ERC retifica deliberação sobre entrevista de José Rodrigues dos Santos mas mantém as conclusões

O regulador eliminou a parte factualmente errada na deliberação em que acusa José Rodrigues dos Santos, mas continua a afirmar que o entrevistador se afastou do registo de factualidade.

A ERC retificou esta quarta-feira a deliberação na qual critica a forma como José Rodrigues dos Santos conduziu a entrevista a Marta Temido durante a campanha das eleições europeias, mas mantém as conclusões. Ou seja, considera que a entrevista na RTP1 à candidata do PS, “pela forma como foi conduzida, afastou-se do registo de factualidade” e “é suscetível de prejudicar o direito dos telespetadores de serem informados”.

“O Conselho Regulador da ERC — Entidade Reguladora para a Comunicação Social, na sua reunião de 28 de agosto de 2024, retificou a Deliberação ERC/2024/388 (OUT-TV), de 7 agosto (“Participações contra a RTP1 a propósito da exibição de uma entrevista a Marta Temido, cabeça de lista pelo PS às eleições europeias”), devido a um lapso de transcrição identificado no parágrafo 44”, avançou o regulador em resposta ao +M.

No entanto, prossegue, “a retificação não altera a deliberação de 7 de agosto, adotada ao abrigo das atribuições e competências da ERC, nomeadamente, as previstas na alínea d) do artigo 7.º e na alínea a) do n.º 3 do artigo 24.º dos Estatutos da ERC“.

“Assegurar que a informação fornecida pelos prestadores de serviços de natureza editorial se pauta por critérios de exigência e rigor jornalísticos, efetivando a responsabilidade editorial perante o público em geral dos que se encontram sujeitos à sua jurisdição, caso se mostrem violados os princípios e regras legais aplicáveis; e fazer respeitar os princípios e limites legais aos conteúdos difundidos pelas entidades que prosseguem atividades de comunicação social, designadamente em matéria de rigor informativo e de proteção”, são então os dois artigos evocados pela ERC na deliberação de 7 de agosto.

Com as alterações desta quarta-feira, do texto no qual se lia “44 – Ademais, observa-se que o jornalista fez comentários laterais a afirmações da entrevistada que se situam no plano da opinião, e não no plano da factualidade. Veja-se, por exemplo, na sequência da afirmação da entrevistada de que «alguns [países] têm até situações de tal forma graves que, neste momento, equacionar esta questão levanta uma série de outras questões», o jornalista replica «por acaso, não creio.; 45 – Em outro momento da entrevista, o jornalista responde à entrevistada: «Pronto, mas fica o seu desmentido, não fomos ultrapassados no PIB per capita. Enfim, os dados que eu vi, vi”, foi apagado o primeiro exemplo.

Passou então a ler-se “ademais, observa-se que o jornalista fez comentários laterais a afirmações da entrevistada que se situam no plano da opinião, e não no plano da factualidade. Veja-se, por exemplo, no momento da entrevista em que o jornalista responde à entrevistada: «Pronto, mas fica o seu desmentido, não fomos ultrapassados no PIB per capita. Enfim, os dados que eu vi, vi.”

Ou seja, o regulador eliminou a parte factualmente errada da sua deliberação, na qual atribuía ao jornalista uma frase não dita — “por acaso, não creio” –, mas manteve tudo o resto.

Este domingo, recorde-se, num artigo publicado no Observador, José Rodrigues dos Santos rebateu ponto por ponto a deliberação da ERC, defendendo que não violou qualquer dos seus deveres deontológicos na condução da entrevista, limitando-se a “ir a repique”, apontando ainda um erro factual na deliberação da Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

“A ERC diz que teci ‘comentários laterais a afirmações da entrevistada que se situam no plano da opinião e não no plano da factualidade’. Para sustentar esta afirmação extraordinária, a ERC invoca que, quando a entrevistada afirmou que ‘alguns (países) têm até situações de tal modo graves que, neste momento, equacionar esta questão levanta uma série de outras questões’, eu terei replicado ‘por acaso, não creio‘. Fiquei muito espantado com esta citação, porquanto não proferi a declaração que a ERC me atribui. (…) Ao ouvir isto, eu de facto disse algo, mas, ao contrário do que pretende a ERC, não foi ‘por acaso, não creio’. O que eu disse foi ‘o caso da Ucrânia’”, apontou José Rodrigues dos Santos.

Em suma, o problema desta entrevista não foi colocar em causa o direito constitucional dos telespectadores à informação, foi o facto de a entrevistada evitar o tema e, quando forçada a encará-lo, negar informação factualmente verdadeira ou prestar declarações factualmente falsas ou que induziam em erro, o que inevitavelmente obrigou a repique”, contestou o jornalista.

Já esta terça-feira, e a propósito da deliberação, a Iniciativa Liberal chamou a ERC ao Parlamento. Num pedido de audição, entregue esta terça-feira pelo partido liderado por Rui Rocha na Comissão Parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, os liberais defendem que “qualquer pronunciamento, por parte de entidades públicas, referente à pertinência ou adequação da conduta de jornalistas deve ser cuidadosamente avaliado antes da sua emissão, atendendo à suscetibilidade das liberdades que podem estar em causa”.

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Ações da Mota-Engil já caem 22% este ano, pressionadas por “expectativas muito elevadas”

Os resultados da construtora foram fortes, mas terão ficado aquém das expectativas dos investidores no que toca ao crescimento. Queda do título face ao pico de 5 de março é de quase metade, 47%.

As ações da Mota-Engil EGL 0,00% tombaram 10,78% esta quarta-feira, com a pior sessão deste outubro do ano passado a ser marcada pela desilusão dos investidores face ao ritmo de crescimento da construtora, apesar de ter divulgado resultados fortes.

Os títulos da empresa liderada por Carlos Mota Soares fecharam nos 3,078 euros, o que compara com os 3,96 euros no início do ano e os 5,81 euros no pico registado a 5 de março. No acumular do ano, as perdas são de 22%, enquanto face ao último máximo os investidores perderam quase metade do valor, 47%.

Na madrugada de quarta-feira, a Mota-Engil informou que o lucro líquido da Mota-Engil disparou 65% em termos homólogos para 49 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, impulsionado por um novo recorde na faturação, adiantando que a carteira de encomendas também atingiu um novo máximo.

O resultado líquido atribuível ao grupo reflete uma margem líquida de 2%, e a empresa salientou o “robusto” volume de negócios com uma subida homóloga de 7% para 2.732 milhões de euros.

“Os resultados apresentados pela Mota-Engil foram positivos”, afirmou ao ECO Henrique Tomé, analista da corretora XTB. “No entanto, devemos salientar que o mercado move-se por expectativas que neste caso eram muito elevadas, ficando assim aquém aos olhos dos investidores”.

Para Tomé, entre os pontos positivos a empresa continua a melhorar e mostrou dados fundamentais de crescimento. Já nos pontos negativos, “o crescimento apresentado ficou abaixo das expectativas do mercado, visto que as ações tinham tido um rally impressionante em 2023 quando se esperava que a empresa continuasse a crescer a um ritmo muito mais forte”.

“Nesta altura, a tendência já inverteu e estamos numa correção muita agressiva (desde o topo superior a 40%), portanto neste momento o preço deverá ir em linha com o seu valor fundamental que poderá ainda ter espaço para mais algumas movimentações”, sublinhou o analista da XTB.

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EUA reforçam sanções a colonos israelitas na Cisjordânia

  • Lusa
  • 28 Agosto 2024

A nova vaga de sanções visa em particular uma organização não-governamental, Hashomer Yosh, e os seus líderes, acusados de prestar apoio material ao colonato de Meitarim, na Cisjordânia.

Os Estados Unidos anunciaram esta quarta-feira novas sanções contra colonos israelitas na Cisjordânia, instando Telavive a lutar contra os grupos extremistas que são acusados de alimentar a violência nos territórios ocupados na Palestina. O anúncio surge no mesmo dia em que o Exército israelita lançou uma operação militar em grande escala no norte da Cisjordânia, justificando com a morte de nove combatentes palestinianos.

“A violência extremista dos colonos na Cisjordânia causa intenso sofrimento humano, prejudica a segurança de Israel e mina as perspetivas de paz e estabilidade na região”, justificou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em comunicado de imprensa. “É essencial que o governo israelita responsabilize os indivíduos e entidades responsáveis pela violência contra civis na Cisjordânia”, acrescentou.

A nova vaga de sanções visa em particular uma organização não-governamental, Hashomer Yosh, e os seus líderes, acusados de prestar apoio material ao colonato de Meitarim, na Cisjordânia, segundo o Departamento de Estado. Washington sancionou também Yitzhak Levi Filant, descrito como o coordenador de segurança do colonato de Yitzhar, também na Cisjordânia.

“Em fevereiro de 2024, liderou um grupo de colonos armados que montaram bloqueios de estradas e realizaram patrulhas para perseguir e atacar palestinianos nas suas terras e expulsá-los à força”, segundo o comunicado. Os Estados Unidos já impuseram várias sanções contra colonos israelitas e manifestaram a sua forte oposição a qualquer expansão dos colonatos na Cisjordânia, apoiadas por membros da extrema-direita do Governo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.

Desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, em 7 de outubro, a violência intensificou-se na Cisjordânia, um território palestiniano ocupado por Israel desde 1967.

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Cellnex compra ativos detidos pela Nos Technology

  • Lusa
  • 28 Agosto 2024

Os ativos "têm por atividade a disponibilização de infraestruturas passivas de suporte a redes de comunicações sem fios".

A On Tower Portugal, subsidiária da Cellnex Portugal, notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) da compra de um conjunto de ativos detidos pela Nos Technology, informou esta quarta-feira a entidade reguladora.

A operação de concentração em causa “consiste na aquisição, pela On Tower Portugal, S.A., à Nos Technology – Concepção, Construção e Gestão de Redes de Comunicações, S. A., dos ativos correspondentes a seis macro-sites para colocação de equipamento de telecomunicações móveis“, lê-se no comunicado do site da AdC.

Estes ativos “têm por atividade a disponibilização de infraestruturas passivas de suporte a redes de comunicações sem fios”.

A On Tower Portugal é uma subsidiária totalmente detida pela Cellnex Portugal, a qual, por sua vez, é uma filial portuguesa integralmente detida pela Cellnex Telecom, empresa com sede em Espanha, que opera infraestruturas passivas de telecomunicações sem fios em vários países europeus.

“Em Portugal, a Cellnex opera atualmente, através da OMTEL e da Towerlink Portugal, Unipessoal, Lda., um conjunto de macro-sites e de micro-sites”, refere a nota.

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E-Redes investe 7,6 milhões em Sines em nova subestação e rede de alta e média tensão

  • Lusa
  • 28 Agosto 2024

O projeto da empresa da EDP em Sines destina-se a “abastecer cerca de 1.800 clientes residenciais e oito clientes empresariais”.

A E-Redes está a construir uma nova subestação e rede de alta e média tensão em Sines, num investimento de 7,6 milhões de euros, para abastecer cerca de 1.800 casas e oito empresas, informou esta quarta-feira a empresa. Em comunicado, a empresa do grupo EDP indicou que a nova subestação de Sines, no distrito de Setúbal, vai integrar o sistema elétrico nacional e a sua construção tem conclusão prevista para o final deste ano.

“Foram já concluídos os trabalhos relativos à execução de fundações especiais, constituição da plataforma e construção das infraestruturas civis”, precisou. Agora, acrescentou a E-Redes, estão “em curso os trabalhos relacionados com a empreitada eletromecânica”.

Além da nova subestação, com “uma potência instalada inicial de 31,5 MVA [megavolt-ampere]”, o investimento inclui igualmente a construção da rede de alta tensão, para “alimentar a subestação e toda a nova rede MT [média tensão] a interligar à já existente”, precisou. Segundo a empresa, este projeto em Sines implica “um investimento estimado de 7,6 milhões de euros” e destina-se a “abastecer cerca de 1.800 clientes residenciais e oito clientes empresariais”.

“As novas infraestruturas vão permitir aumentar a capacidade de receção de produção na Rede Nacional de Distribuição (RND) e melhorar a qualidade de serviço na rede de MT a sul da cidade de Sines”, destacou. O projeto vai “contribuir para a transição energética na zona de grande procura de Sines, através da atribuição de capacidade de ligação à rede RND”, acrescentou.

Ainda de acordo com a E-Redes, “estas novas infraestruturas fazem parte da política de investimento e manutenção na rede elétrica” da empresa. Esta política tem “como eixos principais a melhoria no abastecimento de energia elétrica, o aumento da resiliência da rede, a renovação e reabilitação dos ativos, a automação e digitalização na gestão da rede, a par de medidas de otimização nas operações”.

A E-Redes é a empresa do grupo EDP responsável pela operação da rede de distribuição de energia elétrica em Portugal continental, em baixa, média e alta tensão.

 

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Atrasar entrada na reforma aumenta mortalidade entre trabalhadores

Estudo feito com base na população espanhola mostra que adiar a saída do mercado de trabalho aumenta o risco de morte dos trabalhadores, especialmente nos empregos com mais acidentes.

A idade da reforma vai voltar a subir já no próximo ano. Desde 2014 que a idade de acesso à pensão de velhice praticada por cá está ligada à evolução da esperança média de vida, pelo que vem subindo há vários anos (com exceção dos anos pandémicos). E Portugal não é o único país que tem aumentado a idade da reforma. No vizinho ibérico, por exemplo, até o acesso à reforma antecipada foi limitado, sendo que um novo estudo baseado na população espanhola mostra que atrasar a pensão agrava o risco de morte entre os trabalhadores dos 60 aos 69 anos.

“Muitos países têm reformado os seus sistemas públicos de pensões face ao envelhecimento demográfico, e de modo a manter a solvência financeira. Uma das principais políticas tem sido limitar o acesso a reformas antecipadas ao aumentar a idade mínima. Ainda que haja literatura extensa sobre a resposta da força de trabalho a essas reformas, há poucos estudos sobre o impacto do adiamento das pensões na mortalidade“, começam por explicar os autores do estudo publicado esta quarta-feira pela Fundación de Estudios de Economía Aplicada (Fedea).

No caso espanhol, uma das medidas adotadas para fomentar a sustentabilidade do sistema de pensões foi limitar o acesso às reformas antecipadas, em função da data em que os trabalhadores começaram a fazer descontos.

Assim, enquanto os indivíduos que começaram a contribuir para a Segurança Social antes de 1 de janeiro de 1967 podem pedir a pensão a partir dos 60 anos, aqueles que só começaram a descontar depois dessa data têm acesso à reforma a partir dos 65 anos.

Os investigadores decidiram, portanto, comparar pessoas que começaram a contribuir um ano antes de 1 de janeiro de 1967 e as que começaram a fazer descontos um ano depois, lançando a questão: afinal, qual foi o impacto da limitação do acesso à reforma antecipada na mortalidade?

“Concluímos que os indivíduos que contribuíram a partir de 1967 têm uma maior probabilidade de morrer entre os 50 e os 86 anos, em 3,1 pontos percentuais”, lê-se no estudo agora divulgado.

E se olharmos apenas para a faixa etária do 60 aos 69 anos, adiar a saída do mercado de trabalho por somente um ano é mesmo sinónimo de um agravamento do risco de mortalidade de 4,4 pontos percentuais (“o equivalente a um aumento relativo de 38%”), destacam os investigadores.

Convém notar que há diferenças consideráveis entre profissões. O aumento do risco de mortalidade é maior em profissões onde há mais acidentes de trabalho e em empregos onde o fardo psicológico é mais pesado, isto é, com níveis elevados de stress.

O estudo mostra também que trabalhadores de setores em que o indivíduo é menos valorizado têm maior risco de mortalidade ao adiarem a sua entrada na reforma. Em contraste, os trabalhadores “que se sentem reconhecidos” e têm uma “perceção de realização no seu trabalho” não registam um impacto negativo na mortalidade por adiarem a saída do mercado de trabalho.

Perante este cenário, os investigadores assinalam que retirar ou limitar o acesso às pensões antecipadas pode exacerbar as disparidades sociais, em termos de mortalidade, e diminuir a progressividade do sistema de pensões, uma vez que as pensões com piores condições de trabalho coincidem, frequentemente, com baixos salários.

Por outro lado, os autores do estudo da Fedea notam que permitir aos trabalhadores reduzir gradualmente o tempo de trabalho pode mitigar os impactos negativos na mortalidade do adiamento da saída do mercado de trabalho.

Em Portugal, importa explicar, a reforma antecipada está disponível, regra geral, a partir dos 60 anos de idade (com 40 anos de descontos), mas está associada a cortes significativos. Já a criação de um regime de reforma a tempo parcial foi um dos pontos que ficou no acordo de rendimentos celebrado pelo Governo anterior, e deverá avançar com este Executivo (até faz parte do seu programa).

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Reformados da Função Pública também só vão descontar menos para o IRS a partir de outubro

Tal como a Segurança Social também a Caixa Geral de Aposentações vai aplicar as novas tabelas um mês mais tarde do que o previsto no despacho, porque as prestações de setembro já foram processadas.

Os reformados da Função Pública, beneficiários da Caixa Geral de Aposentações (CGA), também só vão sentir a descida da retenção na fonte nas suas pensões em outubro, um mês mais tarde do que o estabelecido no despacho do Governo, tal como os pensionistas da Segurança Social, adiantou fonte oficial do Ministério do Trabalho e do Ministério das Finanças ao ECO.

“Assim como as pensões de setembro da Segurança Social também as da CGA já foram processadas em agosto, não tendo sido possível considerar as novas tabelas”, justificam os dois gabinetes ministeriais, ainda que as prestações da CGA sejam pagas mais tarde, a 18 de setembro e não no dia 8, como acontece no caso das reformas do sistema previdencial.

Assim, a redução extraordinária nas tabelas de retenção como forma de compensar o que foi descontado a mais entre janeiro e agosto, tendo em conta a descida do IRS aprovada pelo Parlamento para este ano, só será aplicada a partir de outubro. “Às pensões de outubro serão aplicadas as novas tabelas previstas” para setembro e outubro, indica a mesma fonte oficial.

Uma vez que os pensionistas só vão beneficiar de um mês da descida extraordinário dos descontos para o IRS em vez de dois, como definido no diploma legal, serão depois feitos acertos. “As retificações resultantes da não aplicação da nova tabela nas pensões de setembro serão efetuadas até ao mês de dezembro, inclusive”, esclarece a tutela.

Em outubro, mês em que os pensionistas sentirão então uma redução significativa dos adiantamentos do imposto ao Fisco, também será pago o suplemento entre 100 e 200 euros aos reformados cuja soma de prestações não ultrapassem os 1.527,78 euros por mês.

Este apoio extraordinário estará sujeito a retenção na fonte, mas de forma autónoma. Isto é, o “brinde” não soma à prestação regular para apuramento da taxa de desconto. Assim, os pensionistas irão também beneficiar de uma descida significativa da retenção que irá incidir sobre este “cheque” extra.

“Em novembro e dezembro serão aplicadas já as novas tabelas” regulares sem o efeito do mecanismo da retroatividade a janeiro, e com os ajustes decorrentes da não aplicação do alívio nos descontos em setembro, salienta o Executivo, o que significa que a retenção na fonte irá subir face a outubro mas ficará abaixo da que foi praticada em agosto e setembro.

As novas tabelas de retenção na fonte em sede de IRS refletem a redução do imposto, aprovada pelo Parlamento, e permitem compensar, em dois meses, o valor descontado a mais desde janeiro por trabalhadores dependentes e pensionistas. Assim, em setembro e outubro, e de forma extraordinária, salários brutos até 1.175 euros estarão livres de retenção, quando até agosto descontavam 114,68 euros por mês, uma vez que esta isenção aplicava-se até aos 934 euros, no caso de um solteiro sem filho.

Nas pensões, não haverá lugar a retenção na fonte até aos 1.202 euros para um solteiro, divorciado, viúvo ou casado (dois titulares), quando até aqui este reformado descontava a partir dos 838 euros mensais. Isto significa um ganho, em setembro e outubro, de 111,71 euros por mês.

A partir de novembro e até ao final do ano, estarão em vigor outras tabelas já sem o efeito do mecanismo da retroatividade aplicado em setembro e outubro. Deste modo, em novembro, a retenção na fonte volta a aplicar-se a remunerações mensais a partir dos 935 euros e a pensões a partir dos 937 euros mensais para não casados sem filhos.

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Chega pede reunião urgente a Marcelo sobre referendo à imigração

Anúncio de André Ventura ocorre após Marcelo Rebelo de Sousa ter alertado para a diferença entre a realidade e as narrativas que se constroem sobre imigração.

O presidente do Chega, André Ventura, anunciou esta quarta-feira que pediu uma reunião de urgência ao Presidente da República sobre um referendo à imigração, após Marcelo Rebelo de Sousa ter alertado para a diferença entre a realidade e as narrativas que se constroem sobre este tema.

Em declarações aos jornalistas, na sede do partido em Lisboa, André Ventura disse esperar que a reunião se possa realizar “nos próximos dias”, tendo como objetivo explicar ao Chefe de Estado que “o pedido de referendo não é nenhuma atitude persecutória, nem de narrativas, nem de perceções”.

“Não é um joguete político, é uma questão estrutural para o futuro “, afirmou.

A posição do Chega tem lugar após o Presidente da República ter defendido ser “fundamental” ao falar-se de imigração em Portugal, país “que foi sempre de emigração”, saber do se está a falar. Segundo a Lusa, Marcelo Rebelo de Sousa detalhou, em resposta a uma pergunta de um aluno da Universidade de Verão do PSD, que decorre em Castelo de Vide, Portalegre, os números sobre a imigração em Portugal para concluir que “ter estes números presentes é ter presente a diferença entre a realidade e discursos ou narrativas sobre ela”.

André Ventura anunciou que o partido avançou com um projeto para o Parlamento “colocando a discussão do plenário a realização de um referendo”, com duas questões: “Concorda que haja uma definição anual de limites máximos de autorização de residência a cidadãos estrangeiros?” e “concorda que seja implementada em Portugal um sistema de quotas revisto anualmente orientado consoante os interesses económicos globais do país e das necessidades do mercado de trabalho?”.

Segundo o líder do Chega, as questões foram “pensadas” de acordo com as “linhas e quadro das orientações anteriores do Tribunal Constitucional”, argumentando que “não são inclinadas”.

Voltou ainda a colocar o referendo à imigração como uma das questões fundamentais para as negociações do Orçamento do Estado, embora o Governo já tenha afirmado publicamente que “no Orçamento discutem-se questões de Orçamento“.

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#27 As férias de Ramiro Brito. O especial interesse nos carros clássicos

  • ECO
  • 28 Agosto 2024

Mantém contacto com as equipa, mas a um ritmo mais baixo. "Um empresário nunca desliga totalmente, as empresas são parte de nós, estão presentes no nosso consciente mas também no subconsciente", diz.

  • Ao longo do mês de agosto, o ECO vai publicar a rubrica “Férias dos CEO”, onde questiona os gestores portugueses sobre como passam este momento de descanso e o que os espera no regresso.

O empresário bracarense Ramiro Brito, CEO do Grupo Érre e presidente da Associação Empresarial do Minho desde abril, tem especial interesse no restauro de carros clássicos e vai aproveitar para atualizar o visionamento de séries sobre o assunto na Netflix. Na rentrée vai ser a discussão do Orçamento do Estado para 2025 que irá centrar as atenções, prevê.

Que livros, séries e podcasts vai levar na bagagem e porquê?

Livro: “O homem que sabe pensar”, de James Allen, pelo interesse permanente que tenho pela filosofia e os exercícios introspetivos que nos ajudam a lidar connosco mesmos. Eu acredito na importância da filosofia na atividade empresarial e como elemento intrínseco de gestão.

Podcasts: Não tenho nenhum em mente mas serão sempre ligeiros e não propriamente de conteúdo mais estrutural.

Series: sou um apaixonado por carros e tenho de atualizar as séries de restauros de viaturas que existem na Netflix. É interessante perceber como se podem dar segundas vidas a carros icónicos e torná-los utilizáveis nos dias de hoje. Tenho especial interesse na transformação de alguns modelos clássicos em modelos elétricos.

Desliga totalmente ou mantém contacto com as equipas durante as férias?

Eu acredito que um empresário nunca desliga totalmente. As empresas são parte de nós, estão presentes no nosso consciente mas também no subconsciente. Eu mantenho sempre contacto com as equipas mas num ritmo mais calmo e menos ativo.

As férias são um momento para refletir sobre decisões estratégicas ou da carreira pessoal?

As férias são tradicionalmente para mim e para o meu grupo momentos de ajustamentos e reorientações. A distância permite reflexão em perspetiva e isso leva inevitavelmente a novas decisões e ajustes. A título pessoal é tempo de me recentrar e focar. Com a gestão do Grupo Érre e a Presidência da AEMinho é sempre preciso refletir com a distância necessária para entender melhor os resultados e preparar o recomeço.

Que temas vão marcar o seu setor na rentrée?

Eu espero uma rentrée especialmente ativa por via da discussão do Orçamento de Estado, que vai estar na ordem do dia. O meu foco vai estar em entender como contribuir para este debate. É importante que o país entre num ciclo sustentável e duradouro de confiança e crescimento e o nosso papel é sermos agentes ativos nesse processo.

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Omnicom consolida agências criativas numa única estrutura, o Omnicom Advertising Group

  • + M
  • 28 Agosto 2024

As agências vão continuar a trabalhar com os clientes atuais, dizendo o grupo que a nova solução permite maior amplitude de recursos. As mudanças entram em vigor no início de janeiro de 2025.

A Omnicom avançou com a criação do Omnicom Advertising Group (OAG), uma nova organização, a nível global, que consolida numa só estrutura as várias agências criativas do grupo.

Integram esta nova organização a BBDO, a DDB e a TBWA, bem como várias das principais agências do Advertising Collective, como a Goodby Silverstein & Partners, GSD&M, Merkley & Partners e Zimmerman. O braço criativo da Omnicom está presente em Portugal através da BBDO, DDB e TBWA, assim como do Omnicom Creative HUB.

O objetivo passa por reunir as diferentes marcas sob uma única liderança para encontrar “soluções criativas poderosas”, refere o grupo, sendo que cada uma das agências vai manter a sua “marca, cultura e pessoas únicas, enquanto capitaliza os investimentos partilhados em ferramentas inovadoras, tecnologias, competências especializadas e plataformas de IA”.

“Essa base aumentará a capacidade das agências de fornecer criatividade de classe mundial e acelerar o seu crescimento, bem como desbloquear maiores oportunidades de crescimento pessoal e profissional para os seus talentos“, acrescenta-se em nota de imprensa.

Para a liderança da nova estrutura o grupo apontou três profissionais da TBWA. Troy Ruhanen será o responsável por liderar a nova estrutura enquanto CEO global, Deepthi Prakash assume o cargo de diretor de operações e Denis Streiff de CFO (chief financial officer).

“A OAG vai fazer do melhor ainda melhor. Uma das partes mais empolgantes desta nova divisão é a de podermos investir coletivamente em ofertas inovadoras – como as recentes parcerias pioneiras da Omnicom no campo da inteligência artificial generativa”, diz Troy Ruhanen, citado em comunicado.

“Isso vai levar a nossa criatividade para um nível acima e manter os nossos clientes no topo das suas indústrias. Embora estejamos animados para crescer juntos, vamos continuar a celebrar e a proteger a singularidade da cultura e do empreendedorismo de cada uma das agências“, assegura.

Já John Wren, chairman e CEO da Omnicom considera que o OAG vai permitir que as culturas das agências se “mantenham fortes” e evoluam através de investimentos conjuntos. “Com Troy a liderar esta nova divisão, estou confiante de que as nossas agências criativas e todas as nossas mentes incrivelmente talentosas vão continuar a definir o padrão da indústria”, acrescenta.

Dentro da nova estrutura, as diferentes agências vão ser lideradas pelos seus CEO globais, nomeadamente por Nancy Reyes (BBDO), Alex Lubar (DDB), Erin Riley (TBWA\Worldwide) e James Fenton (Advertising Collective). Os líderes das agências vão responder diretamente a Troy Ruhanen.

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Lucro da seguradora Ageas cresce 21% no 1º semestre

  • Lusa
  • 28 Agosto 2024

A seguradora belga detentora do Grupo Ageas Portugal, que inclui a Ageas, Ocidental e Médis cresceu os lucros acima das expectativas do mercado.

A seguradora belga Ageas obteve um lucro de 642 milhões de euros na primeira metade do ano, mais 21% face a idêntico período do ano passado, superando a previsão dos economistas consultados pela Bloomberg (500 milhões de euros).

A Ageas anunciou também em comunicado o início do programa de recompra de ações no montante de 200 milhões de euros.

O analista de mercado Thomas Couvreur da KBC, citado pela Bloomberg, adiantou que os resultados líquidos da seguradora são “significativamente mais robustos”.

O lucro líquido operacional da Ageas cresceu 0,3% até junho, para 613 milhões de euros, com o consenso dos analistas contactados pela Bloomberg a situar-se nos 579 milhões de euros.

Na Bélgica, este indicador caiu 12%, para 232 milhões de euros, enquanto na Europa foi de 101 milhões de euros, contra 47 milhões de euros no ano anterior, e na Ásia recuou 10% para 267 milhões de euros.

O volume de prémios do ramo Vida aumentou 32% para 6.490 milhões de euros, enquanto o volume de prémios do ramo Não Vida cresceu 2,8% para 1.530 milhões de euros.

No primeiro semestre, a rendibilidade dos capitais próprios da Ageas foi de 16,4%, quando no período homólogo anterior se situou em 16,9%.

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África vai receber cerca de um milhão de doses de vacina contra a mpox

  • Lusa
  • 28 Agosto 2024

"Estamos a avançar no sentido de garantir quase um milhão de doses" de vacinas contra a mpox, disse o Jean Kaseya, diretor-geral do CDC África.

Cerca de um milhão de doses de vacina contra a mpox são esperadas em África, epicentro de um ressurgimento deste vírus, afirmou esta quarta-feira o diretor do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC África). “Estamos a avançar no sentido de garantir quase um milhão de doses” de vacinas contra a mpox, disse o Jean Kaseya, diretor-geral do CDC África, numa reunião do Comité Regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para África, realizada em Brazzaville.

Jean Kaseya, que apelou à transferência de tecnologia, disse que 215 mil doses de vacina já tinham sido “asseguradas” pelo fabricante dinamarquês Bavarian Nordic. Vários países, incluindo Espanha (500 mil doses), França e Alemanha (100 mil doses cada) já prometeram enviar vacinas para os países africanos, que estão na linha da frente da epidemia.

“Estamos a dizer à Bavarian Nordic que precisamos de uma transferência de tecnologia para os fabricantes africanos” e “acreditamos que muito em breve a vacina contra o mpox será fabricada em África’, acrescentou Jean Kaseya. De acordo com Jean Kaseya, até 27 de agosto foram referenciados 22.863 casos suspeitos e 622 mortes ligadas à mpox no continente.

Quanto aos casos confirmados, o CDC África prefere não falar muito sobre eles, porque ainda existem países com uma taxa de teste inferior a 30% e também ainda há países que enfrentam uma série de desafios em termos de qualidade e transporte, acrescentou. A OMS estima que são necessários 135 milhões de dólares (121 milhões de euros) para financiar a resposta internacional ao mpox durante os próximos seis meses.

Na terça-feira, a OMS lançou um apelo de 87,4 milhões de dólares (78,5 milhões de euros) para apoiar as suas próprias atividades de luta contra o vírus. O ressurgimento do mpox em África, que afeta a República Democrática do Congo e 12 outros países do continente, incluindo Burundi, Quénia, Ruanda e Uganda, e o aparecimento de uma nova variante levaram a OMS a ativar o seu nível mais elevado de alerta mundial em 14 de agosto.

Anteriormente conhecida como varíola do macaco, o mpox é uma doença viral que se propaga dos animais para os seres humanos, mas também é transmitida entre seres humanos, causando febre, dores musculares e lesões cutâneas.

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