MB WAY fez a primeira transferência imediata para o estrangeiro em projeto histórico

  • BRANDS' ECO
  • 14 Novembro 2024

EuroPA é o nome da iniciativa que vai permitir, a partir de 2025, enviar dinheiro através do número de telemóvel para Espanha ou Itália. Objetivo é alargar os pagamentos digitais a todo o continente.

Esta quarta-feira, fez-se história no mercado de pagamentos a partir da Web Summit Lisboa, onde foi realizada a primeira transferência internacional do MB WAY entre a aplicação portuguesa, a espanhola Bizum e a italiana Bancomat. “A colaboração é uma parte fundamental da tecnologia”, destacou Madalena Cascais Tomé, CEO da SIBS, durante a apresentação.

Assegurar a interoperabilidade entre os três serviços era o objetivo inicial da iniciativa EuroPA – European Payments Alliance, cujo horizonte prevê expandir esta solução a todo o continente num futuro próximo. Assim, quando os utilizadores tiverem acesso a esta funcionalidade, em 2025, será possível que possam efetuar pagamentos instantâneos entre pessoas utilizando apenas o seu telemóvel. “É muito entusiasmante fazer parte deste mercado de pagamentos nesta era. Quanto mais fáceis e simples forem os pagamentos, melhor”, afirmou a responsável pela fintech portuguesa.

Madalena Cascais Tomé, CEO da SIBS

Com esta primeira fase do projeto, a ideia é que seja tão fácil e imediato enviar dinheiro para Espanha ou Itália como enviar um SMS. “Acho que estamos a dar um passo à frente. Não é preciso pedir o IBAN nem outros dados para fazer um pagamento. Isto é o que realmente estamos a construir. Já provámos ser bem-sucedidos nos nossos respetivos países”, acrescentou Fernando Ferrer, responsável internacional de negócios da Bizum.

Fernando Ferrer, responsável internacional de negócios da Bizum

Para Fabrizio Burlando, CEO do Bancomat, aponta que existiam duas hipóteses para garantir a interoperabilidade na Europa: construir uma nova rede europeia do zero ou usar as redes atuais e encontrar forma de as conectar. “Achamos que isto é mais fácil e muito mais custo-efetivo”, reiterou.

Fabrizio Burlando, CEO do Bancomat

Além de juntar um potencial de 45 milhões de utilizadores em Portugal, Espanha e Itália, este projeto envolveu cerca de 180 bancos para tornar o EuroPA possível. “Esta é uma iniciativa aberta a outras empresas europeias que se queiram juntar. A inovação está a espalhar-se e a melhor forma de o fazer é juntar várias iniciativas inovadoras na Europa”, reforçou Madalena Cascais Tomé.

Integração é o futuro dos pagamentos

Uma das vantagens do projeto da União Europeia (UE) é disponibilizar um mercado interno que junta os 27 Estados-membros e promover a livre circulação de pessoas, bens e serviços. Porém, quando o tema são os pagamentos digitais e as transferências imediatas, o mercado único não existe. “A interoperabilidade tem de ser o futuro. Vivemos na zona Euro e não faz sentido nenhum termos soluções compartimentadas”, apontou Vinay Pranjivan.

Vinay Pranjivan, especialista da DECO em proteção do consumidor nos serviços financeiros

O especialista da DECO em proteção do consumidor nos serviços financeiros, que foi um dos convidados desta quarta-feira no espaço SIBS da Web Summit, acredita que ter uma solução “completamente integrada” na Europa é o que faz mais sentido para empresas e consumidores. A personalização dos serviços ao consumidor é, aliás, uma das oportunidades que Vinay Pranjivan identifica com a chegada em força da inteligência artificial ao sistema financeiro.

Trabalhar em rede para inovar

Colaboração é uma palavra-chave na indústria das tecnologias de informação, um conceito que a SIBS tem procurado integrar cada vez mais na sua estratégia, nomeadamente com a criação da SIBS Labs para apoiar parceiros a desenvolverem novas soluções e a integrar os serviços financeiros da fintech.

A Zone Soft, especialista em software para retalho e restauração, é uma das empresas que integra o ecossistema de inovação e procura “melhorar as operações em loja e em ambientes digitais”, como explicou Michael Salvado. O CEO criou casos de uso como, por exemplo, a inclusão de um código QR nas faturas dos restaurantes, que permitem acelerar e simplificar o processo de pagamento no final de uma refeição. “Neste caso, o check-out é feito automaticamente, envia a fatura por e-mail, coloca o número de contribuinte e até permite dar gorjeta”, detalhou o empreendedor.

Michael Salvado, CEO da Zona Soft

Já a Cedis, representada no evento pelo CEO Gustavo Grilate, dedica-se ao mundo do desporto e, em particular, à desburocratização dos ginásios e outros espaços de exercício físico. “Temos um site que permite ao utilizador agendar aulas que podem ser pagas diretamente no site ou na aplicação, e isto é importante porque diminuímos o desperdício de tempo do utilizador”, enquadrou. Trabalhar no ecossistema SIBS Labs “tem sido muito importante” não apenas para integrar soluções de pagamento, mas também porque representa uma oportunidade de internacionalização que a Cedis quer aproveitar.

Gustavo Grilate, CEO da Cedis

Houve ainda tempo para conhecer a Hubicare, liderada por Sónia Silva. A empresa lançou um serviço, o Hubisenior, que “é uma solução para providenciar serviços para idosos” através de uma plataforma que liga famílias, seniores e cuidadores. Além dos pagamentos, a participação na SIBS Labs “tem sido fantástica” por todo o apoio que o ecossistema oferece em áreas tão importantes quanto a cibersegurança e questões legais ou regulatórias.

Sónia Silva, CEO da Hubicare

Por outro lado, destacou a empreendedora, integrar esta rede representa “enormes oportunidades a nível nacional e internacional”. O futuro, assegurou, vai necessariamente passar pela aposta em novos serviços e produtos desenhados para a população idosa, que tem tendência a aumentar à medida que a esperança média de vida cresce.

Continue a acompanhar no ECO a presença e participação da SIBS na Web Summit Lisboa 2024.

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Portugal tem dois meses para transpor diretiva da UE sobre seguro automóvel

  • Lusa
  • 14 Novembro 2024

Já ultrapassado o prazo para transpor a lei comunitária para a nacional, a Comissão Europeia indicou que, se Portugal não adotar as medidas necessárias, a Comissão poderá avançar para tribunal.

A Comissão Europeia deu esta quinta-feira dois meses a Portugal e a outros cinco países para transpor integralmente para a legislação nacional a diretiva da União Europeia (UE) sobre o seguro automóvel, ameaçando avançar para tribunal.

No pacote de infrações no mês de novembro, o executivo comunitário indica então que decidiu enviar pareceres fundamentados a Portugal, assim como Bulgária, Espanha, Letónia, Malta e Roménia, por estes Estados-membros “não terem notificado a Comissão da transposição completa da alterada diretiva sobre o seguro automóvel para o direito nacional”.

O prazo para fazer esta transposição, da lei comunitária para a nacional, terminou em 23 de dezembro de 2023 e, já em 25 de janeiro deste ano, a Comissão Europeia enviou uma carta de notificação para estes Estados-membros, não tendo tido uma resposta satisfatória.

Por este novo prazo não ter sido respeitado, o executivo comunitário voltou a insistir esta quinta-feira, referindo que Bulgária, Espanha, Letónia, Malta, Portugal e Roménia dispõem agora de dois meses para responder e adotar as medidas necessárias.

“Caso contrário, a Comissão poderá decidir remeter os casos para o Tribunal de Justiça da União Europeia”, adianta Bruxelas.

A diretiva relativa ao seguro automóvel visa reforçar a proteção das vítimas de acidentes rodoviários em toda a UE, sendo que, a alteração agora em causa, clarifica o âmbito dessa proteção, facilita o controlo do seguro automóvel obrigatório e cria um mecanismo de indemnização das vítimas em caso de insolvência da seguradora responsável.

Além disso, facilita a mudança de seguradora para os tomadores de seguros, garantindo um tratamento igual e não discriminatório das declarações de sinistros.

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Receitas turísticas disparam 9% face ao verão do ano passado

  • Joana Abrantes Gomes
  • 14 Novembro 2024

Crescimento dos proveitos totais da atividade turística no terceiro trimestre deste ano foi impulsionada pelo aumento de 3,9% nas dormidas de não residentes, de acordo com dados do INE.

No período entre julho e setembro, Portugal registou um aumento homólogo de 3% nas dormidas em estabelecimentos de alojamento turístico em Portugal, o que contribuiu para a subida de 9% dos proveitos totais da atividade turística e de 9,3% nos relativos ao aposento durante os três meses fortes do verão. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), este crescimento foi impulsionado sobretudo pelo acréscimo de 3,9% das dormidas de não residentes, enquanto as de residentes evoluíram “apenas” 1,1%.

No entanto, no que toca à variação em cadeia, os dados da atividade turística, publicados esta quinta-feira pelo gabinete estatístico, mostram para este período uma desaceleração face ao segundo trimestre deste ano, quando os proveitos totais e os de aposento registaram subidas de 10,9% e 10,7%, respetivamente.

O INE ressalva, porém, que as estatísticas relativas ao segundo trimestre foram influenciadas “pela estrutura móvel do calendário, ou seja, pelo efeito do período de férias associado à Páscoa”, que este ano se repartiu entre março (primeiro trimestre) e abril (segundo trimestre), enquanto em 2023 a Páscoa se concentrou apenas no segundo trimestre.

Evolução da taxa de variação homóloga dos proveitos totais e de aposento no turismo

Fonte: INE

Avaliando os dados desde o início do ano, tanto os proveitos totais como os de aposento cresceram 10,7% face aos primeiros nove meses do ano passado — o que, em termos acumulados, se traduz, na mesma ordem, em 5,3 mil milhões de euros e 4,1 mil milhões de euros. Trata-se de um crescimento mais acelerado do que o verificado nas dormidas (+3,9%) entre janeiro e setembro.

Só no mês de setembro, os proveitos totais totalizaram 796 milhões de euros, 12% acima do mesmo mês do ano passado, o que equivaleu a uma aceleração de 4,8 pontos percentuais em relação a agosto. Já os proveitos com alojamento, que ascenderam a 623,8 milhões de euros, registaram um aumento homólogo de 12,7%, acelerando 5,1 pontos percentuais comparativamente ao mês anterior.

Ainda segundo o INE, a região da Grande Lisboa foi a que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos no nono mês do ano (29,4% dos proveitos totais e 30,8% dos proveitos de aposento), seguida do Algarve (28,1% e 27,2%, respetivamente) e do Norte (16,2% e 16,7%, pela mesma ordem).

Já o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 96,5 euros (+9,6%) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 138,4 euros (+9,1%) em setembro. “O crescimento destes indicadores voltou a acelerar, depois de três meses consecutivos de abrandamento”, aponta o gabinete estatístico, destacando a Grande Lisboa (182,3 euros) e o Algarve (144,2 euros) como as regiões do país onde o ADR atingiu os valores mais elevados.

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Parlamento da Madeira reitera data na moção de censura que deverá ditar queda do Governo de Albuquerque

  • Lusa
  • 14 Novembro 2024

Decisão reitera data posterior à votação do Orçamento para 2025. Chega, Juntos Pelo Povo e Partido Socialista já manifestaram apoio à moção de censura, o que pressupõe a queda do Governo madeirense.

O parlamento da Madeira aprovou hoje por maioria, em plenário, um requerimento do presidente que valida a decisão da conferência dos representantes dos partidos de adiar o debate da moção de censura para depois do Orçamento para 2025.

Recorde-se que o partido Chega (promotor da ação), o Partido Socialista e o Juntos pelo Povo já manifestaram intenção de votar a favor, o que pressupõe uma maioria parlamentar que implicará a queda do Governo liderado por Miguel Albuquerque.

O requerimento, alicerçado num parecer elaborado pela Assessoria Jurídica do Gabinete do Presidente da Assembleia Legislativa, foi aprovado com votos a favor do PSD e de um deputado do CDS-PP, votos contra de JPP, Chega, PAN e IL, e a abstenção do PS e do presidente do parlamento, o democrata-cristão José Manuel Rodrigues.

O plenário chumbou, por outro lado, um recurso do Chega que pretendia anular a decisão de discutir a moção de censura ao Governo Regional minoritário do PSD, apresentada pelo partido, após o Orçamento para 2025.

O recurso foi rejeitado com os votos contra de PSD e CDS-PP, e a favor do proponente, do JPP, do PAN e da IL. O PS absteve-se.

O parlamento madeirense mantém assim válida a decisão tomada na terça-feira pela conferência dos representantes dos partidos de adiar a discussão da moção de censura para 17 de dezembro, após o debate do Orçamento regional para 2025, que decorre entre os dias 09 e 12 de dezembro.

A moção de censura ao executivo minoritário do PSD foi apresentada em 06 de novembro pelo Chega, que justificou a decisão com as investigações judiciais envolvendo o presidente do executivo, Miguel Albuquerque, e quatro secretários regionais. Os cinco governantes foram, em casos distintos, constituídos arguidos.

De acordo com a intenção de voto já manifestada por alguns partidos, a moção de censura deverá ser aprovada, com os votos a favor das bancadas do Chega (quatro deputados), PS (11 deputados), IL (um deputado) e JPP (nove deputados), que perfazem 25 assentos (a maioria absoluta requer 24).

O CDS-PP e o PAN ainda vão decidir o sentido de voto junto das estruturas dos seus partidos. No caso do JPP, militantes e membros da comissão política decidiram na quarta-feira que a bancada deve votar a favor da moção, mas o partido vai ainda reunir-se e divulgar depois a posição final.

O parlamento regional é composto 47 deputados, sendo 19 do PSD, 11 do PS, nove do JPP, quatro do Chega, dois do CDS-PP, um da IL e um do PAN.

O requerimento que ratifica a decisão da conferência de representantes dos partidos mereceu críticas das bancadas do PS, o maior partido da oposição madeirense, do JPP e do Chega, bem como dos deputados únicos da IL, Nuno Morna, e PAN, Mónica Freitas.

O líder da bancada socialista, Paulo Cafôfo, também presidente da estrutura regional do partido, afirmou que a sua posição política é de votar a moção de censura depois do Orçamento, mas sublinhou que “há imensas dúvidas jurídicas” relativamente ao seu adiamento.

Posição semelhante foi manifestada por Miguel Castro, do Chega, Nuno Morna e Mónica Freitas.

O presidente da Assembleia Legislativa realçou, no entanto, que “o plenário é soberano” e as suas decisões prevalecem sobre o regimento do parlamento, que formalmente é uma resolução e não tem força de lei.

O parecer da Assessoria Jurídica do Gabinete do Presidente da Assembleia Legislativa evoca o artigo 61.º do Estatuto Político-Administrativo da região autónoma, que impõe que o agendamento de uma moção de censura ocorra no prazo de sete dias após a sua apresentação, bem como o artigo 200.º do regimento do parlamento, que refere que o debate não pode exceder um dia, pelo que teria de ser agendado até segunda-feira, 18 de novembro.

No entanto, o parecer considera também que esta determinação não coloca em causa a competência da conferência dos representantes dos partidos para deliberar na matéria, bem como a Assembleia Legislativa em plenário.

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Portugal liderou crescimento da produção agrícola na União Europeia em 2023

Portugal foi o país da União Europeia que mais aumentou o volume da produção agrícola no ano passado, com um crescimento homólogo de 14% segundo dados publicados pelo Eurostat.

Portugal foi o país da União Europeia que mais aumentou o volume da produção agrícola em 2023. Com 12,22 mil milhões de euros produzidos, aumentou 14% face ao ano anterior, escapando assim escapou à tendência de quebra de 1,5% registada na União Europeia.

Em 2023, a produção agrícola na UE foi avaliada em 537,1 mil milhões de euros a preços de base, o que representa uma diminuição de 1,5% em comparação com o ano anterior (545,4 mil milhões de euros), segundo dados do Eurostat.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

“Esta ligeira queda face ao valor máximo da produção em 2022 pôs fim à tendência ascendente iniciada em 2010”, escreve o instituto de estatística europeu. “Esta variação do valor nominal refletiu o saldo de uma queda no volume da produção (-2,3%) e um ligeiro aumento do preço nominal para bens e serviços agrícolas (+0,8%)”, detalha o Eurostat.

Os dados revelam que os volumes aumentaram em 11 países. Os crescimentos mais significativos registaram-se em Portugal (+14,6%) e na Hungria (+11%), no Chipre (+7,8%) e na Suíça (+4,79%), mas com volumes de produção muito díspares. No extremo oposto estão a Letónia (-20,5%), a Estónia (-19,4%) e a Bulgária (-18,19%).

Entre os países com produções historicamente mais elevadas houve quebras em França, com 95,77 mil milhões de euros em 2023, com uma redução de 1,61%; e na Alemanha, que produziu o ano passado 76,14 mil milhões de euros, menos 2,28% do que no ano anterior.

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Taxas Euribor voltam a cair para novos mínimos

  • Lusa
  • 14 Novembro 2024

Taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa desceram novamente nos principais prazos e renovaram mínimos de cerca de dois anos.

As Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação da casa, caíram pela segunda sessão consecutiva para novos mínimos desde março e janeiro de 2023 e outubro de 2022, com a taxa no prazo mais longo ficar de novo abaixo de 2,5%.

  • A taxa Euribor a seis meses, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, baixou para 2,765%, menos 0,014 pontos e um novo mínimo desde 04 de janeiro de 2023.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, baixou para 2,494%, menos 0,001 pontos do que na quarta-feira e um novo mínimo desde 06 de outubro de 2022.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses caiu para 3,005%, menos 0,018 pontos do que na sessão anterior e um novo mínimo desde 29 de março de 2023.

A média da Euribor em outubro desceu a três, a seis e a 12 meses, mais acentuadamente do que em setembro e com mais intensidade nos prazos mais curtos.

Em 17 de outubro, o BCE cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar “no bom caminho” e a uma atividade económica pior do que o previsto.

Depois do encontro de 17 de outubro na Eslovénia, o BCE tem marcada para 12 de dezembro a última reunião de política monetária deste ano.

Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Bruxelas adverte Portugal sobre infração na apresentação do Plano de Energia e Clima

13 países europeus, entre os quais Portugal, ainda não entregaram os respetivos planos climáticos e de energia.

Portugal está na lista de 13 países que receberam uma carta de notificação para cumprir com a apresentação formal do Plano Nacional de Energia e Clima à Comissão Europeia, iniciando-se assim um procedimento de infração.

A Comissão Europeia decidiu dar início a um procedimento de infração através do envio de uma carta de notificação“, lê-se numa nota divulgada esta manhã pela Comissão Europeia. Portugal, Eslovénia, Eslováquia, Áustria, Polónia, Malta, Chipre, Croácia, Chéquia, Estónia, Grécia, Bulgária e Bélgica são os 13 países que a Comissão aponta estarem em incumprimento.

Estes países não apresentaram os respetivos planos nacionais atualizados definitivos em matéria de energia e clima, “instrumentos cruciais para assegurar que os Estados-Membros estabelecem um roteiro concreto para alcançar os objetivos acordados da UE“, em matéria de redução das emissões de gases com efeito de estufa, energias renováveis e eficiência energética.

Todos os Estados-Membros tinham de apresentar os seus PNEC atualizados definitivos até 30 de junho de 2024 mas, até à data, a Comissão recebeu apenas 14 planos definitivos. No caso de Portugal, a versão final desenhada pelo Governo foi aprovada em Conselho de Ministros no passado dia 4 de outubro. No entanto, ainda tem de ser discutido no Parlamento para que se possa fechar a última versão.

Os países desta lista dispõem agora de dois meses para responder à Comissão. “Na ausência de uma resposta satisfatória, a Comissão poderá decidir emitir um parecer fundamentado”, acrescenta a entidade.

Na mesma nota, a Comissão Europeia assinala ainda que Portugal está também no grupo de 11 Estados Membros sobre os quais foram iniciados procedimentos de infração por atrasos na transposição da Diretiva-Quadro dos Resíduos, cujo prazo para transpor para a lei nacional era 5 de julho de 2020. Esta diretiva, que sofreu emendas, estabelece objetivos vinculativos para a reciclagem e a preparação de resíduos urbanos para reutilização. Introduz igualmente exigências para que os Estados-Membros melhorem os seus sistemas de gestão de resíduos e a eficiência da utilização de recursos.

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“Todos recebemos mais, quando damos mais”, diz o Continente na sua campanha de Natal

  • + M
  • 14 Novembro 2024

Assinada pela Fuel, a campanha é composta por duas histórias interligadas, com o segundo tema a ser lançado a 18 de novembro. A produção é da More Maria e o planeamento de meios da Arena Media.

Com o objetivo de reforçar “valores como empatia e a generosidade”, o Continente lançou a sua campanha de Natal, sob o mote “Todos recebemos mais, quando damos mais”. Assinada pela Fuel, esta é a primeira campanha “totalmente integrada para o Natal”, segundo a marca.

A campanha de Natal do Continente deste ano junta, pela primeira vez, várias dimensões da marca numa narrativa integrada e coerente com a estratégia que temos vindo a implementar, alimentada pela mensagem de que ‘O Continente é de toda a gente’. Nesta época verdadeiramente especial, a generosidade e a partilha são os valores com que mais nos identificamos e, por isso, escolhemos promover”, diz Filipa Appleton, head of brand & marketing do Continente.

“Esta altura do ano pode ser bastante atribulada para muitos, por isso, queremos recordar aos nossos clientes que, sejam quais forem os seus gostos e desejos, o Continente é o lugar onde podem encontrar tudo o que precisam para celebrar a quadra natalícia. Mas também é um ponto de partida para dar mais aos seus e a quem mais precisa. Esta é uma campanha muito especial para a marca e estamos confiantes que será também para os nossos clientes”, acrescenta citada em comunicado.

Composta por duas histórias interligadas, a campanha centra-se na premissa de que “todos recebem mais, ao dar mais”, com a marca a sublinhar que “uma experiência de compra mais prática permite que os clientes dediquem mais tempo e atenção ao que realmente importa”, explica-se em nota de imprensa.

No primeiro tema, já lançado, “é acompanhada a relação entre um senhor idoso e uma funcionária da Cozinha Continente. Num primeiro encontro, o senhor solicita uma dose individual de empadão, algo que se torna um hábito. Quando regressa, desta vez perto do Natal, encontra a loja decorada e, embora a funcionária sugira uma dose familiar, o idoso opta novamente pela porção individual”, começa por se descrever na mesma nota.

“Num gesto inesperado, a funcionária prepara uma refeição de peru e deixa-lhe uma mensagem especial na embalagem. Ao final do dia, o senhor, sensibilizado pelo gesto, leva a refeição e junta-se à ceia da família da funcionária, celebrando juntos o Natal. Este episódio representa o impacto da generosidade e da aproximação interpessoal, mesmo entre desconhecidos”, acrescenta-se.

o segundo tema da campanha estreia a 18 de novembro, e conta com a atriz Gabriela Barros, que “perde o seu bolo-rei ao tropeçar num momento de correria natalícia”. No entanto, “um gesto generoso de um desconhecido –- o mesmo senhor idoso do vídeo anterior -– faz com que metade de um bolo-rei seja entregue na sua ceia de Natal”.

O bolo-rei torna-se assim num “símbolo de partilha e conexão”, sendo que este ano, a retalhista permite que os clientes comprem um bolo-rei e entreguem metade a quem desejarem, “tornando o simples gesto de partilha num momento especial”.

Presente em televisão, online e lojas Continente, a campanha “destaca a oferta completa e acessível do Continente, que permite viver a época festiva com mais leveza, menos preocupações e mais disponibilidade para os outros, incentivando a partilha”. A produção foi da More Maria e o planeamento de meios da Arena Media.

Na semana passada, também a Popota regressou para mais uma campanha de Natal do Continente, sob o mote “É de quem nunca deixa de brincar”.

O spot vai estar no ar até dia 25 de dezembro e tem a assinatura criativa da agência Fuel e produção da Nebula. A música original de Ana Castela teve a adaptação musical de João André e Diana Martínez, com a sonoplastia de Indigo Studios. A consultoria de produção é da Pro(u)d e o planeamento de meios da Arena Media.

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Salário médio bruto na Função Pública atinge 1.975 euros. Cresce mais do que no privado

Remuneração total média por funcionário público aumentou 4,7% em termos reais. No setor privado, o ordenado médio ficou-se nos 1.365 euros, registando uma variação de 3,7%, descontando a inflação.

O salário médio bruto da Função Pública atingiu os 1.975 euros, no terceiro trimestre, o que corresponde a um crescimento homólogo de 7% e, em termos reais, ou seja, descontando o efeito da inflação, de 4,7%. O aumento é bem superior ao verificado no setor privado, onde a remuneração total média por trabalhador subiu 6% ou 3,7%, se retirarmos o efeito da subida de preços, para 1.365 euros, segundo o relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre as remunerações brutas registadas no terceiro trimestre e publicado esta quinta-feira. No conjunto da economia, o vencimento médio total, antes de impostos e contribuições sociais, avançou 6,1% ou 3,8%, em termos reais, para 1.528 euros.

“No setor institucional das Administrações Públicas, observou-se um acréscimo homólogo de 7% na remuneração total média por trabalhador, que atingiu 1.975 euros em setembro de 2024″, quando um ano antes o salário médio bruto estava nos 1.846 euros, de acordo com o gabinete de estatísticas. Entre julho e setembro, a componente regular, que engloba o subsídio de alimentação, prémios e bónus pagos todos os meses, além do ordenado, aumentou 7,5%, de 1.709 euros para 1.837 euros, e a retribuição base, que exclui outras parcelas remuneratórias, registou um aumento de 6,7%, passando de 1.607 euros para 1.714 euros. “Em termos reais, nas Administrações Públicas, as remunerações total, regular e base aumentaram 4,7%, 5,2% e 4,4%, respetivamente”, de acordo com o INE.

Os vencimentos no setor privado registaram um crescimento mais modesto comparativamente com a evolução dos salários no Estado. O INE indica que “a remuneração total registou uma variação homóloga positiva de 6%”, de 1.365 euros para 1.446 euros, no terceiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado. A componente regular aumentou 6,3%, subindo de 1.123 euros para 1.193 euros e a remuneração base avançou 6,4%, passando de 1.056 euros para 1.124 euros. Descontando o efeito da inflação, que se fixou em 2,2%, “foram observados aumentos homólogos reais nos três tipos de remuneração: 3,7% na total e 4,1% na regular e na base”.

As diferenças nos níveis remuneratórios médios entre o público e o privado “refletem, entre outras, diferenças no tipo de trabalho realizado, na composição etária (com impacto na acumulação de capital humano e de experiência profissional) e nas qualificações dos trabalhadores que os integram”, explica o INE.

Assim, o instituto conclui que os funcionários públicos têm, em média, níveis de escolaridade mais elevados, o que justifica níveis remuneratórios mais elevados: “55,7% dos trabalhadores neste setor tinham ensino superior”, o que compara com apenas 25,5% no setor privado; “27,1% tinham completado o ensino secundário ou pós-secundário (33,6% no privado) e 17,2% tinham um nível de escolaridade correspondente, no máximo, ao 3.º ciclo do ensino básico (40,9% no privado)”.

Ordenado para o conjunto da economia cresce 3,8% em termos reais e chega aos 1.528 euros

No conjunto da economia, isto é, juntando as remunerações do público e privado, o salário médio bruto valorizou 6,1% para 1.528 euros, no terceiro trimestre, quando há um ano estava nos 1.441 euros. O INE destaca que “esta variação foi inferior à observada em junho de 2024 (6,5%)”. Mas, ajustando o efeito da inflação, que tem vindo a desacelerar, de 2,7%, em junho, para 2,2%, em setembro, o aumento real foi superior, de 3,8%, quando, no trimestre anterior, tinha sido de 3,4%.

Analisando as várias componentes remuneratórias, o vencimento regular médio que exclui os subsídios de férias e de natal, pelo que tem um comportamento menos sazonal, avançou 6,4%, passando de 1.216 euros para 1.294 euros. Em termos reais, a valorização foi de 4,2%. Já o ordenado base aumentou 6,3% ou 4,1% em termos reais, evoluindo de 1.144 euros para 1.216 euros brutos mensais.

Por atividade económica, “os maiores aumentos relativos da remuneração total foram observados nas ‘atividades de saúde humana e apoio social'”, cujos salários evoluíram 10,9%, para 1.583 euros e nas ‘atividades de agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca'”, com as remunerações a subir 7,8% para 987 euros. A menor variação homóloga da remuneração total foi observada nas profissões das áreas de “eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio (1,9%), com os vencimentos a atingir os 2.979 euros mensais brutos no terceiro trimestre. Tendo por referência a variação do IPC, em setembro de 2024, foram observadas variações reais positivas da remuneração para todas as secções da Classificação Portuguesa das Atividades Económicas (CAE), com exceção da área de eletricidade.

O INE indica que a remuneração total média por trabalhador variou entre 987 euros na “agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca” e 2.979 euros nas atividades de
“eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio”.

Analisando a valorização salarial por dimensão da empresa, verificou-se que a retribuição total “aumentou em todos os escalões, tendo a maior variação (6,6%) ocorrido nas microempresas com um a quatro empregados. O salário médio bruto destes trabalhadores subiu para 1.102 euros. Nas médias empresas, que empregam entre 100 e 249 trabalhadores, a evolução foi mais modesta, evoluindo 5,4% para 1.732 euros.

O INE observou ainda a variação das retribuições de acordo com a intensidade tecnológica e intensidade do conhecimento das empresas e instituições da Administração Pública. “Através da classificação da atividade económica das empresas, é possível construir grupos de acordo com a intensidade tecnológica (alta, média e baixa tecnologia, para a “indústria transformadora”) e a intensidade do conhecimento (intensivos e pouco intensivos em conhecimento, para os “serviços”), esclarece o gabinete de estatísticas.

Assim, a remuneração bruta total mensal média por trabalhador na “indústria transformadora” foi de 1.546 euros, em resultado de um acréscimo homólogo de 6,8%. Nesta secção, o valor mais elevado do salário médio total, isto é, considerando todas as componentes remuneratórias, foi observado nas empresas de “alta tecnologia industrial” (2.183 euros), a que correspondeu um aumento homólogo de 5,5%, destaca o INE. Porém, o aumento homólogo relativo mais elevado, de 7,2%, foi constatado nas empresas de “baixa tecnologia industrial”, com um ganho bruto total de 1.372 euros.

Nos “serviços intensivos em conhecimento”, o ordenado médio bruto subiu 6,2% para 1.808 euros, tendo sido mais elevado nas empresas de “serviços financeiros com forte intensidade de conhecimento”, cujos salários valorizaram 3,3% e atingiram os 2.514 euros. Nos “serviços de mercado com forte intensidade de conhecimento”, os vencimentos subiram mais (5,8%), fixando-se nos 1.570 euros.

(Notícia atualizada às 12h14)

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Meo quer incentivar startups a desenvolver aplicações 5G

Os três vencedores recebem um prémio monetário de 5.000 euros cada, além de passes para a edição de 2025 da Web Summit.

A Meo Empresas acaba de lançar um programa de inovação para desafiar empresas e startups nacionais e internacionais a desenvolver aplicações na rede 5G da operadora. As candidaturas ao 5G API Sprint decorrem até 11 de dezembro e estão limitadas às primeiras 30 candidaturas, anunciou a operadora na Web Summit, cimeira tecnológica que encerra esta quinta-feira.

O programa de inovação “visa desafiar empresas, startups e programadores a criar protótipos ou redesenhar aplicações utilizando APIs standard da rede Meo”, informa a companhia. A iniciativa “reflete o compromisso da Meo Empresas em promover e apoiar o talento tecnológico, enquanto explora as capacidades sem precedentes da rede móvel 5G, assim como a transformação digital das empresas e da sociedade, tirando partido de um mundo cada vez mais interconectado”.

O programa aceita 30 candidaturas, no final serão escolhidos 10 finalistas que terão acesso gratuito à plataforma da Meo Empresas durante um ano. Os três vencedores recebem um prémio monetário de 5.000 euros cada, além de passes para a edição de 2025 da Web Summit.

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“Turismo representa 20% do PIB. Temos de reduzir essa importância”, avisa ministro das Finanças

Miranda Sarmento considera que a aposta de Portugal deve passar por mais inovação e tecnologia, e que a dependência da economia portuguesa do turismo deve ser reduzida.

O ministro das Finanças considera que a economia portuguesa deve deixar de estar tão dependente do setor do turismo como está atualmente, argumentando que a aposta deve recair sobre ao aumento da aposta na tecnologia e inovação.

“Temos de aumentar a nossa capacidade de exportação de bens e serviços. O turismo é um setor muito importante para a economia de Portugal, representa perto de 20% do PIB, mas temos de reduzir essa importância. A única maneira de o país crescer de forma a aumentar os rendimentos das pessoas e melhorar os serviços públicos é com inovação, serviços e alta tecnologia”, defendeu Joaquim Miranda Sarmento, durante a sua participação, esta quinta-feira, num painel na Web Summit, no qual foram abordados os desafios económicos para Portugal.

Segundo o ministro das Finanças, Portugal tem assistido a essa transformação, argumentando que o país está a “exportar muito mais do que há 15 anos”, sobretudo a nível da tecnologia, e que atualmente essa parcela representa 50% do PIB. “Esse é o caminho que devemos seguir”, defendeu.

Além de ser necessário diversificar as fontes de receita, aos olhos do ministro da Finanças, “o principal problema da economia” é a “falta de capital humano”, um desafio que afeta, sobretudo, os setores económicos mais dependentes de recursos humanos estrangeiros, como a hotelaria, restauração e agricultura.

Não há um setor económico que não se queixe de falta de trabalhadores. Estamos a mudar as regras de imigração, a regular e atrair pessoas que trabalham nestas áreas com contratos”, explicou o governante durante o painel, dando nota dos esforços que estão a ser encetados para atrair, também, os mais qualificados, seja por via do regime fiscal para não residentes, como do IRS Jovem. Estes benefícios fiscais, diz, vão permitir “atrair trabalhadores de todos os setores”.

A questão da fiscalidade é também um aspeto relevante no tecido empresarial, diz Miranda Sarmento. Embora reconheça que a solução não é “uma silver bullet“, defende ainda assim que é necessário “simplificar o quadro fiscal” das empresas que hoje é “muito complexo” e “estabilizá-lo” por forma a evitar que sofra alterações “todos os anos”. Esta realidade, permitiria aumentar a produtividade a nível nacional. Mas não só.

“A Europa deve olhar para o principal problema que temos hoje: baixa produtividade”, disse, referindo que até 2008 que esta métrica manteve-se estável face aos Estados Unidos, mas que nos últimos 15 anos isso deixou de ser uma realidade — um problema que ganha uma dimensão maior agora que a Casa Branca se prepara para trocar de presidente. Donald Trump tomará posse como o 47.º Presidente dos Estados Unidos a 20 de janeiro de 20205.

“A Europa precisa de aumentar a produtividade e isso significa alterações na regulação e tributação”, defende, recomendado que atitude do bloco europeu deve ser no sentido de assumir novos riscos

(Notícia atualizada pela última vez às 12h17)

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Cinco tendências no marketing para 2025, segundo a WARC

  • + M
  • 14 Novembro 2024

Diminuir a dependência face às Big Tech e equilibrar objetivos de sustentabilidade com os investimentos em IA são alguns dos conselhos da WARC para os marketeers no próximo ano.

Com a estabilização da economia global espera-se que seja registado um aumento nos gastos com publicidade, o que abre uma janela de oportunidade para que os profissionais de marketing “reafirmem o seu poder”.

Na verdade, segundo a WARC, 65% dos profissionais de marketing acreditam que o ambiente económico vai melhorar no próximo ano, sendo o maior nível de otimismo registado desde o período de recuperação pós-Covid, em 2021. No entanto, é digno de nota que o otimismo é menor entre os marketeers europeus (58%), em comparação com a América do Norte (68%) e a região Ásia-Pacífico (69%).

Já para este ano, a WARC estimou que o investimento publicitário a nível global deve crescer 10,5%. Se estas previsões se concretizarem, o mercado publicitário pode ultrapassar, pela primeira vez, a marca de um bilião de dólares de investimento.

Apesar deste otimismo, “as marcas ainda estão preocupadas com o impacto das condições económicas nas estratégias de marketing”, com 72% dos marketeers a fazerem menção a receios de recessão que, embora tenham diminuído, ainda influenciam as suas estratégias.

No entanto, apanhar a boleia da recuperação económica é o primeiro conselho dado pela WARC para o próximo ano. Diminuir a dependência face às Big Tech, equilibrar objetivos de sustentabilidade com os investimentos em IA ou criar novas oportunidades para o envolvimento dos consumidores que moram sozinhos são outras das tendências em que os marketeers devem apostar, segundo o Marketer’s Toolkit 2025, da WARC.

Este “kit”, que já vai na sua 14º edição e no âmbito do qual foram entrevistados 1.165 executivos da área do marketing, visa fornecer aos profissionais de marketing apoio estratégico para o planeamento das suas estratégias e decisões no ano seguinte.

Apanhar a boleia da recuperação económica

Tendo em conta que dois terços dos profissionais de marketing acreditam que o ambiente de negócios será mais positivo em 2025 — devido à queda da inflação e à recuperação da confiança do consumidor — é esperado que os negócios beneficiem de um período de relativa estabilidade.

Os marketeers têm a oportunidade de passar de reativos a proativos e mostrar o seu valor enquanto impulsionadores do crescimento“, diz a WARC, que considera que o desafio destes profissionais passa por comunicar de maneira eficiente eventuais aumentos de preço. O melhor que estes profissionais podem fazer é manter uma comunicação coerente, sem grandes alterações na estratégia, que podem confundir os consumidores e desvalorizar a marca.

Garantia de experiências positivas

O declínio na qualidade do atendimento ao cliente é uma questão crítica para os marketeers, sendo que “na corrida pela eficiência, existe o risco de aumentar a distância entre a promessa da marca e a experiência real do cliente”. E isto tendo em conta que existe um montante estimado de 3,7 biliões de dólares em risco, devido à redução de gastos ou de trocas de marcas pelos clientes após más experiências.

Neste sentido, a Warc recomenda que se invista em estratégias que apostem numa experiência positiva dos consumidores em determinados “pontos-chave”, como sejam as apps ou os pontos de venda das marcas.

A dependência das Big Tech

Apesar das persistentes preocupações relacionadas com o discurso de ódio e a desinformação nas grandes plataformas tecnológicas e digitais, estas continuam a ser encaradas como “indispensáveis” pelas marcas nas suas estratégias de marketing. Na verdade, a Warc estima que a Alphabet (dona do Google e do YouTube), a Amazon e a Meta (dona do Facebook e Instagram) sejam, em conjunto, responsáveis por 43,6% de todo o investimento publicitário este ano.

No entanto, os marketeers “podem diminuir esta dependência”, “aproveitando novas oportunidades através de planos de media inovadores e baseado em dados”, refere a Warc.

Uso de IA deve ser sustentável

Já é encarada como dado adquirido a ideia de que a inteligência artificial (IA) veio revolucionar a indústria da publicidade, mas as possibilidades proporcionadas pelo uso desta tecnologia são acompanhadas por um “uso insaciável de energia”. Segundo alguns estudos, gerar uma única imagem através de um modelo avançado de IA consome tanta energia como carregar um smartphone.

Os anunciantes comprometidos com objetivos de sustentabilidade terão de perceber como equilibrar esses objetivos com os seus investimentos em IA“, alerta a WARC.

Aproveitar os consumidores que vivem sozinhos

Há cada vez mais lares compostos por uma única pessoa. A existência deste tipo de agregados familiares unipessoais aumentou 22% entre 1985 e 2018, a nível global, prevendo-se que cresça mais 25% até 2050.

Os consumidores vivem cada vez mais sozinhos, criando novas oportunidades para as marcas desenvolverem produtos, serviços e formas de envolvimento adaptadas a estes consumidores“. Esta tendência torna-se particularmente relevante quando 68% dos profissionais não têm em consideração nas suas estratégias os consumidores que moram sozinhos.

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