Imobiliária ERA atinge faturação recorde de 60 milhões na primeira metade do ano

  • Lusa
  • 23 Julho 2025

Imobiliária teve o melhor registo de comissões imobiliárias nos primeiros seis meses do ano desde que iniciou atividade em Portugal, em 1998. Neste período, teve mais de 180 mil novos clientes.

A ERA Portugal atingiu os 59,5 milhões de euros em comissões imobiliárias no primeiro semestre, o melhor registo neste indicador desde o início da atividade no país, em 1998, avançou esta quarta-feira a imobiliária, em comunicado.

Já a faturação no segundo trimestre fixou-se nos 32 milhões de euros, um crescimento de 28% face ao mesmo período de 2024 e de 14% em relação ao trimestre anterior, representando também o “melhor resultado trimestral de sempre para a rede em Portugal”.

O mês de junho destacou-se com a segunda maior faturação mensal desde a criação da empresa, alcançando mais de 11 milhões de euros em comissões imobiliárias, uma subida de 29% face a junho de 2024.

“Em linha com as novas medidas do Governo para o imobiliário de incentivo à compra de casa, sobretudo em segmentos mais jovens, a ERA registou mais de 180 mil novos clientes compradores neste primeiro semestre, o que representa um aumento de 23% na comparação com os primeiros seis meses de 2024″, realçou a imobiliária.

Os primeiros seis meses do ano ficaram ainda marcados pela entrada dos Estados Unidos (EUA) nos cinco principais mercados de clientes estrangeiros e pela saída da Alemanha.

O ‘top 5’ de clientes estrangeiros foi, assim, composto pelo Brasil, que representa já cerca de 2% dos compradores, seguido do Reino Unido, França, Angola e EUA.

A imobiliária verificou ainda, naquele período, um crescimento de 13% no número de compradores de nacionalidade portuguesa em comparação com o período homólogo de 2024.

Até junho, o número de transações da imobiliária ultrapassou as 6.400, refletindo um crescimento homólogo de 12% e um volume total de negócios de 1.200 milhões de euros.

O preço médio de venda dos imóveis residenciais na ERA foi de 225 mil euros, uma subida de 3,7% no segundo trimestre, que representou um abrandamento face ao crescimento de 5,8% registado no primeiro trimestre.

“A escassez de oferta continua a sentir-se, de momento num período de estagnação, o que explica a desaceleração dos preços de venda”, apontou a imobiliária.

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Madalena Cascais Tomé está de saída da SIBS

Madalena Cascais Tomé deixa a liderança da dona do MB Way ao fim de dez anos para assumir um desafio internacional.

Ao fim de dez anos, Madalena Cascais Tomé vai deixar a liderança da SIBS, empresa detida pelos principais bancos e que detém os populares meios de pagamento eletrónicos MB Way e Multibanco, revelaram ao ECO duas fontes do setor bancário. A gestora já comunicou internamente e deixa o cargo em setembro, não havendo ainda uma decisão sobre o sucessor.

Após a divulgação da notícia, a SIBS confirmou a saída da CEO que “irá abraçar um desafio internacional”, mas sem indicar qual. Acrescenta ainda que a sua saída ocorrerá em setembro e que após essa data as funções executivas do conselho de administração serão exercidas pelo chairman, Vítor Fernandes, ex-administrador do Novobanco.

No início do mês, Madalena Cascais Tomé tinha sido eleita presidente da EMPSA, a associação europeia de pagamentos móveis que reúne 11 sistemas de pagamentos, representando aproximadamente 110 milhões de utilizadores.

Madalena Cascais Tomé foi nomeada pela primeira vez para a SIBS em 2015, depois de passagens pela Portugal Telecom e pela consultora McKinsey. Foi reeleita pela última vez na liderança da empresa de pagamentos há cerca de um ano — para cumprir um mandato de três anos.

A empresa é detida pelos maiores bancos num modelo de coopetição. É o principal operador do mercado de pagamentos em Portugal, explorando a rede MB e também os populares meios de pagamento Multibanco e MB Way. Está presente em vários países, incluindo Polónia, Roménia, França e Países Baixos, além dos PALOP.

Por conta da sua posição dominante no mercado, tem sido alvo de ações da Autoridade da Concorrência e também do Banco de Portugal nos últimos anos.

Com mais de 1.600 trabalhadores, a SIBS registou vendas de quase 370 milhões de euros no ano passado, subindo 24% em relação a 2023, tendo alcançado um lucro de 56,6 milhões, mais 19% em termos homólogos.

(Notícia atualizada às 14h00 com confirmação oficial da SIBS)

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Endividamento das famílias cresce 6,1% ao ritmo mais acelerado de sempre

O nível de endividamento das famílias superou os 164 mil milhões de euros em maio, renovando máximos de dezembro de 2011, por conta de um crescimento homólogo recorde de 6,1%.

O nível de endividamento das famílias continua a crescer e a renovar recordes a cada mês que passa. Segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal, o endividamento dos particulares registou um crescimento homólogo de 6,1% em maio, o valor mais elevado desde dezembro de 2008, quando o Banco de Portugal iniciou o registo desta série estatística.

Esta aceleração inscreve-se numa tendência ascendente que se tem intensificado desde o final de 2023. Aliás, desde dezembro de 2023 que a taxa de crescimento homóloga do endividamento dos particulares tem registado uma tendência de constante subida face ao registado no mês anterior. Esta tendência coloca atualmente o stock global de dívida das famílias acima dos 164 mil milhões de euros, atingindo o maior volume desde dezembro de 2011.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

O panorama de crescimento do endividamento não se circunscreve apenas às famílias. O endividamento do setor não financeiro aumentou 7,9 mil milhões de euros em maio, atingindo um novo máximo histórico de 839,1 mil milhões de euros em maio, segundo dados do Banco de Portugal.

Também o setor público registou um aumento do endividamento, como resultado de um crescimento de 4,4 mil milhões de euros em maio, representando a maior parcela do crescimento do endividamento da economia nacional. Esta expansão ocorreu “sobretudo junto do exterior”, através da aquisição por não residentes de títulos de dívida pública portuguesa, refere o Banco de Portugal em comunicado.

O setor privado, que engloba empresas e particulares, manteve-se relativamente estável, com o endividamento das empresas privadas a registar inclusive uma redução de 900 milhões de euros no mês de abril.

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Já nasceram 84 unicórnios em 2025. Um deles é português

Treze países viram startups saltar para esta avaliação, mas nenhum tanto quanto os Estados Unidos que, até ao momento, viu nascer 52 unicórnios, isto é, 62% do total.

Um total de 84 startups, provenientes de 13 países, já voou este ano para o estatuto de ‘unicórnio’. Um deles é português. A Tekever, startup que produz drones, foi uma das ‘raras’ a saltar para uma avaliação superior a mil milhões de dólares.

Depois de três rondas de investimento, a última das quais o valor não foi divulgado, a startup cofundada por Ricardo Mendes voou para o estatuto de unicórnio, para uma avaliação de mil milhões de libras, cerca de 1,2 mil milhões de euros, quebrando anos de seca no ecossistema nacional. Era preciso recuar a 2021 para o sistema nacional registar o ‘nascimento’ de um unicórnio com cores nacionais.

Desde então a empresa, que tem como ambição ser líder mundial na área de drones, tem vindo a anunciar planos de investimento em mercados como o Reino Unido ou França. E tem andado a reforçar com a compra de empresas e até aeroportos.

Em 2025, a Tekever foi um dos 84 unicórnios a nascer no mundo, segundo os dados da Dealroom. Treze países viram startups saltar para esta avaliação, mas nenhum tanto quanto os Estados Unidos que, até ao momento, viu nascer 52. Ou seja, 62% do total.

Fonte: Dealroom.

Segue-se a China (7) e Canadá (6). O mesmo número do Reino Unido que lidera na Europa. Suécia (casa da Lovable) é o país que se segue no Velho Continente com quatro unicórnios, seguido da Alemanha com dois. França, Itália, Polónia, Irlanda e Portugal também deram o seu contributo, com um unicórnio por país.

O México também viu a Plata Card voar para os mil milhões de dólares de avaliação.

IA, digital health e software empresarial são as áreas que estão a liderar as apostas dos investidores.

 

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Escolha de novo coordenador da UTAO só depois das férias parlamentares

Unidade que dá apoio aos deputados está sem coordenador desde abril. Primeira reunião de mesa e coordenadores da Comissão de Orçamento e Finanças em setembro vai debruçar-se sobre o tema.

A discussão sobre o método de seleção do novo coordenador da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) só terá lugar em setembro, aquando do regresso dos trabalhos parlamentares. A equipa de técnicos que dão apoio aos deputados estão sem liderança definida desde a saída de Rui Nuno Baleiras para a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), em abril.

A UTAO é a uma unidade especializada que funciona sob a orientação da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP), que teve na terça-feira a última reunião antes do período de férias do Parlamento e o tema não foi debatido. O presidente da comissão, o deputado Rui Afonso (Chega), confirmou ao ECO que a discussão sobre o método de escolha do sucessor de Rui Nuno Baleiras fica assim adiado para setembro. Neste sentido, deverá ocorrer um ponto da situação sobre o tema no primeiro encontro de mesa e coordenadores da referida comissão.

O PS tem defendido que o novo coordenador da UTAO, que presta apoio à COFAP com a elaboração de estudos e documentos de trabalho técnico sobre a gestão orçamental e financeira pública, seja escolhido através de concurso. Criada em 2006, apesar ter tido as competências reforçadas ao longo do tempo, não tem estatutos que definam as regras para a designação do seu coordenador, o que está a suscitar um debate sobre como deve ser escolhido o novo líder.

A falta de um coordenador não é inédita. Antes de Baleiras, a UTAO esteve cinco meses sem liderança, após a saída de João Miguel Coelho, em fevereiro de 2018, do cargo de coordenador. Em julho do mesmo ano, Baleiras ficou aos comandos da UTAO, por convite da então presidente da Comissão de Orçamento e Finanças (COF), Teresa Leal Coelho, à época deputada do PSD.

Na reunião da COFAP de 9 de julho, onde se falou sobre o tema, Rui Afonso explicou que a comissão estava a avaliar o tema “quer junto do apoio parlamentar, quer do Presidente da Assembleia da República para perceber exatamente como o processo será encarado”, salientando que o objetivo é que “o processo seja o mais rápido e o mais transparente possível”.

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Mercados reagem com entusiasmo a acordo entre Washington e Tóquio

Acordo entre os EUA e o Japão reduz tarifas comerciais para 15% e impulsiona bolsas. Nikkei atinge máximos de 12 meses e investimento nipónico de 550 mil milhões de dólares nos EUA anima mercados.

O acordo entre Japão e EUA para a redução das tarifas comerciais em 15% foi celebrado pelo presidente Donald Trump e o primeiro-ministro japonês Shigeru Ishiba, esta noite na Casa Branca, em Washington.

Wall Street ainda não tinha acordado e já Tóquio festejava. O Nikkei 225 saltou 3,5% para o nível mais alto em 12 meses, arrastado por um rali de 14% da Toyota e de dois dígitos noutros construtores nipónicos. Minutos depois, os futuros sobre o Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq juntavam-se à festa, estando atualmente a negociar com subidas de 0,5%, 0,4% e 0,2%, respetivamente.

A chama propagou-se à Europa, com o pan-europeu STOXX 600 a abrir com uma subida de 1%, guiado por um disparo superior a 5% dos titãs alemães Volkswagen, BMW e Mercedes-Benz. Atualmente, o Stoxx 600 encontra-se a valorizar 1,3% e a renovar máximos de duas semanas. Tudo por um acordo relâmpago que baixa para 15% as tarifas recíprocas entre EUA e Japão (quando anteriormente tinha sido anunciado uma taxa de 25%), e traz na bagagem um pacote de investimento japonês de 550 mil milhões de dólares (cerca de 470 mil milhões de euros) em território americano.

“Acabámos de fechar um grande negócio com o Japão, talvez o maior negócio já feito”, referiu Donald Trump na sua rede social Truth Social, vangloriando-se de que “este acordo irá criar milhares de empregos” e que o Japão irá “abrir país ao comércio, incluindo automóveis e camiões, arroz e alguns outros produtos agrícolas” — um sinal de que as rachas na globalização podem afinal ser coladas quando há ganhos nos dois lados.

Em Tóquio, o índice dos fabricantes de transporte subiu quase 11%, enquanto em Seul as ações da Hyundai e da Kia ganharam fôlego à boleia da expectativa de acordos semelhantes. Na Europa, a Stellantis, a BMW e a Volkswagen estão a voar entre 5% e 8%. Do outro lado do Atlântico, o S&P 500 tinha fechado na véspera em máximos históricos e, com os futuros em terreno positivo, tudo indica novo recorde diário.

O alívio das tarifas também se fez sentir no mercado obrigacionista. A Yield das Treasuries a 10 anos subiu para 4,38%, interrompendo uma descida de cinco sessões. No Japão, a perspetiva de inflação importada (e eventual normalização monetária) empurrou a yield das obrigações soberanas nipónicas de 10 anos para 1,60%, o ponto mais alto desde julho de 2008. As curvas de rendimentos europeias acompanharam, mas de forma suave, num reflexo de menor procura por ativos refúgio.

Se as ações celebram, o ouro não fica atrás. A onça do metal dourado voltou a negociar perto dos valores históricos de 3.500 dólares alcançados a 22 de abril, negociando durante este manhã nos 3.439 dólares, acumulando assim uma valorização de 31% desde o arranque do ano.

O dólar mantém-se atualmente estável, com o índice Dólar (DXY), que agrega um cabaz de seis moedas contra a moeda norte-americana, a negociar nos 97,42 pontos, que se traduz numa valorização de 0,03%, recuperando ligeiramente após três sessões de perdas. Segundo dados da Refinitiv, a moeda norte-americana cedeu terreno face ao iene depois de Trump ter confirmado o acordo, mas voltou a ganhar força quando as yields das Treasuries subiram. Para já, a narrativa de crescimento potencialmente mais forte nos EUA, fruto da onda de investimento nipónico, contrabalança a descida das tarifas.

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Taxa Euribor cai a três e a 12 meses e sobe a seis meses

  • Lusa
  • 23 Julho 2025

Esta quarta-feira, a taxa Euribor desceu para 1,939% a três meses e para 2,038% a 12 meses, enquanto no prazo de seis meses subiu para 2,034%.

A taxa Euribor desceu esta quarta-feira a três e a 12 meses e subiu a seis meses em relação a terça-feira e no prazo mais curto manteve-se abaixo de 2%. Com estas alterações, a taxa a três meses, que recuou para 1,939%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,034%) e a 12 meses (2,038%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou para 2,034%, mais 0,002 pontos que na terça-feira.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor caiu, ao ser fixada em 2,038%, menos 0,012 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses desceu para 1,939%, menos 0,005 pontos do que na sessão anterior.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a maio indicam que a Euribor a seis meses representava 37,75% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,32% e 25,57%, respetivamente.

Esta quarta e quinta-feira, realiza-se a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), em Frankfurt. Os investidores aguardam com expectativa o encontro, que deverá manter as taxas, pelo que as atenções estarão centradas na possibilidade de a presidente da instituição, Christine Lagarde, dar alguma pista sobre os próximos passos.

Na última reunião de política monetária, em 4 e 5 de junho, em Frankfurt, o BCE desceu as taxas de juro em 0,25 pontos, tendo a principal taxa diretora caído para 2%. Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano.

As médias mensais da Euribor voltaram a cair em junho nos dois prazos mais curtos, menos intensamente do que nos meses anteriores e de forma mais acentuada a três meses. Já a 12 meses, a média mensal da Euribor manteve-se em 2,081%. A média da Euribor em junho desceu 0,103 pontos para 1,984% a três meses e 0,066 pontos para 2,050% a seis meses.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Antigo colégio de Portalegre vai ser “Campus da Saúde” num investimento superior a 42 milhões de euros

  • Lusa
  • 23 Julho 2025

Negócio está numa fase de "pré-celebração" do contrato-promessa de compra e venda com a Diocese de Portalegre-Castelo Branco, dona do antigo Colégio Diocesano de Santo António.

A Unidade Local de Saúde do Alto Alentejo (ULSAA) pretende comprar um antigo colégio, situado na retaguarda do Hospital de Portalegre, para construir um “campus de saúde”, num investimento de 42,5 milhões de euros.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do conselho de administração da ULSAA, Miguel Lopes, explicou que o negócio está numa fase de “pré-celebração” do contrato-promessa de compra e venda com a Diocese de Portalegre-Castelo Branco, proprietária do antigo Colégio Diocesano de Santo António.

De acordo com o responsável, a aquisição do colégio, que ocupa uma área de cerca de 3,5 hectares, vai contar com um investimento de 2,5 milhões de euros, sendo este valor suportado pelo Orçamento do Estado.

Depois da aquisição, das obras de reabilitação e da construção de um novo edificado no espaço do antigo colégio, Miguel Lopes espera desenvolver o projeto “Campus da Saúde de Portalegre”, num investimento de 40 milhões de euros.

Antes, segundo o presidente do conselho de administração da ULSAA, está a ser desenvolvido um estudo de viabilidade para “garantir” que o projeto tem “um fim em si próprio”, que beneficie a comunidade e a eficiência dos serviços prestados, bem como um estudo de viabilidade económico-financeira que “contempla todas as etapas”, nomeadamente a aquisição do espaço e remodelação.

Numa primeira fase, o projeto que será desenvolvido no antigo colégio vai, “prioritariamente”, dar resposta aos serviços de ambulatório.

Para o novo espaço vão ser deslocados do hospital de Portalegre os serviços de consultas externas, toda a unidade de oftalmologia, a unidade de cardiologia, pneumologia e serviço de fisioterapia.

Também o Centro de Saúde de Portalegre, o centro de diagnóstico pneumológico, a área da saúde pública, o laboratório da saúde pública, entre outros serviços que se encontram situados noutros pontos da cidade, vão ficar concentrados no Campus da Saúde de Portalegre.

“Esta primeira fase de reabilitação do Colégio de Santo António será uma área única e exclusivamente dedicada para melhorar os cuidados de ambulatório à comunidade”, disse.

Ao mesmo tempo que se liberta espaço no hospital de Portalegre, a ULSAA quer reabilitar essas áreas para ampliar o serviço de urgência, o laboratório de análises clínicas, serviço de imagiologia, entre outros setores.

“De grosso modo, o objetivo é centralizar no atual espaço do hospital Doutor José Maria Grande (Hospital de Portalegre) e no espaço do colégio toda uma infraestrutura dedicada aos cuidados de saúde, desde a saúde pública até aos cuidados paliativos”, explicou.

De acordo com Miguel Lopes, “se tudo correr conforme previsto”, o projeto referente ao Campus da Saúde de Portalegre deverá estar concluído em 2029.

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FC Porto paga 20 milhões por futebolista dinamarquês Victor Froholdt

Um dia após vender Francisco Conceição à Juventus por 32 milhões, SAD liderada por André Villas Boas fecha acordo com o Copenhaga. Comissão de intermediação ascende a 5% da transação.

A SAD do Futebol Clube do Porto confirmou esta quarta-feira que chegou a acordo com o FC Copenhagen para a aquisição, a título definitivo, dos direitos de inscrição desportiva e 100% dos direitos económicos do jogador Victor Froholdt.

Em comunicado à CMVM, a sociedade liderada por André Villas Boas contabiliza que a contratação foi fechada por um valor fixo de 20 milhões de euros, acrescido de uma remuneração variável máxima de dois milhões “em função do cumprimento de certos objetivos”.

Um dia depois de ter vendido o passe de Francisco Conceição à Juventus por 32 milhões, indica, por outro lado, que o clube dinamarquês irá reter o valor correspondente a 10% das mais-valias de uma potencial futura transferência do jogador.

O clube da Invicta celebrou com o jogador um contrato válido por cinco épocas desportivas, ou seja, até 30 de junho de 2030, tendo acordado uma cláusula de rescisão no montante de 85 milhões de euros.

Finalmente, esclarece que o FC Copenhagen assumirá a responsabilidade com o mecanismo de solidariedade devida a terceiros, enquanto o FC Porto terá encargos com serviços de intermediação de 5% do montante da transação.

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Tribunal da UE confirma cartel da banca com Credit Suisse, mas reduz multa em 50 milhões

  • Lusa
  • 23 Julho 2025

Tribunal Geral da UE confirmou multas de Bruxelas ao HSBC (174 milhões de euros), ao Barclays (54 milhões) e ao RBS (33 milhões), mas reduziu a do Credit Suisse (de 83,2 milhões para 28,9 milhões).

O Tribunal Geral da União Europeia confirmou esta quarta-feira um cartel da banca em operações cambiais envolvendo Barclays, HSBC, RBS, UBS e Credit Suisse, reduzindo porém a multa do banco suíço de 83,2 para 28,9 milhões de euros.

Num acórdão divulgado esta quarta-feira, a primeira instância do Tribunal de Justiça da União Europeia (UE) conclui que, “embora a Credit Suisse tenha efetivamente participado no cartel, a Comissão [Europeia] não determinou corretamente o valor indicativo do valor das suas vendas para fixar o montante da coima que pune esta infração”.

Assim sendo, apesar de confirmar o cartel no setor das operações cambiais à vista de divisas como determinado pelo Executivo comunitário e que envolveu cinco empresas com atividade no setor bancário e financeiro — Barclays, HSBC, RBS, UBS e Credit Suisse –, o tribunal “anulou parcialmente a decisão recorrida e consequentemente reduziu para 28,9 milhões de euros o montante da coima aplicada“.

Em dezembro de 2021, a Comissão Europeia multou os bancos Barclays, RBS, HSBC e Credit Suisse por participação num cartel no mercado de divisas, com troca de informações sensíveis sobre negociação, ilibando o UBS da coima por ter feito a denúncia.

Em concreto, Bruxelas multou o HSBC (174 milhões de euros), o Barclays (54 milhões) e o RBS (33 milhões) com montantes que já incluem redução de 10% do valor devido à cooperação no caso e o Credit Suisse (83,2 milhões) através de procedimento ordinário por falta de colaboração.

Agora, no entender do Tribunal Geral da UE, “as recorrentes tiveram razão quando alegaram que certos dados utilizados pela Comissão para determinar o valor indicativo do valor das vendas da Credit Suisse eram menos completos e fiáveis do que os propostos para esse efeito”.

Assim sendo, o Executivo comunitário “violou assim as orientações para o cálculo das coimas, por força das quais cabe à Comissão ter o cuidado de tomar em consideração os melhores dados disponíveis”, acusa.

Em causa estão trocas de informações entre estes bancos que permitiram aos operadores tomar decisões com conhecimento de causa quanto à oportunidade de vender ou de comprar essas divisas e quanto ao momento para proceder a essas operações.

Os bancos envolvidos tinham pedido a anulação da decisão ou a redução do montante da coima, mas tal foi negado pelo Tribunal Geral da UE. Após o acórdão desta quarta-feira, as instituições financeiras e a Comissão Europeia podem recorrer para o Tribunal de Justiça da UE no prazo de dois meses.

O caso assenta no comércio das moedas do G10, as mais líquidas e transacionadas ao nível mundial (o euro, a libra esterlina, o iene japonês, o franco suíço, o dólar americano, do Canadá, da Nova Zelândia e australiano e as coroas dinamarquesa, sueca e norueguesa).

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ChatGPT recebe mais de 2,5 mil milhões de pedidos por dia

  • Lusa
  • 23 Julho 2025

Assistente de Inteligência Artificial da OpenAI soma mais de 500 milhões de utilizadores. Sam Altman alerta para clones de inteligência artificial poderem aceder a contas bancárias.

O assistente de Inteligência Artificial (IA) da OpenAI, ChatGPT, recebe mais de 2,5 mil milhões de pedidos diariamente, 330 milhões dos quais provenientes de utilizadores norte-americanos, sendo a versão gratuita do modelo mais utilizada, segundo a Europa Press.

A empresa liderada por Sam Altman lançou o assistente de IA em novembro de 2022, tornando-se na aplicação de consumo de crescimento mais rápido da história, atingindo 100 milhões de utilizadores em apenas dois meses.

Deste então, a empresa de tecnologia tem lançado novos recursos de IA para o ‘chatbot’, bem como modelo mais avançados, atingindo 400 milhões de utilizadores ativos mensais em meados de fevereiro e aumentando para 500 milhões no final de março.

Agora, a OpenAI detalhou que o ‘chatbot’ recebe atualmente mais de 2,5 mil milhões de pedidos por dia de utilizadores de todo o mundo, o que reflete o grande volume de execução de tarefas que realiza, totalizando mais de 912,5 mil milhões de pedidos anualmente.

A empresa referiu ainda que mais de 330 milhões destes pedidos diários são realizados por utilizadores norte-americanos, sendo a versão gratuita a mais utilizada.

Este crescimento tem levado a empresa a continuar a trabalhar em inovações para melhorar a experiência dos utilizadores.

Altman alerta para clones de IA poderem aceder a contas bancárias

O presidente executivo da empresa OpenAI alertou o setor financeiro norte-americano para uma “significativa crise de fraude iminente” devido à capacidade de ‘clones’ de inteligência artificial imitarem a voz humana para contornarem verificações de segurança e movimentarem dinheiro.

“Uma coisa que me aterroriza é que, aparentemente, ainda existem algumas instituições financeiras que aceitam a impressão de voz como autenticação”, disse Sam Altman terça-feira numa conferência da Reserva Federal, em Washington. “É de loucos continuar a fazer isto. A IA derrotou completamente isto”, frisou.

A impressão de voz como forma de identificação para clientes bancários tornou-se popular nos Estados Unidos há mais de uma década, sendo os clientes normalmente solicitados a dizer uma frase-chave ao telefone para aceder às suas contas.

Agora, os clones de voz da IA, e eventualmente os clones de vídeo, podem imitar as pessoas de uma forma que, segundo Altman, é cada vez mais “indistinguível da realidade” e exigirá novos métodos de verificação.

“Isto pode ser algo em que podemos pensar em fazer uma parceria”, respondeu a vice-presidente de supervisão da Fed, Michelle Bowman, principal reguladora financeira do banco central, que participou na discussão com Altman.

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Quanta Terra lança vinho a 1.695 euros a garrafa com cunho artístico de Vhils

Quanta Terra brinda aos 25 anos com o tinto Íris, uma edição limitada de 250 garrafas de cinco litros, a 1.695 euros a garrafa, em parceria com o artista Vhils. Chegará ao mercado em outubro.

Com duas distinções Best of Wine Tourism (2023 e 2025), na categoria arte e cultura, atribuídas pela Great Wine Capitals, a marca Quanta Terra, de Favaios (Alijó) continua a dar cartas por esse mundo fora ao casar vinho com arte. Desta vez vai mais longe e, numa parceria com o artista Vhils, a marca prepara-se para lançar o tinto Quanta Terra Íris, uma edição limitada de apenas 250 garrafas a rondar os 1.700 euros cada uma.

Os enólogos Celso Pereira e Jorge Alves, da marca Quanta Terra, já nos acostumaram a ter obras criteriosamente espalhadas pelos vários espaços da antiga destilaria do Douro, transformada em adega, entre barricas onde estagia o vinho e as antigas cubas de armazenamento de aguardente, revestidas a ladrilhos espelhados. Com obras do artista Alexandre Farto, também conhecido como Vhils, ou ainda de HelioBray e Paulo Neves, por exemplo.

Agora, pela comemoração das bodas de prata da Quanta Terra, o artista Vhils deixa o seu cunho artístico e assinatura no vidro de cada uma das garrafas que surgem como uma espécie de escultura.

“O vidro é um material simbólico e paradoxal, simultaneamente frágil e resistente. Trabalhar sobre o vidro é um processo de revelação — do território, da matéria, da identidade, do visível e invisível”, começa por descrever Vhils. “O resultado final nasce do encontro entre duas formas de expressão — a arte e o vinho — e convida-nos a percecionar com mais intenção aquilo que nos liga ao mundo”, detalha.

Quando em outubro chegarem ao mercado vínico, as 250 garrafas, em formato Magnum – cinco litros –, desta “edição colaborativa” também estarão numeradas. Até lá e enquanto não se pode provar o vinho, é possível fazer parte de uma lista de espera e aguardar pela surpresa desta parceria entre o artista e os dois enólogos que, desde o início do projeto, sempre quiseram criar vinhos que fossem expressões artísticas do Douro.

Para já, o que se sabe do vinho é que é um tinto de 2019, inspirado na íris como símbolo de identidade e criado pelos enólogos Celso Pereira e Jorge Alves — donos da Quanta Terra. E que se apresenta “profundo, elegante e complexo” com camadas de fruta preta, tinta-da-china e especiarias. Já na boca, a textura é aveludada em contraste com taninos firmes e “um final preciso e marcante”, descrevem os enólogos.

“Quando se prova este vinho, percebe-se que há uma história contida em cada gota. Não foi pensado apenas para ser consumido, mas para ser sentido com tempo, como um quadro ou uma escultura que vai revelando detalhes à medida que se observa”, descreve Jorge Alves. O seu sócio Celso Pereira acrescenta, por sua vez, que “fazer vinho é um ato de criação, mas também de escuta: escutar a terra, a vinha, o tempo”.

Apostados na simbiose entre arte e vinho, já em 2022 os empresários lançaram um pack de três garrafas de vinho tinto, vendido a 900 euros, com uma serigrafia da artista plástica Joana de Vasconcelos. E produzido com uma diversidade de castas, como Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Sousão.

Quanta Terra13 setembro, 2024

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