Região do Algarve tem 570 milhões de euros aprovados do PRR. Conheça as áreas

Em 15 categorias, com dotações entre meio milhão e 171 milhões de euros, o Algarve tem quase 6.000 projetos apoiados pelo PRR.

A região algarvia tem cerca de seis mil projetos aprovados no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), envolvendo um investimento elegível de 570,5 milhões de euros, sendo a gestão hídrica, a habitação, e o domínio das qualificações e competências as áreas com maior dotação orçamental, avançou esta quarta-feira a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve.

Com estes investimentos, a região vê impulsionado o crescimento económico sustentado, a coesão e desenvolvimento territorial.

“No contexto da sua missão de articulação das políticas públicas setoriais com impacto na região, a CCDR do Algarve integra desde o início a Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR, a qual tem como competências acompanhar a execução do PRR, desenvolvendo as iniciativas que considere oportunas, designadamente na esfera territorial, envolvendo os atores regionais e locais”, assinalou em comunicado esta comissão.

Já nos domínios das escolas e das infraestruturas, a CCDR Algarve intervém como beneficiário intermediário, apoiando tecnicamente os municípios promotores beneficiários finais.

15 áreas aprovadas entre meio milhão e 171 milhões de euros

  • Gestão Hídrica – 69 projetos – 170,7 milhões de euros
  • Habitação – 61 projetos – 115,9 milhões de euros
  • Qualificações e Competências – 2.936 projetos – 88 milhões de euros
  • Serviço Nacional de Saúde – 38 projetos – 60,3 milhões de euros
  • Investimento e inovação – 19 projetos – 30,1 milhões de euros
  • Respostas Sociais – 111 projetos – 25 milhões de euros
  • Infraestruturas – 3 projetos – 20,6 milhões de euros
  • Eficiência energética em edifícios – 2.542 projetos – 15,9 milhões de euros
  • Empresas 4.0 – 126 projetos – 15,1 milhões de euros
  • Mar – 32 projetos – 14,2 milhões de euros
  • Cultura – 20 projetos – 7,8 milhões de euros
  • Florestas – 15 projetos – 2,4 milhões de euros
  • Hidrogénio e renováveis – 1 projeto – 1,9 milhões de euros
  • Administração pública digital – 16 projetos – 1,9 milhões de euros
  • Descarbonização da indústria – 6 projetos – meio milhão de euros

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Portugal Ventures abre nova call para ajudar empresas de Leiria a crescer

A primeira edição da call Leiria Crescimento recebeu 47 candidaturas, com um montante de investimento solicitado de 32,1 milhões de euros.

A Portugal Ventures, sociedade de capital de risco do Banco Português de Fomento (BPF), abriu até 12 de janeiro candidaturas para uma nova call Leiria Crescimento, para apoiar o desenvolvimento de empresas com sede na Região de Leiria ou que aí se queiram instalar. Cada empresa selecionada poderá receber um investimento entre 250 mil euros e um milhão de euros.

“A segunda edição da Call Leiria Crescimento pretende continuar a apoiar os projetos que estão sediados (ou pretendem vir a estar) na região de Leiria, que, como foi comprovado na primeira edição, tem um enorme potencial de inovação”, afirma Pedro de Mello Breyner, vogal do executivo da Portugal Ventures, citado em comunicado.

“Procuramos investir em empresas em fase de arranque, e que se enquadrem nos nossos verticais de investimento: Digital & Tecnologia, Indústria & Tecnologia, Tecnologias da Saúde e Turismo”, refere o responsável da Portugal Ventures.

Esta iniciativa é a nossa forma de dar resposta a uma falha no mercado ao nível da promoção do investimento regional e esperamos que esta nova edição seja mais um passo no fortalecimento do ecossistema empreendedor da região de Leiria”, conclui.

A 1.ª edição recebeu 47 candidaturas, com um montante de investimento solicitado de 32,1 milhões de euros. “Os projetos submetidos são maioritariamente dos setores de Digital & Tecnologia e Indústria & Tecnologia e os primeiros investimentos já estão em pipeline“, informa a Portugal Ventures em comunicado.

As empresas selecionadas serão investidas pelo Fundo de Capital de Risco “Região de Leiria Crescimento”, que resultou de uma candidatura aprovada ao Programa de Venture Capital promovido pelo BPF no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), pela NERLEI CCI e por empresas da Região de Leiria.

Quem pode candidatar-se

As empresas interessadas em participar nesta segunda call têm até 12 de janeiro para fazer a sua candidatura.

“Esta iniciativa tem como objetivo promover o acesso ao financiamento de capital de risco a empresas e projetos inovadores, orientados para a exportação e/ou para a redução da dependência externa, para a progressão nas cadeias de valor e incremento do potencial produtivo, para a transição verde e para a transformação digital“, refere a PV em comunicado.

A Portugal Ventures indica as condições para os projetos serem elegíveis a este apoio. Podem candidatar-se empresas nas fases seed, startup, later stage venture (séries A, B e C) com sede na Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) ou que aí pretendam estabelecer-se com presença e operações significativas”.

Além disso, devem ser:

  • “Projetos inovadores, que resultem de ideias originais dos promotores”;
  • “Com equipa multidisciplinar, liderada por fundadores, que assegure(m) as necessidades de gestão”;
  • “Projetos em early stage com evidências sobre o produto e o mercado (pelo menos, MVP – Mínimo Produto Viável)”;
  • “Projetos com uma estratégia clara de proteção e valorização da propriedade intelectual, se aplicável”;
  • “Potencial significativo de crescimento no mercado global”;
  • “Projetos que apresentem pressupostos para a sua viabilidade económica”;
  • “Ficam excluídas atividades e setores identificados com base nos princípios de DNSH (Não prejudicar significativamente – Do No Significant Harm)”;
  • “As empresas terão de ser constituídas como Sociedades Anónimas”;
  • “Não sejam consideradas “empresas em dificuldade”, na aceção do Regulamento (EU) n.º 651/2014, de 16 de junho. Incluem-se operações de consolidação e excluem-se operações de reestruturação“;
  • Estejam devidamente licenciadas para o efeito da sua atividade;
  • Com contabilidade organizada, “situação económico-financeira equilibrada e a situação regularizada perante a Administração Fiscal, a Segurança Social e em matéria de reposições, no âmbito dos financiamentos por Fundos Europeus”;
  • “As pessoas singulares e coletivas devem demonstrar o cumprimento das disposições legais e regulamentares relativas ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo”;
  • “Aceitar subscrever a Declaração de Compromisso do Beneficiário Final”.

BPF alarga prazo ao Capital Participativo Açores

O BPF, entidade gestora do Fundo de Capitalização das Empresas dos Açores (FCEA), em parceria com o Governo Regional dos Açores, alargou até 31 de março o prazo de candidatura ao Programa Capital Participativo Açores, com uma dotação total de até 20 milhões de euros.

“Esta extensão tem por objetivo permitir que mais empresas açorianas possam aceder a este instrumento de capitalização, destinado a apoiar o crescimento, a inovação e o reforço da competitividade das micro, pequenas, médias empresas e mid-caps da região”, informa em comunicado.

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Santa Casa de Lisboa vai propor fim da internacionalização dos jogos sociais ao Governo

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2024

"Está em conclusão um plano de desinvestimento nos jogos internacionais que será apresentado à tutela no mês de janeiro", disse o provedor.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai propor ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social o fim da internacionalização dos jogos sociais, anunciou esta quarta-feira o provedor, segundo o qual o plano de desinvestimento será apresentado em janeiro.

Paulo Sousa contou aos deputados da Comissão parlamentar de Trabalho, Segurança Social e Inclusão que quando chegou à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), em maio, encontrou “uma operação quase desfeita” no que diz respeito à internacionalização dos jogos sociais, com exceção da operação em Moçambique.

Está em conclusão um plano de desinvestimento nos jogos internacionais que será apresentado à tutela no mês de janeiro. Depois de recolhidos todos os pareceres jurídicos que entendemos ser convenientes para uma realidade tão complexa como esta, aquilo que será seguramente proposto, e veremos se será sancionado é, de facto, proceder à saída de um conjunto de operações que, do ponto de vista estratégico, não nos fazem sentido”, disse o provedor.

Acrescentou que, neste momento, há três sociedades que estão em fase de processo de liquidação final, duas na América Latina e uma em Moçambique. Sobre Moçambique, Paulo Sousa explicou que tinha sido criada no país uma sociedade chamada Santa Casa Global Moçambique, que “não fazia sentido existir”, uma vez que a SCML tinha há mais de 20 anos uma participação na SOJOGO.

“Era perfeitamente suficiente para desenvolvermos a nossa atividade nesse mercado”, sublinhou.

Destacou que a administração da SCML está a implementar um plano de reestruturação que “é complexo e exigente” e “seguramente diferente daquilo que na Santa Casa gostariam que fosse”, mas sublinhou que “não havia muito diferente a fazer, a não ser arregaçar as mangas e concretizar o que tem de ser feito”.

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Joana Santos Silva é a nova CEO do ISEG Executive Education

  • Joana Abrantes Gomes
  • 18 Dezembro 2024

A professora universitária de disciplinas como Estratégia, Transformação Digital, Marketing e Marketing Digital já assumia funções no ISEG Executive Education como diretora de Inovação.

Joana Santos Silva foi nomeada CEO do ISEG Executive Education. Com mais de 15 anos de experiência no Ensino Superior e em formação de executivos, a profissional desempenhou, nos últimos três anos, as funções de conselheira da presidência, coordenadora e docente de programas, diretora de Inovação do ISEG Executive Education e diretora do ISEG MBA e professora de Estratégia, Transformação Digital, Marketing e Marketing Digital.

Segundo o ISEG, a experiência de Joana Santos Silva “assegura uma visão holística do potencial de impacto e desafios da formação de executivos“, assim como “um conhecimento próximo dos grandes drivers de inovação e transformação nas empresas, para criar condições para o desenvolvimento de soluções de aprendizagem cada vez mais alinhadas com as necessidades e objetivos das empresas e executivos”.

“Acredito que o ISEG Executive Education tem um papel central em desenvolver e impulsionar o talento e a inovação, criando impacto duradouro na vida dos nossos participantes e parceiros”, afirma Joana Santos Silva, citada em comunicado, prometendo trabalhar para continuar a “oferecer programas de excelência, alinhados com as tendências globais e as exigências locais”.

A nomeação de Joana Santos Silva acontece depois de, no início do mês, o ISEG – Lisbon School of Business and Management surgir no 70.º lugar do ranking anual do Financial Times das 100 melhores escolas de negócios da Europa, tendo descido 11 posições face a 2023.

“Os reconhecimentos são um motivo de orgulho, mas também de responsabilidade. Num mundo em rápida mudança, cabe-nos não só acompanhar a transformação, mas liderá-la, com motivação e empenho”, disse ainda a recém-nomeada CEO do ISEG Executive Education.

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Ex-presidente francês Sarkozy condenado a um ano de prisão com pulseira eletrónica

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2024

Nicolas Sarkozy "irá obviamente cumprir a sanção imposta, que é agora definitiva", disse o advogado do ex-presidente francês.

O mais alto tribunal francês rejeitou esta quarta-feira o recurso do antigo Presidente francês Nicolas Sarkozy contra a sua condenação por corrupção e tráfico de influências, tornando definitiva a sentença de um ano de prisão com pulseira eletrónica.

Esta pena, que foi anteriormente suspensa, à qual se juntam três anos de inelegibilidade, é agora executória. Nicolas Sarkozy, de 69 anos, será convocado a comparecer perante um juiz de execução da pena, que deverá determinar os termos e as condições da sua pulseira eletrónica. Nicolas Sarkozy “irá obviamente cumprir a sanção imposta, que é agora definitiva”, disse o seu advogado, Patrice Spinosi, à agência France-Presse.

Patrice Spinosi anunciou que o antigo chefe de Estado francês “vai recorrer nas próximas semanas ao Tribunal Europeu (dos Direitos do Homem, CEDH), como tem o direito de fazer, para obter a garantia dos direitos que os juízes franceses lhe negaram”. A sentença ocorre no momento em que o antigo inquilino do Palácio do Eliseu deverá comparecer em Paris, a partir de 6 de janeiro, durante quatro meses, num processo que envolve suspeitas de financiamento líbio da sua campanha presidencial de 2007.

O recurso não impede a execução das sanções impostas, uma punição sem precedentes para um antigo Presidente em França, que foi condenado em primeira instância a 01 de março de 2021 e, em seguida, em recurso a 17 de maio de 2023. Em ambas as ocasiões, o antigo chefe de Estado foi considerado culpado de ter celebrado, em 2014, um “pacto de corrupção” com Gilbert Azibert, juiz de primeira instância do Tribunal de Cassação, juntamente com o seu advogado de longa data, Thierry Herzog.

Este pacto foi feito em troca de um “incentivo” prometido a Gilbert Azibert para um cargo honorário no Mónaco, com os três envolvidos a receberem a mesma pena e o advogado a ser proibido de usar o manto preto durante três anos.

O objetivo era que o juiz transmitisse informações e tentasse influenciar um recurso apresentado por Nicolas Sarkozy no caso Bettencourt – que envolvia doações feitas ao partido de direita União por um Movimento Popular (UMP) pela herdeira do grupo L’Oréal, Liliane Bettencourt (falecida em 2017), em que a justiça retirou entretanto as acusações.

Alegando inocência desde o início, os arguidos interpuseram recurso, apresentando 20 argumentos que foram examinados numa audiência a 6 de novembro, em que a decisão ficou reservada para esta quarta. O advogado de Thierry Herzog, Emmanuel Piwnica, afirmou que este é um processo que “nunca deveria ter visto a luz do dia”, referindo que “as ilegalidades cometidas, as violações e as infrações aos direitos fundamentais são incomensuráveis”.

Em particular, os advogados contestaram a legalidade das escutas telefónicas no centro do processo, uma questão que já foi debatida muitas vezes neste caso.

“Nicolas Sarkozy não pode ser condenado criminalmente com base nas trocas de mensagens que teve com o seu advogado” porque “não podem ser utilizadas contra ele”, argumentou Patrice Spinosi, advogado do antigo chefe de Estado francês, citando um acórdão do TEDH de 16 de junho de 2016.

Nicolas Sarkozy foi acusado, em outubro de 2023, de ocultação de suborno de uma testemunha e de conspiração para cometer fraude organizada para enganar a justiça francesa, com a sua mulher, a modelo e cantora Carla Bruni, a ser também acusada em julho no caso de financiamento ilegal da campanha.

Em 2025, o Tribunal de Cassação deverá também pronunciar-se sobre o recurso de Nicolas Sarkozy contra a sua condenação a um ano de prisão, incluindo seis meses de prisão, por gastos excessivos durante a campanha para as eleições presidenciais que perdeu em 2012.

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“Não sei como vai acabar a empresa”, diz dono da Visão e da Exame no Parlamento

  • + M e Lusa
  • 18 Dezembro 2024

Delgado vai apresentar um plano de reestruturação, mas pode ser só "para memória futura". O dono da Visão repetiu não ter "comprado o que pensava" e acusa o Estado de ter provocado a insolvência.

A intervenção de Luís Delgado começou com um pedido de desculpa, que foi repetindo, aos trabalhadores e às suas famílias pela situação que a Trust in News atravessa. Delgado recordou também que não foi o grupo que quis avançar para a insolvência. “Quem nos levou à insolvência foi o Estado“, afirmou. Outra das ideias repetidas foi que o que comprou, à Impresa, no início de 2018, “não era o que pensava que estava a comprar“. “Eu não comprei o que estimava que estava a comprar, eu não comprei o que queria comprar, eu não comprei o que pensava que estava a comprar“, insistiu. O dono de títulos como a Visão ou a Exame disse ainda que vai apresentar até dia 27 um plano de reestruturação, “nem que seja para memória futura“.

Luís Delgado falava esta quarta-feira na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, no âmbito dos requerimentos dos grupos parlamentares do Livre e do PS sobre a situação em que se encontra o grupo que detém 17 marcas, entre as quais a Visão e a Exame.

Na sua intervenção, o jornalista e presidente da Trust in News (TiN) adiantou que a administração tentou “encontrar saídas”. “Chegámos ao PER [Processo Especial de Revitalização] com a ideia absoluta (…) de que teríamos o tempo” necessário para encontrar o equilíbrio entre os custos e as receitas da empresa.

“Não conseguimos, não fomos nós que levamos a empresa ao pedido de insolvência“, salientou Luís Delgado, ou seja, só se avançou para isso porque “a Autoridade Tributária e a Segurança Social recusaram a aprovar o PER”.

Questionado sobre quando percebeu que a TiN não era rentável, Luís Delgado disse que percebeu logo depois da sua compra. “Quando é que percebi que tinha um grupo que não era rentável? Percebi um mês depois de ter comprado, dois meses, cinco anos depois, percebi sempre“, afirmou.

Com o gestão nas mãos do administrador de insolvência desde o início do mês, Luís Delgado diz que tudo pode acontecer. “Até pode o administrador avançar para a liquidação” já este mês, apontou.

Delgado disse ainda que, até 27 de dezembro, iria apresentar uma proposta de reestruturação, nem que seja “para memória futura”.

Este plano, com medidas diretas específicas, vai ser apresentado no dia 27 de dezembro junto do tribunal e, previamente a isso, junto do administrador de insolvência que, tanto quanto nos disse a nós, diretamente, não tem nenhum plano”, acrescentou. “Também acho que não está muito interessado em conhecer os planos de reestruturação, mas ser-lhe-á mostrado na altura“, continuou Luís Delgado.

“Não sei como vai acabar a empresa, até pode acontecer como já ouvi, que o administrador de insolvência, se não tiver dinheiro para pagar os ordenados irá imediatamente para liquidação”, referiu. Ou seja, “liquidada imediatamente a empresa e eu não posso fazer nada”, enfatizou Luís Delgado.

Suspender as publicações com margem negativa, com a integração de alguns dos seus trabalhadores em outros títulos mas também com a saída de outros, concentrar todos os recursos nas publicações que ficam e redimensionar para menos de metade o espaço físico são quatro das medidas do plano de reestruturação.

Ao contrário do que aconteceu no PER, Delgado pediria também a todos os credores, que não ao Estado –maior credor — e trabalhadores, que 50% da dívida fosse convertida em publicidade e ainda um haircut de 25% do montante em dívida. Ou seja, os cerca de 15 milhões passariam para cerca de 4 quatro, pagos ao longo do tempo.

“Não comprei o que pensava que estava a comprar”

“Eu não comprei o que estimava que estava a comprar, eu não comprei o que queria comprar, eu não comprei o que pensava que estava a comprar”, afirmou, por mais do que uma vez, o jornalista e presidente da TiN durante a audição, referindo que quando assumiu o negócio não tocou “em nada”, nem em “ninguém”, pelo contrário “as mesmas” pessoas continuaram no projeto, pelo que “alguma coisa estava mal para trás”.

Contou que quando comprou os títulos se reuniu com as pessoas referindo que “todos em conjunto” deveriam trabalhar com administração para atingirem o caminho certo, até porque detesta “crises” e “intranquilidade”.

Questionado sobre como chegou aos 32 milhões de dívida, detalhou. Em 2018, aquando da compra à Impresa, a “nossa dívida fora 18 milhões [de euros], 10 milhões era logo o preço da compra”, onde se incluía também o factoring do Novo Banco. Depois houve obras para mudar do edifício da Impresa para a Quinta da Fonte.

Em 2019, o passivo era de 16 milhões de euros, em 2020 passa a 20 milhões de euros, altura da pandemia, e em 2021 o montante era de cerca de 27 milhões de euros. Atualmente, dos 10,2 milhões de euros de pagamento à Impresa, há uma dívida de quatro milhões de euros.

O passivo do grupo “resulta de não bom funcionamento que era expectável funcionar, no nosso mercado de papel e digital as coisas estão dificílimas, nenhuma administração consegue responsabilizar-se pelas receitas“, apenas pode fazê-lo nos custos, argumentou.

Luís Delgado referiu por várias vezes que “todos sabiam” como estavam as vendas dos títulos do grupo. “Temos uma estimativa mensal” feita pela Vasp sobre as vendas das revistas em banca: “Há uma revista muito importante que na passada quinta-feira vendeu 7.000 exemplares”, apontou.

O gestor salientou que quando comprou o grupo, embora “não sendo aquilo que esperava”, tinha como aposta crescer. “Fazer mais revistas — comprei 12 à Impresa, temos 17 –, era importante crescer em papel e digital, apostar muito nos nichos de mercado de alto valor“, explicou, salientando que era importante “apostar naquilo que são as tendências digitais”.

Sobre as propostas de compra de títulos, que aconteceram durante o Processo Especial de Revitalização (PER), uma foi de 400 mil euros, “de uma empresa muito credível” mas com o pagamento dilatado ao longo do tempo, em que o administrador judicial disse “que não” e a segunda proposta era de 550 mil para seis revistas, o que significava “fatiar a empresa”.

A dona da Visão, Jornal de Letras, Exame, entre outros, está em insolvência e tem assembleia de credores marcada para 29 de janeiro.

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Novo aeroporto não vai “onerar diretamente” o Orçamento do Estado, garante Governo

"Mantém-se a intenção do Governo de não onerar diretamente o Orçamento do Estado com a construção do aeroporto", afirma o Executivo, através de comunicado.

O possível impacto da construção do aeroporto Luís de Camões para os contribuintes levou o Executivo a emitir esta quarta-feira um comunicado onde afirma que “mantém-se a intenção do Governo de não onerar diretamente o Orçamento do Estado com a construção do aeroporto”.

O ministro das Finanças afirmou na terça-feira, durante a cerimónia de entrega do documento pela ANA, que espera que “os encargos para o Orçamento do Estado sejam os mais limitados possíveis, de preferência sem impacto para os contribuintes”. “Veremos o que diz o Relatório Inicial”, acrescentou.

Até então, o Executivo de coligação liderado por Luís Montenegro tinha sempre dito que não existiria aporte do Orçamento do Estado para pagar as obras do novo aeroporto de Lisboa. Uma mensagem que agora reafirma.

O comunicado diz ainda que “o relatório da Ana apresenta um cenário em que não há encargos diretos para os contribuintes, redobrando assim a convicção inicial do Executivo”.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, repetiu a mensagem na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros. “O Governo mantém a intenção de não onerar o Orçamento do Estado. Em segundo lugar, o que já pudemos apreciar de uma leitura inicial, essa nossa intenção e objetivo são redobrados, porque no próprio relatório a ANA não prevê encargos diretos para os contribuintes”.

Tal como o ECO avançou, o documento entregue pela ANA prevê o financiamento através da alteração das taxas aeroportuárias e a extensão do contrato de concessão. O Governo garante ainda que “está a executar o projeto conforme os prazos definidos”.

O aeroporto Luís de Camões, que será localizado no Campo de Tiro de Alcochete, tem um custo estimado no Relatório Inicial um pouco acima dos 8 mil milhões, para a construção de duas pistas. O valor final dependerá de alterações que o Governo venha a propor e fiquem plasmadas no projeto definitivo.

Após a entrega do High Level Assumption Report, o Governo tem 30 dias para confirmar por escrito à concessionária se pretende que esta prepare a candidatura ao novo aeroporto de Lisboa.

Ultrapassada esta fase, o contrato de concessão dá à concessionária 36 meses para apresentar a candidatura completa ao novo aeroporto, processo que prevê um conjunto alargado de documentos, como o Relatório das Consultas, que inclui uma consulta pública, o Relatório sobre o Local Selecionado, um Estudo de Impacte Ambiental, o Relatório Técnico e o Relatório Financeiro. Prazo que o Ministério das Infraestruturas quer que seja encurtado, de forma a permitir o início mais cedo da obra.

O Governo aprovou, em maio, a construção do novo aeroporto da região de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete, localizado nos concelhos de Benavente e Montijo, seguindo a recomendação da Comissão Técnica Independente (CTI).

(Noticia atualizada às 17h10 com declarações do ministro da presidência)

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Mais de 300 mil alunos sem aulas pelo menos durante três semanas

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2024

No último dia de aulas do primeiro período, que terminou na terça-feira, havia ainda cerca de 30 mil alunos sem pelo menos um professor, segundo a Fenprof.

Mais de 300 mil alunos estiveram sem aulas durante, no mínimo, três semanas este ano letivo, segundo uma estimativa da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), que fala de “falta de eficácia” dos planos do Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) .

O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, defendeu esta quarta-feira que os planos lançados pelo Ministério da Educação revelaram “falta de eficácia” para reduzir o número de alunos sem aulas, demonstrando também “falta de ambição para resolver o problema”.

Os alunos sem professor este ano não andam longe dos (números) do ano passado“, disse Mário Nogueira, revelando que “ao longo do primeiro período de aulas, sem considerar ausências de curta duração, mais de 300 mil alunos estiveram, no mínimo, três semanas a um mês sem um professor”.

Olhando apenas para o último dia de aulas do primeiro período, que terminou na terça-feira, havia ainda cerca de 30 mil alunos sem pelo menos um professor, disse Mário Nogueira, garantindo serem estimativas “abaixo da realidade”.

“O primeiro trimestre deste ano letivo demonstrou a falta de eficácia das medidas tomadas pelo Ministério e à falta de professores junta-se a falta de ambição para resolver o problema”, acusou o secretário-geral da Fenprof, referindo-se aos projetos “Mais Aulas Mais Sucesso” e “Aprender + Agora” (A+A).

“O novo plano A+A mostra que as ideias daquele ministério são um verdadeiro deserto”, disse Mário Nogueira durante uma conferência de imprensa, em que questionou o modelo que prevê que docentes reformados aceitem trabalhar voluntariamente nas escolas.

Se apenas 63 docentes aposentados regressaram ao ensino, sendo pagos para o fazer, existem “poucas dúvidas” que haja docentes que regressem em regime de voluntariado, tal como previsto no plano A+A, defendeu.

Mário Nogueira recordou que continua a haver uma grande diferença entre os jovens que começam a dar aulas nas escolas e os que se aposentam, lembrando que só este ano letivo, entre os meses de setembro e dezembro, reformaram-se 1.686 professores e que no próximo ano, só em janeiro, vão aposentar-se 374 docentes.

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CTT esperam reduzir exposição ao banco, mas sem negócios no horizonte

Presidente executivo encara com "tranquilidade um futuro em que o banco tenha menos peso" no portefólio do grupo, mas garante que não existe neste momento nenhum negócio no horizonte.

O presidente executivo dos CTT CTT 0,40% esclareceu esta quarta-feira que, apesar de admitir reduzir a exposição do grupo ao Banco CTT, nada está a ser feito nesse sentido neste momento.

Em maio, João Bento tinha dito numa entrevista à Bloomberg que a venda da “totalidade” do Banco CTT era uma hipótese que estava a ser considerada, embora a “preferência” fosse manter “uma posição minoritária” no respetivo capital.

Esta quarta-feira, questionado sobre a situação, o gestor disse que essas declarações “foram muito ampliadas e de forma não necessariamente mais fiel”, esclarecendo que não está em curso nenhuma discussão para a venda de uma parte do banco ou a entrada de novos parceiros.

Não estamos neste momento a fazer nada, nem para monetizar partes do banco, nem para reduzir essa exposição.

João Bento

CEO dos CTT

João Bento explicou que o grupo CTT quer afirmar-se perante os mercados de capitais como “um operador logístico de comércio eletrónico”. O facto de ter um banco “complica um bocadinho a análise” da empresa pelos potenciais investidores.

“É nesse sentido que nós achamos que não precisamos de ter tanta exposição ao banco no nosso portefólio e que encaramos com tranquilidade um futuro em que o banco tenha menos peso no nosso portefólio”, salientou o CEO.

Porém, adicionou que nada está a ser feito nesse sentido: “Não estamos neste momento a fazer nada, nem para monetizar partes do banco, nem para reduzir essa exposição, porque o banco tem uma história de crescimento e um presente de crescimento com bastante potencial e que nós queremos, obviamente, ajudar a capturar.”

Estas declarações surgem menos de um mês depois de a Generali Tranquilidade ter consumado a entrada no capital do Banco CTT, ficando com 8,71% do banco após um aumento de capital de 25 milhões de euros. O negócio tinha sido anunciado em 2022.

Sobre esta transação, João Bento recordou que não se tratou de uma venda, mas sim por um aumento de capital. Para o gestor, “é uma diferença simbólica mas importante”. “Mostra que nós não queremos propriamente monetizar o valor do banco para fazer outras coisas. Queremos reforçar os capitais do banco para o ajudar a crescer”, concluiu.

O gestor falava esta quarta-feira com os jornalistas horas depois de a empresa ter anunciado, nesta madrugada, a compra da Cacesa, um operador de desalfandegamento de encomendas com sede em Espanha, por 104 milhões de euros.

Na mesma ocasião, o responsável admitiu expandir o negócio das entregas dos CTT a novos países europeus em que a empresa portuguesa ainda não está presente.

As ações dos Correios subiam esta quarta-feira mais de 2,97% por volta das 13h42, para 4,675 euros cada título.

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Unicredit reforça participação no Commerzbank para 28%

Banco italiano continua a reforçar no rival alemão, apesar da oposição de Berlim. BCE tem de responder até março se autoriza o Unicredit a comprar quase 30% do Commerzbank.

O Unicredit reforçou a sua posição no Commerzbank para 28%, aumentando a expectativa de uma oferta de aquisição italiana sobre o banco alemão, apesar da forte oposição ao negócio da parte da Alemanha, incluindo do governo.

Em setembro, o banco italiano solicitou autorização ao Banco Central Europeu (BCE) para aumentar a sua posição para 29,9%, abaixo da fasquia dos 30% a partir da qual é obrigado a lançar uma OPA, de acordo com a lei alemã. Na altura adquiriu mais 11,5% do Commerzbank através de contratos derivados.

Atualmente, o Unicredit detém uma participação direta de 9% no banco alemão e uma posição adicional de 18,5% através de derivados após o reforço anunciado esta quarta-feira.

“A posição [no Commerzbank] continua a ser neste momento apenas um investimento e não tem qualquer impacto na oferta pública de troca com o Banco BPM”, salientou o Unicredit em comunicado.

“Este movimento reforça a visão do Unicredit de que existe valor substancial dentro do Commerzbank que precisa de ser cristalizado”, acrescentou a instituição italiana.

O Unicredit adiantou ainda que o processo formal de aprovação regulamentar por parte do BCE para aumentar a sua participação de 10% para perto de 30% já foi “ativado” depois de “ter apresentado as informações necessárias” junto do regulador bancário.

O BCE terá agora de decidir sobre esta operação num prazo de 60 dias, que pode ser prorrogado por mais 30 dias, sendo expectável que haja uma decisão final até “meados de março”, segundo revelou uma fonte próxima do assunto ao Financial Times.

Há cerca de um mês, o Unicredit lançou uma oferta sobre o BPM no valor de dez mil milhões de euros e está sob pressão para aumentar a contrapartida que tem implícito um desconto de 14% face ao preço das ações do banco rival.

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Stone Point entra no capital da Ardonagh, corretora dona da MDS

  • ECO Seguros
  • 18 Dezembro 2024

A gestora de fundos de investimento avaliou o grupo que detém 100% da portuguesa MDS em 14 mil milhões de dólares. Junta-se aos maiores acionistas Madison Dearborn e HPS Investment.

O grupo britânico de corretagem de seguros Ardonagh, detentor de 100% do capital de portuguesa MDS, anunciou um investimento de capital no Grupo por fundos geridos pela norte-americana Stone Point Capital, empresa de gestão de investimentos alternativos, focada em serviços financeiros globais. Este investimento avaliou a Ardonagh, que está no top 20 das corretoras globais, em 14 mil milhões de dólares.

David Ross, CEO do Grupo Ardonagh: “o investimento da Stone Point no Grupo marca uma nova fase no nosso extraordinário percurso ao longo dos últimos anos”

A conclusão da transação está prevista para meados de 2025, momento em que a Stone Point se tornará um acionista significativo na Ardonagh, juntamente com a Madison Dearborn Partners (MDP), HPS Investment Partners (HPS), bem como coinvestidores, incluindo uma subsidiária integral da ADIA, Autoridade de Investimento de Abu Dhabi.

Em comunicado, a corretora considera a transação como o encerramento de um ano “crucial” para o Grupo Ardonagh, que “começou com um refinanciamento histórico em março, seguido pela conclusão da fusão do seu negócio de linhas pessoais com a Markerstudy em junho e pela aquisição da PSC Insurance Group (PSC) na Austrália, concluída em outubro”.

Fundado em 2017 através da fusão de várias empresas de seguros do Reino Unido, o Grupo Ardonagh transformou-se, desde então, num dos 20 maiores grupos de corretagem a nível global, gerindo 18 mil milhões de dólares em prémios e operando em toda a cadeia de valor, acrescenta o comunicado.

O Grupo Ardonagh adquiriu o Grupo português MDS em dezembro de 2022, expandindo o seu alcance para novas regiões, incluindo Portugal, Brasil, onde é o maior corretor independente, Angola e Moçambique.

José Manuel Fonseca, CEO do Grupo MDS comentou este investimento como “um apoio da Stone Point Capital a representar uma excelente oportunidade para a MDS, reforçando a nossa ambição de crescimento como plataforma nos mercados latino-americano e ibérico, acrescentando valor aos nossos clientes e parceiros nestas regiões-chave.”

Para David Ross, CEO do Grupo Ardonagh “o investimento da Stone Point no Grupo marca uma nova fase no nosso extraordinário percurso ao longo dos últimos anos, culminando no negócio de 14 mil milhões de dólares que concretizamos”, concluindo que “o seu apoio reflete a forte convicção na robustez da operação da Ardonagh e no seu contínuo crescimento, reforçando o nosso compromisso com a independência num mercado em consolidação”.

A conclusão desta aquisição está sujeita às habituais aprovações regulamentares. A Fenchurch Advisory Partners e a Goldman Sachs Investment Banking são os consultores financeiros da Ardonagh.

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Instituto Pedro Nunes integra projeto sustentável europeu de 5,3 milhões de euros

Este projeto europeu "pode aumentar em mais de 300% o valor económico recuperado nos processos de reciclagem", diz Instituto Pedro Nunes.

O Instituto Pedro Nunes (IPN) integra um consórcio internacional que visa transformar as práticas de reciclagem de painéis fotovoltaicos, de modo a contribuir para um futuro mais sustentável e alinhado com os princípios da economia circular. Financiado em mais de 5,3 milhões de euros pela União Europeia, este projeto “pode aumentar em mais de 300% o valor económico recuperado nos processos de reciclagem”, segundo a instituição de Coimbra.

O projeto Apollo – A Proactive Approach to the Recovery and Recycling of Photovoltaic Modules está inserido no programa Clima, Energia e Mobilidade da Comissão Europeia. O consórcio de 18 parceiros provenientes de oito países europeus, entre universidades, centros de tecnologia e inovação e empresas, pretende redefinir os processos de reciclagem de painéis solares, incentivando a utilização de métodos mais eficazes, automatizados e economicamente viáveis.

Com o potencial de aumentar em mais de 300% o valor económico recuperado nos processos de reciclagem, o projeto Apollo reforça o compromisso europeu com a sustentabilidade no setor das energias renováveis”, assinala o instituto em comunicado.

No âmbito do consórcio, compete ao instituto português desenvolver um método escalável para avaliar a composição do vidro e de outros materiais constituintes dos painéis fotovoltaicos na linha de reciclagem. “Este trabalho é alicerçado na vasta experiência do IPN em testes de caracterização, permitindo avaliar e rastrear os vários tipos de painéis fotovoltaicos que se encontram em fim de vida, antes de entrarem na linha da reciclagem”, detalha a instituição na mesma nota.

“O foco está em maximizar a recuperação de materiais valiosos, entre eles, a prata e o silício, este último com uma eficiência prevista de mais de 90% em massa”, descreve.

Além do Instituto Pedro Nunes (Portugal), o projeto conta com várias entidades europeias, designadamente a EDP CNET (Portugal), Fraunhofer Gesellschaft zur Foerderung der Angewandten Forschung (Alemanha), University of Leicester (Reino Unido) e École Polytechnique Fédérale de Lausanne (Suíça).

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