Albuquerque & Almeida assessora Bandora em ronda de investimento de 1,5 milhões de euros

A equipa da Albuquerque & Almeida foi liderada pelo sócio André Matias de Almeida e pelo associado sénior Miguel Almeida Simões, contando ainda com a participação do advogado Gonçalo Poejo Grilo.

A Albuquerque & Almeida assessorou a Bandora, startup especializada na otimização da gestão e controlo da climatização em edifícios, numa ronda de investimento de 1,5 milhões de euros. O objetivo é impulsionar o projeto de expansão da startup que promove a transformação digital de edifícios, tornando-os 100% autónomos.

“A ronda de investimento, liderada pela BlueCrow Capital, contou também com a participação da Portugal Ventures, elevando o montante total levantado para 1,6 milhões de euros”, explicou o escritório de advogados em comunicado.

A Bandora pretende nos próximos dois anos otimizar 600 edifícios com a sua “solução inovadora” e expandir-se para novos mercados na Europa e América Latina, entre os quais se incluem a República Dominicana e a Colômbia. Segundo Márcia Pereira, CEO da Bandora, a ambição deste ano é “multiplicar a faturação por 10 vezes”.

A equipa da Albuquerque & Almeida envolvida na operação foi liderada pelo sócio André Matias de Almeida e pelo associado sénior Miguel Almeida Simões, contando ainda com a participação do advogado Gonçalo Poejo Grilo.

“A nossa equipa tem o privilégio de assessorar a Bandora nesta fase crucial de crescimento e estamos confiantes de que, com este investimento, a Bandora alcançará os seus objetivos de expansão internacional e inovação no mercado”, revela André Matias de Almeida.

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Trabalhadores estrangeiros em Portugal aumentam. Já há quase meio milhão

  • Lusa
  • 20 Agosto 2024

O número de trabalhadores estrangeiros em Portugal tem vindo a aumentar e atingiu os 495 mil em 2023, mas ainda há algumas dificuldades na integração no mercado de trabalho.

O número de trabalhadores estrangeiros em Portugal tem vindo a aumentar e atingiu os 495 mil em 2023, mas ainda há algumas dificuldades na integração no mercado de trabalho.

Segundo o Boletim Económico do Banco de Portugal (BdP) de junho de 2024, registou-se um “aumento expressivo” dos trabalhadores estrangeiros: passaram de 55,6 mil em 2014 para 495,2 mil em 2023, o que representou 2,1% e 13,4% do número total de trabalhadores por conta de outrem em cada um destes anos.

Entre os trabalhadores por conta de outrem estrangeiros destacam-se aqueles com nacionalidade brasileira, com 209,4 mil indivíduos registados na Segurança Social em 2023, o que equivale a 42,3% dos trabalhadores com nacionalidade estrangeira registados.

“As seguintes quatro nacionalidades com maior número de trabalhadores por conta de outrem registados são a indiana (41,0 mil), nepalesa (26,9 mil), cabo-verdiana (22,7 mil) e bengali (18,8 mil)”, indica o BdP, acrescentando que “no seu conjunto, estas quatro nacionalidades representam 22,1% do total de trabalhadores por conta de outrem com nacionalidade estrangeira em 2023”.

Quanto às áreas de atividade, a mesma análise revela que em 2023, “cerca de metade dos trabalhadores estrangeiros por conta de outrem encontravam-se em empresas dos setores das atividades administrativas, alojamento e restauração, e construção“.

Nota também para a agricultura e pesca, em termos de incidência setorial, “onde quatro em cada dez trabalhadores por conta de outrem tinha nacionalidade estrangeira em 2023”, em particular nos concelhos do Alentejo e da Beira Baixa.

Perante este cenário, o Governo tem vindo a aplicar medidas, tanto de regulação como de apoio. Por um lado, apresentou o Plano de Ação para as Migrações que tem em vista uma “imigração regulada”, nomeadamente ao alterar o regime jurídico de entrada e permanência de estrangeiros em território nacional, revogando as autorizações de residência assentes em manifestações de interesse apresentadas pelos imigrantes.

No Plano de Ação para as Migrações, aprovado pelo Conselho de Ministros em 3 de junho, consta o “fim do regime excecional que passou a permitir uma entrada sem regras, extinguindo o designado procedimento de manifestações de interesse”, considerada uma “porta aberta e fonte de grande parte de pendências”.

Já não será possível a um estrangeiro com visto de turista tratar da sua regularização em Portugal, necessitando de um contrato de trabalho ou de outra solução tratada previamente na rede consular portuguesa.

Por outro lado, tendo em conta que foram identificadas algumas dificuldades na obtenção de trabalho, o Governo aprovou, no início de agosto, algumas medidas destinadas à promoção do emprego dos imigrantes.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, salientou na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros que a taxa de desemprego no país é de 6,1%, mas foram identificadas “algumas entorses” no que diz respeito ao desemprego jovem e qualificado e ao desemprego de imigrantes.

Assim, o Governo avançou com a criação de uma rede de parceiros, coordenada pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional, para reforçar a integração de imigrantes que não encontram trabalho ou perderam o vínculo laboral.

Os imigrantes que estão inscritos nos centros de emprego como desempregados ou à procura de emprego terão disponível um “acompanhamento individual através de um tutor e também cursos de formação e língua portuguesa”.

Além disso, foi anunciado o reforço do número de adidos nas embaixadas “com o objetivo de promover a contratação e colocar em contacto empresas que queiram recrutar trabalhadores estrangeiros bem como direcionar trabalhadores estrangeiros que queiram vir para o nosso país trabalhar”, mas “de forma regulada”.

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Bem-Estar das Pessoas: A Jornada Contínua da Critical Software

  • BRANDS' TRABALHO
  • 20 Agosto 2024

A Critical Software tornou-se em 2022 uma das nove empresas fundadores da MindAlliance. Falar sobre saúde mental não deve ser um tabu e uma das nossas missões é reduzir o estigma associado ao tema.

Com mais de 25 anos de experiência, a Critical Software desenvolve soluções de software e serviços de engenharia para o suporte de sistemas críticos orientados à segurança, à missão e ao negócio de empresas. Trabalhamos para algumas das indústrias mais exigentes, como Defesa, Aeroespaço, Ferrovia, Serviços Financeiros, Energia e Governo.

O nosso propósito é construir um mundo melhor e mais seguro. Comprometemo-nos a usar o poder da tecnologia para ajudar os nossos clientes, as nossas comunidades, os nossos colaboradores e o planeta que nos rodeia.

A nossa missão de tornar o mundo melhor e mais seguro está também presente quando olhamos para a nossa comunidade.

São as pessoas que garantem o futuro da Critical Software e, por isso, é essencial e prioritário investirmos na sua saúde e no seu bem-estar.

Em 2022, a Critical Software tornou-se uma das nove empresas fundadores da MindAlliance, a identidade adotada em Portugal pela MindForward Alliance. A Mind Alliance Portugal tem como principal objetivo promover a saúde mental no ambiente corporativo, focando-se em criar uma cultura empresarial que valorize o bem-estar psicológico dos colaboradores. Este objetivo é alcançado através da implementação de estratégias que visam reduzir o estigma associado à saúde mental, aumentar a literacia em saúde mental dentro das organizações e capacitar líderes para que possam integrar práticas de saúde mental nas suas políticas e processos internos. Para atingir estes objetivos, a Mind Alliance Portugal realiza uma série de atividades, incluindo a realização de workshops e formações, a criação e a distribuição de guias e recursos práticos, assim como a organização de eventos de sensibilização e networking. A aliança também se envolve em projetos de pesquisa e desenvolvimento, trabalhando em parceria com universidades e outras organizações para criar soluções inovadoras e eficazes para os desafios da saúde mental no local de trabalho. Além disso, participa ativamente em eventos globais, contribuindo para a construção de um ecossistema de suporte que promove a saúde mental de forma sustentável e abrangente.

A estratégia de Wellbeing da Critical Software foca-se em três pilares: o bem-estar mental, físico e social. Olhamos para as nossas pessoas e para as diferentes dimensões do seu bem-estar, de forma a criarmos iniciativas, eventos e políticas com o maior impacto.

Regemo-nos por um conjunto de princípios de work-life balance que definem linhas orientadoras e que promovem um equilíbrio saudável entre a vida profissional e a vida pessoal. Entre outros, estas linhas orientadoras definem limites horários, o respeito por períodos de descanso e férias, a organização de eventos corporativos em horário laboral, o respeito pela gestão de agendas, a prevenção e uma liderança positiva como exemplo.

Enquanto comunidade, estes princípios têm como objetivo a redução de níveis de stress, o aumento da felicidade, engagement e produtividade.

Na Critical temos uma equipa de Happiness & Engagement dedicada a promover uma cultura de bem-estar e de felicidade responsável por implementar, ouvir e direcionar as nossas pessoas para os mecanismos de apoio apropriados, especialmente em temas relacionados com o bem-estar e a saúde mental.

A Critical oferece um Employee Assistance Program (EAP), que garante consultas de psicologia, nutrição, suporte financeiro/fiscal e apoio social, gratuitas para todos os nossos colaboradores e os seus agregados familiares. Este programa disponibiliza também workshops mensais sobre estas temáticas e uma linha de apoio disponível 24/7.

Falar sobre saúde mental não deve ser um tabu, por isso, uma das nossas missões é normalizar, prevenir e incentivar a procura de apoio e reduzir progressivamente o estigma associado ao tema.

Especificamente nesta área, formamos frequentemente pessoas em primeiros socorros psicológicos (Mental Health First Responders), de forma que sejam reconhecidos os sinais e sintomas, e implementadas estratégias de prevenção e de ação associadas. A maioria das pessoas formadas assumem papéis de liderança. Os nossos líderes, que têm um contacto próximo com as suas pessoas, assumem um papel preponderante. Têm a oportunidade de observar, prevenir, ouvir, dar o exemplo e ajudar a criar ambientes de trabalho empáticos e saudáveis.

Para além destas formações, organizamos sessões de apoio, onde os líderes, guiados por uma psicóloga clínica, podem partilhar e esclarecer dúvidas sobre os desafios de saúde mental que encontram nas suas equipas. Sabemos o papel desafiante que assumem, e queremos estar lá para oferecer estratégias e apoiá-los neste caminho.

Promover o bem-estar físico tem também um impacto na saúde mental das nossas pessoas. Ambicionamos que se mantenham ativas, com uma alimentação saudável e uma boa qualidade de sono. Para isso, desenvolvemos iniciativas como o Critical Fit, que através da definição de um objetivo mensal de horas de exercício físico, pretende promover a atividade física. Ao alcançarmos o objetivo, a Critical Software e a Critical TechWorks garantem um donativo a duas instituições com cariz solidário, escolhidas pelas nossas pessoas, todos os meses.

Para promover o bem-estar social, de forma a criar um sentimento de pertença e construir relações saudáveis, organizamos eventos internos regularmente, temos instrumentos musicais nos escritórios (e três bandas oficiais!), hortas comunitárias e desenvolvemos um programa de reconhecimento interno, através do qual qualquer pessoa pode nomear colegas para receberem um agradecimento especial.

Criámos também o conceito Culture Club nos nossos escritórios, onde colaboradores organizam eventos para promover a nossa cultura organizacional localmente.

O bem-estar das nossas pessoas é uma prioridade para a Critical. Sabemos que nunca será um trabalho concluído, mas estamos comprometidos com este caminho.

Para que as nossas pessoas possam construir um mundo melhor e mais seguro, o primeiro passo é investirmos em tornar o mundo delas igualmente melhor e mais seguro.

Susana Santos
Happiness & Engagement na Critical Software

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Hoje nas notícias: Pensões, VIC Properties e incêndios

  • ECO
  • 20 Agosto 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O suplemento extraordinário a atribuir aos reformados em outubro vai, afinal, depender da soma de todas as pensões recebidas. A VIC Properties vai investir 320 milhões de euros para a segunda fase da reconversão da fábrica de gás da Matinha, em Cabo Ruivo, Lisboa, num empreendimento urbanístico num antigo espaço industrial. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Bónus vai afinal depender da soma de todas as pensões

O suplemento extraordinário que vai ser pago aos reformados em outubro depende, afinal, da soma de todas as pensões recebidas. Para quem receba duas pensões — por exemplo, de velhice e de sobrevivência –, o bónus a que tem direito pode ser mais baixo do que o inicialmente previsto, ou mesmo não se aplicar de todo. “O suplemento extraordinário é pago por pensionista. São tidas em linha de conta todas as pensões que recebe”, esclareceu fonte oficial do Ministério da Segurança Social. O suplemento será de 200 euros para pensionistas que recebam pensões até 509,26 euros, 150 euros para quem receba entre 509,26 e 1.018,52 euros e 100 euros para quem receba entre 1.018,52 e 1.527,78 euros.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

VIC Properties investe 320 milhões para a segunda fase da Matinha

A VIC Properties prepara um investimento de 320 milhões de euros para a segunda fase da reconversão da fábrica de gás da Matinha, em Cabo Ruivo, Lisboa, num empreendimento urbanístico de um antigo espaço industrial. O Estudo do Impacte Ambiental do Loteamento B do Plano de Pormenor da Matinha encontra-se em consulta pública até 27 de setembro. O loteamento da Matinha prevê o reaproveitamento de três dos quatro gasómetros que marcam a paisagem da antiga fábrica, revela o Observador. A fase de construção do projeto deverá ter a duração de seis anos, decorrendo de forma faseada e prevendo a construção de 702 fogos, segundo o Jornal Económico.

Leia a notícia completa no Observador e no Jornal Económico (acesso pago).

Tarifa regulada do gás ainda é a mais barata

Depois de um pico de preços derivados da crise energética de 2022, a normalização dos mercados internacionais ainda não foi suficiente para que os comercializadores de gás natural consigam propor às famílias preços mais competitivos do que a tarifa regulada. O boletim das ofertas comerciais de gás natural da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) revela que a diferença entre a tarifa regulada e as ofertas em mercado voltou a aumentar no terceiro trimestre. Ou seja, o preço regulado ainda beneficia das condições acordadas no contrato de longo prazo estabelecido pela Galp com a Nigeria LNG, ao contrário dos fornecimentos dos comercializadores em mercado.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

BCP não pára em bolsa. Banco não valia tanto há oito anos

As ações do BCP valorizaram 0,86% para 40,04 cêntimos na segunda-feira, fechando acima dos 40 cêntimos pela primeira vez desde 31 de maio de 2016. Este otimismo é resultado de um anúncio feito pelo CEO do banco em abril: Miguel Maya disse que o BCP iria passar a distribuir 50% ou mais dos lucros em 2025. Desde então, os títulos do banco já aumentaram 27,76%.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Madeira quer República a pagar mais um helicóptero de combate a incêndios

O secretário regional de Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, defende que é altura de o Governo da República apoiar a região autónoma da Madeira com mais um helicóptero de combate a incêndios. As chamas não têm dado tréguas na Madeira, estando à cerca de seis dias a consumir a floresta da ilha portuguesa. Desde 2019, a Madeira tem um helicóptero operacional permanentemente, cujos custos têm sido assumidos pelo Governo da Madeira e que além do combate a incêndios tem sido utilizado em operações de resgate.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

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O dia em direto nos mercados e na economia – 20 de agosto

  • ECO
  • 20 Agosto 2024

Ao longo desta terça-feira, 20 de agosto, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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3 ideias para fazer “render” o subsídio de férias

  • BRANDS' ECO
  • 20 Agosto 2024

Use uma parte do subsídio para aumentar o seu pé-de-meia.

O verão é uma época que significa descanso para muitas famílias. Muitas recebem o subsídio de férias por esta altura. As boas práticas dizem-nos que não devemos gastar todo o 14.º mês de ordenado. Deixamos 3 ideias para esticar este rendimento.

Reduza ou elimine dívidas

Se tem créditos a decorrer, usar uma parte do seu subsídio de férias para reduzir ou eliminar mesmo uma dívida pode ser a melhor forma de aplicar parte do seu dinheiro.

Se tiver créditos pessoais ou dívidas no cartão de crédito está a pagar juros de dois dígitos, por isso a amortização destes financiamentos vai resultar numa poupança significativa. Sendo que amortizar um crédito habitação também compensa, ainda que as taxas de juro sejam mais baixas.

Reforce as suas poupanças

Use uma parte do subsídio para aumentar o seu pé-de-meia. Se ainda não o tem, esta é uma boa estratégia para começar.

Uma boa gestão financeira recomenda que tenhamos um fundo de emergência para podermos responder a eventuais imprevistos. Esta poupança deve estar acessível, mas pouco. Ou seja, deve conseguir retirar dinheiro numa emergência, mas não deve ser a conta que usa no dia a dia, uma vez que a regra é que só aceda ao dinheiro em caso de necessidade.

Pode optar por colocar este dinheiro num depósito ou em Certificados de Aforro ou do Tesouro. Estes produtos têm um risco baixo e os valores podem ser transacionados facilmente (atenção que os Certificados têm um período de três meses em que não podem ser mexidos).

Estes produtos de poupança têm uma segurança superior, contudo rendem pouco.

Invista e faça crescer o seu dinheiro

Se os produtos de poupança como os depósitos ou certificados têm um retorno baixo, há uma panóplia de outros produtos que podem fazer o seu dinheiro crescer.

Invista uma fatia do seu subsídio de férias para poder beneficiar mais à frente.

Há diversos tipos de investimento, sendo que é recomendável que se conheça enquanto investidor antes de avançar. Ainda assim, pode optar por produtos tão variados como um PPR, cujo risco pode ser menor, ou um produto complexo de elevado risco.

O ideal é ter uma carteira diversificada, alinhada com o seu perfil, e composta apenas por ativos que conheça e compreenda: características, condições e, sobretudo, nível de risco.

O subsídio de férias é um rendimento que usamos para ir de férias, pagar algumas despesas, preparar o regresso às aulas, entre outros destinos. Contudo, devemos alocar uma parte, mesmo que pequena, num destino que nos proporcione bem-estar num espaço temporal mais longo, seja porque conseguimos eliminar uma dívida ou porque estamos a conseguir construir um rendimento adicional para a nossa reforma.

 

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Rei de Marrocos indulta 5.516 pessoas, na maioria produtores de canábis

  • Lusa
  • 20 Agosto 2024

Perdão a 5.516 pessoas, na maioria produtores de canábis, acontece depois de as autoridades terem legalizado, em 2021, o cultivo e comercialização do produto para fins medicinais e industriais.

Mohammed VI (ao centro), o rei de MarrocosLusa

O rei de Marrocos concedeu um perdão real a 5.516 pessoas, na maioria produtores de canábis, depois de as autoridades terem legalizado, em 2021, o cultivo e comercialização do produto para fins medicinais e industriais.

Mohammed VI perdoou na segunda-feira 4.831 “pessoas que foram condenadas, processadas ou investigadas em casos relacionados com o cultivo de canábis e preenchiam as condições necessárias para beneficiar do perdão”.

Além disso, foram indultados 548 detidos e 137 pessoas em liberdade “condenadas por diferentes tribunais” do país.

Estas medidas foram anunciadas horas antes do 71.º aniversário da “Revolução do Rei e do Povo”, que comemora o exílio do avô do monarca, Mohammed V, a 20 de agosto, pelo Ministério da Justiça, num comunicado publicado pela agência de notícias MAP.

O Ministério sublinhou os “aspetos humanitários deste gesto nobre” e salientou que vai permitir aos indultados “integrarem-se na nova estratégia a que as regiões em causa se comprometeram na sequência da criação da agência nacional para a legalização” da canábis.

A produção e a comercialização da canábis, centrada principalmente na região do Rif, foi ilegal durante anos, tendo levado ao florescimento de redes de tráfico ilegal, que também afetam a Espanha.

Nos últimos anos, o Rif tem sido palco de protestos contra a desigualdade económica e o elevado desemprego.

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Mais de 20 milhões de casas em Espanha precisam de uma renovação eficiente

  • Servimedia
  • 20 Agosto 2024

Em Espanha existem mais de 20 milhões de habitações com certificação energética E, F e G, abaixo das normas exigidas pela Europa segundo dados o Observatorio del Alquiler e da Sociedad de Tasación.

No passado mês de março, o Parlamento Europeu assinalou um marco importante no seu compromisso com a sustentabilidade ao aprovar a revisão da Diretiva relativa ao desempenho energético dos edifícios (EPBD), que visa minimizar as emissões de gases com efeito de estufa e o consumo de energia no setor da construção da UE até 2030 e torná-lo neutro em termos climáticos a partir de 2050.

Os Estados-Membros têm agora dois anos para transpor a diretiva para o direito nacional. O que ainda não se sabe é quais as medidas que a Espanha irá tomar e como irá legislar para responder ao exigente desafio imposto pela Europa, uma vez que cada país deve apresentar o seu primeiro projeto de plano de renovação de edifícios à Comissão até 31 de dezembro de 2025, o mais tardar.

Os edifícios são responsáveis por cerca de 40% do consumo total de energia da UE e por 36% das emissões de gases com efeito de estufa provenientes da energia. Os edifícios são, por conseguinte, cruciais para alcançar o objetivo da UE de neutralidade climática até 2050.

O Colégio de Arquitectos da Catalunha (COAC) assinala que, no caso de Espanha, o parque residencial tem algumas caraterísticas que o diferenciam de outros parques europeus e que constituirão desafios e a fonte dos principais obstáculos à descarbonização dos edifícios.

20 MILHÕES DE CASAS INEFICIENTES

Os especialistas do setor assinalam que as medidas a adotar em Espanha na transposição da diretiva poderão ter um caráter punitivo através de impostos, bem como de incentivos fiscais, como acontece noutros setores, como o automóvel. É o caso, por exemplo, da França, que encarou a questão com a urgência que ela exige e já adotou medidas rigorosas para adaptar o seu parque imobiliário à regulamentação europeia.

Concretamente, desde 2023, o governo francês impede a comercialização – tanto para aluguer como para venda – de casas que não possuam certificados mínimos de eficiência energética, garantindo assim o compromisso dos proprietários em renovar as suas propriedades.

Greta Tresserra, membro do COAC para a Sustentabilidade, Inovação e Internacional, salientou que “as singularidades de cada país significam que a transferência de experiências de um para outro não pode ser tão direta como seria de desejar”, uma vez que o nível de exigência de alguns parques pode ser muito elevado.

“Associar um plano de renovação a longo prazo – com um passaporte de renovação que o comprometa – às restrições de eficiência energética que são impostas ao mercado como garantia da qualidade da habitação que é oferecida para arrendamento ou venda já não é tão exigente e pode ser uma boa forma de melhorar a qualidade do parque”, explicou Tresserra.

Desta forma, “o modelo francês – que serviu de referência à proposta do projeto de diretiva – poderia ter uma versão mais aceitável e servir de motor para a reabilitação”, sublinhou.

RESTRIÇÕES E IMPOSTOS

A Espanha poderia seguir o modelo francês e exigir determinados níveis de certificação energética para poder arrendar um imóvel, ou penalizar os proprietários cujos imóveis não cumpram os requisitos mínimos de certificação, obrigando-os a fixar rendas mais baixas.

Mas, para além das medidas ligadas ao arrendamento, outras possíveis propostas a considerar pelo Governo para as primeiras residências seriam uma redução do Imposto Predial (IBI) para os proprietários que efetuassem melhorias de eficiência energética ou um aumento para os que não o fizessem, segundo fontes do setor.

Independentemente da forma como a Espanha transpõe a Diretiva Europeia, o que já é uma realidade é que a renovação energética dos edifícios é um setor em crescimento que irá gerar oportunidades de emprego significativas e mobilizar milhões de dólares em orçamentos. De facto, para fazer face a esta ambiciosa transformação do parque imobiliário europeu, serão mobilizados recursos europeus como os fundos Next Generation, bem como medidas locais, como as deduções no Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRPF) no caso de Espanha.

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Kamala homenageia Biden no arranque da convenção democrata: “Estaremos eternamente gratos”

  • Lusa
  • 20 Agosto 2024

Na primeira aparição de Kamala Harris na Convenção Democrata, a candidata oficial do partido às eleições Presidenciais homenageou o atual Presidente Joe Biden na sua intervenção inicial.

Kamala Harris concorre contra Donald Trump nas eleições Presidenciais norte-americanasLusa

Kamala Harris fez, na madrugada desta terça-feira, a primeira aparição na Convenção Democrata como candidata oficial do partido às eleições Presidenciais e homenageou o Presidente Joe Biden na intervenção inicial.

“Esta vai ser uma grande semana”, disse a candidata, depois de entrar em palco com uma ovação que levantou os milhares de participantes das cadeiras. “Quero começar celebrando o nosso incrível Presidente Joe Biden”, afirmou. E completou: “Estaremos eternamente gratos.”

Harris, que apareceu de sorriso rasgado perante uma audiência que os analistas da CNN classificaram de “eletrizante”, mencionou a diversidade das pessoas presentes na Convenção, que regressa a Chicago 28 anos depois. “Olhando para todos os presentes esta noite, vejo a beleza da nossa grande nação, gente de todos os lados e com todo o tipo de historial”, disse Harris.

A candidata democrata, que em menos de um mês conseguiu virar as sondagens dos estados críticos a seu favor, falou de “seguir em frente” com uma mensagem de “otimismo, esperança e fé”, salientando que há muito mais que une que o que separa os americanos uns dos outros.

Antes das declarações de Kamala Harris, a presidente da Câmara de Los Angeles, Karen Bass, fez uma intervenção durante a qual elogiou o trabalho da candidata quando era procuradora-geral da Califórnia. “Lutámos para endereçar o problema dos jovens sem-abrigo e reformar o sistema de assistência social infantil”, afirmou Bass.

“Quando a Kamala encontra alguém jovem, conseguimos sentir a sua paixão, o seu coração e a sua coragem”, continuou. “É isso que define o compromisso com as crianças, estar disposta a lutar por todas”.

As primeiras declarações de Kamala Harris acontecem na noite em que a estrela é Joe Biden, com uma passagem simbólica do testemunho à sua vice-Presidente.

A convenção democrata decorre até 22 de agosto com uma parada de estrelas do partido, cujo objetivo é não perder o momento propício que vive e não ter a consagração de Harris ofuscada pelos protestos pró-Palestina nos arredores do centro de convenções.

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Barcelona revela o seu primeiro ecrã 3D de grande formato na fachada do America’s Cup Experience

  • Servimedia
  • 20 Agosto 2024

Com 200 m2, este ecrã oferecerá conteúdos sobre a America's Cup e a cidade de Barcelona de uma forma inovadora e tridimensional.

Os organizadores da America’s Cup Experience ligaram o primeiro ecrã 3D de grande formato de Barcelona na fachada do Imax. A exposição oficial da 37ª Taça América da Louis Vuitton dá um novo passo em frente e incorpora um ecrã gigante de quase 200 metros quadrados, virado para a cidade e visível do Moll de la Fusta.

O novo ecrã fornecerá informações pormenorizadas sobre a competição da America’s Cup. Assim, os cidadãos poderão seguir o percurso das equipas participantes, ver os espetaculares barcos emergirem do ecrã e reviver os momentos mais emblemáticos da competição. Esta iniciativa contribui para aproximar a grande regata dos cidadãos de Barcelona, que é o principal objetivo da America’s Cup Experience, a força motriz do projeto.

Para além de conteúdos relacionados com a America’s Cup, o ecrã oferecerá também imagens de Barcelona e informações em tempo real sobre o estado do mar. A “janela de Barcelona”, como o ecrã foi batizado, será também utilizada para mostrar a agenda cultural da cidade, sobrevoando e aproximando-se dos locais onde se realizam eventos de interesse.

Trata-se de um dos exemplos de tecnologia de ponta no domínio da comunicação. Atualmente, existem cerca de 15 grandes ecrãs 3D exteriores no mundo, principalmente em grandes cidades como Nova Iorque, Londres, Tóquio e Xangai. Barcelona torna-se assim o novo ponto do mapa para desfrutar de conteúdos com esta tecnologia.

“Com esta nova instalação da America’s Cup Experience, Barcelona dá um passo em frente na sua aposta na inovação e na tecnologia, oferecendo aos seus cidadãos e visitantes uma experiência única, tanto no interior do centro como na sua fachada exterior”, explicou Juan Manuel Sevillano, diretor-geral da America’s Cup Experience.

Para além dos temas ligados ao mar, à America’s Cup e à agenda cultural da cidade, a “janela para Barcelona” terá outros elementos que atrairão o público ao Port Vell da cidade, como a ACEX cam, que permitirá aos visitantes gravarem-se a si próprios em vídeo numa plataforma tecnológica de 360º, partilharem a experiência e projetarem-na no ecrã 3D.

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Exportações portuguesas de alta tecnologia aeroespacial duplicam no primeiro semestre. Vendas para EUA disparam 500%

Exportações portuguesas de Produtos de Alta Tecnologia ultrapassaram dois mil milhões de euros no 1º semestre. Maior crescimento registou-se na área aeroespacial e há expetativa que assim continue.

As exportações portuguesas de produtos de alta tecnologia aeroespaciais estão em rota de crescimento e a expectativa é que continuem a acelerar, com o aumento do número de empresas nesta área e contratos internacionais alcançados. As exportações de Produtos de Alta Tecnologia (PAT) continuam a crescer, tendo aumentado 7,7% nos primeiros seis meses deste ano, face a igual período de 2023, ultrapassando os dois mil milhões de euros, de acordo com os dados solicitados pelo ECO ao Instituto Nacional de Estatística (INE).

Para este crescimento tem contribuído em larga medida o aumento da venda de bens ao exterior na área aeroespacial produzidos em Portugal. Entre janeiro e junho deste ano, dos nove bens com a classificação de Produtos de Alta Tecnologia (PAT) considerados pelo INE, as exportações na área aereoespacial registaram a maior taxa de variação homóloga, ao disparar 100%, atingindo mais de 67 milhões de euros.

No primeiro semestre deste ano, entre os principais países de destino encontram-se a Ucrânia, com 24,9 milhões de euros exportados e uma taxa de crescimento de 210%, e os Estados Unidos, com 16,4 milhões de euros, refletindo um aumento de 507%. Em menor escala, seguem-se o Reino Unido, com 9,6 milhões de euros, Espanha, com 5,7 milhões de euros, e França, com 5,3 milhões de euros.

Em declarações ao ECO, Ricardo Conde, presidente da Agência Espacial Portuguesa, destaca que os dois principais destinos de exportação nesta área têm, sobretudo, a ver com “a situação que se está a viver na Ucrânia, já que em particular na área aeronáutica estão em causa drones” mas a evolução resulta “também de toda a tecnologia de comunicação através do espaço e observação”.

No caso das exportações para a Ucrânia o impulso deve-se sobretudo aos drones da empresa portuguesa aeroespacial Tekever, fundada em 2001 por antigos alunos do Instituto Superior Técnico (IST), que conta atualmente com mais de 350 trabalhadores.

No caso das exportações para a Ucrânia o impulso deve-se sobretudo aos drones da empresa portuguesa aeroespacial Tekever, fundada em 2001 por antigos alunos do Instituto Superior Técnico (IST), que em 2010 identificou uma oportunidade de mercado no desenvolvimento deste produto e que conta atualmente com mais de 350 trabalhadores.

O responsável da Agência Espacial Portuguesa, organização criada pelo Governo português para implementar a Estratégia Nacional para o Espaço (Portugal Espaço 2030), destaca que o crescimento das exportações na área aeroespacial – que inclui também a aeronáutica – resulta da produção de “novas empresas que se estabeleceram em Portugal e contratos que algumas empresas ganharam no contexto internacional”. Entre 2020 e 2023 surgiram seis novas empresas nesta área em Portugal, sendo a maioria estrangeiras, embora startups portuguesas também marquem presença, segundo dados da agência.

Entre as mais de 80 empresas ligadas ao setor espacial e 30 centros de investigação atualmente em Portugal, Ricardo Conde aponta como exemplo os casos da GeoSat –Global Earth Observation Satellites, Beyond Gravity Portugal ou da RFA Portugal. Em Lisboa e Vale do Tejo existe a maior concentração, com 45 empresas ou centros de investigação da área espacial, seguindo-se o Centro, com 36, e em menor número o Norte, com 25. Nos Açores existem nove, no Alentejo seis, no Algarve cinco e na Madeira dois.

Em Lisboa e Vale do Tejo existe a maior concentração, com 45 empresas ou centros de investigação da área espacial, seguindo-se o Centro, com 36, e em menor número o Norte, com 25. Nos Açores existem nove, no Alentejo seis, no Algarve cinco e na Madeira dois.

“A aposta no crescimento dos setores reflete também a estratégia nacional para o espaço”, salienta. O país tem participado em Programas de I&D e Inovação da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (AESA), tendo ainda protocolos estabelecidos com a NASA. Na totalidade de 2023, por exemplo, o investimento público em atividades do espaço foi o mais alto de sempre, atingindo 135 milhões de euros, de acordo com dados da Agência Espacial Portuguesa.

O presidente da Agência Especial Portuguesa acredita que o crescimento das exportações portuguesas nesta área irá continuar na segunda metade do ano. “Haverá mais contratos certamente ganhos pelas empresas. O ano está a correr bem”, disse. Para Ricardo Conde, “a questão agora é preparar caminho para os próximos anos, para o desenvolvimento não ser só de produtos, mas também de serviços, de modo que Portugal seja também provador de sistemas”.

Haverá mais contratos certamente ganhos pelas empresas. O ano está a correr bem. A questão agora é preparar caminho para os próximos anos, para o desenvolvimento não ser só de produtos, mas também de serviços.

Ricardo Conde

Presidente da Agência Espacial Portuguesa

Do ecossistema aeroespacial português fazem ainda parte empresas como a portuguesa Lusospace, que irá lançar em outubro o microsatélite PoSAT-2. Com um custo de cerca de um milhão de euros, o microsatélite será enviado para o espaço a bordo do foguetão Falcon 9, da empresa norte-americana SpaceX, e ficará posicionado numa órbita baixa, a cerca de 500 quilómetros de altitude da Terra, acima da Estação Espacial Internacional, a “casa” e laboratório dos astronautas, de acordo com a informação adiantada pela empresa à Lusa. Destacam-se ainda, entre outras, neste ecossistema a Active Space Technologies, a Altice Portugal, a Amorim Cork Composites, a D-Orbit, a Eye2Map, a Lusospace, ou a VisionSpace Portugal.

Telecomunicações têm o maior peso nas exportações de PAT

Apesar de as exportações portuguesas de bens na área aeroespacial terem registado a maior taxa de variação homóloga, são os produtos eletrónicos, na área das telecomunicações, que continuam a valer metade das vendas de produtos de alta tecnologia ao exterior.

As exportações portuguesas de telecomunicações de PAT cresceram 15% no primeiro semestre em comparação com o mesmo período do ano passado, para 1.162 milhões de euros. No pódio dos destinos encontra-se Espanha, com mais de 329 milhões de euros exportados e um crescimento de 41%, seguindo-se a Alemanha, com um aumento de 13% para cerca de 313 milhões de euros, e os Estados Unidos com 81,6 milhões de euros (com uma queda de 6%).

Por seu lado, as exportações de instrumentos científicos subiram cerca de 37% para 207 milhões de euros, enquanto os produtos farmacêuticos recuaram 13% para 229,8 milhões de euros. Já as exportações de produtos químicos caíram 4% para 118,7 milhões de euros e as de máquinas elétricas 18% para 113,2 milhões de euros.

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#12 As férias de Isabel Ucha. Três livros e mil ideias para o futuro da bolsa

  • ECO
  • 20 Agosto 2024

A CEO da Euronext Lisboa promete desligar nas férias... mas não muito. Afinal, a bolsa não tira férias e a vontade de querer aprender sempre mais leva-a a carregar na mala três livros de peso.

  • Ao longo do mês de agosto, o ECO vai publicar a rubrica “Férias dos CEO”, onde questiona os gestores portugueses sobre como passam este momento de descanso e o que os espera no regresso.

Apesar da tentação de desligar completamente durante as férias, Isabel Ucha, presidente da Euronext Lisboa, admite que manterá algum contacto com a equipa, mas só o “estritamente necessário” para garantir que tudo corre sobre rodas. Entre um mergulho e outro, Isabel revela ao ECO que aproveita as férias para refletir sobre decisões estratégicas e pessoais, procurando novas aprendizagens e experiências que a ajudem a crescer e é por isso que a líder da bolsa nacional carrega na mala três livros que a levarão a mergulhar em temas cruciais como as alterações climáticas, a evolução da Internet e os desastres empresariais.

Que livros, séries e podcasts vai levar na bagagem e porquê?

Gosto muito de ler e, embora já tenha aderido ao livro eletrónico, ainda tiro prazer de folhear e ler um livro em papel, e de arrumar estes livros por temas nas minhas estantes. Nestas férias escolhi três livros: “How to Avoid a Climate Disaster”, de Bill Gates, “Read Write Own: Building the Next Era of the Internet”, de Chris Dixon, e “Going Infinite”, de Michael Lewis. Estes três livros abordam três temáticas que considero incontornáveis nos tempos que vivemos:

  1. Perceber as alterações climáticas e os temas ambientais com rigor científico, sem descurar os contornos e incentivos económicos;
  2. Perceber de onde veio e onde nos vai levar a nova era da Internet;
  3. Aprender como a natureza humana, na sua enorme diversidade e dinâmica, pode causar estrondosos desastres empresariais (o caso da empresa de crypto FTX).

Desliga totalmente ou mantém contacto com as equipas durante as férias?

As férias são um momento importante para toda a equipa descansar, conviver com os seus familiares e amigos, e dedicar-se a atividades diversificadas. Assim, procuro incentivar todos os colaboradores e eu própria, a cumprir esses momentos de pausa, que são tão importantes para mantermos uma vida plena e equilibrada. Por outro lado, a vivência de outras experiências é uma potencial fonte de inspiração e criatividade. Nas funções que ocupo, tenho que manter algum contacto durante as férias, para garantir que a atividade continua a correr sem problemas, mas tento limitar esses contactos ao estritamente necessário.

As férias são um momento para refletir sobre decisões estratégicas ou da carreira pessoal?

Nas férias procuro, por vezes, momentos que me tragam novos ensinamentos e experiências. E, por vezes, falar com pessoas que me podem ajudar a refletir sobre um determinado tópico. Aproveito para ler livros sobre temas que podem estar correlacionados com o negócio, mas sobretudo que me ajudam a crescer intelectualmente e ter uma visão mais abrangente da economia, da natureza humana e do mundo em geral.

Que temas vão marcar o seu setor na rentrée?

A atividade dos mercados de capitais vai ser marcada por um conjunto de fatores externos e também decisões internas das organizações. Nos fatores externos, certamente que o contexto geopolítico e os cenários de guerra em curso, o desfecho eleitoral nos EUA e noutros países, e a evolução macroeconómica, designadamente a inflação e o crescimento, vão marcar a volatilidade e o sentido dos mercados.

O modo como a Europa e as suas instituições de referência reagirem, vai ser determinante no caminho que tem que ser feito para fortalecer a dinamizar a economia europeia. A Euronext irá apresentar o seu plano estratégico para o próximo triénio em novembro, e, portanto, os próximos meses serão marcados pela reflexão, análise e decisão sobre um conjunto de iniciativas. Em Portugal, será importante acompanhar o rumo da política económica deste Governo, e também a dinâmica das empresas portuguesas mais competitivas e com maior ambição de crescimento.

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