Cerca de 94 mil pessoas assistiram ao debate entre Paulo Raimundo e Rui Tavares

  • + M
  • 10 Abril 2025

Dos primeiros três dias de de debates, o mas visto foi o que opôs Mariana Mortágua e Pedro Nuno Santos. A análise é da Dentsu para o +M.

 

Quase 94 mil pessoas assistiram no final da tarde de quarta-feira ao debate entre Paulo Raimundo e Rui Tavares, o único frente a frente do dia.

Em direto na SIC Notícias às 18h20, o debate foi seguido em direto por 82,6 mil telespectadores. As estes juntam-se, já perto da 1h da manhã, as 11,2 mil pessoas que acompanharam o frente a frente na RTP3, mostra a análise da Dentsu para o +M.

Nestes primeiros três dias de debates, o mais visto foi o que opôs, na terça-feira, Mariana Mortágua e Pedro Nuno Santos. O frente a frente foi acompanhado por 1,057 mil telespectadores, mais 216 mil do que os que assistiram ao confronto entre Paulo Raimundo e Luís Montenegro, na segunda-feira.

Veja aqui o calendário de todos os debates.

 

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ANJE quer Livro Branco da Burocracia e isenção IRC para startups no início

  • Lusa
  • 10 Abril 2025

Uma plataforma digital centralizada para facilitar o acesso a todos os apoios (públicos e privados) dirigidos a jovens empreendedores e PME é outra das medidas proposta pela ANJE.

A Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) propõe um pacote de medidas em seis áreas, que inclui a criação de um Livro Branco da Burocracia e isenção total de IRC para startups num período inicial. Propostas constam do documento ‘Start it up! Jovens Empresários pelo Futuro de Portugal’, a “pensar no crescimento e desenvolvimento do país”, em vésperas das eleições legislativas de 18 de maio.

“A intenção é enriquecer o debate eleitoral e a reflexão sobre o futuro, contribuindo para a definição de boas políticas públicas, que permitam transformar Portugal numa referência global nas áreas do empreendedorismo jovem, da inovação tecnológica e do desenvolvimento sustentável”, refere a ANJE.

O documento está organizado em seis áreas temáticas: simplificação administrativa; educação: competências digitais, igualdade de oportunidades e empreendedorismo; coesão territorial e inovação regional; mercado laboral e emprego jovem; competitividade internacional e atração de talento; e fiscalidade e competitividade empresarial.

Em termos de simplificação administrativa, “é proposta a adoção de tecnologia blockchain para emitir declarações administrativas únicas” e a “elaboração de um Livro Branco da Burocracia em parceria com associações empresariais e ordens profissionais”, refere a ANJE.

Inclui ainda a “criação de uma plataforma digital centralizada para facilitar o acesso a todos os apoios (públicos e privados) dirigidos a jovens empreendedores e PME, o lançamento de hackathons públicos para incentivar a inovação governamental e o desenvolvimento de um simplex para jovens empreendedores, visando reduzir a burocracia associada à abertura, operação e expansão de empresas”.

Relativamente à fiscalidade e competitividade empresarial, a ANJE propõe “um período inicial (até 3 anos) de isenção total de IRC para startups” e um “regime fiscal simplificado e progressivo para PME com volume de negócios até quatro milhões de euros” e um regime “ampliado e reforçado do IRS Jovem para profissionais qualificados até aos 35 anos”, lê-se no documento.

A associação propõe ainda “fundos públicos com benefícios fiscais reforçados para empresas e investidores que coinvistam em ‘startups’, regimes fiscais altamente competitivos em áreas específicas do interior para atrair empresas tecnológicas, incentivos fiscais para empresas da economia verde e benefícios fiscais para empresas que colaborem com universidades e centros de I&D em projetos inovadores”.

Este documento é “um compromisso claro com o futuro de Portugal, em que o empreendedorismo jovem é reconhecido como um pilar estratégico para o desenvolvimento do país”, afirma o presidente da ANJE, Carlos Carvalho, citado em comunicado.

“As propostas que apresentamos não são apenas um apelo à ação: são um roteiro concreto, exequível, inspirado nas melhores práticas internacionais mas profundamente enraizado na realidade nacional, representam a voz dos jovens empresários portugueses, que todos os dias enfrentam burocracias, riscos e desigualdades”, acrescenta. “Desafiamos todos os agentes políticos a assumir este compromisso connosco”, remata Carlos Carvalho.

Na área da educação, a ANJE propõe “integrar no currículo escolar obrigatório uma disciplina para desenvolver competências empreendedoras e inovadoras, promover a abertura de academias regionais especializadas em formação digital avançada” e “incentivar a mobilidade universitária entre instituições nacionais para participação em projetos de inovação e empreendedorismo”.

Sugere também “implementar programas de mentoria dirigidos a grupos sociais desfavorecidos ou em processo de integração”.

No que respeita à coesão territorial e inovação regional, as medidas “passam pela abertura de polos de inovação coordenados entre regiões estratégicas (Minho, Porto, Coimbra, Covilhã, Algarve e Lisboa)” e “pela criação de uma rede nacional de inovação unindo diferentes entidades (universidades, centros de I&D, polos tecnológicos, empresas, organismos de desenvolvimento regional)” e “pelo financiamento (capital semente) da fundação de startups tecnológicas em territórios menos desenvolvidos”.

Propõe a “promoção da mobilidade de jovens talentos entre diferentes regiões através de benefícios públicos e fiscais e ainda pela implementação de centros especializados em inovação no interior do país”.

Para o mercado laboral e emprego jovem, a ANJE “considera importante instituir uma modalidade contratual simplificada e adaptada às particularidades das startups, reduzir gradualmente as contribuições sociais para empresas com menos de cinco anos de atividade e faturação inferior a dois milhões de euros anuais”.

No documento, é também proposta a criação de “um sistema formalizado para reconhecimento e certificação de competências adquiridas fora do ensino formal e facilitar o processo de contração nas startups através de uma plataforma digital com modelos contratuais pré-validados pelo Estado”.

Na competitividade internacional e atração de talento, as propostas propõem um programa “liderado por jovens empreendedores para promoção internacional de startups e PME inovadoras, centros estratégicos de apoio inicial (jurídico, logístico, financeiro e comercial) em mercados-chave”.

Defende ainda “mecanismos (nomeadamente vistos tecnológicos simplificados e benefícios fiscais competitivos) para atrair profissionais internacionais altamente qualificados em áreas estratégicas e fundos específicos e infraestruturas regulatórias facilitadoras para ‘startups’ focadas em tecnologias avançadas e soluções sustentáveis”.

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Empresas vão ter pacote de dez mil milhões para mitigar impacto das tarifas

Garantias bancárias, linhas de crédito, seguros de crédito à exportação, unificação das apólices, reforço do apoio aos projetos de internacionalização. Estas são algumas das medidas do Reforçar.

O primeiro-ministro anunciou esta quinta-feira um pacote de medidas de apoio às empresas para mitigar o impacto das tarifas norte-americanas no valor de dez mil milhões de euros. Esta é a resposta a nível interno, à qual se soma a resposta comunitária, explicou Luís Montenegro na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros, no qual anunciou a antecipação do cumprimento da meta de 2% do PIB ser dedicado à defesa.

O programa Reforçar tem duas vertentes de atuação: uma, ajudar as empresas a conquistar novos mercados, perante as tarifas impostas pela Administração de Donald Trump, e por outro ajudar a compensar a perda de competitividade que se perde pelas tarifas americanas.

Neste último domínio são criadas quatro medidas que passam pelo reforço das garantias do Banco Português de Fomento, no primeiro escalão, em 3,6 mil milhões de euros para que as empresas possam financiar-se no sistema bancário nacional e internacional de forma competitiva para investir ou reforçar o seu fundo de maneio.

“A linha 5.175 milhões de euros será colocada de forma dinâmica e fácil para as empresas se candidatarem porque está construída sobre um modelo de pré-aprovações”, explicou o ministro da Economia, Pedro Reis.

Além disso, vai ser lançada uma nova linha de 3.500 milhões de euros para suportar o fundo de maneio e o investimento, um a quatro anos e outro a 12 anos com período de carência, e parte dela poderá ser convertida em fundo perdido e subvenções – com um limite de 400 milhões – um modelo que já tinha sido utilizado durante a pandemia.

A conversão depende do cumprimento de determinados requisitos que são previamente estabelecidos, normalmente associados à manutenção de postos de trabalho. “Ganha uma natureza de quase reforço de capital das empresas”, explicou o ministro.

Um terceiro eixo passa pelos seguros de crédito, que visam apoiar a área da internacionalização. Os plafonds disponíveis para seguros de crédito serão aumentados em 1.200 milhões de euros, tentando responder a uma exigência há muito formulada pelos empresários. “Os seguros de crédito não vão cobrir apenas os mercados emergentes”, prometeu Pedro Reis.

Teremos o cuidado de acautelar que esses seguros de crédito chegam também aos mercados mais tradicionais”, onde as empresas vão tentar compensar a perda de mercado nos EUA. Há muito que as empresas fazem este pedido de apoio, mas tem sempre esbarrado com os entraves de Bruxelas que a considera uma ajuda de Estado, quando não é dirigida aos mercados em desenvolvimento.

Pedro Reis anunciou ainda a unificação das apólices destes seguros de crédito à exportação. “Estamos a democratizar o acesso a estes seguros de crédito”, disse o ministro da Economia.

Outra das dimensões do pacote é reforçar o apoio aos projetos de internacionalização, nomeadamente dos projetos de ações coletivas, que permite às PME ir a mais feiras, aceder a canais digitais e ações de promoção.

As medidas vão ser implementados no terreno entre maio e junho, mas a grande maioria no próximo trimestre para garantir celeridade. E aplicam-se a todas as empresas que têm a sua base em Portugal, quer sejam portugueses ou estrangeiros.

Pedro Reis considera que este pacote se “aplica à universalidade do setor exportador e aos novos investimentos que vieram para Portugal”. Portugal cerca de 70 mil empresas exportadoras, mas poderá haver outras.

As medidas de apoio às empresas passam ainda pela aceleração da chegada ao terreno de um conjunto de medidas que já estavam previstas e que ascendem a 2.640 milhões de euros. Em causa estão concursos no âmbito do Portugal 2030 e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para projetos que visem a redução de emissões de gases com efeito de estufa, a eficiência energética, bem como a adoção de tecnologias avançadas (IA, robótica, etc.); a formação; a internacionalização das empresas e linhas de apoio a projetos com escala, em setores fundamentais para a transição energética.

Pedro Reis reiterou que este é um programa que já vinha sendo desenhado há muito, mas o Executivo quis solidificá-lo. E às críticas de quem acusou Portugal de não responder em apoios com a mesma dimensão da vizinha Espanha, o ministro da Economia explicou que os dez mil milhões do Reforçar, a que acrescem dois mil milhões de medidas antecipadas, tendo em conta a dimensão da economia nacional equivaleriam a Espanha ter anunciado um pacote de 60 mil milhões.

O Governo espanhol que, logo no primeiro dia, anunciou um apoio de 14,1 mil milhões de euros em ajudas e incentivos às empresas espanholas. “É cerca de 60% do todo o PRR”, garante Pedro Reis, “o quadruplo do programa espanhol”, prosseguiu. “Se o Governo foi o pai deste programa, as associações empresariais foram a mãe”, tendo em conta o papel que tiveram no desenvolvimento do mesmo.

Pacote Reforçar sem impacto no défice

“Prudente, suficiente e oportuno”, é assim que Pedro Reis classifica o programa Reforçar, garantindo que não vai ter um impacto negativo nas contas públicas, nomeadamente ao nível do défice. O ministro da Economia fez mesmo questão de garantir que “não vai haver défice em Portugal, isso é claríssimo”, garças “ao trabalho de casa que foi feito”.

“Se algum efeito o programa pode ter é proteger o crescimento. Estaria preocupado com o défice se não tivéssemos capacidade de apresentar um programa com esta magnitude“, disse Pedro Reis quando confrontado com as previsões do Conselho das Finanças Públicas de 1% de défice no próximo ano.

“A beleza deste modelo é ser suportado em cima de garantias do Banco de Fomento que ativa todos os seus reforços em termos de capital já disponível: 131 milhões de capital são usados na linha de 3,6 mil milhões e agora 119 milhões e para a nova linha do Portugal Export são 59 milhões”, detalhou o ministro da Economia.

“Ao nível dos seguros de crédito a sinistralidade é tradicionalmente reduzida. É incorporada essa contingência, mas tem uma materialidade acomodável Nada que impacte no défice”. E, por último, “as subvenções a fundo perdido estão limitadas a 400 milhões de euros”.

O ministro da Economia garante que este é um pacote de medidas que o Governo iria pôr no terreno de qualquer maneira, mas perante a imposição de tarifas de Trump a opção do Executivo foi “acelerar e aditivar”.

Este pacote vai ser implementado independentemente do que venha a acontecer nos próximos rounds de negociação entre a CE e os EUA”, garantiu o ministro da Economia, sublinhando que as associações como um todo pediram uma postura de negociação, em detrimento do confronto.

“As empresas portuguesas continuam a considerar os EUA um mercado estratégico”, disse Pedro Reis, “mas não vão ficar à espera que se normalize”. “Quem estava a pensar ir para outros mercados vai acelerar quem lá está vai tentar resistir”, resumiu, sublinhando que as empresas reagem muito bem às adversidades.

(Notícia atualizada com mais informações)

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Salário mínimo na UE entre os 2.638 euros do Luxemburgo e 551 na Bulgária em 2025

  • Lusa
  • 10 Abril 2025

Para além do Luxemburgo, os países com o salário mínimo mais alto são a Irlanda (2.282 euros), os Países Baixos (2.193 euros), a Alemanha (2.161 euros), a Bélgica (2.070 euros) e a França (1.802).

O salário mínimo varia, nos 22 Estados-membros da União Europeia (UE) onde vigora, entre os 2.638 euros no Luxemburgo e os 551 euros na Bulgária, em 2025, segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat.

Portugal, com 870 euros pagos em 14 meses e que o serviço estatístico europeu distribui por 12, integra o grupo dos países com ordenados mínimos entre 1.000 e os 1.500 euros, num montante de 1.015 euros.

Os seis Estados-membros com os salários mínimo mais altos são, para além do Luxemburgo (2.638 euros), a Irlanda (2.282 euros), os Países Baixos (2.193 euros), a Alemanha (2.161 euros), a Bélgica (2.070 euros) e a França (1.802).

No grupo que integra Portugal estão ainda a Espanha (1.381 euros), a Eslovénia (1.278 euros), a Polónia (1.091 euros), a Lituânia (1.038 euros) e Chipre (1.000 euros).

Os menores montantes pertencem à Croácia (970 euros), a Grécia (968 euros), Malta (961 euros), a Estónia (886 euros), a República Checa (826 euros), a Eslováquia (816 euros), Roménia (814 euros), Letónia (740 euros), Hungria (707 euros) e a Bulgária (551 euros).

Cinco Estados-membros — Dinamarca, Itália, Áustria, Finlândia e Suécia — não estipulam um salário mínimo.

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Paxlegal reforça área de prática de Imigração e Nacionalidade

Rita Correia Nunes e Marta Ivanchyshyn são os mais recentes reforços da sociedade liderada por António Patrício e Bárbara Pestana.

A Paxlegal acaba de anunciar o reforço da sua área de prática de Imigração & Nacionalidade, com a integração de Rita Correia Nunes e Marta Ivanchyshyn.

Rita Correia Nunes transita da Legal Square onde desenvolveu a sua prática nos últimos quatro anos, com especial enfoque nas áreas de Recuperação de Créditos, Insolvência, Direito Societário e Imigração & Nacionalidade. Atualmente, dedica-se sobretudo à área de Imigração & Nacionalidade, prestando assessoria jurídica a clientes nacionais e internacionais. A advogada integra a Paxlegal na qualidade de Associada.

Marta Ivanchyshyn transita da Abreu Advogados, sociedade com a qual colaborou nos últimos seis anos e meio, primeiro como estagiária e, posteriormente, como advogada. Ao longo do seu percurso profissional desenvolveu competências nas áreas do Contencioso, Recuperação de Créditos, Insolvência, Direito imobiliário e Imigração & Nacionalidade – com especial enfoque nestas duas últimas. A advogada integra a Paxlegal na qualidade de associada.

De acordo com Bárbara Pestana, sócia fundadora: “A Rita e a Marta reúnem um conjunto de competências diferenciadas que casam na perfeição com as nossas necessidades atuais e que entendemos serem as adequadas para continuar a responder, de forma célere, rigorosa e eficaz, às inúmeras solicitações que nos têm chegado”. E acrescenta: “Em 2024, o investimento estrangeiro em Portugal atingiu níveis históricos, com um aumento de 19% face ao ano anterior, o que claramente sinaliza uma confiança renovada dos investidores internacionais na economia portuguesa”. Nesse sentido, sublinha Bárbara Pestana: “A consolidação desta área de prática tem como objetivo reforçar a nossa capacidade de resposta, perante as inúmeras questões que resultam desse crescente interesse pelo nosso país, quer seja numa ótica de investimento, quer seja numa ótica de residência temporária ou permanente, sem esquecer os processos de atribuição e aquisição de nacionalidade portuguesa”. Bárbara Pestana conclui, sublinhando: “Estamos muito felizes por receber a Rita e a Marta na Paxlegal – que este seja um caminho inspirador e cheio de sucesso!”.

Antes de integrar a Sociedade, Rita Correia Nunes colaborou com a EDGE International Lawyers e com a Luís S. Rodrigues & Associados (como estagiária) e com a Abreu Advogados (primeiro como estagiária e, posteriormente, como advogada). Rita Correia Nunes é licenciada em Direito e Mestre em Ciências Jurídico-Civilísticas, com especialização em Direito Processual Civil pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Possui ainda o Curso Intensivo em Fundos de Investimento pelo Centro de Investigação de Direito Privado da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Marta Ivanchyshyn iniciou o seu percurso profissional na EDGE International Lawyers. A advogada é licenciada em Direito e pós-graduada em Direito das Sociedades Comerciais pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Possui ainda uma pós graduação em Direito Imobiliário pela Faculdade de Direito da Universidade Católica de Lisboa.

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TTR: Morais Leitão lidera as principais operações de M&A no primeiro trimestre de 2025

A Morais Leitão lidera por valor total das operações, cerca de 166,29 milhões de euros. Já a Cuatrecasas lidera o ranking de assessores jurídicos por número de transações, com 11.

No primeiro trimestre de 2025 a Morais Leitão foi o escritório de advogados que liderou as principais operações de M&A, Venture Capital, Private Equity e Asset Acquisition por valor total, cerca de 166,29 milhões de euros, revela dados da TTR Data. Já a Cuatrecasas lidera o ranking de assessores jurídicos por número de transações, com 11.

Segundo o relatório da TTR Data, nos primeiros três meses do ano foram realizadas 114 transações que se traduziram num valor total de 918 milhões de euros. Das quatro áreas, M&A destacou-se com 54 transações (661 milhões de euros), seguida por Asset Acquisition com 28 transações (88 milhões de euros), Venture Capital com 21 transações (135 milhões de euros), e Private Equity com 11 transações (35 milhões de euros).

Estes números representam uma queda de 32% no número de transações em comparação ao mesmo período de 2024. Também o capital mobilizado registou uma quebra de 71%. O setor de Real Estate foi o mais ativo, com 20 transações, seguido de Internet, Software & IT Services, com 105.

O TTR selecionou como transação do primeiro trimestre a conclusão da aquisição da Claranet Portugal pela NOS. Uma operação no valor de 152 milhões de euros e que contou com a assessoria jurídica da Morais Leitão e da Uría Menéndez.

Veja aqui todos os rankings.

M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

As sociedades em destaque são a Morais Leitão, com um valor de 166,29 milhões de euros, seguida pela Uría Menéndez, com 152 milhões, e a fechar o top 3 a Cuatrecasas com um valor total de 92,04 milhões de euros.

No que concerne ao número de transações em M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions a liderar a tabela ficou a Cuatrecasas, com 11 transações, seguida da Morais Leitão e PLMJ, com oito transações cada.

Já relativamente aos “dealmakers“, advogados que centram a sua prática na área de M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions, sete sociedades de advogados estão representadas na tabela, face ao valor de transações. O sócio da Morais Leitão Jorge Simões Cortez ocupa o lugar cimeiro da tabela com duas transações que se traduzem em 152 milhões de euros.

O advogado dealmaker que somou um maior número de transações nestas áreas foi André Matias de Almeida, sócio da Proença de Carvalho, com cinco. No top 3 ficou ainda Samantha Cyrne e Vasco Bivar de Azevedo, sócios da Cuatrecasas.

Os “rising star dealmakers” na área de M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions, por valor de transações, pertencem a seis firmas: Morais Leitão e Cuatrecasas, com três destacados cada, Garrigues, SRS Legal e DLA Piper, com dois cada, e a Uría Menéndez, com um destacado. Ana Isabel Seabra, consultora da Morais Leitão, Inês Magalhães Correia, associada principal da Morais Leitão, Maria Cortes Martins, associada principal da Morais Leitão, e Marta Sampaio Pinto, associada da Uría Menéndez, ocupam o primeiro lugar com um valor total de transações de 152 milhões de euros.

Private Equity

Na área de Private Equity as sociedades em destaque são a DLAPiper, CS’Associados e SRS Legal, sendo que a primeira destaca-se com uma operação que se traduziu no valor de 25 milhões de euros.

No que concerne ao número de transações, o lugar cimeiro da tabela é ocupado pela CS’Associados, seguida pela Cuatrecasas e Vieira de Almeida (VdA), cada uma com duas operações.

Venture Capital

Na área de Venture Capital as sociedades em destaque são a SRS Legal, com um valor de 31 milhões de euros, a Cuatrecasas, com 17,04 milhões, e a CCA Law Firm, com 9,45 milhões.

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Cristina Girão assume nova direção de Marketing Solutions da LLYC

  • + M
  • 10 Abril 2025

Há 13 anos agência, a profissional vai liderar uma equipa de 16 profissionais e implementar uma nova estrutura organizacional, dividida em quatro áreas e cada uma com a sua liderança. 

Cristina Girão, ao centro

Cristina Girão subiu a diretora da área de Marketing Solutions da LLYC em Portugal, avançou esta quinta-feira a empresa. Há 13 anos na agência, a profissional vai liderar uma equipa de 16 profissionais e implementar uma nova estrutura organizacional, dividida em quatro áreas e cada uma com a sua liderança.

Assim, a área de Criatividade é coordenada por Beatriz Raposo e Américo Vizer, diretor criativo, Brand PR é liderada por Carla Martins, a de Branded Content está a cargo de Mafalda Santos e a de Digital sob a responsabilidade de Mariana Corda. Célia Fernandez, diretora de serviço a clientes, é responsável pela articulação entre equipas e geografias.

“Assumo este papel com um enorme sentido de compromisso, sabendo que estamos a transformar a forma como abordamos a comunicação. O mundo mudou, e o nosso trabalho é garantir que as marcas têm as soluções certas para se destacarem, combinando criatividade, tecnologia e estratégia”, comenta Cristina Girão, citada em comunicado.

É muito gratificante vermos crescer a nossa oferta em marketing, digital e criatividade, incorporando de forma integrada o earned e o paid media. Esta evolução permite-nos oferecer soluções mais consistentes, orientadas para resultados e com maior retorno do investimento em comunicação”, acrescenta, Marlene Gaspar, diretora-geral da LLYC Portugal.

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Cartas contra a diversidade. Empresários recusam “ir a reboque dos humores” dos EUA

EUA enviaram cartas a empresas em Portugal a informar que têm de abandonar as políticas de diversidade. Patrões criticam, sublinhando que regras da Europa não devem ser fixadas por Washington.

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) defenderam esta quinta-feira que os Estados Unidos não devem determinar as regras na União Europeia, quando questionados sobre as cartas que o Governo norte-americano enviou a empresas em Portugal a avisar que estas devem abandonar os seus programas de diversidade, noticiadas em exclusivo pelo ECO.

Não devem ser os Estados Unidos a determinar as regras na Europa. A Europa tem na sua história civilizações milenares. Fizemos aqui a Revolução Francesa. Já existíamos quando outros ainda não existiam. Não faz sentido que alinhemos sempre pelo diapasão do que impõe a administração americana“, salientou o líder da CIP, Armindo Monteiro, na conferência de imprensa em as confederações empresariais apresentaram as propostas que vão enviar aos partidos, no âmbito das eleições legislativas.

“Tem de ser a Europa a definir a sua política e não irmos a reboque dos humores de Washington, sobretudo na atual conjuntura política”, concordou o presidente da CAP, Álvaro Mendonça e Moura.

Aos jornalistas, o responsável disse, contudo, que isso “pressupõe que a Europa aumente a sua autonomia estratégica“, o que depende da soberania alimentar, frisou.

Tem de ser a Europa a definir a sua política e não irmos a reboque dos humores de Washington, sobretudo na atual conjuntura política.

Álvaro Mendonça e Moura

Presidente da CAP

Soberania alimentar é o pressuposto primeiro para termos autonomia estratégica. Há aqui uma importância acrescida de se olhar para tudo o que é o agroalimentar, ou seja, tudo aquilo que é nós, europeus, termos a certeza de que, aconteça o que acontecer, sejam quais forem os humores de outras partes do mundo ou as guerras que existam na nossa fronteira, teremos comida no prato“, argumentou Mendonça e Moura.

Conforme avançou em exclusivo o ECO na segunda-feira, a embaixada dos Estados Unidos em Portugal está a levar a cabo uma revisão global dos contratos entre o Governo norte-americanos e empresas nacionais, o que inclui a certificação de que estas cumprem a ordem executiva assinada em janeiro por Donald Trump que põe um “ponto final” nos programas de diversidade.

O objetivo, lê-se nesse documento, é “acabar com a discriminação ilegal e restaurar as oportunidades baseadas no mérito”. Isto não só no seio do Governo o Estados Unidos, mas também nas empresas que com ele têm contratos, daí que várias empresas da União Europeia estejam agora a receber cartas a indicar que devem abandonar os seus programas de diversidade.

Em reação, a presidente da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), Carla Tavares, já defendeu que está em causa “uma inaceitável intromissão” na política interna dos países e da União Europeia e confessou-se preocupada com este “sinal de retrocesso” nos direitos humanos.

Também a Associação Portuguesa para a Diversidade e Inclusão (APPDI) já disse estar muito preocupada com as missivas enviadas a empresas portuguesas. “São uma falta de respeito para com a soberania dos países e das organizações“, sublinhou a coordenadora de projetos Mónica Canário, em declarações ao ECO.

O ECO também pediu uma reação ao Governo, mas até agora não obteve resposta. O Ministério da Economia remeteu para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, que se mantém, por sua vez, em silêncio.

(Notícia atualizada às 13h22)

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Lucro do Bison Bank quase quadruplica para 2,5 milhões de euros em 2024

  • Lusa
  • 10 Abril 2025

No ano passado, o Bison Bank teve um crescimento de 42% do produto bancário para 12,1 milhões de euros, mais de 4.300 clientes e 3,3 mil milhões de euros de ativos sobre gestão.

O lucro do Bison Bank quase quadruplicou no ano passado, face a 2023, para 2,5 milhões de euros, anunciou esta quinta-feira o banco português especializado em serviços de gestão de património e de banca de investimento.

Em 2024, “o banco apresentou um lucro líquido de 2,5 milhões de euros, face ao valor de 0,6 milhões de euros de 2023, o que demonstra que continua a evoluir de forma muito positiva, apesar dos elevados desafios colocados pelas incertezas geopolíticas e pelo ambiente macroeconómico adverso”, refere a instituição liderada por António Henriques.

“O negócio evoluiu de forma robusta em 2024, com um crescimento de 42% do produto bancário para 12,1 milhões de euros, mais de 4.300 clientes e 3,3 mil milhões de euros de ativos sobre gestão”, acrescenta o Bison Bank.

Segundo o banco, “os principais componentes da evolução do produto bancário foram as comissões de clientes e a margem financeira, que atingiram 4,6 milhões de euros e 7,6 milhões de euros em 2024, respetivamente”.

O Bison Bank “registou um aumento no balanço e manteve níveis robustos de solvabilidade”, refere a entidade.

Em dezembro, “o ativo total e os depósitos de clientes do banco atingiram valores de 406 milhões de euros e 352 milhões de euros, respetivamente” e o “rácio Tier 1 Common Equity [rácio de fundos próprios principais de nível 1] foi de 37,4%, um dos mais elevados do setor bancário europeu”.

O Bison Bank “atingiu claramente uma fase de consolidação, conseguimos atingir resultados positivos sustentáveis num mercado altamente competitivo, o que é significativo para um banco jovem e inovador como o Bison”, afirma o presidente executivo (CEO), António Henriques, citado em comunicado.

“O crescimento em todas as métricas-chave foi impressionante: triplicámos a base de clientes, triplicámos o volume de transações e quintuplicámos os ativos sob gestão. A diversificação da oferta de ativos e parcerias estratégicas, como com a Fireblocks e a Circle, demonstra maturidade do modelo de negócio e redução de riscos operacionais”, conclui o gestor.

A Bison Digital Assets (BDA), o primeiro Prestador de Serviços de Ativos Virtuais (VASP) licenciado pelo Banco de Portugal e totalmente detido por um banco português, “registou resultados positivos pela primeira vez em 2024, apenas com dois anos de operação, com 130 milhões de euros de volume transacionado e mais de 150 clientes institucionais e individuais de elevado património, que representa um aumento para o triplo face a 2023”.

Em 2024, o banco “fortaleceu a sua posição como líder em inovação financeira com duas novidades importantes: a integração de operações com stablecoins, numa parceria com a Circle, o que passou a permitir transações mais ágeis e seguras, e o lançamento do Bison Card em parceria com a Visa e a Minsait (agora Nuek), que ofereceu aos clientes uma solução de pagamento digital inovadora e acessível”.

A BDA “também anunciou a integração na Fireblocks, uma plataforma empresarial que gere operações de ativos digitais e possibilita a construção de negócios inovadores em blockchain e, também, a disponibilização de dois novos tokens: EURC e Solana (SOL)”.

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‘Data centers’ deverão exigir tanta energia quanto o Japão em 2030

O consumo energético global dos 'data centers' vai duplicar até ao início da próxima década, estima a Agência Internacional de Energia (AIE). Em 2024, representaram 1,5% de toda a energia consumida.

Os data centers vão consumir o dobro da energia até 2030, igualando o consumo anual do Japão, “uma das maiores economias do mundo”, sublinha o líder da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol.

Este dado consta do mais recente relatório sobre Energia e Inteligência Artificial (IA) da Agência Internacional de Energia (AIE), apresentado esta quinta-feira pelo presidente da agência e pela diretora de Sustentabilidade, Tecnologia e Projeções, Laura Cozzi.

A AIE estima que o consumo de eletricidade destas infraestruturas vai duplicar para cerca de 945 terawatts-hora (TWh) em 2030. “Isto é ligeiramente acima do consumo total de eletricidade do Japão ao dia de hoje”, lê-se no relatório, que identifica a IA como o principal motor deste crescimento.

Os EUA serão responsáveis pela maior fatia desse aumento, sendo que os data centers representarão metade da procura adicional que se projeta para este país até 2030. No final da década, os centros de dados deverão consumir mais energia do que a requerida pelo conjunto das indústrias tipicamente intensivas em eletricidade, como o alumínio, o cimento e os químicos.

Contas feitas, os data centers vão ser responsáveis por cerca de um décimo da procura global por eletricidade até 2030 — ainda assim, menos do que a fatia correspondente à produção de ares condicionados ou de veículos elétricos. Somente cinco anos depois, em 2035, a AIE prevê que o consumo ascenda aos 1.200 TWh.

Em 2024, os centros de dados representaram 1,5% do consumo global de energia, ou o equivalente a 415 TWh. Atualmente, são também os EUA a liderar esta procura, país responsável por 45% do total deste novo consumo. Segue-se a China com 25% e a Europa com 15%.

Globalmente, o consumo de eletricidade por parte dos data centers já cresceu 12% desde 2017, quatro vezes acima do crescimento do total do consumo.

A procura por capacidade de computação tem vindo a aumentar de forma significativa, à medida que acelera a digitalização da economia e aumenta o uso de tecnologias de IA, levando à construção de cada vez mais data centers em todo o mundo. No mercado europeu, Portugal é um dos países que poderá captar uma fatia deste novo investimento, com a PortugalDC, associação que representa o setor no país, a prever uma captação de 12 mil milhões de euros por esta indústria nos próximos cinco anos.

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ASF define regras para eliminar confusão entre planos de seguros de saúde

  • ECO Seguros
  • 10 Abril 2025

As recomendações do supervisor dos seguros foram agora detalhadas e querem abranger seguradoras, mediadoras e consumidores para eliminar equívocos.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) anunciou em comunicado que aprovou recomendações que visam facilitar a distinção entre planos e seguros de saúde aos olhos do consumidor.

Importa referir a distinção entre os seguros e planos de saúde. Os primeiros envolvem a transferência de riscos para uma seguradora, o que pode envolver “reembolsos, acesso a redes convencionadas e uma maior proteção legal para o consumidor”. Já os segundos dizem respeito a produtos que funcionam como cartões de desconto em cuidados médicos, sem cobertura de risco, logo, “sem reembolso ou enquadramento na atividade seguradora”, clarifica a ASF.

Sendo apenas regulador das empresas do setor segurador, é sobre estas que o regulador quer reforçar mais transparência e clareza na comercialização nos seguros de saúde “promovendo uma adequada distinção face aos chamados “planos de saúde”. Deste modo, a ASF promove práticas que “evitem a associação indevida entre os dois tipos de produto”. As recomendações finais surgem após as ter lançado a consulta pública.

O regulador recomenda as empresas a evitar usar a palavra “plano” quando estão a referir-se a seguros de saúde e a não comercializar produtos sem cobertura de risco, ou seja, que não inclui acordos indemnizatórios em de caso de sinistro.

As seguradoras são ainda chamadas a esclarecer os consumidores quanto à natureza do seguro de saúde. Tal deverá ser feito através da revisão da documentação pré-contratual e contratual do contrato de seguro com o cliente “para que fique clara a natureza do produto” e também ao informar o consumidor “de forma ativa e clara, sobre as diferenças entre seguros de saúde e planos de saúde, incluindo nos canais digitais”, clarifica a ASF.

O supervisor de seguros reforça que estas orientações devem ser seguidas pelos corretores e mediadores de seguros que devem garantir “uma comunicação correta ao longo do processo de venda”.

Esta iniciativa surge na sequência da análise de diversas reclamações recebidas pela ASF, nas quais foi identificado o uso de termos próprios da atividade seguradora na comercialização de produtos que não envolvem qualquer transferência de risco — nomeadamente os “planos de saúde”. “Esta prática tem gerado confusão nos consumidores, que muitas vezes não têm consciência do tipo de produto que estão efetivamente a adquirir”, indica o órgão de supervisão.

“As recomendações agora emitidas visam reforçar a proteção dos consumidores, promovendo a sua capacidade de escolha informada com base numa correta compreensão dos produtos disponíveis no mercado”, afirmou Eduardo Farinha, diretor do Departamento de Supervisão Comportamental da ASF.

As empresas que pretendem cumprir as recomendações têm um mês para comunicar a intenção à ASF. Aquelas que o fizerem e autorizarem serão identificadas no site da ASF, que pode ser acedido através do Portal do Consumidor.

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Fusões e aquisições de empresas em mínimos de três anos. Americanos reduzem em 28% negócios em Portugal

No primeiro trimestre registaram-se 114 transações de M&A em Portugal, de acordo com a base de dados do TTR. Desde os primeiros três meses de 2022 que o número de negócios não era tão baixo.

O contexto macroeconómico e geopolítico está a atrasar a conclusão dos negócios e a penalizar mercado transacional, que está nos valores trimestrais mais baixos em três anos. No primeiro trimestre deste ano, registaram-se 114 operações, o que representa um mínimo desde os primeiros três meses de 2022 e uma diminuição homóloga de 32%.

O valor das operações de Mergers & Acquisitions (M&A) onde estiveram envolvidas empresas portuguesas fixou-se nos 918 milhões de euros, perfazendo uma queda de 71% no capital mobilizado, de acordo com a TTR Data. No entanto, menos de metade (37%) das transações teve os valores revelados.

Quanto aos setores, o imobiliário voltou a ‘segurar as pontas’ do mercado e foi o mais ativo entre janeiro e março com 20 transações, seguindo-se a área tecnológica (Internet, software e serviços de tecnologias da informação) com 15 operações.

Além-fronteiras (cross-border), Espanha e Estados Unidos foram os países que mais investiram em Portugal neste período, contabilizando 17 e cinco transações, respetivamente. Isto apesar de as empresas norte-americanas terem reduzido em 28% suas aquisições no mercado português.

Curiosamente, também as empresas portuguesas escolheram organizações espanholas e norte-americanas como principal destino de investimento (oito e quatro transações, pela mesma ordem) neste período.

Analisando os diferentes segmentos do mercado transacional, foram contabilizadas 11 transações de private equity no primeiro trimestre, menos 8% em termos homólogos. A queda nos negócios destes fundos tem sido inferior ao resto do mercado – ou estado mesmo em contraciclo há vários meses – dada a liquidez que ainda têm (dry powder).

“Em venture capital, foram realizadas 21 rondas de investimentos e um total de 135 milhões de euros, representando uma queda de 44% no número de transações. No segmento de asset acquisitions [compras de ativos], foram registadas 28 transações com um valor de 88 milhões de euros, representando uma queda de 31% no número de transações”, lê-se no relatório da TTR.

Para os analistas deste diretório, o negócio do trimestre foi a conclusão da aquisição da Claranet Portugal pela operadora de telecomunicações Nos por 152 milhões de euros. A operação contou com a assessoria jurídica em lei portuguesa dos escritórios Morais Leitão e Uría Menéndez.

Nos rankings de assessores destacam-se as sociedades de advogados Cuatrecasas Portugal e Morais Leitão e o Banco Bradesco BBI.

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