Cerejeira Namora, Marinho Falcão reforça equipa de Público

A Cerejeira Namora, Marinho Falcão acaba de integrar quatro novos profissionais na área de Público, coordenada pelo sócio Ricardo Maia Magalhães.

A Cerejeira Namora, Marinho Falcão acaba de integrar quatro novos profissionais na área de Público, coordenada pelo sócio Ricardo Maia Magalhães. Desde que integrou a Cerejeira Namora, Marinho Falcão, em 2023, Ricardo Maia Magalhães assumiu a coordenação da área de Público da sociedade.

Desta vez, a equipa integrou quatro novos profissionais: Valter Monteiro, Associado Principal, que transita da Dantas Rodrigues e Associados; Joana Mendes, Associada, que transita da Cerqueira Gomes & Associados; Rui Sousa Ferreira e Carlos de Almeida Travassos.

Para Ricardo Maia Magalhães, “este é mais um passo na estratégia e projeto assumido”, referindo ainda que “estas contratações têm como objetivo aumentar a dimensão humana e técnica da equipa, conseguindo, também, aumentar a nossa capacidade de resposta num setor com elevada procura e com níveis de expectativa e exigência elevados”. Nuno Cerejeira Namora, Sócio Fundador da Cerejeira Namora, Marinho Falcão, reforçou esta mensagem ao afirmar que “o reforço da equipa de Público dá um sinal muito positivo para o desenvolvimento da atividade no segundo semestre de 2024”.

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Impresa fecha semestre com prejuízo de 4 milhões

A SIC, que apresenta contas autónomas, duplicou os lucros, para 1,3 milhões. As receitas do grupo também dono do Expresso cresceram 0,7% e os custos reduziram 1,2%. O prejuízo está em linha com 2023.

A Impresa, dona da SIC, terminou o semestre com um prejuízo de 4 milhões, em linha com o registado em 2023. Apesar do resultado líquido negativo idêntico ao do período homólogo, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) subiu 57,7%, para os 4,5 milhões de euros, com uma margem de 5,2%, e o EBIT (lucros antes de Juros e imposto) situou-se nos 2,2 milhões, um crescimento de 235,3%. O resultado líquido da SIC, que apresenta contas à parte, foi de 1,3 milhões de euros, uma melhoria de 116,7%.

“Apesar desses indicadores, o resultado líquido da Impresa foi de -4 milhões, o mesmo valor alcançado no primeiro semestre de 2023, já que é na estrutura do Grupo que são consolidados os custos financeiros”, justifica a também dona do Expresso, que entregou esta quarta-feira as contas na CMVM.

As receitas do grupo aumentaram 0,7%, para 86,6 milhões de euros, com a televisão a gerar rendimentos na ordem dos 74,6 milhões (+1,7%) e a área de publishing a situar-se nos 11,2 milhões (-7,2%). Os custos operacionais diminuíram 1,2% para os 82,1 milhões de euros.

“A venda de conteúdos e as receitas publicitárias contribuíram para este crescimento. Os custos operacionais, sem considerar amortizações, depreciações, provisões e perdas por imparidade em ativos não correntes, mantiveram a tendência decrescente, com uma redução de 1,2% face ao mesmo período do ano anterior. O Grupo melhorou o seu desempenho operacional em todos segmentos, o que se refletiu no reforço das margens”, aponta o grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão.

A dívida remunerada líquida cifrou-se em 142,8 milhões de euros, uma redução de 1,7% face ao final de junho de 2023.

A SIC, que consolida na Impresa mas apresenta contas autónomas, duplicou os resultados líquidos, que são no semestre de 1,3 milhões (+116,7%), com um EBITDA de 4,5 milhões (+30,7%) e margem de 6,1%. As receitas situaram-se nos 74,6 milhões de euros (+1,7%) e os custos operacionais nos 70,1 milhões (+0,3%)

Na área de publishing, as receitas foram então de 11,2 milhões de euros (-7,2%) e os custos operacionais fixaram-se nos 10,3 milhões (-9,3%). A margem do EBITDA aumentou de 5,3% para 7,4%, realça o grupo, com o EBITDA a situar-se nos 800 mil euros (+29,4%).

Na área Outras, o EBITDA é negativo em 800 mil euros, uma melhoria de 31,8%.

“Na segunda metade do ano, além de manter uma gestão eficiente dos custos, a Impresa continuará a consolidar as suas parcerias estratégicas e a apostar em projetos que visem acelerar a transformação digital, incluindo o aproveitamento dos muitos aspetos positivos da inteligência artificial, e diversificar as fontes de receita”, escreve o grupo, que destaca o áudio, “que com um crescimento de 77% no acumulado de downloads registados nos primeiros meses de 2024, viu a sua receita aumentar também acima dos 76% relativamente ao 1.º semestre de 2023″, escreve o grupo.

“No segundo semestre, daremos continuidade aos vários projetos em curso. Por um lado, vamos continuar a trazer mais valor para anunciantes e agências, reforçando a nossa posição enquanto grupo em Portugal com mais investimento publicitário. Por outro, vamos manter a nossa estratégia de expansão digital e diversificação de fontes de receitas, nomeadamente através da concretização de apostas já anunciadas como a realização do Tribeca Festival em Lisboa e a nossa nova parceria na área da bilhética com a BOL“, acrescenta Francisco Pedro Pedro Balsemão, CEO do grupo.

Já em julho, a SIC concluiu a oferta pública de subscrição de Obrigações SIC 2024-2028 e a oferta pública de troca de Obrigações SIC 2021-2025. A operação teve uma procura de 54,2 milhões de euros, representativa de 1,13 vezes o valor da oferta, recorda a Impresa.

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Iniciativa Liberal quer descontos das empresas para a Segurança Social no recibo de vencimento

Iniciativa Liberar vai voltar a apresentar um projeto-lei com alteração ao Código do Trabalho para que descontos da empresa para a Segurança Social também constem do recibo de vencimento.

A Iniciativa Liberal vai voltar a apresentar um projeto de Lei para tornar obrigatória a inclusão dos encargos das empresas com a Segurança Social nos recibos de vencimento. O objetivo é proporcionar aos trabalhadores uma “maior consciencialização da receita fiscal e contributiva que recai sobre os seus rendimentos do trabalho”, refere a proposta a que o ECO teve acesso.

A iniciativa legislativa propõe uma alteração ao Código do Trabalho, através da introdução da “aposição dos custos suportados pela entidade patronal no âmbito das contribuições para a Segurança Social no recibo de vencimento dos trabalhadores por conta de outrem. A proposta introduz um novo ponto no Artigo 276.º, relativo ao recibo, prevendo que deve “estar indicado o valor das contribuições efetuadas pelo empregador para a Segurança Social referentes ao trabalhador“.

Os deputados da Iniciativa Liberal consideram que o projeto de Lei “contribui para uma maior informação do trabalhador, não só quanto aos valores que entrega à Segurança Social, mas também quanto aos valores suportados pela entidade empregadora, o que lhe permite uma maior consciencialização da receita fiscal e contributiva que recai sobre os seus rendimentos do trabalho“.

Neste momento, só os 11% a cargo do trabalhador têm de ser mencionados no recibo. O partido liderado por Rui Rocha quer que seja indicado também o valor da parcela de 23,75%, de forma “a que os trabalhadores possam ter a correta perceção dos descontos a que o seu salário está sujeito”. “O conhecimento da real contribuição que cada um faz para a Segurança Social tornará os cidadãos mais conscientes e mais exigentes com os seus direitos sociais e as despesas do Estado”, argumenta a Iniciativa Liberal.

O novo projeto de lei é uma revisão da proposta apresentada em março de 2023, que foi aplaudida pela União dos Sindicatos Independentes mas rejeitada pela CGTP, como assinala a Iniciativa Liberal.

A intenção de avançar com uma nova iniciativa legislativa surge no mesmo dia em que a Associação Business Roundtable Portugal (BRP) anunciou que sete empresas suas associadas alteraram os recibos para indicar peso das contribuições e impostos. Tal como o projeto de lei da IL, a BRP pretende “clarificar os custos associados à remuneração e alertar para as mudanças necessárias para aliviar o elevado nível de encargos sobre o trabalho”, dando “visibilidade aos encargos totais das empresas com os salários dos seus colaboradores”.

As empresas aderentes foram a Altice, BA Glass, EDP, Grupo Sousa, José de Mello, Salvador Caetano e Sugal, número que a associação pretende aumentar.

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Caso gémeas: Maria João Ruela diz que houve “um lapso” na informação transmitida ao Marcelo em dezembro

  • Lusa
  • 24 Julho 2024

Maria João Ruela afirmou que o que lhe foi pedido foi para "promover esforços para tentar enquadrar a situação".

A consultora do Presidente da República para os Assuntos Sociais, Sociedade e Comunidades disse esta quarta-feira que houve “um lapso” na informação transmitida ao Presidente da República antes da comunicação que fez em dezembro, nomeadamente quanto ao hospital contactado. Maria João Ruela está a ser ouvida na comissão de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras tratadas no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, com o medicamento Zolgensma.

Na sequência das respostas dadas ao PS sobre o hospital que terá sido contactado, o deputado André Ventura, do Chega, referiu que o relatório da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) “fala de contactos feitos” pela assessora “com o Santa Maria” e questionou se “é falso”. Maria João Ruela, que já tinha dito que não foi ouvida pela IGAS, insistiu que não contactou o Hospital de Santa Maria e disse desconhecer o relatório, questionando qual a fonte.

Depois de lhe ter sido transmitido que a fonte seria uma comunicação do Presidente da República em 4 de dezembro, a consultora do Palácio de Belém indicou que “houve um lapso” na informação que foi passada a Marcelo Rebelo de Sousa nessa altura. “Não foi um lapso do Presidente da República, foi da comunicação que foi passada ao Presidente da República sobre o hospital que tinha sido contactado. Quando o Presidente da República fez aquela conferência de imprensa um bocadinho de improviso, com base nuns papéis que estavam ali com informação que não estava correta, disse isso”, afirmou.

Maria João Ruela salientou que “é claro para a Presidência da República, para o senhor Presidente da República e para o chefe da Casa Civil que o contacto foi feito com o Dona Estefânia”.

A assessora da Casa Civil da Presidência da República disse que o caso das gémeas tratadas com o medicamento Zolgensma em 2020 foi “tratado de forma idêntica” a outros. A consultora para os Assuntos Sociais, Sociedade e Comunidades da Casa Civil do Presidente da República explicou que no dia 21 de outubro de 2019 recebeu um email do chefe da Casa Civil, reencaminhado também para Marcelo Rebelo de Sousa, a perguntar se Maria João Ruela podia “perceber o que se passa”.

“Abaixo nesse email, estava a comunicação de Nuno Rebelo de Sousa”, indicou a antiga jornalista na comissão de inquérito ao caso das gémeas tratadas com o medicamento Zolgensma em 2020.

Maria João Ruela afirmou que o que lhe foi pedido foi para “promover esforços para tentar enquadrar a situação”, considerando ser “um procedimento habitual para o acompanhamento de correspondência dirigida e enviada ao Presidente da República”, na área dos Assuntos Sociais e Comunidades Portuguesas. Afirmou ainda que cessou a troca de correspondência com Nuno Rebelo de Sousa em 23 de outubro de 2019.

A consultora do Presidente da República admitiu ainda que poderá ter contactado o Hospital Dona Estefânia, mas recusou ter falado com o Hospital de Santa Maria sobre o caso das gémeas. “A ter falado com um hospital foi apenas com o Dona Estefânia”, afirmou Maria João Ruela.

Em resposta ao PS, a consultora disse não ter registo desse contacto, razão pela qual não pode confirmar se esse contacto foi feito, mas considerou “natural que as informações” que transmitiu “tenham sido obtidas junto do hospital”. “Não há problema nenhum nisso”, defendeu.

Maria João Ruela disse que poderá ter contactado o Dona Estefânia porque a informação que tinha sido enviada por Nuno Rebelo de Sousa para a Presidência da República era que o processo das duas crianças encontrava-se nesse hospital e que “só soube que as bebés tinham sido tratadas no Santa Maria” em novembro do ano passado, quando viu as notícias sobre o caso.

Antes, em resposta ao CDS-PP, a assessora do Presidente da República indicou que, por isso, “para o Santa Maria não teria sido de certeza” feito nenhum contacto naquela altura. Maria João Ruela afirmou que não se lembra nem tem registo com quem terá falado em concreto e que o objetivo do contacto terá sido “obter informação genérica”.

“A informação obtida foi a transmitida ao chefe da Casa Civil e depois enviada no email de informação ao Presidente da República”, indicou. Na resposta ao PSD, a antiga jornalista referiu que a informação que apurou foi “tão só que é uma decisão inteiramente médica, do hospital e do Infarmed”.

Na sua intervenção inicial, Maria João Ruela referiu o email que o filho do Presidente da República enviou ao chefe da Casa Civil em 29 de outubro de 2019, no qual referia que “nada evoluiu e ninguém falou com os pais das crianças”. A consultora considerou que Nuno Rebelo de Sousa estava a lamentar-se ao seu chefe da sua “percecionada inação”.

“Escreveu um email ao meu chefe queixando-se de que eu não fiz nada”, afirmou mais em frente, em resposta ao PAN. Já em resposta ao BE, Maria João Ruela disse que hoje entende esse contacto de Nuno Rebelo de Sousa mais como “uma medalha”. A assessora de Belém disse também que pediu os contactos dos pais das crianças, mas não os contactou.

(Notícia atualizada às 17h46 com mais informação)

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Loja sardinhas da Murtosa em NY disputa prémio internacional com Nike e Disney

Mundo Fantástico da Sardinha é finalista na categoria de "experiência no retalho" juntamente com a Nike, Disney e Fortnum&Mason. É a única marca nacional entre os finalistas dos Creative Retail 2024.

A loja do Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa em Times Square, Nova Iorque, colocou a empresa nacional entre os finalistas dos Creative Retail, uma distinção anual que reconhece o melhor que se faz no mundo em design e experiência no retalho. A portuguesa concorre na categoria de “experiência no retalho” ao lado de marcas como a Nike, Disney e Fortnum&Mason. Os vencedores serão revelados em Londres, a 19 de setembro.

O design do espaço em Nova Iorque assemelha-se a uma biblioteca onde predominam os tons verdes e dourados. O que salta à vista das milhares de pessoas, que por ali passam, é um néon vermelho na montra com a mensagem “Portuguese Sardine”.

Para além da decoração e das latas de conservas portuguesas, ilustradas com um design colorido e atrativo, a empresa considera que “a banda sonora da loja, Stars and Stripes Forever, criada em 1896 por John Philip Sousa, descendente de portugueses, tendo-se tornado a marcha nacional dos Estados Unidos da América, e os seis bonecos-músicos da banda filarmónica inspirados nas festas populares portuguesas foram alguns dos elementos que puseram a loja na shortlist da categoria de experiência no retalho dos Creative Retail Awards de 2024″. É a única marca portuguesa entre os finalistas desta distinção.

Em comunicado, a empresa que pertence ao Grupo O Valor do Tempo, realça que “a marca, que nasceu da vontade de celebrar as conservas de peixe como património da cultura portuguesa, aposta no compromisso com a experiência de consumo em loja, na inquestionável qualidade e nos métodos de produção artesanais, usando a história como narrativa”.

“Julgar os Creative Retail Awards deste ano foi uma experiência inspiradora. O calibre das candidaturas é verdadeiramente impressionante, mostrando como a indústria está a abraçar um futuro brilhante e inovador”, afirma Tim Nash, um dos jurados deste ano, em comunicado.

Organizada pela Shop&Display Equipment Association (SDEA) e pela revista Retail Focus, os Creative Retail Awards são o palco dos melhores exemplos mundiais em matéria de experiência no retalho, design de loja, iluminação, visual merchandising e tecnologia, entre 21 categorias.

A loja do Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa em Times Square, foi inaugurada em agosto do ano passado e representou um investimento de 4,5 milhões de euros.

Para além do Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa, o Grupo O Valor do Tempo detém ainda a Comur (uma das maiores referências da indústria conserveira portuguesa), a Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau, o Museu da Cerveja e do Pão, A Brasileira do Chiado, a Mensagem de Lisboa, a Confeitaria Peixinho, a Joalharia do Carmo, o hotel Hästens Sleep Spa, a Casa Pereira da Conceição, a Silva & Feijóo e Figurado de Barcelos – O Valor do Tempo. O grupo emprega cerca de 700 pessoas, soma 46 lojas em Portugal e uma em Nova Iorque. Só no segmento das conservas, o grupo fatura 20 milhões de euros e globalmente 45 milhões de euros.

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Cleantech da Mota-Engil quer instalar 7.500 pontos de carregamento elétrico até 2028

Em Portugal, a ME Renewing conta, à data, com 234 pontos de carregamento ativos. Até 2028, a cleantech da Mota-Engil quer instalar 7.500 pontos em Portugal, Espanha e Polónia.

A subsidiária de mobilidade elétrica do grupo Mota-Engil quer instalar em Portugal 2.500 pontos de carregamento até 2028. Nesse mesmo período, a ME Renewing ambiciona instalar simultaneamente mais 1.500 pontos em Espanha e outros 3.500 na Polónia. Ao todo, a empresa de clean tech quer que o número de pontos de carregamento nestes três mercados atinja os 7.500 nos próximos quatro anos.

Com estas metas, explica a empresa num comunicado divulgado esta quarta-feira, “o grupo Mota-Engil pretende afirmar a empresa como um dos líderes de mercado no setor da mobilidade elétrica” e competir com gigantes como a Galp ou Powerdot.

Em Portugal, a rede de postos de carregamento para veículos elétricos da ME Renewing conta, à data, com 234 pontos de carregamento ativos, estando 108 em construção, 102 em carteira e 110 “em fase de negociação avançada”. Até ao final do ano, a empresa espera contabilizar cerca de 500 pontos de carregamento ativos e com cerca de 300 em carteira.

Como parte da estratégia, a tecnológica vai inaugurar um novo hub de carregamento multi-potência para veículos elétricos no Algarve, localizado no Parque Aquático Aquashow, em Quarteira, no distrito de Faro.

Com este investimento, lê-se na nota, a ME Renewing reforça a oferta de postos de carregamento elétrico nesta região do país, que passa a contar com mais dois pontos de carregamento normais, cada um com uma potência de 22 killowatts; dois rápidos (60kw) e dois ultra-rápidos (120 kw).

A ME Renewing prevê expandir a sua atividade para outros mercados europeus e para a América Latina, mas não revela prazos.

Quanto aos planos para Portugal, a nota revela que a empresa teve a aprovação de um financiamento da União Europeia no valor de 1,16 milhões de euros para o projeto de “Expansão da Infraestrutura de Recarga Elétrica de Portugal”, que inclui a implantação de 41 pontos de recarga de 150 kW, em 13 locais em Portugal.

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CNA rejeita corte no benefício e reclama apoio para os viticultores do Douro

  • Lusa
  • 24 Julho 2024

O novo corte – de entre 10 a 20 mil pipas, tendo por base o valor de 2023 – “é mais uma forte machadada no rendimento dos pequenos e médios viticultores da RDD, que já enfrentam uma grave crise”.

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) disse esta quarta-feira ser inaceitável o novo corte no benefício de vinho do Porto, alertando para a necessidade de ação do Governo para travar os problemas dos viticultores da Região Demarcada do Douro.

“[…] Chegou ao conhecimento da CNA que o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) se prepara para realizar mais um corte na produção beneficiada da Região Demarcada do Douro (RDD), de entre 10 a 20 mil pipas, tendo por base o valor de 2023, somando-se ao corte de 14 mil pipas já feito entre 2022 e 2023”, indicou, em comunicado.

O conselho interprofissional do IVDP volta a reunir-se na quinta-feira, depois de não ter obtido consenso na sexta-feira quanto ao montante do benefício, a quantidade de mosto que cada viticultor pode destinar à produção de vinho do Porto, uma importante fonte de receita dos produtores do Douro.

Para a CNA, o novo corte “é mais uma forte machadada no rendimento dos pequenos e médios viticultores da RDD, que já enfrentam uma grave crise” que será agravada com a possibilidade de os “grandes agentes da transformação e comércio” não receberem a produção deste ano. “Este novo corte brutal no benefício é, por isso, inaceitável, e o Governo tem que atuar no sentido da sua não concretização”, reiterou.

A Confederação alertou também para a necessidade de travar as importações de vinho a granel, em especial no Douro, “com medidas concretas, e não meras proclamações para iludir os agricultores”. “O que se está a passar na RDD é um processo de destruição das características que tornam esta região única no mundo, e em que os pequenos e médios produtores de uva tiveram e têm um papel fundamental, que não pode ser vilipendiado desta forma”, defendeu.

De acordo com a CNA, “as políticas dos sucessivos governos apenas têm servido para favorecer os grandes interesses da transformação e comércio da região, empurrando cada vez mais agricultores para fora da produção vitícola”. “Toda esta situação é inaceitável para os pequenos e médios viticultores do Douro, que não deixarão de fazer ouvir bem alto o seu protesto e as suas reclamações”, afiançou.

A Associação dos Viticultores e da Agricultura Familiar Douriense (Avadouriense), em conjunto com a CNA, decidiu hoje avançar com uma manifestação que decorrerá no Peso da Régua, em 7 de agosto, e terá como propósitos ver assegurado o escoamento das uvas e travar os cortes no rendimento e no benefício.

A Confederação reclama, ainda, ao Governo “medidas concretas para travar a perda de rendimento dos agricultores” e ainda para “implementar um modelo de organização da produção e comercialização que vá ao encontro dos interesses da região e dos seus principais agentes: os pequenos e médios viticultores”.

O organismo considera também fundamental “concluir a reinstitucionalização da Casa do Douro, concretizando o processo eleitoral e dotando-a de instrumentos de gestão para que cumpra a sua função de regular a produção, o armazenamento e a comercialização, bem como a sua qualidade” para “gerar rendimentos dignos” para os produtores durienses.

A CNA alertou ainda para a necessidade de travar “o processo de aumento de direitos de plantação na União Europeia e o aumento especulativo dos preços dos fatores de produção”.

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Scholz anuncia recandidatura a chanceler nas legislativas de 2025 apesar das sondagens

  • Lusa
  • 24 Julho 2024

"Vou apresentar-me na qualidade de chanceler, para me tornar de novo chanceler", assegurou Olaf Scholz, apesar das sondagens revelarem uma acentuada queda de popularidade.

O chanceler alemão Olaf Scholz declarou esta quarta-feira que pretende candidatar-se a um novo mandato nas legislativas agendadas para finais de setembro de 2025, apesar das sondagens revelarem uma acentuada queda de popularidade e um recuo do seu partido.

“Vou apresentar-me na qualidade de chanceler, para me tornar de novo chanceler”, assegurou no decurso da tradicional conferência de imprensa de verão, ao ser questionado se não admitida seguir o exemplo do Presidente dos EUA Joe Biden e renunciar a nova candidatura.

O Governo fixou para 28 de setembro de 2025 a data do escrutínio legislativo, uma decisão adotada esta quarta no conselho de ministro. O partido social-democrata (SPD) é “um partido muito unido” em torno do seu líder e vai lançar-se na campanha eleitoral para ganhar, acrescentou o chanceler.

Uma recente sondagem entre membros do partido demonstrou que apenas um terço consideram que Scholz é o candidato adequado, surgindo em igualdade de preferências com o ministro da Defesa, Boris Pistorius, atualmente a personalidade política preferida dos alemães.

Um ano antes das últimas eleições de 2021, o SPD estava creditado com cerca de 15% dos votos, antes de recuperar nas sondagens ao beneficiar de uma guerra pela liderança entre os conservadores e diversos erros políticos dos Verdes durante a sua campanha. O seu partido conseguiu vencer o escrutínio com 25,7% dos votos, à frente dos conversadores.

Uma façanha difícil de repetir, pelo pacto de o Governo tripartido de Scholz com os Verdes e os Liberais registar de momento a sua maior taxa de impopularidade. O descontentamento dos eleitores abrange diversas questões: imigração, política económica e ambiental. E as contínuas divergências entre os aliados apenas têm reforçado este generalizado sentimento negativo.

O Governo foi confrontado com crises sem precedentes após o início da invasão militar russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, que implicou uma crise energética e elevada inflação. Os três partidos (SPD, Verdes e Liberais) foram os principais derrotados das eleições europeias de 09 de junho passado, assinaladas por uma vitória da direita conservadora e um novo impulso da extrema-direita.

Ao registar 13,9% dos votos, o SPD obteve o seu pior resultado de sempre num escrutínio nacional desde 1949. Segundo as sondagens, as eleições regionais em três regiões da antiga RDA em setembro, onde a extrema-direita não cessar de progredir, anunciam-se desastrosas para os três partidos da coligação.

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Associação Nacional dos Laboratórios Clínicos, Joaquim Chaves e Beatriz Godinho vão recorrer da multa da Concorrência

A ANL, Joaquim Chaves e Beatriz Godinho estão entre os visados na condenação da AdC pelo envolvimento num cartel para análises clínicas e testes de Covid. Dizem discordar da decisão e vão recorrer.

A Associação Nacional dos Laboratórios Clínicos (ANL) e os grupos Joaquim Chaves e Beatriz Godinho dizem estar em “total desacordo” com a multas, — de 10 mil euros, 11,5 milhões de euros e 1,4 milhões de euros, respetivamente –, que lhes foi aplicada pela Autoridade da Concorrência (AdC) por participação em cartel na prestação de análises clínicas e testes à Covid. Por isso, vão recorrer em tribunal.

A entidade liderada por Carlos Cunha condenou o grupo Affidea (Hormofuncional e Alves & Duarte), Joaquim Chaves, o Germano de Sousa, Redelab, Beatriz Godinho e a ANL ao pagamento de multas no valor total de 48,6 milhões de euros, pela participação num cartel que operou no mercado português de prestação de análises clínicas e de testes Covid-19 entre, pelo menos, 2016 e 2022.

De acordo com a decisão consultada pelo ECO, o grupo Affidea foi multado em 26,1 milhões de euros, o Joaquim Chaves em 11,5 milhões de euros, o Germano de Sousa em 9,3 milhões de euros, a Redelab em 200 mil euros, a Beatriz Godinho em 1,4 milhões e a ANL em 10 mil euros.

A associação que representa os laboratórios foi a primeira a reagir, manifestando “o seu total desacordo e indignação” à decisão da AdC, defendendo que esta é “caracterizada por erros factuais e de direito” e “representa um grave atentado à justiça e à integridade do setor convencionado da saúde em Portugal”.

Em comunicado, a ANL adianta que “vai recorrer desta decisão junto do Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão“, dado que “foi tomada com base em premissas incorretas, demonstrando uma interpretação distorcida dos factos e das normas legais aplicáveis ao setor, o que resultou numa condenação que não reflete as práticas da associação”.

Num reação bastante forte, a associação garante ainda que “pauta a sua atuação pelo rigor, transparência e cumprimento das leis” e acusa o regulador de “falta de compreensão crítica sobre a resposta do setor convencionado aos apelos do Estado português”.

“Esta decisão representa, ainda, um atropelo à maneira como o Ministério da Saúde interage com as associações do setor e estabelece, de forma unilateral, as condições relacionadas com os serviços prestados pelo setor convencionado ao SNS”, aponta ainda a associação, considerando também que a decisão “prejudica gravemente o papel da ANL, e das associações em geral, enquanto representantes do setor convencionado da saúde”.

A decisão da AdC resulta de um processo que, no início, envolvia sete laboratórios e a Associação Nacional de Laboratórios Clínicos (ANL), cuja acusação remonta a dezembro de 2022. O total de coimas aplicadas ascendeu a 57,51 milhões de euros, dos quais 8,9 milhões já foram voluntariamente pagos por dois grupos laboratoriais multinacionais. Na altura, a ANL já rejeitava “firmemente” as acusações.

Entretanto, fonte oficial do grupo Joaquim Chaves indicou, ao ECO, “discorda da decisão e pretende reagir pelos meios legalmente disponíveis”.

Já José Germano de Sousa remete a reação para a ANL, mas assegura, ao ECO, estar “de consciência muito tranquila respeitando a justiça, que apesar de lenta , será justa”.

Também fonte oficial da Beatriz Godinho aponta que “foi com total consternação” que tomou conhecimento da decisão da AdC. Em linha com o que foi transmitido pela ANL, considera a decisão “injusta, baseada em pressupostos errados e conclusões precipitadas e que demonstra um total desconhecimento da interação do Estado com o setor das análises clínicas e a resposta e esforço pedidos aos laboratórios durante a pandemia”. Por isso, vai “obviamente recorrer duma decisão em que em absolutamente nada” se revê, adianta, em resposta ao ECO.

(Notícia atualizada às 12h35 de dia 25 de julho de 2022 com a reação do grupo Beatriz Godinho)

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Cristiano Ronaldo já é sócio da Vista Alegre em Espanha

Capitão da seleção nacional concretizou a compra de 30% da subsidiária espanhola do grupo, que conta com um “impacto evidente” na promoção das marcas Vista Alegre e Bordallo Pinheiro no país vizinho.

Cristiano Ronaldo já é sócio da Vista Alegre em Espanha. Foi a 12 de julho, através da sociedade CR7 SA, que o futebolista concretizou a aquisição de 30% do capital da subsidiária do grupo português no país vizinho, alargando desta forma o seu património empresarial, com negócios no turismo, imobiliário, moda, estética, águas, no setor financeiro, nos media e agora na indústria.

A operação, que já tinha sido anunciada quando Cristiano Ronaldo comprou 10% da Vista Alegre Atlantis SGPS, num investimento avaliado em 17,3 milhões de euros, “terá um impacto evidente na promoção das marcas Vista Alegre e Bordallo Pinheiro em Espanha”, onde tem lojas próprias em Madrid e Barcelona e presença nos espaços do El Corte Inglés em todo o território espanhol.

“A associação da personalidade mediática com maior número de seguidores nas redes sociais a nível mundial à bicentenária e reconhecida marca Vista Alegre terá, certamente, em Espanha, um efeito multiplicador no valor da marca”, refere a empresa sediada em Ílhavo (distrito de Aveiro), num comunicado de imprensa enviado esta quarta-feira às redações.

Cristiano Ronaldo salienta que “o investimento na Vista Alegre em Espanha é um regresso a um país onde [foi] muito acarinhado, e onde, ainda hoje, [mantém] relações pessoais e algumas profissionais com grande prazer e sucesso”. “Ter a possibilidade de contribuir para potenciar a Vista Alegre e a Bordallo Pinheiro em Espanha é mais um passo para a afirmação da globalização das marcas”, acrescenta.

“A entrada no capital da Vista Alegre Espanha SA por parte de Cristiano Ronaldo tem um impacto fantástico na sociedade espanhola e irá tonificar a operação da marca no país, que já representa o terceiro mercado mais relevante em termos de mercado externo”, destaca Fernando Campos Nunes, fundador e acionista do Grupo Visabeira, que detém o grupo Vista Alegre.

A entrada no capital da Vista Alegre Espanha SA por parte de Cristiano Ronaldo (…) irá tonificar a operação da marca no país, que já representa o terceiro mercado mais relevante em termos de mercado externo.

Fernando Campos Nunes

Fundador e acionista do Grupo Visabeira

No ano passado, o grupo que detém as marcas Vista Alegre e Bordallo Pinheiro viu as vendas baixarem 9,6% para 129,6 milhões de euros, pressionadas por uma redução superior a 20% na comercialização de produtos de private label ao nível do grés de forno, que é o segmento que mais pesa no negócio, e também pela diminuição de 5,5% na componente de porcelanas.

Num exercício em que os lucros ascenderam a 6,8 milhões de euros, uma subida de 22,3% face a 2022, as exportações pesaram quase 70% no volume de negócios – França, Espanha, Alemanha, Itália, Brasil e EUA são os principais destinos. Os produtos de marca própria (Vista Alegre e Bordallo Pinheiro) reforçaram em 7,5% o peso nas receitas do grupo liderado por Nuno Terras Marques.

Além da entrada no capital da holding e da subsidiária em Espanha, as duas partes acordaram já a “criação conjunta em partes iguais de uma nova empresa no MiddleEast & Asia, cujo objetivo é fazer crescer as marcas Vista Alegre e Bordallo Pinheiro naquelas geografias”. Uma colaboração que “permitirá acelerar o processo de expansão global das marcas no segmento de prestígio / luxo em vários mercados internacionais, tanto no retalho como na hotelaria premium”, salientou na altura.

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“Não vamos comprar tantos comboios como a CP queria” para a Alta Velocidade, diz ministro

CP tinha prevista a aquisição de 16 novos comboios para a Alta Velocidade. Miguel Pinto Luz garante que serão menos, para impedir que exista um quase monopólio da empresa.

“A CP não terá o monopólio e nem sequer será maioritária” na operação das linhas de Alta Velocidade em Portugal, afirmou o ministro das Infraestruturas no Parlamento. Empresa tinha a ambição de comprar 16 comboios, Miguel Pinto Luz garante que serão menos.

Não vamos comprar tantos comboios como a CP queria. A CP tinha uma ambição de comprar comboios e ficar com uma quota de 80%. Acreditamos que isso não é saudável para o mercado”, afirmou esta quarta-feira o ministro das Infraestruturas na audição na Comissão de Orçamento e Finanças do Parlamento.

A empresa tinha planos para adquirir 16 comboios para a sua operação de Alta Velocidade, com um custo global de 520 milhões de euros, segundo noticiou o Jornal de Negócios.

Miguel Pinto Luz garantiu que a CP não terá “o monopólio” e não será “sequer maioritária”. “Com a nossa visão de economia não é saudável”, disse o ministro, acrescentando que “outros virão em concorrência. Vamos oferecer transportes mais baratos aos que querem viajar em alta velocidade”.

O governante disse, no entanto, que “a CP estará no mercado, agressiva e com boa qualidade de serviço“.

A operadora ferroviária pretende lançar este ano o concurso para a aquisição dos comboios. Uma encomenda que se somaria aos 117 comboios adjudicados em novembro à Alstom, dos quais 62 unidades automotoras para o serviço urbano e 55 para o serviço regional.

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Bruxelas diz que Portugal precisa de mais funcionários nos tribunais

De acordo com o relatório sobre o Estado de Direito nos países da UE, Portugal “fez alguns progressos” na adequação dos recursos humanos ao sistema judicial, mas ainda não é suficiente.

A Comissão Europeia (CE) recomenda que Portugal tenha mais funcionários judiciais a trabalhar nos tribunais, garanta mais eficiência nos Tribunais Administrativos e Fiscais e melhore as leis penais para os megaprocessos serem mais eficientes.

De acordo com o quinto relatório sobre o Estado de Direito nos países da União Europeia (UE), divulgado esta quarta-feira — que analisa o ano de 2023, quando o Governo de António Costa ainda exercia funções –, Portugal “fez alguns progressos” na adequação dos recursos humanos ao sistema judicial, mas ainda não é suficiente. O executivo de Ursula von der Leyen também quer que Portugal assegure a “monitorização e verificação” dos mecanismos para a Entidade da Transparência.

O país também tem de avançar com “medidas para assegurar a adequação dos procedimentos legislativos criminais para lidar com eficácia com os processos criminais complexos”, e também “prosseguir os esforços envidados para garantir recursos suficientes para prevenir, investigar e reprimir a corrupção, nomeadamente para o novo Mecanismo Anticorrupção”. Mecanismo esse que já foi substituído pela Agenda Anticorrupção do atual Governo, apresentada pela ministra Rita Júdice em junho.

Globalmente, no que diz respeito às recomendações do Relatório sobre o Estado de Direito de 2023, Portugal tem feito alguns progressos “nos esforços contínuos para garantir recursos humanos adequados da justiça sistema, em especial no que diz respeito ao pessoal não judiciário, alguns progressos adicionais na melhoria a sua eficiência, nomeadamente dos Tribunais Administrativos e Fiscais”, e na garantia de recursos suficientes para “prevenir, investigar e processar a corrupção”.

O mesmo relatório recomenda que Portugal:

  • Intensifique esforços para garantir recursos humanos adequados do sistema de justiça, em particular no que diz respeito aos funcionários judiciais, e prosseguir os esforços para melhorar a sua eficiência, em particular nos Tribunais Administrativos e Fiscais;
  • Tome medidas para garantir a adequação da legislação geral de processo penal para lidar eficientemente com processos criminais complexos;
  • Continue os esforços feitos para garantir recursos suficientes para prevenir, investigar e punir a corrupção, inclusive para o novo Mecanismo Anticorrupção;
  • Garanta a monitorização e verificação eficazes das declarações de património pela Entidade da Transparência;
  • Finalize as reformas para melhorar a transparência do processo legislativo, especialmente no implementação de ferramentas de avaliação de impacto.

“Em comparação com a primeira publicação do relatório sobre o Estado de Direito, adotado em 2020, os Estados-membros e a UE no seu conjunto estão muito mais bem preparados para detetar, prevenir e enfrentar os desafios emergentes, o que contribui para a resiliência das democracias europeias e para a confiança mútua no interior da UE. Contribui igualmente para o bom funcionamento do mercado único e favorece um ambiente empresarial que fomenta a competitividade e o crescimento sustentável”, segundo comunicado da instituição europeia.

Desde a primeira publicação, em 2020, “o relatório tornou-se um motor de reformas positivas: dois terços (68%) das recomendações emitidas em 2023 foram, total ou parcialmente, aplicadas. No entanto, em alguns Estados-membros continuam a existir preocupações sistemáticas e a situação agravou-se ainda mais”, diz o mesmo comunicado. O relatório deste ano inclui, pela primeira vez, quatro capítulos por país sobre a evolução da situação na Albânia, no Montenegro, na Macedónia do Norte e na Sérvia, os mais avançados no processo de adesão.

O Ministério da Justiça (MJ) considerou que o diagnóstico feito pela Comissão Europeia (CE) sobre o sistema de justiça português “coincide com o diagnóstico feito pelo Governo nestes primeiros três meses em funções”.

Fonte oficial do MJ referiu à agência Lusa que o programa do Governo apresenta respostas que são entendidas como “eficazes para os problemas identificados” e que o ministério dirigido por Rita Alarcão Júdice “está, desde o primeiro dia, a trabalhar na sua resolução”.

O MJ aponta, a título de exemplo, “os acordos já materializados para a valorização das carreiras dos oficiais de justiça e dos guardas prisionais”, a aprovação da Agenda Anticorrupção, atualmente em consulta pública” e “a simplificação de procedimentos com o desenvolvimento de novas ferramentas de tecnologias de comunicação e de informação na Justiça e a definição do respetivo enquadramento legal”, designadamente “o processo legislativo em curso para que as citações e as notificações de pessoas coletivas e a tramitação da fase de inquérito passem, por regra, a ser feitas por via eletrónica”.

Em matéria de condições de trabalho, o MJ assinala o concurso publico para a obra do novo Palácio de Justiça de Portalegre (lançado em maio) ou o concurso já aberto para o novo Estabelecimento Prisional de S. Miguel, nos Açores, com propostas já recebidas em junho.

“Além disso estão a ser feitos diversos levantamentos das necessidades de edificado para que se possa, com eficiência e racionalidade, lançar uma série de investimentos na Justiça”, concluiu o MJ.

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