Marcelo “preocupado” com eleições americanas. “Não é a mesma coisa ganhar um ou outro”, avisa

Presidente da República alertou para consequências económicas para a Europa, e consequentemente Portugal, caso Donald Trump vença as eleições norte-americanas.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou-se esta terça-feira “preocupado” com o resultado das eleições norte-americanas devido ao impacto para a economia europeia e, consequentemente, portuguesa.

Não é a mesma coisa ganhar um ou outro”, disse o Chefe de Estado aos jornalistas, em Vila Nova de Gaia, a propósito da corrida à Casa Branca que está a decorrer esta terça-feira e opõe o antigo presidente norte-americano republicado Donald Trump e a vice-presidente norte-americana democrata Kamala Harris.

Marcelo Rebelo de Sousa salientou que os dois candidatos são “muito diferentes”, o que leva a consequências diferentes consoante o cenário que resultar da votação.

Enquanto um se vencer isso significa um mau relacionamento com a Europa – o que já aconteceu no passado”, com outro existe uma posição de “maior colaboração entre os EUA e a Europa”, defendeu.

Embora não nomeando Donald Trump, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que um dos candidatos considera “que a Europa é o principal adversário a seguir à China” e, portanto, “quer tomar medidas económicas e financeiras que são desfavoráveis para a Europa”.

“No passado foi um relacionamento difícil com a Europa, se for eleito provavelmente será um relacionamento difícil com a Europa”, disse, considerando que a posição distinta de Kamala Harris sobre o tema “faz a diferença, sobretudo num momento em que a Europa não está bem economicamente”.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, caso haja medidas americanas desfavoráveis à Europa o impacto chegará também a Portugal. “Se uma Alemanha, uma França, uma Itália, para onde exportamos muito se mantiverem em crise ou entrarem em situação mais crítica por causa dos EUA, a fatura chega também a Portugal”, realçou.

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BE quer impedir cortes nas receitas na RTP. Chega quer mais publicidade

  • Lusa
  • 5 Novembro 2024

A IL defendeu o fim da contribuição audiovisual e que deve haver uma reforma da legislação deste setor, admitindo a extinção da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ).

O BE anunciou esta terça-feira uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2025 para impedir cortes nas receitas da RTP, enquanto o Chega propôs que a televisão pública tenha mais publicidade.

Estas posições foram transmitidas aos jornalistas depois de reuniões com o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, que está esta terça-feira a ouvir na Assembleia da República representantes dos partidos da oposição sobre o plano do Governo PSD/CDS-PP para a comunicação social.

Por sua vez, a IL reiterou a sua posição pelo fim da contribuição audiovisual e defendeu que deve haver uma reforma da legislação deste setor, admitindo a extinção da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), com as respetivas competências transferidas para a ERC — Entidade Reguladora para a Comunicação social.

Da parte do PS não houve declarações aos jornalistas no fim da reunião com o ministro dos Assuntos Parlamentares, que tem a tutela da comunicação social.

O líder parlamentar do BE afirmou esperar que o Governo ainda venha a recuar na ideia de retirar gradualmente a publicidade da RTP e anunciou, entre outras propostas, que o seu partido quer alterar o Orçamento do Estado para 2025 na especialidade para que “não se possa cortar nenhuma fonte de receita autónoma na RTP” até haver “um modelo de financiamento estável”.

Segundo Fabian Figueiredo, o BE defende também uma alteração à lei da imprensa para se impor “uma avaliação de idoneidade prévia a qualquer negócio a todos os acionistas e titulares de empresas que querem adquirir órgãos de comunicação social” e a garantia de “acesso a uma assinatura digital de um órgão de comunicação social à sua escolha” para quem frequenta o ensino secundário ou o ensino superior.

Pelo Chega, a deputada Patrícia Carvalho criticou igualmente a ideia de retirar a publicidade da RTP e referiu que o seu partido tem um projeto em sentido contrário, “que visa aumentar até a quota de publicidade na RTP, para não sobrecarregar tanto os contribuintes“.

“Vindo a medida [do Governo] ao parlamento, votaremos contra e apresentaremos a nossa medida de aumento da quota de publicidade na RTP”, prometeu.

A deputada do Chega frisou que o seu partido é contra “injetar de forma direta dinheiro nos órgãos de comunicação social de empresas privadas“, disse haver “acordo em algumas medidas”, como as “de apoio à comunicação social local e regional”, e manifestou disponibilidade “para reunir com o Governo sempre que for necessário” para se elaborar um plano com “medidas concretas” para este setor.

O deputado da IL Rodrigo Saraiva salientou que o seu partido “tem uma visão bastante diferente, não só do Governo, mas de todo o espectro partidário” e entende “que o Estado não deve deter órgãos de comunicação social” e que devia haver um modelo diferente de contratualização do serviço público.

Quanto à ação do Governo PSD/CDS-PP, para a IL, “não basta ter o objetivo de atualizar a legislação, deve-se também ter o objetivo de fazer uma reforma, por exemplo, olhando aquilo que são as entidades reguladoras que existem” atualmente, “podendo extinguir a Comissão da Carteira, colocando as competências na ERC e pondo fim àquilo que são taxas e emolumentos que existem para que um jornalista possa exercer a sua profissão“.

Relativamente ao financiamento da RTP, Rodrigo Saraiva referiu que a IL se preocupa mais com a contribuição audiovisual, defendendo “que devia acabar”, porque “pagam todos os portugueses, individuais e coletivos, que consumam ou não consumam a RTP, e isso não é justo”.

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Obras no Aeroporto Humberto Delgado arrancam até ao final deste mês

  • Lusa
  • 5 Novembro 2024

"É público que até ao final deste mês, já o tínhamos anunciado, a ANA Aeroportos vai assinar o auto de consignação das obras do aeroporto Humberto Delgado", disse Miguel Pinto Luz

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, disse esta terça-feira que, até ao final deste mês, será assinado o auto de consignação das obras do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, e que esse prazo é para cumprir. “É público que até ao final deste mês, já o tínhamos anunciado, a ANA Aeroportos vai assinar o auto de consignação das obras do aeroporto Humberto Delgado”, afirmou o ministro à margem de uma cerimónia em Sines, no distrito de Setúbal.

O governante foi questionado pelos jornalistas sobre uma notícia do Jornal de Negócios que aponta 25 de novembro como data para a assinatura do auto de consignação das obras no Aeroporto Humberto Delgado, mas não confirmou este dia. “Não sei se é 25 de novembro. Ouvi hoje também nas notícias, sabemos que era em novembro, isso foi dito já há dois meses”, acrescentou.

Segundo a notícia do Jornal de Negócios, a assinatura do auto de consignação das obras vai marcar o arranque dos trabalhos “que vão permitir melhorar a capacidade e acomodar o maior número de passageiros” no Aeroporto de Lisboa “até que a futura infraestrutura no Campo de Tiro de Alcochete esteja operacional”.

O ministro limitou-se a indicar que o Governo está “a trabalhar com a Força Aérea em relação ao AT1 [Aeródromo de Trânsito], no terreno do Campo de Tiro de Alcochete [e] no novo Campo de Tiro que a Força Aérea necessita e as Forças Armadas necessitam e, no momento certo”, será apresentado aquilo que está a ser feito.

“Seguramente [que o prazo é para cumprir até final de novembro] e, em dezembro, também é para cumprir ‘High Level Assumption Report’ que a ANA terá que apresentar no âmbito do novo aeroporto de Lisboa e isso também aguardaremos pelo dia 17 de dezembro para receber essa informação”, sublinhou. Sobre os atrasos no arranque das obras, o ministro disse que compete à ANA explicações sobre essa matéria, acrescentando que o Governo tem feito o que lhe compete, ou seja “pressionar no sentido de garantir que essas obras são feitas”.

“Quem é utilizador hoje do aeroporto Humberto Delgado sabe que está absolutamente congestionado e que precisa de investimento que já não tinha há muito tempo. Agora tem investimento porque tem decisões, tendo decisões podemos obrigar positivamente, no sentido construtivo da palavra, o concessionário a fazer as obras a que está obrigado”, afirmou.

Questionado sobre a TAP que, segundo o jornal ECO, baixou o juro em emissão de dívida, o governante disse tratar-se de “uma ótima notícia”, considerando que a companhia aérea portuguesa “está no bom caminho em termos de gestão” e “de confiança nos mercados”. “Sabemos que o Governo português quer prosseguir com a privatização da TAP, temos vindo a auscultar o mercado e a seu tempo daremos informações sobre isso”, concluiu.

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, falava aos jornalistas à margem da assinatura do memorando de entendimento para a criação de um corredor verde entre os portos de Sines, Roterdão (Países Baixos) e Duisport (Alemanha) e a empresa Madoqua. Este corredor verde vai permitir o transporte de combustíveis alternativos e matérias-primas baseadas em derivados de hidrogénio, como o e-amoníaco e o e-metanol, e produtos como o CO2 liquefeito, de Portugal para o noroeste da Europa.

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PER da dona da Visão e da Exame não vai ser aprovado

61% dos credores, inclusive o Estado, votaram contra. Luís Delgado terá até ao início da próxima semana para dizer se aceita a insolvência ou avança para tentativa de insolvência com restruturação.

O Plano Especial de Revitalização (PER) da dona da Visão não vai ser aprovado. A informação foi avançada aos trabalhadores da Trust in News num email enviado às 13h10 desta terça-feira, noticiado pelo Expresso e confirmado pelo ECO/+M. “O PER da TIN não vai ser aprovado. O tempo e as condições necessárias não se reuniram para se conseguir manter em dia todas as contribuição mensais para o Estado, desde 29 de maio de 2024, e os ordenados e subsídios de todos os colaboradores. Tudo foi sendo feito, todos os meses, para não atrasar muito cada uma das rubricas, mas a realidade é que não foi possível ter tudo em ordem, como bem sabem”, escreve a administração, liderada por Luís Delgado.

“A reestruturação interna está a mostrar-se correta e adequada, mas o tempo que leva a produzir efeitos é mais lento do que a queda de receitas da TIN”, prossegue a empresa. O facto de o grupo não ter conseguido cumprir na integra os pagamento ao Estado e os ordenados e subsídios a todos os colaboradores terá então sido determinante para a não aprovação do PER, que terá sido chumbado por 61% dos credores, inclusive o Estado, o principal credor.

O chumbo do PER será agora formalmente comunicada pelo administrador judicial à administração e credores da dona da Visão, da Exame e editora da Caras. Luís Delgado terá depois cerca de uma semana para reconhecer a insolvência ou, em alternativa, avançar para um processo de insolvência com reestruturação.

Perante o chumbo, continua o email, a administração está “a analisar com os nossos consultores para decidir que medidas devem ser tomadas para a viabilização da empresa, que se mantém a operar normalmente. Disso daremos conta a todos, o mais depressa possível”, continuava o email.

A Trust in News submeteu o plano de recuperação no tribunal de Sintra a meio do mês de outubro. A proposta não previa qualquer perdão na dívida que ascende a mais de 32 milhões de euros, mas pedia mais de uma década para pagar ao seu maior credor, o Estado.

Em concreto, a empresa de media – que em 2018 comprou o negócio das revistas ao grupo Impresa por mais de dez milhões – deve 8,98 milhões de euros à Segurança Social e 8,13 milhões à Autoridade Tributária, dívidas que se propôs a pagar em 150 prestações mensais, ou seja, ao longo dos próximos 12 anos e meio, de acordo com o plano que o ECO consultou no portal Citius.

Em relação ao Novobanco e BCP, cujas dívidas ascendem a 4,3 milhões de euros, e outros credores, onde se inclui a própria Impresa (cerca de 4,1 milhões), a Trust in News pretende um prazo de pagamento de 15 anos (180 prestações mensais). Para os trabalhadores, prevê pagar os salários e subsídios em atraso de quase meio milhão de euros em 12 meses.

A empresa tinha avançado para o PER perante a impossibilidade de “liquidar a curto prazo as suas responsabilidades” e porque é a melhor alternativa para os credores reverem os seus créditos. “É benéfica não só para a empresa, mas também para todos os seus credores, na medida em que permitirá que todos os créditos sejam satisfeitos, contrariamente ao que aconteceria numa situação de liquidação”, justificava.

Este ano, a Trust in News estima terminar com prejuízos de 1,4 milhões de euros, mas prevê lucros a partir do próximo ano: 800 mil euros em 2025 e mais de um milhão em 2026, mantendo resultados positivos na década seguinte. Para tal espera um crescimento das vendas de 2% em 2024 e em 2025, e um crescimento anual de 1% entre 2025 e 2036.

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Governo moçambicano anuncia nova descoberta de gás natural

  • Lusa
  • 5 Novembro 2024

Na operação do primeiro furo da área PT5-C, na província de Inhambane, foi “confirmada a manifestação de gás natural”, indica o governo do país.

O Governo moçambicano anunciou esta terça-feira uma nova descoberta de gás natural ao largo de Inhambane, cuja viabilidade comercial ainda tem de ser avaliada, admitindo que, à semelhança de outros países, estas motivam “a apetência de forças externas”.

“Relativamente à questão da descoberta de gás em Inhambane versus forças externas, eu penso que este é o risco que decorre em qualquer país que tem sobre o seu subsolo recursos que vão sendo descobertos”, disse o porta-voz do Conselho de Ministros, Filimão Suaze, no final da reunião ordinária daquele órgão, que decorreu hoje em Maputo, em que foram analisados os resultados dessa perfuração na área PT5-C.

“Eventualmente, aqui e acolá, já temos a experiência de outros países em que isso espevita a apetência de força externas e há que lutar com elas. Mas há também explorar os recursos que temos (…) para desenvolver os Estados”, disse ainda, questionado pelos jornalistas. Acrescentou igualmente que vão seguir-se “outras fases para aferir” a “comercialidade” desta descoberta em Moçambique, que tem das maiores reservas de gás natural em África.

“E quando assim for, e é apanágio do nosso país, aquele todo processo de transparência dos concursos, por aí fora, até que efetivamente a exploração efetiva aconteça e para o bem do país. Havendo forças externas, as internas têm que fazer o seu papel para defender o país e desenvolver”, disse. De acordo com a informação analisada pelo Conselho de Ministros, na operação do primeiro furo da área PT5-C, na província de Inhambane, foi “confirmada a manifestação de gás natural”.

“Análises posteriores mostraram tratar-se de uma nova descoberta. Seguir-se-ão avaliações adicionais para determinar a dimensão da descoberta e a verificar a respetiva comercialidade”, disse ainda.

De acordo com informação do Instituto Nacional de Petróleo (INP), exploração e pesquisa de hidrocarbonetos na área onshore Pande e Temane (PT5-C), localizada na Bacia de Moçambique, foi concessionada em 2018 à Sasol Petroleum Mozambique Exploration Limitada (70%) e à Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (30%).

Moçambique tem três projetos de desenvolvimento aprovados para exploração das reservas de gás natural da bacia do Rovuma, classificadas entre as maiores do mundo, ao largo da costa de Cabo Delgado, incluindo um da TotalEnergies, ainda suspenso devido a questões de segurança, também na península de Afungi.

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Cogumelos da ex-diretora da Johnson & Johnson “curam” espanhóis

Inês Bleck aproveitou a experiência profissional para lançar a VeryChaga, uma marca de cogumelos funcionais. Mercado espanhol já pesa 40% da faturação. Na mira estão França e Itália.

Com 18 anos de experiência em marketing, vendas e saúde em empresas como a Bettery, Johnson & Johnson e Iswari, Inês Bleck começou a tomar cogumelos funcionais há três anos por sugestão de um amigo. Após sentir os benefícios no corpo, a empreendedora sentiu que “estava no momento de lançar um projeto sozinha”. No início deste ano, despediu-se para lançar o seu próprio projeto, a VeryChaga, uma marca de cogumelos funcionais.

Esta nova marca portuguesa dedica-se a “abordar questões centrais relacionadas com stress, envelhecimento e bem-estar geral, através da potente energia curativa dos cogumelos”. “Os cogumelos funcionais têm um espetro muito amplo de ação no organismo“, assegura ao ECO/Local Online a fundadora da VeryChaga.

Os cogumelos têm origem nas florestas nórdicas da Finlândia e o fornecedor é um produtor local. “Os cogumelos são orgânicos e certificados. Todos os lotes são testados e produzidos num laboratório certificado”, garante ainda Inês Bleck.

Nos EUA e Norte da Europa já existe muito o hábito e a cultura de tomar cogumelos funcionais para otimizar a saúde e o bem-estar em geral. Espanha começa a adotar alguns protocolos de utilização de cogumelos funcionais até em tratamentos oncológicos. Estão a fazer ensaios em alguns hospitais”, expõe a empresária de 45 anos.

Apesar de não ser uma tendência enraizada na cultura portuguesa, a ex-diretora de marketing da Bettery frisa que “existem imensos portugueses com vontade de experimentar soluções alternativas ao que são as medicações e terapias tradicionais”. Contabiliza que tem “vendido muito bem para Portugal”, com o mercado nacional a absorver 60% da faturação, seguido de Espanha, responsável por 40% das vendas.

Existem imensos portugueses com vontade de experimentar soluções alternativas ao que são as medicações e terapias tradicionais (…) Temos vendido muito bem para Portugal.

Inês Bleck

Fundadora da VeryChaga

Todos os produtos VeryChaga são extratos puros de cogumelos biológicos e contêm apenas três ingredientes: cogumelos, água pura de nascente e 22% de álcool biológico.

No portefólio existem três cogumelos distintos: o Chaga (focado na regeneração celular, imunidade e na longevidade), Lion’s Mane (potencia a função cognitiva, produtividade e a clareza mental) e o Reishi (promove a tranquilidade, melhorando o sono e os níveis de stress. Os cogumelos são ingeridos oralmente numa toma diária. Cada frasco custa 42 euros e o pack dos três tem o valor de 117 euros.

Para o próximo ano, a empresária quer acrescentar ao portefólio mais dois cogumelos, cordyceps militaris — um vasodilatador — e o Turkey Tail, que atua na inflamação. Paralelamente, está a desenvolver um snack que irá resultar de um blend do Chaga, Lion’s Mane e Reishi.

Outros dos objetivo da fundadora da VeryChaga é expandir a marca para mais mercados europeus, com especial enfoque em França e Itália.

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Governo prevê apresentar código da comunicação social até meio de 2025

  • Lusa
  • 5 Novembro 2024

Pedro Duarte reiterou que o Governo tenciona "levar a efeito um código da comunicação social" que quer ver "aprovado com um consenso o mais alargado possível no parlamento".

O Governo prevê apresentar até meio de 2025 uma proposta de código da comunicação social, que substitua as atuais leis da imprensa, da televisão e da rádio, entre outras, para a qual reiterou esta terça-feira querer consenso alargado.

Esta posição foi transmitida aos jornalistas pelo ministro dos Assuntos Parlamentares na Assembleia da República, a meio de um conjunto de audições aos partidos com representação parlamentar da oposição sobre o plano do executivo PSD/CDS-PP para o setor dos média.

Pedro Duarte reiterou que o Governo tenciona “levar a efeito um código da comunicação social” que quer ver “aprovado com um consenso o mais alargado possível no parlamento”.

Questionado sobre a legislação em vigor que o executivo pretende substituir por esse código e o calendário para a sua aprovação, o ministro respondeu que o Governo prevê “até ao primeiro semestre de 2025” ter uma proposta que servirá de “base de trabalho”, se possível “logo no início do ano”.

Partindo dessa base, o Governo quer discutir com os diferentes grupos parlamentares “a sistematização do código”.

Segundo o ministro com a tutela da comunicação social, esse código irá reunir e rever a “lei da imprensa, por exemplo — que é de 1999, ainda se fala lá em escudos, não havia internet e, portanto, está muito desatualizada desse ponto de vista –, a lei da televisão, a lei da rádio, a lei da transparência da propriedade de órgãos de comunicação social“.

“É essencialmente à volta disto. Não vamos incluir os estatutos da ERC, nem o estatuto do jornalista, esse ficará de fora. Tudo o resto que tem a ver com isto, nomeadamente a incorporação de diretivas europeias, vamos tentar que esteja integrado neste código”, acrescentou Pedro Duarte.

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+M

RTP com auditoria à gestão financeira e de recursos humanos pedida pelo PSD

  • Lusa
  • 5 Novembro 2024

O PSD solicitou ao IGF uma auditoria à gestão financeira e à gestão recursos humanos e apreciação de melhor possibilidade de gestão de recursos relativamente à RTP.

A Inspeção-Geral das Finanças (IGF) vai realizar uma auditoria à gestão financeira e à de recursos humanos da RTP, no âmbito do pedido feito pelo grupo parlamentar do PSD aprovado no final de outubro.

O PSD solicitou ao IGF uma auditoria à gestão financeira e à gestão recursos humanos e apreciação de melhor possibilidade de gestão de recursos relativamente à RTP, em 28 de outubro.

“No âmbito da Lei de Enquadramento Orçamental, os partidos, através da Comissão de Orçamento de Finanças, têm direito a pedir por ano duas auditorias ao Tribunal de Contas e duas auditorias à IGF”, disse o deputado do PSD Hugo Carneiro à Lusa.

Nós apresentámos uma proposta para cada uma delas, no caso da IGF com a RTP e o Tribunal de Contas com a FCT e foram aprovadas“, rematou.

O Plano de Ação para a Comunicação Social, divulgado em 08 de outubro, contém 30 medidas, entre elas o fim da publicidade da RTP em 2027.

De acordo com o plano do Governo para os media, os canais de televisão da RTP deverão gradualmente, durante os próximos três anos, eliminar a publicidade comercial das suas grelhas. Paralelamente, a redução do tempo dedicado à publicidade comercial deverá ser compensada com espaços de promoção e eventos culturais, de acordo com o plano.

Tal acontecerá nos próximos três anos, prevendo-se a eliminação total da publicidade em 2027, com redução de dois minutos/hora em 2025 e 2026. O custo estimado total é de 20 milhões de euros e o impacto da redução de receita na RTP será de cerca de 6,6 milhões de euros por ano, ao longo de três anos.

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BES/GES: Presidente da KMPG acusou Machado da Cruz de fraude nas contas do grupo

  • Lusa
  • 5 Novembro 2024

O ex-presidente da empresa de auditoria KPMG, Sikander Sattar, assumiu no julgamento do caso BES que chegou a acusar diretamente o antigo contabilista Machado da Cruz de fraude nas contas do GES.

O ex-presidente da empresa de auditoria KPMG, Sikander Sattar, assumiu esta terça-feira no julgamento do processo BES/GES que chegou a acusar diretamente o antigo contabilista Machado da Cruz de fraude nas contas do Grupo Espírito Santo (GES).

Ouvido como testemunha no Juízo Central Criminal de Lisboa, o ex-presidente da KPMG Portugal descreveu a relação da auditora com o GES ao longo do tempo e as diversas etapas e procedimentos até ao colapso do BES em agosto de 2014, concentrando atenções na fase em que se dá conta do ‘buraco’ nas contas da sociedade ES International (ESI, a holding para as áreas financeira e não financeira) e a tese do “erro” inicialmente avançada no final de 2013.

“Toda a evidência que tínhamos nessa altura era de confirmação do erro, mas nenhuma evidência de o erro ter sido intencional“, começou por dizer Sikander Sattar sobre o aumento do passivo da ESI, explicando que a KPMG não fez uma auditoria forense, mas só uma revisão limitada de finalidade especial, e que “nem a ESI conseguia obter informação sobre os seus próprios investimentos, de quem eram as contrapartes ou quais os fundos”.

A inquirição do Ministério Público a esta testemunha foi sendo pontualmente interrompida pela presidente do coletivo de juízes e foi numa das questões da magistrada Helena Susano sobre como foi justificado o erro nas contas que Sikander Sattar revelou os detalhes de uma reunião de 14 de janeiro de 2014, na qual confrontou Machado da Cruz e argumentou que a tese do erro “não era verosímil”.

“O erro foi justificado numa ótica de o doutor Machado da Cruz estar muito ocupado com outras responsabilidades que tinha no grupo, que não tinha uma estrutura suficientemente forte para poder estar dedicado à ESI, que a administração da ESI não era de uma gestão em tempo real e que os seus administradores tinham responsabilidades na área financeira (ESFG) ou não financeira (RioForte)”, descreveu.

Sikander Sattar contou que foi então que conheceu o ‘commissaire aux comptes’ (contabilista) do GES, numa reunião na qual estiveram também Ricardo Salgado, José Castella, João Martins Pereira e Carlos Calvário, com Machado da Cruz a explicar que tinha sido um erro.

Confesso que não consegui conter-me e acusei Machado da Cruz de ter cometido uma fraude”, revelou a testemunha, enquanto na fila de cadeiras destinadas aos arguidos o antigo contabilista do GES, que tem estado presente em todas as sessões de julgamento, abanava a cabeça em sinal negativo.

“Como o erro estava a ser repetido de forma sistemática, eu já estava a ficar cansado, porque aquilo não parecia verosímil. Podem cometer-se erros em cálculos de imparidades, faturas esquecidas… agora, em emissões reguladas pela CMVM, que passam pelo crivo do BESI e que eram emissões públicas – várias ao longo do tempo e todas elas omitidas? Machado da Cruz não ficou agradado e disse que me ia meter um processo contra mim. E quando sou ameaçado, a minha tendência é repetir e apontei que cometeu uma fraude”, continuou.

A juíza-presidente insistiu para saber se Machado da Cruz assumiu a responsabilidade pelo erro, ao que Sikander Sattar esclareceu que não, acrescentando que a reação a essa acusação foi “um silêncio total” dos outros participantes.

O antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, é o principal arguido do caso BES/GES e responde em tribunal por 62 crimes, alegadamente praticados entre 2009 e 2014.

Além de Ricardo Salgado, estão também em julgamento outros 17 arguidos, nomeadamente Amílcar Morais Pires, Manuel Espírito Santo Silva, Isabel Almeida, Machado da Cruz, António Soares, Paulo Ferreira, Pedro Almeida Costa, Cláudia Boal Faria, Nuno Escudeiro, João Martins Pereira, Etienne Cadosch, Michel Creton, Pedro Serra e Pedro Pinto, bem como as sociedades Rio Forte Investments, Espírito Santo Irmãos, SGPS e Eurofin.

Segundo o MP, a derrocada do GES terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

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Fórum para a Competitividade vê economia a crescer entre 1,6% e 1,7% este ano

Fórum para a Competitividade prevê crescimento da economia abaixo da meta do Governo de 1,8% este ano. Destaca dinamismo no início do quarto trimestre, mas aponta para incertezas elevadas.

O Fórum para a Competitividade está mais pessimista sobre o desempenho da economia portuguesa este ano, estimando um crescimento entre 1,6% e 1,7%, quando anteriormente apontava para um intervalo entre 1,8% e 1,9%. De acordo com a nota de conjuntura, publicada esta terça-feira, para que o Produto Interno Bruto (PIB) atingia a meta prevista pelo Governo será preciso um crescimento em cadeia de 1,1% no quarto trimestre.

“O Fórum para a Competitividade estima que o PIB de 2024 suba entre 1,6% e 1,7%, devendo crescer acima de 2% em 2025, se o cenário central de recuperação internacional se confirmar, se a elevada incerteza geopolítica e dos mercados financeiros não o impedir e se não se registar uma escalada protecionista a nível internacional“, pode ler-se na análise.

Na nota de conjuntura, o diretor do gabinete de estudos do Fórum, Pedro Braz Teixeira, recorda que no terceiro trimestre de 2024, o PIB estabilizou em cadeia nos 0,2%, tendo acelerado em termos homólogos, de 1,6% para 1,9%. Assim, considera que “será extremamente difícil que o crescimento de 2024 seja de 1,8%, como previsto pelo Governo, porque isso implicaria um crescimento em cadeia de 1,1% no quarto trimestre”.

O economista assinala que no primeiro trimestre de 2023, o crescimento em cadeia foi de 1,4%, pelo que que “não é impossível um desempenho muito forte no resto do ano”, ainda que considere “não parece haver condições para que um tal valor se concretize”, já que embora realce que o quarto trimestre “terá começado mais dinâmico” existem “muitas incertezas no ar”.

“Nos próximos meses, a economia portuguesa pode beneficiar de algum alívio do IRS e do suplemento sobre as pensões a pagar em outubro, mas, sobretudo pela descida das taxas de juro pelo BCE“, aponta, acrescentando que “as exportações poderão beneficiar da melhoria do enquadramento europeu, sobretudo em 2025, sendo mesmo possível que se repita a encomenda excecional que terá dado um forte contributo ao crescimento no terceiro trimestre“.

No entanto, alerta que “há também sombras significativas sobre o comércio externo, porque se espera um aumento do protecionismo nos EUA, muito diferenciado de acordo com o vencedor das eleições presidenciais, que poderá ditar uma escalada protecionista, com retaliações sucessivas dos seus parceiros”.

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Grupo alemão com fábrica nas Caldas da Rainha elimina 4.700 empregos na Europa

  • Lusa e ECO
  • 5 Novembro 2024

Dos 4.700 postos de trabalho a suprimir pela Schaeffler, 2.800 são na Alemanha. Plano do grupo, que tem fábrica em Portugal, abrange mais cinco locais na Europa, incluindo dois que serão encerrados.

O grupo alemão de componentes automóvel e industrial Schaeffler, que tem uma fábrica nas Caldas da Rainha, anunciou esta terça-feira que vai suprimir 4.700 postos de trabalho na Europa e encerrar duas unidades produtivas devido a dificuldades no setor.

“Esta é a resposta da empresa ao ambiente de mercado desafiante, ao aumento da concorrência global e à transformação contínua, particularmente na indústria fornecedora automóvel”, explicou o grupo em comunicado, um mês após a sua fusão com o fabricante de equipamentos Vitesco.

De acordo com o grupo, dos 4.700 postos de trabalho a suprimir, 2.800 são na Alemanha. A supressão de empregos postos de trabalho afetará principalmente dez instalações na Alemanha, mas também mais cinco na Europa, incluindo duas que serão encerradas.

Questionada sobre se a fábrica portuguesa vai ser afetada por este plano, fonte oficial da Schaeffler respondeu ao ECO que “os detalhes sobre as localizações europeias fora da Alemanha serão comunicados posteriormente, antes do final do ano”.

A fusão com a Vitesco em outubro de 2024 fez aumentar o número de colaboradores da empresa em cerca de 35 mil, para aproximadamente 120 mil, refere ainda na mesma nota.

O Conselho de Administração da Schaeffler AG acordou medidas estruturais com enfoque regional na Alemanha e na Europa, destinadas a garantir um aumento a longo prazo da competitividade da empresa.

A empresa pretende implementar a maioria das medidas no período de 2025 a 2027, com potenciais poupanças de cerca de 290 milhões de euros anuais a partir de 2029.

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Áreas para eólico offshore finalizadas e prestes “a sair”

As áreas com potencial para a instalação de projetos eólicos offshore estão identificadas, de forma a alimentar a primeira fase do leilão. Mas o processo é extenso: há estudos com prazo para 2026.

Ainda estão a ser feitos estudos sobre o potencial do eólico offshore ao longo da costa portuguesa, que só deverão estar concluídos em meados de 2026. Contudo, isso não deverá impedir a realização de uma primeira fase do leilão para esta tecnologia, na qual se deverá fazer o “match” entre as empresas e as áreas de exploração, afirmam duas das entidades que têm os estudos em mãos, o LNEG – Laboratório Nacional de Energia e Geologia e a DGRM – Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos.

Até ao momento, foi lançado um “primeiro desenho” das áreas onde poderão vir a ser instalados projetos de energia eólica offshore, um desenho feito a pensar numa exploração de até 10 GW (gigawatts). Entretanto, feita e considerada a consulta pública, foi realizado um “refinamento das áreas inicialmente desenhadas”, enquadrou José Carlos Simão, diretor geral da DGRM. A presidente do LNEG, Teresa Ponce de Leão, avançou que estão em causa quatro lotes: Viana do Castelo Norte, Viana de Castelo Sul, Leixões e Figueira da Foz.

O resultado final deste trabalho já foi submetido ao ministério da Economia e estará em “circulação legislativa”. O objetivo é que as áreas apuradas sejam incluídas como potenciais espaços de exploração de energias renováveis no ordenamento do espaço marítimo, de forma a existir “a segurança jurídica necessária para avançar com o primeiro leilão”.

Este leilão “potencialmente não ficará à espera dos estudos” que ainda estão a decorrer, em paralelo, sobre estas áreas, indicou o mesmo responsável da DGRM, durante uma intervenção na conferência Portugal Renewable Energy Summit. No mesmo painel, Teresa Ponce de Leão indicou que dados “mais rigorosos” sobre as áreas em questão serão compilados em estudos que estarão finalizados em junho de 2026.

À margem, em declarações aos jornalistas, o diretor da DGRM esclareceu que, uma vez que a primeira fase do leilão pretende selecionar as empresas mais competentes para o desenvolvimento dos projetos, e não os projetos em si, os estudos que estão a ser desenvolvidos sobre biodiversidade, fluxo das águas e o recurso eólico, e que só estarão concluídos em 2026, serão úteis mais tarde, no momento de fechar os contratos para os projetos. Em paralelo, os próprios promotores poderão querer desenvolver os seus próprios estudos.

O Governo apontou, em sede do Orçamento do Estado, que os procedimentos para a concretização de projetos eólicos offshore serão lançados ainda em 2024.

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