5 coisas que vão marcar o dia

Ministro das Finanças no Parlamento sobre OE2025, resultados da Galp, procura turística, preços de energia e Operação Maestro marcam início da semana.

O ministro das Finanças vai ao Parlamento defender a proposta do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), que irá ser debatida e votada na generalidade esta semana. A época de resultados do PSI arranca esta segunda-feira, com a Galp a dar o pontapé da saída. No dia em que se iniciam os interrogatórios aos arguidos na Operação Maestro no âmbito das novas medidas, destaque ainda para a publicação de dados sobre a procura turística de residentes em Portugal e dos preços da energia na UE.

Audição do ministro das Finanças sobre OE2025

O debate sobre o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) arranca esta segunda-feira, com a audição do ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP). A proposta será votada na generalidade na quinta-feira, tendo a aprovação garantida devido à abstenção do PS.

Galp divulga lucro do terceiro trimestre

A Galp divulga os resultados financeiros do terceiro trimestre, depois dos lucros terem subido 23% no primeiro semestre, para 624 milhões de euros. Na primeira metade do ano, a produção da Galp desceu devido à venda de ativos em Moçambique e de paragens no Brasil, mas a companhia beneficiou de preços mais elevados do petróleo Brent e a atividade de refinação em Sines aumentou. Enquanto isso, a dívida da Galp encolheu e o investimento cresceu a dois dígitos.

INE divulga a procura turística dos residentes

O Instituto Nacional de Estatística (INE) publica os dados relativos à procura turística dos residentes em Portugal no segundo trimestre. No primeiro trimestre, as viagens dos residentes caíram 7,8% para 4,5 milhões, a primeira descida desde o segundo trimestre de 2021. As viagens em território nacional registaram uma diminuição de 10,0%, totalizando 3,9 milhões, enquanto as viagens com destino ao estrangeiro cresceram 9,2%, atingindo 599,5 mil.

Eurostat divulga preços da eletricidade e gás na UE

O Eurostat publica os preços da eletricidade e do gás na União Europeia no primeiro semestre deste ano. Os preços da eletricidade para as famílias aumentaram em 13 e diminuíram em 13 dos países da UE no segundo semestre de 2023, em comparação com o segundo semestre de 2022.

Arrancam os interrogatórios aos arguidos da Operação Maestro

A juíza de instrução criminal marcou os dias de 28, 29 e 30 de outubro para os três arguidos da Operação Maestro, Manuel Serrão, António Sousa Cardoso e António Branco, serem interrogados no âmbito das novas medidas de coação que o Ministério Público quer promover. Manuel Serrão, António Sousa Cardoso e António Branco foram constituídos arguidos nas buscas de março de 2024 e ficaram sujeitos ao termo de identidade e residência.

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Especialistas analisam o desafio do talento na era digital durante a Cimeira Forbes Reinventar a Espanha

  • Servimedia
  • 28 Outubro 2024

Ao longo do dia, executivos e especialistas em tecnologia analisaram os aspetos que devem ser integrados no debate sobre o desenvolvimento digital para o fazer de forma coesa e competitiva.

A Forbes realizou uma nova edição do seu fórum Reinventando Espanha, um espaço que, nas palavras de Andrés Rodríguez, presidente da SpainMedia e editor e diretor da Forbes, procura “discutir entre todos os desafios que enfrentamos e como podemos melhorar com foco na digitalização social e empresarial e na IA”.

O Ministro da Transformação Digital e da Administração Pública de Espanha, Óscar López, centrou-se na necessária colaboração entre os organismos públicos e o setor privado, afirmando que “só através da colaboração público-privada conseguiremos avançar. O governo é claro, é com o setor privado que vamos tornar esta transformação uma realidade”.

Entre os principais desafios identificados durante a conferência, o talento com competências tecnológicas foi um tema que esteve em destaque em todas as mesas redondas. O presidente da CEOE, Antonio Garamendi, aludiu à falta de profissionais no setor e à mudança de paradigma na identificação e retenção de talentos: “A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse há algum tempo que já não são as empresas que procuram, são as pessoas que procuram as empresas” e continuou: “A rotação de empregos é contraproducente porque não há espaço para a identificação com a empresa e para a formação de equipas”.

O fórum incluiu uma mesa redonda sobre a forma como a tecnologia e a IA estão a mudar a identificação, a retenção e a promoção de talentos.

Nesta sessão, Pilar Torres, Diretora Geral Business & Tech da UAX, afirmou que “a tecnologia depende da utilização que as pessoas fazem dela, por isso é importante que o toque humano chegue ao design e que este seja inclusivo e diversificado. Ainda temos de fazer um grande trabalho para atrair mulheres para o setor da tecnologia, porque se trata de criar tecnologia que é humana em toda a sua riqueza desde o design”.

Torres salientou que o modelo Business & Tech da Universidade Alfonso X el Sabio permite-nos formar “perfis híbridos” em negócios e tecnologia para responder às necessidades de talento que todos os setores da indústria têm atualmente.

Quanto aos desafios futuros, Javier Martín, diretor de Talento da Randstad Espanha, apontou a necessidade de literacia digital e de adquirir conhecimentos sobre ética e o quadro regulamentar da IA, bem como competências como a empatia e a inteligência emocional. Por seu lado, Miguel Ángel Navarro, da Catenon, apelou a um “projeto nacional para ‘requalificar’ o talento e cobrir as necessidades que temos”.

DESAFIOS

Durante a conferência, houve também espaço para debater a necessidade de encontrar um modelo para a Europa na gestão da IA e dos dados.

Óscar López salientou que “a Europa tem de encontrar o seu próprio modelo, em comparação com a China e os EUA, e tem de ser um modelo humanista”; enquanto Antonio Garamendi sublinhou que a digitalização é um desafio global e afirmou que “a indústria é quem sabe e tem a capacidade de levar a cabo esta revolução. Temos de ser capazes de criar uma indústria europeia e ter campeões europeus”.

Nesta linha, Rosa María Rodríguez, Vice President Sales & Service da T-Systems, salientou que “quando já se atingiu um nível adequado de digitalização, compreender e prestar serviços orientados para as necessidades personalizadas do cliente é um motor económico que move a empresa e impulsiona a mudança. É uma forma de mudar a partir do interior e uma oportunidade para criar novos modelos de negócio” e concluiu que ”a capacidade de colaborar num ecossistema em mudança faz uma diferença competitiva muito importante para as empresas. As empresas não podem ter a pretensão de se adaptar a tudo tão rapidamente como muda no mercado atual.

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Episódio 6: A jornada de inovação da Worten

  • BRANDS' ECO
  • 28 Outubro 2024

Neste episódio, exploramos como a Worten se reinventou e acompanhou as mudanças tecnológicas mantendo a proximidade com os seus clientes.

Se em 2001, a Worten nos surpreendia com o slogan “Nunca se viu nada assim”, o que podemos dizer hoje, mais de 20 anos depois? Muito mudou. Na altura, era o CD que dominava, substituindo a cassete, para depois dar lugar à pen, até que a música, hoje, passou a viver na nuvem.

Esta evolução espelha o caminho que a Worten também percorreu – de uma simples loja de eletrónica, transformou-se numa empresa digital com lojas físicas e, claro, um toque humano.

Neste vídeo, vamos explorar como a Worten tem acompanhado essa transformação digital e a sua adaptação a um mundo em constante mudança. Desde os desafios iniciais até as soluções inovadoras que hoje definem o seu futuro.

Curiosos? Fiquem a conhecer a Worten com este episódio do Tech Refresh:

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APROSE alerta que os portugueses “não têm os bens devidamente protegidos”

  • ECO Seguros
  • 27 Outubro 2024

Alterações climáticas movem a APROSE a lançar este alerta para evitar que os portugueses só saibam que não têm os bens devidamente protegidos quando já é tarde demais.

Face ao aumento da frequência das catástrofes naturais, a Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros (APROSE) lançou uma campanha de alerta para que os portugueses se informem sobre as coberturas das suas apólices de seguro visto que “em, muitos casos, não têm os bens devidamente protegidos”, avança a associação em comunicado.

2ª Conferência Anual ECOSeguros - 28OUT21
David Pereira, presidente da APROSE: “Os seguros multirriscos são muito variados e a sua contratação depende, exclusivamente, da vontade das pessoas, mas a realidade, cada vez mais inquietante, faz-nos crer que, mais do que nunca, os portugueses devem proteger-se”.Henrique Casinhas/ECO

O apelo surge porque “as situações ocorridas nos últimos meses, desde inundações, sismo e incêndios, levam os mediadores a concluir que muitos portugueses não têm total conhecimento das condições das apólices“, indica a associação.

Consequentemente, os associados da APROSE de norte a sul do país registaram “um aumento do número de pessoas que procuram esclarecer dúvidas e saber o que está, efetivamente, incluído nos seus seguros”.

Outro fator que leva ao apelo da associação são as alterações climáticas “que tendem a agravar-se, episódios de intempéries e outros fenómenos naturais serão cada vez mais frequentes, poderão surgir a qualquer momento, e os portugueses devem estar esclarecidos sobre os mecanismos ao seu dispor e que possam dar resposta a essas ocorrências“, lê-se no comunicado.

David Pereira, presidente da APROSE, explica esta posição: “esta é uma matéria que está a merecer a nossa preocupação, pelo que decidimos lançar este alerta, em jeito de apelo, para que as pessoas se informem e não corram riscos desnecessários. Os seguros multirriscos são muito variados e a sua contratação depende, exclusivamente, da vontade das pessoas, mas a realidade, cada vez mais inquietante, faz-nos crer que, mais do que nunca, os portugueses devem proteger-se.”

Para colmatar esta lacuna, David Pereira aponta para os mediadores, “profissionais de seguros que atuam como intermediários entre os clientes e seguradoras, que auxiliam o consumidor a identificar uma cobertura adequada e na sua contratação”, diz.

O recurso a um mediador de seguros não tem qualquer custo para as pessoas e pode, realmente, marcar a diferença no momento de decidir contratar um seguro ou até de alterar a cobertura de uma apólice que já esteja em vigor”, afirma o presidente da APROSE. “Assim, cada caso deverá ser avaliado tendo em conta um conjunto de fatores, que nós, enquanto mediadores, conhecedores do setor e com a independência que nos é exigida, poderemos garantir um aconselhamento adequado a cada situação”, acrescenta.

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Só cinco municípios algarvios reduziram consumos de água

  • Lusa
  • 27 Outubro 2024

Apenas cinco dos 16 concelhos do Algarve reduziram o consumo de água em setembro, municípios que ficaram, ainda assim, aquém da meta de 10% de redução, segundo a APA.

Apenas cinco dos 16 concelhos do Algarve reduziram o consumo de água em setembro, municípios que ficaram, ainda assim, aquém da meta de 10% de redução, indica um relatório da Agência Portuguesa do Ambiente (APA). De acordo com dados do mais recente Observatório da Água no Algarve, datado de 30 de setembro, nesse mês registou-se “um decréscimo no desempenho dos 16 municípios” da região, no que se refere ao cumprimento da redução de 10% no consumo urbano definido em junho pelo Governo.

Os cinco concelhos algarvios que reduziram o consumo de água em setembro, relativamente ao período homólogo de 2023, foram os de Lagoa, Tavira, Vila Real de Santo António, Alcoutim e Castro Marim, tendo, no entanto, ficado “aquém da meta de 10% de redução”, lê-se no documento. “No que se refere aos consumos urbanos acumulados entre janeiro e setembro [de 2024], regista-se redução na região de 8,0%, que se traduz numa poupança de cerca de 4,7 milhões de metros cúbicos, face ao período de referência [janeiro a setembro de 2023]“, acrescenta.

Segundo o relatório de monitorização, durante o quarto trimestre do ano hidrológico 2023/24, a precipitação acumulada que ocorreu na região foi inferior a 50 milímetros, com exceção da zona de Monchique, onde foi superior. “Na avaliação da evolução do nível de seca hidrológica ao longo do ano hidrológico de 2023/24 verifica-se que o barlavento [oeste] e o sotavento [leste] continuam em seca hidrológica extrema e a bacia do Arade aliviou o nível, estando agora em seca hidrológica moderada”, prossegue o documento.

No que respeita às massas de água subterrâneas, o relatório adianta que a generalidade dos sistemas aquíferos – Almádena-Odiáxere, Querença-Silves e Campina de Faro -, continua a registar “níveis piezométricos muito baixos”, com “níveis significativamente baixos e inferiores ao percentil 20”.

No caso da massa de água de Almádena-Odiáxere, em Lagos, a situação neste ano hidrológico “é mais grave do que na seca de 2005 e os níveis estão a aproximar-se do nível médio da água do mar”, refere o documento.

No que respeita ao aquífero Querença-Silves (entre Loulé e Silves), a situação é pior nas zonas central e oeste, com a zona este do sistema a apresentar “indícios de recuperação”, porém, a situação “é mais desfavorável que na seca de 2005 e, significativamente, mais grave que na seca de 2022”.

Na região do Algarve, desde maio de 2022 que os níveis de armazenamento de água nas albufeiras se situam abaixo dos 50%, com a falta de reposição durante os períodos húmidos a gerar um défice contínuo no que diz respeito à utilização de água superficial e subterrânea disponível.

A atual situação das reservas hídricas na região do Algarve, nomeadamente nos anos de 2022 e 2023, em que foram registados valores abaixo do percentil 20, determina que os usos atuais de água “não poderão ser adequadamente satisfeitos com as reservas existentes nas águas superficiais e subterrâneas”, refere a APA.

A precipitação que ocorreu durante os meses de março e abril permitiu incrementar os volumes armazenados nas albufeiras de referência da região do Algarve, permitindo, entre 01 de janeiro a 30 de abril, aumentar o volume armazenado em mais 84 hectómetros cúbicos (hm3)”, acrescenta.

Segundo a APA, esta situação “possibilita, embora de forma cautelosa, diminuir o nível de redução dos volumes atribuídos para os diferentes usos e caudais ecológicos sem, no entanto, descurar que no final do mês de dezembro de 2024 o volume útil armazenado nas albufeiras garante um ano de abastecimento público”.

O Governo de António Costa tinha decretado em 5 de fevereiro a situação de alerta na região do Algarve devido à seca, mas, no final de maio, o atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou o alívio das restrições impostas à agricultura e ao setor urbano, que inclui o turismo.

Com a revogação da resolução do anterior Governo, o novo executivo atualizou, numa resolução do Conselho de Ministros publicada em junho, as restrições impostas ao consumo de água no Algarve, que passam de 25% para 13% na agricultura e de 15% para 10% no setor urbano.

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Empreendedorismo nacional está a perder força?<span class='tag--premium'>premium</span>

Na galáxia do empreendedorismo, Portugal está menos brilhante com Lisboa, Porto e Braga a caírem no ranking da StartupBlink. Em contraciclo Leiria e Coimbra, que subiram, e há uma novidade: Évora.

Infraestruturas sólidas, bom tempo, baixo nível de custo de vida, talento de engenharia de elevada qualidade e os benefícios para a instalação de startups para fundadores não europeus em Portugal não foram benefícios suficientes para travar “uma das maiores descidas do top 30 global” no “Global Startup Ecosystem Index 2024”, da StartupBlink. Em 100 países e mil cidades monitorizadas, Portugal recua três lugares para a 29.ª posição a nível global, tendo sido ultrapassado por Itália, e para a 17.ª na Europa.Este artigo integra a 9.ª edição do ECO magazine. Pode comprar aqui.Menor procura de talento IT português, aumento do custo de habitação, escassez de investimento e maior dinamismo de ecossistemas concorrentes podem ter contribuído para este deslize. Braga, Aveiro e Funchal registam

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Bolieiro quer revisão da Lei de Finanças Regionais

  • Lusa
  • 27 Outubro 2024

O presidente do Governo regional dos Açores pediu ao primeiro-ministro para dar prioridade à revisão da lei das finanças regionais.

O líder do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, desafiou o presidente do partido e primeiro-ministro, Luís Montenegro, a assumir a revisão da Lei de Finanças das Regiões Autónomas como um assunto prioritário. “A revisão da Lei de Finanças das Regiões Autónomas é um processo complexo. E nós queremos uma ampla e profunda revisão, mas sendo tudo isso, não tem de ser nem lenta nem empatada. Desafiamos o presidente do PSD a assumir este assunto como prioritário. Urgente, mesmo”, afirmou José Manuel Bolieiro.

O dirigente social-democrata e presidente do Governo Regional açoriano de coligação PSD/CDS-PP/PPM falava em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, no encerramento do 26.º Congresso Regional do PSD/Açores, na presença de Luís Montenegro.

Bolieiro referiu que a autonomia de responsabilização que defende para os Açores e para o país, “não separa”, mas antes “convoca o país e o Governo de Portugal a assumir os seus compromissos com Portugal inteiro e com os portugueses todos, mesmo os açorianos e os madeirenses. E isso faz-se com coesão, entendimento, diálogo e competência. Valorizar a autonomia política dos Açores e da Madeira é património histórico do PSD, não é delegável, nem sequer um sonho que tenha terminado. (…) O futuro só pode ser confirmado e confirmativo deste património”, referiu.

O líder social-democrata açoriano fez ainda um desafio a Luís Montenegro quanto à orientação da revisão da Lei das Finanças Regionais. “Ela é feita para adequar o financiamento das autonomias às necessidades de desenvolvimento dos territórios e dos povos dos Açores e da Madeira, em convergência com o desenvolvimento dos portugueses e do Portugal inteiro, em assunção para vencer os desafios das sociedades contemporâneas e para garantir que o Estado assume, através das autonomias, as responsabilidades que tem para com todos os cidadãos do país, designadamente e especialmente, em matérias de serviços de educação e de saúde”, defendeu.

Bolieiro acrescentou que o próximo Orçamento do Estado “pode e deve já iniciar este processo, com diálogo, de satisfação justa às justas necessidades de financiamento das regiões autónomas”: “Não me preocupa o instrumento, preocupa-me o momento e a adequação e a justeza das soluções”.

Já o fez, senhor primeiro-ministro, cumpridor, com o pagamento, que aqui já disse, de 45 milhões de euros em dívida, desde 2021, relativa à comparticipação da despesa com a recuperação da calamidade provocada pelo furacão Lorenzo”, observou.

Ainda sobre a comparticipação dos danos causados pelo furação Lorenzo, lembrou que o anterior primeiro-ministro, António Costa, lhe disse várias vezes: “É verdade, tem razão, vamos resolver”, mas apontou que passaram os anos de 2022, 2023, 2024 e nada. “Em seis messes, o senhor primeiro-ministro [Luís Montenegro] cumpriu. Eu gosto de um Governo competente e cumpridor”, afirmou Bolieiro.

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Hospitais privados são o alvo da seguradora Relyens em Portugal

  • ECO Seguros
  • 27 Outubro 2024

O grupo francês de seguros mútuos junta-se à Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) para oferecer uma solução de seguro aos estabelecimentos de saúde privados portugueses.

O grupo francês de seguros mútuos e de gestão de riscos, especializado nos setores médico e hospitalar, associa-se à Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) para oferecer uma solução de seguro aos estabelecimentos de saúde privados portugueses “num contexto em que a gestão do risco, nomeadamente a gestão do risco digital, se torna essencial”, avança o grupo em comunicado.

O presidente da Associação Portuguesa da Hospitalização Privada (APHP), Óscar Gaspar, defende “que a Relyens, pela sua experiência e especialização, pode trazer produtos inovadores para Portugal”.

Segundo o comunicado, o Relyen e a APHP pretendem “harmonizar conhecimentos para responder aos complexos desafios do setor, potenciar a segurança hospitalar e proteger os doentes e os profissionais”. Além disso, esta aposta alinha-se com as intenções do grupo de reforçar a “sua posição no sul da Europa”.

O grupo, que conta com cerca de mil trabalhadores e faturou 1.081 milhões de prémios em prémios em 2023, já opera em França, Espanha, Itália, Alemanha e Benelux desenvolve “uma abordagem global do risco”, auxiliando os hospitais privados a “a antecipar, analisar, prevenir e reparar riscos e pontos fracos, entre os quais a cibersegurança, à prestação de cuidados e a gestão das equipas”.

O presidente da APHP explica o que levou a associação a avançar com a parceria. “Acredito que a Relyens, pela sua experiência e especialização, pode trazer produtos inovadores para Portugal e, desde logo na componente da prevenção de incidentes, poderá dar um contributo importante para melhorar o desempenho assistencial”, assinala Oscar Gaspar.

“Foi com base nesta convicção e no trabalho já desenvolvido em países como França, Alemanha e Espanha e em conjunto com a União Europeia de Hospitalização Privada (UEHP) que a APHP estabeleceu um protocolo de cooperação com a Relyens e que divulgamos a sua atividade aos associados.”, remata Oscar Gaspar

Por seu lado, o diretor-geral da Relyens também tem algo a dizer sobre a parceria, assinalando estar “satisfeito pela chegada da Relyens a Portugal, em especial pela assinatura desta parceria com um ator nacional de referência como a APHP e, desta forma, poder contribuir para uma oferta sólida que assegura a atividade das unidades privadas de saúde portugueses. Estamos satisfeitos e orgulhosos por fazer parte do ecossistema de saúde português e esperamos trabalhar em estreita colaboração com os principais atores deste setor chave para o país”, afirmou Dominique Godet.

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Berkley e Melior firmam parceria em seguros para veterinários

  • ECO Seguros
  • 27 Outubro 2024

Este seguro cobre os riscos relacionados com a atividade profissional dos profissionais das clínicas veterinárias, como diagnósticos errados, sobre o qual assume o custo total em caso de sinistro.

A Berkley Portugal desenvolveu um seguro de responsabilidade civil (RC) profissional médica para veterinários e clínicas veterinárias que vai ser distribuído exclusivamente pela corretora Melior Seguros, anunciou a seguradora em comunicado.

Nuno Fidalgo, diretor comercial da Melior e Frederico Gil, responsável pela operação da Berkley em Portugal avançam com a parceria que coloca no mercado novos produtos seguro dedicados aos veterinários, desde responsabilidade civil exploração até a cobertura em caso de suspensão da função com perda de salário.

Este seguro cobre os riscos relacionados com a atividade profissional dos profissionais das clínicas veterinárias, como diagnósticos errados, sobre o qual a seguradora assume totalmente o pagamento dos prejuízos causados num sinistro, desde indemnizações até gastos com proteção jurídica.

“Trata-se de um seguro especialmente relevante para todos os profissionais das clínicas veterinárias, além de reforçar a oferta já existente para os médicos veterinários, pois estes profissionais lidam diariamente com situações de risco que podem ocorrer durante o atendimento a animais como por exemplo: diagnósticos errados, complicações em cirurgias ou reações adversas a medicamentos prescritos”, assinala Nuno Fidalgo, diretor comercial da Melior.

O diretor comercial da corretora do Grupo Concentra afirma que “este seguro não só procederá ao pagamento da indemnização que possa corresponder decorrente de uma reclamação, mas muito importante, os gastos de defesa jurídica da clínica e/ou dos profissionais salvaguardando o seu património pessoal bem como a sua reputação.”

A oferta não fica por aqui. Disponibiliza também outras coberturas para este nicho de mercado, como RC exploração, RC produto, RC por poluição súbita e acidental, RC instalações radioactivas, danos em bens pessoais pertença de clientes, perda temporária de licença, inibição de exercício ou suspensão da função com perda de salário, entre outras.

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UGT deixa avisos ao Governo. “É preciso alguma estabilidade na legislação laboral”

  • Lusa
  • 27 Outubro 2024

O secretário-geral da UGT defende que "é preciso alguma estabilidade na legislação laboral" e avisa para a falta de execução da Agenda do Trabalho Digno, em vigor desde maio de 2023,

O secretário-geral da UGT defende que “é preciso alguma estabilidade na legislação laboral”, sinalizando uma posição crítica dos objetivos do Governo para revisitar “a legislação [laboral] sobre horários flexíveis, teletrabalho e licenças parentais”, e avisa que na Agenda do Trabalho Digno, em vigor desde maio de 2023, “mais de 50%” das medidas previstas “ainda não foram implementadas”.

“É preciso alguma estabilidade na legislação laboral”, afirma o secretário-geral da UGT, em declarações à agência Lusa, a propósito do 46º aniversário da central sindical, que se assinala na segunda-feira. Mário Mourão lembra que houve “uma alteração significativa à legislação laboral, com a entrada em vigor da Agenda do Trabalho Digno, em 1 de maio de 2023, e aponta que “mais de 50% dessas medidas ainda não foram implementadas”.

Há propostas que foram aprovadas, que não estão ainda regulamentadas em relação à Agenda do Trabalho Digno e já estamos a falar que é preciso alterar?“, questiona, defendendo que seria preferível aguardar até para se perceber os “impactos” das últimas alterações. Ainda assim, o secretário-geral da UGT assegura que “não se recusa a avaliar todas as propostas que surgem no âmbito da Concertação Social” e avisa que a central sindical “também tem” propostas, nomeadamente no que respeita à caducidade ou ao “pagamento das horas suplementares, que não é pago como era antes da troika”.

No programa de Governo, o executivo manifesta a intenção de revisitar “a legislação [laboral] sobre horários flexíveis, teletrabalho e licenças parentais“, defendendo que esta “continua firmemente ancorada nos modelos tradicionais de trabalho, tendo dificuldade em enfrentar os desafios do trabalho na era digital”. A própria ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social disse no início deste mês que é a legislação laboral em Portugal é “em grande medida ancorada no modelo de trabalho presencial e clássico” e considerou que “este paradigma está desfasado da realidade”.

Já no que toca às licenças parentais, em 27 de setembro, o parlamento aprovou, na generalidade, um projeto de lei apenas – com os votos contra do PSD e do CDS-PP e sem abstenções – que teve por base um projeto de cidadãos com mais de 23 mil subscritores e que propõe o aumento de 120 ou 150 dias para 180 ou 210 dias consecutivos a licença parental inicial a que mãe e pai trabalhadores têm direito.

Na segunda-feira, a UGT vai reunir o secretariado nacional para aprovar a sua política reivindicativa para 2025, tendo como matérias prioritárias as medidas em torno dos salários, da carga fiscal, do mercado de trabalho e da habitação.

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FMI apoia revisão do IRS jovem. Retenção de jovens passa por políticas mais abrangentes

  • Lusa
  • 27 Outubro 2024

O chefe de missão do FMI para Portugal disse à Lusa que as alterações à versão inicial do IRS Jovem vão na direção certa, mas considera que a retenção de jovens passa por políticas mais abrangentes.

O chefe de missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) para Portugal afirmou à agência Lusa que as alterações à versão inicial do IRS Jovem vão na direção certa e defendeu o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis. “A versão revista do IRS Jovem vai na direção certa porque é menos onerosa e, por isso, apreciamos o esforço“, disse Jean-François Dauphin em entrevista à agência Lusa em Washington, à margem dos Encontros Anuais do FMI e do Banco Mundial, que terminaram este fim de semana.

Apesar da concordância com o novo modelo negociado entre o Governo e o Partido Socialista (PS), o FMI continua a considerar que a questão de fundo – motivar os jovens a ficarem em Portugal em vez de emigrarem – deveria ser tratada numa perspetiva mais abrangente e não com medidas orçamentais específicas.

A medida é custosa e não temos a certeza de que será eficaz. Por isso, encorajamos o Governo a pensar duas vezes, porque a maneira como vemos a questão que tenta resolver, que é a emigração da população jovem, uma preocupação válida, é que o modo de abordar a questão tem de ser mais abrangente, e é trazer os padrões de vida para a média da zona euro. Por isso, o esforço devia estar em aumentar a produtividade e colocar a economia a crescer mais depressa, convergindo para a média da zona euro“, disse o economista francês que lidera a missão do FMI para Portugal.

Após negociações com o PS, o Governo alterou a sua proposta inicial do IRS Jovem, reduzindo o seu impacto orçamental de mil milhões de euros para 525 milhões de euros. De acordo com a proposta do Orçamento do Estado para 2025, o IRS Jovem vai passar a abranger todos os trabalhadores (por conta de outrem e independentes) até aos 35 anos de idade, independentemente do seu ciclo de estudo, e pode ser usufruído por um máximo de 10 anos.

Na entrevista à Lusa, Jean-François Dauphin defendeu também o fim dos subsídios aos combustíveis, primeiro por uma razão orçamental, e depois porque o FMI considera que este tipo de apoio não diferencia entre quem precisa e quem não precisa dele. “Quando olhamos para o Orçamento do Estado para 2025, recomendamos gradualmente o aumento do investimento público, mas é difícil porque a questão é encontrar espaço dentro do envelope financeiro para ter mais investimento e, por isso, recomendamos que se olhe para as isenções incluídas no sistema fiscal, que estão lá por boas razões, mas há que ver se são eficazes e avaliar a relação entre o custo e o benefício”, disse o economista.

Questionado sobre quais as medidas, em concreto, que deviam ser alteradas no sistema fiscal, Dauphin apontou para o IVA, o IRS e o IRC, salientando que “o custo das isenções é equivalente a 6% do PIB, enquanto a média na zona euro é de 4%, portanto reduzindo as isenções fiscais para a média da zona euro há uma margem de 2 pontos percentuais para aumentar o investimento sem influenciar o resultado orçamental”, que o FMI classifica como “pequeno excedente que é apropriado”.

Instado a apontar quais as alterações que devem ser feitas nos impostos, o chefe de missão do Fundo a Portugal disse que existe uma unidade no Ministério das Finanças que terá precisamente esse trabalho e apontou novamente baterias para a eliminação dos subsídios aos combustíveis. “As energias de combustíveis fósseis devem ter o preço certo, e os subsídios incentivam o consumo daquilo que queremos que seja reduzido; além disso, são medidas regressivas, ou seja, os benefícios em euros dos subsídios custam menos aos ricos do que aos mais pobres“, argumenta o economista.

Portugal, continuou, “é muito ambicioso em matéria de transição climática“, e o Fundo apoia o objetivo, mas não a maneira de chegar lá: “Estes subsídios não só criam ventos contrários à transição climática, como são injustos também, daí argumentarmos que é boa ideia reduzi-los”.

O Governo descongelou este ano a atualização da taxa de carbono, mas ainda existe um desconto em relação ao ISP que não foi revertido.

Para o FMI, seria mais produtivo “desenhar um apoio direto às famílias mais necessitadas”, em vez de um subsídio que atinge todos por igual.

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FMI elogia Portugal, mas produtividade e investimento são ameaça

  • Lusa
  • 27 Outubro 2024

O chefe de missão do FMI para Portugal elogiou a trajetória económica dos últimos anos, elencando a baixa produtividade e o investimento, a par do envelhecimento da população, como ameaças.

O chefe de missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) para Portugal elogiou a trajetória económica dos últimos anos, elencando a baixa produtividade e o investimento, a par do envelhecimento da população, como os maiores desafios. “Desde 2019 a média de crescimento de Portugal foi o dobro da média da zona euro, portanto, é um desempenho impressionante”, disse Jean-François Dauphin em entrevista à agência Lusa em Washington, à margem dos Encontros Anuais do FMI e do Banco Mundial, que terminaram este fim de semana.

Uma parte do desempenho da economia portuguesa está relacionada com as consequências da pandemia, que aumentou a poupança acumulada e a vontade de viajar. Isto, “num contexto em que os mercados de trabalho resistiram muito bem, dando um impulso ao consumo, e o investimento foi facilitado pelos fundos europeus, com a absorção a ser mais rápida em Portugal que noutros países”.

Portugal, em específico, beneficia do aumento do turismo, “que está para ficar e é o resultado da atratividade do país. Mas a questão é como alavancar alguns dos ganhos que estão na base deste desempenho para que Portugal possa crescer mais depressa e convergir mais rapidamente com a União Europeia no padrão de vida e dos rendimentos”.

O país, disse Jean-François Dauphin, melhorou bastante na formação e educação, “mas é preciso olhar para medidas mais abrangentes para aumentar a produtividade, tornar o ambiente empresarial mais fácil e com menos burocracia, e tornar o mercado de trabalho um pouco mais flexível“.

Questionado sobre as principais ameaças ao crescimento económico de Portugal, que o FMI estima rondar os 2% este ano e no próximo, o economista francês elencou elementos comuns à Europa, como o aumento da tensão geopolítica e as variações súbitas nos preços das matérias-primas que, por sua vez, aumentam a pressão sobre a inflação. Mas salientou que Portugal tem também ameaças específicas.

No geral, Portugal enfrenta baixa produtividade, insuficiente nível de investimento público e uma população a envelhecer, e a chave para garantir que a economia continua a crescer é lidar com estes três pontos“, apontou o economista francês que é também responsável pela Bélgica e pela Bulgária no departamento europeu do FMI.

Depois da aprovação do programa de ajustamento financeiro “muito difícil” no princípio da década passada, Portugal “fez um trabalho extraordinário” que se revela num número impressionante, acrescentou: “Desde a pandemia da covid-19, a dívida pública em função do PIB desceu mais de 35 pontos percentuais, o que é extraordinário e quase único na Europa, e é um testemunho do grande consenso entre os decisores políticos, e acredito que também na população, da importância da responsabilidade orçamental“.

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