Stellantis de Mangualde diz que “não está previsto” encerramento da fábrica
“Não está previsto nenhum encerramento” da fábrica portuguesa da Stellantis, afirma fonte oficial, após as palavras de Carlos Tavares. O foco está nos elétricos, em produção desde o início do mês.
A Stellantis Mangualde não tem o encerramento no horizonte, assegurou ao ECO/Local Online fonte oficial da fábrica do grupo que juntou as marcas dos grupo Fiat/Chrysler e Peugeot/Citroën.
“Não está previsto nenhum encerramento, pois a fábrica Stellantis de Mangualde produz viaturas comerciais ligeiras que são neste momento líderes de mercado europeu e também especificamente líderes no mercado português”, afirmou fonte da fábrica do distrito de Viseu.
A garantia surge no mesmo dia em que, como o ECO noticiou, o presidente da Stellantis, Carlos Tavares, disse, numa entrevista ao jornal francês Les Echos, citada pela AFP, que “nada deve ser excluído” perante a ofensiva dos construtores de automóveis chineses na frente elétrica. “Se os chineses conquistarem 10% da quota de mercado na Europa no final da sua ofensiva, isso significa que produzirão 1,5 milhões de automóveis. Isto representa sete fábricas de montagem. Os fabricantes europeus terão então de fechá-las ou transferi-las para os chineses”.
Em Mangualde, não se coloca a hipótese de encerramento. À liderança do mercado europeu referida ao ECO/Local Online pela Stellantis Mangualde, soma-se o facto de que “esta unidade de produção é uma das fábricas mais competitivas do grupo Stellantis e realizou recentemente importantes transformações para receber os veículos elétricos, que está a produzir em série desde o início deste mês”.
Esta unidade de produção é uma das fábricas mais competitivas do grupo Stellantis e realizou recentemente importantes transformações para receber os veículos elétricos, que está a produzir em série desde o início deste mês.
A histórica fábrica sexagenária, que já montou carros como o Citroën 2 CV e mais tarde chegou a ser um satélite da fábrica de Vigo da PSA – Peugeot/Citroën, foi destacada em julho pelo presidente da companhia como “muito flexível”. Durante o evento de lançamento das versões 100% elétricas dos furgões da Citroën, Fiat, Opel e Peugeot ali produzidas, Carlos Tavares enalteceu a “fábrica que está muito flexível para ser capaz de absorver as variações de encomendas que são o resultado das políticas europeias em matéria de subsídios à compra de veículos elétricos”.
Para este ano é esperado novo recorde de produção nestes mais de 60 anos de operação, com um crescimento na ordem dos 5% face ao recorde do ano passado, para 87 mil veículos. Este número torna a Stellantis Mangualde a segunda fábrica mais importante em Portugal, apenas superada pela Autoeuropa.
Referindo-se aos 30 milhões de euros investidos para produção de veículos elétricos, o presidente da Stellantis — que já se sabe ter a saída do cargo agendada para 2026 – justificou a decisão de entregar à fábrica beirã a produção dos furgões elétricos com o “grande potencial em qualidade, uma boa competitividade de custos, que neste momento até é melhor do que a de Vigo. Portanto, não há razão para não dar à fábrica de Mangualde o fabrico dos veículos que representam o futuro”.
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