Congelar os óvulos antes dos 35 anos duplica as hipóteses de sucesso

  • Servimedia
  • 4 Junho 2024

No Dia Mundial da Fertilidade, os especialistas recordam-nos que a idade é fundamental para os tratamentos de preservação - como a vitrificação de óvulos ou de tecido ovárico.

Desejar ter um filho, mas sentir que não é a altura certa. Perante este desafio, que coloca muitas jovens na encruzilhada de ter de escolher entre o desenvolvimento académico e profissional ou a maternidade, a preservação da fertilidade é uma alternativa viável. De facto, são cada vez mais as mulheres que escolhem esta opção. De acordo com dados fornecidos pela IVI, líder em Espanha neste tipo de procedimento, 2.600 mulheres vitrificaram os seus óvulos no ano passado por razões sociais (adiando a maternidade por escolha), 63% mais do que em 2019.

“Nos últimos cinco anos tem havido muito mais consciência entre os jovens de que existe a possibilidade de, se congelarem os vossos óvulos, pararem o tempo e terem a oportunidade de se tornarem mães quando se sentirem realmente realizadas, quando se sentirem prontas para o fazer. Sem renunciar ao seu projeto familiar”, salienta a Dra. Clara Colomé, do IVI Mallorca. “Ou seja, se quiser ter dois ou três filhos, com um bom número de óvulos congelados, talvez possa ter esse número de filhos”, acrescenta.

Mas adverte que a idade para a preservação é um fator determinante: “as mulheres nascem com todos os seus óvulos. Estes óvulos são criados quando as mulheres são embriões. Durante a vida, perdemo-los: quando entramos na puberdade, todos os meses… O grande problema é que, e ainda não sabemos porquê, a partir dos 35 anos, a qualidade e a quantidade de óvulos diminui de forma muito mais rápida e exponencial”.

Neste sentido, o Dr. Corazón Hernández, diretor de Reprodução Assistida do Hospital Universitário Fundación Jiménez Díaz, também concorda que “nos últimos anos temos visto que a idade das pacientes que solicitam a vitrificação tem vindo a diminuir e, sem dúvida, é o ideal. No final das contas, o sucesso do trabalho com óvulos congelados depende fundamentalmente da idade da mulher”.

FALTA DE INFORMAÇÃO

Apesar de cada vez mais mulheres decidirem submeter-se a tratamentos de preservação, o que indica uma consciência crescente do declínio da sua fertilidade, a Sociedade Espanhola de Fertilidade (SEF), cujo presidente, o Dr. Juan José Espinós, salienta que ainda existem mitos que influenciam esta situação: “Destaco o facto de que se me sinto bem, a minha fertilidade também é boa”.

E há também um certo tabu em falar abertamente, “dado que a fertilidade é considerada algo natural do indivíduo, a esterilidade ou a fertilidade é considerada um defeito ou uma maldição”. O Dr. Espinós acrescenta que “em países como os Estados Unidos, a conservação de ovócitos está muito mais normalizada e, de facto, as grandes empresas oferecem-na como parte dos benefícios aos seus empregados”.

Para a Dra. Susana Rabadán, especialista em medicina reprodutiva do IVI, ainda há um longo caminho a percorrer em termos de informação e divulgação e “esta é a tarefa inacabada da ginecologia”. Na sua opinião, “incorporar a atualização da reserva ovárica de cada mulher na consulta de ginecologia poderia ajudar as mulheres a tomar consciência da capacidade limitada do ovário e das implicações de adiar a maternidade depois dos 35 anos”.

INVERNO DEMOGRÁFICO

No Dia da Fertilidade, os especialistas concordam com os riscos do “inverno demográfico”, uma expressão – cunhada nos anos 60 pelo filósofo belga Michel Schooyans – para designar uma redução significativa e sustentada das taxas de natalidade para valores inferiores às taxas de mortalidade. Por outras palavras, podemos falar de um inverno demográfico quando, ano após ano, morrem mais pessoas do que nascem.

Com menos nascimentos e maior longevidade, a sociedade está a envelhecer e a força de trabalho está a diminuir, o que conduz a sérios desafios económicos, como a sustentabilidade do sistema de pensões, uma carga fiscal mais elevada para a população ativa em diminuição e uma maior pressão sobre os serviços de saúde. A longo prazo, reduz o crescimento económico e compromete a capacidade de inovação e competitividade do país. Um fenómeno que, na opinião do Dr. Colomé, pode levar ao “colapso da sociedade”.

A Europa entra no “inverno demográfico” a nível mundial em 2026, de acordo com a Comissão Europeia; a nível mundial, a ONU calcula o limiar em cerca de 210 e em Espanha já estamos em pleno inverno. Durante 2023, houve um total de 322 075 nascimentos em Espanha, uma diminuição de 2,0% em relação ao ano anterior (menos 6 629), de acordo com os dados do INE. Um número que confirma a tendência de queda da última década: desde 2013, o número de nascimentos caiu 24,1%.

“O que sabemos é que, no final, cada mulher deveria ter mais de dois filhos para que houvesse uma renovação geracional. Não estamos a chegar lá, estamos abaixo, e isso está basicamente ligado ao atraso na idade em que as mulheres têm o seu primeiro filho. Em Espanha, infelizmente, estamos entre os três primeiros países com a idade mais elevada para ter o primeiro filho. Estamos atualmente nos 32,1 anos e, em 10 anos, subimos quase 10 pontos”, explica o Dr. Colomé, do IVI Mallorca.

Enquanto em 2013 6,8% dos nascimentos foram de mães com 40 anos ou mais, em 2023 essa percentagem subiu para 10,7%, de acordo com os dados do INE. Por outras palavras, um em cada dez bebés, a percentagem mais elevada de toda a UE, segundo o Eurostat.

Apesar de estarem na vanguarda, outros países, como o Japão, a Coreia do Sul e Singapura, estão neste caminho de “inverno”. E na nossa vizinhança imediata, a Itália, a Grécia e até a Alemanha. A Comissão Europeia estima que a população da UE, que atualmente ultrapassa os 448 milhões de pessoas, atingirá o seu pico por volta de 2026 e depois diminuirá gradualmente, perdendo 57,4 milhões de pessoas em idade ativa até 2100.

AUMENTAR A CONSCIENCIALIZAÇÃO

Para fazer face ao inverno demográfico, os especialistas sublinham a necessidade de a sociedade compreender como a passagem do tempo afeta a fertilidade e as opções que existem para a preservar. O acesso ao aconselhamento em matéria de fertilidade pode desempenhar um papel fundamental na preparação de muitas mulheres para tomarem decisões informadas sobre o seu futuro reprodutivo.

“A preservação eletiva da fertilidade é uma boa decisão para o futuro das mulheres com mais de 30 anos e é uma ferramenta ótima e válida neste perfil etário, quando não é possível ter filhos a curto prazo”, afirma o Dr. Rabadán.

Além disso, é vital que o estigma associado à preservação da fertilidade e aos tratamentos de fertilidade seja abordado. Falar abertamente sobre estas questões pode ajudar a normalizar a sua utilização e a reduzir a pressão social que muitas mulheres sentem para ter filhos num determinado período de tempo.

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Governo nomeia nova mediadora do crédito

  • ECO
  • 3 Junho 2024

O Governo escolheu Ana Margarida Machado de Almeida é a nova mediadora do crédito. Maria Clara Domingues Machado, a última no cargo, iniciou funções em 2012 e foi reconduzida em 2014.

Ana Margarida Machado de Almeida é a nova mediadora do crédito. A nomeação foi aprovada em Conselho de Ministros, segundo o comunicado desta segunda-feira.

O mediador do crédito, figura instituída em 2009, visa a “defesa e a promoção dos direitos, garantias e interesses legítimos de quaisquer pessoas ou entidades que sejam parte em relações de crédito, bem como contribuir para melhorar o acesso ao crédito junto do sistema financeiro“, segundo a página oficial.

Com a mediação, “pretende-se fomentar a comunicação entre as partes – cliente bancário e instituição de crédito –, no sentido de chegarem a um acordo e, assim, ultrapassarem situações de impasse, ou de falta de entendimento, na relação de crédito”.

Além disso, o mediador do crédito tem também a responsabilidade de “promover a literacia financeira em matéria de crédito, devendo, para o efeito, fomentar o conhecimento dos direitos e deveres dos cidadãos neste domínio, bem como prestar os esclarecimentos e as informações que lhe forem solicitados”.

Embora funcione junto do Banco de Portugal, o mediador do crédito dispõe de uma missão e competências próprias.

Segundo a página oficial do Mediador do Crédito, Maria Clara Domingues Machado foi a última mediadora do crédito, tendo iniciado funções em 2012, sendo reconduzida no cargo em 2014. Antes, apenas João José Amaral Tomaz exerceu a função, tendo sido o primeiro a ser nomeado mediador do crédito, cargo que desempenhou entre 2009 e 2011.

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Operadores de redes de distribuição de gás propõem investimentos de 395 milhões até 2029

  • Lusa
  • 3 Junho 2024

O valor de investimento proposto pelos operadores das redes de distribuição de gás inclui 238 milhões de euros para a expansão e densificação das redes.

Os planos quinquenais de desenvolvimento e investimentos das redes de distribuição de gás, colocadas esta segunda-feira em consulta pública pelo regulador, contemplam propostas de investimento de 394,6 milhões de euros no quinquénio 2025-2029.

Em comunicado, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) refere que o valor de investimento proposto pelos operadores das redes de distribuição de gás (ORD) inclui 238 milhões de euros para a expansão e densificação das redes, através da construção de novos ramais e infraestruturas individuais, com o objetivo de disponibilizar gás a novas clientes.

Aquele valor de 394,6 milhões de euros contempla ainda uma parcela de 135,2 milhões de euros para investimento em outras infraestruturas de construção e de redes de média pressão, para ligação à rede, bem como o investimento em sistemas de informação. Há ainda, refere a informação da ERSE, 21,4 milhões de euros para projetos relacionados coma transição energética, incluindo a preparação das infraestruturas de distribuição para a receção de gases renováveis.

A consulta pública das propostas de planos quinquenais de desenvolvimento e investimento das redes de distribuição de gás para o período 2025-2029, apresentadas pelos 11 operadores das redes de distribuição de gás, tem a duração de 30 dias úteis. Terminada a consulta pública, a ERSE dispõe de 22 dias para elaborar o relatório dessa consulta, cabendo-lhe, no prazo de 30 dias após a conclusão deste relatório, emitir um parecer não vinculativo “incluindo alterações às propostas apresentadas pelos ORD”.

Os comentários dos interessados devem ser feitos até 16 de julho de 2024, informa o regulador do setor energético. Nos termos da lei, os ORD devem elaborar nos anos pares, planos quinquenais de desenvolvimento e investimento das redes de distribuição de gás.

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KKR converte dívida em novas ações e garante cerca de 82% da Greenvolt

Os americanos informaram, na passada sexta-feira, que garantiram 78,9% da empresa e avançam com uma OPA obrigatória para comprar o restante capital. Acordo com Mediobanca também é alterado.

Os norte-americanos da Kohlberg Kravis Roberts (KKR), através da sua afiliada GV Investor Bidco, converteram em ações da Greenvolt uma linha de obrigações convertíveis no valor de 200 milhões de euros e uma taxa de cupão de 4,75% que vencia em 2030. Com esta operação, a KKR, que na última sexta-feira informou que garantiu 78,9% da empresa e avançou com um OPA obrigatória para comprar o restante capital, passou a deter cerca de 82% do capital da Greenvolt.

A Greenvolt, liderada por João Manso Neto, informou em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que recebeu da GV Investor Bidco, S.à r.l. “a comunicação reproduzida em anexo relativa ao exercício do direito de conversão referente às obrigações convertíveis emitidas pela Greenvolt designadas “€200,000,000 4.75 per cent. Senior Unsecured Conditionally Convertible Bonds due 2030”.

Com a conversão destes títulos de dívida em ações, a KKR reforça a sua posição no capital da empresa, depois de ter garantido a aquisição de 60,86% através da compra que já tinha definido com os sete principais acionistas da Greenvolt e mais 18,04% adquiridos pelo banco italiano Mediobanca. Fica agora disperso no mercado apenas cerca de 18% do capital.

Já a Greenvolt reduz o seu nível de dívida. No final de 2023, a dívida financeira líquida pro-forma da Greenvolt totalizava 691,4 milhões de Euros. O rácio da dívida financeira líquida pro-forma em relação ao EBITDA Ajustado, nos últimos 12 meses é de 6,3 vezes.

Em outro comunicado ao mercado, a sociedade da KKR, Gamma Lux, informa que alterou as condições do acordo com a Mediobanca, que estava mandatada para comprar ações da energética no mercado. Assim, em vez de poder comprar até 19,9% do capital da Greenvolt no mercado, a Mediobanca poderá reforçar até 23,37%.

(Notícia atualizada às 21h06 com mais informação)

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“Frouxo”, “vazio legal”, o que dizem os partidos do plano de imigração

  • Lusa e ECO
  • 3 Junho 2024

À esquerda, as criticam ao plano do Governo para as migrações não tardaram. Os liberais esperam que o plano “não se fique pelas meias-tintas”, enquanto o Chega ameaça votar contra.

Na primeira reação ao plano de ação para as migrações, apresentado pelo Governo esta segunda-feira, só os liberais mostraram “agrado” entre os partidos com assento parlamentar. No espetro mais à esquerda do hemiciclo, o Partido Socialista (PS) e o Bloco de Esquerda (BE) alertaram para os riscos de um “vazio legal” com o fim da “figura jurídica manifestação de interesses”, um dos diplomas incluídos no pacote que, apesar de poder ser chamado ao Parlamento, foi já promulgado pelo Presidente da República.

Já o partido de André Ventura criticou um plano que “acaba por se revelar frouxo, mal formado e pouco eficaz” e anunciou a apresentação de quatro diplomas, entre os quais a introdução de quotas a imigrantes. Por seu lado, o líder comunista Paulo Raimundo criticou a intenção do executivo procurar “restringir a imigração legal”.

O plano para as migrações tem um custo de 15 milhões de euros que estarão inscritos no Orçamento do Estado, mas será também financiado por fundos europeus. Este plano inclui 41 medidas para dar resposta ao fluxo migratório e aos mais de 400 mil processos pendentes na AIMA. Leia, abaixo, as reações de cada partido.

PS teme que Governo crie novos problemas nos processos de regularização de imigrantes

O secretário-geral no PS considerou, em conferência de imprensa “vago” o plano do Governo para as migrações e advertiu que o fim da figura jurídica da manifestação de interesse criará um “vazio” legal e novos problemas, dificultando a regularização de imigrantes.

Tendo ao seu lado a líder parlamentar socialista, Alexandra Leitão, e o “vice” da bancada do PS Pedro Delgado Alves, Pedro Nuno Santos começou por manifestar dúvidas sobre o sucesso de alterações ao nível da lei de estrangeiros no controlo de fluxos migratórios, contrapondo que é na “regulação e fiscalização do mercado de trabalho que as medidas podem ter maior impacto”. Em relação ao plano do Governo, o secretário-geral do PS disse “acompanhar objetivos de reforço dos meios da AIMA (Agência para a Integração, Migrações e Asilo) e dos serviços consulares”.

“Mas a grande medida concreta deste plano é o fim [na lei de estrangeiros] da figura jurídica manifestação de interesses. Este conceito tem como objetivo regularizar a situação de trabalhadores que já estão a trabalhar em Portugal há pelo menos um ano, com contrato de trabalho e com descontos para a Segurança Social. Ora, o fim imediato desta figura jurídica vai deixar uma situação de vazio. Podemos estar a criar um problema para o futuro, com trabalhadores a trabalhar, a descontar mas sem possibilidade de se regularizarem”, avisou o líder socialista logo na sua declaração inicial.

Neste ponto, deixou uma pergunta: “Como deve o país tratar alguém que está há mais de um ano a trabalhar em Portugal, que tem contrato de trabalho e descontos para a Segurança Social? A verdade é que o Governo não dá resposta e não se prevê que o reforço dos serviços consulares seja suficiente para que se acabe com esta figura jurídica”, completou. Perante os jornalistas, Pedro Nuno Santos rejeitou uma relação entre esta figura jurídica e a existência de cerca de 400 mil processos pendentes na AIMA e não excluiu em absoluto uma revisão da lei de estrangeiros.

“Mas não queremos que se alimente a ideia de que é através de alterações legislativas que vamos conseguir controlar os fluxos migratórios”, ressalvou.

Chega ameaça votar contra o plano do Governo sobre imigração

O presidente do Chega ameaçou votar contra o plano do Governo para a imigração se continuar ineficaz e apresentou uma “carta de exigências”, desafiando o executivo a introduzir quotas. Em declarações aos jornalistas na sede do Chega em Leiria, André Ventura afirmou que o plano apresentado pelo Governo “acaba por se revelar frouxo, mal formado e pouco eficaz”.

“Se este plano se mantiver com o nível de inconsequência e ineficácia, não terá nenhuma hipótese de passar na Assembleia da República”, indicou. O líder do Chega enumerou quatro diplomas, alguns dos quais já anunciados, referindo serem “uma carta de exigências ao Governo”.

André Ventura quer a introdução de quotas, que imigrantes condenados por crimes sejam encaminhados para o seu país de origem, facilitar o regresso dos estrangeiros por sua vontade e fechar fronteiras até estar regularizada a situação dos imigrantes que já estão em Portugal e aguardam decisão.

IL espera que plano para as migrações “não se fique pelas meias-tintas”

O cabeça de lista da Iniciativa Liberal ao Parlamento Europeu espera que o PSD leve o Plano de Ação para as Migrações até ao fim e “não se fique pelas meias-tintas”. “Esperamos que [o plano] não fique apenas pelas meias-tintas como tem sido apanágio do PSD”, afirmou João Cotrim de Figueiredo no final de uma visita à empresa Polivouga, em Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro.

Apesar de considerar algumas das cerca de 40 medidas anunciadas pelo Governo PSD “bastante vagas e lacónicas”, o candidato a eurodeputado assumiu ter ficado agradado com a extinção dos processos por manifestação de interesse, uma proposta que a IL sugeriu. “Registamos com agrado que ela tenha sido acolhida no desenho final deste plano porque, no fundo, repõe os requisitos àquilo que eram antes de 2017 e são um bom exemplo daquilo que nós temos vindo a dizer nesta matéria, como noutras, que não podemos nem depender de boas intenções, nem de grandes proibições”, frisou.

Além desta, o candidato dos liberais registou igualmente com agrado a recuperação rápida das pendências na Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA), algo que várias forças políticas vinham a pedir.

Mariana Mortágua acusa Governo de incentivar a imigração indocumentada

A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, acusou o Governo minoritário PSD/CDS-PP de incentivar a imigração indocumentada no país com o novo plano para as migrações, criticando a extinção do mecanismo de manifestação de interesse. “Tememos que este plano na verdade aumente o problema, porque se se elimina uma das formas de regularizar imigrantes que nos procuram, o que vai acontecer necessariamente é mais imigração indocumentada”, defendeu Mariana Mortágua, em declarações aos jornalistas na Feira do Livro de Lisboa, à margem de uma ação de campanha para as eleições europeias.

Na opinião da bloquista, o fim do mecanismo de manifestação de interesse, que permite a um imigrante pedir para obter um visto de residência em Portugal, abre “um vazio legal”. “Ao extinguir a manifestação de interesse – que é um mecanismo que também tinha problemas na sua aplicação prática e é preciso também reconhecer esses problemas – ao extinguir a manifestação de interesse o Governo o que está a fazer é eliminar a possibilidade de alguém que chega a Portugal em procura de trabalho e que encontra trabalho de se poder regularizar”, acusou Mariana Mortágua.

Na ótica da bloquista, “o Governo diz ‘só é regular em Portugal quem vier regular de fora’ mas quem já está em Portugal ou chegar a Portugal à procura de trabalho não vai poder regularizar -se”, acrescentando que “essa lei já foi aplicada no passado”. “O que é que acontece? As pessoas chegam indocumentadas a Portugal porque a economia precisa delas (…) e depois não têm forma de se regularizar, e de x em x tempo os processos acumulam-se e obrigam a uma regularização extraordinária. O que está a ser feito pelo Governo com este vazio legal é um incentivo à imigração indocumentada”, insistiu.

PCP critica plano do Governo para migrações e anuncia diploma para reforçar AIMA

O secretário-geral do PCP considerou que o plano para migrações do Governo vai potenciar a imigração ilegal e não responde aos processos de regularização pendentes, e anunciou que o partido vai apresentar um diploma para reforçar a AIMA. Em declarações aos jornalistas na Feira do Livro, Paulo Raimundo considerou que o plano “é igual aos que têm sido apresentados pelo Governo”.

“Sobre os problemas concretos, imediatos, pouco ou nada. E sobre as questões de fundo, é resoluções para depois”, criticou. O líder do PCP referiu que há atualmente 400 mil imigrantes por regularizar que “não vão ver o seu problema resolvido com as 41 medidas que o Governo apresentou hoje para supostamente dar resposta a este problema da imigração”.

Por outro lado, Paulo Raimundo criticou o facto de o executivo procurar também “restringir a imigração legal”, o que considerou que vai “contribuir de forma decisiva para rebentar um problema nas mãos”, referindo-se ao aumento da imigração ilegal, deixando mais pessoas à mercê do “tráfego de ser humano”. Depois, Paulo Raimundo criticou também as medidas previstas para a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), considerando que o plano do Governo só apresenta intenções e responde “muito pouco” às medidas que são urgentes.

O que ainda nos traz maior responsabilidade ao PCP, porque nós vamos apresentar um projeto com medidas concretas”, anunciou, considerando que há atualmente um problema na AIMA relacionada com a falta de recursos humanos. “Portanto, é preciso reforçar com recursos, com meios humanos imediatos. Nós precisamos de dar resposta às 400 mil vidas, que é isso que estamos a falar, de pessoas que estão legalmente no nosso país, e que não conseguem renovar os seus documentos para continuarem cá a trabalhar e a descontar, a contribuir para a produção do país”, disse.

Já interrogado se não concorda com a criação de uma unidade de estrangeiros e fronteiras na PSP, Paulo Raimundo respondeu: “Isso são tudo medidas muito importantes, só que é tudo problema a longo prazo”. “A questão não é essa. A questão é quais são as medidas que se tomam agora, e nós temos tido um Governo que tem tido uma habilidade extraordinária que é, a pretexto dos problemas concretos da vida de todos os dias, é anúncios, intenções e medidas concretas ao serviço dos grupos económicos: foi assim na saúde, habitação, medidas para os jovens e agora imigração”, disse.

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Swiss Re vai abandonar o iptiQ empurrada por perdas superiores a 500 milhões de euros

  • ECO Seguros
  • 3 Junho 2024

Trata-se de uma companhia de seguros digital que funciona como intermediária entre a resseguradora que produz os produtos e a empresa que os vai vender sobre a sua própria marca.

A segunda maior resseguradora global, Swiss Re, vai abandonar o seu negócio digital iptiQ, a partir do qual produz produtos e permite que outras empresas vendam e publicitem os produtos sob a sua marca própria, avançou a Reuters.

Christian Mumenthaler, CEO da Swiss Re, afirmou que o mercado atual é “muito diferente do que quando o iptiQ foi criado” considerando que a Swiss Re já não é “a melhor proprietária deste negócio”.

Em causa está uma perda de 600 milhões de dólares (cerca de 553 milhões de euros) nos últimos dois anos – com previsões de perdas para 2024 – e pelas alterações no mercado desde a criação da iptiQ em 2014, segundo o CEO da resseguradora, Christian Mumenthaler.

A conclusão partilhada por Christian Mumenthaler de que a Swiss Re não é “a melhor proprietária deste negócio” advém após uma revisão estratégica para a companhia.

Esta poderá incorrer em custos de restruturação nos próximos meses cujo montante “depende da forma como isto se desenrolar”, disse CFO John Dacey. Face aos custos de reestruturação, a companhia garante que o objetivo de lucro para este ano não está em risco.

A Swiss Re ainda está a “considerar as opções” para este negócio. As suas intenções foram reveladas no âmbito dos relatórios dos resultados financeiros do primeiro trimestre de 2024. Nesse período gerou um lucro líquido, superior ao esperado, de 1,1 mil milhões de dólares. Ainda que o valor não fosse comparável com anos anteriores devido a alteração das normas contabilísticas, os analistas esperavam um lucro de 961 milhões de dólares.

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Marcelo já promulgou diploma sobre migrações devido a “situação urgentíssima”

  • ECO
  • 3 Junho 2024

Poucas horas depois do Governo apresentar o diploma sobre as migrações, o Presidente da República decidiu pela promulgação devido a "situação urgentíssima".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já promulgou o diploma do Governo sobre “as condições e procedimentos de entrada, permanência, saída e afastamento e cidadãos estrangeiros do território português, bem como o estatuto de residente de longa duração”.

Durante a tarde desta segunda-feira, o Governo tinha decidido avançar com uma “revogação imediata” das manifestações de interesse como condição para os imigrantes poderem aceder a autorização de residência em Portugal. Em nota da presidência, Marcelo indica que o diploma respeita as “situações existentes até ao presente, evita sobrecarregar os processos de regularização em curso com novas manifestações de interesse, admitidas na legislação anterior”.

Nesta sessão, que teve lugar na Nova SBE, o primeiro-ministro já tinha anunciado que iria entregar, ainda esta segunda, o decreto-lei com a revogação da manifestação de interesse ao Palácio de Belém, ainda que a “revisão da lei” possa ser requerido pela Assembleia da República.

Esta é uma das 41 medidas apresentadas pelo executivo de Luís Montenegro para dar resposta ao fluxo migratório e aos mais de 400 mil processos pendentes na Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA). O plano para as migrações tem um custo de 15 milhões de euros que estarão inscritos no Orçamento do Estado, mas será também financiado por fundos europeus.

 

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Belt promete reembolsar preço dos seguros de viagem se Portugal vencer o Euro 2024

  • ECO Seguros
  • 3 Junho 2024

Caso Portugal se sagre campeão europeu, a Belt reembolsa o valor do seguro de viagem até um máximo de 30 dias após a final do campeonato. Estando incluídos na campanha seguros para qualquer destino.

“Se Portugal vence, tu ganhas!” é o mote da campanha da Belt Seguros inspirada no Campeonato Europeu de Futebol da UEFA que promete aos adeptos devolver o valor dos seguros de viagem comprados entre o dia 31 de maio e 8 de julho se Portugal vencer o campeonato.

 

 

Deste modo, caso Portugal se sagre campeão europeu, a Belt reembolsa o valor do seguro até um máximo de 30 dias após a final do campeonato. Além disso, estão incluídos seguros de viagem para qualquer destino, mesmo que não seja o dos jogos.

Com esta campanha o marketplace multi-seguradora e multi-produto pretende dinamizar a sua oferta de seguros de viagem, um dos cinco ramos de seguros que comercializa, e que já conta com mais de 50 produtos de seis seguradoras especializadas, nomeadamente, a Mawdy, RNA, Europassistance, Ergo, AIG e Arag.

Interessados em participar nesta iniciativa devem comprar um seguro de viagem com a Belt Seguros e confirmar no check-out, “pondo o visto no campo de autorização”, até ao dia anterior às meias-finais.

Os seguros de viagem incluem coberturas de acidentes pessoais, cancelamentos ou atrasos no voo, assistência hospitalar, danos ou perdas de bagagens entre outros, variando a oferta consoante o produto, com os preços a começar nos 5 euros.

Nota que na maioria das ofertas da companhia o seguro cobre a totalidade das despesas médicas ou hospitalização e, dessa maneira, os segurados normalmente não têm que pagar parte da despesa.

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Unicre junta-se à Ageas para alargar oferta de seguros aos clientes

  • ECO Seguros
  • 3 Junho 2024

Membro da comissão executiva do Grupo Ageas Portugal, Gustavo Barreto, está confiante que esta parceria irá contribuir para a expansão da empresa no mercado de seguros em Portugal.

A Unicre, empresa especialista na gestão e disponibilização de serviços de crédito e pagamentos, em parceria com a Ageas Seguros, vai disponibilizar aos seus clientes o Seguro Médis Vintage, anunciou a instituição financeira em comunicado.

João Bicó Silva, Business Developmen da Ageas; Carlos Galo, Commercial Director, Health Insurance Partnerships da Médis; José Leão, Head of Brokers & Partnerships da Ageas; Gustavo Barreto, Chief Commercial Officer (CCO) da Ageas; Steven Braekeveldt, CEO da Ageas; Tânia Cirne Marketing, Products & Solutions | Card, Credit & Insurance da UNICRE e Fernando Carvalho, Administrador da UNICRE.

Com esta parceria a UNICRE pretende alargar a sua oferta, melhorar a experiência e promover a proteção de saúde dos clientes com o produto destinado aos clientes entre os 55 e 75 anos e a “clientes individuais sem disponibilidade financeira para adquirir o produto Médis Standard”.

Para Gustavo Barreto, membro da comissão executiva do Grupo Ageas Portugal, esta parceria “tem como objetivo ampliar a sua rede de comercialização de seguros, de forma a alcançar mais pessoas e proteger a saúde dos Portugueses com a Médis“. Nesse sentido, os dirigentes da empresa estão confiantes “que esta sinergia estratégica irá contribuir para a nossa expansão no mercado dos seguros”.

O produto está disponível nos canais de venda, digitais e balcão, do Unibanco. Este contempla acesso a um serviço de informação, aconselhamento e encaminhamento de cuidados de saúde, a uma rede de mais de 14 mil médicos e mais de 8 mil locais para realizar consultas, exames, tratamentos ou cirurgia, acesso a consultar por voz ou vídeos com médicos disponíveis 24 horas por dia, entre outras coberturas.

Fernando Carvalho, administrador da Unicre, afirma: “Estamos bastante entusiasmados por estabelecer esta parceria com o Grupo Ageas. Reconhecemos o seu vasto know-how [conhecimento] e expertise [experiência] no setor dos seguros, bem como a importância dos produtos que disponibilizam no mercado. Esta parceria representa uma mais-valia face à nova estrutura demográfica, na medida em que ambos partilhamos o compromisso de oferecer soluções abrangentes e inovadoras que respondam às necessidades em constante evolução dos clientes.”

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“Há Sempre espaço para acreditar”, diz Sagres em apoio à seleção nacional 

  • + M
  • 3 Junho 2024

A partir de 14 de junho, a Sagres vai também fazer a contagem decrescente para cada jogo da equipa portuguesa durante todo o Euro 2024, em televisão, digital, mupis digitais e em lojas selecionadas.

“Há Sempre espaço para acreditar” diz a Sagres na sua nova campanha de apoio à seleção nacional no campeonato europeu de futebol deste ano, que tem como objetivo “reforçar a sua ligação aos portugueses e celebrar o orgulho nacional“.

Com conceito criativo da McCann, o spot relata diferentes momentos de convívio para desfrutar dos jogos da seleção, desde a preparação do convívio com amigos e familiares ao visionamento do jogo, onde “cada momento é um testemunho do espírito de equipa, união e da fé inabalável dos adeptos portugueses”, refere-se em nota de imprensa.

A campanha marca presença em televisão, digital e ponto de venda, tendo o planeamento de meios ficado a cargo da Dentsu.

Tendo em vista recordar alguns dos momentos altos dos últimos vinte anos da seleção, a marca também lançou quatro copos colecionáveis com relatos icónicos, disponíveis em pontos de venda selecionados e que podem ser consultados em www.sagres.pt.

A partir de dia 14 de junho, a Sagres vai também fazer a contagem decrescente para cada jogo da equipa portuguesa durante todo o Euro 2024, em televisão, digital, mupis digitais e em lojas selecionadas.

Recentemente, a Ssgres também promoveu o passatempo “Ganha viagens para apoiar a Seleção”, onde ofereceu 10 viagens duplas à Alemanha para assistir à partida entre a Seleção Nacional e a Turquia.

O próximo Campeonato da Europa decorre na Alemanha entre 14 de junho e 14 de julho. No grupo F, Portugal vai enfrentar a Turquia, a Chéquia e a Geórgia.

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Susana Gomez Smith integra Conselho Geral e de Supervisão do Novobanco

  • Lusa
  • 3 Junho 2024

Susana Gomez Smith exerce funções como diretora não-executiva independente e presidente da comissão de auditoria e risco.

Susana Gomez Smith passou a integrar o Conselho Geral e de Supervisão do Novobanco no mandato que termina este ano, foi comunicado esta segunda-feira ao mercado. “[…] O Novo Banco S.A. (“novobanco”) informa que Susana Gomez Smith passou a integrar o Conselho Geral e de Supervisão (CGS) do Novo Banco no mandato em curso (2021-2024)”, lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Susana Gomez Smith exerce funções como diretora não-executiva independente e presidente da comissão de auditoria e risco e membro da comissão de remunerações e nomeações na Leonteq AG.

O novo membro do CGS do Novo Banco “tem um vasto conhecimento em gestão de risco, reporte, controlo, remuneração, planeamento estratégico e governance no Reino Unido, Europa e Ásia”, destacou.

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Governo indica Ricardo Arroja para a Aicep

O economista Ricardo Arroja é a escolha do ministro da Economia para a liderança da agência para o investimento e comércio externo de Portugal. Conheça a nova equipa de gestão da Aicep.

Já há um nome indicado para presidente do Aicep: O ministro da Economia, Pedro Reis, escolheu o economista e professor universitário Ricardo Arroja para liderar a agência de investimento e comercio externo de Portugal. A “nova liderança estará focada na estratégia de apoio às exportadoras, na internacionalização e na atração de investimento, tanto nacional como internacional”, justifica um comunicado oficial do Ministério da Economia, já depois da notícia em primeira mão do ECO.

Doutorado pela Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, é docente no ensino superior nas áreas de banca e finanças empresariais, administrador e consultor de empresas, e consultor de políticas públicas. Arroja foi colunista regular do ECO e é agora do jornal Público com caráter quinzenal. É um gestor independente, foi aliás candidato da Iniciativa Liberal às eleições europeias de 2019 – a sua única experiência político-partidária – e tem publicado análises que estão longe de ser seguidistas do Governo.

Sobre os primeiros anúncios do Governo, o economista nortenho fez elogios, mas deixou também reservas. “Há duas semanas, nesta mesma coluna de opinião, defendi que as prioridades do novo executivo deveriam ser as seguintes: redução da carga fiscal sobre particulares e empresas; aumento da oferta na habitação; um novo modelo de gestão do Serviço Nacional de Saúde (SNS); a modernização da justiça; e o reforço da concorrência. Concluí então que se o novo executivo viesse a produzir resultados em duas ou três daquelas frentes o balanço já seria positivo. Pois bem, após a apresentação do Programa do Governo, observo que, no geral, aquelas prioridades são acolhidas no programa, ainda que oferecendo diferentes graus de detalhe e de eficácia. Nos impostos e na habitação o programa parece-me promissor; nas restantes áreas tenho sérias dúvidas“, lê-se num artigo do Público publicado no passado dia 15 de abril.

O economista tem desenvolvido um trabalho académico e de consultoria especialmente dedicado às empresas e a produtividade e competitividade da economia e à atração de investimento externo, precisamente as áreas de intervenção da agência, curiosamente já presidida pelo atual ministro da Economia, Pedro Reis.

A mudança de conselho de administração da Aicep foi conhecida esta tarde de segunda-feira, depois de uma notícia da SICN e confirmada também pelo ECO. A equipa de Filipe Santos Costa iniciou funções no início de junho de 2023 e tinha um longo caderno de encargos que passava por preparar a agência para os desafios do triénio, nomeadamente, a redefinição da rede externa, lançar um novo ciclo de atração de investimento produtivo e capacitar mais empresas para que possam apostar na internacionalização.

Conheça a equipa completa da Aicep:

  • Madalena Oliveira e Silva, atual quadro da AICEP e ex-administradora da AICEP entre abril de 2017 e junho de 2023;
  • Joana Gaspar, diplomata e ex-embaixadora, até ao momento coordenadora do Centro de Estudos e Análise Estratégica do Instituto Diplomático do Ministério dos Negócios Estrangeiros;
  • Francisco Catalão, doutorado em Gestão, mestre em Finanças e licenciado em Economia, com vasta experiência em funções financeiras em várias empresas; •
  • Paulo Rios de Oliveira, advogado e consultor de empresas nas áreas de gestão e comunicação, e ex-deputado à Assembleia da República.

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