ERC aposta em campanha contra a desinformação a propósito das Eleições Europeias

  • + M
  • 21 Maio 2024

Além do vídeo que visa sensibilizar para os riscos da desinformação e da manipulação da informação, a ERC produziu e disponibilizou no seu site materiais informativos ajustados a diferentes públicos.

A ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social) lançou uma campanha de sensibilização para os riscos da desinformação no período eleitoral, a propósito das Eleições Europeias, que decorrem a nível europeu entre 6 e 9 de junho. Em Portugal, os cidadãos são chamados a votar no dia 9.

No âmbito desta campanha, uma das ações passa pela divulgação em televisão de um spot que visa sensibilizar para os riscos da desinformação e da manipulação da informação, tendo a ERC contado com a colaboração de operadores de televisão nacionais na divulgação.

O vídeo faz parte de uma campanha conjunta do Grupo de Reguladores Europeus dos Serviços de Media Audiovisuais (ERGA), que apresenta recomendações sobre formas de combate à desinformação e proteção dos valores democráticos. O mesmo foi desenvolvido pela DG CNECT – Communications Networks, Content and Technology, uma divisão da Comissão Europeia.

Além do vídeo, o regulador português produziu e disponibilizou no seu site materiais informativos “ajustados a públicos de diferentes idades, com sugestões concretas sobre o modo como se podem defender de narrativas falsas ou manipuladas que circulam no espaço público com intenção de influenciar”, refere-se em nota de imprensa.

Estes materiais vão também ser enviados para escolas, associações de consumidores e outros organismos orientados para o serviço aos cidadãos.

Com esta nova campanha, a ERC vem intensificar a sua intervenção na melhoria dos níveis de literacia mediática dos cidadãos portugueses, com particular foco no período eleitoral, e reforçar o compromisso de garantir que o espaço público não é contaminado pela desinformação, em linha com os eixos estratégicos propostos pelo Regulador para o mandato 2023-2028″, refere ainda o regulador.

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“Inteligência artificial pode ser grande aliada para enfrentar desafios”, diz CFO da EDP

  • ECO
  • 21 Maio 2024

Rui Teixeira, chief financial officer da EDP, diz que as empresas de energia estão cada vez mais a aproveitar ferramentas da inteligência artificial para melhorar a eficiência e a sustentabilidade.

Rui Teixeira, administrador financeiro da EDP.

Rui Teixeira, administrador financeiro da EDP, é um dos nomeados para o prémio de melhor CFO da 36.ª edição dos Investor Relations and Governance Awards, da consultora Deloitte. Em resposta por escrito a questões do ECO, afirma que o grupo foi capaz de mitigar a subida da taxa juro média, ainda que a descida dos preços da energia tenha obrigado a EDP a atualizar o plano de negócios.

O chief financial officer (CFO) aponta outras desafios que a elétrica enfrenta, como condicionamentos de natureza regulatória, fiscal e logística que afetam os mercados mais relevantes para o grupo, com destaque para os EUA.

Rui Teixeira considera que a inteligência artificial “pode ser uma grande aliada para enfrentar desafios” e aponta exemplos de como a EDP a estar a aplicar em projetos como o Analytics4Vegetation e o Electrial Dots.

A persistência de taxas de juro mais elevadas por mais tempo é o principal desafio que os administradores financeiros irão enfrentar este ano? Que outros destacaria?

Taxas de juros mais elevadas por um período mais prolongado de tempo são efetivamente uma preocupação essencial pela pressão que colocam no custo de capital e consequentemente nas decisões a tomar quanto à sua alocação, de forma a preservar a robustez do balanço das empresas, em particular da EDP.

No entanto, no contexto atual também há que ter em consideração outras preocupações igualmente importantes e específicas do nosso setor, com as taxas de inflação igualmente elevadas e persistentes, nomeadamente na Europa e principalmente nos EUA, pelo impacto nos custos operacionais e de investimento. Assistimos ainda a uma redução das curvas forward dos preços de energias, com impacto nas receitas esperadas, bem como a condicionamentos de natureza regulatória, fiscal e logística que afetam os mercados mais relevantes para o grupo, com destaque para os EUA, onde se tornou premente um reposicionamento na cadeia de fornecimento dos painéis solares, favorecendo fornecimento e montagem local, bem como a diversificação do número de fornecedores.

Como é que a EDP se adaptou a este contexto de taxas de juro mais altas? Os níveis de investimento tiveram de ser revistos? Foi necessário cortar custos?

Começaria por destacar que foi possível mitigar de forma muito relevante a subida da taxa juro média do grupo em resultado de diferentes fatores. Por um lado, a política de gestão financeira do grupo, que considerando o seu perfil de negócio, preconiza uma elevada proporção de taxa fixa (em 2023/24 entre 70/80%), o que permite diferir de forma muito material o impacto em cash flow da subida de taxas de juro.

Por outro, no início do ano de 2023, considerando a forma como se perspetivava a evolução dos mercados, foi tomada a decisão de executar uma pré-cobertura de cerca de 50% das necessidades de refinanciamento em 2023 e 2024, para euros e dólares, assegurando assim uma mitigação adicional do impacto da subida das taxas de juro (mil milhões de euros a 1,8% e mil milhões de dólares a 2,6%).

Adicionalmente, a reavaliação dos targets de cobertura do investimento líquido em moeda estrangeira resultou no rebalanceamento da dívida em dólares, mediante redução do seu peso na dívida do grupo (de quase 40% em março de 2023 para pouco mais de 20% a março de 2024), o que tem impacto positivo nos custos financeiros da empresa.

Além disso, o plano de financiamento que foi definido no âmbito do Plano de Negócios 2023-26 contemplava como principais fontes de financiamento o cash-flow operacional, os aumentos de capital, o programa de asset rotation e tax equity, sendo o crescimento de dívida financeira uma variável mais residual (em média mil milhões ao ano), o que também mitiga o impacto do contexto atual de taxas de juro.

E, por fim, é importante referir que a porção de dívida a taxa variável está alinhada com o nível de exposição dos nossos ativos à inflação no Brasil, onde prevalece um princípio de cobertura natural, onde a subida das taxas de juro se vê compensada pela subida das receitas.

Numa perspetiva mais abrangente, o contexto de mercado mudou rapidamente nos últimos 12 meses, não apenas no que se refere ao comportamento das taxas de juro e de inflação, mas sobretudo no que diz respeito ao contexto dos mercados energéticos – em particular da queda dos preços da energia. Estas alterações levaram a EDP a atualizar o seu Plano de Negócios para reforçar a posição do grupo e manter o balanço forte num contexto desafiador, aliando uma revisão de targets e o adiamento do plano de investimento a medidas de eficiência e otimização capazes de acelerar a execução, extrair mais sinergias das operações e maximizar a extração de valor do portefólio dos nossos negócios.

Prevê um alívio nas condições financeiras ainda este ano?

Existe ainda alguma incerteza quanto ao ritmo de redução das taxas de referência, antecipando-se, no entanto, que o movimento esteja mais eminente na Europa que nos Estados Unidos, muito ligado ao diferente comportamento dos indicadores de inflação em cada uma dessas regiões, ligando também à diferente origem da inflação que as afeta.

Espera-se que o Banco Central Europeu (BCE) possa começar a reduzir a taxa de referência já em junho de 2024. O mercado antecipa um intervalo provável de 2 ou 3 cortes de 25 pontos base para este ano, sendo que a taxa de referência poderá ficar entre os 2% a 3% no final de 2025, nomeadamente em função da evolução da taxa de inflação.

O contexto parece estar a evoluir favoravelmente, esperando-se que a inflação regresse de forma sustentável ao objetivo em meados de 2025.

Que impacto é que os avanços na inteligência artificial poderão ter no negócio?

A inteligência artificial (IA) é um tema com cada vez mais importância, que já está a transformar as nossas vidas e traz reflexões profundas, nomeadamente sobre novas abordagens de trabalho. É fundamental entender que a IA veio para ficar e que pode ser uma grande aliada para enfrentar desafios. Para a EDP, a IA é fundamental para os nossos compromissos de transição energética e a nossa ambição de sermos uma organização global ágil e preparada para o futuro.

A IA tem várias aplicações altamente relevantes no nosso setor e, por isso, as empresas de energia estão cada vez mais a aproveitar estas ferramentas para melhorar a eficiência e a sustentabilidade das suas operações, seja no aperfeiçoamento das previsões de oferta e procura, na identificação de locais para investimento, na melhoria da experiência dos clientes ou na gestão das redes de distribuição.

A EDP também tem trabalhado para estabelecer um caminho claro para acelerar a implementação de aplicações de IA e apoiar a democratização do acesso a esta tecnologia, com uma forte cultura e governança de dados.

Um dos projetos mais relevantes e já com resultados visíveis para o negócio é o Analytics4Vegetation, que tem como objetivo controlar, gerir e melhorar a deteção da vegetação ao redor das linhas de alta e média tensão para evitar falhas de energia e aumentar a eficiência operacional, garantindo a continuidade do fornecimento de energia e a proteção da floresta. Mas há outros exemplos, como o PREDIS, que usa inteligência artificial com tecnologia de Big Data para prever o consumo e a geração de energia para todos os clientes e ativos de rede em tempo real, através diagramas de carga. Ou o Electrial Dots, que tem como objetivo definir, com ajuda da IA, um plano eficaz de expansão da rede pública de carregamento elétrico para alinhar a procura e as necessidades dos utilizadores de veículos elétricos com os planos de investimento das empresas.

Como é que os temas do ESG estão a mudar o papel dos CFO?

As questões ESG estão a desempenhar um papel cada vez mais importante nas decisões dos CFO, uma vez que existe uma maior procura de informações ESG, incluindo políticas, boas práticas e metas ambiciosas por parte de investidores, compradores, analistas e legislação. Recentemente, surgiram vários enquadramentos regulatórios e normas como o CSRD, TCFD e a Taxonomia da UE, com vários aspetos em comum.

Exigem direção, supervisão e controlo de alguém que possua as habilidades de gestão necessárias, e uma extensa rede entre departamentos e unidades de negócios para ativar os stakeholders internos e externos corretos. Identificam a necessidade de existir um gestor experiente em garantir a precisão e transparência de indicadores-chave, bem como um responsável com experiência em gestão de riscos e planeamento de cenários para criar uma estratégia sólida. E exigem ainda alguém que possua as capacidades de comunicação adequadas para traduzir números em argumentos convincentes, de maneira a garantir a adesão dos stakeholders.

Os CFO já possuem essas capacidades e, por isso, devem encarar a integração dos aspetos ESG nas suas tarefas e responsabilidades como uma oportunidade para gerar vantagens competitivas, antecipar os impactos financeiros do ESG e, assim, garantir o sucesso a longo prazo do negócio.

Para além disso, os temas ESG são assim cada vez mais importantes para atrair capital nomeadamente para a EDP, uma vez que há um aumento de acionistas que investem em função das nossas políticas, práticas e objetivos ESG, a maior parte da nova dívida da EDP é financiamento verde e recebemos RFPs com critérios de sustentabilidade, principalmente para PPAs.

Em linha com este contexto, e tendo em conta a crescente relevância de temas ESG para os nossos investidores, a EDP integrou as equipas de ESG e de Investor Relations em 2022. Assim, a pessoa responsável pela supervisão dos temas de ESG na EDP é o CFO, o que permite ao grupo ter uma visão mais completa e transversal dos aspetos ESG e financeiros, e de como interagem.

Neste sentido, a EDP reporta informação não-financeira em conjunto com a informação financeira, adotando o modelo de Reporte Integrado, o que dá também uma melhor visibilidade de como os temas ESG estão integrados na estratégia da EDP.

Isto é particularmente importante para a EDP tendo em conta que, como refletido no Plano de Negócios, a nossa missão enquanto empresa é liderar a transição energética enquanto contribuímos para todas as vertentes do ESG, tendo como objetivo principal a descarbonização enquanto empoderamos as nossas comunidades, protegemos o nosso planeta, envolvemos os nossos parceiros, e fomentamos uma cultura ESG internamente.

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Rússia inicia exercício com armas nucleares táticas

  • Lusa
  • 21 Maio 2024

O Ministério da Defesa explicou que os soldados russos treinam o transporte de "munições especiais" em baterias de mísseis Iskander, e também a sua movimentação "de forma oculta".

A Rússia iniciou um exercício militar com armas nucleares táticas na fronteira com a Ucrânia, anunciou esta terça-feira o Ministério da Defesa russo, alegando que se trata de uma resposta a ameaças do Ocidente. Segundo o executivo de Moscovo, o exercício corresponde a uma ordem dada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, no início de maio, na Região Militar Sul, na fronteira com a Ucrânia, e abrange regiões ucranianas anexadas.

“A primeira fase de exercícios (…) sobre a preparação e utilização de armas nucleares não estratégicas já começou”, afirmou o Ministério da Defesa russo em comunicado. O Ministério da Defesa explicou que, durante esta fase, os soldados russos treinam o transporte de “munições especiais” em baterias de mísseis Iskander, e também a sua movimentação “de forma oculta” para zonas de tiro.

Esses exercícios envolvem a aviação e mísseis hipersónicos Kinzhal, segundo o comunicado. “O exercício atual visa manter a prontidão do pessoal e do equipamento (…) para a utilização de armas nucleares não estratégicas, para responder e garantir a integridade territorial e a soberania do Estado russo em resposta (…) às ameaças de certas autoridades ocidentais”, disse o Ministério.

Vladimir Putin ordenou a realização destes exercícios nucleares no início de maio, em resposta, segundo o Kremlin, às ameaças ocidentais, nomeadamente à possibilidade levantada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, de enviar tropas para a Ucrânia. Desde o início do conflito na Ucrânia, em fevereiro de 2022, Putin tem falado veementemente sobre um possível uso de armas nucleares.

A Rússia implantou armas nucleares táticas no verão de 2023 na Bielorrússia, o seu aliado mais próximo, que também anunciou em maio um exercício sincronizado com Moscovo para verificar os seus lançadores. A doutrina nuclear russa prevê um uso “estritamente defensivo” de armas atómicas, no caso de um ataque à Rússia com armas de destruição em massa ou em caso de agressão com armamento convencional “ameaçando a própria existência do Estado”.

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Betclic dá taça de campeão ao Sporting em filme assinado pela FunnyHow

  • + M
  • 21 Maio 2024

Assinado pela FunnyHow, o filme contou com a produção da Shot and Cut Films e realização de Filipe Correia Santos. Marca presença em digital nas redes sociais da Betclic Portugal e televisão.

O Sporting celebrou o título de campeão este sábado em Alvalade, após vencer o Chaves por 3-0. A taça, que ainda não tinha sido entregue, entrou no relvado após a transmissão nos ecrãs gigantes de um filme da Betclic, assinado pela FunnyHow.

A ação do filme passa-se na Tasquinha do Lagarto, aquele que é considerado um “templo para os sportinguistas”, onde, entre bebidas e petiscos, é gravado o nome do Sporting na taça, que é depois entregue a Nélson Pereira, antigo guarda-redes da equipa leonina e embaixador da Liga Portugal Betclic, para a levar até Alvalade.

Após a transmissão do filme, o troféu foi então entregue aos campeões nacionais da Liga Portugal Betclic no Estádio José Alvalade, pelas mãos de Nélson Pereira.

O filme foi pensado ao pormenor para trazer diversos símbolos e até uma personagem histórica do clube, sendo não apenas uma homenagem ao novo campeão da Liga Portugal Betclic, como a toda a sua trajetória e adeptos“, refere-se em nota de imprensa.

Assinado pela FunnyHow, o filme contou com a produção da Shot and Cut Films e realização de Filipe Correia Santos. Inserido na campanha “Só No Futebol Português”, marca presença em digital nas redes sociais da Betclic Portugal e televisão. O vídeo pode ser visto aqui.

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Quatro grandes petrolíferas interessadas em parceria com Galp na Namíbia

Exxon Mobil, Shell, TotalEnergies e Equinor estão entre as empresas interessadas em adquirir parte da posição da Galp no projeto de exploração de petróleo na Namíbia.

Exxon Mobil, Shell, TotalEnergies e Equinor estão entre as empresas interessadas em adquirir parte da posição da Galp num campo petrolífero na Namíbia, cujo valor comercial foi divulgado há exatamente um mês. Esta informação está a ser avançada pela Bloomberg, com base em fontes ligadas ao processo de venda da participação, que preferiram não ser identificadas.

Tal como já havia sido noticiado, a Galp está a considerar vender um afatia de 40% da posição que detém neste projeto, ou seja metade da participação de 80% que detém. No entanto, a petrolífera portuguesa poderá decidir manter a posição de 80% caso não chegue a acordo com os potenciais parceiros, indica a agência de notícias.

A Galp manterá uma posição significativa na exploração da Namíbia”, garantiu o CEO, Filipe Silva, numa chamada com analistas a 30 de abril, após a publicação dos resultados do primeiro trimestre.

O valor do ativo petrolífero em causa deverá rondar os 20 mil milhões de dólares, indicam as mesmas fontes à Bloomberg. Em meados de junho é esperado que a primeira ronda de manifestações de interesse seja iniciada.

No domingo 21 de abril, a Galp enviou uma nota à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a dar conta da conclusão da primeira fase da campanha de exploração de um bloco na Namíbia. Os trabalhos “potencialmente posicionam” este projeto como “uma importante descoberta comercial”, afirmou a empresa no comunicado, no qual avançava a estimativa de que o projeto irá entregar mais de 10 mil milhões de barris.

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Marcelo alerta que “crise orçamental” não será “boa notícia” para execução de fundos europeus

  • Lusa
  • 21 Maio 2024

"Eu disse que foi bom ter sido votado o Orçamento de 2024, está votado, e valer para todo o ano. Eu penso exatamente o mesmo em relação a 2025: é bom que seja votado o Orçamento de 2025", diz Marcelo.

O Presidente da República alertou esta terça-feira que Portugal poderá ter problemas na execução dos fundos europeus se houver uma “crise orçamental” entre este ano e o próximo. “É preciso executar os fundos europeus, recuperar algum tempo perdido e acelerar a execução. E os anos decisivos são este e o de 2025. Tudo o que seja pelo meio haver uma crise orçamental não é boa notícia”, alertou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado falava aos jornalistas à margem das comemorações do 30.º aniversário do Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva, em Lisboa. “Por isso é que eu disse que foi bom ter sido votado o Orçamento de 2024, está votado, e valer para todo o ano. Eu penso exatamente o mesmo em relação a 2025: é bom que seja votado o Orçamento de 2025 porque, se não é assim, pode-se correr o risco de isso criar problemas na prática na execução dos fundos europeus”, avisou.

Um dia depois de ter participado no almoço das comemorações dos 40 anos da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), que decorreu no Convento São Francisco, em Coimbra, Marcelo salientou que os autarcas “estão muito empenhados na execução dos fundos europeus”.

Interrogado sobre se esta é uma preocupação dos autarcas socialistas, Marcelo considerou que “é uma preocupação de todos os autarcas, porque os autarcas são o fundamental, todos eles, qualquer que seja o partido, com ou sem partido, são fundamentais para pôr a obra no terreno”.

“E, portanto, para eles é importante saber que tudo o que é recebido de Bruxelas e está contratualizado chega ao terreno. Para chegar ao terreno, que não há ruídos que resultem em de repente haver uma crise política a propósito do Orçamento”, insistiu. O próximo Orçamento do Estado, para 2025, é entregue à Assembleia da República pelo Governo minoritário PSD/CDS-PP em outubro.

Na segunda-feira, em declarações aos jornalistas em Coimbra, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que “valeu a pena ter havido o Orçamento do Estado aprovado para este ano” para que possa haver uma rápida execução dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do Portugal 2030. O chefe de Estado defendeu que, pelo mesmo motivo, “também que é importante que o Orçamento do Estado para o ano que vem possa na altura devida ser ponderado e ser aprovado”, acrescentando: “Isso é muito, muito prioritário”.

O Presidente da República assumiu esta posição ao ser questionado sobre a regionalização, processo em relação ao qual disse concordar com o entendimento do primeiro-ministro, Luís Montenegro, de que não é “prioridade imediata”. “Parece sensato não perdermos a prioridade e o foco nos fundos europeus em 2024 e 2025. Não quer dizer que na legislatura do atual Governo – que como todas as legislaturas é suposto durar quatro anos – depois não possa haver o debate e eventualmente a ponderação da regionalização. Mas já é fora do meu mandato presidencial”, disse.

Já há uma semana, na Rádio Observador, Marcelo Rebelo de Sousa tinha defendido a estabilidade do atual executivo minoritário PSD/CDS-PP: “É aquilo que desejo. Aquilo que desejo é que seja estável, mas além de desejar, se quer que lhe diga, acho que a água pode correr nesse sentido. Vamos ver”.

Interrogado sobre a possibilidade de dissolver novamente o parlamento na sequência de um eventual chumbo do Orçamento do Estado para 2025, respondeu: “Muita água vai correr debaixo das pontes, e acho que não está a correr nesse sentido, mas no outro sentido”.

(Notícia atualizada às 18h43 com mais informação)

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Conselho da UE chega a acordo sobre uso de lucros de bens russos para ajudar Ucrânia

  • Lusa
  • 21 Maio 2024

A presidência belga ainda não disponibilizou em detalhe o acordo aprovado. No final de março, von der Leyen admitiu a possibilidade de enviar, já em julho, os primeiros mil milhões de euros para Kiev.

O Conselho da União Europeia (UE) aprovou esta terça-feira o acordo entre os 27 Estados-membros para utilizar os lucros dos ativos russos congelados para apoiar militarmente a Ucrânia e a reconstrução deste país. Numa publicação na rede social X (antigo Twitter), a presidência belga do Conselho da UE anunciou o acordo entre os países do bloco político-económico.

A presidência belga ainda não disponibilizou em detalhe o acordo aprovado. No final de março, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, admitiu a possibilidade de enviar, já em julho, os primeiros mil milhões de euros para a Ucrânia utilizando os lucros inesperados de ativos russos congelados no espaço comunitário.

Em março, o executivo comunitário tinha apresentado uma proposta para mobilizar lucros inesperados com os bens russos congelados na UE, na sequência das sanções à Rússia, para apoiar a Ucrânia com armamento e não só. Previsto está que 90% sejam afetados para a Ucrânia através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz (que financia a compra de armas e munições de proteção) e 10% através do orçamento da UE (apoio não militar).

Segundo os últimos cálculos, esta iniciativa deverá permitir arrecadar três mil milhões de euros em juros e vencimentos este ano, num ‘bolo’ total de mais de 10 mil milhões de euros por ano até 2027. A proposta surgiu depois de, em meados de fevereiro, o Conselho da UE (no qual se juntam os Estados-membros) ter adotado uma decisão preliminar para se poder vir a usar os lucros dos ativos e reservas do banco central russo, congelados pelos países europeus, para apoiar a Ucrânia.

Antes, a UE tinha decidido, como uma das sanções impostas à Rússia pela invasão da Ucrânia, proibir quaisquer transações relacionadas com a gestão das reservas e dos ativos do banco central russo, com os restantes ativos relevantes detidos por instituições financeiras nos Estados-membros a ficarem congelados. Os 27 Estados-membros da UE (principalmente a Bélgica) já congelaram mais de 200 mil milhões de euros em ativos russos devido à política de sanções.

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“Café da Sorte”, a maior ação de sempre do Grupo Nabeiro, tem seis mil prémios para oferecer

  • + M
  • 21 Maio 2024

O prémio final, um Volkswagen T-Roc, é sorteado no dia 31 de julho, e atribuído mediante a exibição da fatura que serviu de base à participação na campanha.

Naquela que é a maior ação de sempre da história do Grupo Nabeiro, a Delta lançou a campanha “Café da Sorte“, no âmbito da qual vai atribuir mais de seis mil prémios. O objetivo passa por reforçar a ligação com os clientes e consumidores.

A iniciativa, recentemente lançada, já atribuiu mais de mil prémios aos consumidores e contabilizou mais de 240 mil participações. Mas, até dia 28 de julho, o grupo vai oferecer mais de seis mil prémios imediatos, como vales no valor de 20 e 40 euros (para descontar em compras na loja online mydeltaq.com), máquinas de café Delta Q (modelo Quick), escapadinhas de fim-de-semana em Portugal Continental e uma viagem a Salvador (Brasil) para duas pessoas.

De forma a concorrer, os consumidores “apenas têm de pedir um café num dos mais de 20 mil estabelecimentos aderentes do canal horeca, de qualquer uma das marcas do portfólio do Grupo (Delta Cafés, Camelo, Belíssimo, Cubano e Delta Q) e utilizar o código da fatura na app Café da Sorte que está disponível na App Store e no Google Play”, explica-se em nota de imprensa.

Já o prémio final, um Volkswagen T-Roc, é sorteado no dia 31 de julho, e atribuído mediante a exibição da fatura que serviu de base à participação na campanha.

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Com dívidas de 10 milhões, fábrica de ferragens de Tondela vende máquinas em leilão

Ativos da produtora de puxadores para mobiliário e construção à venda por 1,7 milhões de euros. Após despedir 60 trabalhadores, pede mais um mês para negociar plano de recuperação com os credores.

Como “estratégia de desinvestimento” no âmbito do Processo Especial de Revitalização (PER) da histórica empresa de ferragens Urfic, sediada em Tondela, vai ser leiloado a 5 de junho um conjunto de 339 lotes compostos por máquinas e equipamentos com uma avaliação global de quase 1,7 milhões de euros.

Fundada em 1963, a fabricante de puxadores em latão para mobiliário e construção, que em março despediu cerca de 60 trabalhadores, segundo fonte sindical, tem dívidas acumuladas de quase 10 milhões de euros. A lista provisória, consultada pelo ECO, inclui 123 credores, entre os quais a Segurança Social, a elétrica Iberdrola e bancos como a CGD ou o Montepio.

A empresa teve os últimos dois meses para fechar um pacto com os credores, mas esse prazo “revelou-se insuficiente”. Um acordo assinado esta segunda-feira com o administrador judicial José Ribeiro Gonçalves, nomeado pelo Tribunal de Viseu, deu mais um mês para concluir as negociações, “com vista à aprovação do plano de recuperação apresentado pela devedora”.

Em 2022, os dados mais recentes disponibilizados pela consultora Informa D&B, a Urfic registou prejuízos de 1,5 milhões de euros e viu as vendas afundarem 30% em termos homólogos, para 2,6 milhões de euros. A empresa de ferragens tondelense, que exportava mais de 80% da produção e tinha participadas no Reino Unido e em Espanha, reportou nesse ano um total de 91 trabalhadores.

A lista de ativos na venda organizada pela Leilosoc, agendada para as 14h30 de 5 de junho nas instalações da empresa (Rua Eduardo António Matos Coimbra), inclui centros de maquinação, instalações galvânica e de cobragem, diversas máquinas (anodização, tambor, grenalhar, erosão de penetração, abrasivar, desengordamento, polir, secar por vibração, etc.), mais de 40 prensas e fornos, ferros, peças e acessórios, ferramentas, empilhadores e porta paletes.

A participação no evento obriga a um registo prévio para ser atribuída aos interessados uma raquete numerada e que deve ser levantada para efetuarem as licitações nos vários lotes. “Apenas são adjudicadas licitações que igualem ou superem o valor de base estabelecido para cada lote. As licitações de valor inferior são registadas para ponderação do vendedor”, salvaguarda a leiloeira.

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Tripulantes e pilotos saem em defesa do CEO da TAP em polémica sobre privatização

Os maiores sindicatos que representam os tripulantes de cabine e os pilotos defendem, tal como o CEO, que o Estado deve manter uma participação na TAP no processo de privatização.

Os presidentes do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) e do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) defendem, tal como o CEO da TAP, que o Estado mantenha uma participação no capital que lhe permita ter voz na companhia aérea, após a privatização. Declarações que surgem após as críticas do ministro das Infraestruturas e Habitação ao presidente da transportadora portuguesa.

Sempre defendemos que o Estado numa futura privatização deve manter uma percentagem pública para que possa ter uma influência nos desígnios estratégicos da companhia. Ficamos satisfeitos quando o CEO da TAP tem sobre esta matéria a mesma opinião que o sindicato”, afirma Ricardo Penarroias, presidente do SNPVAC, numa declaração enviada ao ECO.

Sempre defendi que a TAP tenha uma gestão privada, mas que o Estado mantenha uma participação e influência ativa na empresa”, diz também o presidente do SPAC, sindicato que está em período eleitoral. “É o que acontece na Air France, onde o Estado tem 28%. Uma participação que é assumida como uma questão de soberania económico-financeira, assegurando também a preservação do hub“, acrescenta.

O presidente da TAP, Luís Rodrigues, defendeu em declarações ao Financial Times que o Estado fique com uma participação no capital da companhia aérea, no âmbito do processo de privatização. “A minha recomendação seria que o governo português mantivesse uma posição, para ser parte de todo o processo de desenvolvimento”, afirmou o CEO da TAP ao jornal britânico.

Declarações que não foram bem recebidas pela tutela. “Eu concordo que o presidente da TAP se deve focar na gestão da TAP e não se imiscuir em problemas que são do acionista. O presidente da TAP deve-se focar na gestão da TAP e a TAP bem precisa de boa gestão e, nesta altura, é isso, cada um deve desempenhar o seu papel”, disse esta terça-feira o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, à saída de uma reunião ministerial em Bruxelas.

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Cada europeu produziu 16 quilos de resíduos têxteis em 2020

  • Lusa
  • 21 Maio 2024

De todos os resíduos têxteis, segundo a estimativa, 82% vieram dos consumidores e o restante foram resíduos da indústria transformadora ou têxteis que nunca chegaram a ser vendidos.

Cada europeu produziu em 2020 cerca de 16 quilos de resíduos têxteis, dos quais apenas um quarto foi recolhido separadamente para reutilização e reciclagem, segundo uma avaliação da Agência Europeia do Ambiente (AEA) sobre a Diretiva-Quadro Resíduos (DQR).

A estimativa da AEA indica terem sido gerados na UE cerca de 16 quilos de resíduos têxteis por pessoa em 2020 e que apenas cerca de um quarto desta quantidade (4,4 kg) terá sido recolhido separadamente para reutilização e reciclagem, mas o resto acabou em resíduos domésticos mistos. A diretiva determina que a partir de 2025 os Estados-Membros da União Europeia devem estabelecer sistemas de recolha separada para têxteis usados.

De todos os resíduos têxteis, segundo a estimativa, 82% vieram dos consumidores e o restante foram resíduos da indústria transformadora ou têxteis que nunca chegaram a ser vendidos.

Além da DQR, que obriga os Estados-membros a terem sistemas de recolha seletiva para têxteis usados no próximo ano, a Comissão Europeia propôs introduzir a responsabilidade alargada obrigatória do produtor para os têxteis em todos os Estados-membros, a fim de tornar os produtores responsáveis pelo ciclo de vida dos produtos têxteis.

Um inquérito da AEA em 2023 revelou que a maioria dos Estados-Membros da UE já tem sistemas de recolha seletiva, mas principalmente para recolher têxteis reutilizáveis. O relatório da AEA alerta que, além da recolha separada, as capacidades de triagem e reciclagem têm de ser aumentadas na Europa para evitar que os têxteis recolhidos acabem em incineradores, aterros ou sejam exportados para regiões fora da UE.

A AEA salienta, em comunicado, a necessidade de harmonizar as definições e as práticas de comunicação de têxteis usados e de resíduos, lembrando que nos dados que recolheu estão claramente demonstradas grandes discrepâncias devido às diferentes interpretações sobre o que constitui resíduo e o que constitui têxteis usados.

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PSP instaurou 43 processos disciplinares a polícias que estiveram no Capitólio

  • Lusa
  • 21 Maio 2024

PSP indica que houve a "instauração de 43 processos disciplinares a correr termos em vários comandos territoriais da PSP, os quais ainda se encontram em instrução".

A PSP instaurou 43 processos disciplinares a polícias que participaram na concentração espontânea realizada em fevereiro junto ao Capitólio, em Lisboa, durante o debate eleitoral para as eleições legislativas, indicou esta terça-feira à Lusa aquela polícia. Numa resposta enviada à agência Lusa, a Polícia de Segurança Pública refere que instaurou um processo de inquérito para apurar o eventual envolvimento de polícias no protesto, cuja realização não foi comunicada, bem como a responsabilidade disciplinar.

“Em resultado do referido processo de inquérito foi determinada a instauração de 43 processos disciplinares a correr termos em vários comandos territoriais da PSP, os quais ainda se encontram em instrução”, indica a PSP. Além da abertura deste processo de inquérito, a PSP comunicou ao Ministério Público (MP) a realização do desfile e concentração não autorizados junto ao cineteatro Capitólio, obrigando ao corte inopinado de várias ruas de Lisboa.

Numa resposta enviada esta terça-feira à Lusa, a Procuradoria-Geral da República refere que o MP arquivou o inquérito para apurar responsabilidades na manifestação das forças de segurança. A 19 de fevereiro, centenas de polícias concentraram-se junto ao cineteatro Capitólio, onde estava a decorrer um debate entre os dois principais candidatos a primeiro-ministro nas legislativas de 10 de março, Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, depois de uma concentração que juntou na Praça do Comércio cerca de 3.000 elementos da PSP e da GNR.

Esta concentração na Praça do Comércio estava autorizada e foi organizada pela plataforma que congrega os sindicatos da PSP e associações da GNR. O protesto junto ao Capitólio foi marcado nas redes sociais pelo ‘movimento inop’ e não teve a participação da plataforma, sendo também através daquelas redes que foram lançadas todas as diretrizes que os polícias deviam seguir.

Na altura, os elementos da PSP e da GNR estavam em protesto há mais de um mês para exigir um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária, uma reivindicação que ainda se mantém, uma vez que o atual Governo ainda não chegou a acordo com os sindicatos da PSP e associações da GNR sobre um novo suplemento da missão.

A notícia sobre o arquivamento do inquérito ao “cerco do Capitólio”, nome pela qual ficou conhecida a manifestação das forças de segurança, foi avançada pelo jornal Público.

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