Hoje nas notícias: Amália, Brasil e imigrantes

  • ECO
  • 17 Março 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Os três centros de investigação nomeados para desenvolver o “ChatGPT português” não têm, afinal, garantia de o vir a desenvolver. As remessas de brasileiros a residir em Portugal cresceram 3,8% e superaram pela primeira vez os 400 milhões. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

Universidades nomeadas não têm garantia de desenvolver o Amália

Ainda não é oficial quem vai desenvolver o Amália, o “ChatGPT português” anunciado por Luís Montenegro em novembro. Embora o Governo tenha nomeado, em comunicado, a empresa Unbabel e três centros de investigação para desenvolverem este modelo de linguagem, o Ministério da Juventude e Modernização vem agora dizer que o “procedimento de contratação” ainda está a ser preparado e que “não existe envolvimento de quaisquer entidades privadas, como é o caso da Unbabel”, mas “estarão incluídos os centros mencionados no comunicado”, designadamente o Nova Lincs da Universidade Nova de Lisboa, Instituto de Telecomunicações e Instituto Superior Técnico.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Envio de dinheiro para o Brasil atinge novo máximo de 414 milhões

O valor das remessas enviadas de Portugal por imigrantes brasileiros para o seu país de origem aumentou 3,8% em 2024, batendo um novo recorde ao atingir os 414 milhões de euros. É a primeira vez que este valor ultrapassa a barreira dos 400 milhões, o que demonstra o peso cada vez maior da comunidade brasileira em território português — que, em 2023, correspondia a 368.449 cidadãos (35,3% do total de imigrantes em Portugal). Não obstante, os 414 milhões de euros referidos representaram 48,9% do total do montante de remessas para o exterior.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Governo alarga Chave Móvel Digital a imigrantes

​​A partir desta segunda-feira, os imigrantes poderão ter acesso à Chave Móvel do Cidadão, uma das 41 previstas no Plano de Ação para as Migrações. Segundo os ministérios da Juventude e Modernização e da Presidência do Conselho de Ministros, o serviço estará disponível em balcões de atendimento inaugurados em 10 localidades do país. Nestes balcões, será possível obter num único espaço o Número de Identificação Fiscal (NIF), o Número de Identificação da Segurança Social (NISS) e o Número Nacional de Utente (NNU).

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Famílias poupam 30 cêntimos por cada euro em moratória

Cada euro que ficou por pagar aos bancos por via da moratória bancária resultou em 30 cêntimos de poupança, enquanto outros 15 cêntimos foram para consumo, segundo conclui um estudo publicado pelo Banco Central Europeu (BCE), em que é analisado o impacto das medidas de alívio financeiro das famílias durante a pandemia de Covid-19. As famílias que aderiram à moratória aumentaram as suas poupanças em depósitos em cerca de 35 cêntimos por cada euro de pagamento adiado, logo após o início do programa, estabilizando em cerca de 23 cêntimos a longo prazo. Mas gastaram 15 cêntimos por cada euro de prestações diferidas no primeiro ano, tendo as despesas aumentado para 22 cêntimos a longo prazo.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Taxar ultrarricos daria 200 milhões para defesa

O Observatório Fiscal da União Europeia (UE) estima que a aplicação de um novo imposto de 2% sobre multimilionários daria, no mínimo, 200 milhões de euros aos cofres do Estado português. Esta receita seria importante para responder às necessidades cada vez maiores de financiamento na Europa, sobretudo na área da Defesa. Subir o imposto para 3% da riqueza aumentaria os ganhos para 300 milhões de euros. No total da UE, um imposto de 2% sobre os multimilionários traria receitas mínimas de 67,2 mil milhões de euros.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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O futuro da água em conferência

  • ECO
  • 17 Março 2025

Nesta conferência, que acontece na manhã de 16 de abril, no Teatro Sá da Bandeira, em Santarém vai discutir-se a integração dos princípios ESG no setor da água.

A água é um recurso vital e limitado, cuja gestão sustentável é essencial para enfrentar os desafios ambientais e sociais impostos pelas alterações climáticas e pelo crescimento populacional. A integração dos princípios ESG no setor da água não só garante a preservação do recurso, mas também posiciona empresas e instituições como líderes na transição para uma economia mais sustentável.

Este evento que o ECO organiza em parceria com as Águas de Santarém, visa promover o debate sobre inovação, políticas públicas e governança responsável, fundamentais para assegurar o acesso inclusivo e eficiente à água no futuro. Como tal, vamos reunir especialistas, decisores e stakeholders para fomentar parcerias estratégicas e impulsionar soluções colaborativas que alinhem as metas de sustentabilidade global com a realidade do setor hídrico.

O evento realiza-se na manhã de 16 de abril, no Teatro Sá da Bandeira, em Santarém. Esta conferência é aberta ao público, mediante inscrição aqui.

PROGRAMA (em atualização)

09:30 Receção de convidados

10:00 Sessão de Abertura
António Costa, Diretor do ECO
Ramiro de Matos, Presidente das Águas de Santarém

10:15 A inovação no Setor da Água
António Carmona Rodrigues, Presidente das Águas de Portugal
Ramiro de Matos, Presidente das Águas de Santarém
Vera Eiró, Presidente da ERSAR
Moderação: Ana Batalha Oliveira, Diretora-Executiva do Capital Verde

11:00 Transição Energética: do Financiamento ao Roadmap Europeu
Nelson Lage, Presidente da ADENE
Pimenta Machado, Presidente da APA
Jerónimo Meira da Cunha, Associate Director | Markets & Business Development – Energy & Resources, EY
Moderação: Maria Manuela Dinis, Administradora Executiva da Águas de Santarém

11:30 Coffee-break

11:45 Portugal está a avançar na Economia Circular
Ana Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde
Mário Parra da Silva, Presidente da APEE – Associação Portuguesa de Ética Empresarial,
Filipa Pantaleão, Secretária-Geral do BCSD
Moderação: Tiago Freire, Subdiretor do ECO

12:30 Encerramento
João Leite, Presidente da Câmara Municipal de Santarém
Emídio Sousa, Secretário de Estado do Ambiente

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Pedro Ferraz da Costa: “A ambição da nossa classe política é que isto seja uma república socialista”

  • ECO
  • 17 Março 2025

Pedro Ferraz da Costa, presidente do Conselho de Administração do Grupo Iberfar e ex-presidente da CIP durante 20 anos, é o 21º convidado do podcast E Se Corre Bem?.

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Com uma visão crítica e pragmática sobre o estado do país, a economia e a cultura empresarial, Pedro Ferraz da Costa reflete sobre a falta de colaboração entre empresários, a resistência à mudança e os desafios de ser empresário em Portugal.

“Portugal tem um preconceito anti-empresarial muito forte”, afirma, destacando que até a palavra “empresário” é, por vezes, malvista. Para ele, os portugueses são muito individualistas, algo que experienciou na indústria farmacêutica quando tentou convencer colegas a investir conjuntamente em Espanha: “É difícil pôr as pessoas a colaborar, o que torna também muito difícil a sucessão nas empresas.”

Com 60 anos à frente de uma empresa centenária, Pedro Ferraz da Costa vê a sucessão como um desafio inevitável, mas acredita que a sua responsabilidade é garantir um futuro sustentável para a Iberfar: “A minha obrigação social é ter a empresa com um futuro risonho. Ou fica para os meus sucessores ou fica para quem a quiser comprar e garante a continuidade da atividade e os empregos das pessoas que lá estão.”

"Portugal tem uma relação má com a criação de emprego. As pessoas têm muito medo do futuro, mais do que deviam ter, e resistem à mudança, como se estivessem a defender a própria vida”

Pedro Ferraz da Costa, presidente do Conselho de Administração do Grupo Iberfar

Crítico da relação do país com o emprego e o crescimento empresarial, considera que “Portugal tem uma relação má com a criação de emprego. As pessoas têm muito medo do futuro, mais do que deviam ter, e resistem à mudança, como se estivessem a defender a própria vida.” Para ele, a falta de ambição das políticas económicas impede o crescimento das empresas médias: “A ambição da nossa classe política é que isto seja uma república socialista. Uns dizem isso abertamente, outros não. Mas, de facto, cada vez há mais empregos com ordenados parecidos e menos estímulos para progredir.”

Pedro Ferraz da Costa não poupa críticas à classe política, mas vê os eleitores como parte do problema: “Nós fazemos imensas críticas à nossa classe política, muitas delas justas. Mas a culpa é, em grande parte, dos eleitores, que no fundo têm o que querem. Há uma visão de curto prazo em relação a quase todos os assuntos e um grande medo do futuro.” E defende que “os políticos são mal pagos”, o que acaba por afastar os melhores.

Ao longo da conversa, aborda ainda temas como a evolução económica do país, a integração na União Europeia e os entraves ao empreendedorismo, com destaque para a ineficiência da justiça: “Os tribunais não funcionarem é um dos maiores obstáculos que nós temos. A justiça económica em Portugal é péssima e devia ser melhor. Acha que é natural uma pessoa ter de demorar cinco anos para cobrar uma dívida?”, questiona.

O setor da canábis também surge na discussão, já que a Iberfar investiu recentemente nessa área. Pedro Ferraz da Costa admite que sempre teve uma visão libertária e critica as barreiras que existiram à investigação: “Eu achava inacreditável que uma autoridade pudesse dizer que era impossível estudar os benefícios médicos da canábis.” Considera que há “muito preconceito” na comunidade médica e que a formação universitária ainda não acompanha a evolução do tema. No entanto, acredita que Portugal tem uma legislação avançada devido à experiência na descriminalização das drogas leves.

Sobre o futuro da Iberfar, defende que a inovação é essencial para a longevidade de qualquer empresa: “O que não se renova, morre. Mal de nós se estivéssemos a fazer as coisas que fazíamos há 30 anos. Não se pode ter horror à mudança”, partilha.

Questionado sobre que conselho daria a quem tem uma ideia de negócio, é direto: “Se puder, vá trabalhar para uma empresa parecida e aprenda à custa dos outros o que se pode e não se pode fazer. E tenha a ideia mais afinada quando arrancar com a sua própria.” E, acima de tudo, “coragem”, porque considera que a liberdade de expressão é um dos valores mais importantes.

Este podcast está disponível no Spotify e na Apple Podcasts. Uma iniciativa do ECO, que Diogo Agostinho, COO do ECO, procura trazer histórias que inspirem pessoas a arriscar, a terem a coragem de tomar decisões e acreditarem nas suas capacidades. Com o apoio do Doutor Finanças e da Nissan.

Se preferir, assista aqui:

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Trump e Putin falam esta terça-feira sobre fim da guerra na Ucrânia

  • Lusa
  • 17 Março 2025

"Foi feito muito trabalho no fim de semana. Queremos ver se conseguimos pôr fim a esta guerra", disse no domingo o Presidente dos EUA.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, avançou que irá falar na terça-feira com o homólogo russo, Vladimir Putin, para tentar pôr um fim à guerra na Ucrânia.

“Veremos se temos algo a anunciar talvez até terça-feira. Falarei com o Presidente Putin na terça-feira”, disse Trump aos jornalistas no avião presidencial, no domingo à noite.

“Foi feito muito trabalho no fim de semana. Queremos ver se conseguimos pôr fim a esta guerra”, acrescentou o chefe de Estado.

Embora a Rússia tenha falhado o objetivo inicial da invasão, lançada em fevereiro de 2022, de derrubar o Governo da Ucrânia e controlar o país, ainda controla grandes áreas do Estado vizinho. Trump disse que as regiões ocupadas pela Rússia no leste da Ucrânia e as centrais elétricas irão parte das negociações.

“Falaremos sobre as terras. Falaremos sobre centrais elétricas”, disse o republicano.

Trump descreveu as negociações como sendo sobre “a divisão de certos ativos”.

Falaremos sobre as terras. Falaremos sobre centrais elétricas.

Donald Trump

Presidente dos EUA

Horas antes, o enviado norte-americano à Rússia disse que Trump irá reunir-se “esta semana” com Putin para discutir a situação da Ucrânia, avançou a agência de notícias France-Presse.

“Ainda há muito para discutir, mas penso que os dois Presidentes vão ter uma discussão muito boa e positiva esta semana”, afirmou Steve Witkoff, em declarações à CNN, acrescentando que Moscovo, Kiev e Washington “querem que tudo isto acabe”.

Na sexta-feira, o Kremlin disse que Putin tinha entregado uma mensagem a Trump sobre a proposta do enviado norte-americano para um cessar-fogo na Ucrânia.

“Quando o senhor Witkoff fornecer todas as informações ao Presidente Trump, determinaremos o momento para uma conversa” entre os dois presidentes, afirmou na ocasião o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

A Ucrânia concordou com uma trégua incondicional de 30 dias se a Rússia parasse com os ataques no leste do país.

Contudo, Putin não concordou com qualquer trégua e decidiu estabelecer condições maximalistas, como a Ucrânia ceder as cinco regiões anexadas unilateralmente pela Rússia, abandonar as ambições de Kiev de se juntar à NATO e desmantelar o atual Governo ucraniano.

Por sua vez, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, descreveu a conversa telefónica que teve com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, como promissora.

“É difícil negociar um fim duradouro para uma guerra enquanto os beligerantes disparam uns sobre os outros e é, por isso, que o presidente [Trump] quer um cessar-fogo”, acrescentou o chefe da diplomacia norte-americana.

Steve Witkoff, enviado especial de Donald Trump, chegou a Moscovo na quinta-feira para apresentar aos russos o plano dos Estados Unidos para uma trégua de 30 dias.

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Nova lei sobre lobbying em Espanha representa um passo em frente na transparência e um alinhamento com a Europa, de acordo com o Instituto Coordenadas

  • Servimedia
  • 17 Março 2025

O Congresso dos Deputados está a debater um regulamento sobre o lobbying, mas a sua eficácia dependerá da sua implementação e dos seus recursos, de acordo com esta entidade.

O Congresso dos Deputados está a tratar de um projeto de lei para regulamentar a atividade de lobbying em Espanha, em resposta às recomendações da União Europeia e da OCDE. O novo regulamento estabelece um registo obrigatório, um código de conduta e a chamada “pegada regulamentar”, que permitirá conhecer as interações dos grupos de pressão com as instituições públicas.

A segunda análise setorial do Instituto Coordenadas de Economia Aplicada e Governação indica que esta iniciativa é um passo em frente na transparência, alinhando com os padrões europeus e internacionais. No entanto, alerta para o facto de a lei ter algumas limitações que podem comprometer a sua eficácia a longo e médio prazo.

Um dos principais desafios é a sua aplicação exclusiva à Administração Geral do Estado, deixando de fora as comunidades autónomas, as câmaras municipais e outras administrações. De acordo com esta análise, o seu sucesso dependerá dos recursos disponíveis para o Gabinete de Conflitos de Interesses para supervisionar o seu cumprimento e aplicar sanções, a quem seria confiada esta tarefa.

Outro ponto crítico é a falta de formação obrigatória para os representantes de grupos de interesses. Ao contrário do que acontece em países como os Estados Unidos, onde existem cursos sobre ética legislativa, a Espanha não prevê um requisito semelhante, nem a atualização de conhecimentos. Os especialistas em assuntos públicos sublinham que a formação é fundamental para garantir a transparência e a integridade na interlocução entre os setores público e privado.

Com a expansão do setor do lobbying – com mais de 9000 organizações a operar em Espanha e um crescimento previsto até 2030 -, a regulamentação terá de evoluir para garantir que o lobbying é exercido com responsabilidade e com elevados padrões éticos e de qualificação, observa o Instituto Coordenadas.

O Instituto Coordenadas acrescenta que a lei constitui um marco, mas que ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar uma regulamentação abrangente que reforce a qualidade democrática do país. A associação patronal APRI e as principais empresas de consultoria especializada, Acento, Estrategos LLyC, Rud Pedersen, Nitid e Vinces, manifestaram publicamente o seu apoio a esta iniciativa, e o Ibex-35 também aprova a sua chegada para normalizar os serviços e atividades de relações institucionais, assuntos públicos e lobbying em Espanha.

Jesús Sánchez Lambas, vice-presidente executivo do Instituto Coordenadas, assinalou que esta segunda análise “confirma o auge do setor, a procura de serviços especializados e, possivelmente, ultrapassaremos a nossa estimativa de 200 milhões de faturação anual em serviços relacionados em 2030. Mas não podemos perder este comboio, melhorando um padrão, sem aumentar a despesa, que com a sua aplicação generalizada e incorporando requisitos de qualificação e atualização, abrirá vocações, elevará o nível e dignificará o trabalho”.

 

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RC Deportivo e Málaga CF apresentam instalações no seu regresso à LALIGA HYPERMOTION

  • Servimedia
  • 17 Março 2025

A IV Conferência de Clubes foi uma oportunidade para os clubes trocarem experiências e casos de sucesso com a transformação que o futebol profissional espanhol tem sofrido nos últimos anos.

Neste contexto, esta época 24/25 significou o regresso de duas equipas históricas ao LALIGA HYPERMOTION. A Corunha e o Málaga voltaram a desfrutar do futebol profissional na categoria prata. Com o seu regresso, os clubes prepararam as suas instalações para competir ao mais alto nível.

No caso do clube da Corunha, nas palavras de Massimo Benassi, diretor-geral do RC Deportivo de la Coruña, “avançámos muito do que tínhamos planeado para as épocas seguintes. Em termos de infra-estruturas, renovámos o edifício existente da cidade desportiva e investimos num campo de relva artificial de última geração para a nossa academia de jovens, o nosso futebol de base”. Além disso, o responsável do A Coruña explica que este edifício renovado da cidade desportiva albergará “a equipa principal masculina e a equipa secundária. A ideia é que seja um edifício de última geração com as mais recentes tecnologias em termos de preparação física e adaptação que influenciam o desempenho do jogador”. Benassi acrescentou que “também terá uma área de escritórios para a gestão quotidiana do clube”.

Em termos de tecnologia, Benassi também salientou que o clube está a continuar a sua transformação para prestar um melhor serviço aos seus adeptos. “O projeto que estamos a desenvolver a nível tecnológico está um pouco relacionado com todo o ambiente digital do clube, desde os acessos no estádio com a tecnologia NFT, que já implementámos, até ao facto de tudo poder ser ligado a partir dos bares do estádio, da loja online do clube, e assim criar um ambiente mais acessível de que os adeptos podem desfrutar mais”.

Por seu lado, o Málaga CF inaugurou recentemente “La Academia”, a sua nova cidade desportiva, com um investimento impulsionado pelos fundos comuns que uma grande parte dos clubes da LALIGA estão a utilizar para transformar as suas estruturas em diferentes frentes. Para Kike Pérez, diretor-geral do Málaga CF, esta cidade desportiva “é a joia da coroa do clube para o próximo século. Estou no clube há dois anos e a verdade é que Málaga é um lugar de juventude e talento. Mas ao longo da sua história, todos os jogadores jovens treinaram em seis locais diferentes da cidade. Foi esse o panorama do clube ao longo da sua história”.

Ao mesmo tempo, a fim de tirar o máximo partido da sua outra grande infraestrutura, o estádio La Rosaleda, o clube está a implementar diferentes iniciativas para envolver os adeptos. “Temos várias iniciativas em dias de jogo no estádio, por exemplo, ativámos recentemente uma experiência após o final do jogo que consiste num meet & greet com os jogadores e na assinatura de uma camisola. Além disso, antes do jogo, também vendemos bilhetes que incluem uma visita guiada ao estádio e a possibilidade de ver os jogadores a aquecerem em primeira mão”, afirmou Pérez.

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Nandu Jubany revoluciona a experiência gastronómica de Grandvalira com uma proposta gourmet de topo

  • Servimedia
  • 17 Março 2025

O chef com estrela Michelin chega aos restaurantes Vodka Bar e Piolet, no setor Grau Roig, para “redefinir” a cozinha da neve.

Grandvalira acrescenta uma nova estrela ao seu céu gastronómico. Esta temporada, o chef Nandu Jubany chega a Grandvalira para levar a sua “paixão e savoir-faire” à alta montanha, deixando o seu cunho pessoal em dois espaços emblemáticos do setor Grau Roig de Grandvalira: o Vodka Bar e o Piolet.

Com uma estrela Michelin e cinco sóis Repsol, Jubany chega à estância de Andorra. Grandvalira não é apenas um novo projeto gastronómico, mas um regresso a um ambiente em que sempre se sentiu em casa. “Para mim, esta aventura é um sonho tornado realidade. Grandvalira é como a minha casa, adoro esquiar e motiva-me poder oferecer uma experiência gastronómica autêntica, concebida para aqueles que querem desfrutar da neve e da boa comida em igual medida”, explica o chef.

Apaixonado pelo esqui e pela montanha, há anos que desfruta da neve na estância e conhece perfeitamente as necessidades dos visitantes. Além disso, a sua ligação a Andorra é profunda: foi chefe de cozinha no Hotel Hermitage durante nove anos, onde aperfeiçoou a sua visão da gastronomia de alta montanha. Agora, com esta nova aventura, funde o seu amor pelo esqui com a sua vocação culinária, dando vida a uma proposta autêntica, pensada para ser desfrutada depois de um dia intenso nas pistas.

“Jantar no Vodka Bar é muito mais do que um jantar requintado: é uma aventura desde o primeiro momento. A experiência começa com a viagem até ao restaurante, uma viagem noturna em mota de neve ou snowmobile pela montanha nevada, até chegar a um abrigo acolhedor onde a luz ténue e a madeira criam uma atmosfera mágica”, explica a estância. “Jantar aqui é mágico. É uma combinação perfeita de natureza, gastronomia e exclusividade”, diz Jubany. O espaço foi concebido para partilhar grandes momentos em torno de pratos requintados, desde os tradicionais guisados a carnes selecionadas, sempre com o toque pessoal do chefe.

O mesmo espírito é transferido para o Piolet, um restaurante onde Jubany quis captar o que ele próprio procura depois de um dia de esqui: pratos reconfortantes, saborosos e autênticos. “Quando desço das pistas, quero um caldito, uma escudella quente, um bom hambúrguer ou um bife cozinhado como Deus quis”, diz. E foi precisamente isso que criou: uma proposta que combina tradição e produtos de qualidade, desde receitas tradicionais e caseiras a opções mais informais, mas sempre com o selo de excelência que o caracteriza.

A chegada de Jubany reforça o compromisso de Grandvalira com a gastronomia de alta qualidade, acrescenta a empresa, consolidando a estância “como um destino gastronómico de topo”. A sua proposta vem juntar-se a uma oferta que aposta numa cozinha de qualidade, combinando produtos locais, inovação e experiências únicas que transformam cada pausa nas pistas num momento especial”.

Nesta linha, Carles Jordi, diretor de restauração do Grandvalira Pas de la Casa – Grau Roig, sublinha que em cada projeto procuram muito mais do que um nome: “Quando desenvolvemos projetos com colaboradores, procuramos partilhar valores, conhecimentos e entusiasmo. Essa é a base e, a partir daí, tentamos sempre apresentar algo inovador e especial”. Sob esta filosofia, a chegada de Jubany não só traz o seu prestígio, como também reforça o compromisso do resort com a excelência gastronómica. “Por isso, nasceu a colaboração com o Nandu, que reforça a nossa vontade de oferecer sempre a melhor qualidade aos nossos visitantes, também na gastronomia. É esta filosofia que nos move e dá sentido ao projeto de transformar o Piolet e o Vodka Bar em experiências únicas, para além do facto de o nome do Nandu Jubany ser uma atração”, conclui Jordi.

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Como a IA veio democratizar e acelerar o ‘Business Intelligence’. Ouça o À Prova de Futuro

José Oliveira, CEO da BI4ALL, José Rui Gomes, presidente da Associação Portuguesa de Business Intelligence, e João Martins, Head of AI da Noesis, são os convidados do 15.º episódio.

O termo não é novo. Em 1865, Richard Millar Devens apresentou a expressão “Business Intelligence” para descrever a forma como Sir Henry Furnese, um banqueiro, lucrava com a informação recolhendo-a e atuando antes dos concorrentes.

A partir dos anos 50 do século XX, com o acelerar do uso da computação, a análise de dados começou a ser cada vez mais importante nas decisões empresariais.

Mas agora, com ferramentas revolucionárias trazidas pela inteligência artificial, abriu-se uma nova era, dando maior poder de análise e uma democratização do Business Intelligence.

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Neste episódio falámos primeiro com José Oliveira, CEO da BI4All, uma empresa com mais de 300 trabalhadores nesta área e com José Rui Gomes, presidente da Associação Portuguesa de Business Intelligence.

Na rubrica Gestores sem medo recebemos João Martins, Head of AI da Noesis, uma gigante com 1200 colaboradores e que opera em sete países.

João Martins, Data Analytics & AI Manager da Noesis, em entrevista ao podcast do ECO “À Prova de Futuro”Hugo Amaral/ECO

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O dia em direto nos mercados e na economia – 17 de março

  • ECO
  • 17 Março 2025

Ao longo desta segunda-feira, 17 de março, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Derrota nas eleições leva à queda de Montenegro como líder do PSD. PS segura Pedro Nuno

É inevitável a demissão do presidente social-democrata, se perder as legislativas, porque a crise política foi provocada por um caso pessoal. O secretário-geral socialista deve continuar, mas a prazo.

Debate Legislativas com todos os partidos com assento parlamentar - 23FEV24
Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, e Luís Montenegro, presidente do PSD, no debate televisivo para as eleições legislativas de 2024Hugo Amaral/ECO

As eleições legislativas antecipadas de 18 de maio serão o derradeiro teste à liderança de Luís Montenegro no PSD. Se perder, a queda é inevitável, porque a crise política foi provocada por um caso que só ao próprio diz respeito: as ligações à empresa familiar Spinumviva e eventuais conflitos de interesse com o cargo de chefe do Executivo.

Caso o derrotado seja Pedro Nuno Santos, o socialista deverá permanecer aos comandos do partido pelo menos até às autárquicas de setembro ou outubro, concluem vários politólogos consultados pelo ECO.

O chumbo da moção de confiança, com o voto contra e decisivo do PS, ditou a demissão do Executivo de Luís Montenegro. Face ao “choque não tanto sobre políticas quanto sobre a confiabilidade, ou seja, a ética da pessoa exercendo a função de primeiro-ministro”, para o Presidente da República “não havia meio caminho”, “não restava senão anunciar a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições para o dia 18 de maio de 2025″, anunciou Marcelo Rebelo de Sousa, na noite da passada quinta-feira, depois de ter obtido o respaldo unânime dos partidos e do Conselho de Estado quanto à convocação de novas legislativas.

Em pouco mais de um ano, os portugueses voltam a ser chamados às urnas para eleger os 230 deputados à Assembleia da República, de onde sairá um novo Governo. E, “em causa”, estarão as lideranças de Luís Montenegro, no PSD, e de Pedro Nuno Santos, no PS, como reconheceu, na passada sexta-feira, o primeiro-ministro demissionário, durante uma visita à Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), em Lisboa.

Para já, o partido parece estar “unido na liderança” de Montenegro, defendeu o ministro das Finanças demissionário, Joaquim Miranda Sarmento, mas já há vozes críticas internas e tropas que se começam a preparar para o day after.

Ângelo Correia, histórico militante e antigo ministro, acusou o primeiro-ministro de estar “completamente agarrado ao poder”, mas admitiu que não existia espaço para disputar a liderança. “Num Governo normal, num tempo normal, num país normal, um primeiro-ministro nestas circunstâncias não se candidata outra vez. Mas, em Portugal, não há tempo”, afirmou, em declarações à SIC Notícias.

Também o ex-rival do presidente do PSD, nas últimas eleições internas, Jorge Moreira da Silva, decidiu posicionar-se: “O que está a acontecer é penoso e revela muito sobre o país e o estado do PSD. Receio que os dirigentes do PSD (nacionais e distritais) não tenham percebido o verdadeiro impacto deste crise na relação com os eleitores e no futuro próximo do PSD”. A mensagem foi partilhada num grupo de WhatsApp que mantém desde a candidatura às diretas de 2022 que perdeu para Luís Montenegro.

“Se Luís Montenegro perder as eleições, a sua situação no PSD será quase impossível. Terá de tomar a decisão e demitir-se, porque o PSD achará que o principal motivo que levou à derrota foi o caso pessoal de Montenegro”, conclui o politólogo, António Costa Pinto, em declarações ao ECO.

Do lado do PS, o tom é mais condescendente. Mariana Vieira da Silva, membro da cúpula da direção de Pedro Nuno Santos, já afirmou que a liderança de Pedro Nuno Santos está a salvo. “Não há nada sobre [a liderança] do Partido Socialista que esteja em causa”, afirmou a antiga ministra da Presidência no programa Casa Comum, da Rádio Renascença. Mas, caso acumule uma nova derrota nas eleições autárquicas de setembro ou outubro, não é certo que esta rede de segurança se mantenha.

“Se Pedro Nuno Santos perder as eleições, não é claro que se demita, porque há umas eleições autárquicas à porta, cujos candidatos foram escolhidos por ele juntamente com o aparelho partidário. E os grandes partidos não têm tendência para o suicídio. A demitir-se será depois de passar pelo teste das eleições locais”, segundo a análise de Costa Pinto.

Outros politólogos consultados pelo ECO consideram que “não parece haver margem para o candidato derrotado continuar na liderança do respetivo partido”, salienta Bruno Costa, professor de Ciência Política da Universidade de Aveiro.

“Pode ser uma questão de tempo, até pelo ciclo eleitoral autárquico, mas parece-me que esta eleição marcará o ‘fim’ da liderança política de quem sair derrotado nestas eleições, não sendo inclusivamente seguro que algum destes líderes se mantenha após as eleições legislativas antecipadas. Tudo vai depender das ‘maiorias criadas’ e dos cenários para a formação de um Governo”, conclui o mesmo politólogo.

Do mesmo modo, Carlos Jalali, professor de Ciência Política da Universidade de Aveiro, considera que “será muito difícil que qualquer se mantenha na liderança do seu partido”. Luís Montenegro “apresentou uma moção de confiança que sabia que estava condenada e mesmo assim avançou com a iniciativa; e Pedro Nuno Santos seria o líder do PS que perdeu duas eleições legislativas no espaço de pouco mais de um ano”, sustentou.

Ainda assim, Jalali reconheceu que há casos na história de exceção em que o líder se mantém, mesmo depois de derrotado numas legislativas. E lembrou “Rui Rio, que perdeu as legislativas de 2019 e continuou como presidente do PSD, não se demitiu”. Nessa altura, sofreu uma dura contestação por parte das tropas internas lideradas por Luís Montenegro, à época seu rival. No ano seguinte, em 2020, o antigo líder parlamentar de Passos Coelho disputou eleições diretas com Rui Rui, mas acabou por perder.

“Em 2022, após mais uma derrota numas eleições legislativas”, que deu a maioria absoluta ao PS de António Costa, “Rui Rio optou por não se candidatar nas diretas do partido, mas também não se demitiu formalmente”, sinalizou Carlos Jalali. Com a saída de cena do antigo presidente da Câmara do Porto, entraria então Luís Montenegro, eleito presidente do PSD a 28 de maio de 2022.

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O quinto fundo emblemático da Copenhagen Infrastructure Partners ultrapassa o objetivo de 12 mil milhões de euros

  • Servimedia
  • 17 Março 2025

A Copenhagen Infrastructure Partners (CIP) anunciou que o seu quinto fundo emblemático, o CI V, ultrapassou o seu objetivo de 12 mil milhões de euros no encerramento final.

Segundo ele, o interesse dos investidores em investimentos de grande escala em infra-estruturas energéticas de raiz está a crescer e a CIP está a finalizar a angariação de fundos para o fundo CI V, com compromissos de financiamento totais que excedem o objetivo de 12 mil milhões de euros, excluindo o capital angariado para co-investimentos.

“Atingir 12 mil milhões de euros é um resultado fantástico e uma confirmação da nossa abordagem industrial comprovada aos investimentos em infra-estruturas energéticas. Orgulho-me do facto de vários dos maiores e mais sofisticados investidores do mundo estarem empenhados no CIP e estou muito satisfeito por poder contar, mais uma vez, com o apoio dos nossos atuais investidores e por acolher muitos novos investidores na nossa plataforma”, afirmou Jakob Baruël Poulsen, sócio-gerente da Copenhagen Infrastructure Partners.

O fundo tem como objetivo investir na transição energética através de uma série de tecnologias, desde a energia eólica e solar fotovoltaica até ao armazenamento de baterias, em países da OCDE de baixo risco na Europa, América do Norte e Ásia-Pacífico. O CI V já tomou seis decisões finais de investimento (FID), comprometendo 60% do fundo, o que garante uma rápida aplicação de capital e uma criação de valor significativa nas fases iniciais da vida do fundo.

Com a propriedade de mais de 50 projetos em desenvolvimento, com um volume de investimento potencial do CI V de 24 mil milhões de euros, o fundo está em vias de assumir novos compromissos durante o próximo ano. Estima-se que o CI V acrescentará 30 GW de nova capacidade energética à rede mundial, o suficiente para abastecer o consumo médio de mais de 10 milhões de agregados familiares.

“A nossa equipa do setor industrial da energia tem experiência em investimentos de raiz que aumentam o valor de projetos de infra-estruturas energéticas de grande escala e oferecem aos nossos investidores uma rendibilidade ajustada ao risco atrativa. Acreditamos que o CI V é uma componente muito relevante e importante das carteiras dos nossos investidores, uma vez que oferece estabilidade e diversificação da carteira com proteção contra a diminuição dos fluxos de caixa e a inflação. A criação de valor nos nossos fundos baseia-se na entrada precoce a baixo custo e na redução do risco e otimização dos ativos nas diferentes fases do projeto, que estão frequentemente menos correlacionadas com fatores macroeconómicos e ciclos económicos. A solidez é reforçada pelo elevado grau de versatilidade da nossa vasta carteira de projetos e pela diversificação entre tecnologias e mercados”, afirmou Mads Skovgaard-Andersen, responsável pelos fundos emblemáticos e sócio do CIP.

Explicaram que é necessário acrescentar à rede uma quantidade significativa de nova produção e capacidade de energia para satisfazer a procura crescente de nova eletricidade impulsionada pela digitalização, a IA e a rápida construção de centros de dados, bem como a eletrificação geral dos transportes e do aquecimento. Na maioria dos mercados, as energias renováveis – em particular a energia solar e a energia eólica terrestre – são as novas formas de energia mais competitivas em termos de custos e mais escaláveis, o que as torna essenciais para que os países melhorem a sua competitividade em termos de custos e a sua segurança energética.

“A transição energética está a ser impulsionada por fortes ventos estruturais. O aumento da procura de eletricidade, impulsionado pelo crescimento económico, pela eletrificação generalizada e pela digitalização, exige a construção de uma quantidade sem precedentes de novas infra-estruturas energéticas. Ao mesmo tempo, os fundamentos das energias renováveis são mais fortes do que nunca, uma vez que a competitividade industrial, a produtividade e a resiliência energética estão no centro das agendas políticas e industriais em todo o mundo. Ao combinar a nossa experiência industrial e financeira, a CIP está numa posição única para realizar alguns dos maiores, mais importantes e complexos projetos energéticos do mundo, ajudando os países a garantir energia limpa, fiável e competitiva em termos de custos, e criando simultaneamente valor para os nossos investidores”, afirmou Jakob Baruël Poulsen.

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Braço de ferro de Centeno com os bancos em cinco gráficos

Juros baixos nos depósitos a prazo geram tensão entre governador do Banco de Portugal e os banqueiros nacionais. Conheça os argumentos de Mário Centeno e dos bancos que sustentam a situação atual.

Os banqueiros levaram um novo puxão de orelhas do governador do Banco de Portugal por causa da baixa remuneração dos depósitos. Mário Centeno considera que a “diferença significativa” entre os juros que os bancos recebem do banco central e os juros que pagam aos depositantes “não é muito compreensível” e que isso põe em causa o “contrato social” da banca com os portugueses.

Os bancos tinham 33 mil milhões de euros depositados junto do Banco de Portugal em fevereiro a renderem uma taxa de juro de 2,75%, mas só ofereciam cerca de 2% pelos novos depósitos das famílias. Estes cinco gráficos ajudam a perceber o “braço de ferro” entre Centeno e os bancos.

Inércia das famílias fomenta fraca competitividade dos depósitos

Os portugueses são muitas vezes acusados de inércia no que se refere à gestão do seu dinheiro. Porém, a evolução dos depósitos ao longo dos últimos 20 anos até ao início do ano de 2024, prova justamente o contrário.

Segundo dados do Banco de Portugal, sempre que as taxas de remuneração dos depósitos aumentaram, também se assistiu a um crescimento do montante de novos depósitos. Essa reação foi também assistida com o movimento inverso, com o volume dos novos depósitos a cair sempre que os bancos cortaram a taxa de remuneração dos depósitos.

Porém, essa máxima foi interrompida no final de 2023, com o volume dos novos depósitos a aumentar, apesar da taxa de remuneração dos depósitos estar em queda. Essa realidade foi particularmente notada em abril de 2024, quando a taxa média de remuneração dos depósitos caiu pelo quarto mês consecutivo para 2,75%, e o montante dos novos depósitos disparou 38,3%. A mesma reação voltou a notar-se em julho, com a taxa de juro média dos depósitos a acumular o sétimo mês de queda, e os novos montantes de depósitos a subir 25%.

Este comportamento dos aforradores nacionais ao longo do último ano mostra que o volume aplicado em depósitos a prazo apresenta pouca ou nenhuma elasticidade face à evolução da taxa de juro, com os novos montantes aplicados a crescerem numa base quase mensal apesar das taxas de juro continuarem a cair. A leitura que os bancos retiram deste comportamento é que não têm qualquer razão comercial para elevarem a remuneração dos depósitos porque os depósitos continuam a subir, mesmo com a banca a pagar cada vez menos pelas poupanças das famílias.

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Bancos têm margem para subir juros dos depósitos?

A situação atrás descrita levou a um disparo na margem financeira dos bancos nos últimos anos. Entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos, os principais bancos em Portugal obtiveram receitas na ordem dos 10 mil milhões de euros por ano nos últimos dois anos, mais do dobro do que conseguiam gerar nos anos anteriores.

Estes números refletem não só o impacto da subida galopante das Euribor nos contratos de empréstimo à habitação, que se traduziu num agravamento acentuado da prestação da casa para milhares de famílias, mas também a moderação (muito criticada pelo governador do Banco de Portugal) com que os bancos remuneraram os depósitos. Tinham margem para oferecer mais aos depositantes?

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Lentidão a subir taxas e rapidez em cortar na remuneração

Os bancos nacionais têm mostrado uma política comercial distinta na remuneração dos depósitos bancários, consoante a evolução da política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Isso é particularmente visível nos últimos três anos, um período marcado por uma subida rompante das taxas do BCE para valores históricos, e desde junho num movimento inverso.

Além de há largos anos a banca nacional pagar menos pelas poupanças das famílias que a média da banca europeia, nos últimos três anos tem-se assistido a um comportamento sui generis. Desde 2022 que os bancos nacionais se têm mostrado mais lentos e mais regrados a subir as taxas dos depósitos em comparação com a média dos bancos da Zona Euro em períodos de subida das taxas Euribor e das taxas do BCE, mas mais lentos e mais agressivos a cortar a remuneração dos depósitos que os seus pares europeus quando o BCE decide cortar a taxa de juro de facilidade de depósitos.

Este comportamento esbate no movimento oposto verificado entre 2010 e 2014, marcado pela presença da troika em Portugal e por um período particularmente complicado para a banca.

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Abundância de liquidez tira incentivo aos bancos

Os banqueiros defendem-se das críticas argumentando, entre outros pontos, que dispõem de uma elevada liquidez, não precisam de captar mais depósitos para o negócio que têm atualmente e, nesse sentido, não têm incentivos para melhorar a remuneração das poupanças. E os números dão-lhes razão neste aspeto.

O rácio de transformação de depósitos em crédito encontra-se no valor mais baixo desde que há registos, tendo atingido os 75% em setembro do ano passado. Isto significa que por cada 100 euros de depósitos, os bancos só emprestam 75 euros, sendo que 25 euros não estão a ser aplicados na economia.

Durante a crise da dívida de 2011 o setor vivia um cenário diferente: o rácio de transformação superava os 150%, o que forçou os bancos a oferecer taxas de juro aos depositantes mais interessantes do que atualmente.

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Depósitos sem concorrência à altura

O mercado nacional está longe de oferecer alternativas viáveis aos depósitos a prazo. Isso é visível pela contínua subida do stock de depósitos, apesar da taxa de remuneração estar em queda. Mas não só.

A falta de concorrência aos depósitos tornou-se ainda mais evidente a partir de junho de 2023, quando o Governo decidiu extinguir a anterior série de Certificados de Aforro (Série E), que tinha uma taxa base de 3,5%, e colocou no mercado uma nova série menos rentável (Série F), que tem uma taxa base de 2,5%.

Essa situação fez-me imediatamente sentir no mercado, com as famílias a voltarem a apostar nos depósitos a prazo em função dos Certificados de Aforro, invertendo assim um movimento contrário que era notado desde maio de 2022. Esta situação retirou ainda mais a pressão aos bancos para remunerarem melhor os depósitos, porque desde então a concorrência esmoreceu significativamente.

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