Mercado automóvel cresce 4,2% no primeiro semestre

  • Lusa
  • 1 Julho 2025

Os ligeiros de passageiros subiram 6,5% de janeiro a junho, face a igual período de 2024, enquanto os ligeiros de mercadorias recuaram 6,5%.

O mercado automóvel em Portugal cresceu 4,2% no primeiro semestre deste ano, face ao mesmo período do ano passado, tendo sido colocados em circulação um total de 143.012 novos veículos, segundo a Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

“De janeiro a junho de 2025, foram colocados em circulação 143.012 novos veículos, o que representou um aumento de 4,2% relativamente ao mesmo período do ano anterior”, indicou esta terça-feira a associação, em comunicado.

Para esta evolução contribuíram de forma diferente as várias categorias de veículos, com os ligeiros de passageiros a subirem 6,5% de janeiro a junho, face a igual período de 2024, enquanto os ligeiros de mercadorias recuaram 6,5%. Já os veículos pesados registaram uma queda homóloga de 17,6%.

No que diz respeito ao mês de junho, foram matriculados em Portugal 26.356 veículos automóveis, o que representa um aumento de 7,3% face ao período homólogo. Deste total, a maior fatia diz respeito a automóveis ligeiros de passageiros (23.184), ou seja, mais 14,8% face a igual período do ano passado.

Relativamente à tipologia de energia consumida, a ACAP assinala que mais de metade (65,5%) dos veículos matriculados entre janeiro e junho eram movidos a energias alternativas, nomeadamente elétricos e híbridos. “Em particular, verifica-se que 20,2% dos veículos ligeiros de passageiros novos eram elétricos”, assinala a associação, indicando ainda que no que toca ao mês de junho a fasquia também foi de 20%.

No caso dos veículos ligeiros de mercadorias e pesados (de passageiros e de mercadorias), os dados referentes a junho apontam para quedas de 21,9% e 49,2%, respetivamente.

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Ljubomir Stanisic protagoniza campanha do Burger King e desenvolve menu exclusivo

  • + M
  • 1 Julho 2025

O novo menu desenvolvido por Ljubomir Stanisic conta com uma "forte inspiração" na culinária mexicana. A criatividade da campanha é da agência David e o planeamento de meios da Wavemaker.

O Burger King apostou em Ljubomir Stanisic para protagonista da sua nova campanha. No âmbito da parceria com a marca, o chef de origem bósnia desenvolveu também um menu exclusivo.

A campanha foi desenvolvida pela agência David e mostra que “Ljubomir nunca deixa de ser Ljubomir, independentemente da situação que o rodeia”, sendo que “o Burger King é o lugar perfeito para o ser”, refere-se em nota de imprensa. Presente em televisão, digital e out-of-home, a campanha conta com planeamento de meios da Wavemaker.

A parceria “funde a identidade icónica do Burger King com a irreverência e a genialidade culinária de Ljubomir”, culminando num novo menu, com uma “forte inspiração” na culinária mexicana, refere-se em nota de imprensa.

A estrela do menu é o hambúrguer King Ljubomir, servido num pão brioche com chipotle e achiote, especiarias populares na América do Sul. À maionese de chipotle, levemente picante, junta-se o guacamole e o abacate fresco, o tomate, a cebola e queijo cheddar fumado. Este novo hambúrguer está disponível na versão grelhada carne ou vegetal, single ou double, e na versão 100% peito de frango crocante.

Do menu constam ainda as King Fries, que são agora cobertas com molho de trufa, o molho assinatura do chef Ljubomir, assim como molho barbecue, cebola e cenoura caramelizadas. Já o King Fusion, com a já conhecida base de baunilha, teve os seus toppings reiventados com a adição de coulis líquido de goiaba e um topping crocante com caramelo, chocolate branco e Peta Zetas.

“Este lançamento com o chef Ljubomir Stanisic é um marco para o Burger King Portugal. Estamos incrivelmente entusiasmados pelas incríveis receitas criadas, e pela excecional jornada de comprometimento que Ljubomir e a sua equipa fizeram em conjunto connosco. Tenho a certeza de que os portugueses vão sentir a nossa paixão e surpreender-se com as propostas de King Ljubomir”, diz Inés Arnal Bergera, brand director da Restaurant Brands Iberia, citada em comunicado.

Já Ljubomir Stanisic diz que mais do que um hambúrguer e do que uma refeição, esta é uma “viagem a um lugar onde nunca falta ousadia ou sabor”. “Quis fazer um menu que transparecesse isso mesmo, que a vida nunca é só preta ou branca, que se come com as mãos e que se lambem os dedos. Criar este menu foi um desafio pela diversidade que o menu Burger King já apresenta, mas acredito que em conjunto conseguimos transportar os consumidores numa viagem de sabores verdadeiramente diferente”, acrescenta.

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“Mais do que 1,5% ou 5% do PIB, é bom que tenha retorno económico”, avisa cluster da defesa

"A defesa investia 3% do PIB nos anos 80, mas não houve uma transformação tão grande ao nível de novas empresas" ou tecnologia, afirmou o presidente da AED Cluster Portugal.

O presidente da AED Cluster Portugal, que representa as empresas de aeronáutica, espaço e defesa, disse esta terça-feira que o debate em torno do investimento na defesa deve ter mais em conta o retorno económico do que a percentagem em si, até porque a indústria nacional tem potencial para liderar na inovação.

“Mais do que falarmos em 1,5%, 2% ou 5%, é bom é que sejam bem utilizados e tenha retorno económico para a indústria nacional (…). A defesa investia 3% do PIB nos anos 80, mas não houve uma transformação tão grande ao nível de novas empresas ou de novos desenvolvimentos tecnológicos”, afirmou José Neves, no 34º congresso da APDC – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações.

José Neves reconhece que “não vamos desenvolver um caça de quinta geração, mas podemos trabalhar na cadeia de fornecimento”. “É possível ser líder em inovação com uma articulação forte, que é crítica para o sucesso. Vamos é ter de agir bem e rápido”, advertiu o também diretor de Segurança Interna e Defesa na GMV.

O apelo foi corroborado por outros players da área da defesa, nomeadamente o responsável de Valorização de Conhecimento da idD Portugal Defense, a holding que gere as participações públicas nas empresas da Defesa. Miguel Correia Pinto considera que Portugal tem de apostar na integração em consórcios de forma a ser capaz de fornecer sistemas sem tentar replicar o que outros países – que “souberam manter cultura” e orçamentos de defesa ao longo dos anos – fizeram.

“O conhecimento aumentou e a indústria tem de o acompanhar. Os militares têm de estar em contacto com as empresas e as universidades”, sugere o porta-voz da idD Portugal Defense, constatando que existe uma aceleração da investigação nesta área.

Miguel Pinto, responsável de Valorização de Conhecimento da idD Portugal Defense (ao centro) e Pedro Petiz, diretor de Desenvolvimento Estratégico da Tekever (à direita)

O cluster da defesa, que acumula 2,1 mil milhões de euros em volume de negócios, corrobora que está mais atrativo para investidores estrangeiros, conforme se vê nas feiras internacionais, onde os stands da indústria portuguesa recebem um número crescente de visitantes, enquanto antes tinham de “ter pastéis de nata” para oferecer.

“Empresas como a Tekever ou a Ogma valem ou vão valer mais de mil milhões per se, na dinâmica de mercado aberto e ainda sem aumentos do investimento na defesa”, exemplificou José Neves, acrescendo que “cavalgando” esta dinâmica global ainda terão maior crescimento.

A portuguesa Tekever, que produz drones e atingiu recentemente o estatuto de unicórnio ao ser avaliada em 1,2 mil milhões de euros, percebeu em 2010 que a robótica um ramo tecnológico no qual “valia a pena apostar”, mas ganhou dimensão com o contexto internacional. “O contexto de guerra mais premente deu-nos outra escala”, admitiu o diretor de Desenvolvimento Estratégico da Tekever, Pedro Petiz, no evento anual da APDC que decorre no auditório da Culturgest, em Lisboa.

“É preciso trazer capacidade industrial para a Europa, que começa nos materiais e vai até aos componentes e ao produto final. Temos de criar ecossistemas de fornecimento e ter empresas, embora, provavelmente, não consigamos fornecer tudo devido à nossa dimensão e massa crítica. Mesmo que não desenvolvamos submarinos, desenvolvemos drones”, adiantou Pedro Petiz.

Questionados sobre as futuras oportunidades neste setor, a idD Portugal Defense e a Tekever enumeraram segmentos da economia como o têxtil técnico (camuflagem), engenharia e fornecimento de componentes, no painel de debate intitulado “Business & science working together in Defense” (“Negócio e ciência a trabalharem juntos na Defesa”).

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Allianz Trade reforça solução de pagamento com apoio da Stripe

  • ECO Seguros
  • 1 Julho 2025

O serviço combina gestão de risco, pagamento seguro e digitalização dos fluxos permitindo que as empresas "automatizem, protejam e simplifiquem todo o seu processo de order-to-cash".

A Allianz Trade escolheu a tecnológica Stripe para ampliar a sua solução de pagamento dedicada a atividades comerciais digitais para empresas que operam em sistema business-to-business (‘B2B’), ou seja, vendem serviços a outras empresas, denominada de Allianz Trade pay.

Segundo anunciou a seguradora em comunicado, o serviço combina gestão de risco, pagamento seguro e digitalização dos fluxos. Deste modo, permite que os comerciais e marketplaces B2B “automatizem, protejam e simplifiquem todo o seu processo de order-to-cash – desde a validação do pedido até à recolha do dinheiro”.

O serviço funciona da seguinte forma: assim que as condições de pagamento são definidas e a fatura é emitida, a Allianz Trade envia automaticamente lembretes por SMS e e-mail com um link de pagamento Stripe. Quando os compradores efetuam o pagamento, o sistema reconhece os pagamentos automaticamente. Os vendedores também têm acesso a um painel de controlo e a documentos de reconciliação para monitorizar a atividade em tempo real. Se um comprador não pagar, a Allianz Trade intervém com uma indemnização automática à empresa sua cliente.

Integrar os recursos da Stripe na solução de pagamento torna o serviço mais rápido, assegura a Allianz Partners. Surge para contrariar a oferta do mercado que tende a ser frequentemente lento, fragmentado e arriscado. “A validação manual dos pedidos, a incerteza na capacidade de crédito do cliente, os litígios de faturação e os atrasos nos pagamentos podem levar a perturbações no fluxo monetário e à frustração das equipas de vendas”, lê-se no comunicado.

“Com o Allianz Trade pay, já cobrimos a maior parte das etapas do processo order-to-cash. Asseguramos a validação dos pedidos com uma avaliação de risco em tempo real e um seguro de crédito instantâneo, apoiamos a faturação com condições de pagamento flexíveis e otimizamos a cobrança até uma possível indemnização, se necessária”, afirma François Burtin, Global Head of e-commerce da Allianz Trade.

“Agora, com a Stripe integrada na nossa solução, tudo fica mais rápido. Melhoramos a cobrança e a reconciliação de dinheiro, ajudando os players do e-commerce B2B a gerir melhor os processos order-to-cash para que possam aumentar as suas vendas a nível global, protegendo simultaneamente o seu fluxo de caixa”, afirma François Burtin. “Agora, fornecemos aos comerciantes e marketplaces uma solução de gestão do pedido ao pagamento otimizada, simples e sem falhas“, acrescenta François Burtin.

A Allianz Trade é especialista em seguros de crédito comercial dando, nesse âmbito, cobertura para cobrir os danos provocados por um devedor que não pague, mas também atua na prevenção avaliando os riscos dos parceiros das empresas de não cumprirem com o pagamento. A seguradora está presente em mais de 40 países, conta com 5.800 trabalhadores. O volume de negócios global consolidado foi de 3,8 mil milhões de euros. Em Portugal, a Allianz Trade, cujo nome de marca era Cosec, pertence ao grupo segurador Allianz que em Portugal ocupa a quarta posição no ranking das principais seguradoras dos ramos Não Vida com um volume de negócios de 649 milhões de euros no ano passado, um crescimento de 10,3% face a 2023.

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Lidl lança nova fase da campanha em que celebra 30 anos

  • + M
  • 1 Julho 2025

Com criatividade d'O Escritório e produção da Garage, o novo spot da campanha evidencia que os produtos frescos da retalhista de origem alemã são avaliados em mais de 600 critérios de qualidade.

Frutas e legumes, carne e padaria e pastelaria são as três categorias de produtos destacadas na nova fase da campanha com que o Lidl assinala os seus 30 anos em Portugal.

É sob o mote “30 anos depois, o melhor está por descobrir” que a campanha revela que, três décadas depois, o Lidl “continua a surpreender, garantindo uma experiência de compra cada vez mais completa, responsável e diferenciadora, com produtos de máxima qualidade ao melhor preço”, refere-se em nota de imprensa.

Com criatividade d’O Escritório e produção da Garage, o spot evidencia que os produtos frescos são avaliados em mais de 600 critérios de qualidade, “garantindo uma seleção exigente desde a origem até à loja”.

“Esta campanha mostra como o Lidl, três décadas depois, continua a investir em soluções que respondem às exigências atuais dos consumidores — com transparência, inovação e qualidade em todas as categorias de produto”, aponta ainda a marca, em nota de imprensa.

Esta é assim a nova fase da campanha que o Lidl lançou para comemorar a sua chegada a Portugal, em 1995. O primeiro filme da campanha foi lançado em abril.

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Marcelo questiona se orgânica do INEM funcionou mal

  • Lusa
  • 1 Julho 2025

O Presidente da República espera que o INEM esteja "à altura da emergência que justifica a sua existência".

O Presidente da República questionou esta terça-feira, a partir do relatório sobre a greve do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), se foi a orgânica deste organismo que funcionou mal e se é preciso fazer mudanças.

“Importa realmente perceber se funcionou mal a orgânica, porque é que funcionou mal e, se for esse o caso, o que é que é preciso mudar para o futuro”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. Para o Presidente da República, “independentemente de saber se isso é responsabilidade de A, de B ou de C”, pode estar em causa “apenas a forma de funcionamento dos serviços, porque funcionavam assim”.

“E, se não houve uma razão crítica que justificasse, aí vale a pena refletir, porque, quer dizer, olhando para situações dessas fica-se com a sensação de que os portugueses podem perder um bocadinho a confiança nas estruturas de emergência”, considerou. Questionado se não pode ser afetada também a confiança no Ministério da Saúde, o chefe de Estado respondeu apenas: “As estruturas de emergência são, naturalmente, aqui no caso, da saúde”.

Marcelo Rebelo de Sousa tinha sido interrogado sobre a notícia de que uma mulher grávida passou por cinco unidades hospitalares, com queixas de dores, e acabou por perder o bebé pouco depois do parto, que recusou comentar. “Eu não conheço o caso, não vou comentar um processo que está em apreciação e portanto não queria pronunciar-me sobre esse processo”, justificou.

O Presidente da República manifestou-se, “em contrapartida”, disponível para comentar o relatório da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) sobre o INEM, referindo que entretanto já o tinha lido. “O que eu posso dizer é o seguinte: há estruturas no nosso país que são estruturas para as emergências, o INEM é um caso desses, é uma estrutura para uma emergência emergência em que pode ter uma intervenção decisiva quanto à vida ou quanto à saúde de portugueses”, começou por afirmar.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, o INEM “pode ser bem-sucedido ou mal-sucedido, isso aí ninguém pode garantir”, mas o que a população espera é que esteja “à altura da emergência que justifica a sua existência”.

Depois, o chefe de Estado distinguiu situações de “resposta menos imediata, menos eficaz”, que “pode ser censurável do ponto de vista administrativo”, de “situações de emergência” em que o doente “pode estar em risco de vida e recorre aos meios e recorre repetidamente aos meios e a resposta surge muito atrasada”, a que atribuiu maior gravidade.

“Aí, seja porque havia uma razão de força maior, excecional, a saber, a greve, seja se não for o caso da greve, porque não se prove que seja a greve, seja o funcionamento dos serviços, aí vale a pena refletir nos factos para para o futuro não ser possível haver essas situações”, acrescentou.

A comunicação social perguntou-lhe se a referida notícia da morte de um bebé recém-nascido não é um caso semelhante ao que levou à demissão da antiga ministra da Saúde Marta Temido. O Presidente da República disse que não queria comentar “casos concretos” e que não tinha tido “oportunidade de fazer paralelos com casos anteriores”.

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Itália vai emitir 500.000 novos vistos de trabalho para não-europeus

  • Lusa
  • 1 Julho 2025

O governo de Meloni prevê a autorização de 497.550 entradas de cidadãos não-europeus entre 2026 e 2028, incluindo quase 165.000 no próximo ano.

O Governo ultraconservador italiano aprovou a emissão de quase 500.000 novos vistos de trabalho para cidadãos não-europeus, uma medida considerada insuficiente para resolver o problema da falta de mão-de-obra no país.

Um decreto adotado pelo Conselho de Ministros na segunda-feira à noite prevê a autorização de 497.550 entradas entre 2026 e 2028, incluindo quase 165.000 no próximo ano. As autorizações serão divididas entre trabalho não sazonal e independente, e trabalho sazonal nos setores agrícola e turístico, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

O Governo de Giorgia Meloni já emitiu 450.000 autorizações entre 2023 e 2025, elevando o total para quase um milhão, um aumento muito acentuado após 70.000 em 2021 e 75.700 em 2022. Desde que foi eleita em 2022, Meloni, líder do partido de extrema-direita Fratelli d’Italia (FDI), fez da luta contra a imigração ilegal uma das prioridades.

Mas o executivo que lidera está a tentar aumentar o número de canais legais de imigração para trabalhadores não-europeus para colmatar a falta de mão-de-obra num país envelhecido e com uma taxa de natalidade em queda. O principal sindicato agrícola, Coldiretti, saudou a decisão do Governo como “um importante passo em frente para garantir a disponibilidade de trabalhadores nos campos e, consequentemente, a produção alimentar”.

No entanto, um responsável do sindicato CGIL – o maior e mais antigo de Itália – afirmou que as novas quotas não têm em conta a dinâmica da migração e as necessidades de mão-de-obra. De acordo com Maria Grazia Gabrielli, o número de pedidos está muito abaixo das quotas disponíveis, com exceção do trabalho doméstico.

Em 2023 e 2024, apenas 7,5% a 7,8% das quotas resultaram efetivamente numa autorização de residência, afirmou. Gabrielli criticou a política do Governo de dar prioridade aos candidatos de países que organizam campanhas mediáticas para desencorajar os cidadãos de emigrarem ilegalmente para Itália.

A política italiana em matéria de trabalhadores estrangeiros está repleta de lacunas jurídicas, das quais as organizações criminosas se aproveitam para explorar os trabalhadores ilegais, segundo a AFP.

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Plataforma de IA junta Portugal a 57 países na verificação de factos

  • Lusa
  • 1 Julho 2025

Cerca de 60 organizações de verificação de factos de 58 países compõem uma nova ferramenta destinada a fornecer verificações de factos rápidas, disponível em 10 idiomas. Portugal está representado.

Cerca de 60 organizações de verificação de factos de 58 países compõem uma nova ferramenta baseada em Inteligência Artificial (IA), destinada a fornecer verificações de factos rápidas, disponível em 10 idiomas.

Portugal está representado no Global Fact-Check Chatbot (GFC) pelo Polígrafo.

O GFC é uma iniciativa liderada por membros da Rede Internacional de Verificação de Factos (IFCN, sigla em inglês) e pretende representar uma nova fronteira na verificação de factos baseada em IA, procurando explorar como estas tecnologias podem amplificar o impacto global de esforços de verificação de factos.

“A GFG também aborda uma lacuna crítica no tecnológico e informacional, consolidando milhares de artigos de verificação de factos publicados em todo o mundo num banco de dados pesquisável e facilmente acessível”, lê-se na informação disponível no ‘site’.

O principal objetivo passa por melhorar o acesso a informação precisa durante campanhas de desinformação, como eleições, emergências de saúde e conflitos regionais, pelo que entre as organizações que compõem a nova ferramenta estão o ‘fact-checking’ português Polígrafo ou o espanhol Maldita, englobando no total organizações de 58 países.

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PS contra diplomas do Governo sobre imigração

José Luís Carneiro avisou que alterações às propostas de lei da imigração propostas pelo Governo não terão o voto a favor dos socialistas se ficarem na versão apresentada no parlamento.

O secretário-geral do PS disse, esta terça-feira, que “há dimensões da legislação em curso que não podem contar com o voto favorável do PS“, exemplificando a lei da nacionalidade. José Luís Carneiro considera que os cidadãos oriundos dos PALOP e CPLP devem ter um “tratamento merecedor da reciprocidade”.

Cidadãos oriundos dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), por princípios fundamentais à nossa política externa, devem ter um tratamento que seja merecedor dessa reciprocidade e que nós também beneficiamos”, sublinha o secretário-geral do PS, depois do encontro com o Presidente da República.

Este discurso surge dias depois de o Governo ter anunciado que as regras da nacionalidade e da imigração vão ficar mais apertadas. No que diz respeito à Lei da Nacionalidade, o Executivo vai propor ao Parlamento que, no caso da cidadania derivada (naturalização), o prazo mínimo de residência legal aumente dos atuais cinco anos para sete anos no caso dos cidadãos com origem em países de língua oficial portuguesa, e para dez anos nos demais casos.

Sobre a legislação que o Governo apresentou à Assembleia da República, aquilo que nós dizemos é que, consoante ela está hoje, ela não tem condições para ter o voto favorável do PS”, deixou claro o líder socialista. “É preciso que o Governo abra a possibilidade de poder haver uma discussão sobre as matérias que estão em apreço”, afiança.

O novo líder socialista disse a Marcelo Rebelo de Sousa que o PS está disponível para um diálogo “responsável e construtivo” com o Governo, mas que irá opor-se ao Governo em “tudo o que coloque em causa os alicerces do Estado social”.

(Notícia atualizada às 17h20 com mais informações)

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Ministério Público arquivou inquérito aberto sem fundamento à Spinumviva. Averiguação preventiva continua em curso

  • Lusa
  • 1 Julho 2025

O envio para vários departamentos do MP da mesma queixa relativa à empresa familiar de Montenegro levou à abertura de um inquérito que, por não ter fundamento, foi arquivado.

O envio para vários departamentos do Ministério Público da mesma queixa relativa à empresa familiar do primeiro-ministro levou à abertura de um inquérito, paralelo à averiguação preventiva, que por não ter fundamento foi arquivado, confirmou a Procuradoria-Geral da República.

O caso da abertura de um inquérito-crime por um Departamento de Ação e Investigação Penal (DIAP) e do seu arquivamento foi noticiado esta terça-feira pelo Diário de Notícias e confirmado à Lusa pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que adiantou que a situação se ficou a dever à remessa por um cidadão da mesma denúncia, por correio eletrónico, relativa a Luís Montenegro e à sua empresa familiar Spinumviva, à PGR, ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e vários DIAP.

Segundo explicou a PGR, “tais denúncias idênticas foram reencaminhadas para o DCIAP”, onde decorre a averiguação preventiva ainda em curso, com o objetivo de aferir qualquer possível matéria criminal que possa justificar a abertura de um inquérito.

Sobre estas denúncias idênticas, a PGR esclareceu que não continham o relato de quaisquer factos suscetíveis de integrar qualquer crime” e que “não havendo, por isso, fundamento para abertura de inquérito, foram arquivadas.

“Porém, num DIAP, uma dessas denúncias — idêntica a todas as outras — foi registada como inquérito, que foi depois remetido ao DCIAP. Não havendo nesse inquérito o relato de quaisquer factos suscetíveis de integrar qualquer crime, foi o mesmo objeto de arquivamento liminar”, explicou a PGR.

A PGR não esclareceu, no entanto, quando foi aberto e arquivado o inquérito-crime, que diligências foram realizadas nesse âmbito e com que consequências.

Reiterou ainda que se mantém “em curso” a averiguação preventiva, a qual o procurador-geral da República, Amadeu Guerra, disse em entrevista ao Observador que gostava de ter concluída antes das férias judicias que se iniciam a 15 de julho.

Já antes tinha dado conta do grande volume de documentação associado a esta averiguação preventiva, para cuja análise foi entretanto chamada a Polícia Judiciária.

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Meta da NATO não é “vinculativa”. Eslovénia só promete investir 3% do PIB em Defesa até 2030

  • Lusa
  • 1 Julho 2025

O primeiro-ministro esloveno distanciou-se do objetivo acordado na cimeira da NATO de investir 5% do PIB na Defesa, argumentando que não se trata de uma declaração vinculativa.

O primeiro-ministro esloveno, Robert Golob, só se compromete a aumentar as despesas com a Defesa em 2% do PIB este ano e em 3% até 2030, apesar do objetivo da NATO fixar 5% de investimento até 2035.

Golob distanciou-se do objetivo acordado na cimeira da NATO de investir 5% do PIB na Defesa, argumentando que não se trata de uma declaração vinculativa e que o país apenas se considera obrigado a respeitar os compromissos aprovados pelo seu próprio parlamento que fixou em 3% o limite de despesa para 2030.

O primeiro-ministro argumentou numa entrevista à televisão estatal que os objetivos da NATO são adotados por consenso, sem “votação real”, e que, por isso, documentos como o que foi assinado pelos aliados na reunião de Haia não implicam obrigações em termos legais para os signatários. Assim, a Eslovénia limitar-se-á a cumprir o seu próprio caminho, que fixa o horizonte de despesas para este ano em 2% do PIB.

O primeiro-ministro esloveno salientou que vários países estão a negociar há semanas salvaguardas ao aumento drástico das despesas exigido sobretudo pelo Presidente norte-americano Donald Trump, que a NATO assumiu como seu através de uma fórmula que propunha a atribuição de 3,5 por cento do PIB a despesas puramente militares e mais 1,5 por cento a investimentos conexos.

Golob considera que a posição eslovena é idêntica à do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e que se trata de um compromisso em termos de capacidades e não tanto um objetivo de despesa.

Sánchez defendeu em 25 de junho que os 2,1% do PIB são um nível de gasto “suficiente e realista” para Espanha, sendo compatível com os compromissos internacionais assumidos pelo país, considerando a cimeira da NATO “um êxito”, tanto do ponto de vista “da unidade” da Aliança como do “interesse geral” de Espanha.

Já Golob frisou que, no caso de Espanha, Sánchez disse que 2,1% de investimento bastava, enquanto para a Eslovénia, “2% seria suficiente”. O primeiro-ministro esloveno também tem de lidar com um equilíbrio complexo no seu Governo de coligação, que inclui o seu partido, o liberal Movimento da Liberdade, bem como os sociais-democratas e a esquerda. O aumento das despesas com a Defesa suscitou dúvidas e disputas internas nos últimos dias.

Após a decisão de Espanha, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou o país com tarifas mais pesadas, para obrigar Madrid a pagar de outra maneira o compromisso de investimento na NATO, com o primeiro-ministro espanhol a responder que Espanha é um país soberano e que a política comercial é responsabilidade da União Europeia.

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Transferências para paraísos fiscais aumentam em 2024 para 8.000 milhões

  • Lusa
  • 1 Julho 2025

A Suíça, Hong Kong e os Emirados Árabes Unidos continuam a ser as três jurisdições para onde seguem mais fluxos de capitais.

As transferências de clientes com contas bancárias em Portugal para instituições financeiras localizadas em paraísos fiscais aumentaram em 2024 para cerca de 8.000 milhões de euros, segundo dados publicados no Portal das Finanças.

Os dados mais recentes da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) mostram que, num ano, os fluxos de capitais aumentaram em mais de mil milhões de euros, de 6.925,5 milhões de euros em 2023 para 8.078,6 milhões de euros no ano passado.

Os bancos são obrigados a comunicar à AT todos os anos quanto é que cada cliente transfere para centros financeiros com um regime de tributação privilegiada quando o valor enviado anualmente é superior a 12.500 euros, sendo a partir dessas comunicações que a Autoridade Tributária compila estes montantes para efeitos de controlo de combate à fraude e à evasão fiscal.

Ao todo, foram realizadas no último ano 131 mil transferências, por 17.289 clientes com contas bancárias em instituições financeiras em Portugal. Em média, cada ordenante enviou 467,3 mil euros para um centro financeiro de tributação privilegiada.

O montante das transferências concretizadas ao longo de 2024 é maior do que em qualquer um dos quatro anos anteriores. Em 2021, o valor transferido foi de 6.698,9 milhões de euros, em 2022 aumentou para 7.409,7 milhões de euros, em 2023 baixou para 6.925,5 milhões e, agora, voltou a crescer, passando para 8.078,6 milhões de euros. Tanto o número de clientes quanto o número de operações foi o mais alto desde 2021.

A Suíça, Hong Kong e os Emirados Árabes Unidos continuam a ser as três jurisdições para onde seguem mais fluxos de capitais.

O território suíço é o principal destino, absorvendo 40% do total das transferências, mais de 3.250 milhões de euros. Para Hong Kong foram enviados mais de 1.596,3 milhões de euros. Para os Emirados Árabes Unidos foram transferidos menos de mil milhões de euros, um total de 762,2 milhões. Em quarto lugar surge Macau, com 356,3 milhões, seguindo-se Singapura com 353 milhões e o Liechtenstein com 174,8 milhões.

Os principais motivos para a concretização das transferências são pagamentos a fornecedores (1.478 milhões de euros), outros tipos de pagamento (988,3 milhões), transferências associadas a gestão de tesouraria (840,8 milhões), fluxos comerciais (589 9 milhões), pagamentos também referentes a liquidações comerciais (546,4 milhões) e pagamentos entre empresas do mesmo grupo económico (134,2 milhões).

No caso das contas sediadas na Suíça, o principal destino, os motivos invocados pelos clientes quando ordenam as transferências também são pagamento a fornecedores, transferência de gestão de tesouraria e outros pagamentos.

Do conjunto das 8.000 milhões de euros enviados para os vários territórios, a maior fatia é realizada por empresas e outras entidades coletivas. Mais de 7.100 milhões de euros de fluxos tiveram como ordenantes pessoas coletivas (8.003 entidades), enquanto 906,2 milhões foram transferidos por pessoas em nome individual (9.286).

Oficialmente, a lista dos territórios que Portugal considera paraísos fiscais chama-se lista dos países, territórios e regiões com regimes de tributação privilegiada, claramente mais favoráveis, compreendendo mais de 80 jurisdições que têm centros financeiros onde a tributação de IRS ou IRC é especialmente baixa ou nula, ou que são considerados países não cooperantes para efeitos fiscais.

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