Prada compra Versace por 1,25 mil milhões de euros

Fusão no setor do luxo italiano avançou esta quinta-feira. Novos donos garantem que marca associada a Donatella Versace há quase 30 anos "vai manter o seu ADN criativo e autenticidade cultural".

A Prada vai mesmo vestir Versace. A marca italiana anunciou esta quinta-feira que chegou a acordo para adquirir uma participação de 100% na Versace por 1,25 mil milhões de euros, tendo assinado um dos negócios do momento no setor do luxo europeu.

A confirmação foi dada pela Prada, que irá prestar esclarecimentos adicionais numa conferência de imprensa ainda durante a tarde de quinta-feira. “Dentro do grupo Prada, a Versace vai manter o seu ADN criativo e autenticidade cultural, enquanto beneficia de toda a força da plataforma consolidada do grupo, incluindo capacidades industriais, execução de retalho e expertise operacional”, consideram os novos donos, que também detêm a Miu Miu.

As negociações começaram em janeiro, depois de terem sido contratados os bancos de investimento Barclays e Citi. No entanto, a compra da Versace à Capri Holdings teve um “desconto” de mais de 200 milhões de dólares (cerca de 180 milhões de euros) devido ao impacto da guerra comercial causada pelas tarifas do presidente dos Estados Unidos, segundo o jornal Financial Times.

A Versace pertence à Capri Holdings desde 2018, quando o grupo deu 1,8 mil milhões de euros à família Versace e ao fundo Blackstone. Nesse mesmo ano, a Prada esteve a ‘piscar o olho’ à Versace, embora tenha acabado por decidir não avançar para o negócio.

Em março, Donatella Versace deixou a direção criativa da marca onde estava há quase 30 anos e foi substituída por Dario Vitale, diretor de design da Miu Miu, uma das marcas do grupo Prada. A troca de cadeiras na empresa fundada por Gianni Versace (irmão de Donatella) foi vista como um sinal de que os dois grupos estavam cada vez mais próximos de um contrato. Ontem, o presidente-executivo da Capri, John Idol, deslocou-se até Milão para finalizar esses detalhes com a família Prada.

O mercado das fusões e aquisições no luxo, à semelhança do que se verificou no contexto geral, arrefeceu no ano passado depois de um pós-pandemia recordista no fecho de negócios. Apesar de menos ‘apertos de mão’ em 2024, houve transações de relevo que marcaram a indústria das roupas e acessórios premium.

É o caso da gigante dos óculos EssilorLuxottica, que se lançou na compra da Supreme à VF Corporation ou a aliança entre a empresa do homem mais rico da Europa, a LVMH, à Moncler, para comprar uma participação de 10% na Double R. Nota ainda para a compra de 30% da Valentino pela Kering – apesar de ter sido em 2023 existe a opção de adquirir o resto da marca até 2028, como escreveu a Vogue.

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Galp vende participação de 25% na comercializadora espanhola Podo

  • Capital Verde
  • 10 Abril 2025

A Galp havia adquirido uma posição minoritária nesta empresa em 2017, uma aliança que se traduziu na entrada desta empresa no mercado de comercialização de gás natural.

A Galp vendeu a sua participação na empresa Podo, uma comercializadora de eletricidade renovável e de gás espanhola na qual havia investido em 2017, avança o jornal espanhol El Economista, esta quinta-feira.

O grupo Multitel aliou-se à Dehesa La Jimena, para comprar uma fatia 25% da Podo, que estava até agora nas mãos da Galp, assim como 5,85% que pertenciam ao CEO e fundador desta energética, Joaquín Coronado. Contactada, a Galp não prestou nenhum comentário adicional.

A Galp havia adquirido uma posição minoritária nesta empresa em 2017, uma aliança que se traduziu na entrada desta empresa no mercado de comercialização de gás natural. A Podo posicionouse no mercado através do desenvolvimento de soluções de inteligência artificial que permitem simplificar o processo de contratação e faturação.

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“Não vai haver défice em Portugal. Isso é claríssimo”, garante Pedro Reis

No dia em que o Conselho das Finanças Públicas divulgou projeção de um défice de 1% em 2026, o ministro da Economia garante que o país não irá regressar a posições orçamentais negativas.

Não vai haver défice em Portugal. Isso é claríssimo”. A garantia é do ministro da Economia, Pedro Reis, no mesmo dia em que o Conselho das Finanças Públicas (CFP) apontou para um saldo orçamental negativo de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano.

Na conferência de imprensa do Conselho de Ministros, na qual apresentou um pacote de apoio de dez mil milhões para mitigar o impacto das tarifas, Pedro Reis descartou que o país regresse aos défices depois de excedentes em 2023 e 2024 e, nas previsões do Executivo de Montenegro, em 2025.

Poder afirmar que não vai haver défice numa fase de volatilidade mundial, numa fase de instabilidade, quer dizer que algum trabalho de casa deve ter sido feito para poder escudar a nossa economia“, disse.

O CFP está mais pessimista face a setembro e vê o país regressar aos défices já no próximo ano. Na atualização das projeções macroeconómicas e orçamentais, a instituição liderada por Nazaré da Costa Cabral prevê um saldo equilibrado este ano e um défice de 1% do PIB em 2026, influenciado em mais de metade pelo impacto dos empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Descontando este efeito, o saldo orçamental ainda seria negativo em 0,4% devido às medidas de política.

No Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), o Governo inscreveu um excedente orçamental de 0,3% este ano e de 0,1% em 2026. Em 2024, Portugal registou um saldo positivo de 0,7% do PIB, acima dos 0,4% previstos pelo Governo.

Estaria muito mais preocupado em relação ao défice se não tivéssemos um plano como este ou se não sentisse a resiliência, que senti ontem [quarta-feira], dos setores da economia portuguesa“, afirmou o ministro da Economia, em alusão às reuniões que manteve com associações empresariais para debater o plano para mitigar o impacto das tarifas da Administração Trump.

Pedro Reis garantiu ainda que o Governo irá manter a estratégia de saldos orçamentais equilibrados. “Não abdicamos de contas certas, nem vendemos ilusões que nos possam sair amanhã mais caras. Não é um tempo de aventuras, é um tempo de sentido de responsabilidade e de ambição“, disse.

O tema das finanças públicas tem servido de arma de arremesso entre a AD (Aliança Democrática) e o PS, na pré-campanha para as legislativas de maio. No cenário orçamental do seu programa eleitoral, os socialistas apontam para um défice de 0,4% no próximo ano, o que levou a críticas do partido do Governo. O ministro Adjunto Castro Almeida afirmou, em declarações à Lusa, na terça-feira que o PS fez “uma opção errada” ao apresentar um programa eleitoral que prevê défice para 2026, assegurando que a AD irá prever no seu programa “contas equilibradas”.

(Notícia atualizada às 14h56)

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Governo antecipa meta de 2% do PIB em Defesa com “amplo consenso político”

Objetivo era chegar a 2029 com esse nível investimento, mas Luís Montenegro anunciou que vai acelerar o passo num "consenso político amplo e responsável", mas não se compromete com prazos.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou que o Governo vai “antecipar a meta de 2% do PIB de investimento em Defesa que estava previsto até 2029″, através de um “amplo consenso político”, e “sem por em causa o Estado social e a estabilidade das contas públicas”, afirmou esta quinta-feira, durante o briefing do Conselho de Ministros. No entanto, o Executivo não se comprometeu com prazos.

Para isso, foi criada uma comissão constituída pelos “ministros dos Negócios Estrangeiros, das Finanças, da Coesão, da Defesa e da Economia” que vai “trabalhar numa estratégia integrada que implica um consenso político nacional que seja amplo e responsável”, indicou.

Montenegro já tinha adiantado que esta matéria seria sempre consensualizada com o PS, designadamente se tiver de recorrer à linha de crédito de Bruxelas ou se optar por acionar a cláusula de escape que permite suspender as regras de disciplina orçamental. E o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, também já revelara há uma semana que a meta de 2% do PIB de investimento em Defesa seria antecipada em diálogo com os partidos da oposição.

“Pela primeira vez temos um grupo de trabalho, em que asseguramos que muito do investimento que vai ser feito na Europa vai ser integrado no valor acrescentado pela economia portuguesa. Estamos a capacitar empresas, identificar vários segmentos, linhas de apoio e mapear o procurement. A economia portuguesa transformará despesa em investimento”, afirmou o ministro da Economia, Pedro Reis. Mas não respondeu à questão para quando a meta de 2% do PIB em Defesa será atingida, sendo que o objetivo inicial era 2029 e o primeiro-ministro indicou que seria antecipada.

Sem se comprometer com prazos, o chefe do Executivo afirmou apenas que o objetivo é contribuir “para o dinamismo da indústria nacional, potenciando a capacidade exportadora”, “investir em “drones de última geração” e nos setores aeronáutico e marítimo. Luís Montenegro defende ainda que o investimento em Defesa deve ser direcionado para “construir mais e melhores empregos”.

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Governo coloca-se à margem das exigências anti diversidade dos EUA às empresas portuguesas

Questionado sobre a exigência de que as empresas portuguesas que trabalham com entidades públicas americanas abandonem políticas de diversidade, Pedro Reis prefere "não encontrar pontos de discórdia".

O Governo colocou-se à margem da polémica criada com o envio de cartas, pela embaixada norte-americana em Lisboa, às empresas portuguesas com contratos públicos com os Estados Unidos, de forma a forçá-las a abandonar as políticas de diversidade, equidade e inclusão.

Questionado esta quinta-feira, no final da reunião do Conselho de Ministros, sobre se esta atitude dos Estados Unidos não representa uma intromissão na economia portuguesa, o ministro da Economia foi evasivo e não quis tomar uma posição firme sobre o tema.

“Num tempo em que o mundo precisa de pontes, de investimento e não de tarifas, com certeza não vou colaborar num registo que só nos afasta. O que Portugal, a União Europeia e as nossas empresas precisam é de reatar relações e não de encontrar pontos de discórdia”, afirmou Pedro Reis.

Esta quinta-feira, os empresários portugueses sublinharam que recusam “ir a reboque dos humores” dos EUA.

Esta postura do Executivo português contrasta com a de outros países europeus, cujas empresas estão também a receber a mesma comunicação das autoridades americanas.

O ministro dos Negócios Estrangeiros belga, Maxime Prévot, indicou que o país não recuará “um milímetro” no princípio da diversidade na sociedade, considerando a atitude norte-americana “profundamente lamentável”. “A Bélgica expressou as suas preocupações de forma inequívoca” à Embaixada dos EUA em Bruxelas, adiantou.

Já o ministro do Comércio Externo francês, Laurent Saint-Martin, disse na segunda-feira estar “profundamente chocado” com a carta enviada pela embaixada norte-americana às empresas francesas e pediu “nenhuma transigência” em relação à lei e aos “valores franceses”.

Da mesma forma, na Dinamarca o tema enfrentou oposição por parte do poder político. O ministro da Indústria do país reagiu à iniciativa norte-americana pedindo uma resposta europeia coordenada. “Uma resposta deve ser naturalmente discutida com os nossos homólogos europeus”, disse Morten Bødskov à AFP, denunciando “uma nova tentativa de barreira comercial americana”. “As empresas dinamarquesas e europeias têm uma grande responsabilidade na diversidade”, insistiu.

Como o ECO avançou em primeira mão na segunda-feira, a embaixada dos Estados Unidos em Portugal está a levar a cabo uma revisão global dos contratos entre o Governo norte-americanos e empresas nacionais, o que inclui a certificação de que estas cumprem a ordem executiva assinada em janeiro por Donald Trump que põe um “ponto final” nos programas de diversidade.

O objetivo, lê-se nesse documento, é “acabar com a discriminação ilegal e restaurar as oportunidades baseadas no mérito”. Isto não só no seio do Governo o Estados Unidos, mas também nas empresas que com ele têm contratos, daí que várias empresas da União Europeia estejam agora a receber cartas a indicar que devem abandonar os seus programas de diversidade.

Em reação, a presidente da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), Carla Tavares, já defendeu que está em causa “uma inaceitável intromissão” na política interna dos países e da União Europeia e confessou-se preocupada com este “sinal de retrocesso” nos direitos humanos.

Também a Associação Portuguesa para a Diversidade e Inclusão (APPDI) já disse estar muito preocupada com as missivas enviadas a empresas portuguesas. “São uma falta de respeito para com a soberania dos países e das organizações”, sublinhou a coordenadora de projetos Mónica Canário, em declarações ao ECO.

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Comissão Europeia quer apresentar acordo com Mercosul até ao final do verão

  • Lusa
  • 10 Abril 2025

Bruxelas irá contactar todos os Estados-membros "para discutir com eles" o que considera ser os méritos claros do acordo UE-Mercosul de um ponto de vista económico e geopolítico.

A Comissão Europeia conta apresentar até ao fim do verão uma proposta sobre o acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul (Mercado Comum do Sul) aos colegisladores, o Parlamento Europeu e o Conselho, foi anunciado esta quinta-feira.

A nossa intenção é a de apresentar a proposta aos colegisladores antes do fim do verão“, disse o porta-voz do executivo comunitário para o Comércio, Olof Gill, que respondia a questões dos jornalistas na conferência de imprensa diária da Comissão.

Os textos jurídicos da parceria UE-Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) estão a ser analisados, tendo Olof Gill confirmado que “a verificação legal [do documento] está, de facto, a decorrer“, com o executivo a sinalizar querer que “seja rigorosa”.

O porta-voz adiantou também que a Comissão Europeia irá contactar todos os Estados-membros “para discutir com eles” o que considera ser “os méritos muito, muito claros do acordo UE-Mercosul de um ponto de vista económico e geopolítico”.

O executivo comunitário garantiu também que todas as preocupações das capitais dos 27 do bloco europeu serão ouvidas, sublinhando que estão garantidas “todas as salvaguardas necessárias, por exemplo, em questões agrícolas sensíveis”.

A líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e os presidentes dos quatro países do Mercosul concluíram em 06 de dezembro de 2024 as negociações sobre um acordo de parceria entre os dois blocos.

Com a forte oposição de países como a França e a Irlanda, o acordo ganhou recentemente visibilidade no âmbito das tarifas adicionais que a Casa Branca (presidência dos Estados Unidos) quer impor às importações da UE.

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Cerca de 94 mil pessoas assistiram ao debate entre Paulo Raimundo e Rui Tavares

  • + M
  • 10 Abril 2025

Dos primeiros três dias de de debates, o mas visto foi o que opôs Mariana Mortágua e Pedro Nuno Santos. A análise é da Dentsu para o +M.

 

Quase 94 mil pessoas assistiram no final da tarde de quarta-feira ao debate entre Paulo Raimundo e Rui Tavares, o único frente a frente do dia.

Em direto na SIC Notícias às 18h20, o debate foi seguido em direto por 82,6 mil telespectadores. As estes juntam-se, já perto da 1h da manhã, as 11,2 mil pessoas que acompanharam o frente a frente na RTP3, mostra a análise da Dentsu para o +M.

Nestes primeiros três dias de debates, o mais visto foi o que opôs, na terça-feira, Mariana Mortágua e Pedro Nuno Santos. O frente a frente foi acompanhado por 1,057 mil telespectadores, mais 216 mil do que os que assistiram ao confronto entre Paulo Raimundo e Luís Montenegro, na segunda-feira.

Veja aqui o calendário de todos os debates.

 

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ANJE quer Livro Branco da Burocracia e isenção IRC para startups no início

  • Lusa
  • 10 Abril 2025

Uma plataforma digital centralizada para facilitar o acesso a todos os apoios (públicos e privados) dirigidos a jovens empreendedores e PME é outra das medidas proposta pela ANJE.

A Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) propõe um pacote de medidas em seis áreas, que inclui a criação de um Livro Branco da Burocracia e isenção total de IRC para startups num período inicial. Propostas constam do documento ‘Start it up! Jovens Empresários pelo Futuro de Portugal’, a “pensar no crescimento e desenvolvimento do país”, em vésperas das eleições legislativas de 18 de maio.

“A intenção é enriquecer o debate eleitoral e a reflexão sobre o futuro, contribuindo para a definição de boas políticas públicas, que permitam transformar Portugal numa referência global nas áreas do empreendedorismo jovem, da inovação tecnológica e do desenvolvimento sustentável”, refere a ANJE.

O documento está organizado em seis áreas temáticas: simplificação administrativa; educação: competências digitais, igualdade de oportunidades e empreendedorismo; coesão territorial e inovação regional; mercado laboral e emprego jovem; competitividade internacional e atração de talento; e fiscalidade e competitividade empresarial.

Em termos de simplificação administrativa, “é proposta a adoção de tecnologia blockchain para emitir declarações administrativas únicas” e a “elaboração de um Livro Branco da Burocracia em parceria com associações empresariais e ordens profissionais”, refere a ANJE.

Inclui ainda a “criação de uma plataforma digital centralizada para facilitar o acesso a todos os apoios (públicos e privados) dirigidos a jovens empreendedores e PME, o lançamento de hackathons públicos para incentivar a inovação governamental e o desenvolvimento de um simplex para jovens empreendedores, visando reduzir a burocracia associada à abertura, operação e expansão de empresas”.

Relativamente à fiscalidade e competitividade empresarial, a ANJE propõe “um período inicial (até 3 anos) de isenção total de IRC para startups” e um “regime fiscal simplificado e progressivo para PME com volume de negócios até quatro milhões de euros” e um regime “ampliado e reforçado do IRS Jovem para profissionais qualificados até aos 35 anos”, lê-se no documento.

A associação propõe ainda “fundos públicos com benefícios fiscais reforçados para empresas e investidores que coinvistam em ‘startups’, regimes fiscais altamente competitivos em áreas específicas do interior para atrair empresas tecnológicas, incentivos fiscais para empresas da economia verde e benefícios fiscais para empresas que colaborem com universidades e centros de I&D em projetos inovadores”.

Este documento é “um compromisso claro com o futuro de Portugal, em que o empreendedorismo jovem é reconhecido como um pilar estratégico para o desenvolvimento do país”, afirma o presidente da ANJE, Carlos Carvalho, citado em comunicado.

“As propostas que apresentamos não são apenas um apelo à ação: são um roteiro concreto, exequível, inspirado nas melhores práticas internacionais mas profundamente enraizado na realidade nacional, representam a voz dos jovens empresários portugueses, que todos os dias enfrentam burocracias, riscos e desigualdades”, acrescenta. “Desafiamos todos os agentes políticos a assumir este compromisso connosco”, remata Carlos Carvalho.

Na área da educação, a ANJE propõe “integrar no currículo escolar obrigatório uma disciplina para desenvolver competências empreendedoras e inovadoras, promover a abertura de academias regionais especializadas em formação digital avançada” e “incentivar a mobilidade universitária entre instituições nacionais para participação em projetos de inovação e empreendedorismo”.

Sugere também “implementar programas de mentoria dirigidos a grupos sociais desfavorecidos ou em processo de integração”.

No que respeita à coesão territorial e inovação regional, as medidas “passam pela abertura de polos de inovação coordenados entre regiões estratégicas (Minho, Porto, Coimbra, Covilhã, Algarve e Lisboa)” e “pela criação de uma rede nacional de inovação unindo diferentes entidades (universidades, centros de I&D, polos tecnológicos, empresas, organismos de desenvolvimento regional)” e “pelo financiamento (capital semente) da fundação de startups tecnológicas em territórios menos desenvolvidos”.

Propõe a “promoção da mobilidade de jovens talentos entre diferentes regiões através de benefícios públicos e fiscais e ainda pela implementação de centros especializados em inovação no interior do país”.

Para o mercado laboral e emprego jovem, a ANJE “considera importante instituir uma modalidade contratual simplificada e adaptada às particularidades das startups, reduzir gradualmente as contribuições sociais para empresas com menos de cinco anos de atividade e faturação inferior a dois milhões de euros anuais”.

No documento, é também proposta a criação de “um sistema formalizado para reconhecimento e certificação de competências adquiridas fora do ensino formal e facilitar o processo de contração nas startups através de uma plataforma digital com modelos contratuais pré-validados pelo Estado”.

Na competitividade internacional e atração de talento, as propostas propõem um programa “liderado por jovens empreendedores para promoção internacional de startups e PME inovadoras, centros estratégicos de apoio inicial (jurídico, logístico, financeiro e comercial) em mercados-chave”.

Defende ainda “mecanismos (nomeadamente vistos tecnológicos simplificados e benefícios fiscais competitivos) para atrair profissionais internacionais altamente qualificados em áreas estratégicas e fundos específicos e infraestruturas regulatórias facilitadoras para ‘startups’ focadas em tecnologias avançadas e soluções sustentáveis”.

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Empresas vão ter pacote de dez mil milhões para mitigar impacto das tarifas

Garantias bancárias, linhas de crédito, seguros de crédito à exportação, unificação das apólices, reforço do apoio aos projetos de internacionalização. Estas são algumas das medidas do Reforçar.

O primeiro-ministro anunciou esta quinta-feira um pacote de medidas de apoio às empresas para mitigar o impacto das tarifas norte-americanas no valor de dez mil milhões de euros. Esta é a resposta a nível interno, à qual se soma a resposta comunitária, explicou Luís Montenegro na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros, no qual anunciou a antecipação do cumprimento da meta de 2% do PIB ser dedicado à defesa.

O programa Reforçar tem duas vertentes de atuação: uma, ajudar as empresas a conquistar novos mercados, perante as tarifas impostas pela Administração de Donald Trump, e por outro ajudar a compensar a perda de competitividade que se perde pelas tarifas americanas.

Neste último domínio são criadas quatro medidas que passam pelo reforço das garantias do Banco Português de Fomento, no primeiro escalão, em 3,6 mil milhões de euros para que as empresas possam financiar-se no sistema bancário nacional e internacional de forma competitiva para investir ou reforçar o seu fundo de maneio.

“A linha 5.175 milhões de euros será colocada de forma dinâmica e fácil para as empresas se candidatarem porque está construída sobre um modelo de pré-aprovações”, explicou o ministro da Economia, Pedro Reis.

Além disso, vai ser lançada uma nova linha de 3.500 milhões de euros para suportar o fundo de maneio e o investimento, um a quatro anos e outro a 12 anos com período de carência, e parte dela poderá ser convertida em fundo perdido e subvenções – com um limite de 400 milhões – um modelo que já tinha sido utilizado durante a pandemia.

A conversão depende do cumprimento de determinados requisitos que são previamente estabelecidos, normalmente associados à manutenção de postos de trabalho. “Ganha uma natureza de quase reforço de capital das empresas”, explicou o ministro.

Um terceiro eixo passa pelos seguros de crédito, que visam apoiar a área da internacionalização. Os plafonds disponíveis para seguros de crédito serão aumentados em 1.200 milhões de euros, tentando responder a uma exigência há muito formulada pelos empresários. “Os seguros de crédito não vão cobrir apenas os mercados emergentes”, prometeu Pedro Reis.

Teremos o cuidado de acautelar que esses seguros de crédito chegam também aos mercados mais tradicionais”, onde as empresas vão tentar compensar a perda de mercado nos EUA. Há muito que as empresas fazem este pedido de apoio, mas tem sempre esbarrado com os entraves de Bruxelas que a considera uma ajuda de Estado, quando não é dirigida aos mercados em desenvolvimento.

Pedro Reis anunciou ainda a unificação das apólices destes seguros de crédito à exportação. “Estamos a democratizar o acesso a estes seguros de crédito”, disse o ministro da Economia.

Outra das dimensões do pacote é reforçar o apoio aos projetos de internacionalização, nomeadamente dos projetos de ações coletivas, que permite às PME ir a mais feiras, aceder a canais digitais e ações de promoção.

As medidas vão ser implementados no terreno entre maio e junho, mas a grande maioria no próximo trimestre para garantir celeridade. E aplicam-se a todas as empresas que têm a sua base em Portugal, quer sejam portugueses ou estrangeiros.

Pedro Reis considera que este pacote se “aplica à universalidade do setor exportador e aos novos investimentos que vieram para Portugal”. Portugal cerca de 70 mil empresas exportadoras, mas poderá haver outras.

As medidas de apoio às empresas passam ainda pela aceleração da chegada ao terreno de um conjunto de medidas que já estavam previstas e que ascendem a 2.640 milhões de euros. Em causa estão concursos no âmbito do Portugal 2030 e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para projetos que visem a redução de emissões de gases com efeito de estufa, a eficiência energética, bem como a adoção de tecnologias avançadas (IA, robótica, etc.); a formação; a internacionalização das empresas e linhas de apoio a projetos com escala, em setores fundamentais para a transição energética.

Pedro Reis reiterou que este é um programa que já vinha sendo desenhado há muito, mas o Executivo quis solidificá-lo. E às críticas de quem acusou Portugal de não responder em apoios com a mesma dimensão da vizinha Espanha, o ministro da Economia explicou que os dez mil milhões do Reforçar, a que acrescem dois mil milhões de medidas antecipadas, tendo em conta a dimensão da economia nacional equivaleriam a Espanha ter anunciado um pacote de 60 mil milhões.

O Governo espanhol que, logo no primeiro dia, anunciou um apoio de 14,1 mil milhões de euros em ajudas e incentivos às empresas espanholas. “É cerca de 60% do todo o PRR”, garante Pedro Reis, “o quadruplo do programa espanhol”, prosseguiu. “Se o Governo foi o pai deste programa, as associações empresariais foram a mãe”, tendo em conta o papel que tiveram no desenvolvimento do mesmo.

Pacote Reforçar sem impacto no défice

“Prudente, suficiente e oportuno”, é assim que Pedro Reis classifica o programa Reforçar, garantindo que não vai ter um impacto negativo nas contas públicas, nomeadamente ao nível do défice. O ministro da Economia fez mesmo questão de garantir que “não vai haver défice em Portugal, isso é claríssimo”, garças “ao trabalho de casa que foi feito”.

“Se algum efeito o programa pode ter é proteger o crescimento. Estaria preocupado com o défice se não tivéssemos capacidade de apresentar um programa com esta magnitude“, disse Pedro Reis quando confrontado com as previsões do Conselho das Finanças Públicas de 1% de défice no próximo ano.

“A beleza deste modelo é ser suportado em cima de garantias do Banco de Fomento que ativa todos os seus reforços em termos de capital já disponível: 131 milhões de capital são usados na linha de 3,6 mil milhões e agora 119 milhões e para a nova linha do Portugal Export são 59 milhões”, detalhou o ministro da Economia.

“Ao nível dos seguros de crédito a sinistralidade é tradicionalmente reduzida. É incorporada essa contingência, mas tem uma materialidade acomodável Nada que impacte no défice”. E, por último, “as subvenções a fundo perdido estão limitadas a 400 milhões de euros”.

O ministro da Economia garante que este é um pacote de medidas que o Governo iria pôr no terreno de qualquer maneira, mas perante a imposição de tarifas de Trump a opção do Executivo foi “acelerar e aditivar”.

Este pacote vai ser implementado independentemente do que venha a acontecer nos próximos rounds de negociação entre a CE e os EUA”, garantiu o ministro da Economia, sublinhando que as associações como um todo pediram uma postura de negociação, em detrimento do confronto.

“As empresas portuguesas continuam a considerar os EUA um mercado estratégico”, disse Pedro Reis, “mas não vão ficar à espera que se normalize”. “Quem estava a pensar ir para outros mercados vai acelerar quem lá está vai tentar resistir”, resumiu, sublinhando que as empresas reagem muito bem às adversidades.

(Notícia atualizada com mais informações)

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Salário mínimo na UE entre os 2.638 euros do Luxemburgo e 551 na Bulgária em 2025

  • Lusa
  • 10 Abril 2025

Para além do Luxemburgo, os países com o salário mínimo mais alto são a Irlanda (2.282 euros), os Países Baixos (2.193 euros), a Alemanha (2.161 euros), a Bélgica (2.070 euros) e a França (1.802).

O salário mínimo varia, nos 22 Estados-membros da União Europeia (UE) onde vigora, entre os 2.638 euros no Luxemburgo e os 551 euros na Bulgária, em 2025, segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat.

Portugal, com 870 euros pagos em 14 meses e que o serviço estatístico europeu distribui por 12, integra o grupo dos países com ordenados mínimos entre 1.000 e os 1.500 euros, num montante de 1.015 euros.

Os seis Estados-membros com os salários mínimo mais altos são, para além do Luxemburgo (2.638 euros), a Irlanda (2.282 euros), os Países Baixos (2.193 euros), a Alemanha (2.161 euros), a Bélgica (2.070 euros) e a França (1.802).

No grupo que integra Portugal estão ainda a Espanha (1.381 euros), a Eslovénia (1.278 euros), a Polónia (1.091 euros), a Lituânia (1.038 euros) e Chipre (1.000 euros).

Os menores montantes pertencem à Croácia (970 euros), a Grécia (968 euros), Malta (961 euros), a Estónia (886 euros), a República Checa (826 euros), a Eslováquia (816 euros), Roménia (814 euros), Letónia (740 euros), Hungria (707 euros) e a Bulgária (551 euros).

Cinco Estados-membros — Dinamarca, Itália, Áustria, Finlândia e Suécia — não estipulam um salário mínimo.

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Paxlegal reforça área de prática de Imigração e Nacionalidade

Rita Correia Nunes e Marta Ivanchyshyn são os mais recentes reforços da sociedade liderada por António Patrício e Bárbara Pestana.

A Paxlegal acaba de anunciar o reforço da sua área de prática de Imigração & Nacionalidade, com a integração de Rita Correia Nunes e Marta Ivanchyshyn.

Rita Correia Nunes transita da Legal Square onde desenvolveu a sua prática nos últimos quatro anos, com especial enfoque nas áreas de Recuperação de Créditos, Insolvência, Direito Societário e Imigração & Nacionalidade. Atualmente, dedica-se sobretudo à área de Imigração & Nacionalidade, prestando assessoria jurídica a clientes nacionais e internacionais. A advogada integra a Paxlegal na qualidade de Associada.

Marta Ivanchyshyn transita da Abreu Advogados, sociedade com a qual colaborou nos últimos seis anos e meio, primeiro como estagiária e, posteriormente, como advogada. Ao longo do seu percurso profissional desenvolveu competências nas áreas do Contencioso, Recuperação de Créditos, Insolvência, Direito imobiliário e Imigração & Nacionalidade – com especial enfoque nestas duas últimas. A advogada integra a Paxlegal na qualidade de associada.

De acordo com Bárbara Pestana, sócia fundadora: “A Rita e a Marta reúnem um conjunto de competências diferenciadas que casam na perfeição com as nossas necessidades atuais e que entendemos serem as adequadas para continuar a responder, de forma célere, rigorosa e eficaz, às inúmeras solicitações que nos têm chegado”. E acrescenta: “Em 2024, o investimento estrangeiro em Portugal atingiu níveis históricos, com um aumento de 19% face ao ano anterior, o que claramente sinaliza uma confiança renovada dos investidores internacionais na economia portuguesa”. Nesse sentido, sublinha Bárbara Pestana: “A consolidação desta área de prática tem como objetivo reforçar a nossa capacidade de resposta, perante as inúmeras questões que resultam desse crescente interesse pelo nosso país, quer seja numa ótica de investimento, quer seja numa ótica de residência temporária ou permanente, sem esquecer os processos de atribuição e aquisição de nacionalidade portuguesa”. Bárbara Pestana conclui, sublinhando: “Estamos muito felizes por receber a Rita e a Marta na Paxlegal – que este seja um caminho inspirador e cheio de sucesso!”.

Antes de integrar a Sociedade, Rita Correia Nunes colaborou com a EDGE International Lawyers e com a Luís S. Rodrigues & Associados (como estagiária) e com a Abreu Advogados (primeiro como estagiária e, posteriormente, como advogada). Rita Correia Nunes é licenciada em Direito e Mestre em Ciências Jurídico-Civilísticas, com especialização em Direito Processual Civil pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Possui ainda o Curso Intensivo em Fundos de Investimento pelo Centro de Investigação de Direito Privado da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Marta Ivanchyshyn iniciou o seu percurso profissional na EDGE International Lawyers. A advogada é licenciada em Direito e pós-graduada em Direito das Sociedades Comerciais pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Possui ainda uma pós graduação em Direito Imobiliário pela Faculdade de Direito da Universidade Católica de Lisboa.

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TTR: Morais Leitão lidera as principais operações de M&A no primeiro trimestre de 2025

A Morais Leitão lidera por valor total das operações, cerca de 166,29 milhões de euros. Já a Cuatrecasas lidera o ranking de assessores jurídicos por número de transações, com 11.

No primeiro trimestre de 2025 a Morais Leitão foi o escritório de advogados que liderou as principais operações de M&A, Venture Capital, Private Equity e Asset Acquisition por valor total, cerca de 166,29 milhões de euros, revela dados da TTR Data. Já a Cuatrecasas lidera o ranking de assessores jurídicos por número de transações, com 11.

Segundo o relatório da TTR Data, nos primeiros três meses do ano foram realizadas 114 transações que se traduziram num valor total de 918 milhões de euros. Das quatro áreas, M&A destacou-se com 54 transações (661 milhões de euros), seguida por Asset Acquisition com 28 transações (88 milhões de euros), Venture Capital com 21 transações (135 milhões de euros), e Private Equity com 11 transações (35 milhões de euros).

Estes números representam uma queda de 32% no número de transações em comparação ao mesmo período de 2024. Também o capital mobilizado registou uma quebra de 71%. O setor de Real Estate foi o mais ativo, com 20 transações, seguido de Internet, Software & IT Services, com 105.

O TTR selecionou como transação do primeiro trimestre a conclusão da aquisição da Claranet Portugal pela NOS. Uma operação no valor de 152 milhões de euros e que contou com a assessoria jurídica da Morais Leitão e da Uría Menéndez.

Veja aqui todos os rankings.

M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

As sociedades em destaque são a Morais Leitão, com um valor de 166,29 milhões de euros, seguida pela Uría Menéndez, com 152 milhões, e a fechar o top 3 a Cuatrecasas com um valor total de 92,04 milhões de euros.

No que concerne ao número de transações em M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions a liderar a tabela ficou a Cuatrecasas, com 11 transações, seguida da Morais Leitão e PLMJ, com oito transações cada.

Já relativamente aos “dealmakers“, advogados que centram a sua prática na área de M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions, sete sociedades de advogados estão representadas na tabela, face ao valor de transações. O sócio da Morais Leitão Jorge Simões Cortez ocupa o lugar cimeiro da tabela com duas transações que se traduzem em 152 milhões de euros.

O advogado dealmaker que somou um maior número de transações nestas áreas foi André Matias de Almeida, sócio da Proença de Carvalho, com cinco. No top 3 ficou ainda Samantha Cyrne e Vasco Bivar de Azevedo, sócios da Cuatrecasas.

Os “rising star dealmakers” na área de M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions, por valor de transações, pertencem a seis firmas: Morais Leitão e Cuatrecasas, com três destacados cada, Garrigues, SRS Legal e DLA Piper, com dois cada, e a Uría Menéndez, com um destacado. Ana Isabel Seabra, consultora da Morais Leitão, Inês Magalhães Correia, associada principal da Morais Leitão, Maria Cortes Martins, associada principal da Morais Leitão, e Marta Sampaio Pinto, associada da Uría Menéndez, ocupam o primeiro lugar com um valor total de transações de 152 milhões de euros.

Private Equity

Na área de Private Equity as sociedades em destaque são a DLAPiper, CS’Associados e SRS Legal, sendo que a primeira destaca-se com uma operação que se traduziu no valor de 25 milhões de euros.

No que concerne ao número de transações, o lugar cimeiro da tabela é ocupado pela CS’Associados, seguida pela Cuatrecasas e Vieira de Almeida (VdA), cada uma com duas operações.

Venture Capital

Na área de Venture Capital as sociedades em destaque são a SRS Legal, com um valor de 31 milhões de euros, a Cuatrecasas, com 17,04 milhões, e a CCA Law Firm, com 9,45 milhões.

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