das Finanças minutos depois de Sajid Javid renunciar ao cargo de secretário de Estado da Saúde do Reino Unido.

O ministro das Finanças do Reino Unido, Rishi Sunak, apresentou esta terça-feira a demissão, anunciou o próprio na rede social Twitter. Decisão surge pouco depois de Sajid Javid renunciar ao cargo de secretário de Estado da Saúde daquele país. Ambas as demissões acontecem após de ter sido noticiado que Boris Johnson sabia das acusações de assédio sexual contra Chris Pincher quando o nomeou para o Governo.

“O público, com razão, espera que o Governo seja conduzido de forma adequada, competente e séria”, escreveu. “Reconheço que este pode ser o meu último cargo no Governo, mas acredito que vale a pena lutar por esses padrões e é por isso que me demito”, acrescentou, anexando a carta que enviou ao primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

Minutos antes deste anúncio foi a vez de Sajid Javid renunciar ao cargo de secretário de Estado da Saúde, afirmando que o Reino Unido precisa de um “partido conservador forte e com princípios”. “Foi um enorme privilégio servir esta função, mas lamento não poder continuar de plena consciência”, escreveu no Twitter.

Ao final do dia desta terça-feira, foi a vez de um dos vice-presidentes do Partido Conservador, Bim Afolami, anunciar também a sua demissão, em direto no TalkTV. O momento do anúncio pode ser visto aqui.

Estas demissões acontecem depois de ter sido noticiado que Boris Johnson sabia das acusações de assédio sexual contra Christopher Pincher quando o nomeou para o Governo. McDonald, membro da Câmara Alta do Parlamento do Reino Unido, disse que houve uma investigação sobre Pincher em 2019 e que o primeiro-ministro “foi informado pessoalmente sobre o início e o resultado da investigação”.

Na semana passada, o jornal britânico The Sun avançou que Pincher estava no clube Carlton, um dos mais antigos e exclusivos de Londres, quando assediou dois convidados do sexo masculino. Este acabou por se demitir do cargo de vice-presidente da bancada parlamentar do Partido Conservador, afirmando que tinha “bebido demais” e que se sentia envergonhado.

Este domingo, a imprensa britânica avançou com mais informações, afirmando que Pincher enfrenta seis novas acusações de comportamento impróprio.

Esta terça-feira, Boris Johnson pediu desculpa por ter nomeado Chris Pincher para o Governo britânico. “Acho que foi um erro e peço desculpas por isso. Acho que, em retrospetiva, foi a coisa errada a fazer”, disse o primeiro-ministro, citado pelo The Guardian. “Peço desculpa a todos os que foram gravemente afetados por isso. Quero deixar absolutamente claro que não há lugar neste Governo para qualquer um que abuse do seu poder”.

O primeiro-ministro disse ainda que, se tivesse oportunidade, teria demitido Pincher após o incidente inapropriado quando este estava no Ministério dos Negócios Estrangeiros. “Há cerca de três anos houve uma queixa contra Chris Pincher no Ministério. Essa queixa foi esclarecida, ele desculpou-se. Já fui informado sobre o que tinha acontecido. Se eu tivesse oportunidade, teria pensado nisso e reconhecido que ele não iria aprender nem mudar“.

(Notícia atualizada às 19h57 com mais informação)

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Símbolo do euro em frente ao BCE vai a leilão por manutenção cara

BCE contribui anualmente com 15 mil euros para a manutenção da escultura, mas não está disponível para aumentar a sua contribuição. Vandalismo e manutenção dispendiosa levam a leilão da peça.

A escultura azul do símbolo do euro, localizada em frente da antiga sede do Banco Central Europeu (BCE) em Frankfurt, vai ser leiloada após a sua manutenção se tornar demasiado dispendiosa, avançou esta segunda-feira o Politico (acesso aberto).

Contanto com 14 metros de altura, a escultura erguida pelo artista alemão Ottmar Hörl foi criada em 2001, tendo surgido ao lado da introdução das notas de euro na União Europeia. Após a crise financeira e da dívida soberana, a estátua de 50 toneladas é agora colocada à venda, embora os bancos contactados não se mostrem interessados.

É a organização sem fins lucrativos, Frankfurter Kultur Komitee, quem tem preservado a escultura nos últimos 21 anos, contando com a liderança de Manfred Pohl. “Contactámos 110 bancos nos últimos 12 meses e 90 nem se deram ao trabalho de responder”, admitiu Pohl. O responsável acrescentou que o aumento do vandalismo, aliado à falta de patrocínios, levaram à decisão de leiloar a peça até outubro de 2022.

Embora o BCE contribua anualmente com 15 mil euros para a manutenção da escultura, a entidade não se encontra interessada em aumentar o valor do seu apoio, nem participou numa mesa-redonda, organizada em abril, cujo objetivo pretendia garantir financiamento, esclareceu Pohl. Por outro lado, o responsável da organização partilha haver diversos indivíduos e empresas a manifestar o seu interesse na escultura.

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