Minipreço lança campanha “O Grande Cabaz”, assinada pela Nossa

  • + M
  • 11 Janeiro 2024

A campanha baseia-se em três pilares - proximidade, conveniência e poupança - e destaca "o papel central do Minipreço como uma loja de bairro, enraizada nas comunidades locais".

“O Grande Cabaz” é a nova campanha do Minipreço, com assinatura da Nossa e que marca presença em televisão e digital até ao final de março. A PHD foi a responsável pelo planeamento de meios.

Esta campanha não é apenas sobre economia, mas também sobre proximidade, parceria com os produtores nacionais e a experiência única de sermos a loja de bairro escolhida pelas comunidades locais de norte a sul do país. Queremos ser mais do que um supermercado, queremos ser um parceiro confiável, proporcionando qualidade e poupança, sempre com o toque pessoal que nos define”, diz Sebastião Cunha, head of marketing da Dia Portugal, citado em comunicado.

A campanha baseia-se em três pilares – a proximidade, conveniência e poupança – elementos que “refletem a missão contínua do Minipreço em ser mais do que um supermercado, mas sim uma loja de bairro, física e online, um parceiro confiável para as comunidades locais, fornecendo produtos de grande qualidade a preços competitivos”, refere-se em nota de imprensa.

Neste sentido, o retalhista selecionou uma diversidade de produtos essenciais – desde alimentos a produtos de higiene e limpeza – que vai disponibilizar ao longo do ano “a preços extremamente competitivos”.

A campanha destaca ainda “o papel central do Minipreço como uma loja de bairro, enraizada nas comunidades locais” e reafirma “o seu compromisso em proporcionar poupanças significativas aos seus clientes”, refere-se ainda na mesma nota.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Santarém avança com requalificaçao de 11 USF no valor de 1,7 milhões de euros

Município de Santarém espera ter financiamento do PRR para requalificar USF, no valor de 1,7 milhões de euros.

A Câmara Municipal de Santarém já assinou os protocolos com sete Uniões e Juntas de Freguesias do concelho com vista à requalificação de 11 Unidades de Saúde Familiar (USF) no valor de 1,7 milhões de euros, no âmbito do processo de descentralização de competências na área da Saúde.

Estas intervenções deverão contar com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). “Este investimento, que surgirá via PRR de mais de um milhão de euros, irá libertar orçamento para outros investimentos importantes“, afirmou o presidente do Câmara Municipal de Santarém, Ricardo Gonçalves, durante a cerimónia.

Em causa estão 11 requalificações nas USF de Alviela, Almeida Garrett e Foral Novo, localizadas em várias freguesias do concelho de Santarém. As intervenções destinam-se à melhoria das acessibilidades, condições de segurança e conforto para utentes e profissionais. Assim como à beneficiação e adequação às prestações de cuidados e aos planos de contingência, à manutenção e conservação de edifícios, além da valorização ambiental e promoção da eficiência energética.

Este investimento, que surgirá via PRR de mais de um milhão de euros, irá libertar orçamento para outros investimentos importantes.

Ricardo Gonçalves

Presidente da Câmara Municipal de Santarém

Dessas 11 requalificações objeto de financiamento, sete delas estão instaladas em imóveis de juntas de freguesia: Amiais de Baixo (355 mil euros), Moçarria (170 mil euros), Almoster (78 mil euros), São Vicente do Paul (75 mil euros), Tremês (48 mil euros), Casével (40 mil euros) e Várzea (27 mil euros).

Daí a necessidade da autarquia estabelecer protocolos de transferência de verbas com as respetivas juntas de freguesia depois de, a 1 de novembro de 2023, ter assinado o auto de transferência de competências com o Ministério da Saúde. Desde então o município passou a participar no planeamento, gestão e realização de investimentos relativos a unidades de prestação de cuidados de saúde, nomeadamente o que concerne à construção, à gestão dos equipamentos e à manutenção.

Cerimónia de assinatura de protocolos com Uniões e as Juntas de Freguesias do concelho com vista à requalificação de 11 USF

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

+M

APECOM avança para autorregulação no lobbying

  • + M
  • 11 Janeiro 2024

A APECOM vai avançar para a autorregulação "muito em breve", disponibilizando num site um "Manual de Boas Práticas na Representação de Interesses Legítimos" e a lista das empresas aderentes. 

A APECOM (Associação Portuguesa das Empresas de Conselho em Comunicação e Relações-Públicas) lamentou em comunicado o recuo do Parlamento quanto à aprovação da lei respeitante à representação legítima de interesses – vulgo lobbying – e anunciou que ia avançar com a autorregulação.

“A APECOM lamenta este desfecho e a oportunidade desperdiçada para criar um regime jurídico de maior transparência na relação dos poderes públicos com a sociedade civil e empresarial”, refere-se.

Na nota, a associação revela também que vai avançar para a autorregulação “muito em breve”, através do lançamento de um site onde vai disponibilizar o “Manual de Boas Práticas na Representação de Interesses Legítimos“, bem como a lista de empresas que aderem a essas práticas que “assentam em procedimentos transparentes e éticos”.

Segundo a APECOM, Portugal “mantém-se, por inação legislativa, uma ilha de opacidade numa Europa de transparência“, referindo que 17 dos 27 países europeus – entre os quais se incluem a Alemanha, França, Países Baixos, Finlândia, Áustria, Itália ou Luxemburgo – têm em vigor regimes específicos que legitimam e regulam a representação de interesses.

“Portugal mantém-se hoje, em 2024, no ano em que se cumprem 50 anos do 25 de abril, ao lado de países que não têm legislação específica sobre esta matéria, como Malta, Roménia, Eslováquia, Bulgária, Croácia ou República Checa. Não tem de ser assim”, diz a APECOM, garantindo que “estará à altura das suas responsabilidades como entidade representativa de um setor que sempre pugnou em defesa de mais transparência, com ética e com regras, na relação da sociedade civil organizada e das empresas com os poderes públicos e decisores”.

Depois de ter aprovado na generalidade os projetos de lei do PS, PSD, IL e PAN para regulamentar o lóbi, a votação na especialidade dos projetos de lei foi adiada pela Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados, pelo que o Parlamento não terá tempo para fechar uma lei até à dissolução.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Encerramento das centrais a carvão? “O ideal era ter adiado”, diz António Mexia

No seu regresso ao espaço público, Mexia admite que hoje, face à escalada do conflito armado na Europa e à crise energética, teria "adiado" a decisão de encerrar a central a carvão em Sines.

Em 2022, ano marcado por uma crise energética que resultou da guerra na Ucrânia, e por uma subida exponencial nos preços da eletricidade tanto em Portugal como na Europa, foram várias as vezes em que se questionou se o timing do encerramento das centrais carvão em Portugal terá sido o mais indicado.

Dois anos volvidos, e com os preços da eletricidade já estabilizados, a pergunta volta a surgir mas desta vez foi lançada pelo ex-presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, uma das cerca de 50 pessoas que se deslocou ao Tagus Park, esta quinta-feira, para assistir a uma palestra do ex-CEO da EDP António Mexia. Além de Saraiva, estiverem presentes no auditório outras caras conhecidas: Alexandre Fonseca, ex-CEO da Altice Portugal e Isaltino Morais, presidente da câmara de Oeiras, por exemplo.

O momento marcou o regresso ao espaço público do gestor que foi afastado da liderança da energética portuguesa, em julho de 2020, depois de ter sido constituído arguido no caso das alegadas rendas excessivas da EDP. Numa intervenção de aproximadamente 50 minutos perante uma plateia a meio gás, a apresentação de Mexia teve como tema central a transição energética, identificando mitos “pegajosos”, dificuldades, mas sobretudo, oportunidades a ela associadas.

A pergunta sobre o futuro das centrais ainda pairava no ar e, após uma breve hesitação e alguns rodeios, surgia a admissão: “É óbvio que as coisas vistas hoje são diferentes. Hoje, diria que o ideal era ter adiado [essa decisão] perante a guerra, é óbvio. A guerra não estava prevista”, respondeu António Mexia à pergunta de Saraiva, na plateia, sugerindo que esse adiamento fosse de um ano.

Ainda assim, defendeu que “transição é sempre uma transição” e que esta além de ser “harmonizada e inclusiva”, não se pode limitar a ser “apenas para plateia”, disse, mantendo confiança na decisão que a EDP oficializou a 15 de janeiro de 2021, de encerrar aquela que foi a maior central termoelétrica do país. A central chegou a abastecer quase um terço da eletricidade consumida em Portugal.

O foco agora é dar o passo no sentido de uma economia neutra em carbono. Este caminho, explicou o gestor, será feito através da eletrificação. “Electricity is the new oil [a eletricidade é o novo petróleo], pregou à plateia, defendendo que a transição energética deve ficar assente em cinco “D”: descarbonização, descentralização, digitalização, democratização e desenvolvimento sustentável.

Mas para isso será preciso dar impulso a novos investimentos, sobretudo através da energia renovável que hoje, de acordo com António Mexia, “é a tecnologia mais barata para gerar eletricidade”, rejeitando as noções de que as soluções “verdes” são mais caras do que aquelas com origem no gás ou carvão. “Mas será preciso triplicar a capacidade instalada, o que não é coisa pouca“, defendeu.

Embora António Mexia recorde que 80% do investimento das renováveis terá de ser feito pelo setor privado, o setor público também terá um papel a desempenhar neste processo, nomeadamente, no que toca ao “enquadramento necessário para atrair o investimento”.

“É preciso ambição, inovação, cooperação, parcerias e capacidade de execução. Em Portugal, isto é algo difícil mas esta luta contra as alterações climáticas só se fará em conjunto, e com um grupo de stakeholders muito alargado de instituições e empresas públicas e privadas”, defendeu.

Para o ex-CEO da EDP, a importância da cooperação entre o público e o privado na transição energética em Portugal ganha maior relevância quando se olha para o leque de oportunidades que dali podem surgir dado que o país beneficia de uma abundância de recursos naturais, como o sol e o vento, e preços baixos de eletricidade, quando comparado com outros países europeus.

“Portugal tem preços [da eletricidade] abaixo da média europeia. E, em muitos casos, é metade do preço dos nosso principais concorrentes”, afirmou, citando dados do Eurostat, o gabinete de estatísticas europeu. “Portugal tem sido capaz de apresentar resiliência e estabilidade nos preços da energia“, o que permitiu “sobreviver” à mais recente crise energética pós-invasão da Ucrânia, acrescentou.

O regresso do ex-CEO ao espaço público, esta quinta-feira, 11 de janeiro, tem outro propósito para além desta palestra. É que 2024 marca o ano em que António Mexia, agora com 66 anos, ficará livre para trabalhar novamente em empresas de energia, isto depois de ter firmado um acordo de 2,4 milhões de euros de não-concorrência com a EDP — acordo este que lhe deu, simultaneamente, direito a um seguro de saúde e de vida.

Se regressará à vida de gestor numa empresa energética (setor onde fez carreira durante três décadas) depois de quatro anos na sombra, permanece uma incógnita — e, à margem da palestra, Mexia não quis desvendar esse mistério aos jornalistas nem comentar a atualidade dominada por uma crise política por considerar não ser o momento mais “oportuno“. Até lá, deverá continuar a dar aulas ou a prestar serviços de consultoria. Sobre o seu futuro na energia, só o tempo dirá.

Noticia atualizada pela última vez às 20h40

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Parceria estratégica” leva streaming da SIC aos clientes da Meo

  • + M
  • 11 Janeiro 2024

O arranque dá-se com a oferta de três meses de assinatura do plano premium do serviço de streaming da SIC.

É através de uma “parceria estratégica”, que a OPTO vai passar a estar disponível na casa dos clientes Meo. O arranque dá-se com a oferta de três meses de assinatura do plano premium do serviço de streaming da SIC.

“A OPTO, única plataforma de streaming paga portuguesa, é uma marca que já conquistou o público nacional e internacional, pela quantidade e qualidade de conteúdos disponíveis on demand, todos com a curadoria da SIC. Com esta parceria importante que iniciamos com a Meo, e com a força da distribuição e reach desta empresa, estamos convictos que os melhores conteúdos audiovisuais portugueses chegarão a um cada vez maior número de pessoas”, diz Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa, em comunicado.

Já Ana Figueiredo, presidente executiva da Altice Portugal, refere que “encontrar novas formas de divulgar os melhores conteúdos que se produzem em Portugal, indo ao encontro dos novos padrões de consumo dos nossos clientes, é uma prioridade e um compromisso que a Meo assume para continuar a mostrar a vitalidade da produção de audiovisual nacional“.

A campanha de três meses de assinatura de oferta beneficia os clientes Meo que utilizam as boxes Android TV ou Apple TV, mas aqueles que não tenham este tipo de boxes também podem ter acesso à campanha pedindo a sua ativação ao seu operador Meo.

“Este é o primeiro passo de uma parceria que se prevê frutuosa entre a OPTO SIC e o Meo, tendo em vista a disponibilização dos melhores conteúdos da OPTO aos clientes Meo”, refere-se em nota de imprensa, onde também se lê que esta colaboração “representa um marco significativo na expansão da OPTO SIC permitindo que um público ainda mais amplo tenha acesso à programação e características pemium oferecidas”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marie-Aude Thépaut será a nova diretora-geral do CNP Assurances Group

  • ECO Seguros
  • 11 Janeiro 2024

A nova diretora-geral sucede Stéphane Dedeyan, atualmente, Presidente do Conselho Executivo do La Banque Postale.

Marie-Aude Thépaut foi será a nova diretora-geral do CNP Assurances Group, avançou esta quinta-feira o jornal La Tribune de l’assurance.

Marie-Aude Thépaut é a nova diretora-geral do CNP assurances Group.

A nomeação foi feita pelo conselho de Administração sob a recomendação da comissão de remunerações e nomeações do grupo. Marie-Aude Thépaut irá também integrar o comité executivo do La Banque Postale, banco que distribui os seguros do grupo, onde ficará encarregue de desenvolver atividades relacionadas com seguros.

A dirigente sucede a Stéphane Dedeyan que foi nomeado em outubro do ano passado para Presidente do Conselho Executivo do La Banque Postale, cargo que ocupa atualmente. Dedeyan tem uma vasta experiência no setor, tendo passado mais de 14 anos em cargos de liderança na Generali.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Validação “brutal” da bitcoin pela SEC abre cripto ao investimento de milhões de milhões

Para Diogo Mónica, co-fundador e presidente da Anchorage, a decisão da SEC peca por tardia e traz "validação brutal" ao mercado cripto.

Depois de uma primeira falsa partida, a Securities and Exchange Commission (SEC) acabou mesmo por aprovar a criação do primeiro ETF (Exchanged-Traded Funds) de bitcoin. A decisão histórica foi amplamente celebrada pelos investidores de criptoativos, que veem nesta aprovação uma validação “brutal” por parte do regulador do mercado norte-americano e a abertura ao investimento de milhões de milhões de dólares. Ainda assim, os especialistas deixam alertas para o risco do investimento.

Os ETF são fundos de investimento que podem ser negociados na bolsa de valores, seguindo o desempenho de ativos como ações, matérias primeiras ou obrigações, e agora, nos EUA, de bitcoin.

Gary Gensler, o presidente do regulador norte-americano, que há sete anos vinha a negar a cotação de um fundo de bitcoin, anunciou a aprovação da negociação 11 ETF de bitcoin, fundos cotados em bolsa e que dão exposição à evolução dos preços do ativo. Com esta aprovação, Gensler traz a criptomoeda [regulada como uma commodity nos EUA] para o mercado regulado – ETF têm que seguir as regras de mercado – e dá um sinal de força há muito aguardado pelo setor, mas não sem antes deixar alertas aos investidores.

“Embora tenhamos aprovado hoje a cotação e negociação de certas ações ETP [Exchange-traded Products] de bitcoin à vista, não aprovamos nem endossamos a bitcoin. Os investidores devem permanecer cautelosos sobre a miríade de riscos associados à bitcoin e aos produtos cujo valor está vinculado aos cripto”, avisou o líder do regulador dos EUA, em comunicado.

Embora tenhamos aprovado hoje a cotação e negociação de certas ações ETP de bitcoin à vista, não aprovamos nem endossamos a bitcoin. Os investidores devem permanecer cautelosos sobre a miríade de riscos associados à bitcoin e aos produtos cujo valor está vinculado aos cripto.

Gary Gensler

Presidente da SEC

Os preços das criptomoedas reagiram em alta a este anúncio, com a bitcoin a superar os 47.000 dólares, uma cotação que ainda assim está abaixo dos máximos de 69.000 dólares alcançados em novembro de 2021. A criptomoeda, criada há já 15 anos, tem atualmente uma capitalização de cerca de 900 mil milhões de dólares.

Mas a bitcoin não será a única beneficiada pelo aval da SEC. Os especialistas são unânimes em considerar que, após a aprovação de ETF de bitcoin, outras moedas digitais se seguirão, num verdadeiro “game-changer” para um mercado de criptoativos avaliado em 1,7 biliões de dólares.

“Há uma validação brutal do mercado de criptoativos”, afirma Diogo Mónica, ao ECO, mostrando “muito feliz” com uma decisão que diz ser tardia, após “uma luta de sete anos”. Para o presidente e co-fundador do Anchorage Digital, esta aprovação “marca o fim das criptomoedas como uma classe de ativos emergentes”, trazendo estes ativos para os portefefólios tradicionais e abrindo a porta ao investimento de milhões de milhões.

Há uma validação brutal do mercado de criptoativos. É um novo mercado dentro dos mercados tradicionais.

Diogo Mónica

Fundador do Anchorage Digital

O facto de passarem a ser transacionados no mercado regulado e de estarem disponíveis nas principais corretoras “vai aumentar a acessibilidade de forma brutal. Vai passar a ser um ativo tradicional”, justifica.

Para o mesmo responsável, a decisão comunicada esta quarta-feira vem “aumentar a distribuição, a confiança e traz a validação” dos criptoativos, institucionalizando este mercado.

Os 11 ETF aprovados pela SEC incluem fundos das maiores gestoras de ativos do mundo, como a BlackRock, Invesco, Fidelity ou Franklin Templeton. Nomes que dão também maior confiança aos investidores. “É um novo mercado dentro dos mercados tradicionais”, sintetiza Diogo Mónica, que vê uma enorme oportunidade não só para a bitcoin, mas especialmente para outras criptomoedas.

“A seguir vai haver ETF de ethereum, solana, depois das Top 10 criptomoedas, de índices, etc”, antecipa, acrescentando que a curto prazo os preços das moedas digitais podem já ter descontado esta decisão da SEC, mas a médio e longo prazo “vai haver um aumento de preço” dos criptoativos.

Segundo Henrique Tomé, analista da XTB, “espera-se que a entrada de novo capital aumente consideravelmente no mercado cripto”, adiantando que “a Bloomberg referiu recentemente que a introdução dos ETF pode trazer a entrada de mais de 10 mil milhões de dólares ao longo da primeira semana, sendo que o impacto positivo não deve ser visto apenas a curto prazo, mas sim a longo prazo”.

João Queiroz, head of trading do Banco Carregosa, concorda que o lançamento destes produtos vai “permitir, o acesso dos segmentos institucional e de investidores de perfil mais conservador”, assim como aumentar a liquidez e trazer maior competitividade entre as diversas estruturas de negociação como bolsas eletrónicas e os fundos listados em bolsas”.

“Esta aprovação abre caminho para um maior desenvolvimento e diversificação de produtos financeiros relacionados a criptoativos, potencialmente incluindo outros fundos​, o que incrementa a diversificação e as opções do mercado”, acrescenta João Queiroz.

A introdução dos ETF pode trazer a entrada de mais de 10 mil milhões de dólares ao longo da primeira semana, sendo que o impacto positivo não deve ser visto apenas a curto prazo, mas sim a longo prazo.

Henrique Tomé

Analista da XTB

ETF não “protege” investidores de volatilidade do ativo

Também Filipe Garcia, economista e presidente da consultora IMF-Informação de Mercados Financeiro realça que este “é um passo importante porque legitima ainda mais os criptoativos como classe de ativos, facilitando o investimento ao torná-lo acessível a uma maior quantidade de investidores norte-americanos e internacionais e com mais proteção regulatória”.

O especialista alerta, porém, que “todo o processo está a gerar uma notoriedade aos criptoativos e para muitos investidores, ver a SEC a aprovar os ETF significa que a SEC também está a legitimar o investimento em bitcoin, o que não é bem a mesma coisa”. No próprio comunicado emitido pela SEC ontem, o próprio regulador avisa que a bitcoin é um ativo “especulativo” e volátil.

Todo o processo está a gerar uma notoriedade aos criptoativos e para muitos investidores, ver a SEC a aprovar os ETF significa que a SEC também está a legitimar o investimento em bitcoin, o que não é bem a mesma coisa.

Filipe Garcia

Economista da IMF

“O facto de ser um ETF regulado não significa que algo se tenha alterado em relação ao subjacente”, realça Filipe Garcia. “Ou seja, a volatilidade inerente à bitcoin continua e continuará presente e se, por algum motivo, a bitcoin perder totalmente o seu valor, o mesmo acontecerá com o ETF” e, “em caso de investidores que alavanquem posições, a volatilidade da bitcoin poderá causar sérios dissabores”.

“O facto de um instrumento financeiro estar cotado não significa segurança, devendo os investidores perceberem se estão aptos à volatilidade do ativo ou não”, nota também Pedro Lino. Para o CEO da Optimize, “tendo maior volatilidade, a percentagem do portefólio deve ser menor, por forma a não sofrer um grande impacto caso o Bitcoin tenha uma forte desvalorização”.

Temos assistido à falência de alguns ETF ou ETN e isso demonstra que os investidores devem manter a atenção e respeitar o seu perfil de risco, muitas vezes descurado neste tipo de investimento.

Pedro Lino

CEO da Optimize

Para Pedro Lino, “o facto de a SEC aprovar um instrumento financeiro, neste caso os ETF, não significa segurança do investimento. Temos assistido à falência de alguns ETF ou ETN e isso demonstra que os investidores devem manter a atenção e respeitar o seu perfil de risco, muitas vezes descurado neste tipo de investimento”.

Ainda que os ETF sejam negociados em mercado regulamentado, eliminando riscos de exposição a corretoras de pouca confiança, os investidores continuam expostos ao risco do próprio ativo. Ou seja, se a bitcoin desvalorizar, o mesmo acontecerá com o ETF.

Estes produtos vão permitir o acesso dos segmentos institucional e de investidores de perfil mais conservador.

João Queiroz

Head of trading do Banco Carregosa

“É importante notar que continuam a existir riscos. Os investidores devem ter em consideração que a volatilidade em cripto continua a ser superior do que nos mercados tradicionais”, avisa Henrique Tomé. É importante que os investidores avaliem se esta nova classe de ativos está enquadrada no seu perfil de investidor e tolerância ao risco”, acrescenta o analista da XTB.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Seguradora americana aproveita vídeo no TikTok para lançar campanha

Milhões utilizadores interagiram com a música da seguradora, que não perdeu a oportunidade e contactou a protagonista do reconhecido vídeo para parceria.

A seguradora americana Nationwide reforçou a presença da sua marca no TikTok com a aposta numa campanha de marketing na plataforma com Zaya Campbell, que ficou conhecida a milhões de utilizadores da rede social pelo vídeo a cantar a música da empresa quando tinha cinco anos.

Kristi Daraban, assistent Vice-President de marketing e head of social media da Nationwide, indica que a sua equipa contactou criadores de conteúdo para manter a música relevante nan rede social.

Com o objetivo de fortalecer a sua marca, e aproveitando a oportunidade proporcionada por Zaya que inspirou mais utilizadores a criarem conteúdo com o música da empresa, a equipa de gestão de redes sociais empenhou-se em associar a tendência, ou trend, ao negócio da seguradora e à sua filantropia – atribuindo prémios de 5 mil dólares, em dezembro do ano passado, às 5 escolas que tiveram mais “gostos” no vídeos que partilham a cantar o hino da empresa, avança o jornal Insurance Bunisess.

Segundo Kristi Daraban, assistent Vice-President de marketing e head of social media da Nationwide, “acabamos por contactar imensos criadores de conteúdo. Nós queríamos promover o conteúdo, por isso, fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para manter essa dinâmica de forma positiva, e tivemos uma boa reciprocidade.”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quais são as melhores 10 universidades do mundo para seguros

  • ECO Seguros
  • 11 Janeiro 2024

Wharton School, The London School of Economics and Political Science e The Geneva Association lideram o ranking.

As 10 melhores universidades do mundo para educação em seguros oferecem uma vasta oferta de cursos para quem quer ingressar no setor segurador, como licenciaturas e pós-graduações, estágios e programas de investigação. Além disso, muitas têm acordos com segurados.

De acordo com a revista The Edvocate, o melhor curso do mundo situa-se no The Wharton School, da Universidade da Pensilvânia, EUA. Este instituto oferece um mestrado em business em seguros e gestão de risco, tendo também um centro de investigação sobre risco e seguros.

Em segundo lugar encontra-se a The London School of Economics and Political Science, Reino Unido, esta universidade tem um departamento de seguros e gestão de risco que oferece licenciaturas e pós-graduações, assim como centro de investigação na área. Já o terceiro lugar é atribuído à The Geneva Association na Suíça, um centro de investigação dedicado exclusivamente ao setor segurador.

No Top 5 também está a Judge Business School, da Universidade de Cambridge, do Reino Unido, seguindo-se a School of Finance, da Universidade de St. Gallen, Suiça.

A School of Business, da Universidade de Hong Kong; a Universidade Autónoma de Barcelona (Espanha); a Columbia Business School (da Universidade da Colômbia, dos EUA); da Universidade de tecnologia (na Austrália); Indian School of Business (India) marcam presença a fechar o Top 10.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Conheça as 8 empresas que fazem os seguros de saúde funcionar

  • ECO Seguros
  • 11 Janeiro 2024

São mais de 3,7 milhões de portugueses com seguros de saúde. Foram captados por 24 seguradoras mas apenas 8 operadores gerem dúvidas e sinistros em redes gigantescas de prestadores de serviços médicos

Quando se telefona ou escreve para a companhia de seguros de saúde devido a dúvida ou sinistro, o segurado cai invariavelmente em apenas 8 operadores que levam os assuntos de princípio ao fim. Rapidamente identificam a origem do segurado e no minuto seguinte podem estar a tratar de um cliente de uma seguradora diferente, sabendo o relevante sobre os acessos, condições e direitos de cada cliente específico. São também essas empresas que têm os contratos com as redes de assistência médica, que aplicam as diretivas dos seus clientes seguradores e são elemento chave para a imagem das companhias.

 

Este comportamento não é novidade para os operadores contratados pelas seguradoras mas, no caso da saúde, os sinistros exigem especial atenção na comunicação com os queixosos. Muitos são recém-segurados, chegaram ao mercado há pouco tempo, atualmente 1,7 milhões de pessoas têm seguros individuais e mais de 2 milhões têm seguros de grupo.

Estão identificadas as origens de uma nova vaga de segurados. A crise em permanente agudização do Serviço Nacional de Saúde, os efeitos da Covid-19 e a crescente oferta de seguros de saúde nos pacotes dos empregadores para captar e reter colaboradores nas empresas, fez crescer o interesse por estes produtos, ao ponto de o valor total de prémios estar perto dos 1,2 mil milhões de euros por ano, depois de um crescimento de 16% em 2023 em relação ao ano anterior.

No entanto, os 3,7 milhões de segurados e seus problemas são geridos por apenas 8 empresas, algumas acumulam várias seguradoras. A informação inicial foi retirada do Portal dos Seguros de Saúde, um novo meio informativo colocado ao público pela ASF, entidade reguladora do setor.

 

Estas operadoras precisam de montar redes complexas de prestadores de serviços médicos para os apresentar como opções aos segurados, precisam de formar e informar bem os colaboradores que lidam com o público e a sua disponibilidade é normalmente permanente. Também se diga que não trabalham apenas para as seguradoras de saúde, prestam assistência a sub-sistemas de saúde, a empresas específicas e precisam de assegurar em Portugal a assistência a clientes de seguradoras estrangeiras.

A maior é a Multicare, que pertence ao grupo Fidelidade, e presta serviços aos serviços de saúde do grupo que inclui a Ok! Seguros. Nasceu em 1998 como marca exclusiva dos seguros de saúde da Mundial Confiança, constituindo-se posteriormente como uma seguradora de saúde integrada no grupo Fidelidade e – segundo o grupo – é líder de mercado desde então. Tem Maria João Sales Luís como responsável direta e aponta para 1,2 milhões de pessoas enquanto clientes das seguradoras que representa.

A Médis é outra marca conhecida na área da saúde. Indica uma rede que inclui cerca de 16 mil Médicos, 114 Hospitais, 1.418 Clínicas, 105 Urgências, 666 Óticas e 804 Farmácias. Tem ainda as clínicas dentárias Médis, em crescimento em todo o país. Pertencendo ao Grupo Ageas Portugal é responsabilidade direta do CEO Steven Braekeveldt e serve a Ageas Seguros. Fora do grupo presta serviços às seguradoras CA Seguros, Zurich, Liberty, Mapfre e Caravela.

A AdvanceCare é uma marca da Europ Assistance, parte integrante do grupo italiano Generali. Tem José Pedro Inácio à frente do negócio há vários anos e anuncia na sua rede 90 hospitai , mais de 13 mil médicos, 115 Serviços de Urgência , 920 Óticas e 542 Centros de Fisioterapia. Para além das marcas do grupo, Tranquilidade, Açoreana e LOGO, a AdvanceCare ainda representa a Mudum, Lusitania, UNA, Real Vida, Asisa e BNP Paribas Cardif.

A Future Healthcare, anuncia uma rede de 28.390 médicos, 4.136 centros de exames, 1.272 clínicas e 82 hospitais representando a Victoria, Aegon Santander e Prévoir-Vie. Fundada por José Pina em 2003, tem outras áreas médicas e clientes para além dos seguros e pode estar ea ser vendida à multinacional Bupa, outra rede que tem desenvolvido a sua atividade em Portugal através de uma rede própria e, caso adquirisse a FH, ficaria com uma operação de referência na área da saúde.

A Allianz tem uma rede própria internalizada desde 2010 e operacionaliza os seguros de saúde através de um departamento interno que faz a gestão da rede, a negociação com os prestadores e a contratualização. Tem um volume significativo de prémios em seguros de saúde, atingindo os 85 milhões de euros em 2022. A rede tem capilaridade nacional com prestadores em Portugal continental e nas ilhas num total de mais de 3500 pontos de atendimento clínico.

A Planicare é uma recente seguradora que tem crescido de forma muito significativa. Nasceu seis meses antes da pandemia e durante estes anos juntou 80 mil segurados através da captação de clientes nos balcões que tem na rede de hospitais e clínicas da Trofa Saúde e mais recentemente no grupo Lusíadas, gerindo a sua própria rede de prestadores.

A RNA Medical, representa a seguradora internacional Chubb em Portugal, bem como os seus próprios clientes. É uma empresa que tem como principais acionistas o fundador e gestor David Moita e ainda as seguradoras CA Seguros e a Liberty. Anuncia uma rede de 32 mil prestadores, 23 mil Profissionais de Saúde, dando assistência permanente através de 250 linhas telefónicas.

A MGEN é uma Mútua de Seguros autorizada a operar em Portugal em regime de Livre Prestação de Serviços através da sua sede em França,e anuncia 16 mil Parceiros de Saúde, 129 Especialidades Integradas, 90 Hospitais, abrangendo 297 Concelhos Abrangidos através da AdvanceCare.

Fundada em 1946, em França, por profissionais da educação que “se uniram num sentimento de partilha e de necessidade de proteção face às dificuldades que surgem ao longo da vida”, referem, a MGEN tem forte posição nas associações profissionais e sindicatos e caracteriza-se por aceitar segurar pessoas sem penalizar pré-existências, idade e outros detalhes que levam as seguradoras a normalmente serem cautelosas na aceitação desses riscos.

Retificação 12 janeiro 19h. Ao contrário do inicialmente apurado, a MGEN assegura a gestão dos seus seguros através da AdvanceCare e não através de uma rede própria.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministra da Agricultura admite uso de dessalinizadoras móveis no Algarve

  • Lusa
  • 11 Janeiro 2024

A Comissão da Seca vai reunir-se na próxima semana.

A reabilitação de furos e o recurso a “pequenas dessalinizadoras móveis” podem ser medidas a adotar em termos agrícolas no Algarve, para minimizar a situação de seca, admitiu hoje a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes.

À margem de uma cerimónia na barragem do Alqueva, no Alentejo, a governante foi questionada pelos jornalistas sobre a situação crítica que se vive no Algarve no que respeita à falta de água, tendo revelado que a Comissão da Seca vai reunir-se na próxima semana, sem, no entanto, indicar o dia.

Fonte do Ministério da Agricultura e da Alimentação revelou posteriormente à Lusa que a reunião se realiza no dia 17 às 14:30.

Aí sim, nós vamos poder olhar para tudo o que está a ser desenhado e pensado, que pode passar e que vai passar pela restrição, como já temos desde há dois anos por exemplo na barragem da Bravura (Lagos), onde a água é tão pouca que não serve sequer já para abastecimento humano”, disse Maria do Céu Antunes.

Segundo a ministra, lembrando que nessa zona foi preciso “reabilitar uns furos que estavam desativados” para “manter as culturas permanentes, nomeadamente os laranjais”, os planos de contingência dos diversos aproveitamentos agrícolas no Algarve “terão de ser ajustados em função desta nova realidade”.

“E estão a ser desenhadas medidas que podem passar, por exemplo, por pequenas dessalinizadoras móveis que possam ajudar [e] a reabilitação de furos onde os aquíferos assim nos permitam” ou mesmo “compensações financeiras”, admitiu.

Mas, de acordo com a ministra da Agricultura, “só mesmo” após a reunião da Comissão Interministerial da Seca é que o ministério poderá “dizer aquilo que vai estar em cima da mesa para a agricultura no Algarve”.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) espera apresentar ainda este mês um plano de contingência com novas regras de consumo de água no Algarve, que está a atravessar a maior seca desde que há registo.

O vice-presidente da APA, José Pimenta Machado, admitiu na segunda-feira à agência Lusa que o plano de contingência vai penalizar mais a agricultura, mas disse que as quotas ainda não estavam definidas e serão articuladas com os atores locais.

Já o presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve, António Miguel Pina, revelou à Lusa, também na segunda-feira, que a APA deverá propor regras para reduzir o consumo de água no Algarve em 70% para o setor agrícola e em 15% para os consumidores urbanos.

Questionada hoje pela Lusa sobre esta fasquia de menos 70% do consumo de água no setor agrícola, a ministra escusou-se a abordar o assunto antes da reunião da Comissão da Seca.

“Tudo o que disser pode ser extemporâneo e não faz sentido sem primeiro reunirmos a comissão interministerial da seca. Há muito trabalho que está a ser feito, hoje mesmo estão a decorrer reuniões técnicas para se encontrarem soluções para minimizar o impacto que tudo isto vai ter na vida dos cidadãos, seja para consumo humano, seja para outros fins, como industriais, turismo e mesmo para a agricultura”, disse.

Segundo a governante, as medidas que vierem a ser decididas e adotadas em termos da agricultura vão ser trabalhadas “para que, no início da próxima campanha de rega, possam ser implementadas”.

Maria do Céu Antunes disse ainda, no domínio da agricultura, que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) tem “17 milhões de euros de obras em curso para criar maior resiliência” do território algarvio às alterações climáticas e seca.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hertz vai vender 1/3 da frota de elétricos e reinvestir em carros a gasolina nos EUA

  • Joana Abrantes Gomes
  • 11 Janeiro 2024

Fraca procura e despesas elevadas de reparação dos veículos elétricos estão na base da decisão da empresa de aluguer de carros. Ações desvalorizaram cerca de 4% após anúncio.

A Hertz anunciou esta quinta-feira que vai vender 20 mil veículos elétricos da sua frota nos Estados Unidos e reinvestir em veículos com motor de combustão, avança a Bloomberg. A decisão da empresa norte-americana de aluguer de carros resulta da fraca procura e dos elevados custos de reparação dos automóveis alimentados a bateria.

A venda do equivalente a um terço da sua frota de carros elétricos nos EUA teve início em dezembro e continuará ao longo deste ano, segundo revelou a Hertz num documento, prevendo registar um encargo de cerca de 245 milhões de dólares relacionado com as despesas de depreciação da venda destes veículos, proposta no quarto trimestre de 2023.

Os custos elevados associados aos veículos elétricos persistiram. Os esforços para os reduzir revelaram-se mais difíceis“, afirmou o presidente executivo da empresa, Stephen Scherr.

Não obstante, Scherr prometeu ficar de olho na procura por veículos elétricos tanto nas concessionárias quanto nas suas próprias operações, para decidir se a empresa deve comprar mais veículos no futuro.

As ações da Hertz caíram 4,3%, para 8,95 dólares, na sequência do anúncio. No ano passado, a empresa norte-americana teve uma desvalorização em bolsa de 32%.

Em 2021, a Hertz anunciara planos para comprar 100 mil veículos da Tesla até ao final de 2022. Por isso, esta decisão evidencia a quebra da procura por carros elétricos nos EUA, sendo que, em 2023, o crescimento das vendas destes automóveis desacelerou drasticamente, aumentando apenas 1,3% no último trimestre do ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.