Interface da Póvoa de Santa Iria vai ter parque com 665 lugares de estacionamento

  • ECO
  • 18 Novembro 2024

Vila Franca de Xira lança a construção de um parque de estacionamento com 665 lugares no interface da estação ferroviária da Póvoa de Santa Iria, num investimento de cerca de 2,4 milhões de euros.

A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira deu início, nesta segunda-feira, à construção do parque de estacionamento do interface da estação ferroviária da Póvoa de Santa Iria. O projeto conta com um investimento de cerca de 2,4 milhões de euros e pretende criar 665 lugares de estacionamento.

“Trata-se de mais uma transformação importante numa cidade fundamental na área metropolitana de Lisboa”, refere o presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Fernando Ferreira, em comunicado. A obra “requalifica o interface rodoferroviário com todas as condições, promovendo uma ligação mais harmoniosa entre as pessoas e o rio, e reforçando a mobilidade pedonal e ciclável até ao Parque das Nações”.

A empreitada arrancou oficialmente esta segunda-feira, com a assinatura do auto de consignação da obra, feita pelo presidente da câmara. A conclusão está prevista para o primeiro trimestre de 2026.

O município indica que o projeto criará 665 lugares de estacionamento, dos quais 13 reservados a pessoas com mobilidade condicionada, e requalificará o espaço público adjacente à estação. As obras visam também a reorganização das paragens de autocarro, a reformulação da sinalização vertical e horizontal, a instalação de mobiliário urbano, a criação de zonas verdes e árvores em caldeiras, e a reestruturação das redes de drenagem e iluminação pública.

A área intervencionada conta com um total de 22.029 metros quadrados e contém ainda as infraestruturas para futuros postos de carregamento elétrico. As obras vão requalificar também o acesso pedonal à estação de comboios.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Autarcas do Alto Alentejo aprovam estudos para nova aldeia do Pisão

A Barragem do Pisão tem uma dotação de 141 milhões de euros de fundos europeus, a que se somam mais 10 milhões previstos no Orçamento de Estado. Relocalização da aldeia aprovada por 15 municípios.

A Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA) vai lançar um concurso público para o estudo do projeto da nova aldeia do Pisão, no Crato, distrito de Portalegre. A medida foi aprovada “por unanimidade” pelos autarcas dos 15 concelhos da região, durante o último conselho intermunicipal.

A decisão surge na sequência da construção da Barragem do Pisão, também designada de Empreendimento de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato, considerado o mais avultado investimento inscrito no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Esta infraestrutura tem uma dotação de 141 milhões de euros e mais 10 milhões previstos no Orçamento de Estado.

A albufeira irá abranger uma área de 10.000 hectares, ficando submersa a aldeia de Pisão, que atualmente conta com cerca de 70 moradores e 110 casas. “A construção da Barragem do Pisão provocará a submersão da totalidade da atual aldeia do Pisão, que obriga ao realojamento da população e à construção de uma nova aldeia, uma das vertentes que requer maior acompanhamento e atenção”, refere a CIMAA.

A construção da Barragem do Pisão provocará a submersão da totalidade da atual aldeia do Pisão, que obriga ao realojamento da população e à construção de uma nova aldeia.

Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA)

Depois de a CIMAA ter adjudicado a obra para a construção da rede de infraestruturas primárias da Barragem do Pisão a um consórcio ibérico, terá agora lugar a fase da nova aldeia, com novas construções, infraestruturas e serviços, e que irá nascer junto ao lugar do Monte da Velha.

“Este passo demonstra o compromisso do Alto Alentejo com as pessoas, com a população do Pisão e das localidades adjacentes”, assinala o presidente da CIMAA. Hugo Hilário refere ainda que “os interesses dos moradores, a sua qualidade de vida, sempre foram um ponto fulcral neste projeto”, elencando as vantagens inerentes à barragem: a dinamização da economia local, novos postos de trabalho e infraestruturas turísticas.

O Masterplan será apresentado no início de 2025. Em breve será constituída a Comissão de Acompanhamento da Reinstalação da nova aldeia do Pisão (CARNAP) para acompanhar o processo, “garantindo que o mesmo decorre de forma próxima e integrada com a população”, refere a CIMAA.

Alter do Chão, Arronches, Avis, Campo Maior, Castelo de Vide, Crato, Elvas, Fronteira, Gavião, Marvão, Monforte, Nisa, Ponte de Sor, Portalegre e Sousel constituem esta Comunidade Intermunicipal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Câmara de Lisboa lança portal orientado para animais de estimação

  • ECO
  • 18 Novembro 2024

O portal “Lisboa.Pet” é lançado esta terça-feira com dicas e informação sobre os serviços municipais. A iniciativa pretende sensibilizar para o bem-estar animal e contra os abusos por si sofridos.

A Câmara Municipal de Lisboa vai lançar nesta terça-feira o portal online “Lisboa.Pet”, dedicado aos animais de estimação. Na plataforma, os lisboetas vão poder encontrar os serviços municipais disponíveis para os animais, dicas e indicações de animais perdidos e encontrados.

“A Lisboa que ambicionamos e que estamos a construir, com uma série de investimentos nesta área e com iniciativas como a do portal Lisboa.Pet, é uma Lisboa que cuida dos seus animais”, refere o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, em comunicado.

Os animais são hoje vistos como membros da família e temos o dever de garantir que vivem felizes ao nosso lado, sentindo-se seguros, protegidos e amados”, acrescenta o vereador Ângelo Pereira, no mesmo comunicado.

A autarquia aponta que o principal objetivo desta iniciativa é sensibilizar os lisboetas para a importância do bem-estar animal, e erradicar práticas como o abandono, os maus-tratos ou situações abusivas contra os animais. Além de disponibilizar informação sobre os serviços municipais e dicas, também terá informações sobre a Casa dos Animais de Lisboa, a LXCras – Centro de Recuperação de Animais Silvestres de Lisboa, a Quinta Pedagógica dos Olivais e a Provedoria Municipal dos Animais de Lisboa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tribunal de Contas diz que não recebeu contrato de obra da Linha do Vouga

  • Lusa
  • 18 Novembro 2024

“A Infraestruturas de Portugal ainda não remeteu para fiscalização prévia o contrato de renovação da Linha Férrea do Vale do Vouga, entre Espinho e Santa Maria da Feira”, indica o TdC.

O Tribunal de Contas revelou esta segunda-feira que não recebeu para fiscalização qualquer contrato relativo à requalificação ferroviária da Linha do Vouga, apesar de a Infraestruturas de Portugal afirmar que aguarda o visto dessa instituição para iniciar a obra. Em causa está a empreitada de seis milhões de euros anunciada a semana passada pelo instituto das obras públicas para o troço de cerca de 19 quilómetros entre as estações de Espinho e Santa Maria da Feira, ambas no distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto.

Nessa altura, fonte da IP indicou à Lusa que ainda não havia data precisa para arranque dos trabalhos, mas que a empreitada seria consignada à empresa FERGRUPO – Construções e Técnicas Ferroviárias S.A. “assim que seja emitido visto prévio pelo Tribunal de Contas”. Esta segunda, quatro dias após essa divulgação, o Tribunal de Contas corrige: “A Infraestruturas de Portugal ainda não remeteu para fiscalização prévia o contrato de renovação da Linha Férrea do Vale do Vouga, entre Espinho e Santa Maria da Feira”.

No mesmo esclarecimento, o referido órgão judicial acrescenta que “só após essa remessa e a subsequente criação do respetivo processo poderá o Tribunal de Contas apreciar o contrato em causa”. A Lusa já pediu reação à Infraestruturas de Portugal, aguardando informação sobre o assunto.

A empreitada ferroviária mencionada pelas duas entidades destina-se a “melhorar a fiabilidade da superestrutura de via e garantir a fiabilidade e a normal exploração” do troço entre Espinho e a Feira – o que implicará procedimentos como “a substituição das travessas e do carril, a realização de desguarnecimento em contínuo e trabalhos de ataque mecânico pesado, tendo como fim a reposição dos parâmetros geométricos de via”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5ª Conferência Ecoseguros: Qual é o futuro dos seguros de saúde?

  • ECO Seguros
  • 18 Novembro 2024

André Piolty Esteves, Insurance Director da NTT DATA Portugal, prespetivou sobre o futuro dos seguros de saúde na 5ª Conferência Anual Ecoseguros.

André Piolty Esteves, Insurance Director da NTT DATA Portugal: “os seguros podem ter um papel mais ativo e em suporte da transformação digital”.

Na sua intervenção na 5ª Conferência Anual ECOseguros, “O futuro dos seguros de saúde: Transformação digital focada no cliente e na eficiência”, André Piolty Esteves, Insurance Director da NTT DATA Portugal, faz um balanço dos desafios que o setor da saúde enfrenta globalmente e o que esses significam para as empresas, estados e famílias.

O especialista ponta para o aumento dos custos com a prestação de cuidados de saúde como um peso nos sistemas públicos de saúde e que “os seguros podem ter um papel mais ativo e em suporte da transformação digital, em particular para Portugal”.

Veja, ou reveja, a intervenção:

A 5ª Conferência ECOseguros com o tema geral “Os seguros como parceiros do crescimento económico e da proteção social” teve lugar em Lisboa, no Centro Cultural de Belém (CCB).

Empresas que viabilizaram a Conferência

A 5ª Conferência ECOseguros foi possível devido ao apoio recebido de importantes protagonistas do setor segurador, permitindo o acesso gratuito aos profissionais inscritos. As companhias de seguros apoiantes foram a Ageas Seguros, Allianz, Azuaga, BPI Vida e Pensões, Caravela, CA Seguros, Fidelidade, GamaLife, Generali Tranquilidade, Mgen, Mútua Saúde, Prévoir e Real Vida.

Entre as corretoras e mediadoras de seguros, apoiaram a 5ª Conferência a Innovarisk Seguros, MDS, NacionalGest e Universalis/Acrisure.

Entre as tecnológicas estiveram Cleva, lluni, MPM e RandTech Computing.

Entre protagonistas especiais na área dos seguros estiveram presentes a Broseta – Advogados, EY, Future HealthCare e NTT Data.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Desafios das cidades debatidos esta terça-feira na 1ª Local Summit

  • ECO
  • 18 Novembro 2024

É já nesta terça-feira que decorre o primeiro fórum do poder local, organizado pelo ECO/Local Online. Ao longo do dia, 25 oradores debaterão o futuro dos municípios, empresas, academia e instituições.

O primeiro fórum do poder local vai ter lugar esta terça-feira, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, reunindo 14 autarcas, a academia, empresas e entidades relevantes para a organização do país.

Retenção e atração de talento, smart cities, marketing territorial, dinamização da atividade empresarial, a relevância das autarquias nas novas dimensões do turismo e os desafios do interior estarão em debate ao longo do dia, com acompanhamento editorial em tempo real no site do ECO.

A debater o futuro do poder local estarão autarcas de Lisboa, Porto, Aveiro, Cascais, Oeiras, Barreiro, Braga, Famalicão, Mafra e Santarém, e ainda de Alandroal, Alpiarça, Coruche e Figueira de Castelo Rodrigo.

A estes juntam-se o especialista em marcas Carlos Coelho, o presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos, o vice-reitor para a internacionalização da UTAD, os presidentes da RTA e da AHP, a bastonária da OCC, a líder da Associação Rota Vicentina, e responsáveis da Associação Business Roundtable Portugal, da Deloitte e do grupo Vila Galé.

O evento terá início às 9h30, com a abertura a cargo do diretor do ECO, António Costa, e do vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia. O encerramento está marcado para as 18h00, pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Luís Farrajota é o novo presidente do Instituto de Informática da SS

  • Lusa
  • 18 Novembro 2024

Luís Farrajota é nomeado em regime de substituição, depois do anterior presidente Sérgio Carvalho ter pedido a demissão por "motivos pessoais" e com "efeitos imediatos" a 11 de outubro.

Luís Farrajota foi nomeado presidente do Instituto de Informática da Segurança Social, “em regime de substituição”, sucedendo a Sérgio Carvalho, que pediu a demissão do cargo há cerca de um mês, anunciou esta segunda-feira o Governo.

“Luís Miguel Bernardo Farrajota é designado em regime de substituição para exercer o cargo de presidente do conselho diretivo do Instituto de Informática, I. P., nos termos da Lei-Quadro dos Institutos Públicos”, adianta o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, em comunicado, enviado às redações.

Luís Farrajota é nomeado em substituição do anterior presidente Sérgio Carvalho, que pediu a demissão “motivos pessoais” e com “efeitos imediatos” a Maria do Rosário Palma Ramalho, em 11 de outubro. Licenciado em Economia pela Universidade do Algarve e mestre em Gestão e Políticas Públicas pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) da Universidade de Lisboa, Luís Farrajota exerceu, desde 09 de abril, funções de adjunto no gabinete da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Anteriormente, Luís Farrajota foi diretor financeiro na empresa ChillOut Entertainment Company e da empresa Buildinglovers, e de maio a outubro de 2022, foi diretor Financeiro e de Operações no Laboratório Colaborativo S2AquaColab.

Com experiência no setor público e privado, o novo presidente do Instituto de Informática da Segurança Social, exerceu as funções de vogal do Instituto de Gestão Financeira da Educação, entre junho de 2015 até fevereiro de 2019, tendo também sido subdiretor-geral na Direção-Geral de Planeamento e Gestão Financeira no Ministério da Educação e Ciência e de Assessor Financeiro do Ministro da Educação e Ciência no XIX Governo Constitucional, liderado por Pedro Passos Coelho.

Luís Farrajota foi também colaborador da Movijovem — CIPRL, onde desempenhou diversas funções no período entre 2004 e 2022, nomeadamente diretor do gabinete de projetos especiais e investimento e de diretor da Rede Nacional de Turismo Juvenil (Pousadas de Juventude).

A tutela lembra ainda que a lei “prevê que a designação dos membros do conselho diretivo dos institutos públicos seja sujeita a procedimento concursal, ao qual se aplicam as regras de recrutamento, seleção e provimento nos cargos de direção superior, previstas no Estatuto do Pessoal Dirigente dos Serviços e Organismos da Administração Central, Regional e Local do Estado”, cuja abertura do concurso é da responsabilidade da CReSAP.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mudum quer terminar 2025 com quatro novos parceiros para além do Novobanco

Com Afonso Themudo Barata confirmado CEO da Mudum pela ASF, a seguradora do Crédit Agricole Assurances prepara a expansão com novas parcerias e vontade de faturar 100 milhões no próximo ano.

Afonso Themudo Barata, sucedeu a François Baudienville à frente da Mudum, a companhia de seguros Não Vida do grupo Crédit Agricole. A estratégia mantém-se: crescer dentro e fora do Novobanco.

Foi confirmada pela ASF, entidade supervisora dos seguros, a nomeação de Afonso Themudo Barata como CEO da Mudum, a companhia de seguros Não Vida do Crédit Agricole Assurances, uma das maiores seguradoras europeias e com certeza de França. O novo dirigente tem 28 anos na empresa, sob várias designações, até que mudou o seu nome para Mudum mantendo um contrato de bancassurance com o Novobanco até 2042. Sucedeu a François Baudienville que durante quatro anos dirigiu a empresa, desde que o grupo Crédit Agricole Assusrances ficou com 100% do capital. Em entrevista a ECOseguros, Afonso Barata detalha mais o futuro próximo da Mudum.

A saída de François Baudienville já estava prevista?

O François já cá estava há quatro anos em Portugal. Tem um percurso no grupo do qual fazia parte liderar uma operação do grupo a nível internacional. Aconteceu agora haver uma oportunidade importante do grupo de ser deputy CEO da linha de negócio da poupança e da reforma em França, isto é fazer a gestão de 330 mil milhões de euros, um pouco mais do que o Produto Interno Bruto português (PIB) e portanto…

E então optaram por um CEO português em Portugal?

Na prática o ser português acaba por ser um bocadinho irrelevante, foi mais o de ser alguém alinhado com o grupo Crédit Agricole. Na verdade eu trabalho com o grupo há 28 anos, conhecemo-nos e trabalhamos em conjunto há muito tempo.

O que vai mudar?

Vamos continuar com a estratégia que temos, o grupo define as suas estratégias numa lógica de longo prazo. Estamos precisamente neste momento a repensar um pouco aquilo que é a nossa visão a dez anos, existe esta maneira de estar na sociedade ou dentro do grupo que é ter uma perspetiva de longa duração. É essencialmente continuar a estratégia que já tínhamos definido há quatro anos, uma estratégia de crescimento da companhia. Numa primeira fase, nestes primeiros quatro anos, tivemos uma grande transformação na companhia, duplicámos o quadro de pessoas e transformamos completamente a organização e os processos. Do ponto de vista tecnológico, também fizemos uma grande transformação porque na altura tivemos que nos separar da companhia de vida (atual GamaLife).

Temos uma ambição de chegar perto dos 100 milhões de euros em prémios em 2025, e acreditamos que os novos parceiros possam representar 20 a 30% do negócio daqui a três ou quatro anos.

Isso implicou nova tecnologia?

Precisámos de fazer uma separação tecnológica e ao fazê-lo aproveitámos para investir em inovação. Andámos estes quatro anos a fazer isto, ao mesmo tempo que continuámos a desenvolver a atividade com o Novobanco. No entanto, já tínhamos definido uma estratégia de crescimento e de diversificação aberto a outros parceiros.

Mas o acordo de exclusividade do Novobanco até 2042 mantém-se?

O objetivo é continuar a fazer o crescimento com o nosso grande parceiro que é o Novo Banco. Mas, ao mesmo tempo, temos hoje uma arquitetura mais aberta e preparada para uma lógica de multiparcerias. E a minha missão é concretizar esta transformação em crescimento e negócio.

E quem serão os novos parceiros?

Temos bastantes oportunidades identificadas e vamos até ao final deste ano lançar uma nova parceria. O grupo está a investir bastante no setor da mobilidade e uma primeira parceria será nesta área e a concretizar até ao final do ano.

Que outros setores são procurados?

Temos muitas parcerias em pipeline, temos estudado muitos dossiês. Há casos em que são parceiros completamente externos ao grupo, mas também há parcerias onde estamos a tentar encontrar sinergias com o próprio grupo. O Crédit Agricole tem uma presença na Península Ibérica, nomeadamente, no crédito ao consumo, no financiamento automóvel e em muitas outras atividades. Eu gostava de terminar 2025 com quatro novos parceiros. E isto é um desafio.

Qual será o peso dos novos parceiros?

Temos uma ambição de chegar perto dos 100 milhões de euros em prémios em 2025, conseguimos em quatro anos crescer bastante com o Novobanco, que ainda tem potencial grande para continuar a crescer, mas acreditamos que os novos parceiros possam representar 20 a 30% do negócio daqui a três ou quatro anos.

A exclusividade com o Novobanco funciona bem? Qual a liberdade do banco?

O pressuposto do acordo é exclusividade. Obviamente, se nós não tivermos um produto porque não achamos oportuno, claramente o Novobanco pode desenvolver o produto com outro parceiro, mas não tem sido o caso. É uma parceria verdadeiramente saudável. O negócio é confiança, os seguros têm que ser um parceiro de um banco muito confiável e tem que ser uma verdadeira parceria e co-construção de soluções. E o Novo Banco tem feito um trabalho fantástico de reestruturação e de reorganização do seu tecido.

A possibilidade de o Novobanco mudar de dono não é preocupante?

Não temos essa preocupação e não sofremos por antecipação. O Novobanco em Portugal tem um caminho de sucesso. Nós estamos aqui para continuar a servir e construir com o Novo Banco.

Sendo campeões em França, o ramo Vida não interessa ao Crédit Agricole Assurances?

A Mudum é só uma seguradora não vida, o ramo vida já foi explorado em Portugal pelo grupo mas hoje não é. De facto, é campeão em França, campeão na Europa e no mundo. Não posso falar pelo grupo enquanto acionista, mas o Crédit Agricole está claramente com uma perspetiva de investir na Península Ibérica e, portanto, acho que a tudo o que forem oportunidades o grupo vai claramente olhar. Mas isso é uma questão do acionista, não da Mudum.

O ramo saúde está a ter um bom crescimento na Mudum?

Saúde está a crescer a dois dígitos há três a quatro anos e este ano estamos a crescer bastante, mas não tanto como no mercado. Nós só atuamos no seguro individual e até há pouco tempo, não tínhamos seguros de empresas. Estamos a começar, em março deste ano – e lá está um exemplo do que está a ser a nossa transformação com o Novobanco – lançámos um novo seguro de saúde para as pequenas e microempresas que está a dar os seus primeiros passos e ainda não é expressivo no volume de negócios.

A saúde por que tem uma frequência de sinistros 300 a 400%, ou seja, uma apólice tem três ou quatro sinistros por ano. Uma apólice automóvel tem um sinistro de dez em dez anos. O multirriscos tem um sinistro de, provavelmente, de 20 em 20 anos.

Como está a gerir o aumento da Sinistralidade nos seguros de saúde?

Nos últimos dois anos, a saúde foi um tema no setor segurador, com os custos a aumentarem bastante e uma parte desses custos a refletirem-se, inevitavelmente, no preço dos seguros para os clientes finais. Tivemos a preocupação de o aumento ser equilibrado porque não é viável para uma família portuguesa suportar determinado a nível de preços, mas estamos a começar a estabilizar.

As alterações climáticas já são um problema para a sinistralidade?

As alterações climáticas estão a resultar em eventos cada vez mais frequentes, começam a ter um peso adicional no setor, sobretudo nos ramos reais e nos multirriscos. O desafio é como vamos conseguir mutualizar, o grupo tem um princípio de inclusão e não vamos deixar nenhum cliente sem a possibilidade de segurar os seus bens. Para cumprir é preciso medir bem os impactos que tem nas carteiras, porque hoje os eventos climatéricos têm um impacto cada vez maior.

O aumento do número de colaboradores deve-se a reforço da área comercial?

Esperamos terminar o ano com 97 colaborares e em 2025 vamos continuar a crescer em função do negócio e também na área comercial. Quando em 2020 o grupo tomou a decisão de tomar 100% do capital da companhia precisámos de nos separar da companhia Vida e tínhamos, na altura, muitas áreas partilhadas como as áreas comercial, marketing, TI, algumas áreas de suporte, de compliance, recursos humanos. Precisámos de reorganizar a companhia para ela ser capaz de operar autonomamente. Havia muitas sinergias de equipas na altura e mesmo algumas sinergias tecnológicas com o Novobanco. Este crescimento de colaboradores deu-se essencialmente para preparar a companhia, para ser autónoma e para o futuro. Agora o crescimento vai ser um pouco em função daquilo que for o crescimento também do negócio.

Como a Mudum faz a gestão de sinistros?

É uma atividade core. Um dos princípios que nós temos é foco no cliente e onde nós verdadeiramente servimos o cliente é quando ele tem o sinistro, é quando ele precisa de nós. Somos os únicos hoje no mercado português com um modelo de modelo de gestão que tem um único gestor de sinistros desde o princípio até ao fim do sinistro. É ele quem toma a decisão, se pagou, se está coberto, se avalia, etc. E também a pessoa que fala com o cliente das decisões que está a tomar. Este é um modelo muito diferenciador na gestão de sinistros face a outras realidades. A exceção é a saúde por que tem uma frequência de 300 a 400%, ou seja, uma apólice tem três ou quatro sinistros por ano. Uma apólice automóvel tem um sinistro de dez em dez anos. O multirriscos tem um sinistro de, provavelmente, de 20 em 20 anos. Para gerir o ramo saúde é necessário ter uma gestão muito eficiente de uma rede médica. Daí termos subcontratado a Advance Care desde o início e estamos muito contentes com a parceria. Funciona bem.

Recorrentemente aponta aposta tecnológica como decisiva…

Porque nos últimos três, quatro anos, fizemos grande investimento em tecnologia. Hoje temos o nosso sistema core todo preparado para nos integrarmos da forma que os parceiros quiserem, seja através da API, seja através de integração com front-end próprios, onde nós entregamos ao parceiro um front-end para ele fazer as operações ou, se ele tiver os seus próprios sistemas, pode integrar-se connosco através da API ou simplesmente através de transferência de ficheiros. Temos hoje a arquitetura totalmente aberta e o sistema core totalmente exposto para conseguirmos integrar com parceiros. Isso é fundamental para conseguir ter um time to market em linha com aquilo que são necessidades de crescer com outros parceiros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CA Vida promove apoio à investigação biomédica

  • ECO Seguros
  • 18 Novembro 2024

A parceria com a GIMM e as iniciativas de sensibilização para a importância da investigação do cancro da mama metastático fazem parte da estratégia de responsabilidade social e corporativa da CA Vida.

A seguradora do ramo Vida do Grupo Crédito Agrícola promove junto trabalhadores do grupo uma recolha amostras de sangue para doação de células ao Biobanco de terça a quinta-feira. Segundo comunicado pela CA Vida, a iniciativa, em parceria com o Instituto Gulbenkian de Medicina Molecular (GIMM), prevê angariar mais de 70 dádivas.

Ana Magalhães, investigadora do Laboratório Translacional de Cancro da Mama Avançado, em palestra de sensibilização, na sede da CA Vida.

Nesse sentido, as amostras de sangue recolhidas contribuem “para o enriquecimento dos Biobancos (repositórios de armazenamento de amostras biológicas) de apoio à investigação biomédica de várias doenças em estudo”, lê-se no comunicado.

Esta iniciativa é uma forma de colocar em prática a palestra de sensibilização, que teve lugar na sede da CA Vida, para a importância da investigação da doença dada por Ana Magalhães, investigadora do Laboratório Translacional de Cancro da Mama Avançado, a quem a seguradora financiou uma bolsa de investigação.

De acordo com a companhia, a parceria e as respetivas iniciativas fazem parte da estratégia de responsabilidade social e corporativa da CA Vida. “Uma parceria, que a CA Vida vê como um importante e válido contributo para a ciência e para a descoberta de novas formas de aumentar o diagnóstico precoce, reduzindo a incidência e mortalidade do cancro da mama metastático”, refere Susana Fava, Diretora de Marketing da CA Vida.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ageas aposta em Inteligência Artificial na parceria com IMD

  • ECO Seguros
  • 18 Novembro 2024

Embora "o Grupo Ageas Portugal ainda esteja no início da sua jornada estratégica com a IA" organizou um evento que reforça a "aposta que o Grupo quer fazer nesta tecnologia no futuro".

O Grupo Ageas Portugal acolheu um evento voltado para a analisar o grau de maturidade da aplicação de tecnologias de Inteligência Artificial nas empresas, “AI Mastery Unleashed: Insights from IMD’s AI Maturity Index”.

O painel do evento contou com a participação de Michael Wade, professor de estratégia e digital da IMD e diretor do Tonomus Global Center for digital and AI Transformation, Nadine Côrte-Real, diretora do departamento de Inteligência Artificial do Grupo Ageas Portugal, Allen Vasconcelos, senior director for digital and AI Transformation da EDP, e Paulo Jesus, Learning & Innovation Global Director na Jerónimo Martins. Moderação a cargo da jornalista Martina Fuchs.

Segundo comunicado pelo segurador, embora “o Grupo Ageas Portugal ainda esteja no início da sua jornada estratégica com a IA”, este evento, realizado em parceria com a escola de gestão IMD, reforça a “aposta que o Grupo quer fazer nesta tecnologia no futuro”.

No arranque do encontro, Luís Menezes, CEO do Grupo Ageas Portugal, começou por anunciar que o objetivo da companhia é garantir “trabalho contínuo” com a IMD. “Não temos a oportunidade de termos muitas escolas de gestão em Lisboa e gostaríamos de fomentar isso com o IMB”, assinala.

Seguiu-se a apresentação do estudo sobre a maturidade da implementação da inteligência artificial nas principais empresas globais. O ranking realizado pela escola de gestão considera cinco dimensões para posicionar as empresas, nomeadamente:

  • O empenho dos executivos das empresas, medido pela estratégia de IA empresarial, como a nomeação para cargos de liderança relacionados com a IA e a criação de uma unidade de negócio a ela dedicada;
  • Investimento em plataformas de dados escaláveis e baseadas na nuvem, que “facilitam o acesso e a manipulação de dados sem descontinuidades, garantindo que os sistemas de IA são integrados em todas as unidades de negócio”.
  • Tirar partido da IA para a automatização e “integrá-la nos processos organizacionais para melhorar a tomada de decisões e aumentar a produtividade.”
  • “O investimento contínuo na requalificação e na atualização das competências dos trabalhadores” uma vez que “garante que a força de trabalho pode trabalhar eficazmente com as tecnologias de IA.”
  • Garantir gestão responsável e ética da IA. “Para tal, as organizações estabelecem comités de ética e governação, desenvolvem princípios orientadores e criam estruturas para uma utilização responsável da IA. Além disso, lançam e sustentam iniciativas focadas em práticas responsáveis de IA, garantindo que as considerações éticas sejam incorporadas nas suas operações de IA”.

O relatório, que avaliou as 200 principais companhias mundiais do ranking da Forbes, colocou a Microsoft a liderar, seguindo a Alphabet (dona da Google) e a Amazon fecha o pódio.

A primeira empresa do setor segurador a constar no ranking é a Zurich, ocupando o 46.º lugar da lista. Depois surge a Axa na 65.ª posição e a MetLife no 97.º lugar.

Já na 104.ª posição surge a Ping An Insurance Group, em 107.ª a Tokio Marine Holdings, em 140.ª a Chubb, a Generali em 141.º, a Allianz em 151ª, a China Life Insurance em 189.ª e a Munich Re em 194.ª.

O painel, que fechou o encontro, contou com a participação de Michael Wade, professor de estratégia e digital da IMD e diretor do Tonomus Global Center for digital and AI Transformation, Nadine Côrte-Real, diretora do departamento de Inteligência Artificial do Grupo Ageas Portugal, Allen Vasconcelos, senior director for digital and AI Transformation da EDP, e Paulo Jesus, Learning & Innovation Global Director na Jerónimo Martins. Moderação a cargo da jornalista Martina Fuchs.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trabalhadores da Atlantic Ferries querem aumento salarial de 15% em 2025

  • Lusa
  • 18 Novembro 2024

A Atlantic Ferries ainda não apresentou nenhuma proposta, mas já “informou que está disponível para iniciar as negociações perto do final do mês de dezembro”.

Os trabalhadores da Atlantic Ferries, que assegura as ligações fluviais entre Setúbal e Troia, vão apresentar à empresa uma proposta de aumentos salariais de 15%, com um mínimo de 150 euros, conforme recomendação da CGTP, revelou esta segunda-feira fonte sindical.

A proposta que vamos apresentar deverá estar muito próxima da recomendação da CGTP. Os trabalhadores da Atlantic Ferries estão confiantes de que poderá haver uma boa revisão salarial para 2025 e é nesse sentido que vamos elaborar o caderno reivindicativo, que deverá ser entregue à empresa no início de dezembro”, disse Carlos Costa, do Sindicato dos Transportes Fluviais, Costeiros e Marinha Mercante.

Segundo o sindicalista, que falava à agência Lusa após um plenário de trabalhadores realizado hoje à tarde em Setúbal, a Atlantic Ferries ainda não apresentou nenhuma proposta, mas já “informou que está disponível para iniciar as negociações perto do final do mês de dezembro”.

O Conselho Nacional da CGTP defendeu, em 12 de setembro, um aumento dos salários para todos os trabalhadores não inferior a 15%, com um mínimo de 150 euros, de forma a repor o poder de compra e fazer face ao “brutal aumento do custo de vida” que se tem verificado nos “últimos dois anos”.

A central sindical argumenta que “o aumento geral e significativo dos salários é essencial para a dinamização da economia”, teria “um impacto positivo na melhoria das contas da Segurança Social e acomodaria o aumento extraordinário de pensões”. A CGTP defende também um aumento do salário mínimo nacional, dos atuais 820 euros para 1.000 euros, a partir de janeiro de 2025, de modo a garantir “uma vida digna”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

«Os desafios climáticos são globais, mas as soluções começam localmente»

  • Conteúdo Patrocinado
  • 18 Novembro 2024

«Cada comunidade, cada cidade, cada autarquia tem um papel a desempenhar na construção de um futuro mais sustentável», acredita Vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, Nuno Piteira Lopes.

No arranque da Semana Europeia da Prevenção de Resíduos falámos com o Vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais Nuno Piteira Lopes sobre as iniciativas que vão decorrer no município e que culminam com uma grande conferência a 21 de novembro no Edifício Cruzeiro. ECO é media partner.

«Se todos os agregados separassem os materiais tradicionalmente recicláveis e os biorresíduos corretamente, o desperdício destinado a aterro diminuiria 83%»

Nuno Piteira Lopes, Vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais

A propósito da Semana Europeia de Resíduos, quais são os principais desafios que Cascais enfrenta atualmente na gestão de resíduos?

As famílias de Cascais produzem em média 24 kg de resíduos por semana, em linha com a média nacional. O que sabemos das caracterizações dos resíduos indiferenciados é que se todos os agregados separassem os materiais tradicionalmente recicláveis e os biorresíduos corretamente, o desperdício destinado a aterro diminuiria 83%, para cerca de 4 kg por família por semana. Este é o nosso maior desafio, conseguir mobilizar toda a nossa comunidade para a necessidade de adotarmos comportamentos ambientais, nomeadamente através da reciclagem.

Como planeiam envolver a população e sensibilizá-la para a redução de resíduos?

Temos, ao longo de todo o ano, várias campanhas de sensibilização porta-a-porta, assim como um Programa de Educação e Sensibilização Ambiental que envolve todas as crianças que frequentam as escolas do concelho. Nesta que é a Semana Europeia da Prevenção de Resíduos, Cascais vai desenvolver um conjunto de atividades de sensibilização e consciencialização dos cidadãos para a temática da prevenção da produção de resíduos e sua correta separação e valorização.

Que iniciativas específicas vão ser implementadas em Cascais durante esta semana? Poderia destacar algumas ações?

Em Cascais, a Semana Europeia da Prevenção de Resíduos arranca no dia 18 de novembro com a inauguração da instalação “O Lixo que Fazemos”, no Mercado da Vila. Esta iniciativa permitirá visualizar a quantidade de resíduos que uma família cascalense produz numa semana fazendo um comparativo com o lixo que se produziria com a prevenção de resíduos.

No dia 19 de novembro vai ser dinamizado um workshop de cozinha com a Tia Cátia, no Mercado da Vila, para chamar a atenção para a necessidade de evitar o desperdício na preparação de alimentos e para a importância da separação dos biorresíduos.

Para incentivar os mais novos para a prática de comportamentos ambientalmente corretos e aumentar os quantitativos de recicláveis recolhidos, vamos também, no dia 22 de novembro, entregar cerca de dois mil ecopontos para as salas de aula de todas as escolas públicas do Concelho de Cascais. As escolas a partir do 2º ciclo de ensino vão também receber ecocentros, permitindo a separação de vários tipos de fluxos, como cápsulas de café, caricas, rolhas e pequenos eletrodomésticos.

«Cada comunidade, cada cidade, cada autarquia tem um papel a desempenhar na construção de um futuro mais sustentável»

Nuno Piteira Lopes, Vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais

Que função têm as novas tecnologias na redução de resíduos em Cascais? Existem ferramentas ou soluções digitais em destaque durante esta semana?

As tecnologias utilizadas como sensores de enchimento e geolocalização têm contribuído significativamente para a redução dos custos operacionais, através de uma melhor gestão de equipas e equipamentos, com recurso aos dados obtidos consolidados sobre todo o serviço de recolha e limpeza urbana.

Que papel desempenha a Conferência Cascais Ambiente na criação de uma visão mais sustentável para o município?

Os desafios climáticos que enfrentamos são globais, mas as soluções começam localmente. Cada comunidade, cada cidade, cada autarquia tem um papel a desempenhar na construção de um futuro mais sustentável. Em Cascais orgulhamo-nos do percurso que temos feito nesta área, sempre em busca de soluções mais inovadoras e eficazes. Pretendemos que esta conferência, que reúne especialistas em sustentabilidade ambiental, seja um momento de discussão e partilha de conhecimento, enriquecedor para Cascais na busca de soluções mais vantajosas para o concelho e para todos os munícipes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.