Contrato de 15 milhões de euros para testes à Covid-19 na Madeira criticado pelo TdC

  • Lusa
  • 6 Novembro 2024

A auditoria do Tribunal de Contas aferiu que foram executados mais de um milhão de testes, no valor de 15,3 milhões de euros, tendo sido "desconsiderados", entre outros, o princípio da concorrência.

Os testes à covid-19 na Madeira custaram mais de 15 milhões de euros, mas o contrato programa para a execução desrespeitou os princípios da concorrência e transparência, concluiu uma auditoria do Tribunal de Contas divulgada esta quarta-feira.

Em comunicado, o Tribunal de Contas (TdC) refere que o contrato para a execução dos testes rápidos antigénicos à covid-19 foi celebrado com a Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF) – Câmara de Comércio e Indústria da Madeira, mas esta “não representava a maioria das entidades prestadoras de serviços de saúde na Região”.

O contrato tem a data de 18 de junho de 2021 e a auditoria adianta que, após a sua celebração, apenas 17 novas entidades aderiram à ACIF, juntando-se a outras oito sócias anteriores. “À contratação está subjacente um erro na formação da vontade, na medida em que a decisão do Iasaúde [Instituto da Administração da Saúde da Madeira] contratar moldes observados foi formulada no pressuposto de um elemento essencial que, afinal, não tinha correspondência com a realidade”, lê-se na nota.

A auditoria aferiu que foram executados mais de um milhão de testes, no valor de 15,3 milhões de euros, tendo sido “desconsiderados”, entre outros, o princípio da concorrência, visto que “só aderiram ao programa de testagem as entidades privadas prestadoras de serviços que fossem associadas à ACIF”.

Além disso, segundo o TdC, não foram observados “critérios objetivos e claros e tardou em adaptar-se à evolução do mercado”, acabando a Madeira por ter de suportar perto de 800 mil euros, um custo superior ao que teria sido pago se tivesse sido observado o regime dos preços fixados pelo Ministério da Saúde.

O TdC acrescenta que “não foi dado cumprimento suficiente aos princípios da publicidade e transparência” e que foi “omitida a remuneração paga à ACIF” que acabou por ter “uma excessiva margem de autonomia”, tendo existido por parte da Iasaúde “uma posição pouco preventiva”.

“Na prática, o Iasaúde delegou quase integralmente a fiscalização da qualidade dos serviços prestados pela ACIF” e “não desenvolveu procedimentos autónomos de supervisão”, aponta o tribunal na auditoria.

Esta avaliação levou o TdC a recomendar aos responsáveis do Iasaúde que aperfeiçoem a justificação das opções administrativas e que “a fundamentação dos preços e serviços adquiridos seja clara, suficiente e verdadeira, promovendo o respeito pela transparência, pela publicidade, pela concorrência e pela legalidade estrita das decisões”.

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Governo alemão aprova novo programa de serviço militar voluntário

  • Lusa
  • 6 Novembro 2024

Se a proposta de lei for aprovada pelas duas câmaras, o programa deverá entrar em vigor na primavera de 2025.

O Governo alemão aprovou esta quarta-feira um novo programa para incentivar os jovens a cumprir o serviço militar, o que deverá possibilitar ao exército recrutar mais soldados. Se a proposta de lei for aprovada pelas duas câmaras, o programa deverá entrar em vigor na primavera de 2025.

No entanto, não está em causa o restabelecimento do serviço militar obrigatório, suspenso desde 2011, como alguns têm vindo a pedir desde que a invasão da Ucrânia reabriu o debate sobre a necessidade de reforçar as Forças Armadas alemãs (Bundeswehr), que carecem de efetivos e de equipamento.

À luz do novo projeto de lei, no dia do seu 18.º aniversário, os homens serão obrigados, sob pena de multa, a preencher um formulário sobre “a sua vontade e capacidade de cumprir o serviço militar, bem como os seus diplomas e outras qualificações”, explicou um comunicado de imprensa do Governo alemão.

Este novo modelo é “a resposta à evolução da situação de ameaça na Europa”, declarou o ministro da Defesa, Boris Pistorius. As mulheres podem “participar voluntariamente” no questionário, uma vez que a Lei Fundamental alemã restringe expressamente aos homens a obrigação de servir nas Forças Armadas.

O projeto de lei estipula que apenas serão afetadas pessoas nascidas depois de 31 de dezembro de 2006. A ideia subjacente ao recenseamento é, por um lado, despertar o interesse dos jovens e, por outro, selecionar para o exército aqueles que “parecem particularmente aptos e motivados” e convocá-los posteriormente para uma entrevista, indicou a mesma nota informativa do executivo.

Este novo serviço voluntário prevê uma formação de base de seis meses, que pode ser alargada voluntariamente até um total de 23 meses. O projeto de lei “visa aumentar o número de reservistas a médio prazo”, explicou ainda o executivo alemão, que espera vir a recrutar mais cerca de 200.000 pessoas.

Com este modelo, o ministro da Defesa alemão prevê inicialmente um reforço de 5.000 recrutas suplementares a partir de 2025, e mais a longo prazo. Berlim precisa de “melhorar de forma sustentável as suas capacidades de defesa” face à “situação de ameaça muito intensificada na Europa, na sequência da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia”, sublinhou o Governo do social-democrata Olaf Scholz.

O exército alemão conta atualmente com 181.000 militares, um número inferior aos 203.300 previstos em tempo de paz. O Ministério da Defesa estima que seriam necessários entre 370.000 e 460.000 soldados para defender o país em caso de um ataque à NATO.

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Câmara de Sintra “educa” alunos a protegerem o meio marinho e a biodiversidade

Município de Sintra pretende "promover a Literacia do Oceano junto de crianças e jovens, aumentando a sua consciencialização para a importância do meio marinho e as ameaças a que este é sujeito".

Mais de 100 alunos de Sintra já participaram no projeto educativo Kids Dive – Descobrir o Oceano, que visa proteger o meio marinho e a biodiversidade num concelho com cerca de 25 quilómetros de orla costeira. A iniciativa surge no âmbito da estratégia de educação ambiental do município liderado por Basílio Horta.

“Este projeto, que envolve investigadores nacionais, professores e alunos, é uma oportunidade única para muitas crianças e jovens, para interagirem de forma educativa e pedagógica com a problemática dos oceanos e a sua conservação”, assinala o presidente da câmara de Sintra. Aliás, sustenta Basílio Horta, “o conhecimento e a consciência ambiental são ferramentas essenciais para um futuro melhor”.

Para dar continuidade ao projeto, a autarquia já aprovou, em reunião de executivo desta terça-feira, o protocolo de colaboração com a Associação MARDIVE – Associação Ciência e Educação para a Conservação da Biodiversidade Marinha, num investimento de 32 mil euros.

O conhecimento e a consciência ambiental são ferramentas essenciais para um futuro melhor.

Basílio Horta

Presidente da Câmara Municipal de Sintra

Durante este ano letivo 2024/2025 serão formados 240 novos embaixadores do mar, abrangendo um total de 12 turmas.

“Pretende-se promover a Literacia do Oceano junto de crianças e jovens, aumentando a sua consciencialização para a importância do meio marinho e as ameaças a que este é sujeito, contribuindo para a formação de uma geração azul e de uma sociedade mais participativa na defesa dos oceanos e da sustentabilidade”, prossegue a câmara num comunicado.

Coordenado pela Associação MARDIVE, este projeto conta com uma rede de parceiros como o Oceanário de Lisboa, Jardim Zoológico de Lisboa, National Geographic Education e Associação Portuguesa do Lixo Marinho (APLM).

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EDIA abre concurso para obras no bloco de rega de Reguengos de Monsaraz

  • ECO
  • 6 Novembro 2024

A EDIA lançou o concurso público para obras no bloco de rega de Reguengos de Monsaraz, com um investimento de 32,85 milhões de euros. Candidaturas podem ser feitas até até 19 de dezembro.

A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) abriu o concurso público para a construção do bloco de rega de Reguengos de Monsaraz. A infraestrutura contará com uma área de 4.786 hectares, num investimento de 32,85 milhões de euros.

A presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, Marta Prates, recordou, em comunicado, a visita do ministro da agricultura e pescas, José Manuel Fernandes, no dia 27 de agosto ao município. “Foi nesse dia que tive a certeza de que o bloco de rega de Reguengos ia avançar, durante uma reunião na autarquia”. O Governo assegurou então de que a obra do perímetro era para avançar e que este “poderá estar disponível em 2026, para que os agricultores possam regar as suas culturas” refere a autarca.

O concurso público foi publicado a 30 de outubro no Diário da República e estende-se até ao dia 19 de dezembro. A obra tem um prazo de execução de 18 meses e está integrada no circuito hidráulico de Reguengos de Monsaraz, passando também por Évora.

O concelho tem a sua base económica na agricultura, nomeadamente na vitivinicultura, com pequenos agricultores e 14 produtores de vinho na sub-região vitivinícola da autarquia, refere o comunicado do município.

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O mapa e os números da vitória de Trump

  • ECO
  • 6 Novembro 2024

Ex-Presidente carimba o regresso à Casa Branca com 294 votos no Colégio Eleitoral (para já) e 50,8% do voto popular. Pensilvânia, Geórgia e Wisconsin foram decisivos para vitória republicana.

Embora a contagem de votos ainda não tenha terminado, a eleição de Donald Trump como 47.º Presidente dos EUA já é dada como certa. Segundo as projeções da Reuters, o candidato republicano conquistou 294 votos no Colégio Eleitoral, acima dos 270 necessários para chegar à Casa Branca.

Ao contrário do que aconteceu em 2016, quando foi eleito pela primeira vez para a Presidência dos EUA, Donald Trump também foi o candidato mais votado a nível nacional, com mais de 72,7 milhões de votos (50,8%).

 

Na democrata Kamala Harris, por sua vez, votaram mais de 68 milhões de eleitores norte-americanos, alcançando 47,5% dos votos a nível nacional. No Colégio Eleitoral, que dita o vencedor das eleições presidenciais, a atual “número 2” de Joe Biden garantiu, por enquanto, 223 votos.

Estão ainda por conhecer os resultados no Arizona, Maine e Nevada, que, juntos, valem 21 “grandes eleitores”. Mas, mesmo que sejam ganhos pela atual vice-presidente, não é suficiente para vencer a eleição.

Dos 47 Estados onde os votos já foram contabilizados, Donald Trump foi o candidato mais votado em 29 e Kamala Harris ganhou nos restantes 18, tendo ainda conquistado os três votos de Washington, D.C., a capital federal dos EUA.

Nas eleições para o Congresso, o Partido Republicano está bem encaminhado para garantir a maioria nas duas câmaras: dos 100 lugares no Senado, conseguiu 52 mandatos, enquanto nos 435 assentos da Câmara dos Representantes já conquistou 208 contra 189 do Partido Democrata, estando ainda em disputa 38 lugares.

(Números atualizados às 15h09 de quinta-feira, 7 de novembro)

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EUA/Eleições: CNN lidera entre os canais de informação

  • Lusa
  • 6 Novembro 2024

A SIC Notícias "iniciou este período na liderança, contudo, após as 23:30 a CNN Portugal subiu à primeira posição, tendo mantido essa posição até bem perto da uma da manhã".

Os canais de informação foram os mais vistos do cabo, na noite eleitoral dos EUA que deu a vitória a Donald Trump, de acordo com a análise da Universal McCann (UM)

Numa noite marcada pela eleição do novo Presidente norte americano, que irá tomar posse no dia 20 de janeiro, “os portugueses escolheram os canais de informação para acompanharem todo o desenrolar da eleição”, adianta a UM, numa análise apenas referente ao dia 5 de novembro até às 02:30.

A CMTV, “que manteve a sua programação habitual remetendo o acompanhamento das eleições norte-americanas para o Now (outro canal de informação do grupo Medialivre), registou uma audiência média de 180 mil telespetadores e um ‘share’ de 8,3% (+0,8 pontos percentuais versus a última terça-feira), tendo sido o canal do cabo mais visto do dia”.

Entre os canais de informação, na primeira posição “ficou a CNN Portugal, que registou uma audiência média de 71 mil telespetadores e um ‘share’ de 3,3% (+1,1 p.p. vs. terça-feira passada)”.

No que respeita aos canais de informação que dedicaram a programação às eleições norte-americanas, “a CNN Portugal foi o que verificou maior crescimento face ao mesmo dia da última semana”.

A SIC Notícias, “com uma audiência média de 53 mil telespetadores e um ‘share’ de 2,4% (+0,2 p.p.) ficou na terceira posição do cabo, completando assim o pódio dos canais mais vistos do dia no cabo“.

De acordo com a Universal McCann, “a SIC Notícias foi o canal de informação que registou o menor crescimento”.

Já o Now, “que ainda vem numa fase de consolidação depois do seu lançamento no passado dia 17 de junho, ficou na nona posição entre os canais do cabo, com uma audiência média de 28 mil telespetadores e um ‘share’ de 1,3% (+0,3 p.p. vs. última terça-feira)”.

Comparativamente a 03 de novembro de 2020, data das últimas eleições norte-americanas vencidas por Joe Biden, “entre os canais que dedicaram uma programação às eleições americanas, a CNN Portugal (antiga TVI24) é o canal que mais cresce passando dos 2,0% de ‘share’ em 2020 para os 3,3% em 2024”.

Em sentido inverso, “a SIC Notícias registou uma diminuição face à última eleição de 2020, tendo verificado uma diminuição de 0,2 pontos percentuais, passando dos 2,6% em 2020 para os 2,4% em 2024”.

Numa análise entre as 22:30 e as 02:30, “a diferença entre CNN Portugal e SIC Notícias foi mínima, no entanto a CNN Portugal levou ligeira vantagem”, refere a UM.

Em ambos os canais, durante este período, “a audiência média foi de 70 mil telespetadores, contudo em termos de ‘share’ houve uma décima de diferença entre ambos os canais”, sendo que o Now ficou na terceira posição, com uma audiência média de 42 mil telespetadores, o que representou um ‘share’ de 1,9%.

Se analisarmos a curva da audiência média dos três canais de informação que dedicaram programação às eleições norte-americanas vemos que SIC Notícias e a CNN Portugal foram alternando na liderança“, aponta.

A SIC Notícias “iniciou este período na liderança, contudo, após as 23:30 a CNN Portugal subiu à primeira posição, tendo mantido essa posição até bem perto da uma da manhã“.

Aliás, foi “neste período onde a diferença entre a CNN Portugal e SIC Notícias foi superior”, refere a análise.

“Por volta da 01:00, altura em que fecharam dois dos Estados mais importantes (Michigan e Pensilvânia), a SIC Notícias voltou a subir à liderança” e perto das 01:40 a CNN Portugal “voltou a verificar uma nova subida da audiência, voltando novamente à liderança”.

Perto das 02:00, a SIC Notícias “voltou novamente à primeira posição entre os canais de informação, mantendo a primeira posição até ao final do dia, no entanto com a diferença para a CNN Portugal a ser mais reduzida”.

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Quatro negócios mudam de mãos com plataforma de compra e venda de micro e pequenas empresas

Plataforma já contabiliza 1.200 utilizadores e tem em aberto nove oportunidades de negócio. Em dez meses meses de atividade, já foram concretizadas quatro vendas de micro e pequenas empresas.

No ano passado, dois projetos paralelos uniram-se para dar início à Matoaka, uma plataforma online destinada à compra e venda de micro e pequenas empresas. De um lado, estava Sara do Ó (chairman da Ó Capital e CEO do grupo Your) e do outro Paulo Lima e Miguel Marecos. O trio uniu-se para fundar, no início do ano, esta empresa 100% portuguesa. Em dez meses, a Matoaka, que emprega sete pessoas, já concretizou quatro vendas de micro e pequenas empresas. Nos planos está a expansão para Espanha.

Atualmente, a plataforma já contabiliza 1.200 utilizadores e tem em aberto nove oportunidades de negócio. Em dez meses meses de atividade, já foram concretizadas quatro vendas de micro e pequenas empresas com um valor médio de 700 mil euros. Em declarações ao ECO, Paulo Lima, sócio e co-CEO da Matoaka, prevê que até ao final do ano sejam concretizados mais dois negócios.

“Temos abordagens de vários setores, ainda não existe uma tendência. No entanto, os negócios concluídos foram no ramo da publicidade, produtos alimentares, serviços de apoio ao domicílio e equipamentos hoteleiros com produção própria“, explica Paulo Lima. O sócio e co-CEO da Matoaka diz ao ECO que o objetivo para este ano era realizar entre cinco e dez operações. “Tudo indica que vamos conseguir”, constata. O empreendedor afirma ainda que o “grande objetivo para o próximo ano é realizar entre 20 a 30 transações através da plataforma“.

Qualquer pessoa pode registar-se na plataforma através de um pequeno formulário. A partir daí, passa a ter imediatamente acesso às informações financeiras das empresas que estão à venda na plataforma, como receitas, EBITDA, margem de EBITDA, resultado líquido e dívida. Na plataforma, os investidores podem encontrar empresas com avaliações que vão dos 150 mil euros até 1,5 milhões de euros.

Miguel Marecos, Sara do Ó e Paulo Lima, fundadores da MatoakaMatoaka

“A Matoaka está ligada a outras plataformas onde vamos buscar informação económico-financeiro do histórico e onde conseguimos apurar o benchmark de valores de transações realizadas para empresas do mesmo segmento e dimensão”, detalha Paulo Lima.

Para além da plataforma online para a compra e venda de negócios, a Matoaka disponibiliza um produto chamado “Energize”, focado no diagnóstico e aconselhamento empresarial, desenhado para capacitar negócios e impulsionar o crescimento.

O Energize está divido em dois passos: numa primeira fase, a tribo Matoaka e a equipa da empresa juntam-se durante dois dias num hotel para debater e explorar desafios, oportunidades e áreas de atuação. Posteriormente, a equipa da Matoaka entrega em cinco dias úteis um relatório com o diagnóstico e recomendações. Este serviço tem o custo de 7.500 euros.

O nosso foco é dar palco às micro e pequenas empresas e apoiá-las no seu processo de crescimento.

Paulo Lima

Sócio e co-CEO da Matoaka

Depois desta avaliação, as empresas pode avançar para a fase de implementação, na qual é apresentado um plano de ação detalhado e adequado às metas identificadas. Numa segunda fase, são definidos objetivos, prazos e responsáveis pelas tarefas, bem como cadências de análise, avaliação e monitorização do progresso. “Todas as empresas que fizeram o Energize estão a trabalhar connosco”, assegura Paulo Lima, que começou a carreira na Deloitte. “Temos oito clientes ativos, mas o objetivo passa por termos 10 a 20 clientes no campo do Energize, que já pesa 40% na faturação. “O nosso foco é dar palco às micro e pequenas empresas e apoiá-las no seu processo de crescimento“, diz Paulo Lima.

Nos planos está a expansão para Espanha, com Paulo Lima a prever que a meio do próximo ano a empresa já esteja preparada para dar esse salto. “O mercado espanhol é muito idêntico ao nosso e carece de uma plataforma”, refere o co-CEO da Matoaka. Numa primeira fase, a presença no país vizinho será digital, mas a ideia passa por construir uma equipa local.

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Hospital Amadora-Sintra ativa plano de contingência após saída de 10 cirurgiões

  • Lusa
  • 6 Novembro 2024

Após a saída de 10 cirurgiões, a Unidade Local de Saúde Amadora-Sintra reforça que "estão a ser efetuados esforços de resolução com a maior brevidade possível, com o apoio dos elementos do serviço".

A Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora-Sintra ativou o Plano de Contingência de Cirurgia Geral para responder à situação atual das equipas com a saída de 10 cirurgiões, afirmou esta quarta-feira à Lusa a instituição. Segundo o hospital, os níveis de contingência serão ativados conforme as necessidades identificadas.

“O Plano de Contingência de Cirurgia Geral, elaborado em julho de 2023, foi ajustado pela direção do serviço, com validação da direção clínica, para responder à situação atual das equipas”, adianta a ULS. A ULS Amadora-Sintra reforça que “estão a ser efetuados esforços de resolução com a maior brevidade possível, com o apoio dos elementos do serviço e restante equipa”.

Acrescenta que as autoridades competentes, incluindo o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), serão informadas caso seja necessário. No passado 31 de outubro, dia em que 10 cirurgiões saíram do hospital, o diretor do Serviço de Cirurgia Geral, Paulo Mira, apresentou a demissão, com efeitos a 31 de dezembro, situação confirmada na altura à Lusa pela ULS, que previu constrangimentos na escala de Cirurgia Geral.

A saída dos especialistas deveu-se ao regresso de dois médicos que denunciaram más práticas no serviço, que depois de investigadas não se confirmaram.

Contactada pela agência Lusa, a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde afirma que, no âmbito das suas competências, “está a trabalhar, conjuntamente com o Conselho de Administração, para encontrar soluções que salvaguardem o atendimento e acompanhamento dos utentes desta ULS”.

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Infarmed ordena retirada do mercado de cinco lotes do antidepressivo Fluoextina

  • Lusa
  • 6 Novembro 2024

A empresa Towa Pharmaceutical irá proceder à recolha voluntária de cinco do medicamento Fluoxetina toLife 20 mg, 60 unidades, por ter sido detetada uma "impureza".

O Infarmed ordenou esta quarta-feira a retirada do mercado de cinco lotes do medicamento Fluoextina, para o tratamento da depressão, porque foi encontrada uma impureza, anunciou a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.

Numa nota disponível na página da Internet, o Infarmed adianta que a empresa Towa Pharmaceutical, S.A. irá proceder à recolha voluntária de cinco do medicamento Fluoxetina toLife 20 mg, 60 unidades, por ter sido detetado um resultado analítico acima dos limites aceitáveis para uma impureza.

A autoridade do medicamento apela às entidades que possuam estes lotes de medicamentos em stock para não os vender, dispensar ou administrar, devendo proceder à sua devolução.

Aconselha os doentes que estejam a utilizar medicamentos pertencentes a estes lotes a não interromper o tratamento e contactar o médico logo que possível, para substituir por outro lote ou um medicamento alternativo.

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Bauer Media reforça parceria com a Mediaprobe para medir envolvimento emocional dos ouvintes

  • + M
  • 6 Novembro 2024

Com esta aposta, a dona de rádios como a Comercial ou a M80 pretende tornar-se no único grupo de rádio no país a implementar este tipo de medição, que capta a reação emocional dos ouvintes.

A Bauer Media Audio Portugal reforçou a sua parceria com a Mediaprobe, visando tornar-se no único grupo de rádio em Portugal que aplica a abordagem inovadora de permitir “medir o envolvimento e resposta emocional dos ouvintes e espectadores dos conteúdos da Rádio Comercial e M80 Rádio“.

Para isso, a Mediaprobe, empresa portuguesa especializada em medição de impacto emocional, vai “utilizar tecnologia avançada de sensores biométricos para medir a resposta emocional dos ouvintes durante programas de rádio e eventos ao vivo”. Esta medição é feita através da entrega de um dispositivo a uma amostra de 150 espectadores nos eventos.

Esta “abordagem pioneira utiliza métricas de resposta galvânica da pele (GSR) para captar o envolvimento emocional do público, tanto em conteúdos editoriais como em anúncios publicitários“, explica-se em nota de imprensa, onde se acrescenta que a parceria vai abranger eventos como o “Xmas In The Light”, dia 14 de dezembro no Meo Arena, e as festas da M80.

A parceria com a Mediaprobe “deixa-nos muito entusiasmados,​ pois traz uma tecnologia única no setor do áudio em Portugal. Além de nos permitir compreender, de forma científica, o impacto emocional dos nossos conteúdos no público, reforça o nosso compromisso em disponibilizar aos nossos clientes as abordagens mais inovadoras e eficazes, permitindo-nos medir os resultados com maior precisão e, assim, otimizar continuamente a nossa oferta“, diz Salvador Ribeiro, CEO da Bauer Media Audio Portugal, citado em comunicado.

Por parte da Mediaprobe, o CEO Pedro Almeida sublinha que “a Bauer Media Audio Portugal é o único grupo de rádio a implementar este tipo de medição contínua e a captar a reação emocional dos ouvintes em transmissões ao vivo”.

Este acordo representa um avanço significativo para o setor e para a Mediaprobe, reforçando o nosso compromisso com a inovação na medição de experiências e impacto emocionais“, afirma.

Segundo nota de imprensa, com esta tecnologia baseada na neurociência que “mede a resposta emocional, segundo a segundo, associando-a a elementos específicos dos conteúdos”, a Mediaprobe “oferece uma visão precisa e objetiva do envolvimento e da atenção emocional dos ouvintes“.

A medição é feita através da entrega de um dispositivo a uma amostra de 150 espectadores.

A Bauer Media Portugal, dona da Rádio Comercial e da M80, já utilizou esta metodologia no “45 in the Night” em fevereiro, no Meo Arena, e no “Porto in The Night” em maio, no Super Bock Arena, “onde o impacto emocional registado foi equivalente a 12,36 viagens de montanha-russa – um resultado superior a muitos eventos desportivos de grande escala, incluindo jogos da seleção nacional nos Mundiais de 2022 e 2023”.

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Ronaldo compra clube de padel Lisboa Racket Centre

Capitão da seleção volta a apostar no padel com a aquisição do Lisboa Racket Centre, em Alvalade, depois do anunciado investimento no desenvolvimento da Cidade do Padel, em Oeiras.

Cristiano Ronaldo é um conhecido entusiasta do padel e acabou de reforçar a aposta na modalidade em Portugal. Depois da Cidade do Padel, que vai nascer em Oeiras em 2026, o internacional português de futebol fechou a compra do Lisboa Racket Centre, em Alvalade, confirmou o ECO junto de fontes do mercado. A notícia foi avançada pelo site New in Town.

O Lisboa Racket Centre, localizado junto ao Parque José Gomes Ferreira, conta com vários courts de padel, ténis, squash, um ginásio e um bar, e era detido pela empresa Van Veggel – Campos de Ténis de Lisboa, criada há cerca de 40 anos.

À boleia do crescimento da modalidade, a empresa registou lucros de 287,4 mil euros no ano passado, mais 34% em comparação com o ano anterior e o volume de negócios passou de cerca de 800 mil euros em 2019 para 1,3 milhões em 2023, segundo a base de dados de empresas InformaDB. No final do ano passado apresentava uma situação líquida positiva, com os capitais próprios a ascenderem a mais de um milhão de euros.

Obras na Cidade do Padel arrancam em dezembro

A aquisição do Lisboa Racket Centre por parte de Cristiano Ronaldo surge cerca de um ano depois do anúncio do investimento de cerca de seis milhões na Cidade do Padel, numa parceria com o empresário Filipe Botton.

O arranque das obras sofreu atrasos por conta do licenciamento dos terrenos junto da Câmara de Oeiras, e só vão arrancar em dezembro para estarem concluídas no primeiro trimestre de 2026. O plano prevê a construção e exploração de um megaprojeto junto ao Jamor, por um prazo de 20 anos, prorrogável por dois prazos de cinco anos.

A Cidade do Padel está a ser desenvolvida na zona do Jamor, num terreno com cerca de 15 mil metros quadrados, e onde vão ser construídos 17 campos de padel, 11 deles cobertos, um campo central com bancadas para até duas mil pessoas, ginásios, um edifício de suporte às atividades do padel e estacionamento autónomo. Condições para receber campeonatos internacionais.

Mais de 90 mil atletas inscritos na federação

Ronaldo é um dos muitos entusiastas que a modalidade que tem atraído nos últimos anos tanto em Portugal como em todo o mundo. Ainda no jogo com a Polónia, a contar para a Liga das Nações, o número sete da seleção nacional celebrou o golo com um gesto imitando uma jogada de padel com o seu colega Diogo Dalot (também ele com investimentos no padel, no norte do país).

Em Portugal, mais de 90 mil atletas e quase 400 clubes estavam registados na Federação Portuguesa de Padel, a maioria dos quais obtiveram licença nos últimos anos.

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Municípios exigem mais das receitas ao Estado e que este assegure 100% dos custos da nova habitação municipal

  • Alexandre Batista
  • 6 Novembro 2024

Luísa Salgueiro, em audição no Parlamento, aponta a necessidade de aumentar receitas para os municípios e rejeita responsabilidade financeira na construção de habitação.

A presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) foi ouvida esta quarta-feira no Parlamento, onde defendeu que o Estado deve assegurar aos municípios 100% dos custos com a habitação municipal, “tal como o PRR” e como determina a lei de bases e a Constituição, e apelou ao aumento das transferências para os municípios.

Luísa Salgueiro respondeu durante a manhã a perguntas da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública e da Comissão de Poder Local e Coesão Territorial, começando por indicar o “parecer votado por unanimidade no Conselho Geral” da ANMP, que considera “globalmente favorável a proposta do Orçamento do Estado”.

Apesar da avaliação geral, vários pontos do documento apresentado pelo Governo mereceram críticas da também autarca de Matosinhos.

Desde logo, no capítulo da habitação. “A ANMP entende que a construção de habitação deve seguir as regras da lei de bases da habitação” e a Constituição da República, que, nota a presidente da entidade, “diz que a competência para garantir uma habitação digna para todos é do Estado central. A responsabilidade financeira do Estado é 100%. A ANMP não pode concordar que seja atribuído um valor de 40% de financiamento para construção de nova habitação. Tal como o PRR garante 100%, as novas respostas devem garantir 100% de financiamento, porque não compete aos municípios disponibilizar habitação. É uma decisão de fundo que temos contestado na relação que temos com o Governo e esperamos que AR nos acompanhe relativamente a isso.”

Outro ponto de discórdia é o relativo à Taxa de Gestão de Resíduos (TGR). “Em 2022, esta taxa duplicou, passando de 11 euros por tonelada para 22 euros. Em 2023, passou para 25 euros, em 2024 para 30 euros por tonelada, e agora propõe-se que haja aumento para 35 euros. Um aumento de 218% em três anos, o que é absolutamente incomportável”, critica. “A nossa proposta é que esta [subida da] taxa seja suspensa, não se preveja o seu crescimento para 2025.”

Luísa Salgueiro nota que este custo é suportado pelos municípios para depositar resíduos em aterro. “A TGR paga deposição de resíduos em aterro, os aterros estão muitos deles em situação limite”, diz. “Não conhecemos a estratégia para alargar esta capacidade de deposição. O país tem estado muito na linha da frente na definição das metas. Importa ter condições de cumprir essas metas, o nosso receio é que sejam difíceis de alcançar.”

A TGR “tem impacto financeiro muito significativo” para os municípios, realça, mas o problema não fica por aí. “Já é difícil cumprir as exigências que estão em vigor, e preparamo-nos para avançar com nova etapa em termos de políticas de recolha, tratamento e gestão de resíduos sólidos urbanos que são muito ambiciosas, mas muito exigentes”, explicou a presidente da ANMP aos deputados destas comissões.

Assim, afirmou, “importa que a Assembleia da República e o Governo permitam que os contratos de prestação de serviços de recolha que muitos dos municípios têm em vigor possam ser alterados”. O problema, nota, é que “no objeto dos contratos nem sequer está previsto que se inclua recolha de biorresíduos e têxteis. Nas normas entram em vigor, estamos vinculados a regras que são muito escrutinadas. É preciso que o Tribunal de Contas acompanhe isto”, instou, notando que “para que os municípios pudessem avançar, importa ter cobertura jurídica, caso contrário, nós autarcas não vamos querer correr o risco de alterar os contratos sem essa cobertura”.

Olhando a dotação orçamental do Fundo Ambiental, Luísa Salgueiro diz que não vê “destino melhor a dar às verbas recolhidas do que seja suprir as necessidades que as autarquias têm para que se possa cumprir o PERSU (Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos) que estamos a aprovar em cada um dos municípios”.

Mais transferências da Administração Pública e fim do corte de 5% sobre cargos políticos

Outro ponto negativo apontado diz respeito à participação dos municípios na receita da Administração Pública. Em 2025, o peso da receita dos governos locais caiu para 11,8%, distante dos 16,9% de média na Zona Euro. Luísa Salgueira deixou a “reivindicação de que Portugal se possa aproximar deste nível de participação da administração local na receita total do Estado”.

Na leitura da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2025, as transferências para os municípios seguem no caminho correto, mas, “não fora a introdução de mecanismos de correção”, se se aplicasse “cegamente a lei das Finanças Locais, haveria municípios que teriam uma transferência inferior à deste ano em 20%, e outros que teriam subida na ordem dos 100%”. Nesse sentido, nota a presidente da ANMP, torna-se “cada vez mais evidente a necessidade da nova lei de Finanças Locais”.

O grupo de trabalho que irá avaliar esta alteração legislativa deverá avançar no início de 2025, ano em que a associação espera que seja “trabalhada” a nova lei, e a entrada em vigor ocorra em 2026, “coincidindo praticamente com o período do novo mandato autárquico”.

No total, as transferências da Administração Pública para o poder local terão um reforço de 11,2% face ao orçamento deste ano, para 4,25 mil milhões de euros. Para as comunidades intermunicipais e áreas metropolitanas, a dotação será de 11,18 milhões de euros, um crescimento de 0,7%, valor considerado “razoável”.

A nível fiscal, Luísa Salgueiro considerou “insuficientes” as medidas relativas ao IVA e defendeu tributação reduzida para iluminação pública, refeições escolares e aquisição de equipamentos de proteção civil. E para a reabilitação urbana, considera que “devem ser consideradas novas construções e não apenas reabilitação de edifícios já existentes”.

Outra das reivindicações da presidente da associação das autarquias é a reversão do corte de 5% no vencimento dos titulares de cargos políticos. Uma “reivindicação legítima”, diz, considerando desrespeitoso para as funções que vários titulares de cargos políticos exercem. Apelamos às bancadas que possam apresentar alterações em sede de especialidade nesse sentido”. Este corte, recorde-se, foi decidido em junho de 2010, durante o segundo Governo de José Sócrates, aplica-se sobre a remuneração fixa mensal ilíquida e deveria vigorar “a título excecional”.

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