Livre alerta que governo minoritário poderá rapidamente ficar em gestão

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

"Um governo minoritário na próxima legislatura, se não estiver assente num diálogo parlamentar que seja construtivo, pode muito rapidamente ser um governo em funções de gestão", disse Rui Tavares.

O porta-voz do Livre, Rui Tavares, alertou esta terça-feira que um governo minoritário, sem um diálogo parlamentar que seja construtivo, poderá “muito rapidamente” tornar-se num executivo em gestão.

“Um governo minoritário na próxima legislatura, se não estiver assente num diálogo parlamentar que seja construtivo, pode muito rapidamente ser um governo em funções de gestão”, afirmou Rui Tavares à saída do Hospital de Aveiro onde reuniu com os administradores.

Sem revelar se viabilizaria ou não um eventual Governo minoritário do PS, o dirigente do Livre assumiu que, para evitar esse cenário, é “importantíssimo” que se deixe de lado o jogo de quem é que chega primeiro, alegando que isso aplica-se ao futebol, mas não ao parlamentarismo.

“O que é preciso é ter uma maioria ou, pelo menos, uma base de apoio parlamentar a um governo que seja coerente e coeso”, reforçou. Na sequência da reunião em Aveiro, círculo eleitoral onde o Livre quer eleger deputados pela primeira vez, Rui Tavares revelou que, se houver um governo em gestão durante mais de um ano, isso impossibilita novas contratações e decisões administrativas na saúde.

Além disso, acrescentou, há reformas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que ficariam à espera de um governo que só viria com um novo ciclo político em 2026. O porta-voz do Livre, que desde o início da campanha eleitoral tem defendido uma solução de governabilidade à esquerda, considerou que a esquerda não tem de falar a uma só voz, mas tem de ser pragmática e coordenar-se na altura de encontrar uma maioria de governação.

“Isso é o que acontece noutros países europeus e é o que pode acontecer em Portugal, mas, evidentemente, não acontecerá com partidos que não trazem este tipo de atitude para o centro da ação política”, frisou. Rui Tavares reforçou que o Livre não está a concorrer para a oposição, muito menos para a oposição à restante esquerda, mas sim para a governação.

Por isso, é fundamental que o Livre seja um “partido decisivo e de charneira na política portuguesa” para mudar o país, insistiu. “Estou cada vez mais convencido de que apenas uma votação muito reforçada no Livre pode ser a chave para uma solução e uma alternativa de governação”, concluiu.

Nas últimas eleições legislativas, o Livre não conseguiu eleger em Aveiro, tendo os deputados sido distribuídos pelo PSD (sete), PS (cinco), Chega (cinco) e Iniciativa Liberal (um).

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NacionalGest compra corretora de seguros Cegrel

Está confirmada a aquisição da histórica corretora de Elvas, participada pelo grupo Villas Boas e liderada por Miguel Fino, pela corretora NacionalGest. Mais um negócio de seguros agrícolas.

A corretora NacionalGest acaba de entrar nos seguros agrícolas através da aquisição da Cegrel, corretora especializada em seguros agrícolas liderada por Miguel Fino e com participação do grupo Villas Boas.

Esta aquisição surge depois da recente tomada de posição do fundo de capital de risco Atena III, gerido pela Atena Equity Partners, na NacionalGest, através de um aumento de capital que lhe conferiu 51% das ações, tendo o restante ficado nas acionistas agregados pelo CEO Cláudio Gonçalves, que mantém a gestão da empresa.

A entrada da NacionalGest é para 100% do capital da Cegrel. Estava até agora distribuído em 25% no grupo Villas Boas, através da VB, por Miguel Fino com 22,5%, Alda Nunes com 11,5% e, com 10,25% cada um, por Paulo Lucena, José Miguel Gonçalves, José Eduardo Gonçalves e José Rasquilha, quase todos trabalhadores da empresa.

Embora atue nos segmentos de particulares e empresas, a Cegrel tem enorme especialização ramo agrícola de colheitas que representou 72% % das comissões obtidas em 2024. Estas receitas atingiram cerca de 800 mil euros em 2024, um valor 12% superior a um ano antes. No ano passado os resultados líquidos foram de 31 mil euros, o EBITDA de 74 mil e os capitais próprios de 490 mil euros.

Com a saída da Generali Tranquilidade do Ramo Agrícola — Colheitas, a Fidelidade tornou-se a mais relevante seguradora na carteira da Cegrel, tendo sido iniciada uma relação com a Caravela através da mediadora Safe Crop – hoje Schweizer Hagel. A Seguradora CA Seguros continua impedida pelos seus Estatutos de trabalhar com Corretores.

Sendo a 12.ª maior corretora de seguros do país em 2023, segundo o ranking ECOseguros, os números provisórios de 2024 indicam que a NacionalGest atingiu 7,5 milhões de euros de volume de negócios, significando um aumento de 40% face ao ano anterior. O EBITDA foi de cerca de 1,3 milhões de euros.

A partir do Algarve, a NacionalGest cresceu para mais de 30 lojas em Portugal, conta com 120 colaboradores e 154 mil clientes.

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FMI pronto para novo apoio financeiro a Angola

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

“Se houver dificuldades em termos económicos, mesmo com as políticas já empreendidas, e o governo angolano quiser contactar o FMI, nós estaremos ao dispor", indicou responsável do FMI.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) manifestou-se esta terça-feira disponível para um novo apoio financeiro a Angola e enalteceu as reformas e medidas económicas “bastante prudentes” que têm sido implementadas no país lusófono africano.

A disponibilidade para um novo financiamento a Angola foi manifestada, em Luanda, pelo diretor do FMI para África, Abebe Salassie, à saída de uma audiência com o Presidente angolano, João Lourenço, onde foram abordadas a situação económica de Angola e a nível global. Segundo o responsável, a possibilidade de um novo financiamento a Angola não foi discutida neste encontro, mas, afirmou, a instituição financeira internacional está pronta a qualquer apoio que o Governo angolano venha solicitar.

“Se houver dificuldades em termos económicos, mesmo com as políticas já empreendidas, e o governo angolano quiser contactar o FMI, nós estaremos ao dispor. Neste momento não foi discutido nenhum assunto sobre financiamento, mas como sempre o FMI estará pronto para apoiar quando assim for”, disse Abebe Salassie em declarações aos jornalistas.

Salassie afirmou que a situação económica global e de Angola dominaram as conversas no Palácio Presidencial, no contexto de uma missão da instituição que se encontra no país desde a semana passada, referindo que o FMI também partilhou as suas perspetivas sobre as reformas desenvolvidas no país.

“Falámos também sobre a perspetiva do FMI em relação às reformas económicas que estão a ser empreendidas em Angola”, adiantou, felicitando o Presidente angolano pelos resultados obtidos. O responsável do FMI referiu-se também à volatilidade do preço do petróleo no mercado internacional, como fator que impacta várias economias a nível mundial, mas referindo as medidas económicas bastante prudentes tomadas pelo Governo de Angola.

“[Neste encontro] também conseguimos ver as medidas económicas que estão a ser tomadas no sentido de recalibração [da economia do país], bem como as políticas em curso no sentido de esbater todas as dificuldades económicas”, concluiu Abebe Salassie.

Uma missão do FMI encontra-se em Angola desde a semana passada para reuniões com a equipa técnica angolana no quadro da Avaliação Pós-Financiamento, com o objetivo de avaliar a capacidade de Angola assegurar os reembolsos ao Fundo, num contexto de riscos crescentes associados à descida dos preços do petróleo, ao alargamento dos spreads soberanos e ao aperto das condições de financiamento externo, segundo o Ministério das Finanças (Minfin).

A missão do FMI está previsto ficar concluída esta terça, depois de reuniões técnicas com diferentes departamentos ministeriais, com o propósito de monitorar a sustentabilidade das finanças públicas, avaliar os riscos macroeconómicos emergentes e aprofundar o diálogo em torno das reformas estruturais necessárias à estabilidade e ao crescimento sustentado da economia nacional.

Segundo o jornal económico Expansão, o Governo angolano avalia a possibilidade de recorrer a um novo programa de curto prazo do financiamento ao FMI, que deve terminar em 2026, dada as “dificuldades” que tem encontrado para financiar o Orçamento Geral do Estado (OGE).

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IL sugere que prefere entrar no Governo a acordo parlamentar

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

Rui Rocha insiste que a IL é um "partido de governação para mudar, com prioridades claras". E rejeita acordo parlamentar? "Não estou a rejeitar, mas também não estou a incluir", disse.

O líder da IL disse “não rejeitar nem incluir” a possibilidade de fazer um acordo de incidência parlamentar após as legislativas, mas pretender assumir a “liderança de políticas” no país porque é um “partido de governação”. Em declarações aos jornalistas na inauguração de um cartaz da IL no Jardim do Arco do Cego, em Lisboa, Rui Rocha voltou a afirmar que a IL é um “partido de governação para mudar, com prioridades claras, os problemas que afetam o país”.

Interrogado se isso significa que está a rejeitar um acordo de incidência parlamentar com a AD após as eleições legislativas, Rui Rocha respondeu: “Não estou a rejeitar, mas também não estou a incluir”.

“A ideia que temos nesta altura é que queremos mudar o país. Como é que isso se faz? Faz-se assumindo responsabilidades políticas, assumindo liderança de políticas e, portanto, aquilo que nós pedimos aos portugueses é força para dar prioridade a estes temas que afetam a vida dos portugueses e para podermos assumir a liderança das políticas em áreas determinantes”, disse.

Nestas declarações aos jornalistas, Rui Rocha foi questionado sobre a quem é que se referia num jantar que fez esta segunda-feira à noite, em Albufeira, quando disse que a IL não é como outros que fazem “taticismo, esquemas, pequena política” e que “vivem enredados no mundo dos bastidores”.

Rui Rocha respondeu que se referia a todos os que “levaram o país a uma crise política e não puseram os interesses do país em primeiro”, considerando que foi o caso de todos os partidos, com exceção da IL. “Quando nos distinguimos, não se trata de excesso de confiança, trata-se apenas de dizemos aos portugueses: nós somos estes que vieram mudar e reformar o país, somos estes que queremos retomar a dignidade na política”, referiu.

Interrogado sobre como é que tenciona recuperar a dignidade política e “mudar o comportamento ético” dos políticos – conforme referiu no jantar de Albufeira de segunda-feira, numa aparente alusão a Luís Montenegro –, Rui Rocha disse que quer fazê-lo “pelo exemplo”.

“Com a nossa capacidade de pôr os interesses dos portugueses acima de outras circunstâncias, com o testemunho do trabalho que temos feito, quer em termos pessoais na nossa vida, quer enquanto partido político, sempre a pôr os interesses dos portugueses em primeiro lugar, à altura das circunstâncias e não envolvidos nos tais jogos político-partidários”, disse.

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Futuros engenheiros informáticos do Politécnico de Viana contactam com empresas

Estudantes e antigos alunos da área da Engenharia Informática do Politécnico de Viana do Castelo contactam com empresas do setor na iniciativa Open Days.

Fazer a “ponte” entre a academia e o mercado de trabalho é o grande propósito da 22.ª edição dos Open Days do curso de Engenharia Informática que reúne estudantes e dezenas de empresas até esta quarta-feira, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Viana do Castelo (ESTG-IPVC).

Com mais de 300 participantes, “os Open Days afirmam-se como uma referência na região“, reunindo empresas, estudantes e antigos alunos da área de Engenharia Informática, segundo informa o Politécnico de Viana do Castelo num comunicado.

Esta terça-feira, durante a sessão de abertura, o presidente do IPVC, Carlos Rodrigues, realçou a importância estratégica da ligação da academia com o tecido empresarial. “A aprendizagem não acontece apenas nas aulas. Ao interagirem com empresas e com desafios reais, os nossos estudantes desenvolvem competências adicionais que fazem a diferença na empregabilidade”, frisou Carlos Rodrigues, citado na mesma nota.

Ao interagirem com empresas e com desafios reais, os nossos estudantes desenvolvem competências adicionais que fazem a diferença na empregabilidade.

Carlos Rodrigues

Presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC)

Segundo o presidente do IPVC, “os Open Days simbolizam uma nova forma de ensinar, mais dinâmica, mais próxima do mundo real. Hoje, a diferença entre dois candidatos a um emprego não se mede só pelas notas, mas pela capacidade de trabalhar em equipa, comunicar, resolver problemas”.

Jorge Ribeiro, coordenador do curso de licenciatura em Engenharia Informática deste politécnico, acrescenta, por sua vez, que “são muitas as atividades que colocam os estudantes em contacto com o setor, desde workshops até sessões práticas, e que promovem o desenvolvimento de competências técnicas e soft skills fundamentais para a sua integração profissional“.

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Renováveis disparam em bolsa com investidores a verem ‘copo meio cheio’ do corte de Trump aos apoios

A valorização das ações de empresas do setor renovável tem sido superior a 5% ao longo desta terça-feira, depois de notícias menos desfavoráveis do que o esperado em relação aos apoios nos EUA.

O setor das energias renováveis mostrou ganhos relevantes na sessão bolsista desta terça-feira, depois de ter sido conhecida uma primeira versão dos cortes que vão ser implementados sobre os apoios para o setor, os quais haviam sido anunciados por Donald Trump no início do seu mandato.

No principal índice nacional, o PSI, a EDP e EDP Renováveis valorizaram, respetivamente, 1,73% para 3,404 euros e 7,49% para os 9,33 euros. Olhando ao panorama europeu, a Vestas valorizou 7% para os 14,995 euros, enquanto nos Estados Unidos a cotação da empresa focada na tecnologia fotovoltaica, First Solar, dispara 22% para os 171,71 dólares.

O índice europeu que reúne as maiores energéticas, o Stoxx Europe 600 Energy, que estava a valorizar há quatro sessões consecutivas, acabou por inverter a tendência e fechou a ceder 0,6% esta terça-feira.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

A proposta, ainda preliminar, que foi desenhada pelos republicanos da Câmara dos Estados Unidos e divulgada na segunda-feira, propõe uma eliminação gradual dos incentivos para desenvolver projetos de energia limpa. Na opinião dos analistas do Citi, citados na nota de análise do Millenium bcp, “as mudanças propostas são muito melhores do que se temia“.

Numa nota enviada aos respetivos clientes, os analistas da BMO Capital Markets concordam que a “escala” destes cortes “é muito melhor do que o antecipado“, em particular no que diz respeito aos setores solar e de armazenamento. Do lado da RBC Capital Markets, apesar de os analistas considerarem a indústria eólica é particularmente penalizada e que a legislação “diminui a atratividade do mercado dos EUA”, “os cenários mais catastróficos foram evitados“.

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De acordo com o The New York Times, a proposta republicana “irá efetivamente terminar com a maioria dos incentivos fiscais previstos no Inflation Reduction Act”, o programa de Joe Biden que apoia as energias renováveis e que Trump apelidou de “fraude verde”.

Apenas as centrais em operação até ao final de 2028 vão conseguir beneficiar em pleno, excluindo “uma larga fatia de unidades solares, nucleares e geotermais” que estão em desenvolvimento e não estarão terminadas até essa data. Os créditos deverão reduzir gradualmente até desaparecerem em 2031.

Os incentivos para a compra de veículos elétricos vão desaparecer, em grande parte, até ao final de 2025. É também até ao final do ano que os incentivos à produção de combustíveis a hidrogénio deixam de existir. Os benefícios fiscais para as fábricas domésticas de baterias ou painéis solares cessam até 2031, sendo que estarão sujeitos a restrições que tornam “extremamente difícil aceder-lhes”, avalia a mesma publicação.

Jason Smith, o responsável pelo comité que elaborou a proposta, o Comité de “Formas e Maneiras” (Ways and Means), considerou que o diploma “acaba com as ‘borlas’ aos interesses particulares e vai responsabilizar a elite woke e as entidades que beneficiam do sistema fiscal”, concretizando a promessa de Trump de e ‘colocar a América em primeiro lugar’.

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E-mail falso da CNE para voto online? Foi só um banco a testar os funcionários para ataques de phishing

Caso denunciado pela Comissão de Eleições como tentativa de fraude foi, afinal, apenas uma empresa a testar se os trabalhadores identificavam e denunciavam uma tentativa de ataque, apurou o ECO.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) alertou esta terça-feira que “está a circular um e-mail fraudulento que, de forma ilícita, utiliza a identidade da Comissão, apresentando um endereço de remetente falsificado e disponibilizando um link para votar online”. No entanto, segundo apurou o ECO, a mensagem eletrónica em causa não se tratou de uma tentativa de fraude nem está em circulação. Foi apenas um banco que resolveu testar os funcionários para ciberataques.

O porta-voz da CNE, André Wemans, confirmou ao ECO que “no processo de investigação” desta situação que começou por ser denunciada às autoridades por um colaborador dessa instituição financeira (que não é um dos grandes bancos do sistema), a Comissão “foi informada tratar-se de uma campanha de phishing interna sobre as eleições legislativas de forma a testar a capacidade de identificação e denúncia de tentativas de ataques de phishing por parte dos colaboradores de uma empresa particular”.

Não teve a CNE informação de outros casos semelhantes, mas, por uma questão de informação e esclarecimento, considerou importante emitir o comunicado [a alertar] que quaisquer emails com estes conteúdos devem ser considerados uma tentativa de fraude”, acrescentou o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições.

Nessa nota enviada esta tarde às redações, apesar de já ter apurado que apenas estava em causa esta iniciativa específica e de uma única empresa, cuja identidade é protegida a pedido da fonte, este órgão independente que funciona junto da Assembleia da República resolveu, ainda assim, alertar que “essa mensagem constitui uma tentativa de fraude, com o objetivo de induzir os eleitores a acederem a uma ligação maliciosa”.

Na verdade, a CNE aproveitou este caso (que se revelou ser fictício) para avisar a população que “não existe votação online e que “em Portugal, o voto é presencial e exercido diretamente pelo eleitor, nos termos das leis eleitorais”. “Recomenda-se a todos os cidadãos que não acedam ao link contido nesses e-mails e que procedam à sua eliminação imediata”, acrescentou.

No mesmo comunicado, que a CNE reconheceu ao ECO que foi alvo de comunicação para poder servir de alerta para futuros casos, acrescenta ainda que, neste tipo de casos, “caso tenha acedido ao link ou fornecido qualquer tipo de informação, deve reportar a ocorrência às autoridades competentes, nomeadamente à Polícia Judiciária e ao Centro Nacional de Cibersegurança”.

“A Comissão está a acompanhar esta situação em articulação com as entidades responsáveis pela segurança digital e continuará a adotar todas as medidas necessárias para salvaguardar a integridade do processo eleitoral”, conclui a nota da Comissão Nacional de Eleições, divulgada a poucos dias das eleições legislativas, agendadas para 18 de maio.

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Rússia sem medo de sanções ocidentais

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

"Não há necessidade de ter medo. Quem começa a ter medo perde rapidamente", disse o líder russo.

O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou esta terça-feira que “não há necessidade de temer” sanções do Ocidente devido à guerra na Ucrânia, referindo, porém, que é preciso que a Rússia esteja preparada para reduzir os seus efeitos.

Não há necessidade de ter medo. Quem começa a ter medo perde rapidamente”, disse o líder do Kremlin numa reunião com membros de uma organização empresarial, após um grupo de países ocidentais terem ameaçado Moscovo com novas sanções se recusar a suspensão dos combates na Ucrânia.

Vladimir Putin recomendou, no entanto, que se deve “compreender o que pode acontecer” como resultado das restrições ocidentais. “Temos de estar preparados para qualquer movimento que os nossos potenciais adversários futuros possam fazer”, insistiu. O líder russo fez estas declarações após ameaças dos líderes do Reino Unido, Alemanha, França e Polónia sobre a imposição de novas e duras sanções à Rússia caso o Kremlin recuse um cessar-fogo de um mês na Ucrânia.

O novo chanceler alemão, Friedrich Merz, reiterou que, se não houver progressos esta semana em direção a um cessar-fogo duradouro na Ucrânia, serão impostas novas sanções europeias contra a Rússia, e manifestou confiança de que será possível garantir o apoio de todos os Estados-membros da União Europeia (UE) para atingir este objetivo.

Merz observou que o 17.º pacote de sanções europeias já foi formulado e aguarda aprovação em junho, enquanto a Alemanha e outros países defenderão medidas punitivas adicionais contra Moscovo se não houver progressos esta semana. O Kremlin, por sua vez, rejeitou ultimatos dos países europeus e realçou que seria inaceitável falar com Moscovo nesse contexto.

Putin disse no sábado que estava pronto para conversações diretas com a parte ucraniana na quinta-feira, em Istambul, na Turquia, mas continua sem confirmar a sua presença. Esta terça, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu aos aliados ocidentais para adotarem as sanções “mais pesadas” de sempre se o líder russo recusar a sua presença no encontro marcado para a Turquia.

A ausência de Vladimir Putin em Istambul será o “sinal definitivo” de que Moscovo não quer parar a guerra nem está disposto a negociar, advertiu Zelensky. Ao mesmo tempo, Vladimir Putin afirmou esta terça que entre 50 mil e 60 mil pessoas se juntam “voluntariamente” aos combates na Ucrânia todos os meses, alegando que este número contrasta com as tentativas ucranianas de recrutar militares “como cães”.

Segundo o líder do Kremlin, enquanto a Ucrânia pratica uma “mobilização forçada”, na Rússia “entre 50.000 e 60.000 jovens alistam-se voluntariamente” todos os meses.

O Kremlin sempre afirmou que não tem de recorrer a mobilizações em massa como a que levou ao recrutamento de 300 mil pessoas em setembro de 2022, embora as tropas russas tenham sido reforçadas nos últimos anos com mercenários ou prisioneiros condenados em busca de algum tipo de benefício nas suas penas, além do contingente de militares norte-coreanos.

As autoridades russas também não forneceram um número claro de baixas desde o início da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022. Os ucranianos afirmam que o número de baixas entre as forças russas ronda os 950 mil militares mortos ou feridos.

Segundo informações divulgadas por um projeto da estação televisiva britânica BBC e do órgão independente russo Mediazona, elaboradas a partir de dados verificáveis, pelo menos 107 mil militares russos morreram desde o início do conflito até 5 de maio, mas o valor estimado aumenta para 165 mil se englobar os níveis relativos ao excesso de mortalidade entre homens.

Em dezembro passado, Zelensky indicou que 43 mil militares ucranianos morreram até àquela data e outros 370 mil ficaram feridos, mas os números reais poderão ser muito superiores. A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

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Ajudas de custo em Portugal são as quintas mais baixas para eurocratas

Novas diretrizes fixam o valor que autoridades da UE podem gastar em hotéis e despesas diárias, dependendo do país em que estão. No caso de Portugal, os eurocratas podem gastar 121 euros por estadia.

Portugal é um dos países onde as ajudas de custo são mais baixas ao nível da União Europeia. Segundo os novos limites fixados por Bruxelas, há apenas quatro países com custos mais baixos no alojamento e, considerando as despesas diárias, Portugal apenas é ultrapassado pela Bulgária e Roménia.

De acordo com a lista definida, oficiais europeus em Portugal podem gastar até 121 euros por noite num hotel. Trata-se do quinto valor mais baixo na União Europeia, segundo a nova regulação publicada por Bruxelas.

Já no que diz respeito aos gastos diários, um eurocrata pode gastar até 95 euros por dia, o mesmo valor fixado para a Polónia. Só na Hungria e na Roménia está definido um teto mais baixo: 78 e 88 euros, respetivamente.

Em sentido oposto, França é o país com as despesas de custo mais altas, sendo permitido gastar até 212 euros por noite para se hospedar num hotel e 127 em gastos diários.

No que diz respeito às despesas diárias autorizadas, é, porém, nos países nórdicos que há ajudas de custo mais altas. Na Dinamarca o limite é de 172 euros por dia e na Finlândia de 155 euros.

 

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Pedro Nuno lembra bom trabalho da geringonça mas diz que agora é preciso PS ganhar

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

"Uma coisa é certa, o Partido Socialista tem de ganhar estas eleições, de outra forma nós não vamos ter estabilidade", apelou o secretário-geral socialista.

O secretário-geral socialista sublinhou esta terça-feira que os partidos à esquerda “trabalharam bem” conjuntamente no passado, mas que agora o PS precisa de ganhar as eleições e construir uma solução governativa estável com o parlamento que sair das legislativas.

“O que é importante é que nós já tivemos a oportunidade de trabalhar no passado e trabalhámos bem, mas neste momento o Partido Socialista precisa de ganhar as eleições”, respondeu aos jornalistas Pedro Nuno Santos quando questionado sobre as críticas e os apelos que vieram dos partidos à esquerda do PS.

Segundo o líder do PS, para haver “uma mudança política em Portugal”, os socialistas precisam de vencer as eleições e é nisso que disse estar focado. “Depois, a partir do parlamento que sair do dia 18 de maio, nós encontraremos as soluções de estabilidade. Se alguma coisa nós mostrámos ao longo dos nossos governos – eu próprio – foi que temos capacidade para dialogar e para construir soluções duradouras”, enfatizou.

Perante a insistência dos jornalistas sobre as soluções de governabilidade, Pedro Nuno Santos respondeu que é preciso “esperar pelo dia 18 de maio para perceber as condições” com que se pode encontrar essa solução. “Uma coisa é certa, o Partido Socialista tem de ganhar estas eleições, de outra forma nós não vamos ter estabilidade”, apelou, recusando que haja qualquer tabu sobre o tema e que neste momento o seu partido, tal como todos os outros, “está a lutar pela vitória”.

O porta-voz do Livre criticou o líder do PS, Pedro Nuno Santos, por ter mais tática do que estratégia ao querer manter todas as opções em aberto e não dizer claramente o que quer fazer. O secretário-geral do PCP reafirmou que a CDU nunca falhou “às soluções concretas para a vida das pessoas”, desvalorizando Livre e PS, que acusa de andarem a “fazer apelos uns aos outros”.

Já a coordenadora nacional do BE, Mariana Mortágua, afirmou que não basta à esquerda dizer que quer ir para o Governo, é preciso ter um programa concreto, e rejeitou que a sobrevivência do partido esteja em causa nestas eleições.

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Patrícia Nunes Coelho troca Control por clínicas OralMed

Após 12 anos na Control, Patrícia Nunes Coelho assumiu a direção de marketing da OralMed. "Elevar a brand awareness da marca" é o objetivo.

Conversas +M - Marcas e Festivais de Música - 08JUL24
Patrícia Nunes Coelho, fotografada no Estúdio ECOHugo Amaral/ECO

Patrícia Nunes Coelho assumiu a direção de marketing e trade da OralMed Saúde. “Foram 12 anos dedicados à Control. É altura de virar a página e seguir a minha missão de criar valor e criar marcas“, resume a profissional ao +M.

A conversa com o grupo de medicina dentária, recorda, teve início já no final de novembro. Com o namoro a terminar em casamento, Patrícia Nunes Coelho diz que se até aqui o seu objetivo era “colocar na ‘conversa’ a democratização da sexualidade”, sendo responsável ibérica da Control, agora a ideia é trazer para o diálogo a saúde oral, “à qual todos deviam, e precisam, de ter acesso“.

Com uma equipa de mais de uma dezena de profissionais, entre marketing e trade marketing, o desafio é “elevar a brand awareness da marca”, que tem Tony Carreira como embaixador. Até agora, explica a responsável, o foco tem sido na geração de leads e em conversão.

O grupo OralMed, descreve a até abril diretora ibérica da LifeStyles Healthcare, conta com cerca de 1.500 profissionais – 400 médicos dentistas – e atende mais de três mil pessoas por dia, repartidas pelas 70 clínicas que têm espalhadas pelo país.

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Novobanco financia-se em 500 milhões com obrigações cobertas

Banco liderado por Mark Bourke colocou 500 milhões de euros em obrigações cobertas junto sobretudo de investidores europeus. Pagará taxa de 2,5%.

O Novobanco concretizou um financiamento de 500 milhões de euros através da emissão de obrigações cobertas com o prazo de quatro anos, títulos pelos quais pagará um cupão anual de 2,5%, segundo anunciou esta terça-feira.

Em comunicado enviado ao mercado, o banco liderado por Mark Bourke adianta que esta transação lhe permite “diversificar e otimizar as suas fontes de financiamento”.

A alocação final compreendeu “uma base de investidores geograficamente diversificada”, incluindo da Alemanha, Áustria e Suíça (32%) e Nórdicos (28%), acrescenta na nota publicada no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Refere ainda que a emissão foi “maioritariamente” colocada junto de investidores institucionais, designadamente gestores de ativos (40%) e governos e agências governamentais (35%).

Estes títulos de dívida são garantidos por um conjunto de ativos, normalmente créditos da casa, e permitem aos bancos reforçarem a sua capacidade de financiamento.

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