Dinamarquesa Jysk quer abrir mais seis lojas e criar 60 empregos em Portugal

Nove anos depois de abrir a primeira loja em Portugal, a Jysk tem 29 lojas e emprega 300 pessoas. Dentro de quatro meses prepara-se para abrir mais seis unidades, num investimento de quatro milhões.

A marca dinamarquesa Jysk, especializada em descanso, mobiliário e decoração, prevê abrir mais seis lojas em Portugal e criar 60 novos postos de trabalho em Portugal até agosto de 2025. A Jysk, que entrou em Portugal em 2016, tem 29 lojas em território nacional e emprega 300 pessoas.

Durante este mês, a concorrente do Ikea vai abrir mais duas lojas, uma em Sintra e outra em Vila Nova de Gaia. Seguem-se aberturas em Ovar, Portimão e outras duas que ainda não têm localização definida, adianta ao ECO, Carlos Haba, diretor da Jysk em Portugal e Espanha. As aberturas e a renovação de três lojas (Coimbra, Gaia e Estoril) representam um investimento de quatro milhões de euros.

Em maio, a empresa vai abrir o primeiro hub tecnológico em Portugal, na cidade de Lisboa, para dar resposta às necessidades dos clientes, e contabiliza ter entre 10 a 15 colaboradores especializados em engenharia de software até ao final do verão.

Em Portugal, o volume de negócios da Jysk no ano fiscal 2023-2024 atingiu uma faturação recorde de 44,9 milhões de euros, o que representa um crescimento face aos 35,3 milhões de euros do ano anterior.

“Ao longo dos anos temos assistido a um forte crescimento no volume de negócios no mercado português, sendo que 2024 foi mais um ano de recorde na faturação”, afirma Carlos Haba, que considera a “aceitação por parte dos consumidores portugueses a grande alavanca para este crescimento”.

Carlos Haba, diretor da Jysk em Portugal e Espanha Jysk

A dinamarquesa investiu 300 milhões de euros num centro de distribuição logístico em Almenara, na província de Castellón, Espanha, que deverá estar concluído em 2027.

“Esta abertura solidifica a posição da JYSK no mercado ibérico e norte-africano, servindo como a principal base de operações para Portugal, Espanha e Marrocos”, afirma ao ECO o diretor da JYSK Portugal e Espanha, antecipando que este centro de distribuição irá criar cerca de 250 novos postos de trabalho.

A expansão também inclui a abertura da primeira loja Jysk em Casablanca, Marrocos, o primeiro passo da marca para expandir fora do continente europeu. No plano de expansão, apresentado esta quarta-feira em Cascais, o grupo prevê “alcançar as 300 lojas em Espanha e Portugal até 2028”.

A nível global, a Jysk emprega 31.000 trabalhadores e conta com mais de 3.500 lojas físicas e online em mais de 50 países. No ano fiscal de 2023/2034 faturou 5.600 milhões de euros, o que representa um aumento de 7,6% em relação ao ano anterior.

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Tarifas de Trump vão “desestabilizar o mundo”, avisa Lagarde

  • Lusa
  • 2 Abril 2025

A presidente do BCE indica que o impacto do anúncio das tarifas "não será bom para aqueles que impõem as tarifas nem para aqueles que retaliam".

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou que as tarifas a anunciar esta quarta-feira pelo Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, vão “desestabilizar o mundo do comércio, tal como o conhecemos”.

No chamado “Dia da Libertação” de Trump para os EUA, Lagarde disse, numa entrevista ao programa de rádio irlandês “The Pat Kenny Show”, que o impacto do anúncio das tarifas “não será bom para aqueles que impõem as tarifas nem para aqueles que retaliam”.

“A partir de hoje, altura em que deverão ser anunciadas, não sabemos realmente qual será o acordo para o resto do mundo, o que sabemos é que não será bom para a economia global”, afirmou. De acordo com a presidente do BCE, “a densidade e a durabilidade do impacto [das tarifas] variam consoante o seu âmbito, os produtos a que se destinam, a sua duração e a existência ou não de negociações”.

Lagarde evitou, no entanto, dar a sua opinião sobre a forma como a UE deve responder às taxas, uma vez que se trata de algo que “deve ser decidido pelos líderes políticos”.

“O nosso trabalho no BCE é antecipar, explicar-lhes [aos líderes políticos] quais serão as consequências em termos de impacto económico, porque, de qualquer forma, será negativo em todo o mundo”, insistiu.

A presidente considera que as tarifas representam também uma “oportunidade” para a Europa ser mais autossuficiente, naquilo a que chamou “o início de uma marcha para a independência”.

“Não devemos concentrar-nos exclusivamente no que está a acontecer do outro lado do oceano, devemos concentrar-nos na força que temos em casa (Europa) e na forma como podemos recuperar a independência que não temos, isto aplica-se à defesa, ao comércio, às finanças e à forma como o dinheiro circula na Europa”, afirmou.

A Comissão Europeia garantiu que irá responder no “momento oportuno” ao anúncio do Presidente norte-americano, Donald Trump, sobre tarifas comerciais recíprocas à União Europeia (UE), indicando que o bloco comunitário está “em modo de espera”.

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PS acusa Governo de aumentar carga fiscal e iludir com retenções na fonte do IRS

  • Lusa
  • 2 Abril 2025

“O Governo fez um truque de ilusionismo fiscal no ano passado com a revisão das tabelas de retenção na fonte", acusou António Mendonça Mendes.

O dirigente socialista António Mendonça Mendes acusou esta quarta-feira o Governo de ter aumentado a carga fiscal e de ter procurado iludir os portugueses com “habilidades” ao nível das retenções na fonte em sede de IRS.

Estas críticas foram feitas pelo ex-secretário de Estado dos governos liderados por António Costa no período de declarações políticas da reunião da Comissão Permanente da Assembleia da República. Tendo como base os mais recentes indicadores sobre a evolução da economia portuguesa, António Mendonça Mendes afirmou que, ao contrário das promessas do primeiro-ministro, Luís Montenegro, verificou-se que aumentou a carga fiscal sobre as empresas e sobre as famílias.

O que antes o ainda primeiro-ministro classificava como esbulho fiscal, é hoje o resultado que o Governo da AD tem para apresentar. Até agora, ainda não ouvimos do Governo e dos responsáveis da AD um pedido de desculpa aos portugueses, porque objetivamente estiveram sempre enganados e quiseram deliberadamente enganar os portugueses”, afirmou.

António Mendonça Mendes, membro do Secretariado Nacional do PS, apontou depois que “o PSD e o CDS têm para apresentar como resultado a segunda maior carga fiscal do século”.

“Repito, a segunda maior carga fiscal do século”, salientou, antes de se referir à questão das mudanças operadas a partir de setembro de 2024 ao nível das retenções na fonte em sede de IRS. António Mendonça Mendes disse acreditar que, com as mudanças feitas pelo atual Governo, os reembolsos vão agora baixar de forma acentuada, ou até mesmo fazer com que parte dos contribuintes tenha de pagar para acerto de contas.

“Os portugueses começaram desde ontem [segunda-feira] a perceber que o nível de reembolso do IRS cai este ano de forma substancial face ao ano passado. Muitos contribuintes passam de receber reembolso para terem agora que pagar imposto – e é já nas próximas semanas”, assinalou.

O dirigente do PS acusou a seguir o Governo de ter feito uma atualização das retenções da fonte de IRS “com um propósito a todos os níveis censurável”.

“O Governo fez um truque de ilusionismo fiscal no ano passado com a revisão das tabelas de retenção na fonte. Um truque de ilusionismo com três propósitos”, considerou. De acordo com o ex-secretário de Estado socialista, o Governo quis “criar a perceção de recuperação de rendimentos dos portugueses” e, por outro lado, “induzir o consumo privado em época natalícia para apresentar um crescimento do PIB melhor no último trimestre do ano”.

Como terceira razão, segundo Mendonça Mendes, o Governo pretendeu “diminuir o saldo orçamental do ano passado, procurando corroborar o embuste deste Governo segundo o qual que teria herdado contas pior do que aquelas que efetivamente herdou” do executivo de António Costa.

“É imperdoável o que fizeram aos portugueses e ao país. A conta de IRS que milhares de portugueses terão de pagar nas próximas semanas é o preço da leviandade deste Governo e que a este Governo deve ser cobrado”, acrescentou.

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Ministro Pinto Luz é visado na investigação à autarquia de Cascais

  • Lusa
  • 2 Abril 2025

As buscas visaram dois processos de urbanismo, um relacionado com um hotel, outro com um hospital, e sobre os quais o ministro disse terem sido cumpridas todas as "prerrogativas legais".

O presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras confirmou as buscas da PJ na autarquia, visando dois processos de urbanismo sobre os quais não foram mencionados suspeitos, mas em relação aos quais admite a intervenção do ex-vice-presidente Miguel Pinto Luz. Segundo avançou a CNN Portugal, o ainda ministro é visado na investigação.

No âmbito da operação “Cinco Estrelas”, inspetores da Polícia Judiciária realizaram, esta quarta-feira, buscas no concelho de Cascais. Em causa estão suspeitas de “favorecimento a empresa do ramo imobiliário” na venda de um terreno municipal. O ex-vice presidente da Câmara e atual ministro das Infraestruturas esclarece, desde já, que a sua “conduta foi sempre pautada pela integridade e pelo interesse de Cascais”.

Em comunicado enviado às redações, Miguel Pinto Luz disse “não estar ao corrente dos detalhes específicos do processo que originou as buscas”, nem saber se é ou não “visado na investigação”.

“Contudo, tenho total confiança no sistema judicial e estou seguro de que, no que me diz respeito, a minha conduta foi sempre pautada pela integridade e pelo interesse de Cascais”, garantiu o ministro.

As buscas visaram dois processos de urbanismo, um relacionado com um hotel, outro com um hospital, e sobre os quais disse terem sido cumpridas todas as “prerrogativas legais” a que a autarquia está obrigada, tendo sido prestadas “todas as explicações aos elementos da PJ” que hoje estiveram em Cascais.

Questionado sobre se o seu ex-vice-presidente e atual ministro das Infraestruturas do Governo demissionário, Miguel Pinto Luz, foi visado nas buscas, Carlos Carreiras disse não lhe ter sido referida “nenhuma suspeita personalizada”.

“A mim não me foi mencionada nenhuma referência em particular, agora será normal, tendo o ex-vice-presidente, por delegação de competências, tratado desses assuntos, é natural que do processo constem decisões dele. É um processo corrente, normal, que se passa na Câmara Municipal de Cascais, como se passa em qualquer outra câmara. Mas a mim não me foi referenciada nenhuma suspeita personalizada especificada”, disse o autarca.

A Polícia Judiciária (PJ) fez buscas em Lisboa e Cascais por suspeitas de favorecimento no processo de venda de um terreno municipal destinado à construção de um hotel de luxo, informou esta polícia. Em comunicado, a PJ adiantou que foram cumpridos oito mandados de busca, uma domiciliária e sete não domiciliárias, “num inquérito em que se investigam factos suscetíveis de enquadrar a prática dos crimes de prevaricação”.

Em causa estão suspeitas da prática dos crimes de prevaricação, participação económica em negócio e violação de regras urbanísticas por funcionário. A Polícia Judiciária explica ainda que existem “fortes suspeitas” de favorecimento de uma empresa imobiliária num processo de venda de um terreno municipal para construir um hotel com cerca de 120 apartamentos de luxo”.

Além da venda, também o processo de licenciamento desta obra está a ser investigado pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção.

(Notícia atualizada às 18.29)

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Março chuvoso e frio com precipitação acima do normal

  • Lusa
  • 2 Abril 2025

O IPMA indica março foi o quinto mês com mais chuva desde o ano 2000 e que em nove estações meteorológicas foram registados extremos de precipitação.

O mês de março foi muito chuvoso e frio em Portugal continental, com um valor de precipitação de 229,4% acima do normal, informou esta quarta-feira o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

No boletim climatológico do mês de março, o IPMA diz que foi o quinto mês com mais chuva desde o ano 2000 e que em nove estações meteorológicas foram registados extremos de precipitação. Devido à depressão Martinho, uma das que atravessou o continente no mês passado, foram registados extremos de vento em 36 estações meteorológicas, 10 deles extremos absolutos.

A estação meteorológica do Cabo da Roca registou o valor mais elevado: 169,2 quilómetros por hora. Em relação à chuva, o IPMA diz que se registou um total de 177,5 milímetros acima do normal, o que corresponde a 229,4% do valor médio no período 1991-2020.

Ficaram registados nove novos extremos de precipitação e no fim do mês não havia no continente qualquer classe de seca meteorológica. Março foi o nono mais frio deste século, com uma média de temperatura do ar de 11,81ºC (graus celsius).

A média da temperatura máxima, nos 16,37ºC, foi menos 1,19ºC do que o normal, ainda que a média da temperatura mínima tivesse estado ligeiramente acima do normal. Ainda assim, no dia 23 de março as Penhas Douradas registaram uma temperatura de 5,3ºC negativos, e uma semana depois (dia 31) em Dunas de Mira registaram-se 29,8ºC, segundo o resumo do Boletim Mensal do IPMA.

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Lemonade ultrapassa mil milhões de apólices ativas

  • ECO Seguros
  • 2 Abril 2025

O crescimento foi sustentado pelo investimento em tecnologia, em apostar num portefólio vasto de produtos, alcance geográfico da empresa e na sua aposta em aperfeiçoar a experiência do cliente.

A Lemonade anunciou em comunicado que ultrapassou mil milhões de prémios cuja apólice está ativa. “Trata-se de um marco significativo para a empresa, que surge apenas oito anos e meio após a venda da sua primeira apólice e reflete uma taxa de crescimento anual composta de cerca de 150%”, refere a seguradora digital cuja principal característica a sua inovação no campo de inteligência artificial (IA).

Shai Wininger, presidente e cofundador da Lemonade: “Ultrapassar mil milhões em prémios cujas apólices estão em vigor com um fluxo de caixa positivo e um rácio de perdas saudável é um marco importante para nós”.

De acordo com a seguradora digital, o “rápido” crescimento foi sustentado pelo investimento em tecnologia, em apostar num portefólio vasto de produtos, alcance geográfico da empresa e na sua aposta em aperfeiçoar a experiência do cliente.

“Ultrapassar mil milhões em prémios cujas apólices estão em vigor com um fluxo de caixa positivo e um rácio de perdas saudável é um marco importante para nós“, afirmou Shai Wininger, presidente e cofundador da Lemonade.

Uma peça-chave nos planos da companhia para crescer está no seu produto de seguros para veículos denominado Lemonade Car. Este produto personaliza os preços dos prémios ao recorrer a dados dos comportamentos dos condutores e as apólices são também feitos à medida. Além disso, todo o processo desde a compra ao reporte do sinistro é feito online.

Ao tornar acessível o seu seguro automóvel no estado do Colorado no final de março, a Lemonade tornar-se disponível em 40% do mercado de seguros automóvel dos Estados Unidos da América (EUA).

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Como a IA está a começar a dominar o setor segurador

  • ECO Seguros
  • 2 Abril 2025

Uma das conclusões do painel "Is AI ready to take over the insurance industry" é que IA está a mudar a indústria dos seguros e a resposta para a eficiência exigida está na própria IA.

A ideia de que inovar através das ferramentas de inteligência artificial (IA) “é um requerimento” para as empresas de seguros se manterem relevantes e competitivas a longo prazo é uma visão partilhada pelos participantes de um painel dedicado aos impactos da tecnologia no setor segurador num evento organizado pela Fintech House e Fintech Solutions.

Diogo Coluna, cofundador e CEO da Healin, Omar Chebli, CEO da Kirontech, Maariyaah Afzal, fundadora e CEO da Silas, José Vieira, data science manager da Fidelidade participaram no painel “Is AI ready to take over the insurance industry” (a IA está pronta para dominar o setor segurador) moderado por Rafik Shamsudin, venture capital investor na Start Ventures.

Maariyaah Afzal, fundadora e CEO da Silas Insurtech, considera que o uso de IA traz mais eficiência às empresas, mas não é suficiente para a sua adoção. Entre os obstáculos para inovar está o facto de ser já um setor centenário e lucrativo. Visto que “já fazem milhões”, e já os faziam muito antes de aparecerem as novas tecnologias, os responsáveis podem negligenciar a aposta em IA. Além disso, a iliteracia para trabalhar com inteligência artificial e o receio que esta retire os empregos às pessoas também explicam a apreensão em modernizar de algumas empresas.

Não obstante os receios, há seguradoras que arriscam. A CEO da Silas Insurtech vê dois caminhos para as insurtech a ser percorridos simultaneamente: enquanto umas startups vão ser compradas por grandes empresas, outras tornar-se-ão novos atores no mercado. A escolha entre o caminho a seguir “vai depender dos objetivos de cada companhia”, acredita Maariyaah Afzal.

Há outra rota levada a cabo por empresas de seguros: investir em criar os seus próprios sistemas de Inteligência Artificial, como já o faz a Fidelidade, refere José Vieira, data science manager na seguradora. Não obstante desenvolverem as suas próprias tecnologias, Omar chebli, CEO da Kirontech acredita que haverá oportunidade para startups acrescentarem valor a esses produtos já existentes.

Também José Vieira considera que as seguradoras que inovam tornam-se mais eficientes, o que acaba por impactar a forma como a indústria funciona. Por isso, acredita que aquelas empresas que não inovarem vão ficando para trás. Por agora, é nos processos de backoffice e nas interfaces de apoio ao cliente que o uso de IA tem mais impacto, tornando mais eficientes esses processos, pelo menos na Fidelidade, assinala o data science manager.

Outro ponto debatido é que “mais inovação conduz a mão de obra menos qualificada para a operar” o que exige tempo e recursos para as empresas tornarem a mão de obra capaz de recorrer à IA para acrescentar valor ao que é produzido, refere o CEO da Kirontech. Omar Chebli refere ainda que a administração tem recursos limitados para inovar.

Para utilizar eficazmente a IA é “necessário experiência” e com esta é possível aplicar IA e traçar planos individuais “que as pessoas precisam” diz o fundador da Healin, Diogo Coluna.

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Aliança Democrática vai passar a chamar-se AD – Coligação PSD/CDS

PSD e CDS-PP vão propor nome “AD - Coligação PSD/CDS”. Hugo Soares afirma que estão a "deixar de uma forma muito clara que é a coligação dos dois partidos", alegando que "não cria confusão".

A Aliança Democrática (AD) vai passar a chamar-se de AD – Coligação PSD/CDS-PP, anunciou o deputado Hugo Soares, esta quarta-feira, na sede nacional do PSD. O deputado social-democrata adianta ainda que as listas de candidatos da coligação às legislativas de 18 de maio serão entregues até segunda-feira.

“Fica claramente expresso que está é uma coligação apenas entre o PSD e o CDS-PP (…) Estamos a deixar de uma forma muito clara e transparente que é a coligação dos dois partidos representados pelos seus secretários-gerais”, disse o líder parlamentar do PSD na conferência de imprensa.

Quero recordar os portugueses que ao usarmos a sigla AD – Coligação PSD/CDS estamos a deixar de uma forma muito clara e transparente que esta coligação é representada pelos seus secretários-gerais.

Hugo Soares

Líder parlamentar do PSD

Hugo Soares explica ainda que os “dois partidos estudaram o acórdão do Tribunal Constitucional com os juristas e chegaram à conclusão que o nome escolhido respeita os critérios”.

“Não há nenhuma confusão e é absolutamente distintivo de qualquer outro elemento que se tenha usado no passado com referência por extenso à Aliança Democrática. A AD é o nome pelo qual nós somos conhecidos numa coligação entre o PSD e o CDS”, afiançou Hugo Soares.

A decisão surge depois do Tribunal Constitucional ter chumbado o nome da coligação PSD/CDS, que na corrida às eleições legislativas de maio deixou de fora o Partido Popular Monárquico (PPM).

Os dois partidos ficaram impedidos de concorrer sob o nome Aliança Democrática (AD), visto que, segundo a juíza relatora, “manter a sigla era suscetível de induzir em erro o eleitor, fazendo-o acreditar estar perante a mesma coligação que incluía os monárquicos” nas eleições de 2024.

O PPM tinha contestado junto dos juízes do Palácio Ratton contra o uso da designação “Aliança Democrática” pelo PSD e o CDS, pelo facto de a coligação pré-eleitoral já não incluir aquele partido, na corrida às legislativas de 18 de maio.

Face a esta contestação, a solução de PSD e CDS foi manterem-se coligados e mudar o nome para “AD – Aliança Democrática – PSD/CDS”. Mas a mudança não convenceu o partido liderado por Gonçalo da Câmara Pereira, que se dizia estar a ser “gravemente lesado”.

(Notícia atualizada às 16h23)

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United Airlines aumenta capacidade em 11% este ano em Portugal

  • Lusa
  • 2 Abril 2025

“As reservas durante todo o verão estão de acordo com as expectativas”, não só para Faro, como para o resto dos aeroportos onde está presente, adianta responsável da empresa.

A United Airlines aumentou em 11% a oferta de lugares de e para Portugal este ano, e está a avaliar oportunidades para reforçar a operação, disse à Lusa o diretor da empresa para o Atlântico/Hawai. Desde 2019, pré-pandemia, a companhia aérea norte-americana quase duplicou (98%) a capacidade nos voos de e para Portugal, estando as reservas para este ano “em linha com as expectativas”, adiantou Darren Scott em entrevista à Lusa por escrito.

Estes dados já incluem as quatro novas ligações semanais que vão arrancar em 16 de maio de e para Faro – Nova Iorque/Newark. No que toca à taxa de reserva dos voos para a operação no Algarve, o responsável não avançou com números, comentando apenas que “as reservas durante todo o verão estão de acordo com as expectativas”, não só para Faro, como para o resto dos aeroportos onde está presente.

“A United Airlines orgulha-se de ser a única companhia aérea a ligar diretamente Faro, bem como a Ilha da Madeira, aos EUA”, lembrou o diretor da empresa para o Atlântico/Hawai, que no ano passado foi obrigada a adiar o arranque das operações no Algarve por falta de aviões.

Além dos aeroportos de Faro e Funchal (Madeira), a transportadora aérea tem voos diários durante todo o ano Lisboa-Nova Iorque, bem como serviço diário quase o ano todo da Portela para Washington DC. Além disso, também disponibiliza voos diários sazonais a partir do Porto e de Ponta Delgada (Açores) para Nova Iorque/Newark.

Sobre o perfil do turista para a operação do Algarve, Darren Scott explicou que existe uma “excelente oportunidade de sinergias entre Faro e os outros serviços para Portugal, apoiando, por exemplo, turistas que visitam vários locais e aproveitam um itinerário “open jaw [múltiplos destinos], voando para Faro para visitar a região do Algarve e regressando a partir de Lisboa ou Porto, por exemplo”.

Questionado se estão a estudar expandir a oferta de voos de Portugal para outras cidades, além de Nova Iorque e Washington DC, o responsável adiantou que “continuam a monitorizar a procura e a capacidade de expandir a amplitude dos serviços para Portugal a partir de hubs [plataformas de distribuição de voos] adicionais da United”.

“Estamos a oferecer mais voos entre Portugal e os EUA do que qualquer outra companhia aérea norte-americana”, reforçou, lembrando que através dos hubs da United os passageiros podem ter ligação a mais de 100 destinos no mercado norte-americano. Os turistas norte-americanos têm contribuído para o crescimento do setor em Portugal.

No ano passado, 5,1 milhões das dormidas de não residentes em Portugal foram de turistas oriundos dos EUA, o que representa um crescimento de 12% face a 2023 e cerca de 9% do total, que ultrapassou os 56 milhões (+4,7%), segundo os dados do INE. O Reino Unido, com mais de 10 milhões de dormidas, a Alemanha, com 6,3 milhões, e a Espanha, com 5,4 milhões, ocuparam o TOP3.

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Bayer nomeia diretor-geral português ao fim de 13 anos

A farmacêutica alemã nomeou Daniel Gaio Simões para o cargo de ‘country head’ da Bayer Portugal. Desde 2012 que a empresa só tinha líderes internacionais, como Marco Dietrich e Nathalie Widdern.

A liderança da Bayer Portugal voltou a ser assumida por um gestor português, 13 anos depois. A farmacêutica alemã anunciou esta quarta-feira que nomeou Daniel Gaio Simões para o cargo de country head – equivalente a diretor-geral – da Bayer Portugal.

Daniel Gaio Simões, até então responsável pelas áreas de marketing e operações de vendas, foi promovido e passou a substituir o suíço Marco Dietrich, que liderou a empresa em Portugal nos últimos três anos.

“Esta nomeação advém das alterações organizacionais que a Bayer está a levar a cabo mundialmente, Portugal reforça as suas competências fazendo agora parte de um cluster ibérico sob a liderança do CEO Jordi Sanchez”, informou a Bayer, em comunicado enviado aos meios de comunicação social.

Na Bayer, Daniel Gaio Simões desempenhou funções em diferentes departamentos, como assuntos regulamentares, estratégias de acesso ao mercado, operações comerciais, marketing e inovação de negócios. Antes, passou por outra multinacional farmacêutica e pelo Infarmed, o que lhe permitiu combinar duas visões no setor: a da indústria e o do regulador.

“Acredito no impacto positivo que podemos gerar na sociedade e estou extremamente motivado para enfrentar os desafios e exigências do mercado atual. Estou convicto de que a desburocratização, acompanhada da inovação, é o nosso maior potencial e será a chave para o nosso sucesso”, afirmou Daniel Gaio Simões, que é licenciado e mestre em Ciências Farmacêuticas. “É com um profundo sentido de missão e responsabilidade que assumo estas novas funções”, acrescentou o novo líder da Bayer Portugal.

Desde 2012, com João Barroca, que a Bayer Portugal não estava sob as rédeas de gestão portuguesa. No mandato anterior ao de Marco Dietrich, que começou em 2019, a Bayer Portugal era liderada pela alemã Nathalie Cardinal von Widdern, que recentemente se tornou country president da Astrazeneca em Portugal.

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Afinal, por que encolheram os reembolsos em IRS este ano?

Como, no ano passado, as famílias adiantaram menos imposto ao Estado, por via da retenção na fonte, agora vão receber uma devolução menor do IRS pago em excesso. Mas não houve um agravamento fiscal.

O período para a entrega da declaração de IRS arrancou a 1 de abril e decorre até 30 de junho e muitas famílias estão a ser surpreendidas com um reembolso menor e outras até vão ter de pagar imposto pela primeira vez. Isto não significa um agravamento fiscal. Pelo contrário, no ano passado, o IRS desceu por duas vezes, via Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) e depois na sequência de uma proposta do PS aprovada pelo Parlamento.

O Fisco está a devolver menos dinheiro, não porque a tributação aumentou, mas porque os contribuintes descontaram ou adiantaram um montante inferior do imposto ao Estado, na sequência de duas descidas das tabelas de retenção na fonte, em janeiro e em setembro do ano passado. E, no acerto de contas, verificou-se uma efetiva aproximação entre a retenção mensal e o imposto final, o que dá origem a um reembolso bastante menor.

Simulações realizadas pela Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC) mostram que um solteiro sem filhos a ganhar 1.000 euros brutos por mês e com deduções à coleta de 600 euros por despesas gerais, de saúde e educação, vai ter um reembolso de 243 euros, menos 197 euros do que os 440 euros que recebeu um ano antes. Contudo, o imposto final baixou 269 euros, passando de 992 euros para 723 euros.

Noutro exemplo, o Fisco vai reembolsar em apenas 14,06 euros um casal com dois filhos, em que cada cônjuge aufere 1.300 euros. São menos 548,53 euros em comparação com o ano passado. No entanto, esta família beneficiou de um alívio fiscal, porque o IRS final diminuiu 981 euros para 2.576 euros, quando antes estava nos 3.557 euros, segundo as contas da OCC.

O Fisco está a devolver menos dinheiro, porque os contribuintes descontaram menos, através da redução das tabelas de retenção na fonte. Ou seja, “os trabalhadores adiantaram menos imposto ao Estado, por isso, agora recebem um reembolso menor”, explica o fiscalista João Espanha, sócio da Broseta, em declarações ao ECO.

“A retenção na fonte é uma antecipação do pagamento do imposto, que só é calculado no ano seguinte, com a entrega da declaração de IRS. A partir do momento em que o Governo baixa a retenção na fonte, os contribuintes adiantam menos imposto, logo recebem um reembolso menor”, reforça o advogado especialista em Direito Fiscal.

Na mesma senda, o fiscalista Luís Leon, sócio-fundador da Ilya, assinala que “os reembolsos não são subsídios, são a devolução do imposto que já foi pago a mais“.

“O Governo fez bem em reduzir as tabelas de retenção na fonte. Menos reembolso, significa que adiantei menos imposto ao Estado e mais dinheiro ficou do meu lado, no meu bolso”, realça.

A descida do valor dos reembolsos é uma consequência de duas reduções do IRS, uma aprovada por via do OE2024, que atualizou os escalões em 3% e reduziu as taxas entre 1,25 pontos percentuais (p.p.) e 3,5 p.p. até ao quinto patamar de tributação.

Depois, o PS conseguiu aprovar um novo alívio fiscal, com ajuda do Chega, e à revelia de PSD, e CDS, os partidos que suportam o Governo da Aliança Democrática (AD) de Luís Montenegro.

Esta nova alteração levou a uma descida das taxas entre 0,25 e 1,5 pontos até ao 6.º escalão do IRS com efeitos a 1 de janeiro de 2024. Para além disso, foi viabilizada uma proposta do BE que atualizou a dedução específica, que é a parcela de rendimento isenta de imposto, em 246,24 euros, passando de 4.104 para 4.350,24 euros.

Para fazer retroagir a descida do imposto nas tabelas de retenção na fonte, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, baixou significativamente os descontos nos meses de setembro e outubro do ano passado. Até então, ordenados até 934 euros mensais brutos, no caso de um solteiro sem filhos, não descontava IRS.

Com o mecanismo extraordinário criado para aqueles dois meses, salários até 1.175 euros não tiveram de adiantar imposto ao Estado, durante aqueles dois meses.

Nas pensões, não houve lugar a retenção na fonte até aos 1.202 euros para um solteiro, divorciado, viúvo ou casado (dois titulares), quando este reformado costumava descontar a partir dos 838 euros mensais.

O Governo “tomou a opção certa, quando reduziu extraordinariamente as tabelas de retenção na fonte em setembro e outubro”, para repercutir a segunda descida do IRS, “porque, assim, aproximou o imposto adiantado mensalmente ao valor do imposto final”, sublinha João Espanha.

“O que o Governo fez foi calcular o excesso de retenção na fonte entre janeiro e agosto, por causa da alteração do IRS do PS, e devolveu, nos últimos meses do ano, o que os contribuintes tinham adiantado a mais, o que é positivo”, completa Luís Leon. No entanto, João Espanha alerta: “Na altura, soube bem aos portugueses receber mais dinheiro ao fim do mês, mas agora veem-se confrontados com um reembolso menor”.

O fiscalista Luís Leon recorda que o processo de redução de tabelas de retenção na fonte “não foi uma consequência do ano passado”. “Este caminho começou no segundo semestre de 2023 com o Governo de António Costa, quando se alterou a forma de calcular as taxas de retenção, de modo a aproximá-las do imposto anual, final, a pagar, que é o que interessa”, esclareceu.

Em 2023, “os contribuintes apenas sentiram o seu efeito no segundo semestre”, anotou. “Em 2024, o mecanismo já vigorou para o ano inteiro. Para além disso, houve uma nova descida das tabelas de retenção para refletir a redução do imposto”, aprovada pelo OE2024, e outra, mais significativa e extraordinária, em setembro e outubro, para reajustar os descontos a uma nova baixa do IRS, proposta pelo PS, que teve efeitos retroativos a janeiro.

“O Governo calculou então o que os contribuintes retiveram a mais, entre janeiro e agosto, por causa da alteração do IRS do PS, e devolveu, nos últimos meses do ano, esse excesso. Daí haver agora um reembolso menor”, concluiu.

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Vendas da Tesla caem 13% no primeiro trimestre de 2025

  • Lusa
  • 2 Abril 2025

A queda das vendas da empresa de Musk deve-se a fatores como o 'envelhecimento' da gama de produtos, a concorrência dos rivais chineses e as relações do multimilionário com a administração Trump.

As vendas da Tesla baixaram 13% no primeiro trimestre do ano para 336.681 unidades, contrariando as previsões dos analistas da FactSet, que antecipavam entregas superiores a 400.000 veículos.

A queda das vendas da empresa de Elon Musk deve-se a uma combinação de fatores, designadamente o ‘envelhecimento’ da gama de produtos, a concorrência dos rivais chineses e as relações do multimilionário com a administração de Trump.

A Tesla reportou entregas de 336.681 unidades a nível mundial no trimestre de janeiro a março, sendo que o número foi inferior às vendas de 387.000 no mesmo período do ano anterior. O declínio registou-se apesar dos descontos e de outros incentivos.

As ações da Tesla caíram para cerca de metade desde que atingiram um recorde em meados de dezembro, devido ao receio de que o boicote aos carros de Musk e outros problemas pudessem atingir fortemente a empresa.

O fabricante de veículos elétricos de Austin, Texas, também perdeu quota de mercado para os seus rivais nos últimos meses, não conseguindo acompanhar a evolução tecnológicas de outras construtoras. A chinesa BYD revelou em março uma tecnologia que permite carregar os seus automóveis em apenas alguns minutos.

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