Segurança Social Direta indisponível sete horas na noite de sábado para domingo

  • Lusa
  • 24 Outubro 2024

A intervenção técnica deixará o portal indisponível entre as 20:00 de sábado, dia 26 de outubro, e as 03:00 de domingo.

O portal da Segurança Social Direta vai estar temporariamente indisponível durante algumas horas na noite de sábado para domingo, devido a uma intervenção técnica, anunciou esta quinta-feira o Instituto da Segurança Social (ISS).

A Segurança Social informa que, por motivos de intervenção técnica programada no seu Sistema de Informação, o portal da Segurança Social Direta (SSD) ficará indisponível, previsivelmente, no período entre as 20:00 de sábado, dia 26 de outubro, e as 03:00 de domingo, dia 27 de outubro”, adianta o instituto liderado por Octávio de Oliveira, numa nota publicada no site.

Esta intervenção tem como intuito “melhorar a qualidade dos serviços digitais disponibilizados, procurando uma maior aproximação aos cidadãos e empresas e proporcionar uma maior comodidade e eficácia na sua relação com a Segurança Social”, acrescenta. Na segunda-feira, o instituto informou que “reativou a funcionalidade de registo e alteração de IBAN na Segurança Social Direta”, após o serviço ter estado suspenso durante cerca de duas semanas.

Nesse contexto, a Segurança Social implementou “novas soluções que reforçam a segurança no processo de inserção ou alteração de IBAN”, de modo a “garantir maior proteção e segurança aos beneficiários”.

Deste modo, quem quiser voltar a registar ou alterar o IBAN na Segurança Social Direta no menu tem de aceder ao seu perfil, depois ir a conta bancária e aí registar o IBAN. Tem ainda que inserir o comprovativo de titularidade da conta bancária e aguardar pela validação do IBAN pelos serviços competentes, dado que o “IBAN não ficará imediatamente válido”.

“O titular será notificado na área ‘Mensagens’ da Segurança Social Direta após validação do processo por parte dos serviços da Segurança Social”, explicou ainda o instituto. Segundo a Segurança Social, esta é ainda uma “solução provisória, enquanto não está disponível solução de conferência da titularidade da conta”.

À Lusa, o Instituto da Segurança Social tinha confirmado, no início de outubro, a existência de cerca de 90 situações de burla relacionadas com a alteração de IBAN na Segurança Social Direta sem intervenção dos beneficiários, estimando um impacto de 60 mil euros.

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OE2025. PS vai votar contra a descida do IRC na especialidade

  • ECO
  • 24 Outubro 2024

Socialistas vão dar aval à proposta de Orçamento do Estado abstendo-se na votação final, mas irão chumbar na especialidade a proposta de descida de IRC em um ponto percentual.

O PS vai votar contra a descida do IRC na discussão na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2025 apresentada pelo Governo há duas semanas, segundo avança o Observador (acesso pago) e confirmou o ECO junto de fontes socialistas.

Pedro Nuno Santos já prometeu viabilizar o Orçamento do Estado para o próximo ano através da abstenção da bancada socialista. Porém, os socialistas irão votar contra a descida do IRC em um ponto percentual para 20% – foi uma das razões para não ter chegado a um acordo com o Governo – quando o Parlamento discutir o documento na especialidade.

Do lado do PS, ainda assim, acredita-se que a descida do IRC acabará por passar com os votos do Chega, que sempre se mostrou favorável a esta medida.

A votação do Orçamento do Estado na generalidade está marcada para dia 31 de outubro. Uma vez que o PS já sinalizou a abstenção ao documento, a fase de especialidade vai decorrer entre 22 e 29 de novembro, data em que irá a votação final global.

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Daniel Chapo venceu eleição presidencial de Moçambique com 70,67%

  • Lusa
  • 24 Outubro 2024

A Frelimo obteve, para o parlamento, 195 mandatos. Já a Renamo foi destronada pelo Podemos, que passa a ser o maior partido a oposição.

 

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) moçambicana anunciou esta quinta-feira a vitória de Daniel Chapo (Frelimo) na eleição a Presidente da República de 9 de outubro, com 70,67% dos votos, resultados que ainda carecem da validação do Conselho Constitucional.

Segundo os resultados do apuramento geral das eleições, anunciados pelo presidente da CNE, Carlos Matsinhe, em Maputo, Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), venceu com mais de 50% dos votos em todos os círculos eleitorais do país, somando no total 4.912.762 votos.

Venâncio Mondlane, apoiado pelo Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos, extraparlamentar), ficou em segundo lugar, com 20,32%, totalizando 1.412.517 votos.

Na terceira posição da eleição presidencial ficou Ossufo Momade, presidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), até agora maior partido da oposição, com 403.591 votos (5,81%), seguido de Lutero Simango, presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM, terceiro partido parlamentar), com 223.066 votos (3,21%).

Votaram nesta eleição 43,48% dos mais de 17,1 milhões de eleitores inscritos. Segundo Carlos Matsinhe, o apuramento eleitoral foi feito por consenso em 87% dos 154 distritos.

A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder) garantiu mais 11 deputados, e o até agora extraparlamentar Podemos destronou a Renamo na liderança da oposição, segundo dados da CNE. A Frelimo obteve, para o parlamento, 195 mandatos.

Além de reforçar a maioria no parlamento, que conta com um total de 250 deputados, a Frelimo também viu o seu candidato presidencial ser eleito com 70,67% dos votos.

O Podemos, pequeno partido até agora extraparlamentar e que apoiou a candidatura presidencial de Venâncio Mondlane, ficou em segundo lugar, elegendo 31 deputados. De acordo com os resultados anunciados pela CNE, a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), até agora maior partido da oposição, caiu de 60 para 20 deputados.

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) mantém a representação parlamentar, mas viu o total de deputados cair de seis para quatro. O partido Frelimo conquistou em 2019 um total de 184 mandatos à Assembleia da República, correspondente a 71,28%. A Renamo elegeu então 60 deputados (22,28%), seguida do MDM, com seis deputados (4,19%).

Em 2019 registou-se uma afluência às urnas, segundo os dados oficiais, de 52% dos mais de 13,1 milhões de eleitores inscritos para votar. Votaram nesta eleição 43,48% dos mais de 17,1 milhões de eleitores inscritos. Segundo Carlos Matsinhe, o apuramento eleitoral foi feito por consenso em 87% dos 154 distritos, enquanto a ata do resultado geral do apuramento, na CNE, foi aprovada com nove votos a favor e sete contra.

Antes de anunciar os resultados centralizados do apuramento geral, que se prolongou por mais de três horas, o presidente da CNE explicou que “ao longo do dia da votação e do processo de contagem de votos foram instaurados vários processos contenciosos junto dos tribunais judiciais”, bem como “alguns canalizados ao Conselho Constitucional”.

“Processos esses que se espera a tomada das decisões competentes. Entretanto, a CNE é obrigada pela lei a anunciar o resultado da votação até 15 dias após a votação (…), não podíamos esperar as decisões desses contenciosos”, disse, admitindo que essas decisões “podem ter impacto nos resultados”.

“O anúncio dos resultados não fecha todo o processo, até que tenha havido a validação dos resultados e a proclamação dos vencedores”, acrescentou. Após o apuramento intermédio, ao nível dos 154 distritos e depois nas províncias, a CNE tinha 15 dias para anunciar os resultados oficiais, cabendo agora ao Conselho Constitucional a proclamação dos resultados, após concluir a análise, também, dos recursos dos candidatos e partidos da oposição, neste caso sem prazo definido para esse efeito.

O anúncio dos resultados acontece no primeiro de dois dias de greve geral e manifestações em todo o país convocadas pelo candidato Venâncio Mondlane contra o processo eleitoral deste ano.

O processo eleitoral de 2024 tem sido criticado por observadores internacionais, que apontam várias irregularidades, e marcado pela violência, com protestos na rua que levaram à intervenção da polícia com lançamento de gás lacrimogéneo e tiros para o ar, e o duplo homicídio de dois apoiantes do candidato presidencial Venâncio Mondlane, o advogado Elvino Dias e o docente Paulo Guambe, mortos a tiro numa emboscada em Maputo na noite de 18 de outubro.

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Espelho partido pelo ‘good-zila’? “Simples. Nós resolvemos”, diz Seguro Directo em campanha

  • + M
  • 24 Outubro 2024

A campanha - que explora um "universo fantástico e exagerado, com recurso a um tom humorístico" - marca presença em televisão, digital, rádio, outdoor, display e redes sociais.

“Simples. Nós resolvemos” – mesmo nas situações mais improváveis, como ter um espelho partido pelo good-zila -, diz a Seguro Directo, marca do Grupo Ageas Portugal, na sua nova campanha assinada pela Gravity Creative Dynamics e produzida pela Show Off | Mola.

“Os desafios de comunicação de uma marca de seguros, no mundo das seguradoras diretas, são vários, nomeadamente quando os objetivos são eficácia e a memorização. Na Seguro Directo sentimos que era o momento de recuperar o lado mais humano e próximo, num tom fun que a marca já teve no passado. Por isso, surge esta campanha, com uma assinatura que reflete a promessa que a marca tem – o cliente no centro da sua estratégia”, diz Hugo Julião, diretor de marketing canal e digital do Grupo Ageas Portugal, citado em comunicado.

A campanha explora um “universo fantástico e exagerado, com recurso a um tom humorístico”, sendo que “através de situações inusitadas, cria empatia e evidencia a importância da proteção do seguro”, refere-se em nota de imprensa. “A presença da personagem ‘improvável’, good-zila, inicia uma nova vertente da comunicação da marca que irá incluir várias personagens a partir de agora”, acrescenta-se.

O objetivo passa por “reforçar a importância dos seguros e destacar a Seguro Directo como a solução ideal para enfrentar os imprevistos do dia-a-dia de forma fácil e rápida, diferenciando-se da concorrência pela sua simplicidade e conveniência”.

Por parte da agência Gravity Creative Dynamics, o diretor criativo Ricardo Agostinho refere que o desafio recebido “permitia sonhar, viajar, gravitar pelo mundo das ideias e das possibilidades de contar uma história”. “Foi do briefing que se libertou a coragem e criámos uma linha de personagens, gigantes e fantásticas, uma metáfora das nossas vidas, uma ideia para viver até nos meios mais improváveis“, acrescenta.

Já Luciano Ottani, realizador da Show Off | Mola, diz que “este projeto permitiu explorar técnicas de filmagem e pós-produção únicas”. “Em parceria com a agência Gravity Creative Dynamics e com o apoio da Seguro Directo, garantimos que cada detalhe desta personagem – Good-zila -, fosse tão amigável e marcante quanto o idealizado. A mesma confiança que os clientes depositam na Seguro Directo foi também colocada em nós. Encarámos um desafio complexo, ao qual respondemos com muito entusiasmo””, refere.

A campanha marca presença em televisão, digital, rádio, outdoor, display e redes sociais, tendo o planeamento de meios ficado a cargo da Arena Media. Os spots contam com a participação de Cláudia Gomes e António Rocha nos papéis principais de condutores de carro e moto, respetivamente, e de Nuno Pinheiro enquanto interveniente. As vozes dos spots de rádio ficaram a cargo dos atores Nuno Lopes e Sara Prata.

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Tribunal de Contas aponta infração financeira à Universidade Coimbra

  • Lusa
  • 24 Outubro 2024

A Universidade de Coimbra procedeu ao pagamento de 722 faturas, antes da submissão do contrato e pronúncia do Tribunal de Contas

O Tribunal de Contas considerou que a Universidade de Coimbra terá praticado uma infração financeira, no âmbito de uma modificação de contrato de aquisição de serviços de transportes aéreo e ferroviário, aluguer de viaturas, alojamentos e inscrição em eventos.

“O instrumento contratual outorgado em 20 de maio de 2022, com o valor de 618 mil euros (isento de IVA), encontrava-se sujeito a fiscalização prévia do Tribunal de Contas [TdC](…). Como tal, não podia produzir efeitos financeiros (pagamentos) antes da pronúncia do TdC”, refere.

Num relatório de apuramento de responsabilidade financeira sancionatória, publicado este mês, o Tribunal de Contas alega que a Universidade de Coimbra (UC) procedeu ao pagamento de faturas, antes da submissão e pronúncia do TdC. Ao todo, a UC procedeu ao pagamento de 722 faturas, entre 28 de junho de 2022 e 06 de junho de 2023, no montante de 584.649,59 euros. Segundo o TdC, os pagamentos desrespeitaram a Lei de Organização e Processo do Tribunal de Contas (LOPTC) e são suscetíveis de “consubstanciar a prática da infração financeira”.

“Esta ilegalidade foi reconhecida pela UC e justificada como tendo sido um lapso dos serviços, que decorreu de um erro de interpretação da alteração da disciplina legal das modificações aos contratos e que os pagamentos foram feitos na convicção de serem legais ou estarem perante uma situação de urgência imperiosa”, lê-se no documento.

Quanto aos responsáveis pela prática desta infração, o TdC identifica o reitor da UC, bem como o diretor de Serviços de Gestão Financeira e os chefes da divisão de Contabilidade Financeira e de Orçamento e Conta. O Relatório do TdC indica ainda que a eventual condenação em responsabilidade financeira sancionatória, a efetivar em processo de julgamento, é sancionável com multa entre os 2.550 e os 18.360 euros.

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Governo alinha condições do PPR europeu ao PPR nacional

Depois de equiparar o tratamento fiscal do PEPP aos PPR nacionais, o Governo harmoniza agora as condições regulatórias do produto europeu, nomeadamente ao nível das condições de resgate.

O Governo aprovou esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, um projeto de diploma que visa regular produtos financeiros, com especial enfoque no Produto Europeu de Poupança para a Reforma (PEPP), conhecido também como PPR europeu.

Segundo António Leitão Amaro, ministro da Presidência, este diploma introduz ajustes à legislação nacional para alinhar as condições do PEPP com as condições aplicadas aos Planos de Poupança Reforma (PPR) nacionais, não em termos fiscais, mas em matéria regulatória. “O objetivo é proporcionar aos portugueses uma gama mais ampla de opções de poupança e incentivar o aumento da taxa de poupança no país”, destacou o ministro, em conferência de imprensa.

Este alinhamento regulatório abrange a aplicação de condições muito semelhantes às estabelecidas por lei no reembolso dos PPR nacionais aos PEPP. “O alinhamento, ou aproximação, entre o PEPP e os PPR é visível nas condições de reembolso (ou acesso aos benefícios), embora no PEPP as condições sejam apesar de tudo um pouco mais restritas, dado que os PPR já têm outras utilizações para além de produto de poupança para a reforma”, refere ao ECO fonte oficial do Ministério das Finanças.

Esta medida segue uma outra iniciativa aprovada anteriormente pelo Parlamento que já tinha equiparado o tratamento fiscal do PEPP ao dos PPR nacionais. De acordo com essa legislação, os PEPP passarão a beneficiar dos mesmos incentivos fiscais que os PPR – e agora também em matéria regulatória.

Com estas medidas, o Governo pretende não apenas harmonizar as condições regulatórias entre o PEPP e os PPR, mas também reforçar a competitividade do mercado de produtos de poupança em Portugal.

A expectativa é que estas iniciativas contribuam para um aumento significativo na adesão dos consumidores a este tipo de produtos financeiros assim que eles foram disponibilizados aos investidores, promovendo assim uma cultura de poupança mais robusta entre os portugueses.

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“O futuro da economia está construído no capital humano”, diz professor da Universidade de Nova Iorque

  • ECO
  • 24 Outubro 2024

Professor Robert Seamans, da Universidade de Nova Iorque, acredita que o futuro da economia está na inteligência artificial, mas também no capital humano.

O professor Robert Seamans afirmou esta quinta-feira que “o futuro da economia será construído no capital humano“, mas também depende da inteligência artificial. O diretor do Centro para o Futuro da Gestão da Universidade de Nova Iorque participou nas Conferências do Estoril, na Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova SBE).

Robert Seamans, professor da Universidade de Nova Iorque, nas Conferências do Estoril, na Nova SBE.Hugo Amaral/ECO

Na visão do académico, o conhecimento técnico desta nova tecnologia é importante, mas também é crucial para o sucesso dos negócios a experiência que os humanos têm acumulado ao longo das suas carreiras.

Por outro lado, apesar do futuro da economia estar ligado à inteligência artificial, este impacto económico demorará algum tempo a ser notado, refere o especialista. “As novas tecnologias não são plug and play“, disse.

Além disso, a ferramenta precisa de investimentos complementares, que em média são mais do dobro do investimento na tecnologia em si. Um braço de robô que custe 30 mil dólares, por exemplo, implica um investimento complementar (para executar essa tecnologia numa área específica) de 60 mil dólares, indicou o especialista em gestão.

Já em termos de profissões e salários, o professor afirmou que as pessoas em cargos mais elevados e com salários superiores são as que estão mais expostas à inteligência artificial.

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Lucros da Navigator crescem 20% para 241,4 milhões até setembro

Papeleira lançou apoios para os produtores afetados pelos incêndios. Vai continuar a pagar madeira a preço de mercado e a usar como fonte de biomassa triturada a que não possa ser usada na indústria.

A Navigator fechou os primeiros nove meses com um resultado líquido de 241,4 milhões de euros, o que representa uma subida de 20,3% face aos lucros obtidos em igual período do ano passado. A empresa lançou ainda um conjunto de apoios aos produtores florestais afetados pelos incêndios, garantindo que vai dar apoios para selecionar e segregar a madeira sem quaisquer vestígios de carvão, continuando a pagar a madeira destas regiões a preços de mercado e “combaterá assim qualquer eventual tentativa de aproveitamento especulativo.”

O EBITDA atingiu os 431,3 milhões de euros, nos primeiros nove meses do ano, um aumento de 14,5% face ao período homólogo de 2023, enquanto a margem EBITDA subiu 1,7 pontos percentuais para 27,5%, adianta a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O volume de negócios subiu 7,4% para 1.569 milhões de euros, face aos primeiros nove meses de 2023. Olhando para os vários segmentos de negócio, as vendas de papel de impressão e embalagem da Navigator cresceram 17% nos primeiros nove meses do ano face ao período homólogo, com o valor das vendas a crescer 7%. No tissue, o volume de vendas registou um aumento de 53% para 155 mil toneladas, com um crescimento do valor de vendas de cerca de 48%, face ao período homólogo.

“Estes resultados são fruto da resiliência da Navigator perante a volatilidade do mercado, da sua eficiência na gestão do mix de negócios, da estratégia comercial e do controlo de custos”, refere a empresa em comunicado, acrescentando que, “em termos comerciais, a robustez dos preços de papel de impressão, de embalagem e de tissue e o maior peso dos novos segmentos de negócio, tissue e packaging, garantiram os bons resultados registados.

A papeleira, que esta semana anunciou que já arrancou a produção na nova fábrica de embalagens de celulose moldada em Aveiro, destaca ainda o foco”na eficiência e gestão de custos, permitiu nova redução significativa de cash costs entre 4% e 12%, face ao período homólogo, em todos os segmentos de pasta e papel (impressão e escrita, tissue e packaging)” e uma redução de custos entre 20 e 30%, desde o valor máximo atingido em finais de 2022.

Apoio a fornecedores afetados pelos incêndios

A companhia adiantou ainda que lançou ações para apoiar fornecedores e produtores florestais afetados pelos incêndios de setembro.

A empresa compromete-se a implementar meios de apoio para que seja possível selecionar e segregar a madeira sem quaisquer vestígios de carvão, assim como continuar a pagar a madeira das regiões afetadas pelos incêndios a preço de mercado, “assumindo ainda um premium de preço para apoiar o seu descasque que elimine qualquer eventual vestígio de carvão, de forma a cumprir os exigentes critérios de qualidade definidos nas condições de receção das nossas fábricas e permitir o seu aproveitamento para produção de celulose – o uso industrial que mais a valoriza”.

Entre as medidas anunciadas inclui-se ainda um reforço das ajudas à aquisição de equipamentos florestais e disponibilizados adiantamentos de tesouraria aos nossos fornecedores e parceiros atingidos por este flagelo e, “para a madeira queimada ou com vestígios de carvão que não venha a ser possível valorizar para fins industriais, será aceite a sua utilização como fonte de biomassa triturada para produção de energia renovável, sendo igualmente paga a preços de mercado.”

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Preço das casas vai continuar a subir em 2025, prevê Paulo Macedo

  • Lusa
  • 24 Outubro 2024

Aumento dos preços na habitação deve-se a uma “oferta insuficiente”, ao “aumento da procura”, sem que haja uma “reposição da capacidade produtiva de empresas com oferta de casas a preços acessíveis”.

A CGD prevê que em 2025 o preço da habitação continue a aumentar, porque a procura de casas vai continuar a ser muito superior à oferta, afirmou esta quinta-feira o presidente executivo, Paulo Macedo. “Nós vemos um continuar do aumento dos preços [em 2025], porque não vemos que vá haver oferta” suficiente para a procura, disse Paulo Macedo na sessão de abertura da conferência “Encontro Fora da Caixa” que se realizou em Faro, com o tema “A importância da gestão dos recursos naturais para o futuro do país”.

O CEO referiu que o aumento dos preços na habitação, que a CGD espera para o próximo ano, deve-se a uma “oferta insuficiente”, ao “aumento da procura”, sem que haja uma “reposição da capacidade produtiva de empresas com oferta de casas a preços acessíveis”.

Esta posição foi assumida numa parte da sua intervenção em que Paulo Macedo traçou o contexto macroeconómico que o banco que dirige espera em 2025, com a economia crescer, nomeadamente por via da subida do consumo, a influência do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) com uma “execução significativa”, uma baixa inflação e uma redução das taxas de juro.

“Vemos a economia a crescer, mas não tanto como gostaríamos, a uma taxa de 3%, uma meta dos economistas”, disse o banqueiro que avisou que estas perspetivas de curto prazo têm “algum risco”.

No que diz respeito aos particulares, Paulo Macedo refere que estão criadas as condições para haver uma melhor taxa de esforço, uma maior capacidade de endividamento, um aumento do investimento, do crédito ao consumo, e do crédito à habitação, mantendo-se o nível do emprego.

A CGD espera que o rendimento disponível aumente, com uma subida do rendimento real dos trabalhadores e dos pensionistas, uma baixa dos impostos, uma redução de taxas de juro e duma diminuição da inflação.

Quanto ao setor bancário, Paulo Macedo voltou a indicar que o setor terá “lucros máximos” em 2024, mas “menor margem” em 2025, o que trará uma redução dos lucros no ano que vem. “A banca este ano terá um bom ano, mas com a queda das margens os resultados da banca vão baixar em 2025”, disse o presidente executivo da CGD.

Paulo Macedo assegurou que “hoje a Caixa está bem, está num bom caminho” e traçou um futuro em que a empresa tomará cada vez mais atenção aos investimentos sustentáveis em setores como o do Mar, “geradores de benefícios económicos, sociais e ambientais”.

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António Horta Osório deixa vice-presidência do grupo Impresa. É substituído por Pedro Barreto

Pedro Barreto será administrador não-executivo da Impresa, em substituição de António Horta Osório, que deixa de desempenhar estas funções no grupo ao fim de dois anos.

António Horta Osório deixa no próximo dia 31 a vice-presidência do grupo Impresa. “Aceitei, com muito gosto, o convite que me foi lançado por Francisco Pinto Balsemão, uma pessoa por quem nutro uma grande estima, numa empresa tão relevante em Portugal. Ao longo deste período, tive a oportunidade de partilhar a minha visão sobre os desafios e oportunidades do setor dos media. No entanto, a minha atividade internacional impede-me de continuar a acompanhar com a mesma regularidade dos últimos anos a Impresa“, justifica António Horta Osório, citado em comunicado. O profissional continua a colaborar com o grupo, “como senior advisor sempre que necessário”, avança.

Francisco Pedro Balsemão explica que António Horta Osório transmitiu “a sua impossibilidade em desempenhar, com a regularidade e presença desejadas, as suas funções de vice-presidente”. “Percebemos a sua situação e tomámos esta decisão em conjunto, em benefício de ambas as partes“, conclui o CEO do grupo.

O também senior advisor da Cerberus, da Mediobanca, administrador da INPAR e senior advisor da Precision Capital (holding pessoal do Sheik Al- Thani) no Quatar e membro do conselho de administração da Teya será substituído por Pedro Barreto, que será administrador não-executivo e vice-presidente do grupo dono da SIC e do Expresso.

“Agradeço, em meu nome e em nome da Impresa, o apoio pessoal e profissional que António Horta Osório nos deu nestes dois anos e fico contente por poder continuar a beneficiar das suas opiniões enquanto senior advisor. Contamos agora com Pedro Barreto para trazer formalmente a sua visão e experiência para a área dos media”, sublinha Francisco Pedro Balsemão.

O novo vice-presidente do grupo conta com 36 anos de experiência no banco BPI, 20 dos quais como membro executivo do conselho de administração. Foi vice-presidente do BCI Moçambique durante mais de 10 anos e membro do conselho de administração da SIBS, Unicre e Allianz entre 2014 e 2017. É licenciado em Administração e Gestão de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa, descreve a Impresa no mesmo comunicado.

“Foi um desafio que aceitei, naturalmente, com muito gosto. O setor dos media passa por um período de desafios relevantes, mas também há oportunidades a explorar. O papel da comunicação social, e em particular do Grupo Impresa, na sociedade portuguesa, é um fator determinante para encarar esta nova etapa com entusiasmo”, acrescenta o Pedro Barreto.

António Horta Osório integrou a administração da Impresa em julho de 2022, assumindo a função de vice-presidente. “António Horta Osório participará ativamente na definição da estratégia para o futuro da Impresa, em tempos de profundas mudanças para os meios de comunicação social. O Grupo beneficiará muito com a sua experiência internacional e com o seu conhecimento da realidade do nosso país”, sublinhava na altura Francisco Pedro Balsemão.

(atualizada às 19h10)

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Especialistas admitem que IA vai criar empregos, mas alertam para risco de desigualdade

Num painel dedicado ao impacto da inteligência artificial no talento, especialistas sublinharam que a tecnologia vai criar mais empregos do que destruir, mas há risco de também agravar desigualdades.

A inteligência artificial, tal como as ferramentas tecnológicas que a precederam, vai eliminar certos empregos. Mas, em paralelo, vai criar novas posições, transformando a natureza do trabalho e as competências exigidas aos trabalhadores humanos. Foi esta a mensagem deixada esta quinta-feira pelos especialistas que participaram no painel das Conferências do Estoril dedicado ao impacto da inteligência artificial no talento. Ainda assim, admitiram que há risco de esta tecnologia agravar as desigualdades (entre géneros e até entre países).

Da esquerda para a direita, Francisco Veloso, dean da INSEAD, Rembrand M. Koning, professor associado da Harvard Business School, Matthew Prince, CEO da Cloudflare, e Nikolaj Malchow-Møller, diretor de recursos humanos da Deloitte Dinamarca (moderador), nas Conferências do Estoril.Hugo Amaral/ECO

A natureza do trabalho vai mudar. A inteligência artificial vai criar mais oportunidades do que eliminar“, sublinhou Francisco Veloso, português que é hoje diretor da INSEAD, no painel que teve lugar na Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova SBE).

O especialista admitiu que certos trabalhos serão, sim, afetados por esta tecnologia, mas outras funções irão aparecer, sendo que os primeiros trabalhadores a serem substituídos serão aqueles que recusam usar estas ferramentas (e, neste caso, as suas funções serão tomadas não por robôs, mas por outros humanos que sabem aproveitar o potencial tecnológico, avisou).

Por exemplo, na própria academia, o trabalho irá mudar, apontou Francisco Veloso. Os professores serão menos alguém que dita o conhecimento e mais alguém que faz curadoria e que supervisiona o trabalho dos estudantes, avançou.

A história mostra-nos que a tecnologia é mais uma criadora de empregos do que uma destruidora de postos de trabalho“, concordou Matthew Prince, CEO da tecnológica Cloudflare, que participou no mesmo painel das Conferências do Estoril.

O responsável aproveitou para o exemplo do trabalho na banca: as caixas automáticas não levaram à redução dos empregados neste setor. Antes, houve um crescimento, mas noutras funções.

Já Rembrand M. Koning, professor associado da Harvard Business School, mostrou-se preocupado com o impacto da inteligência artificial no emprego humano em certos setores, nomeadamente o dos call centers. Por exemplo, nas Filipinas, uma parte considerável da população empregada está concentrada nesse setores e o professor receia que não estejam criadas as condições necessárias para que esses trabalhadores sejam recolocados, quando as posições foram substituídas por máquinas.

Por outro lado, Rembrand M. Koning atirou que “o mais chocante” é a grande fatia de pessoas que continuam a não utilizar a inteligência artificial, mesmo tendo acesso, o que significa que estão a desperdiçar o seu potencial. “O que pode agravar as desigualdades”, projetou o professor. Por exemplo, as mulheres que estão a fazer programas MBA tendem a recorrer menos a ferramentas deste género do que os seus colegas, realçou.

Se quem conseguirá pagar mais é quem terá os modelos mais poderosos, então a inteligência artificial vai exacerbar a desigualdade.

Matthew Prince

CEO da Cloudflare

A propósito, Francisco Veloso deixou claro que “a curto prazo” a inteligência artificial vai criar desigualdades entre países e regiões, até pelo ritmo de adoção. Mas tudo vai depender dos modelos de negócio, disse.

Se quem conseguirá pagar mais é quem terá os modelos mais poderosos, então vai exacerbar a desigualdade“, afirmou, no mesmo sentido, o CEO da Cloudfare, que apelou a que os legisladores europeus criem regulação que não asfixie os desenvolvimentos tecnológicos, mas os incentive.

Na mesma linha, o professor Rembrand M. Koning assinalou que, se a inteligência artificial ficar concentrada em três ou quatro grandes empresas, o risco de desigualdades será maior do que se houver uma maior distribuição.

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Victoria Seguros ataca saúde mental e nutrição

  • ECO Seguros
  • 24 Outubro 2024

Com a solução 'PlenaMente' os clientes de seguros de vida e saúde passam a ter acesso aos serviços Médico 24', gratuito e disponível 24/7, através de e-mail, telefone ou aplicação.

A Victoria seguros anuncia a expansão da sua oferta de serviços médicos, disponíveis a toda a hora, às áreas de saúde mental e nutrição na sua nova solução ‘PlenaMente’.

Ana Aragão, diretora técnica de pessoais da Victoria Seguros acredita que “o bem-estar pleno só é alcançado entre o corpo e mente”.

O serviço ‘Médico 24’ é gratuito para os clientes de seguros de vida e saúde disponível 24/7, através de e-mail, telefone ou aplicação, que “tem por objetivo facilitar o acesso a cuidados médicos e evitar deslocações desnecessárias a serviços médicos ou urgências”, lê-se no comunicado enviado pela seguradora.

“Com o lançamento da solução PlenaMente, reforçamos o nosso compromisso de apoiar os nossos clientes de forma integral, proporcionando serviços que vão ao encontro das suas necessidades de saúde física e mental”, assinalou a diretora técnica de seguros pessoais da Victoria. Segundo Ana Aragão, a seguradora expandiu a cobertura por acreditar que “o bem-estar pleno só é alcançado entre o corpo e mente”.

Os novos serviços incluem consultas de nutrição, com oferta de planos alimentares à medida das necessidades do cliente, seja para perda de peso até à preparação de desafios desportivos. Também inclui consulta de nutrição pediátrica, consultas com orientação especializada à dieta vegetariana, consulta de alimentação equilibrada (para aconselhar acerca de como fazer escolhas alimentares que promovam o bem-estar) e também consulta para perda de peso.

No âmbito da saúde mental disponibiliza consultas de psicologia, de parentalidade positiva, para dormir melhor, de gestão de stress e ansiedade e consulta para cuidadores e familiares de pessoas que precisam de assistência.

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