Sonae repete lucros de 25 milhões até março, com as vendas a subirem 11%

Volume de negócios consolidado aumentou 11% no trimestre, para 2,1 mil milhões de euros, que a dona do Continente e da Worten atribui ao “forte investimento e crescimento dos negócios de retalho".

O grupo Sonae reportou esta terça-feira um resultado líquido atribuível a acionistas de 25 milhões de euros no primeiro trimestre de 2024, o que representa um ligeiro crescimento de 0,4% face ao mesmo período do ano passado.

Os “impactos do aumento das depreciações em consequência do forte investimento realizado, dos custos de financiamento pelo aumento das taxas de juro e dos impostos [foram] compensados pelos ganhos de quota de mercado e sólida performance dos negócios”, enquadra.

Já o volume de negócios consolidado aumentou 11% entre janeiro e março, para 2,1 mil milhões de euros, que a dona do Continente e da Worten atribui ao “forte investimento e crescimento dos negócios de retalho”. O EBITDA atingiu os 180 milhões, 13% acima do registo homólogo.

Num ciclo em que concluiu a OPA sobre a finlandesa Musti – o fecho da compra da francesa BCF Life Sciences só aconteceu em abril –, calcula que o investimento consolidado superou os 700 milhões de euros, para totalizar 1.212 milhões nos últimos 12 meses, com “expansão orgânica dos negócios e aquisições”.

“Em termos globais, o desempenho dos nossos negócios foi novamente forte neste trimestre, tendo resultado num crescimento adicional (+2% face ao final de 2023) do valor do nosso portefólio para 4,6 mil milhões de euros (2,38 euros/ação)”, salienta Cláudia Azevedo.

Citada no comunicado enviado à CMVM, a CEO sublinha que em termos de estrutura de capitais, e apesar do “investimento significativo” na empresa nórdica de produtos para animais de estimação, o rácio loan-to-value da holding sediada na Maia manteve-se em “níveis muito confortáveis”, tendo atingido os 13% no final deste trimestre.

Apresentação dos resultados de 2023 do grupo Sonae - 13MAR24
Cláudia Azevedo, CEO da SonaeRicardo Castelo/ECO

Apesar da “contínua pressão nos custos operacionais e do esforço para estar ao lado dos clientes”, salienta o “sólido desempenho dos negócios de retalho e o aumento da contribuição dos negócios consolidados pelo método de equivalência patrimonial, essencialmente proveniente da Nos”, que levaram o EBITDA subjacente a escalar 15%, para 158 milhões de euros.

No entanto, sublinha o grupo na mesma comunicação ao mercado, o aumento das depreciações, dos custos de financiamento e dos impostos levou a que o resultado direto se situasse em 33 milhões de euros, ficando “apenas” 10% acima do primeiro trimestre de 2023.

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Verspieren compra mais uma mediadora de seguros e quer outras

A corretora francesa continua a onda de aquisições em Portugal e quer acabar o ano com 50 milhões de euros em prémios e uma receita de 7 milhões, o que significa duplicar a faturação em três anos.

A corretora de seguros VCS – Verspieren acaba de concretizar a operação de aquisição de 100% do capital da mediadora Topclasse, com escritório em Algueirão-Mem Martins, que gere mais de 1.100 clientes, tem uma carteira superior a 1,25 milhões de euros, e permite reforçar a presença do grupo francês em Portugal.

Rogério Dias, CEO da VCS Verspieren em Portugal, mantém a vontade de crescer rapidamente, querendo conservar os profissionais das empresas adquiridas.

A corretora francesa também juntou à sua rede de medição mais duas empresas na região norte, a Alvo Seguro, uma mediadora exclusiva Generali Tranquilidade com base na Maia e a Zita Silva, localizada em Paredes. Juntas gerem mais de 4.500 clientes, com uma carteira no seu conjunto superior a 2 milhões euros de prémios e um volume de negócios conjunto superior a 250 mil euros.

A Topclasse torna-se a mais recente da VCS-Verspieren juntando-se a outras adquiridas como a Macedo’s, a Link, a João Maria Silva, a Serseguro, a Rubisar e a Opinatus, “que são representados por pessoas de grande know-how no setor segurador”, afirma a corretora. Por regra, a Verspieren mantém nestas operações a equipa de gestão e quadro de colaboradores mantém-se no ativo, “sendo a sua continuidade e profissionalismo um fator essencial para o sucesso destas operações de aquisição”, refere a empresa em comunicado. A Verspieren Portugal, entre 2021 e 2024, mais que duplicou a sua carteira e quadro de colaboradores, reforçando a sua força comercial e pontos de venda.

Para 2024, a VCS – Verspieren antecipa que serão anunciadas novas aquisições e estima atingir um volume de prémios superior a 50 milhões de euros e de comissões e honorários a rondar os 7 milhões de euros, o que representa a duplicação dos resultados de faturação em apenas 3 anos.

O Grupo Verspieren é o maior corretor francês de capital exclusivamente familiar, tem mais de 2.200 colaboradores, está presente em mais de 140 países, e conta com um volume de negócios superior a 450 milhões de euros, a que corresponde uma carteira superior a 5 mil milhões de euros.

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Lula sugere criação de fundo internacional para poluidores ajudarem na reconstrução do sul do Brasil

  • Lusa
  • 21 Maio 2024

A criação de um fundo internacional teria contributos de poluidores para ajudar a reconstruir o Rio Grande do Sul, devastado por inundações.

O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, sugeriu a criação de um fundo internacional que levasse grandes poluidores a contribuírem para a recuperação do Rio Grande do Sul, estado do país devastado pelas chuvas.

Acontece esse desastre do Rio Grande do Sul e, ao invés de ficar lamentando, a gente tem que ir para cima e tentar dizer que nós vamos recuperar o Rio Grande do Sul, que não vai faltar recursos para ajudar o Rio Grande do Sul. E, quem sabe, o Aloísio Mercadante [Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social] ou um outro banco qualquer propõe a criação de um fundo internacional para que as pessoas que poluem o planeta deem dinheiro para ajudar a recuperar o Rio Grande do Sul”, afirmou o Presidente brasileiro.

“A recuperação do Rio Grande do Sul é a possibilidade de fazermos a economia crescer mais ainda. Se a natureza está revoltada connosco e ela fez isso, nós temos que tentar dizer para a natureza que nós vamos tentar fazer as coisas certas”, acrescentou. Lula da Silva falava numa reunião com empresários do setor do aço destinada ao anúncio de medidas para o setor, na qual aproveitou para reforçar o apelo ao apoio ao Rio Grande do Sul, estado brasileiro que desde o fim de abril tem sido devastado pelas chuvas.

Os empresários anunciaram 18 mil milhões de euros em investimentos como contrapartida à decisão do Governo brasileiro, tomada em abril, de instituir uma cota para importação de aço e elevar para 25% a alíquota de importação do produto acima dessa cota. Segundo especialistas consultados pela Lusa, as mudanças climáticas provocadas pela poluição e o aquecimento do planeta têm relação direta com o aumento e a incidência e a intensidade de eventos extremos como o que acontece no sul do Brasil.

Segundo o último boletim divulgado pelas autoridades brasileiras, as chuvas já causaram pelo menos 162 mortes na região sul do país. Deste total, 161 mortes foram confirmadas no Rio Grande do Sul e uma morte no estado de Santa Catarina.

No Rio Grande do Sul há mais de 72 mil pessoas alojadas em abrigos públicos por terem perdido as suas casas e outras 581 mil estão desalojadas (a residir com parentes ou amigos) devido às chuvas que afetam todo o estado, e que afetaram pelo menos 2,3 milhões de pessoas que vivem em 464 cidades.

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Braga apoiou 44 novas startups em 2023. Geraram mais de 21 milhões de investimento

A InvestBraga comemora dez anos de atividade e já apoiou 1.118 projetos empresariais dos quais 347 são estrangeiros.

Só em 2023 o município de Braga apoiou 44 novas startups que geraram mais de 21 milhões de euros de investimento, calculou esta terça-feira Ricardo Rio, durante o Fórum Económico que decorreu no âmbito da Semana de Economia de Braga. O autarca social-democrata adiantou ainda que, durante a última década (2014- 2024), foram apoiadas 250 startups que angariaram mais de 400 milhões de euros de investimento.

Sob a temática da “Inovação Sustentável e à Estratégia ESG na Internacionalização das Empresas”, a Semana de Economia de Braga coloca a cidade minhota no epicentro do empreendedorismo e da inovação até dia 25 de maio. O evento junta dezenas de empresários, empreendedores e especialistas numa altura em que a InvestBraga comemora dez anos de atividade, com trabalho feito em torno da atração de investimento, dinamização da economia e desenvolvimento do território local.

Contas feitas, calculou Ricardo Rio, esta agência de dinamização económica já apoiou 1.118 projetos empresariais entre 2014 e 2024, dos quais 347 são estrangeiros. Foram criados mais de mais de 20 mil empregos ao longo desta década, o que se traduz “numa média de dois mil postos de trabalho por ano”, assinala.

Ricardo Rio quer colocar a cidade minhota no radar internacional do investimento. Entre as multinacionais conquistadas por Braga constam empresas como a Nestlé (Suíça), a Ciellos (EUA), NTT Data (Japão), TX (Suíça), Santander Consumer Finance (Espanha), a Fujitsu (Japão), Accenture Tecnology (EUA), a Issu (EUA) ou a Pole To Win Holdings Inc (Japão).

O tecido económico bracarense sofreu uma grande transformação e estas novas empresas ganham um peso significativo na economia. “Braga é hoje o terceiro concelho mais exportador do país”, destaca Ricardo Rio ao ECO/Local Online. Em 2023 Braga voltou a situar-se no top 10 das exportações nacionais, ocupando o terceiro lugar, depois de Lisboa e Palmela, com 2.832.539.563 euros e com um peso de 3,65% nas exportações portuguesas.

“Braga não era uma cidade muito exportadora. Acreditámos que era possível desenvolver novos produtos e que a inovação iria dar cartas a nível global“, afirmou o edil. “Isto só foi possível através da ligação entre a investigação, o ensino e o tecido empresarial”, completou.

Braga é hoje o terceiro concelho mais exportador do país.

Ricardo Rio

Presidente da Câmara Municipal de Braga

Já “os 38 CEOs das maiores empresas e grupos empresariais com atividade no concelho que constituem a Cimeira dos Embaixadores Empresariais de Braga representam 350 empresas, com mais de 22 mil trabalhadores, com um volume de negócios superior a 4 mil milhões de euros” e registam 2,5 mil milhões de euros de exportações.

Face a este crescimento do tecido económico, Braga quer impor-se como um centro diferenciado na fixação e projeção de talento até 2026. Ricardo Rio já tem concluído 83% das ações do plano estratégico para o desenvolvimento económico de Braga entre 2014 e 2026.

Braga acena com uma série de vantagens competitivas como o talento, os recursos humanos qualificados ou estar na vanguarda da inovação e investigação. “Temos sido um concelho que se tem posicionado em termos de destino de investimento, usando como principal argumento competitivo o talento, a disponibilidade de recursos humanos muito qualificados, fluentes em línguas, na vanguarda em termos de formação”, elenca o autarca social-democrata.

No ranking do Financial Times, a cidade surge em 2023 como o melhor destino com menos de 200 mil habitantes na estratégia de captação de investimento externo.

Em 2023 Braga também registou um significativo crescimento turístico com mais de 635 mil dormidas, o que se traduziu numa subida de 3% em relação a 2022. “Os resultados são de mérito essencial das empresas, dos empresários e dos trabalhadores; tudo isto com apoio da InvestBraga, a empresa municipal transformadora da realidade do concelho”, concluiu Ricardo Rio.

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Alívio de regras para ajudas estatais acaba este ano, avisa von der Leyen

  • Lusa
  • 21 Maio 2024

O Quadro Temporário de Crise dos Auxílios Estatais, devido à pandemia e guerra da Rússia à Ucrânia, tinha um enquadramento "razoável, mas agora está a expirar”, disse Ursula von der Leyen.

A presidente da Comissão Europeia e candidata a segundo mandato na instituição, Ursula von der Leyen, anunciou esta terça-feira que a União Europeia (UE) vai “voltar aos auxílios estatais normais” em meados deste ano, após alívio temporário das regras.

“Houve um enquadramento temporário e de crise para auxílios estatais por estarmos a passar por uma transição profunda de descarbonização e digitalização e, além disso, por ter havido uma crise relacionada com a pandemia e com a guerra russa na Ucrânia. Esse enquadramento temporário era razoável, mas agora está a expirar”, disse Ursula von der Leyen.

Intervindo num debate promovido em Bruxelas pelo grupo de reflexão de assuntos económicos Bruegel e pelo jornal britânico Financial Times com cabeças de lista (spitzenkandidat) dos partidos às eleições europeias, a responsável precisou que “a maior parte” dessas regras mais flexíveis da UE para ajudas estatais, que permitiram apoios públicos dos Estados-membros, “vai agora expirar em meados deste ano”.

“Aí voltamos aos auxílios estatais normais”, com regras apertadas para este tipo de ajudas, acrescentou. Von der Leyen apontou que, entre os 27 Estados-membros da UE, o país que mais concede ajudas estatais per capita é a Hungria. A Comissão Europeia decidiu prorrogar, até junho de 2024, as regras mais flexíveis da UE para ajudas estatais devido à crise energética, na sequência do contexto geopolítico, normas estas que haviam sido aliviadas para os países poderem ajudar as suas economias aquando da crise da covid-19 e da guerra da Ucrânia causada pela invasão russa.

Prevista está a eliminação progressiva do quadro temporário de crise e de transição após essa data. Em causa está o Quadro Temporário de Crise dos Auxílios Estatais, adotado inicialmente em 19 de março de 2020 para permitir aos Estados-membros utilizarem flexibilidade prevista nas regras em matéria de auxílios estatais para apoiar as suas economias no contexto da pandemia, isto mediante aval de Bruxelas.

Já desde maio de 2022, a UE optou por manter este alívio nas regras para, desta feita, permitir apoios públicos à economia no contexto da guerra da Rússia contra a Ucrânia. Desde então, algumas medidas foram prorrogadas, o que termina agora em meados deste ano.

Dados divulgados recentemente pelo executivo comunitário indicam que, em 2022, o Estado português concedeu ajudas estatais de 222,5 milhões de euros relacionadas com a covid-19 e de 58 milhões para colmatar efeitos da guerra da Ucrânia, num total de 2,3 mil milhões de euros em ajudas públicas portuguesas.

Nesse ano, os 27 Estados-membros comunicaram cerca de 228 mil milhões de euros em despesas com auxílios estatais para todos os objetivos, incluindo medidas de crise relacionadas com a pandemia de covid-19 e a guerra da Ucrânia causada pela invasão russa e outras medidas.

Este valor corresponde a 1,4% do Produto Interno Bruto da UE de 2022 e representa uma redução de 34,8% em relação a 2021, quando as despesas com ajudas públicas atingiram 349,7 mil milhões de euros. A Comissão Europeia aplica apertadas regras de auxílios estatais para garantir que o apoio dado pelos governos da UE a empresas de grande e pequena dimensão não lhes confere uma vantagem indevida nem desequilibra a concorrência no mercado interno.

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Bondalti investe mil milhões na construção de duas fábricas de lítio até 2030

A empresa controlada pela família Mello, que lançou uma OPA sobre a espanhola Ercros, prevê que a primeira fábrica esteja concluída em 2027 e a segunda em 2030.

A Lithium Energy, o projeto de refinação de lítio “verde” do grupo José de Mello e da Bondalti, vai investir cerca de mil milhões de euros na construção de duas fábricas na Península Ibérica, até 2030.

Uma das fábricas será construída em Estarreja e a outra em Torrelaverga, na região da Cantabria, em Espanha, anunciou esta terça-feira o CEO da empresa, Duarte Braga, às agências de notícias estrangeiras.

Com cerca de 60.000 toneladas de reservas conhecidas, Portugal já é o maior produtor europeu de lítio, tradicionalmente extraído para produção de cerâmica. Juntamente com a vizinha Espanha, o país quer aproveitar os depósitos locais de lítio, com o objetivo de cobrir toda a cadeia de valor, desde a mineração e refinação até ao fabrico de células e baterias e à reciclagem de baterias.

“Quase 80% da refinação de lítio vem da China e o que queremos tentar fazer é reverter (essa tendência)”, disse Duarte Braga.

Apesar de ter adiantado que a primeira fábrica estará pronta em 2027, o líder da companhia não detalhou qual dos dois projetos estará concluído primeiro. Duarte Braga acrescentou, porém, que a expectativa é que as duas refinarias sejam capazes de produzir lítio suficiente para alimentar baterias para um milhão de veículos elétricos por ano.

No verão passado, o CEO da Bondalti, que tem uma OPA a correr sobre a espanhola Ercros, já tinha avançado que a estratégia da empresa “passará por ter no mínimo duas fábricas até 2030 e, eventualmente, uma terceira já em pensamento ou em desenvolvimento nessa altura”.

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Lagarde vê corte de juros em junho com “inflação sob controlo”

  • ECO
  • 21 Maio 2024

Presidente do BCE diz estar "confiante" de que a inflação na Zona Euro está controlada, razão pela qual vê com "alta probabilidade" um corte dos juros na reunião de 6 de junho.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, indicou que é provável um corte nas taxas de juro no próximo mês perante a contenção das pressões de subida dos preços.

“É um caso de saber se os dados que recebemos reforça o nível de confiança que temos – que vamos ter uma inflação de 2% no médio prazo, que é o nosso objetivo, a nossa missão e dever. Se assim for, há uma forte probabilidade” de uma redução das taxas no dia 6 de junho, referiu Lagarde em entrevista ao canal irlandês RTE One que será transmitida esta terça-feira, citada pela agência Bloomberg.

A líder do BCE adiantou que está “muito confiante” de que a inflação na Zona Euro está “sob controlo”.

“A previsão que temos para o próximo ano e o ano seguinte é de que estamos muito, muito perto do objetivo, senão já no objetivo. Por isso estou confiante de que passamos para uma fase de controlo”, acrescentou.

A taxa de depósito, que se mantém no nível mais elevado de sempre nos 4% desde o outono, deverá ter um corte de 25 pontos base na reunião do conselho de governadores do BCE marcada para 6 de junho, sendo que os analistas esperam mais duas baixas da mesma dimensão em setembro e no final do ano.

Num outro tema, Lagarde disse que a Europa deve preparar-se para a possível eleição de Donald Trump para presidente dos EUA e as consequências que poderão surgir daí “seja através de tarifas ou de outras formas e meios”.

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Now lança primeira campanha e já tem redes sociais

Assinada pela FCB, nesta primeira fase o objetivo é criar brand awareness e dar a conhecer o posicionamento do Now. Rita Matias, do Chega, e Bruno Gonçalves, do PS, são dois dos novos protagonistas.

A Medialivre lançou esta terça-feira a primeira campanha do Now, canal de informação que vai lançar no dia 17 de junho. Tal como Carlos Rodrigues, diretor-geral editorial da Medialivre e diretor do Now e da CMTV, já tinha avançado, “Informação exata na hora certa” é a assinatura.

Com criatividade da FCB, nesta primeira fase o objetivo da campanha é construir brand awareness e dar a conhecer o posicionamento do projeto, explica Isabel Rodrigues, chief marketing & digital officer da Medialivre. A campanha, com três peças, vai estar presente em imprensa e televisão, nesta primeira fase nos meios do grupo.

Numa segunda fase, a partir de dia 17, começam a ser comunicados os contéudos/programas. Aí a campanha será também digital e estará presente em meios fora do universo do grupo.

O planeamento de meios é da Havas, agência que também desenhou o look and feel do site. A landing page, de resto, também já está online e o site arranca no dia 17, tal como o canal. Para já, estão criados os perfis no Facebook, Instagram, X, Threads e LinkedIn.

Entretanto, ao lote de protagonistas juntam-se também Rita Matias, do Chega, e Bruno Gonçalves, do PS. “São dois dos nomes para os frente-a-frente em horário nobre. Dois jovens políticos que têm uma enorme tração nas redes sociais, universo no qual faremos uma grande aposta”, justifica Carlos Rodrigues.

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Ministra da Saúde garante que Algarve vai ter os meios que necessita no verão

  • Lusa
  • 21 Maio 2024

Questionada sobre os meios que o Ministério da Saúde pode ter de vir a acionar para garantir o apoio à ULS, Ana Paula Martins garantiu que serão "aqueles que forem necessários".

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, garantiu esta terça-feira que o Governo disponibilizará os meios que forem necessários para a Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve implementar o plano que delineou para garantir a resposta assistencial no verão.

Ana Paula Martins falava aos jornalistas após ter-se reunido com os dirigentes da ULS do Algarve, em Faro, e explicou que, ao longo das cerca de quatro horas de duração do encontro, recolheu informação sobre os “meios adicionais” que o Governo pode “acionar”, através do Ministério da Saúde, para apoiar o plano preparado pelas entidades regionais para o verão.

“Aquilo que está previsto no plano da Unidade Local de Saúde é conseguir responder com os meios que já conseguiu acionar e com mais alguns que nós, naturalmente, procuraremos acionar durante as próximas semanas”, adiantou a governante, garantindo que tem “absoluta confiança” no trabalho que está a ser feito na região para garantir essa resposta.

Questionada sobre os meios que o Ministério da Saúde pode ter de vir a acionar para garantir o apoio à ULS, Ana Paula Martins garantiu que serão “aqueles que forem necessários”, frisando que, “no Algarve as pessoas já estão muito habituadas […] a viver com quem está no Algarve e a responder com quem está no Algarve”.

“Essa decisão está prevista no plano e é uma decisão tomada, portanto, como sabem, em conjunto com a direção executiva [do Serviço Nacional de Saúde] e com a Unidade Local de Saúde, que tem um diretor clínico para a área de cuidados primários e um diretor clínico para a área de cuidados hospitalares”, afirmou.

Ana Paula Martins indicou que existem escalas e modelos de rotatividade “que são diferentes ao longo do país” – e que os que “dão certo” vão ser mantidos –, mas ressalvou que “há outros que já se comprovaram, em algumas zonas, que precisam de ser aperfeiçoados”, estando o Governo com “atenção particular” às regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Algarve.

“Não quer dizer que o resto do país não seja muito importante, todo o país é muito importante, mas são duas áreas onde o Governo foca essencialmente a sua atenção, nomeadamente no âmbito da urgência, que referiram aqui muito bem, pediátrica ou obstétrica, portanto materna ou infantil, e naturalmente naquilo que é a resposta a situações como o trauma, a situação da doença aguda”, disse.

A ministra da Saúde afirmou ainda ter “reforçado” a sua “absoluta confiança” no plano elaborado pela ULS do Algarve, mas sublinhou que esse plano tem de “ser ajustado se houver de repente necessidade” de meios ou de modificar a resposta. “E se houver necessidade, podem ter a certeza que todo o apoio que a região do Algarve necessita vai aparecer”, garantiu, argumentando que o importante é ter um plano e que ele se “adequa aos picos de urgência”, mais do que a ministra estar a dizer o número de médicos ou enfermeiros necessários.

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Após 50 anos, fundador do Fórum de Davos está de saída do cargo de presidente executivo

Há 50 anos a dirigir um dos maiores eventos que reúne a elite mundial, Klaus Schwab irá passar a desempenhar o cargo de presidente não executivo a partir de 2025.

O fundador e presidente executivo do Fórum Económico Mundial, Klaus Schwab, vai renunciar ao cargo de presidente executivo, cita o Semafor um memorando interno a que teve acesso.

De acordo com a comunicação interna, divulgada esta terça-feira, o dirigente anunciou que irá passar a desempenhar um papel de presidente não-executivo a partir de janeiro de 2025, mas a decisão ainda está pendente de aprovação do Governo suíço.

Num comunicado citado pelo jornal, um porta-voz do fórum anual em Davos explicou que a organização está “a transitar de uma plataforma de encontro para a principal instituição global de cooperação público-privada“, e que isso implica mudanças a nível da sua estrutura organizacional.

Assim, Schwab que está a frente do Fórum Económico Mundial há 50 anos, passará de presidente executivo a não executivo do conselho de administração, num processo de transição que será levado a cabo até janeiro de 2025. Não foram nomeados sucessores, indica o comunicado.

Inicialmente conhecido como Fórum Europeu de Gestão, a reunião anual do Fórum de Davos atrai centenas de líderes mundiais e diretores executivos de alto nível todos os anos, com mais de 50 chefes de Estado a participarem em 2024, de acordo com a organização.

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“Portugal não tem que ter medo do alargamento”, diz Elisa Ferreira

  • Lusa
  • 21 Maio 2024

"A política de coesão tem de ser reforçada para poder acomodar de uma forma normal, à semelhança do que aconteceu em todos os outros alargamentos, o alargamento à Ucrânia", diz a comissária europeia.

Elisa Ferreira, a comissária para a Coesão e Reformas, afirma que Portugal não tem de recear o alargamento da União Europeia à Ucrânia, o qual, pelo contrário, tem de ser pensado como “um terreno de novas oportunidades”. Numa entrevista à Lusa, a comissária afirma-se convicta de que “esse alargamento vai existir” e considera que a própria reconstrução da Ucrânia vai dinamizar toda a economia europeia.

Mas, para que tal aconteça, diz, “a política de coesão tem de ser reforçada para poder acomodar de uma forma normal, à semelhança do que aconteceu em todos os outros alargamentos, o alargamento à Ucrânia e aos outros países”. Citando o exemplo dos países que aderiram à União desde 2004, cuja média de rendimento por habitante era de cerca de metade do da União, e que passou para 80%, a comissária vinca que “foi a política de coesão o grande ator que os estimulou a crescer”.

Portanto, diz, “é importante que os fundos que neste momento estão disponíveis sejam utilizados de forma a aumentar a resiliência, a capacidade da competitividade, toda esta economia, o próprio equilíbrio interno”. Para Elisa Ferreira, “há todo um processo de adaptação que tem o seu calendário”, mas deve pensar-se que a longo prazo se está “a abrir ainda mais o mercado europeu e a dar oportunidades para a própria reconstrução da Ucrânia, que é um mini-Plano Marshall, mas que é bem-vindo para redinamizar toda a economia europeia”.

Quanto ao papel de Portugal neste campo, a comissária considera que o país tem de ser “interventor” tanto no calendário, como nas condições prévias, para que se concretize “um efetivo mercado interno (…) em que as empresas não distorçam a concorrência” e cumpram “as normas habituais de contratação pública”. Elisa Ferreira não deixou, porém, de ser crítica relativamente à maneira como o próprio país geriu e gere os fundos de coesão disponíveis, interrogando-se se, efetivamente, Portugal não pode fazer melhor. E pode, no seu entender.

A comissária considera que os portugueses já ultrapassaram “os problemas históricos relativos à criação de infra-estruturas do país”, chamando porém a atenção “para a importância da completar a ferrovia, porque de facto é essencial”. Elisa Ferreira apela a que se “pense de outra forma, nomeadamente criando no país vários “polos de concorrência”, porque não se pode “depender só de uma indústria, só de um setor, ou só de uma cidade, ou região”.

Por isso reclama que “mais do que discutir dinheiro, temos de discutir políticas económicas” e não necessariamente políticas partidárias, porque “esse é outro tema”. “O centro da preocupação” agora – diz – tem de ser criar valor acrescentado e empregos de qualidade bem pagos, que “contrariem esta tendência de perdermos os nossos melhores”.

Questionada sobre a “fuga de cérebros” dos jovens portugueses, Elisa Ferreira considera que esse facto entrava o desenvolvimento do país, até porque Portugal é um dos países que está a envelhecer mais rapidamente. “Isto significa que Portugal precisa não só de ser, digamos, cuidadoso, e não estou a dizer protetor, estou a dizer que tem de tratar a imigração e acolher imigrantes porque no curto prazo a situação não vai mudar”, diz.

Segundo a comissária para a Coesão, seria ainda mais grave que isto acontecesse “ao mesmo tempo que as pessoas em que o país mais investiu, os nossos jovens, não encontrem espaços para se realizarem”, o que, no seu entender, também tem uma dimensão empresarial e territorial”. E remata: “há realmente que pensar coletivamente se de facto o reequilíbrio territorial não será um dos fatores essenciais para redinamizar a economia portuguesa e contrariar tendências como essa de perda dos melhores”.

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Menos juízes em efetividade de funções em 2023

  • Lusa
  • 21 Maio 2024

Ao nível das comarcas, Lisboa e Porto são as que concentraram maior número de juízes colocados, com 168 e 173 respetivamente. Já Bragança e Portalegre são as que têm menos magistrados.

No final de 2023 havia 1.917 juízes, dos quais 1.777 em efetividade de funções, menos 13 do que no final de 2022, segundo dados oficiais que apontam ainda 135 magistrados em comissões de serviço e 52 aposentações.

De acordo com o relatório de atividade anual do Conselho Superior da Magistratura (CSM), entregue esta terça-feira na Assembleia da República, 1.325 juízes em efetividade de funções estavam nos tribunais de primeira instância (38 dos quais em regime de estágio), 394 desembargadores nos tribunais da Relação e 58 juízes conselheiros no Supremo Tribunal de Justiça.

Ao nível das comarcas, Lisboa e Porto são as que concentraram maior número de juízes colocados, com 168 e 173 respetivamente. Já Bragança e Portalegre são as que têm menos magistrados, cada uma das comarcas com 15. Em 2023 cessaram funções por aposentação ou jubilação 52 juízes, menos 13 do que em 2022.

Já no que diz respeito a comissões de serviço, em 2023 havia 135 juízes a exercer outras funções, sendo que só 26 das 135 comissões de serviço tiveram início nesse ano. Ainda segundo o relatório do CSM, houve ainda 25 comissões de serviço que terminaram no ano passado.

Parte das comissões são para gestão da magistratura, dentro do próprio do CSM, com 53 juízes em funções neste conselho, ou para o Centro de Estudos Judiciários (CEJ), de formação de juízes, com 15 magistrados em comissão de serviço neste órgão em 2023. Há também dezenas de juízes colocados como assessores em tribunais superiores.

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