IGNITE Copilot lança uma ronda de financiamento de 500.000 euros para acelerar o seu plano de crescimento e expansão na América Latina

  • Servimedia
  • 8 Maio 2025

A startup Ignite propõe uma estratégia de crescimento a dois anos que tem também como objetivo consolidar a sua posição no mercado espanhol, onde opera há uma década.

IGNITE Copilot, a ‘EdTech’ criadora de IA para professores e centros educativos em Espanha, adaptada à regulamentação em vigor, a Lomloe e alinhada com os padrões internacionais de educação, lançou esta primavera uma ronda de financiamento de meio milhão de euros com o objetivo de acelerar o seu crescimento e expansão para os mercados internacionais.

A startup sediada em Sant Cugat del Vallès, coloca o foco da sua estratégia de expansão na América Latina: Colômbia, México, Chile e Peru são os seus mercados prioritários nesta fase. Com esta operação, o IGNITE Copilot pretende também consolidar a sua posição no nosso país onde, desde 2024, mais de 14.000 professores em Espanha e países da América Latina experimentaram o seu potencial, destacando especialmente a redução de horas gastas em tarefas administrativas e a oportunidade de orientar o ensino para uma aprendizagem verdadeiramente competente.

O IGNITE Copilot propõe uma estratégia com um horizonte de 2026 com uma primeira fase que, este ano, visa alcançar acordos com parceiros estratégicos em Espanha e a sua abertura no mercado latino-americano. Olhando para 2026, o objetivo é consolidar a sua posição no mercado espanhol, por um lado, e alcançar acordos estratégicos com parceiros na LATAM, além de adicionar novos mercados neste continente, para além dos quatro inicialmente previstos para este ano.

Para o fundador e CEO do IGNITE Copilot, Ignacio Aso, “até agora, a operação tem sido gerida com contribuições de capital dos sócios fundadores; mas para alcançar os desafios que nos propusemos e para o fazer de forma sólida, precisamos de reforçar o nosso músculo financeiro. Isto também nos permitirá uma implementação muito mais rápida, especialmente no que respeita à nossa entrada na América Latina. Estamos à procura de parceiros românticos em tecnologia e educação, para melhorarmos juntos a eficiência e a produtividade do ensino”.

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Lucros da EDP Renováveis caem 24% para 52 milhões no primeiro trimestre

A empresa divulgou que o primeiro trimestre foi pautado por uma queda de 24%.

A EDP Renováveis registou um lucro de 52 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, 24% abaixo do resultado líquido obtido no primeiro trimestre do ano passado, de 68 milhões de euros.

As contas foram apresentadas num documento publicado na página da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), esta quinta-feira, antes da abertura da sessão na bolsa nacional.

O EBITDA da EDP Renováveis subiu 5% para os 476 milhões de euros no mesmo período. Esta rubrica foi impulsionada por um crescimento de 5% nas vendas de eletricidade, assente num aumento de 10% na produção, apesar de um preço médio de venda inferior em 5%.

O preço médio de venda de eletricidade foi de 57,1 euros por megawatt-hora, afetado negativamente pela quebra na Europa (6%) e na América do Sul (10%), mas compensado por um salto de 12% no preço de venda na América do Norte.

O EBITDA inclui também um aumento de 41 milhões de euros nas receitas obtidas com parcerias institucionais nos Estados Unidos, onde a produção subiu 20% em termos homólogos, aliada a um aumento de 1,5 gigawatts de capacidade neste território. Em paralelo, a elétrica sublinha os ganhos com uma maior eficiência operacional e outros custos operacionais líquidos mais baixos face ao período homólogo.

Num resumo das operações mais relevantes, Nos últimos 12 meses, as adições brutas de capacidade totalizaram 3,4 GW, com a Europa e a América do Norte a contribuírem com 83% do crescimento, sendo que a tecnologia solar é responsável por 72% do mesmo.

A EDPR também vendeu, através de acordos de rotação de ativos, 0,2 GW em Itália (em junho) e 0,2 GW na Polónia (em setembro) de capacidade eólica e solar. Por agora, a cotada tem pendentes duas transações de rotação de ativos já assinadas, em Espanha e nos EUA, cuja conclusão é esperada antes do verão.

A produção da EDPR aumentou 10% em termos homólogos para 10,9 TWh, com a Europa e a América do Norte a representarem mais de 80% da produção total. A energia eólica continua a ser a maior fonte de energia na empresa, contribuindo com 82% da produção.

O investimento bruto, tal como a EDP Renováveis veiculou que iria fazer, reduziu. Totalizou os 600 milhões de euros, 17% menos que o registado no período homólogo, com mais de 80% da quantia a dirigir-se ao conjunto da América do Norte e Europa, os seus “principais mercados de baixo risco”.

A dívida líquida aumentou 600 milhões de euros ou de 645% para os 8,9 mil milhões de euros. A empresa justifica com os “investimentos em caixa feitos no período”.

A empresa começa desta forma o ano de 2025, depois de ter registado um prejuízo de 556 milhões no conjunto de 2024, que compara com o lucro de 309 milhões de euros obtidos no ano anterior.

(Notícia em atualização)

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Grupo Griñó reforça a sua posição na economia circular com a aquisição da Azor, especializada na recuperação de baterias para automóveis

  • Servimedia
  • 8 Maio 2025

O Grupo Griñó, empresa com mais de 90 anos de experiência especializada na gestão e tratamento de resíduos e serviços ambientais, formalizou a aquisição da Azor Ambiental.

A operação, que reforça a posição da Griñó como um dos grupos de referência na gestão integrada de resíduos e na geração de recursos a partir deles, faz parte da estratégia de crescimento do Grupo, focada na diversificação, inovação tecnológica e contribuição ativa para os objetivos de descarbonização.

“A aquisição da Azor responde à nossa visão e compromisso de promover a mudança para uma economia circular, graças à gestão adequada dos resíduos para os transformar em novos recursos e recuperá-los em energia verde”, afirmou a direção do Grupo Griñó. “Num contexto de transição ecológica e transformação industrial, continuamos empenhados em soluções sustentáveis que minimizem o impacto ambiental e gerem valor a longo prazo para a sociedade”.

A Azor Ambiental, sediada na Região de Múrcia, conta com uma sólida experiência e um amplo reconhecimento nacional pelo seu trabalho na recuperação e tratamento de baterias de chumbo-ácido, um resíduo chave pelo seu impacto ambiental e valor estratégico. A integração desta empresa no ecossistema do Grupo Griñó permitir-lhe-á promover sinergias operacionais, tecnológicas e ambientais, bem como avançar para um modelo de valorização de resíduos mais eficiente e responsável.

SENTENÇA

A aquisição foi formalizada após a aprovação, pelo Tribunal de Comércio de Múrcia número 2, do Plano de Reestruturação do Grupo Rator – ao qual pertence a Azor – promovido pelo Grupo Griñó, como investidor, e pelo Banco Santander e CaixaBank como principais credores. Esta decisão pioneira rejeitou a oposição dos devedores e dos seus sócios e permitiu reduzir o endividamento do grupo em mais de 80 milhões de euros, garantindo assim a sua viabilidade e continuidade operacional. A operação foi assessorada pela Gómez-Acebo & Pombo, em nome do investidor, e pela Cuatrecasas, em nome das instituições financeiras.

A empresa afirmou que a resolução “abre um precedente muito relevante” para futuras reestruturações empresariais em Espanha. “O papel proativo dos bancos em conjunto com um grupo industrial espanhol foi decisivo para salvar a atividade de um grupo estratégico no setor da reciclagem e da economia circular, confirmando o compromisso com novos mecanismos de reestruturação como um instrumento eficaz contra a liquidação de empresas espanholas.

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Maleo expande para o Porto em parceria com Lionesa. Antecipa faturar 600 mil euros em 2026

O "Lionesa Flex by Maleo" permite ao centro empresarial de Matosinhos complementar a oferta existente com ‘flexible offices‘ e contratos de curta duração. Deverá faturar mais de 600 mil euros em 2026.

Maleo na Lionesa Business Hub, em Leça do Balio (Matosinhos)7 maio, 2025

O Lionesa Business Hub (LBH) e a Maleo Offices inauguram, nesta quinta-feira, o espaço “Lionesa FlexbyMaleo”, o primeiro centro de escritórios da empresa lisboeta no Porto e o oitavo no país, num investimento superior a um milhão de euros. Otimista com esta “parceria estratégica”, o CEO da Maleo, Nishel Rajani, antecipa faturar 200 mil euros este ano e ultrapassar os 600 mil euros em 2026 neste espaço com capacidade para 200 postos de trabalho e onde já estão a operar empresas como a plataforma 3cket.

Até ao final deste ano, Nishel Rajani espera ter uma ocupação de 80% nos 1.100 metros quadrados do “Lionesa FlexbyMaleo”, em Leça do Balio (Matosinhos), que no futuro deverá expandir em função da procura de novas empresas, principalmente multinacionais que captam talentos no Norte do país e procuram uma solução no modelo de ‘flexible offices‘.

Por enquanto, “o novo centro Lionesa Flex by Maleo já está em pleno funcionamento, recebendo tanto novos clientes – por exemplo, a 3cket, uma promissora startup tecnológica portuguesa responsável pelo ticketing do Millennium Estoril Open –, como também clientes da Maleo em Lisboa, incluindo empresas de renome, como a Visa, Salesforce, Amgen, BCG, Bain & Company e Fortis Games“, começa por assinalar Nishel Rajani ao ECO/Local Online antes da inauguração.

O novo centro Lionesa Flex by Maleo já está em pleno funcionamento, recebendo tanto novos clientes — por exemplo, a 3cket, uma promissora startup tecnológica portuguesa responsável pelo ticketing do Millennium Estoril Open –, como também clientes da Maleo em Lisboa (…)

Nishel Rajani

CEO da Maleo Offices

Este modelo de negócio dos escritórios ‘flexíveis’ também já chamou a atenção de algumas empresas a operar neste centro empresarial de Matosinhos. Segundo o CEO da Maleo, “há uma crescente procura por parte das empresas já instaladas no Lionesa Business Hub que recorrem a soluções flexíveis para complementar os seus espaços atuais”.

Nishel Rajani, CEO da Maleo Offices em Portugal, em entrevista ao ECOHugo Amaral/ECO

Uma situação que Eduarda Pinto, diretora executiva do LBH, confirma ao ECO/Local Online, referindo que este projeto vem responder à “estratégia de negócio” deste centro empresarial em crescimento, uma vez que vem complementar a oferta já existente com um novo modelo mais flexível, que pode disponibilizar apenas uma workstation, por exemplo, além de proporcionar contratos de curta duração ao contrário do que vigora atualmente.

É fundamental para a nossa estratégia de negócio, porque nos permite complementar a nossa oferta que agora passa a ter desde um posto de trabalho – por exemplo uma pessoa que pretende ter um espaço de trabalho já com uma comunidade integrada – até aos escritórios que já temos com mais de 10.000 metros quadrados”, frisa a diretora executiva do LBH.

As empresas passam, assim, a beneficiar de flexibilidade em termos de duração do contrato e número de trabalhadores, além da gestão de serviços e eventos. “No Lionesa Flex by Maleo oferecemos um modelo único, flexível e descomplicado, com contratos que podem variar entre um e 36 meses, proporcionando aos nossos clientes a liberdade necessária para crescer rapidamente, com o mínimo de burocracia e máximo conforto”, detalha Nishel Rajani.

Além de ser o primeiro da gestora de centros de escritórios na região do Porto, o “Lionesa Flex by Maleo” é também “o centro mais pequeno que a Maleo que tem neste momento”, nota o responsável.

Eduarda Pinto, diretora executiva do LBH7 maio, 2025

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Portugal é dos países onde mais se trabalha ao fim de semana. Ouça o podcast “Ao trabalho!”

O podcast "Ao trabalho!" traz-lhe as notícias que estão a marcar o mercado de trabalho, dos salários às novas tendências, todas as quintas-feiras.

Cerca de um quinto dos trabalhadores portugueses trabalha regularmente aos fins de semana, e esse é um dos registos mais elevados da União Europeia. Este é um dos temas do novo episódio do podcast “Ao trabalho!”, que lhe leva todas as quintas-feiras os principais destaques do mundo laboral em menos de cinco minutos.

Esta semana, falamos também sobre o salário líquido dos portugueses, com base num novo relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), e sobre a estabilidade do mercado de trabalho português e europeu.

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Governo conta com ‘crédito’ acumulado para cumprir meta de Bruxelas para o médio prazo

No ponto de situação anual sobre o plano estrutural de médio prazo, o Ministério das Finanças reitera que irá cumprir a trajetória de despesa líquida e prevê um aumento do crédito acumulado.

O Ministério das Finanças reafirmou perante Bruxelas que irá cumprir a meta acordada para o aumento da despesa no médio prazo, estimando que a execução de 2025 ajude à média a quatro anos, com uma contribuição para o aumento do crédito acumulado de cerca de 07,% do Produto Interno Bruto (PIB).

A informação consta do relatório anual de progressos do Plano Orçamental Estrutural de Médio Prazo, remetido a Bruxelas no dia 30 de março, e ao qual o ECO teve acesso. O Conselho das Finanças Públicas (CFP) já tinha divulgado um parecer sobre o cenário subjacente ao documento, mas cujo detalhe é agora conhecido.

Os dados de execução orçamental de 2024 e as perspetivas orçamentais para 2025 encontram-se em conformidade com a trajetória das despesas líquidas“, garante o Governo no relatório.

Apesar de 2024 não fazer parte do período de referência do plano (2025-2028), o Ministério das Finanças assinala que registou um crescimento da despesa líquida de 11,6%, abaixo dos 11,8% previstos, “o que leva ao registo de um crédito anual de 0,1% do PIB”. Para 2025, mantém o otimismo e garante que “as atuais previsões apontam igualmente para um crescimento da despesa líquida que cumpre a trajetória recomendada, o que poderá resultar num incremento do crédito acumulado (nomeadamente na ordem dos 0,7% do PIB)”.

Isto porque, no plano enviado à Comissão Europeia em outubro, o Governo comprometeu-se com uma taxa de crescimento média anual da despesa líquida de 3,6% durante quatro anos. Para 2025 inscreveu um aumento de 5%, para 2026 de 5,1%, para 2027 de 1,2% e para 2028 de 3,3%. No entanto, agora prevê que a despesa líquida financiada a nível nacional este ano avance 3,4%.

Fonte: Relatório de Progresso Anual do Plano Orçamental Estrutural de Médio Prazo

O Governo indica ainda a Bruxelas que das 63 medidas de política (reformas e investimentos) apresentadas no plano de outubro foram introduzidas nove novas medidas de política. Do novo total de 72 medidas de política, nove formalmente concluídas, quatro ainda não foram iniciadas e as restantes 59 estão em curso.

Exportações fortemente revistas em baixa

O Ministério das Finanças aproveita o relatório para atualizar a projeção de crescimento da economia para este ano. No Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) apontou para uma taxa de 2,1%, revista agora em alta para 2,4%, tal como anunciado no programa eleitoral da AD – Coligação PSD/CDS-PP. Estes dados foram, contudo, remetidos a Bruxelas antes do Instituto Nacional de Estatística (INE) ter divulgado dos dados preliminares referentes ao arranque do ano, no qual se registou um crescimento homólogo de 1,6% e uma contração em cadeia de 0,5%.

Na informação enviada a Bruxelas, a equipa de Joaquim Miranda Sarmento explica a revisão em alta pelo crescimento mais elevado do que o esperado do PIB no final de 2024, que criou um maior efeito de carry-over. Porém, revê em baixa as previsões para a procura externa.

“Considerando a conjuntura internacional e as previsões para a procura externa, as exportações e importações foram revistas em baixa”, em menos 1,3 pontos percentuais e menos 0,7 pontos, respetivamente, para 2,2% e 2,8%. Ou seja, face a outubro, espera um abrandamento nas exportações, “o que irá implicar um contributo negativo das exportações líquidas para o crescimento da economia”.

Fonte: Relatório de Progresso Anual do Plano Orçamental Estrutural de Médio Prazo

Os dados submetidos a Bruxelas apresentam ligeiras variações em dois indicadores face ao cenário macroeconómico da AD: no consumo público, prevendo agora um crescimento de 1,7%, enquanto no cenário da coligação aponta para 2%, e no contributo da procura interna, que passa de 2,6% para 2,7%.

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Desemprego jovem em “níveis inadmissíveis”. Estas são as soluções defendidas pelos partidos

Da reformulação dos programas de estágio à flexibilização dos contratos de trabalho, partidos explicam ao ECO o que sugerem para resolver o desemprego jovem em Portugal.

Inadmissível. O adjetivo foi usado pela ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, para descrever os níveis de desemprego jovem, que correspondem, neste momento, ao triplo da taxa de desemprego apurada para a generalidade do mercado de trabalho. Com eleições à porta, o ECO perguntou aos vários partidos com assento no Parlamento o que fariam para o resolver e as “soluções” propostas são bem diversas, da reformulação dos programas de estágio à flexibilização dos contratos de trabalho.

Comecemos pelo diagnóstico. De acordo com os dados de março, a taxa de desemprego jovem em Portugal está situada em 20,7%, valor inferior ao registado no mês anterior (21%) e ao verificado há um ano (23,2%), mas superior à média da Zona Euro (14,2%) e da União Europeia (14,5%).

Aliás, Portugal é mesmo um dos piores países da Europa, neste indicador. Pior do que a taxa portuguesa só mesmo a de Espanha (26,5%), a da Suécia (23,8%), a da Grécia (22,5%), e a do Luxemburgo (21,4%).

Como resolver este cenário? No caso da coligação que junta o PSD ao CDS-PP, fonte oficial da coligação destaca que, no programa eleitoral, está fixado o objetivo de reduzir a taxa de desemprego jovem, “de modo a aproximar-se da média da União Europeia”.

“Reconhecendo que a economia portuguesa continua a não dar suficientes oportunidades aos jovens, mesmo os que têm formação superior, a AD considera que só através do aumento da produtividade da economia e do investimento nacional e estrangeiro será possível inverter esta tendência de desaproveitamento do talento disponível”, salienta a mesma fonte.

AD identifica desemprego jovem como um dos problemas a resolver no mercado de trabalho.Pedro Pina - RTP

Na próxima legislatura, o PSD e CDS-PP prometem que o sistema nacional de orientação vocacional articulará todas as ofertas de educação e formação, de modo a permitir “alinhar os interesses individuais dos jovens com as necessidades de qualificação do país”.

Este sistema deve apoiar os jovens na identificação da melhor escolha em função do seu perfil e do contexto que os envolve. O sistema deve envolver todas as modalidades de educação e formação para jovens, independentemente do operador de educação e formação”

Por outro lado, a AD defende que é preciso recuperar o programa “Jovens técnicos para a indústria”, que desenvolva incentivo à integração dos nossos jovens licenciados, nas áreas científicas, tecnológicas e de gestão, nas empresas portuguesas.

Assume também o compromisso de “criar um programa ‘Jovens doutorados para a indústria’, desenvolvendo, com o apoio das associações empresariais nacionais, programas de incentivo à integração dos nossos jovens doutorados, nas áreas científicas, tecnológicas e de gestão, nas empresas portuguesas, substituindo, com vantagens para a economia portuguesa, o atual sistema de bolsas de investigação”.

PS promete aposta em políticas ativas de emprego

PS realça papel das políticas públicas na resolução do desemprego jovem.Lusa

Também o PS reconhece a importância de baixar o desemprego jovem, sublinhando que “as políticas ativas de emprego, não só os estágios, mas os apoios à contratação, têm um papel relevante” na promoção destes trabalhadores. “Mas não devem servir para promover empregos precários e com baixos salários”, ressalva fonte oficial.

Além disso, os socialistas defendem que é preciso “alinhar as políticas ativas de emprego com a estratégia económica e industrial do país, reforçando a aposta em programas dirigidos aos setores emergentes e com potencial de crescimento e qualificação do nosso tecido produtivo”.

Outra proposta do PS é focar na especialização da economia portuguesa, de modo a aproveitar as qualificações dos jovens e mitigar o cenário atual, em que cerca de 21% destes profissionais estão em empregos que exigem qualificações abaixo das que possuem.

Precisamos de alinhar as políticas ativas de emprego com a estratégia económica e industrial do país, reforçando a aposta em programas dirigidos aos setores emergentes e com potencial de crescimento e qualificação do nosso tecido produtivo.

Fonte oficial do PS

Já a Iniciativa Liberal “propõe que se aproxime o modelo de emprego em Portugal com os modelos de flexissegurança dos países nórdicos, em que exista uma maior facilidade da parte da empresa e do trabalhador em cessar e iniciar relações laborais, permitindo ao trabalhador ter acesso a um subsídio de desemprego robusto por um período adequado entre empregos ao mesmo tempo que se cria uma maior facilidade de criar emprego e oportunidades por parte das empresas”.

Além desta flexibilização do mercado de trabalho, os liberais defendem uma política de promoção do empreendedorismo, e uma política de atração de capital, por via fiscal e administrativa. “Tal permitirá aumentar a procura por trabalhadores e criar oportunidades para os nossos jovens se fixarem em Portugal”, entende a Iniciativa Liberal.

O ECO questionou também o Chega, mas não obteve resposta.

Propostas da esquerda para baixar desemprego jovem

BE apela a redução da semana de trabalho.Pedro Pina - RTP

Para o Bloco de Esquerda, um combate eficaz ao desemprego jovem “depende da transformação do regime social”, pelo que propõe múltiplas alterações à lei do trabalho.

Os bloquistas defendem, por exemplo, a redução progressiva do horário de trabalho (para 35 horas), a possibilidade de opção (por iniciativa do trabalhador) pela semana de quatro dias, sem perda de rendimento, a reposição do valor das horas extra, a restrição da contratação a prazo apenas às situações de substituição temporária e de pico ou sazonalidade de atividade, e a regularização dos falsos “recibos verdes”, “com metas anuais ambiciosas para a Autoridade para as Condições do Trabalho, de modo a atingir dezenas de milhares de situações regularizadas até ao final da legislatura“.

O Bloco de Esquerda propõe também a exclusão de empresas com situações precárias irregulares em qualquer contrato com o Estado, limitar os fundamentos e a duração do trabalho temporário a um máximo de seis meses, combater o abuso no outsourcing, eliminar o intermediário na presunção de laboralidade nas plataformas digitais, a criação de plataformas digitais públicas e cooperativas, designadamente na área dos transportes e das entregas, e limitar a utilização abusiva de estágios apoiados pelo IEFP, “com reforço da fiscalização relativa aos falsos estágios e a estágios sucessivos para ocupar funções permanentes nas empresas”.

Também o PCP realça que é preciso mudar a lei do trabalho. O objetivo seria combater “as normas que promovem a precariedade e criam não só situações de precariedade com permanente instabilidade e sucessão de períodos de atividade e de desemprego. São disposições gerais da legislação e aspetos específicos, como o período experimental“, aponta fonte oficial dos comunistas.

Por outro lado, o PCP nota que é preciso aplicar “uma estratégia de desenvolvimento soberano que, respondendo às necessidades do povo e do País, aposte em setores básicos, com a introdução de avanços científicos e tecnológicos, e em novos setores correspondentes às exigências da sociedade atual e do futuro e que promova assim a criação de emprego e um emprego que aproveite a formação das gerações mais jovens”.

As propostas do Livre e do PAN

Quanto ao Livre, a proposta para baixar o desemprego jovem passa por “medidas que removam os obstáculos ou desincentivos ao emprego jovem“.

Em concreto, acabar e rever os critérios de suspensão ou cessação de benefícios e apoios de que os jovens possam estar a beneficiar enquanto parte do agregado familiar, nomeadamente quando se trata de um trabalho complementar à escolaridade ou frequência do ensino superior, fora do período de férias.

Substituir a subsidiação de ocupações precárias, como estágios profissionais e contratos de emprego-inserção, pelo financiamento de oportunidades reais de formação e inserção produtiva com contratos de trabalho.

Fonte oficial do Livre

O Livre propõe também alterar o regime de exclusividade a que estão sujeitos os bolseiros e alargar a aplicabilidade do regime fiscal e contributivo do ato isolado.

Substituir a subsidiação de ocupações precárias, como estágios profissionais e contratos de emprego-inserção, pelo financiamento de oportunidades reais de formação e inserção produtiva com contratos de trabalho e apoiar a criação associativa e colaborativa de postos de trabalho, através de aconselhamento, financiamento inicial e instrumentos para a auto-organização laboral”, acrescenta fonte oficial.

Já fonte oficial do PAN sugere, por exemplo, reforçar os incentivos para conversão de estágios em contratos sem termo e aumentar significativamente o número das bolsas atribuídas através dos estágios profissionais do IEFP para jovens altamente qualificados. Quer também incentivos à contratação destes profissionais.

“Tendo em conta que a transição para a economia verde exigirá um reforço das competências verdes dos nossos trabalhadores e que essa falta de qualificações é uma das lacunas apontadas por diversos empregadores nacionais, o PAN propõe-se ainda a reativar o programa ‘Trabalhos & competências verdes’, para a requalificação, inserção e desenvolvimento de competências verdes, em termos que permitam a frequência por jovens à procura do primeiro emprego“, remata o partido liderado por Inês Sousa Real.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 8 de maio

  • ECO
  • 8 Maio 2025

Ao longo desta quinta-feira, 8 de maio, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Plano de recuperação do grupo Vale da Rosa impõe perdas de oito milhões à banca

Espanhóis injetam 3,5 milhões para assegurar campanha deste ano e ficam com 85% da produtora de uva sem grainha. Plano de recuperação prevê haircut ou alongamento das maturidades da dívida bancária.

O plano de recuperação do grupo Vale da Rosa prevê um perdão de dívida de, pelo menos, oito milhões de euros a assumir pelos bancos. É este o esforço para assegurar o futuro da produtora de uva sem grainha fundada pelo comendador António Silvestre Ferreira, com mais de 200 trabalhadores, e que passará para as mãos da Iberian Premium Fruits e a Sanlucar Fruits. Os espanhóis injetaram mais de 3,5 milhões para garantir a campanha da uva de 2025 e podem ficar com 85% do negócio, se houver aval dos credores.

Em causa estão, na verdade, três planos especiais de recuperação (PER): da sociedade Vale da Rosa, da Uval e do próprio empresário em nome individual António Silvestre Ferreira – os dois últimos produzem e fornecem a uva que é comprada, processada e comercializada pela primeira. Estes PER acabaram de ser apresentados em tribunal, e aos quais ECO teve acesso, com a decisão agora nas mãos dos bancos, os maiores credores do grupo.

A exposição da banca ao Vale da Rosa, com sede em Ferreira do Alentejo, supera os 26 milhões de euros, isto sem contar com a dívida comum sob condição (que inclui responsabilidade por avales prestados entre as empresas do grupo e que não serão acionados em caso de aprovação do plano). BPI, Crédito Agrícola e BCP lideram a lista dos maiores bancos credores.

O plano passa por uma reestruturação financeira que dá duas opções aos bancos (e uma terceira, a insolvência, mas com consequências mais gravosas): ou um perdão da dívida que atingirá um valor não inferior a oito milhões de euros, com o remanescente a ser liquidado nos três meses a seguir à homologação do plano; ou um alongamento dos prazos de reembolso por uma década ou mais com o pagamento integral das dívidas.

Em caso de insolvência do grupo, refere-se nos planos, os bancos receberiam substancialmente menos por conta da desvalorização dos ativos imobiliários. No caso dos créditos comuns, por exemplo, recuperariam não mais de 20% da dívida.

Joint-venture espanhola fica com 85%

Além da reestruturação financeira, o plano prevê uma reorganização societária de todo o grupo. Desde logo com a entrada de dois novos acionistas: a Iberian Premium Fruits e a Sanlucar Fruits, dois nomes que o Expresso já tinha avançado no mês passado, tendo dado conta na altura que os bancos viam com bons olhos o facto de serem dois investidores com experiência no setor.

Foi com estas duas empresas espanholas que o Vale da Rosa celebrou, em março, dois contratos de financiamento no valor global de 3,535 milhões de euros, dinheiro fresco que visa “suportar os custos operacionais” até junho e garantir que campanha da uva deste ano decorre sem constrangimentos.

A perspetiva é que a partir de julho, com o arranque das vendas, “a atividade do grupo volte a ser superavitária, deixando de necessitar de apports adicionais de capital”, segundo indica o plano.

Com a aprovação dos PER, esta dívida será convertida em capital, numa operação que fará com que 85% do grupo passe para as mãos da joint-venture espanhola, com os atuais sócios – António Silvestre Ferreira e os quatro filhos – a permanecerem na estrutura acionista com 15% do negócio.

O plano sublinha que desta forma se mitigam os riscos de sucessão (o comendador e fundador do grupo conta com 76 anos de idade), além de facultar ao grupo uma gestão mais profissional e a sua valorização.

Jerónimo Martins e Lidl ‘esmagam’ a uva sem grainha

Para este quadro de enormes dificuldades, o grupo, com mais de 200 trabalhadores, elenca vários fatores “estruturais e conjunturais” que deram origem a esta crise.

Por um lado, reconhece que a estratégia de crescimento e modernização levada a cabo nos últimos anos para a reconversão de vinhas e introdução de novas variedades de uva resultou num “aumento significativo” do endividamento do grupo, o que foi fatal para um negócio sazonal como este.

Mas houve outros fatores “inesperados” que “intensificaram as dificuldades na gestão da tesouraria”, segundo aponta. Designadamente, lamenta a perda de contratos importantes ao longo do ano passado com grandes superfícies comerciais como o “Pingo Doce, o Lidl e a Jerónimo Martins Polska”.

“Estes clientes representavam cerca de 33% do volume de negócios em 2023 e a sua perda contribuiu para um decréscimo na ordem dos oito milhões de euros no volume de negócios em 2024”, explica.

Enquanto perdia estes grandes clientes, o Vale da Rosa também se viu confrontada com a entrada no mercado nacional de produtos concorrentes a preços mais baixos, o que levou a baixar os preços e a reduzir as margens.

“O elevado endividamento, a quebra de receitas, os custos associados aos investimentos recentes e a sazonalidade do setor comprometeram a capacidade de geração de liquidez, essencial para suportar as operações e os compromissos financeiros”, resumem as devedoras.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 8 Maio 2025

Acionistas da Sonaecom reúnem-se em assembleia-geral e CTT, EDP Renováveis, REN e Navigator apresentam resultados. O BdP revela detalhes sobre os sistemas de pagamento mais utilizados pelos cidadãos.

O dia desta quinta-feira fica marcado desde logo pela apresentação de resultados por parte dos CTT, EDP Renováveis, REN e Navigator, enquanto os acionistas da Sonaecom se reúnem em assembleia-geral. Já o Banco de Portugal vai dar a conhecer mais detalhes sobre os sistemas de pagamento mais utilizados pelos cidadãos no ano passado. Entre outras coisas que vão marcar o dia de hoje, prossegue o conclave para tentar eleger um novo Papa e arranca a segunda edição da SIM Conference (Startups & Investment Matching).

Empresas portuguesas apresentam resultados

CTT, EDP Renováveis, REN e Navigator são as empresas portuguesas que apresentam hoje os seus resultados referentes ao primeiro trimestre. No panorama internacional, destaque para a AB InBev (dona de marcas como Corona, Budweiser ou Stella Artois), que também apresenta os resultados do primeiro trimestre de 2025, e para a Nintendo e Toyota que mostram os resultados do ano fiscal de 2024.

Assembleia de acionistas da Sonaecom

Esta quinta-feira reúnem-se em assembleia-geral os acionistas da Sonaecom, sub-holding do Grupo Sonae com ativos nas áreas de tecnologia, media e telecomunicações. A Sonaecom vai propor a distribuição de 8,7 milhões de euros, com um dividendo de cerca de 0,028 euros por ação.

BdP divulga relatório sobre Sistemas de Pagamentos

O relatório do Banco de Portugal (BdP) sobre os Sistemas de Pagamentos em 2024, que vai ser divulgado esta quinta-feira, irá dar a conhecer mais detalhes sobre os sistemas de pagamento mais utilizados pelos cidadãos. Recorde-se que foi no ano passado que as transferências bancárias entre contas portuguesas passaram a ter a confirmação prévia do beneficiário antes de ser dada a ordem final da transferência do dinheiro.

Prossegue o conclave no Vaticano

Depois do fumo negro que saiu da chaminé da Capela Sistina esta quarta-feira, os 133 cardeais reúnem-se hoje novamente em assembleia (conclave) para tentar eleger um novo Papa, estando prevista a divulgação do resultado das votações às 11h00 e às 18h00 (caso não haja eleição na primeira hora). Para ser eleito, um determinado cardeal precisa de recolher pelo menos dois terços dos votos. Participam da votação quatro cardeais portugueses, António Marto, Américo Aguiar, Tolentino Mendonça e Manuel Clemente.

Início da SIM Conference 2025

Promovida pela Startup Portugal, a segunda edição da SIM Conference (Startups & Investment Matching) visa juntar fundadores de startups, investidores e líderes da indústria para dois dias de networking, partilha de conhecimento e novas oportunidades de colaboração. Sacha Michaud, co-fundador da Glovo App, Nick Pickles, ex-vice-presidente da rede social X e atual executivo da Tools for Humanity, Sharon Goldstein, fundadora da Amplify+ e ex-diretora global de experiência da Amazon, e Diogo Mónica, co-fundador da Anchorage Digital, encontram-se entre os oradores confirmados no evento.

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Salário médio líquido ultrapassa 1.200 euros pela primeira vez. Veja as profissões com maiores aumentos

No primeiro trimestre, os trabalhadores dependentes tiveram um aumento de quase 10% no salário médio face há um ano. Descontando o efeito da inflação, a valorização foi menor, de 7,2% ou 79 euros.

O salário médio líquido dos trabalhadores por conta de outrem ultrapassou, pela primeira vez, a fasquia dos 1.200 euros. No primeiro trimestre do ano, subiu 9,86% para 1.203 euros, o que representa mais 108 euros em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o ordenado médio já limpo de impostos e contribuições sociais estava nos 1.095 euros mensais, segundo os cálculos do ECO com base nos novos dados publicados, esta quarta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), juntamente com as estatísticas do emprego relativas ao período entre janeiro e março de 2025.

Em termos reais, já descontando o impacto da inflação média dos últimos 12 meses registada em março, de 2,42%, o crescimento foi menor, mas ainda significativo: 7,2% ou 78,9 euros. Isto significa que 29,1 euros do aumento nominal de 108 euros foi “comido” pela subida dos preços. Subtraindo então o efeito do custo de vida, o ordenado médio líquido avançou para 1.173,9 euros.

O rendimento médio mensal líquido da população empregada por conta de outrem, já depois da retenção na fonte em sede de IRS e das contribuições sociais, tem estado a crescer consecutivamente. No ano passado, a folha salarial dos trabalhadores subiu 100 euros para 1.142 euros, correspondendo a um aumento de 9,6%, em relação ao vencimento médio de 1.042 euros de 2023. Foi a maior subida da década.

O arranque de 2025 mantém esta trajetória ascendente das remunerações, com destaque para os ordenados dos técnicos de nível intermédio, Forças Armadas, professores e médicos, que tiveram os maiores aumentos salariais neste período.

Na variação em cadeia, do quarto trimestre de 2024 para os primeiros três meses de 2025, o aumento do salário médio líquido foi mais modesto, de 1,6% ou 19 euros em comparação com o ordenado de 1.184 euros calculado pelo INE.

Maiores aumentos para técnicos, militares, professores e médicos

Analisando a variação das remunerações médias líquidas por grupos de profissões, o INE mostra que, no primeiro trimestre do ano, os técnicos e profissões de nível intermédio, as atividades intelectuais e científicas, onde se incluem professores e médicos, e as Forças Armadas foram as classes que registaram um maior aumento dos salários.

No topo do ranking, estão os técnicos de nível intermédio que passaram a ganhar 1.294 euros, ou seja, mais 11,94% ou 138 euros, face ao ordenado de há um ano, que estava nos 1.156 euros. Em segundo lugar, surge o grupo das atividades científicas e intelectuais. A folha de vencimento destes profissionais subiu de 1.499 euros para 1.651 euros, um aumento de 152 euros, o que se traduz num crescimento homólogo de 10,14%, sobretudo à boleia do descongelamento da carreira dos professores e da valorização das carreiras dos médicos.

A completar o pódio das maiores subidas no salário médio líquido estão os militares das Forças Armadas, que tiveram um incremento remuneratório de 9,9% ou de 137 euros, o que elevou o ordenado de 1.384 para 1.521 euros, um resultado influenciado pela atualização das remunerações e por um novo aumento em 50 euros do suplemento de condição militar, que passou de 300 para 350 euros mensais, no início do ano.

Em sentido oposto, entre os grupos profissionais com aumentos salariais menos significativos, em termos homólogos, e que ficaram abaixo do aumento médio (9,86%), estão os representantes do poder legislativo e gestores de topo, os funcionários não qualificados e os trabalhadores da montagem.

Entre janeiro e março, o vencimento dos representantes do poder legislativo e de órgãos executivos, dirigentes, diretores e gestores executivos atingiu os 1.945 euros, uma subida de 5,20% ou de 96 euros face ao ordenado do mesmo período do ano passado, de 1.846 euros. Esta evolução está diretamente relacionada com o fim do corte salarial de 5% no início do ano. A penalização sobre os titulares de cargos políticos e gestores públicos perdurava desde o período da troika e foi eliminada por proposta de PSD e CDS, aprovada no âmbito do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

Na lista das menores variações, seguem-se os funcionários não qualificados, cujo ordenado médio líquido deu um salto de 6,55% ou 45 euros, evoluindo de 687 para 732 euros. Os trabalhadores da montagem completam o grupo de profissões com incrementos remuneratórios mais modestos: beneficiaram de um aumento de 7,65% ou de 73 euros, o que elevou o ordenado médio líquido de 954 para 1.027 euros.

Forças Armadas e agricultores com perda salarial na variação em cadeia

Na comparação entre o último trimestre de 2024 e os primeiros três meses do ano, os militares, os técnicos de nível intermédio e os agricultores sofreram uma redução no rendimento mensal líquido, o que pode ser explicado eventualmente por efeitos sazonais, uma vez que, em dezembro, os trabalhadores recebem o subsídio de natal.

No caso das Forças Armadas, verificou-se uma redução salarial de 11,26% ou de 193 euros, o que fez o ordenado cair de 1.714 para 1.521 euros, entre o último trimestre de 2024 e o primeiro deste ano. Esta variação decorre fundamentalmente do aumento do subsídio de risco, de 100 para 300 euros mensais, que foi pago em outubro do ano passado com efeitos retroativos a 1 de julho.

Em relação aos técnicos de nível intermédio, os salários encolheram 0,99% ou 13 euros, passando de 1.307 para 1.294 euros, o que poderá dever-se ao pagamento do subsídio de natal, em dezembro. Quanto aos agricultores, a remuneração também caiu de um trimestre para o outro. Estes trabalhadores viram o ordenado minguar 0,71% ou seis euros, o que ditou uma quebra de 847 para 841 euros mensais. De salientar que o trabalho deste grupo profissional é muito sazonal.

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Madrid consolida a sua posição como a região com menor demora nas intervenções cirúrgicas, de acordo com os dados do Sistema de Listas de Espera

  • Servimedia
  • 8 Maio 2025

Com um tempo médio de espera de 48 dias, continua a ser a região com a menor demora nas intervenções cirúrgicas, 78 dias abaixo da média nacional de 126 dias.

De acordo com os dados recentemente publicados do Sistema de Listas de Espera (Sisle), correspondentes ao final de 2024, Madrid, com um tempo médio de espera de 48 dias, continua a ser a região com o menor tempo de espera para operações cirúrgicas, 78 dias abaixo da média nacional de 126 dias.

A seguir à Comunidade de Madrid, as regiões com os tempos de espera mais curtos para uma intervenção cirúrgica são o País Basco, com 59 dias, La Rioja, com 64 dias, e a Galiza, com 67 dias. Madrid e a Galiza também reduziram os seus tempos de espera em relação ao SISLE anterior, de junho, em 4 dias; o País Basco reduziu-os em 2 dias e La Rioja manteve o mesmo valor. A nível nacional, 846 583 pessoas aguardam uma intervenção cirúrgica.

Na Comunidade de Madrid, 73.436 pessoas aguardam uma intervenção cirúrgica e, apesar da elevada pressão sobre os cuidados de saúde, a comunidade apresenta uma das taxas mais baixas de doentes em lista de espera, com 10,41 por 1.000 habitantes, apenas atrás do País Basco, que regista uma taxa de 10,16. Nas regiões com uma procura de cuidados semelhante à de Madrid, como a Catalunha e a Andaluzia, a taxa é de 25,10 e 23,11, respetivamente.

No outro extremo, as regiões com as taxas de cirurgia per capita mais elevadas são a Cantábria, com 29,37 cidadãos em lista de espera por 1 000 habitantes; a Catalunha, com 25,10; a Estremadura, com 24,03, e a Andaluzia, com 23,11. Estas comunidades são também as que registam os tempos de espera mais longos para uma operação:Extremadura, 178 dias; Andaluzia, 176; Catalunha, 145, e Cantábria e Aragão, 151 e 144 dias, respetivamente.

A nível nacional, 22,9% dos pacientes demoram mais de seis meses para serem operados. Neste aspeto, Madrid também apresenta os melhores dados, com apenas 0,3% dos doentes em lista de espera há mais de seis meses, seguida do País Basco com 1,3% e da Galiza com 3,9%.As regiões com maior percentagem de doentes em lista de espera há mais de seis meses são a Andaluzia e a Extremadura, com 33,4% e 33,1%, respetivamente.

Além disso, Madrid também lidera os tempos de espera mais baixos em quase todas as especialidades cirúrgicas: é a melhor em Cirurgia Geral e Digestiva (43 dias); Ginecologia (42); Oftalmologia (43); Otorrinolaringologia (57 dias); Traumatologia (52 dias); Urologia e Cirurgia Maxilofacial (50 dias em ambas); Cirurgia Plástica (54 dias) e Neurocirurgia (56 dias). Também se situa entre os três primeiros em Cirurgia Cardíaca (47 dias), depois da Cantábria (23) e do País Basco (30); em Angiologia e Cirurgia Vascular (54 dias), depois da Galiza e das Baleares (53), e em Cirurgia Torácica (28 dias), depois de La Rioja (23) e das Astúrias (26).

De toda a rede CAM, nenhum centro – tanto de alta complexidade como de média e baixa complexidade – ultrapassa a média nacional em listas de espera para operações de 126 dias. Mesmo o hospital da região com o maior tempo de espera, o Príncipe das Astúrias, com 76,75 dias, está 50 dias abaixo da média nacional, de acordo com os últimos dados oficiais do Serviço de Saúde de Madrid (Sermas), correspondentes ao mês de março.

De todos os hospitais do CAM, os de gestão mista destacam-se como os centros médicos com os prazos mais curtos para as operações. Concretamente, o Hospital Universitário General de Villalba regista uma média de 14,56 dias para a realização de uma cirurgia, seguido do Hospital Universitário Rey Juan Carlos com 15,93 dias, do Hospital Fundación Jiménez Díaz com 20,94 dias e do Hospital Universitário Infanta Elena com 22,85 dias.

Fontes da região de Madrid indicam que a operacionalidade destes hospitais” foi favorecida pelo modelo de parceria público-privada, que permitiu, desde a sua introdução, aliviar a carga dos hospitais públicos. O sistema de livre escolha de médicos nas CAM, para atender os cidadãos que têm outro hospital como centro de referência, permitiu, desde a sua introdução, aliviar a carga dos hospitais públicos e otimizar os recursos de saúde, melhorando a eficiência dos cuidados e reduzindo as listas de espera. Para além da redução dos tempos de espera, estes hospitais distinguem-se pelos seus níveis de satisfação dos doentes, geralmente superiores à média regional. A gestão por objetivos, a flexibilidade organizacional e a utilização intensiva de tecnologias de saúde permitem uma prestação de cuidados mais ágil e personalizada”.

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