Presidente da Confederação do Turismo diz que conjuntura política não é positiva

  • Lusa
  • 18 Março 2025

O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) afirmou que a nova conjuntura política não é positiva para o país e pediu estabilidade e uma governação estável.

O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) afirmou esta terça-feira que a nova conjuntura política não é positiva para o país e pediu estabilidade e uma governação estável.

“A CTP espera que a situação política seja clarificada de forma muito célere. A nova conjuntura política com que nos deparamos não é positiva para o país em geral e para as empresas em particular“, disse Francisco Calheiros, em Albufeira, no Algarve.

Ao discursar na conferência “Turismo do Algarve: Superar desafios, Construindo o Amanhã”, que assinala os 55 anos da Região de Turismo do Algarve (RTA), o presidente da CTP considerou que Portugal vive “tempos desafiantes, sobretudos incertos”.

“Estamos a passar por um novo período de instabilidade política e, neste momento, a palavra-chave, é a incerteza”, realçou.

Segundo o responsável, “a fase de instabilidade nacional, junta-se às incertezas de âmbito internacional”, o que representa tempos desafiantes para todos, e em particular para o setor do turismo.

Para Francisco Calheiros, o país “necessita de estabilidade em termos políticos e de uma governação estável para que não sejam bloqueados dossiers e investimentos em curso que têm relação direta e indireta com a atividade turística”.

“É o caso da privatização da TAP, do novo aeroporto ou da execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, apontou.

Ao mesmo tempo, asseverou que seja qual for a solução política e governativa nos próximos meses, a CTP “não irá desmobilizar e continuará a insistir na urgência de uma reforma do Estado, de um novo aeroporto, do TGV [comboio de alta velocidade], da modernização da ferrovia e de uma gestão mais eficiente dos territórios”.

Segundo Francisco Calheiros, a falta de mão-de-obra e o reforço do investimento em formação e valorização das profissões turísticas vão ser também exigências do setor turístico, pois “há necessidades que o turismo deve ver resolvidas para continuar a criar riqueza e emprego”.

“O turismo dá valor ao país, gera riqueza e cria postos de trabalho como nenhuma outra atividade, induz efeitos muito significativos na economia pelo estímulo a outros setores, assegurando uma importante fonte de receitas fiscais e leva mais longe o nome de Portugal”, concluiu.

Ao intervir na sessão de abertura da conferência que assinala os 55 anos da RTA, o presidente desta entidade, André Gomes, estimou um crescimento no próximo verão de oito por cento do turismo na região algarvia, motivado pela novas ligações aéreas para os Estados Unidos da América, Finlândia e Islândia.

De acordo com o responsável, o aeroporto internacional Gago Coutinho, em Faro, contará com 86 rotas para 75 destinos, com uma média de 821 frequências semanais, ficando ligado a 22 mercados internacionais.

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Banco de Fomento retira litigância com os Açores e anuncia 45 milhões em apoios de garantia

  • Lusa
  • 18 Março 2025

Vamos resolver esse dossier fora dos tribunais", disse o CEO do Banco de Fomento. Gonçalo Regalado anunciou a criação de um novo produto de garantia destinado à região com 45 milhões do PRR.

O Banco de Fomento revelou esta terça-feira que retirou o processo de litigância contra os Açores devido ao Programa Operacional 2020 e anunciou novos apoios de garantia mútua para a região no valor de 45 milhões de euros.

Em declarações aos jornalistas após uma reunião com o Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), o presidente do Banco de Fomento revelou que a instituição decidiu “retirar os processos de litigância que infelizmente pendiam nos tribunais de Ponta Delgada” contra a região “por questões de acerto contabilístico”.

“Vamos resolver esse dossiê que tem de ser feito entre as duas equipas, a do PO [Programa Operacional] Açores 2020 e a equipa do Banco de Fomento para que seja fora dos tribunais, dentro das empresas e em proximidade, que se resolvam essas litigâncias”, afirmou Gonçalo Regalado, falando na sede da Secretaria das Finanças, em Ponta Delgada.

A 7 de novembro, o Governo Regional confirmou que o Banco de Fomento moveu uma ação judicial contra a Secretaria Regional das Finanças devido a um litígio relacionado com 600 mil euros do programa operacional Açores 2020.

Esta terça-feira, Gonçalo Regalado, que assumiu a liderança do Banco do Fomento em fevereiro, realçou que a resolução daquele litígio é “absolutamente crítica para fechar” o programa Portugal 2020.

O responsável pela instituição bancária estatal anunciou também a criação de um novo produto de garantia destinado à região, intitulado Fomento Garantia Açores, com 45 milhões de euros provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência.

“Vamos olhar para os programas, dando aos bancos comerciais e aos empresários as garantias pré-aprovadas. Com isso, cada empresário sabe qual o valor da sua garantia e do seu financiamento. Os custos serão sempre muito competitivos”, explicou.

Segundo disse, os programas para os Açores vão ascender a 125 milhões de euros, com 60 milhões para o programa de capital de risco e 45 milhões para os apoios de garantia.

O presidente daquele banco lembrou também que estão disponíveis 20 milhões para o Capital Participativo Açores, anunciado a prorrogação do programa (que estava previsto terminar este mês) até ao final do ano.

Gonçalo Regalado garantiu que a instituição está a reduzir o número de documentos obrigatórios para terminar com os processos de candidaturas “absolutamente dantescos”.

Por sua vez, o secretário das Finanças, Planeamento e Administração Pública dos Açores detalhou que o programa de garantia mútua vai funcionar como uma “espécie de voucher”.

“A nossa intenção e a do banco é que possa haver a possibilidade de haver pré-aprovações. Uma espécie de ‘voucher’ que chegue aos empresários, que se possam dirigir aos bancos protocolados e assim obter o financiamento para fundo de maneio ou investimento”, afirmou Duarte Freitas, acrescentando que os apoios deverão entrar em funcionamento até ao final de maio.

Sobre o Capital Participativo Açores, que tem cerca de cinco milhões de euros de candidaturas aprovadas, o secretário regional disse estar “convicto” de que vai ser possível esgotar a dotação até ao final do ano.

“Agora que está a decorrer com normalidade e com esse impulso temporal, de simplificação e de pré-aprovação, estamos convictos de que vai claramente atingir os 20 milhões até ao final do ano”, afiançou o governante.

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Espírito do St. Patrick’s Day invade Lisboa com desfile promovido pela Guinness

  • + M
  • 18 Março 2025

O desfile conta com um total de 11 bandas e cerca de 500 músicos, responsáveis por levar o espírito irlandês até à capital. A iniciativa é amplificada através de uma ação de marketing de influência.

O espírito do St. Patrick’s Day vai voltar a invadir a Avenida da Liberdade (Lisboa), através de um desfile promovido pela marca de cerveja irlandesa Guinness, que se realiza no próximo sábado, dia 22 de março, pelas 15h30. A iniciativa conta também com o lançamento de uma campanha.

Com criatividade da Leo Burnett, a campanha associada ao desfile aposta num plano de meios mais alargado que combina ativações em pontos de venda com uma presença digital e em out-of-home (OOH). A Dentsu é a responsável pelo planeamento de meios.

Além da presença em OOH e digital até ao dia 23 de março que tem por objetivo reforçar a “visibilidade da marca no período que antecede as celebrações”, a marca aposta também em ativações nos pontos de venda, com a oferta de merchandise exclusivo, e em parcerias com plataformas de e-retail, oferecendo brindes e amostras através da Glovo e do El Corte Inglés online.

A estratégia de marketing da Guinness estende-se ainda ao marketing de influência, com assinatura dos embaixadores Guinness Rodrigo Gomes e Luana do Bem. A SamyRoad é a agência de marketing de influência envolvida na campanha.

Queremos reforçar a nossa relevância local e a ligação emocional com os consumidores portugueses. E qual a melhor forma de o fazer do que partilhando o espírito dos Santos Populares… da Irlanda? O St. Patrick’s Day é uma festa vibrante, celebrada em março, e este ano a Guinness quer trazê-la para junto dos portugueses, com experiências envolventes dentro e fora dos pontos de venda, criando momentos inesquecíveis para todos os que queiram brindar connosco. Juntem-se a nós”, diz Rita Torres, gestora de marketing de marcas em incubação e representações comerciais na Central de Cervejas, citada em comunicado.

Ao todo são 11 bandas — oito portuguesas e três espanholas, num total de cerca de 500 músicos — as responsáveis por levar o espírito irlandês até ao Rossio, “onde um mercado temático e performances musicais darão continuidade à festa irlandesa”, refere-se em nota de imprensa.

O desfile — aberto ao público em geral — terá ainda presença especial da Guinness num autocarro de dois andares, “onde alguns convidados da marca poderão acompanhar o desfile de um ponto de vista privilegiado”.

Os consumidores podem ainda “contar com animação extra em vários bares com o típico espírito irlandês, incluindo pinturas faciais para quem quiser entrar no mood da celebração e experiências fotográficas com Polaroids para eternizar o momento”, nomeadamente no Bar Liverpool, O’Gilíns Irish Pub, Cheers Irish Pub Lisbon, The Meeting Point Irish Pub Lisbon, The George, The Couch Sports Bar Cais, O Bom O Mau e O Vilão e no The Corner Irish Pub.

O dia 17 de março representa o feriado nacional irlandês que homenageia St. Patrick, padroeiro da Irlanda, e que é assinalado um pouco por todo o mundo.

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Montenegro aponta que “vale a pena enfrentar ondas contestatárias” para cumprir uma convicção

  • Lusa
  • 18 Março 2025

Primeiro-ministro apontou esta terça-feira a privatização da OGMA como um exemplo de que, por vezes, “vale a pena enfrentar algumas ondas contestatárias” para cumprir uma convicção.

O primeiro-ministro apontou esta terça-feira a privatização da OGMA como um exemplo de que, por vezes, “vale a pena enfrentar algumas ondas contestatárias” para cumprir uma convicção, reiterando que não deve ser o Estado a escolher as áreas onde investir.

Luís Montenegro presidiu à cerimónia que assinalou os 20 anos de privatização da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, localizada em Alverca (Lisboa), que contou também com os ministros da Defesa Nacional, Nuno Melo, da Economia, Pedro Reis, e do chefe do Estado-Maior da Força Aérea, almirante Jorge Nobre de Sousa.

Na sua intervenção, recordou que cumpria o seu primeiro mandato como deputado quando foi decidida a privatização da OGMA e salientou que “não era nada consensual a decisão que se estava a tomar”: “Havia dúvidas, muitos manifestavam o seu pessimismo relativamente ao modelo que estava a ser sugerido e que viria depois a ser decidido, desta autêntica Parceria Pública Privada”, referiu.

© 2025 LUSA – Agência de Notícias de Portugal, S.A.

Às vezes, de facto, vale a pena enfrentar algumas ondas contestatárias, vale a pena arriscar, vale a pena ousar, ir à procura de cumprir uma convicção, um modelo, claro, com sustentação. Não estamos a falar de aventuras, estamos a falar de projetos sustentados, estudados, alicerçados”, afirmou, numa altura em que o país enfrenta uma crise política e se preparar para ir novamente para eleições antecipadas a 18 de maio.

O primeiro-ministro demissionário aproveitou ainda a sua intervenção para voltar a criticar, sem dizer destinatários, uma proposta que tem sido defendida pelo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.

Nesta altura em que alguns sustentam a ideia de que o Estado deve definir as áreas económicas nas quais o país deve alocar os seus recursos, nós temos uma filosofia diferente. O país é que escolhe as áreas onde é competitivo e depois o Estado, naturalmente, está cá para ajudar (…) A economia gera-se por si própria e o Estado não deve atrapalhar”, defendeu.

O Estado português detém 35% desta empresa de indústria aeronáutica, através da idD Portugal Defence, sendo a acionista maioritária a brasileira Embraer, com 65% do capital.

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Peso dos jovens no crédito da casa voltou a aumentar no ano passado

43% das pessoas que pediram empréstimo para a compra de casa em 2024 tinham entre 18 e 35 anos, aumentando dois pontos em relação a 2023.

O peso dos jovens no crédito da casa voltou a aumentar no ano passado. Dados do Banco de Portugal adiantam que 42,7% das pessoas que pediram um empréstimo para a aquisição de habitação em 2024 tinham entre 18 e 35 anos, aumentando dois pontos percentuais em relação ao ano anterior.

Esta evolução surge num ano em que o Governo lançou várias medidas de apoio as jovens na compra de casa, incluindo a isenção de IMT e também a linha de garantia pública – embora esta última só veio a concretizar-se efetivamente no início deste ano.

Por montante contratado, o aumento do peso dos jovens foi mais evidente: 44,5% dos empréstimos da casa foram concedidos a pessoas com idades entre 18 e 45 anos, refletindo uma subida de 3,4 pontos em relação a 2023.

Em contrapartida, diminuiu o peso das faixas de idade entre 36-45 anos e 46-55 anos no mercado de crédito da casa, tanto em termos de pessoas como de montantes.

Os dados sobre a caracterização sociodemográfica das pessoas que contraíram crédito junto dos bancos residentes mostram ainda que também aumentou o peso dos devedores estrangeiros no total de pessoas que obtiveram novos créditos: passou de 13% em 2023 para 14% em 2024. “Nestes dois anos, metade daqueles devedores tinha nacionalidade brasileira”, observa o Banco de Portugal.

Uma grande parte dos contratos foi celebrada por pessoas residentes na Grande Lisboa (22%) e na Área Metropolitana do Porto (18%).

Em termos gerais, foram celebrados 90 mil contratos de crédito à habitação no ano passado, mais 32% em comparação com 2023, envolvendo 138 mil pessoas, de acordo com o supervisor bancário.

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Impresa encabeça ranking de podcasts em fevereiro. Extremamente Desagradável é o formato líder

  • + M
  • 18 Março 2025

A Renascença lidera tanto em downloads como em listeners. Nos grupos, a primeira posição é da Impresa. O podcast de Joana Marques obtém o maior número de downloads e de listeners.

Com 3,3 milhões mensais, a Renascença é marca com o maior número de downloads dos seus podcasts em fevereiro. Seguem-se o Observador ((2,4 milhões), a Rádio Comercial (2 milhões), o Expresso (1,5 milhões) e a SIC Notícias (1,5 milhões). Os números são da segunda edição do Pod_Scope, ranking mensal promovido pela Bauer Media, pela Impresa, pelo Observador e pelo grupo Renascença Multimédia e elaborado pela Marktest.

De acordo com o ranking, este mês na segunda edição, a Renascença e o Observador mantém a liderança quando a métrica é listeners semanais (com 348 mil e 296 mil, respetivamente). Seguem-se o Expresso, SIC Notícias e Rádio Comercial (com 250 mil, 222 mil e 155 mil)

Extremamente Desagradável (Renascença), O Homem que Mordeu o Cão (Rádio Comercial), Contas-Poupança (SIC Notícias), Ninguém POD comigo (RFM) e Bem-vindo a mais um episódio de… (Rádio Comercial) são os formatos com o maior número de downloads no último mês. Os primeiros três formatos lideram também no número de listeners, com o Alta Definição e o Programa cujo nome estamos legalmente impedidos de dizer a fechar o top 5.

Analisando por grupos, a Impresa lidera o ranking, com 3,8 milhões de downloads mensais e 529 mil listeners (dispositivos/apps conectados à internet, que efetuaram downloads de podcasts, durante o período), o Grupo Renascença Multimédia ocupa a segunda posição com 3,7 milhões de downloads mensais e 368 mil listeners, o Observador situou-se nos 2,4 milhões de downloads e 296 mil listeners e a Bauer Media nos 2,2 milhões e 164 listeners.

O Pod_Scope Rank apresenta o Top 200 dos resultados auditados dos acessos a podcasts, por ouvintes localizados em Portugal, destes quatro editores.

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Calçada portuguesa candidata a Património da Humanidade

A Associação da Calçada Portuguesa apela às entidades públicas, nacionais e locais, para que se comprometam com a preservação e promoção da arte de calcetaria.

Numa ação conjunta com oito municípios do país, a Associação da Calçada Portuguesa candidatou a “Arte e Saber-fazer da Calçada Portuguesa” ao Inventário do Património Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco. Com esta iniciativa, a associação pretende “preservar e promover esta arte, que corre o risco de extinção“, apelando às entidades públicas para não a deixarem desaparecer.

“Esta candidatura serve também como um apelo às entidades públicas, nacionais e locais, para que se comprometam com a preservação e promoção desta arte que deve ser assumida como um ativo estratégico para a afirmação de Portugal”, defende a associação defensora dos calceteiros.

Ao candidatar a calcetaria a património da Unesco, a associação pretende “valorizar o conhecimento, o saber-fazer e a mestria dos calceteiros e de outros artistas plásticos que têm transportado esta técnica ao longo dos anos”, explana esta entidade que foi constituída em 2017 “por impulso da Câmara Municipal de Lisboa”.

Esta candidatura serve também como um apelo às entidades públicas, nacionais e locais, para que se comprometam com a preservação e promoção desta arte (…).

Associação da Calçada Portuguesa

Foram precisos três anos para a associação organizar todo o dossier da candidatura, em conjunto com mais de 50 calceteiros e com os oito municípios portugueses — Braga, Estremoz, Faro, Funchal, Lisboa, Ponta Delgada, Porto de Mós e Setúbal. Contou ainda com o apoio de mais de duas dezenas de instituições nacionais públicas e privadas.

O processo de candidatura foi enviado já esta semana à Comissão Nacional da Unesco.

“Ao longo do tempo, a calçada portuguesa consolidou-se, não apenas como uma das principais referências culturais, identitárias e estéticas do território nacional – Continente e ilhas –, mas também como um elemento fundamental da paisagem urbana, contribuindo para a identidade do espaço, da história e da cultura portuguesas”, assinala a associação num comunicado enviado às redações.

Segundo esta entidade, a arte da calcetaria tem relevância universal, uma vez que, se “encontra espalhada por várias partes do mundo como marca cultural portuguesa, com especial presença no Brasil, e noutros países com os quais Portugal mantém trocas culturais”, nota.

A Associação da Calçada Portuguesa tem por missão proteger, valorizar e promover, nacional e internacionalmente, a calçada portuguesa enquanto património cultural e identitário de Portugal. Tem como associados as autarquias de Lisboa, Porto de Mós, a Assimagra – Associação Portuguesa da Indústria dos Recursos Minerais, a Universidade de Lisboa, a União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) e o Grupo Português da Associação Internacional para a Proteção da Propriedade Intelectual.

Calçada portuguesa (Rossio, Lisboa)

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Guelra invade-nos com um mar de sabores<span class='tag--premium'>premium</span>

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 18 Março 2025

O Guelra tem um novo conceito e agora é um dois em um. No piso térreo, oferece uma cozinha mais acessível ao almoço; no First Floor dedica-se ao fine dining. Sempre com o mar como inspiração.

Este artigo integra a 13.ª edição do ECO magazine. Pode comprar AQUI. Bem no coração de Belém, o Guelra original (aberto em setembro de 2023) transformou-se recentemente em dois restaurantes distintos: o Guelra Ocean to Table, no piso térreo, com uma convidativa esplanada, que serve almoços de comida de conforto em que a estrela é a montra de peixe fresco da nossa costa; e o Guelra First Floor,mais sofisticado e com um serviço diferenciado, que só serve jantares com a opção de menu de degustação ou à carta. Foi neste último que o chefGonçalo Gonçalves — sob a direção do grupo QriarFood, que detém também o restaurante O Frade, e O Frade Mercado Time Out — concentrou todos os seus skillse é deste novo conceito que aqui vamos falar. Este espaço exclusivo e intimista é dedicado a quem

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Polígrafo e Gulbenkian unem-se para combater desinformação entre alunos do secundário

  • Lusa
  • 18 Março 2025

"Promover o combate às narrativas falsas e fortalecer a capacidade dos alunos para analisar criticamente a informação que consomem" é a missão deste projeto que conta com workshops e um concurso.

A iniciativa de promoção de literacia mediática “Pinóquio na Escola” chega às escolas do país para “sensibilizar e capacitar alunos do ensino secundário na luta contra a desinformação, reforçando o pensamento crítico e incentivando um consumo de informação mais responsável“.

Promovido pelo jornal Polígrafo e pela Fundação Calouste Gulbenkian, com o apoio da Representação da Comissão Europeia em Portugal, o projeto “Pinóquio na Escola” prevê a realização de um roadshow educativo, entre março e abril, que passará por nove cidades de Portugal continental e ilhas, começando pela Escola Secundária Francisco Franco do Funchal, na ilha da Madeira.

Promover o combate às narrativas falsas e fortalecer a capacidade dos alunos para analisar criticamente a informação que consomem” é a missão deste projeto que decorre em dois momentos distintos.

Em primeiro lugar, a promoção dos workshops (grupos de debate) interativos que ajudam alunos e professores a identificar e desconstruir estratégias de desinformação no mundo digital, através do acesso a ferramentas e materiais pedagógicos gratuitos, incentivando um consumo de informação mais crítico e consciente, sobretudo nas redes sociais.

Em segundo lugar, acontecerá um concurso nacional que desafia os estudantes do ensino secundários a criar conteúdos originais (em diversos formatos) para desmontar as narrativas enganosas que circulam ou circularam no espaço público europeu.

As candidaturas para a segunda fase do projeto devem ser feitas entre os dias 18 de março e 30 de maio através da página do projeto, onde será disponibilizado um formulário.

Além da Representação da Comissão Europeia, o “Pinóquio na Escola” conta ainda com o apoio do Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal e a Agência Nacional Erasmus+ Juventude/Desporto e Corpo Europeu de Solidariedade.

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Manifesto dos 50 tem “reunião muito produtiva” com Amadeu Guerra e sublinha importância de definir prioridades para melhorar Justiça

  • Lusa
  • 18 Março 2025

Delegação do manifesto dos 50 encontrou-se com procurador-geral da República e analisaram "em pormenor os diferentes problemas e as eventuais soluções" na área da Justiça.

O Manifesto dos 50 elogiou esta segunda-feira as estratégias já delineadas pelo procurador-geral da República (PGR) para melhorar a Justiça e sublinhou, numa reunião com Amadeu Guerra, a “importância de serem estabelecidas prioridades e medidos os resultados”.

Uma delegação do Manifesto dos 50, composta por Eduardo Marçal Grilo, Maria de Lurdes Rodrigues, Maria Manuel Leitão Marques, e Paulo Mota Pinto, reuniu-se esta terça-feira com o procurador-geral da República, Amadeu Guerra, e o vice-procurador, Paulo de Carvalho, revelou este movimento cívico em comunicado.

“Tratou-se, no nosso entender, de uma reunião muito produtiva, em que analisámos com pormenor os diferentes problemas e as eventuais soluções, bem como os instrumentos e recursos (ou a falta deles) necessários para que possam ser adotadas. Tomámos boa nota das estratégias já delineadas pelo Senhor Procurador Geral da República”, pode ler-se.

O Manifesto dos 50 destacou que entende as dificuldades do PGR, mas expressou “a importância de serem estabelecidas prioridades e medidos os resultados que vão sendo obtidos, de forma a manter o empenho e a ambição na melhoria do funcionamento da PGR, no âmbito do exercício das suas funções”.

“Reafirmamos a nossa preocupação com a defesa do Estado de direito e com as liberdades e garantias dos cidadãos”, sublinhou ainda o movimento, no comunicado divulgado após a reunião, realizada no seguimento de outra que decorreu em 24 de fevereiro.

Este movimento revelou ainda que percorreu, durante o encontro, todas as questões expressas no seu manifesto, incluindo “as mais sensíveis, desde as violações frequentes do segredo de justiça, às escutas prolongadas, o exercício do poder hierárquico, a responsabilidade pelas decisões, a morosidade das investigações, a necessidade de respeitar os prazos previstos na lei, a formação dos magistrados ou a gestão e modernização da Instituição em si mesma, nomeadamente, através de um melhor uso dos dados e tecnologias associadas, e da simplificação de procedimentos”.

O Manifesto dos 50 foi apresentado em maio de 2024 e exige um “sobressalto cívico” por uma reforma urgente da Justiça. Inicialmente com 50 subscritores, o movimento conta atualmente com mais de cem personalidades das áreas da política, advocacia e literatura, entre outras.

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Juízes discutem condições de carreira com ministra, apesar do contexto político

  • Lusa
  • 18 Março 2025

Na reunião, a associação sindical de juízes apresentou propostas de revisão de subsídios, como o dos magistrados deslocados nas ilhas, o de turno e de trabalho urgente.

Apesar do contexto político que coloca o Governo em gestão dentro de dias, a associação sindical de juízes reuniu-se esta segunda-feira com a tutela para discutir a necessidade de rever a carreira da magistratura, propondo melhorias e atualizações.

A audiência estava marcada há algum tempo, e quer a Associação Sindical de Juízes Portugueses (ASJP) quer o Ministério da Justiça entenderam não haver razões para a desmarcar, mesmo com a “situação política de instabilidade” e o executivo em estado demissionário dentro de dias, sem capacidade de dar resposta efetiva às reivindicações de carreira.

Nuno Matos, presidente da ASJP, recordou que o Governo teve para diversas carreiras, como a dos professores, uma “atitude corretiva” e tinha a previsão da melhoria da carreira da magistratura, tendo sido nesse sentido que esta segunda-feira foram apresentadas propostas, nomeadamente de revisão de alguns subsídios, como o dos magistrados deslocados nas ilhas, o de turno e de trabalho urgente.

O presidente da associação sindical sinalizou a sensibilidade da tutela para estas questões e para a necessidade de um “consenso para o futuro”.

Recordando que recentemente foram aprovadas alterações à lei que regula a entrada na magistratura, com o objetivo de tornar a entrada na carreira mais atrativa, Nuno Matos alertou, no entanto, que “os que já estão no sistema também merecem ver a sua carreira melhorada“.

Foi esta segunda-feira publicado em Diário da República o aviso de abertura de concurso para a formação de novos 150 magistrados, 75 para a magistratura judicial e 75 para o Ministério Público, com as candidaturas abertas até 7 de abril e a decorrerem na plataforma eletrónica do Centro de Estudos Judiciários (CEJ), tendo em vista o início do curso em 15 de setembro, na sede do CEJ, em Lisboa, e também, pela primeira vez, no novo polo de Vila do Conde, ainda em instalações provisórias.

Nuno Matos tem expectativas positivas para o concurso, acreditando que as recentes alterações podem trazer mais candidatos, mas sublinhou que a bolsa paga aos auditores de justiça (designação dos formandos candidatos a magistrados) tem um valor ainda demasiado baixo, sobretudo para quem tenha que se deslocar para Lisboa para frequentar o curso.

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Euribor a três meses cai para novo mínimo desde janeiro de 2023

  • Lusa
  • 18 Março 2025

Com as alterações desta terça-feira, a taxa a três meses, que baixou para 2,426%, continuou acima da taxa a seis meses (2,422%) e da taxa a 12 meses (2,416%).

A Euribor desceu esta terça-feira a três e a 12 meses em relação a segunda-feira, no prazo mais curto para um novo mínimo desde janeiro de 2023, e manteve-se a seis meses.

Com estas alterações, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter descido as taxas diretoras em 25 pontos base em 06 de março, a taxa a três meses, que baixou para 2,426%, continuou acima da taxa a seis meses (2,422%) e da taxa a 12 meses (2,416%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, manteve-se esta terça-feira, ao ser fixada de novo em 2,422%. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a janeiro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,75% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,52% e 25,57%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor recuou para 2,416%, menos 0,023 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses baixou esta terça-feira, ao ser fixada em 2,426%, menos 0,030 pontos e um novo mínimo desde 20 de janeiro de 2023.

A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%.

A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, foi fixada de novo em 2,500% em março de 2025.

Em termos mensais, a média da Euribor em fevereiro voltou a descer a três e a seis meses.

A Euribor a 12 meses, que tinha subido em janeiro pela primeira vez depois de nove meses a cair, também desceu em fevereiro.

Assim, a média da Euribor a três, seis e a 12 meses em fevereiro desceu 0,177 pontos para 2,525% a três meses, 0,154 pontos para 2,460% a seis meses e 0,118 pontos para 2,407% a 12 meses.

Como antecipado pelos mercados, o BCE decidiu em 05 de março reduzir, pela quinta vez consecutiva em seis meses, as taxas de juro diretoras em um quarto de ponto, para 2,5%.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, deu a entender que a instituição está preparada para interromper os cortes das taxas de juro em abril, numa altura em que os juros das dívidas soberanas estão a subir.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 16 e 17 de abril em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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