Lince lidera ronda de 3,5 milhões para acelerar entregas por drone da brasileira Speedbird

Em Portugal, a startup brasileira tem escritório no Porto e tem planos para aumentar equipa.

A portuguesa Lince Capital lidera a ronda de 3,5 milhões de euros da startup brasileira de entregas por drones Speedbird Aero. Com esta ronda, a startup, com operação em Portugal, Brasil e Estados Unidos, pretende acelerar os esforços em investigação e desenvolvimento e reforçar a sua equipa de engenheiros aeroespaciais.

“Acreditamos firmemente que a conjugação entre tecnologia de ponta, visão estratégica e uma equipa altamente qualificada posiciona a Speedbird Aero como um dos principais protagonistas no futuro da mobilidade aérea urbana. Este investimento reflete a nossa aposta contínua em soluções sustentáveis, inovadoras e com forte potencial de impacto global”, diz Tomás Lavin Peixe, head of venture capital da Lince Capital, citado em comunicado.

Liderada pela Lince Capital, a ronda conta ainda com a participação da Explorer Investments, Cedrus Capital e AcNext Capital. A MSW Capital reforçou igualmente a sua aposta na startup através do fundo MSW MultiCorp 2, que inclui investidores como a Embraer, Baterias Moura, BB Seguros e AgeRio.

“Este investimento vai permitir-nos dar um salto significativo na inovação de sistemas aéreos não tripulados. Queremos construir drones mais eficientes, robustos e escaláveis, capazes de responder aos desafios reais da logística moderna”, garante Manoel Coelho, CEO e cofundador da Speedbird Aero, citado em comunicado.

O novo financiamento vai permitir à Speedbird acelerar os seus esforços de I&D, reforçar a equipa de engenheiros aeroespaciais e avançar com o desenvolvimento da próxima geração de sistemas de aeronaves não tripuladas (UAS). “Os novos recursos vão também apoiar o design, testes e certificação de drones VTOL (descolagem e aterragem vertical), bem como sistemas de entrega de longo alcance, com forte aposta em navegação baseada em inteligência artificial, tecnologia de segurança avançada e integração modular de cargas”, informa comunicado.

“Primeira empresa da América Latina a obter aprovação regulatória completa para operações de entrega com drones autónomos”, a Speedbird Aero tem operações ativas no Brasil e parcerias em crescimento na América Latina, América do Norte, Europa, incluindo Portugal. Neste mercado, onde têm escritório no Porto querem reforçar equipa. “Este ano entram já 10 pessoas, e com o avanço das certificações e autorizações cresceremos este número mais significativamente nos próximos anos”, diz fonte oficial da empresa ao ECO.

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Noxus usa IA para ajudar CUF a gerir reclamações

Estima-se que, com esta solução de inteligência artificial, sejam processadas automaticamente mais de três mil tarefas por mês, com poupança de 600 horas mensais. 

Reportagem AI Hub - 11FEV25
Equipa da Noxus no AIHub da Unicorn Factory Lisboa, em Alvalade.Henrique Casinhas/ECO

A CUF, empresa do Grupo José de Mello, implementou a solução de inteligência artificial (IA) da startup portuguesa Noxus para automatizar o processo de registo de reclamações e elogios. Estima-se que, com esta solução, sejam processadas automaticamente mais de três mil tarefas por mês, gerando com isso uma poupança de 600 horas mensais.

“O projeto com a CUF tem sido um sucesso, permitindo que as equipas libertem tempo para atividades estratégicas e de maior valor. Este resultado positivo abriu portas para novos use cases de inteligência artificial em várias áreas da organização, com um forte enfoque em gerar retorno do investimento rapidamente. O objetivo da Noxus é consolidar-se como a plataforma líder em soluções no-code, capacitando as equipas de TI para implementarem projetos de IA com máxima velocidade e eficiência, sem necessidade de equipas com engenheiros de IA”, afirmou João Pedro Almeida, CEO da Noxus, citado em comunicado.

Implementada pela Noxus, “em apenas dois meses”, a solução alimentada pela tecnologia Gemini da Google, consolida todos os pedidos de reclamações e elogios num único fluxo de trabalho, encaminhando-os para as pessoas responsáveis na organização.

“Através do Reconhecimento Ótico de Carateres (OCR), o sistema converte automaticamente PDF e notas manuscritas em informação digital, reduzindo o tempo de processamento. O Processamento de Linguagem Natural (NLP) permite a análise de texto para a classificação automática de comunicações com clientes”, descreve comunicado.

“Os casos complexos são sinalizados para que o registo gerado tenha revisão humana, assegurando a intervenção apenas onde é imprescindível”, refere ainda.

Com esta solução da Noxus — startup instalada no AIHub da Unicorn Factory Lisboa, em Alvalade –, no prestador de saúde privado, estima-se que serão processados “automaticamente mais de três mil tarefas por mês, permitindo às equipas recuperar, em capacidade de resposta, 600 horas mensais e otimizando, deste modo, o tempo que até então era dedicado à categorização de informação”.

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“Ninguém ganha eleições antes das eleições e ninguém corrige o resultado eleitoral no dia a seguir”, dramatiza Montenegro

Montenegro acredita que os portugueses "querem estabilidade", defendeu que o PSD irá permitir essa condição e apelou a que vão "mesmo lá". "Não basta dizer que querem votar", atirou.

O líder do PSD, Luís Montenegro, apelou esta terça-feira ao voto efetivo no partido dia 18 de maio, argumentando que as eleições não se ganham antes do dia de sufrágio, nem se corrigem no dia seguinte.

“Ninguém ganha as eleições antes das eleições e ninguém corrige o resultado eleitoral no dia a seguir às eleições”, afirmou o líder do PSD durante o discurso de encerramento do jantar do 51º aniversário do PSD, no Centro de Congressos, em Lisboa.

Na reta final da intervenção, Montenegro apelou à mobilização de todos. “Têm mesmo de ir lá. Não basta dizer que querem votar, que é este o caminho. É preciso ir lá e votar”, reiterou.

“Eu sei, todos sabemos e os dados são cada vez mais seguros. Portugal tem hoje uma preferência relativamente à continuidade do nosso projeto como o esteio principal da governação do país. Sabemos que os portugueses não queriam ter tido eleições outra vez agora, sabemos que têm sido eleições atrás de eleições, sabemos que não é isso que as pessoas desejam”, considerou.

Para Montenegro, os portugueses “querem estabilidade, querem que os políticos não atrapalhem tanto a vida normal que todos os dias os faz levantar para ir trabalhar, querem que os políticos estejam à altura daquilo que são as suas ambições e objetivos, que as coisas funcionem dentro das regras, que as eleições sejam de quatro em quatro anos”.

“Os portugueses querem que quem ganhe governe e que quem governe tenha condições para executar o seu programa, com certeza em diálogo”, vincou.

Na reta final, deixou ainda um apelo aos eleitores que no ano passado votaram no Chega e no PS, recordando-lhes que os dois partidos tiveram o mesmo sentido de voto em algumas ocasiões. “Não estou a falar nem para os partidos, nem para os líderes do PS e do Chega, estou a falar para aqueles que votaram há um ano”, atirou.

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Entrevista a João Massano. Edição de maio da Advocatus

  • ADVOCATUS
  • 7 Maio 2025

Na Advocatus de maio pode ler a entrevista ao novo bastonário da OA, João Massano, e especiais sobre o mercado africano de advocacia e a área emergente de Direito do Desporto.

João Massano, até aqui líder do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados (desde 2019), é o novo bastonário da Ordem dos quase 40 mil advogados. O advogado – que venceu na segunda volta do ato eleitoral realizado a 31 de março – venceu Fernanda de Almeida Pinheiro com 54,58% (9.541 votos), mais 1500 que a anterior bastonária.

Em entrevista à Advocatus, o advogado nascido e criado em Odivelas, explica qual é a sua visão para a classe, o propósito de unir a advocacia, de acabar com o regime de transparência fiscal dos advogados, como pretende ajudar os jovens advogados e fala das vantagens, mas também dos riscos, da Inteligência Artificial. As quotas cobradas pela OA, o sistema de previdência dos advogados, o sistema de acesso ao direito e o estatuto dos advogados são também uma preocupação do homem que toma posse esta semana para o próximo triénio do Largo de São Domingos.

João Massano, bastonário da Ordem dos Advogados. HENRIQUE CASINHAS

A internacionalização da advocacia portuguesa está a ganhar força, com África a destacar-se como destino estratégico para firmas como a AVM, Miranda e Sérvulo. Estas firmas veem oportunidades em setores emergentes como energia, infraestruturas e banca. As estratégias variam entre abertura de escritórios próprios e parcerias locais, com destaque para a criação de redes colaborativas. Um especial a ler nesta edição.

Nesta edição pode também ler um especial sobre Direito do Desporto, uma área que está em forte crescimento em Portugal, impulsionada pelos milhões que o setor movimenta, sobretudo no futebol. A complexidade regulatória e a internacionalização do desporto exigem conhecimento jurídico especializado e respostas rápidas. A Abreu, a Morais Leitão e a 14 Sports Law são alguns dos players que foram a “jogo” e aproveitaram a oportunidade de negócio nesta área.

Catarina Gomes Correia, Associada Sénior da área de Direito Fiscal da MFA LegalHugo Amaral/ECO

Catarina Gomes Correia é a advogada do mês desta edição. A associada sénior da MFA Legal assumiu um novo desafio profissional: a co-coordenação da nova linha de serviços da firma focada na prevenção e gestão do risco criminal tributário. À Advocatus, garante que o risco deve ser gerido de forma “integrada”, “preventiva” e “contínua”, como qualquer outro risco relevante para a atividade e que tanto quem decide como quem executa devem compreender as implicações legais das suas ações. Admite ainda que uma maior densificação dos conceitos e critérios objetivos no Código Penal e no Regime Geral das Infrações Tributárias seria um “passo importante” na redução de litígios e na prevenção de condutas de risco.

Inês Azevedo e João Ascenso, fundadores e managing partners da Ethikos Lawyers Portugal, explicaram à Advocatus o novo passo na internacionalização da firma. Não “fecham” a porta à especialização em outras áreas e avançam que a expansão para outras cidades e países já está a ser discutida entre a rede dos três escritórios – Lisboa, Bruxelas e Luxemburgo. Descubra todos os pormenores na rubrica sociedade do mês.

A PLMJ assessorou o fundo Ardian na compra da Akuo, produtora de energias renováveis francesa. A assessoria jurídica envolveu uma equipa multidisciplinar da firma, que assegurou a due diligence a alguns dos projetos da Akuo, bem como nos aspetos relacionados com o enquadramento regulatório e transacional e ainda com a contratação de seguros de W&I. Descubra todos os pormenores da operação na rubrica negócio do mês da 166.ª edição.

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Lucro do Banco Montepio aumenta 6,7% para 34,2 milhões no primeiro trimestre

Maiores custos de financiamento com a subida dos juros de depósitos pagos a clientes e da dívida emitida reduzem margem financeira do banco.

O Banco Montepio alcançou um resultado líquido consolidado de 34,2 milhões de euros no primeiro trimestre de 2025, traduzindo um aumento de 6,7% face ao mesmo período de 2024 e uma rendibilidade bruta do capital próprio de 10,6%”, revela o banco em nota enviada ao mercado.

A margem financeira dos primeiros três meses de 2025 desceu face há um ano: ascendeu a 85,6 milhões de euros contra os 99,2 milhões no período homólogo. “Esta evolução foi essencialmente determinada pelos maiores custos de financiamento com a subida dos juros de depósitos pagos a clientes e da dívida emitida, num total de 5,3 milhões, que, em ambos os casos, refletem um maior nível de captação de recursos, pela redução de 25,4 milhões nos juros recebidos do crédito a clientes induzida pelo efeito da refixação da taxa de juro dos contratos, que foram parcialmente mitigados pelo aumento das aplicações efetuadas em títulos (+4,1 milhões) e pela variação positiva de 11,2 milhões do impacto líquido das tomadas e cedências de fundos de outras instituições de crédito”, explica a instituição liderada por Pedro Leitão.

Mas se a margem desceu, as comissões subiram 8,6%. As “comissões líquidas totalizaram 32,9 milhões nos primeiros três meses” do ano, o que compara com os 30,3 milhões do período homólogo — um acréscimo de 2,6 milhões (+8,6% YoY), que o banco justifica com o “incremento da atividade comercial e expansão do negócio”.

Os resultados de operações financeiras foram negativos em 4,7 milhões de euros (comparam com um valor igualmente negativo de 0,1 milhões no primeiro trimestre de 2024), porque houve uma “redução dos resultados obtidos com instrumentos derivados líquidos do justo valor de ativos e passivos financeiros em 0,9 milhões, com a reavaliação cambial em 1,8 milhões e com a carteira de títulos em dois milhões”, detalha a instituição.

Por outro lado, os custos operacionais aumentaram — de 64,3 milhões há um ano para 70,8 milhões nos primeiros três meses de 2025 — porque houve uma subida dos custos com pessoal, dos gastos gerais administrativos e das depreciações e amortizações.

Em termos de negócio, o Banco Montepio revela que o crédito a clientes (bruto) aumentou para 12,3 mil milhões, face aos 11,9 mil milhões no final do primeiro trimestre de 2024 (+3,7%) e os depósitos de clientes ascenderam a 15,3 mil milhões, representando uma subida de 1.598 milhões (+11,7%) face ao valor do final do primeiro trimestre de 2024, com o segmento de particulares a representar 69% do total.

Além disso, o banco sublinha a melhoria da qualidade do crédito, com o custo do risco de crédito de -0,4%, que compara favoravelmente com os 0,1% apurados no final de março de 2024 e uma redução das exposições não produtivas (NPE) em 132 milhões (-34% em termos homólogos), colocando o rácio NPE em 2,1%, face aos 3,2% registados em 31 de março de 2024.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Comboios parados em todo o país por causa da greve na CP

  • Lusa e ECO
  • 7 Maio 2025

Greve dos trabalhadores da CP, que se prolonga até 14 de maio, terá um especial impacto esta quarta e quinta-feira devido ao maior numero de sindicatos (14) que aderiram. Não há serviços mínimos.

A circulação de comboios está parada em todo o país, segundo a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), que aponta uma adesão de 100% devido à greve de trabalhadores convocada por vários sindicatos.

A greve dos trabalhadores da CP, que se prolonga até 14 de maio, terá um especial impacto esta quarta e quinta-feira devido ao maior número de sindicatos (14) que aderiram à paralisação nestes dias.

A esta greve junta-se, esta quarta e quinta-feira, a paralisação convocada pelo Sindicato dos Maquinistas (SMAQ) e, entre 7 e 14 de maio, a convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI).

O Governo tentou convencer os sindicatos da CP para desconvocarem a greve por a considerarem “vazia de objetivos”. O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, revelou na terça-feira que apresentou uma proposta de aumentos salariais no valor de 5,75 milhões de euros, que não obteve resposta.

“Houve total boa fé do Governo, mas, até ao momento, não houve abertura por parte dos sindicatos”, lamentou em conferência de imprensa.

A CP já tinha alertado hoje para a possibilidade de “fortes perturbações na circulação” a partir desta quarta-feira, e até 14 de maio, devido a greves convocadas por vários sindicatos, e por não terem sido definidos serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral do Conselho Económico Social.

O ministro confessou que foram surpreendidos com a marcação “das maiores greves desde que tomaram posse”, principalmente numa altura em que o Governo está em gestão e há “barreiras legais” que impedem de implementar os pedidos dos sindicatos.

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Hoje nas notícias: Pensões, bens “made in USA” e sondagem

  • ECO
  • 7 Maio 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Dois terços dos pensionistas recebem até 480,43 euros por mês, segundo os dados do Relatório da Conta da Segurança Social de 2023. Para os consumidores nacionais, é sobretudo o receio de subida de preços a ditar a procura por alternativas a produtos norte-americanos. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

Dois terços das pensões da Segurança Social abaixo dos 480 euros

Dois terços dos pensionistas recebem até 480,43 euros por mês, ou seja, 1.359.573 reformados (66% do total) ganham até ao valor do Indexante dos Apoios Sociais, segundo os dados que constam do Relatório da Conta da Segurança Social de 2023. A pensão média de velhice aumentou para 544,88 euros (+ 7,7%), devido às reformas mais altas dos novos pensionistas e à atualização anual. A idade dos beneficiários no regime geral cresceu três meses, para 75 anos e 7 meses. O documento destaca ainda Castelo Branco (25,2%), Guarda (25,1%) e Portalegre (24,9%) como os distritos onde mais de um quarto dos habitantes está reformado, enquanto em Faro (16,5%) e em Lisboa (17,3%) estes têm uma expressão mais baixa.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Portugueses muito disponíveis para substituírem bens “made in USA”

A reação mais provável dos consumidores da Zona Euro a um cenário de guerra comercial alargada será o afastamento dos produtos “made in USA”, em grande medida por razões de preferência, mas, no caso dos portugueses, a expectativa das subidas de preços pesa mais. A tendência é visível nos resultados do último inquérito do Banco Central Europeu às expectativas dos consumidores, realizado ainda em março: em média, 44% dos inquiridos da área do euro estão predispostos a substituir bens e serviços norte-americanos alegando razões de preferência, sendo que o preço é apenas a segunda razão mais determinante, para 38%; entre os consumidores nacionais, a expectativa de um aumento de preços é mais determinante para 44% dos inquiridos, seguindo-se, com 41%, motivos relacionados com novas preferências de consumo.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

AD cai por causa dos mais pobres. Esquerda e Chega recuperam

A candidatura da Aliança Democrática (34,8%) é a que mais cai ao quinto dia da sondagem diária da Pitagórica para o Jornal de Notícias, a TSF e a TVI/CNN, já após os debates entre todos os partidos com representação parlamentar. A coligação formada pelo PSD e o CDS perdeu o voto da classe baixa, mas o PS (26,6%) e a Iniciativa Liberal (6,8%) também caem, ainda que menos. Por sua vez, o Chega (16,8%) aproveita estas quedas, assim como a esquerda: o Bloco de Esquerda é o partido que mais cresce, alcançando agora os 2,3%, mais 0,5 pontos percentuais do que na sondagem anterior; o Livre sobe quatro décimas e passa para 3,8%, e a CDU também ganha terreno e alcança os 3,5%, mais 0,3 pontos percentuais. O PAN mantém-se nos 0,6%, menos de um terço dos votos que permitiram eleger Inês Sousa Real para a Assembleia da República nas eleições de 2024.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Estrangeiros com ordem de expulsão representam menos de 0,7% dos residentes desde 2007

Desde a criação da Lei de Estrangeiros em 2007 que o número de imigrantes com ordem de expulsão — ou seja, com medidas de afastamento coercivo por não cumprirem requisitos legais — representou sempre menos do que 0,7% dos estrangeiros com autorização de residência. Isto significa que o número de imigrantes a viver de forma irregular ao longo das últimas décadas tem sido residual. O ano com maior registo foi mesmo o de 2007, com 2.536 ordens de afastamento coercivo, ou seja, de expulsão administrativa — sendo que também elas podem ser recorridas e não se terem concretizado. O ano com menor número, até agora, foi 2023, ano de transição do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) para a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), com 344 ordens de expulsão.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Reserva Nacional de Medicamentos: Governo tinha despacho para criar grupo de trabalho, mas não avançou

O alerta do bastonário dos Farmacêuticos, Hélder Mota Filipe, para o facto de não haver uma Reserva Nacional Estratégica de Medicamentos está a gerar polémica. O Infarmed, autoridade que regulamenta os medicamentos, respondeu que “Portugal tem instalado um polo da reserva europeia de medicamentos, que garante acesso em 24 horas” e que “durante o apagão o acesso da população aos fármacos estava garantido”. O Ministério da Saúde reiterou o mesmo: “Portugal tem, em contexto europeu, uma reserva estratégica de medicamentos. É ativada através do Resc EU/Mecanismos Europeu de Proteção Civil. Há 16 países com lotes (armazéns) com medicamentos. Um deles é Portugal”. Mas o bastonário insiste na ideia, até porque o Governo tinha pronto um despacho conjunto dos ministérios da Defesa e da Saúde para criar um o grupo de trabalho que deveria apresentar uma proposta para a criação de uma Reserva Nacional para a área da Saúde, Medicamentos e dispositivos. Só que o despacho não avançou devido à queda do Governo e à sua entrada em funções de gestão.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

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Lucro da Corticeira Amorim sobe para 16,4 milhões apesar da queda das vendas

Corticeira Amorim registou aumento de 2,1% nos lucros do primeiro trimestre. Dividendo de 0,32 euros por ação vai ser pago na totalidade a 28 de maio.

A Corticeira Amorim COR 0,00% teve lucros de 16,4 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, o que representa uma subida de 2,1% em termos homólogos. A empresa liderada por António Rios de Amorim registou, no entanto uma queda de 2,2% das vendas e do EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 10%.

O resultado líquido foi penalizado pelo segmento de revestimento (Final Flooring), menores níveis de atividade, refletindo o processo de reestruturação e a venda da Timberman. Caso sejam excluídos os efeitos das mudanças no perímetro de consolidação, as vendas da Amorim Cork Solutions teriam registado uma queda de 10,7% e não de 25%.

A empresa, na informação enviada ao mercado, detalha ainda que as vendas da Amorim Florestal caíram 5,3%, mas as vendas do segmento das rolhas subiram 4,8%. Tudo consolidado resulta numa queda de 2,2% para 229,4 milhões de euros. As vendas estão em rota descendente 2022.

Num ambiente de elevada incerteza e volatilidade, decorrente do atual contexto geopolítico, que caracterizou os primeiros meses de 2025, a estabilidade das vendas da Corticeira Amorim evidencia a resiliência do nosso modelo de negócio“, considera o presidente e presidente executivo (CEO) do grupo, António Rios de Amorim, citado no comunicado.

À semelhança do que aconteceu com as vendas, o EBITDA também registou uma evolução negativa, ao cair face ao período homólogo (10%) e face ao trimestre anterior, para 39,3 milhões de euros.

Boas notícias para a dívida líquida da corticeira portuguesa (detida em 51% pela Amorim Investimentos e Participações SGPS), tendo em conta que reduziu de 196 milhões de euros, no final de 2024, para 161 em março de 2025. No trimestre homólogo a dívida era de 236,7 milhões de euros.

A empresa de cortiça revela ainda uma redução no número de trabalhadores, que no final de março eram 4.601 contra os 4.900 em março de 2024, com a consequente redução de custos com pessoal para 49,7 milhões de euros (eram de 51,3 milhões no trimestre homólogo. Mas continuam a representar cerca de 21% das vendas.

Os acionistas da Corticeira Amorim aprovaram na terça-feira, em assembleia-geral, dividendos de 42,5 milhões de euros, correspondendo a um valor ilíquido de 0,32 euros por ação, adiantou, dividendos esses que serão pagos na totalidade a 28 de maio.

Na nota, enviada ao mercado a Corticeira Amorim indicou que foi aprovada, por maioria, “a proposta de aplicação do resultado líquido positivo, apurado segundo as contas individuais no final do exercício de 2024”, sendo que para dividendos foi alocado o montante de 42,5 milhões de euros, “correspondente a um valor ilíquido de 0,32 euros” por ação e 26,6 milhões de euros para reservas livres.

Recorde-se que a corticeira teve lucros de 69,7 milhões de euros em 2024, o que representa uma queda de 21,6% em relação ao ano anterior.

(Notícia atualizada às 8h50 com mais informação)

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Autoridade da Concorrência italiana dá início a um processo contra a Ryanair por “ocultação de informações no âmbito da investigação de um alegado abuso de mercado”

  • Servimedia
  • 7 Maio 2025

A companhia aérea enfrenta uma coima de 1% do seu volume de negócios global, depois de uma investigação em Dublin ter revelado documentos importantes.

A Autoridade da Concorrência e do Mercado de Itália (AGCM) abriu um processo de sanções contra a companhia aérea por não ter fornecido ao regulador a documentação solicitada no âmbito de uma investigação sobre um alegado abuso de mercado. A companhia aérea irlandesa poderá ser multada em 1% do seu volume de negócios global.

O processo aberto pelo regulador italiano acusa a Ryanair de ter fornecido “informações inexactas, incompletas ou enganosas” desde o início da investigação, em outubro de 2023. A abertura do processo segue-se a uma investigação na sua sede em Dublin, em março de 2024, pelas autoridades italianas e irlandesas, na qual foram apreendidos documentos que poderiam mostrar que a companhia aérea alegadamente ocultou informações relevantes. A abertura do processo segue-se à tentativa da Ryanair de contestar a validade dessa investigação nos tribunais irlandeses.

O cerne da investigação antitrust e da alegada fraude da Ryanair centra-se na ofensiva da companhia aérea contra as agências de viagens em linha. Fontes do setor apontam para pressões exercidas para forçar acordos de distribuição e denunciam uma campanha dirigida aos intermediários para os levar a aceitar as suas condições. A AGCM assinala que a companhia terá difundido mensagens destinadas a dissuadir os consumidores de utilizarem estas plataformas, acusando-a mesmo de difundir “informações” com esse objetivo.

Em Espanha, a Ryanair tem injunções judiciais ligadas a agências como a Rumbo, a Atrápalo e a eDreams. Neste último caso, a recusa da companhia aérea em cumprir as decisões judiciais levou a uma advertência.

Um dos elementos-chave desta estratégia é o programa “Agências Aprovadas”, no âmbito do qual a Ryanair assinou acordos com uma seleção de intermediários, mantendo uma alegada campanha contra os restantes. Pelo menos 12 agências assinaram acordos durante 2024. A companhia aérea alegou que estas agências operariam de forma transparente e não cobrariam pela emissão de bilhetes por intermediários.

Uma análise independente revelou que as agências “aprovadas” podiam acrescentar taxas de intermediação.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 7 de maio

  • ECO
  • 7 Maio 2025

Ao longo desta quarta-feira, 7 de maio, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Cimpor explora emissão de obrigações verdes na Europa

"Em conjunto com o nosso parceiro TCC Group Holdings, estamos a investigar oportunidades de green bonds na Europa para financiar as operações", disse o administrador financeiro da empresa.

A cimenteira Cimpor está a estudar uma emissão de obrigações verdes (green bonds) através de um banco europeu, num momento em que a empresa dos taiwaneses da TCC está a investir mais de 300 milhões de euros em descarbonização e a lançar-se no cimento sustentável.

Apesar de a Cimpor recorrer maioritariamente a instrumentos de corporate banking finance para financiar os seus investimentos, a empresa detida pela TCC Group Holdings (antiga Taiwan Cement Corporation) está a explorar esta nova hipótese para custear os seus projetos ligados à sustentabilidade, inclusive em Portugal.

“Priorizamos os produtos verdes. Os bancos, as instituições que dão mais atenção à sustentabilidade são o nosso maior foco. Nunca emitimos nenhuma obrigação aqui em Portugal, mas em conjunto com o nosso parceiro TCC Group Holdings, estamos a investigar oportunidades de green bonds na Europa para financiar as operações. Vai haver uma alocação [do valor] para o nosso negócio também, mas através da Europa”, disse ao ECO o Chief Financial Officer (CFO) da Cimpor, Eralp Tunçsoy, à margem da apresentação do futuro centro de investigação que vai abrir em Alhandra.

O administrador financeiro da Cimpor referiu ainda que, em Portugal, todas as operações financeiras foram realizadas através de bancos nacionais. “Todos os instrumentos financeiros que usámos para financiar os 1,7 mil milhões de euros [valor total de investimento da Cimpor em Portugal desde 2019] são através de Portugal. Nunca recorremos a um banco europeu, apesar de termos uma sede [europeia]. Nunca utilizámos nenhum banco internacional nem incorporámos nenhum banco turco ou outros”, esclareceu Eralp Tunçsoy.

No dia em que a Península Ibérica ficou às escuras, a Cimpor apresentou o seu próximo centro de Investigação e Desenvolvimento (I&D) para o setor da construção que vai criar, pelo menos, uma centena de postos de trabalho qualificados a partir de Alhandra, em Vila Franca de Xira.

“Farol para a inovação e sustentabilidade para as indústrias do cimento e da construção, servindo Portugal e as geografias da Cimpor em todo o mundo. Imaginamos o novo centro de I&D como um hub de investigação de ponta, focado nas prioridades-chave para a nossa indústria e planeta”, caracterizou o CEO da Cimpor Portugal e Cabo Verde, Cevat Mert, na cerimónia onde participou o ministro da Economia, Pedro Reis, pouco antes de seguir para o Conselho de Ministros extraordinário convocado devido ao apagão.

O projeto da Cimpor na cimenteira mais antiga do país – 130 anos – incluirá materiais e tecnologias amigas do ambiente, como cimento de argila calcinada (ou LC3 – Limestone Calcined Clay Cement) e captura de carbono, além de combustíveis alternativos e reutilização de matérias-primas na fase de construção. E servirá como zona de colaboração de empresas (startups), estudantes e investigadores. “Será mais do que um edifício. Será uma plataforma para a colaboração. Unirá Governo, academia e indústria. Aqui, as aplicações do mundo real encontrarão inovações revolucionárias e iremos moldar a próxima geração de materiais de construção”, disse o chairman da Cimpor Global Holdings, Suat Çalbiyik.

Questionado sobre o recrutamento para este laboratório, Suat Çalbiyik garantiu que, “nos próximos anos, com todos os workshops“, podem “chegar a 100 jovens engenheiros adicionais”. “Neste momento, os jovens engenheiros estão a sair para trabalhar fora de Portugal. Por que não vêm para Portugal? Acredito que os engenheiros portugueses podem voltar para o seu país e trabalhar connosco”, afiançou o presidente do conselho de administração da Cimpor, em declarações aos jornalistas.

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“Resiliência, criatividade e literacia tecnológica”. As competências à prova do futuro

Especialista em liderança recomenda que empresas criem "cultura de aprendizagem", em vez de reunirem centenas de cursos e deixarem aos trabalhadores a missão de se requalificarem.

Se quase quatro em cada dez dos maiores empregadores mundiais antecipam que as competências valorizadas no mercado de trabalho vão mudar nos próximos cinco anos, a questão que se impõe é a seguinte: afinal, quais são aquelas que são à prova do futuro? Resiliência e flexibilidade, curiosidade, criatividade e literacia tecnológica são algumas das competências apontadas ao ECO por Pär Lager, especialista em liderança, que está em Lisboa esta quarta-feira para a APED Retail Summit.

Autor de três livros — o mais recente sobre a necessidade de qualificação e requalificação dos profissionais –, Pär Lager é um dos maiores especialistas do norte da Europa, na área da liderança, análise competitiva e aprendizagem inovadora.

Questionado pelo ECO quanto às competências que serão chaves nas próximas décadas, enumera: resiliência, flexibilidade e agilidade, liderança e influência social, curiosidade e aprendizagem ao longo da vida, pensamento criativo, literacia tecnológica e em inteligência artificial.

Ainda assim, na visão deste especialista, os profissionais não estão, na sua maioria, conscientes da necessidade de atualizarem as suas competências, tendo em conta a transformação em curso no mercado de trabalho.

Pär Lager é um dos maiores especialistas em liderança da Europa do norte.

“A maioria das pessoas vê as mudanças rápidas a acontecerem, mas entende que só os outros precisam de se requalificar, não eles próprios”, afirma Pär Lager. “Está na hora de termos um maior sentido de urgência“, apela o responsável, que está em Lisboa para fazer uma apresentação sobre “capacitação, formação e requalificação das pessoas na era da inteligência artificial”.

Ao ECO, o especialista diz ainda que este processo de conquista e atualização de competências cabe não só aos indivíduos e às chefias diretas, como também às organizações e aos próprios Governos. Às empresas, deixa até um recado: reunir centenas de cursos online numa plataforma e atribuir a responsabilidade de qualificação aos profissionais não terá os resultados desejados.

A maioria das pessoas vê as mudanças rápidas a acontecerem, mas entende que só os outros precisam de se requalificar, não eles próprios. Está na hora de termos um maior sentido de urgência.

Pär Lager

Especialista em liderança

“Invistam, antes, na construção de uma cultura de aprendizagem“, recomenda Pär Lager, que frisa que os próprios líderes devem ser um exemplo a seguir, neste ponto. “Devem priorizar a sua própria aprendizagem e serem um catalisador da aprendizagem das demais pessoas”, realça.

De acordo com o Fórum Económico Mundial, que ouviu mais de mil empregadores em todo o mundo (que têm sob a sua alçada 14 milhões de trabalhadores), quase quatro em cada dez destes apontam que as competências valorizadas no mercado de trabalho mudarão até 2030. Estes dados constam da edição mais recente do relatório “Future of jobs”.

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