Empresa de botas de Pombal “calça” investimento de dois milhões para aumentar produção

Com este investimento, a Dikamar vai passar a ter uma capacidade de produção diária de 6.500 botas de segurança. A empresa exporta 85% da produção para mais de 50 países e emprega 90 pessoas.

A Dikamar, empresa que produz botas de segurança e roupa de trabalho para ambientes de frio, conta com três unidades de produção entre Pombal, Guia e EUA, emprega 90 pessoas, exporta 85% da produção para 52 países e fatura dez milhões de euros. No próximo ano, a empresa vai investir cerca de dois milhões de euros para ampliar as instalações na fábrica de Pombal e adquirir novas máquinas para o desenvolvimento de novos produtos no segmento das botas de segurança.

Com este investimento, a empresa liderada por Tilso Maza vai passar a contar com uma capacidade de produção diária de 6.500 pares de calçado (botas e calçado de segurança em pele). A Dikamar produz botas de segurança em poliuretano e PVC através das marcas Dikamar, Alpha, Alpha Trace, Alpha Icepack e EagleGrip.

“As obras vão arrancar em janeiro e está previsto um investimento de 650 mil euros para ampliar o pavilhão e pouco mais de um milhão a aquisição de máquinas e equipamentos”. Vamos ainda investir 300 mil euros em máquinas e equipamentos para a fábrica na Guia, detalha Goreti Gomes, diretora de marketing e sales manager, em declarações ao ECO/Local Online.

As obras vão arrancar em janeiro e está previsto um investimento de 650 mil euros para ampliar o pavilhão e pouco mais de um milhão a aquisição de máquinas e equipamentos. Vamos ainda investir 300 mil euros em máquinas e equipamentos para a fábrica na Guia.

Goreti Gomes

Diretora de marketing e sales manager

A empresa, que produz também roupa de frio através da marca Ticeworkwear, vai investir ainda 300 mil euros na fábrica da Guia, que pertence ao concelho de Pombal, para adquirir maquinaria para aumentar a capacidade produtiva na linha de roupa de frio. É na fábrica da Guia que é produzida a roupa de frio e o calçado em tela.

No próximo ano, vai chegar à fábrica de Pombal uma máquina de PVC para injeção de botas a três cores, tecnologia que a empresa já possui nos Estados Unidos da América.

Em 2021, a Dikamar investiu três milhões de dólares numa nova fábrica nos Estados Unidos da América. Goreti Gomes explica que a “exportação para os Estados Unidos da América sempre fez parte dos objetivos da Dikamar” e realça que “é um país com grande potencial na área dos EPI’s, nomeadamente nas botas de segurança”. A empresa conta com uma rede de representantes distribuída pelos diversos Estados.

A empresa foi fundada em 1995 pelo A.J.Kara e iniciou a sua atividade em 1996, com a produção de botas de PVC para a agricultura e jardinagem, destinadas ao mercado do Reino Unido. Em 2004 diversificou a gama com a introdução de botas de PVC com biqueira e palmilha em aço para as áreas da construção e indústria. Em 2009 a empresa foi adquirida pela atual administração, Tilso Maza, CEO da empresa, que trazia o conhecimento do setor de EPI’s, e em em 2010, a Dikamar deu início à produção de botas em PU.

Em 2015, lança o modelo Eaglegrip, uma bota em PU, metal free, concebida para a área alimentar e, em 2017, lança a linha de calçado de segurança em pele Safetypro. Em 2019, constrói uma segunda unidade de produção em Portugal, na Guia, para a confeção de roupa técnica para frio e lança a linha de roupa de frio Ticeworkwear, com o objetivo de dar resposta completa às necessidades dos trabalhadores (calçado e roupa). Em 2021, inicia a produção nos Estados Unidos.

Goreti Gomes adianta que em 2025 a Dikamar quer “apostar em novos produtos com características distintas do que já existe no mercado, com o objetivo de chegar a um segmento ainda não está a conseguir dar resposta”.

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Fundos europeus permitem maior seletividade nos investimentos

“Programas de incentivos em Portugal foram dos que sistematicamente apresentaram menos seletividade na UE", disse Pedro Nuno Santos. Antigos ministros de esquerda e de direita pedem estratégia.

Maior seletividade nos apoios europeus e concentrar os recursos nos projetos capazes de transformar economicamente o país, como sugeriu Pedro Nuno Santos, é uma estratégia elogiada por antigos ministros de esquerda e de direita, ouvidos pelo ECO. O problema está na forma de o fazer. E o obstáculo não são as regras dos fundos comunitários, porque esses podem sempre ser reprogramados.

Em Portugal não há uma estratégia pré-existente onde utilizar os apoios europeus”, critica o antigo ministro da Economia, Augusto Mateus. “Perante a existência de dinheiro é que nos perguntamos: vamos gastar onde? Decidimos fazer umas coisas à pressa”, acrescenta.

“As regras comunitárias são muito caras à concentração temática e financeira dos fundos estruturais e de investimento europeus, seja na programação plurianual (PT2030) ou no PRR”, defende o professor e especialista em fundos europeus. “O incentivo é de utilização das verbas em projetos com massa crítica e não fazer chegar 50 cêntimos a todas as partes”, acrescenta.

No seu discurso de encerramento do congresso socialista este domingo, Pedro Nuno Santos defendeu que, “em Portugal, a incapacidade de se dizer ‘não’ levou o Estado a apoiar, de forma indiscriminada, empresas, setores e tecnologias, independentemente do seu potencial de arrastamento da economia. A incapacidade de fazer escolhas levou a que sucessivos programas de incentivos se pulverizassem em apoios para todas as gavetas de forma a assegurar que ninguém se queixava”. “O problema da pulverização dos apoios é que, depois, não há poder de fogo, não há capacidade do Estado de acompanhar, não há recursos suficientes para transformar o que quer que seja”, sublinhou o novo líder socialista.

Devemos acentuar a dimensão vertical do sistema de incentivos e intensificar o grau de seletividade que permita garantir a concentração de recursos necessários para desenvolver aqueles setores ou tecnologias capazes de arrastar processos de transformação económica”, prosseguiu o sucessor de António Costa, como secretário-geral do PS. “Os sucessivos programas de incentivos em Portugal foram dos que sistematicamente apresentaram menos seletividade na União Europeia”, apontou. “É tempo de ser claro e de fazer escolhas, porque governar é escolher”, concluiu.

Seria bem-vindo que propusessem uma política económica com concentração temática e financeira dos investimentos. Continuamos numa lógica de fazer chegar investimentos a todo o lado. Como não têm massa crítica, não geram resultados.

Augusto Mateus

Antigo ministro da Economia

Augusto Mateus concorda que “qualquer Governo português”, independentemente da cor partidária, “deve ter uma estratégia de desenvolvimento, que pode ser mais estatista ou mais para o mercado, mas tem de ser estratégica. O mundo avança a uma velocidade muito significativa para a qual é preciso estar preparado”. Mas, alerta, “não basta ter boas ideias, é preciso levá-las à prática e ter em conta o que os outros estão a fazer”. “Há décadas que discutimos aeroportos e alta velocidade e não o que queremos, apenas onde os localizar. Nesse espaço de tempo, a China fez 40 linhas”, ironiza o antigo ministro de António Guterres.

O objetivo de maior seletividade também é elogiado por Miguel Poiares Maduro. “Mais seletividade é importante, mas não da forma como Pedro Nuno Santos sugere”, diz o antigo ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional de Pedro Passos Coelho e que tinha a tutela dos fundos europeus. Na sua opinião a seletividade deve ser feita com base na avaliação de resultados – dar mais dinheiro aos projetos de maior sucesso e que mais contribuem para o desenvolvimento da economia. O professor universitário dá o exemplo da formação profissional: os cursos que asseguram maior empregabilidade e cujos alunos têm mais sucesso no mercado de trabalho devem ser discriminados positivamente, defende.

Não pode ser o Estado a determinar quais os setores onde se deve investir para aumentar a competitividade da economia”, diz Poiares Maduro. “Isso gera problemas de criar rendas e corremos o risco de capturar os fundos europeus. Deixar a definição das áreas estratégicas a quem tem o poder político é aumentar o risco de a decisão ser tomada não com base em elementos técnicos, mas com intenções político-partidárias”, acrescentou.

Deixar a definição de onde deve ser feito o investimento a quem tem o poder político num determinado momento é aumentar o risco de criação de rendas.

Miguel Poiares Maduro

Antigo ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional

Augusto Mateus considera que Portugal até tem “alguma política financeira, mas não uma política económica”. “Não tomamos as decisões preparadas e validadas em eleições. Nada é apresentado em termos eleitorais. Os partidos dividem-se sobre métodos, sobre se devemos ir mais depressa ou mais devagar e não sobre a estratégia”, lamenta, acrescentando ainda que existe uma “esquizofrenia entre o que se critica e o que se propõe”.

Atribuímos fundos a projetos e não a estratégias”, critica o antigo responsável que sucedeu a Daniel Bessa. Apoiar projetos que até aumentam as exportações, mas requerem imensas importações e não têm uma estratégia de aumentar os recursos endógenos pode não ser a melhor opção. Augusto Mateus dá ainda o exemplo do data center de Sines como um projeto que parece ter subjacente uma “lógica só de gastar”. “Não se constrói um data center em cima do oceano, sem bom posicionamento, numa zona com riscos sísmicos e sem condições climatéricas que poupem energia, além de que deve ter acesso a energia boa e barata”, diz.

O eurodeputado José Manuel Fernandes considera que “Portugal deveria pensar primeiro onde quer chegar em termos de salários médios, exportações, educação, investigação e desenvolvimento. Depois de fixar os objetivos nacionais e estruturantes ver quais os fundos à sua disposição”. Nesse sentido, o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) foi mais uma “oportunidade perdida” já que o Governo optou por usar as verbas para fazer “o investimento que o Estado deveria ter feito no setor público”. “O PRR está demasiado virado para o Estado e menos para projetos estruturantes que ajudassem a melhorar a competitividade da economia nacional”, acrescenta.

Temos desperdiçados os recursos disponíveis, nomeadamente ao nível da mobilidade, e Pedro Nuno Santos é o grande responsável.

José Manuel Fernandes

Eurodeputado

Mas ainda estamos a tempo de inverter caminho, garantem todos os responsáveis ouvidos pelo ECO.

Vamos sempre a tempo de fazer uma reprogramação”, garante Augusto Mateus.

“Os Acordos de Parceria”, que enquadram cada quadro comunitário de apoio, “podem ser alterados as vezes que um Estado-membro quiser”, explica ao ECO o eurodeputado José Manuel Fernandes. Mas, “como a execução do Portugal 2030 é zero em termos de pagamentos e temos de executar este ano três mil milhões de euros”, o eurodeputado social-democrata alerta para os riscos que comportaria uma reprogramação total, que poderia obrigar à devolução de verbas. “Vai haver execução à pressa”, alerta o responsável que vê nas palavras de Pedro Nuno Santos “uma autocrítica à incapacidade de o Orçamento do Estado gerar riqueza para investir em obras estruturantes”. E dá um exemplo: “em 2013, os fundos europeus representavam 50% do investimento público e agora representam 90%”.

Miguel Poiares Maduro acredita que, mesmo sem uma reprogramação, “podem ser dadas instruções para que quem avalia os projetos selecione os que têm maior dimensão. Sem ser necessário definir ex-ante áreas”, até porque isso já existe. Mas, “as próprias finalidades dos fundos nem sempre estão alinhadas com as finalidades nacionais” e, por isso, “é necessário ter capacidade de investimento próprio”.

Augusto Mateus dá o exemplo da Área Metropolitana de Lisboa que saiu do nível de apoio máximo dos fundos europeus no período de programação 2000-2006. O seu nível de desenvolvimento era 25% do contexto da UE e agora é 4% inferior. “Foi uma quebra imensa”, diz o antigo ministro socialista, “porque Portugal só faz investimento com base nos fundos estruturais. Sem eles nada é feito”, lamenta. Além disso, alerta, “as regiões têm de trabalhar entre si e não concorrer umas contra as outras”.

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Mario Draghi apontado para a presidência do Conselho Europeu

  • ECO
  • 9 Janeiro 2024

Nome do antigo primeiro-ministro italiano e ex-presidente do BCE tem sido apontado por algumas fontes europeias como um forte candidato a presidente do Conselho Europeu, noticia o Financial Times.

O antigo presidente do Banco Central Europeu (BCE) e ex-primeiro-ministro italiano Mario Draghi está a ser apontado como um forte sucessor de Charles Michel na presidência do Conselho Europeu, avança o Financial Times.

Ao jornal britânico, vários funcionários e diplomatas em Bruxelas apontam o antigo banqueiro central como um nome que tem circulado nos bastidores. Mas fonte próxima de Draghi disse que o italiano não procura nenhum dos cargos de topo da União Europeia.

A especulação surge numa altura em que se sabe da intenção de Michel de abandonar a presidência do Conselho Europeu antecipadamente, para se candidatar a eurodeputado nas próximas Europeias.

Ora, se não houver um sucessor, nem que seja um presidente interino, o controverso primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán poderia assumir o cargo a partir de 1 de julho, quando a Hungria fica com a presidência rotativa do Conselho da União Europeia.

O jornal cita outros nomes na corrida à sucessão de Michel, como o primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, ou Mette Frederiksen, da Dinamarca. Em Portugal, António Costa, atual primeiro-ministro em gestão, também tem sido apontado como um possível candidato ao cargo, mas o socialista está a ser investigado na sequência da Operação Influencer, cujos efeitos são incertos.

Draghi afastou-se da vida pública em 2022, depois de o seu mandato como primeiro-ministro italiano ter sido interrompido por eleições antecipadas, tendo assumido um papel consultivo na União Europeia no ano passado. Na altura, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, convidou-o a escrever um relatório sobre a competitividade do bloco, documento que deverá ser publicado após as eleições.

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Emissões de gases na produção de energia caem para níveis recorde em 2023

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2024

Portugal alcançou em 2023 um recorde de produção de energia renovável, o que permitiu reduzir as emissões de gases poluentes na produção de eletricidade para níveis recorde.

Portugal alcançou em 2023 um recorde de produção de energia renovável, o que permitiu reduzir as emissões de gases poluentes na produção de eletricidade para o nível mais baixo de que há registo, anunciou esta terça-feira a Zero.

Depois de a empresa Redes Energéticas Nacionais (REN) ter anunciado que o país bateu o recorde de produção de energia de fontes renováveis em 2023, a associação ambientalista Zero salienta em comunicado que nesse ano se bateram três recordes na área da energia: mais produção de renovável, mais dias seguidos só com renovável e menores emissões de sempre.

E diz que o setor da energia já não é o principal responsável pelas emissões em Portugal.

Na sequência do anúncio da REN, de que a produção renovável abasteceu 61% do consumo de energia elétrica em Portugal no ano passado, o valor mais elevado de sempre, a Zero estimou as emissões de dióxido de carbono (CO2), o principal gás responsável pelo aquecimento global.

“As contas revelam um recorde muito significativo, da ordem de 3,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono, o valor mais baixo pelo menos desde 1990, o primeiro ano em que Portugal reportou as emissões de gases com efeito de estufa”, diz a associação.

Em 2022, as emissões de CO2 tinham sido de 6,1 milhões de toneladas.

Além dos dois recordes, a Zero especifica outro: durante seis dias seguidos, entre 31 de outubro e 06 de novembro, o consumo do país foi assegurado por eletricidade exclusivamente renovável.

Para se chegar a estes números, lembra a associação, encerraram as duas centrais termoelétricas de carvão, que com as centrais a gás natural produziam anualmente entre nove e 17 milhões de toneladas de CO2.

Chegou-se assim a 2020 com 6,6 milhões de toneladas de emissões e a 2021 com 4,6 milhões.

Em 2022, devido à seca, os valores voltaram a subir, para 6,1 milhões, mas no ano passado, com o aumento da energia solar e da produção hidroelétrica, as emissões voltaram a baixar.

“As emissões são agora provenientes da operação das quatro centrais de ciclo combinado a gás natural de Lares, Pego, Ribatejo e Tapada do Outeiro, cujo decréscimo de produção entre 2022 e 2023 foi de 43 por cento”, explicam os ambientalistas.

A Zero conclui assim que o setor da energia deixa de ser o principal responsável pelas emissões, passando o pódio para o transporte rodoviário como o principal responsável por emissões de CO2 em Portugal.

No comunicado, a Zero alerta ainda para a necessidade de políticas fortes nas áreas da eficiência energética e da redução do consumo, questiona a necessidade de manter a central a gás natural da Tapada do Outeiro após o fim do contrato de aquisição de energia (em março), e pede rapidez nos investimentos nas redes de transportes e distribuição de energia elétrica, para suportarem mais produção de eletricidade de fontes renováveis.

Além de se desenvolverem as infraestruturas de armazenamento, é importante também acelerar na produção de energia renovável, sempre ouvindo as populações e com decisões transparentes, alerta ainda a Zero.

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Full Venue levanta dois milhões para impulsionar internacionalização

A startup, que atua no desenvolvimento de IA para a monetização de audiências e otimização de estratégias de marketing, já está hoje presente em sete mercados.

A Full Venue, startup portuguesa de IA para a indústria do desporto e eventos, levantou dois milhões de euros numa ronda seed liderada pela GED Ventures. Reforçar a equipa, desenvolver e implementar novas soluções e impulsionar a internacionalização são os objetivos da empresa com este reforço de capital.

“Estamos entusiasmados por contar com o apoio de investidores estratégicos e parceiros que partilham a nossa visão de transformar a forma como as empresas comunicam com os seus clientes. Com a nossa abordagem, integrando de forma simples IA para geração de audiências, pretendemos revolucionar a forma como as empresas rentabilizam os seus ativos”, afirma Tiago Costa Rocha, CEO da Full Venue, citado em comunicado.

A ronda foi liderada pela GED Ventures, contando ainda com a participação dos business angels José Pinto e Pedro Aguiar. A startup, que atua no desenvolvimento de IA para a monetização de audiências e otimização de estratégias de marketing, ainda no seu lote de acionistas Tiago Monteiro (antigo piloto de F1), Bernardo Novo (CEO SC Fitness) e Fernando Reani (MD Under Armour AUS&NZ).

A Full Venue prevê a “probabilidade de um potencial cliente efetuar uma compra ao recolher dados de first-party de plataformas digitais e aplicar diretamente os seus algoritmos proprietários de IA”, sendo com isso “identificados grupos de potenciais compradores com uma elevada probabilidade de conversão.”

O Primavera Sound, Blueticket, Federação Belga de Futebol e a Lightning Bolt estão entre os clientes da Full Venue, tendo a sua atividade já gerado “uma receita de 5,7 milhões de euros para os seus clientes através da sua segmentação de público alvo com base em IA”, segundo informação partilhada pela empresa.

“A solução desenvolvida pela Full Venue tem apresentado resultados extraordinárias. Este investimento possibilitará que a empresa se projete em verticais diferentes e em novos mercados”, diz Francisco Lino Marques, partner e membro do conselho de administração da GED Ventures Portugal, citado em comunicado.

A startup já está hoje presente em sete mercados: Portugal, Espanha, Reino Unido, Finlândia, Bélgica, Roménia e Chile.

Nos próximos meses, a startup planeia “fechar novas parcerias organizações desportivas, como Federações, Ligas e Clubes, aumentar a sua presença em festivais de música a nível mundial e estabelecer acordos com empresa da área do retalho, hotelaria e saúde.”

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Vestige Son Ermitá & Binideufá, único hotel espanhol entre as 20 aberturas imprescindíveis de 2024, segundo ‘The Telegraph’

  • Servimedia
  • 9 Janeiro 2024

A propriedade, localizada em Menorca, tem previsão de abrir suas portas em junho próximo.

O jornal britânico ‘The Telegraph’ publicou a sua lista das 20 aberturas de hotéis imprescindíveis para este ano de 2024, entre as quais está o Vestige Son Ermitá & Binideufá, localizado em Menorca, partilhando espaço com outros notáveis como o Six Senses em Londres, o One&Only One Za’abeel em Dubai e The Twenty Two em Nova York.

A seleção desses hotéis vai além das grandes cadeias hoteleiras ou daquelas com uma vasta experiência, colocando no centro a experiência única que oferecem. Os critérios que ‘The Telegraph’ considera ao elaborar esta lista incluem aspetos como revitalizar um edifício histórico, descobrir um destino desconhecido ou o brilho da equipe e um design cativante. Além disso, uma ampla seleção dos escolhidos neste ranking inclui uma colaboração de chefs, artistas, designers e especialistas em viagens, apaixonados por criar espaços que redefinam o que um hotel pode ser.

Assim, levando em conta esses fatores, entre os hotéis de próxima abertura, destaca-se na lista o Vestige Son Ermitá & Binideufá, em Menorca. Son Ermitá e Binideufá são duas propriedades tradicionais localizadas em Ferreires, no norte de Menorca, que a Vestige Collection recuperou e fundiu para dar vida ao segundo dos seus hotéis, após a bem-sucedida abertura de Son Vell, também em Menorca, no ano passado. Com um total de 21 quartos distribuídos em dois prédios, com 10 e 11 quartos, respetivamente, o novo hotel está localizado em uma propriedade de mais de 800 hectares.

Seis meses após seu lançamento, a Vestige Collection se firmou como uma nova experiência de hospedagem inspirada na singularidade das suas propriedades, com hotéis e mansões particulares em edifícios emblemáticos que são reabilitados e recuperados para preservar o património histórico e cultural. Na sua missão de se tornar o “guardião” do legado histórico-cultural e do património arquitetónico do nosso país, a Vestige Collection criou um novo conceito de hospedagem, oferecendo experiências de luxo descontraído em espaços extraordinários situados em delicados ambientes naturais.

Também se destaca na lista o Six Senses London, no Reino Unido. O Six Senses, uma marca reconhecida pelos seus hotéis voltados para o bem-estar localizados em destinos remotos como Zighy Bay em Omã e o Vale do Douro em Portugal, está inovando em 2024 com a abertura de três hotéis em áreas urbanas, especificamente em Bangkok, Kyoto e Londres. Essa expansão para as cidades marca uma mudança significativa para o grupo.

Em particular, o hotel de Londres vai-se destacar com seus 110 quartos, um espaçoso spa e um clube de bem-estar e social conhecido como Six Senses Place, tudo localizado no emblemático prédio da antiga loja de departamentos Whiteleys em Bayswater, que se destaca pelo seu design Art Déco. A decoração do hotel londrino incorporará um estilo influenciado pelo seu entorno, com obras de arte de artistas britânicos contemporâneos e um design de spa que presta homenagem às estações do metro londrino.

A lista também inclui o One&Only One Za’abeel, em Dubai, Emirados Árabes Unidos, uma cidade conhecida pelos seus ambiciosos projetos arquitetônicos. O hotel One&Only One Za’abeel se destaca por uma característica única: The Link, uma impressionante ponte de aço com 228 metros de comprimento, suspensa a 100 metros de altura entre dois arranha-céus, sendo a maior ponte suspensa do mundo.

O interior do hotel reflete um luxo sofisticado, com quartos projetados pelo renomado Jean-Michel Gathy. Destacam-se as suítes nos cantos do prédio, que oferecem vistas panorâmicas de 180 graus da cidade, e luxuosas vilas no último andar. Além disso, contará com um total de 29 estrelas Michelin entre seus chefs, incluindo Anne-Sophie Pic e David Muñoz, reconhecido como o melhor chef do mundo nos últimos três anos.

Também aparece na lista o The Twenty Two, em Nova York, Estados Unidos. O Twenty Two, que abriu em Grosvenor Square, Londres, em 2022, desafiou os padrões dos clubes de sócios com sua abordagem fresca e acessível. Distinto pelo seu restaurante aberto ao público, uma equipe excepcionalmente amigável e uma atmosfera vibrante e divertida, ele rapidamente ganhou destaque.

No final deste ano, o Twenty Two levará sua energia para Nova York, abrindo uma nova filial na Rua 16, perto da Union Square. Embora os detalhes completos ainda não tenham sido divulgados, espera-se que esta nova propriedade inclua 70 quartos, um restaurante e um clube de sócios, replicando assim o sucesso que caracterizou sua estreia em Londres.

Na América do Sul, destaca-se o Hotel Casa Lucía, em Buenos Aires, Argentina. A cena dos hotéis em Buenos Aires evoluiu a um ritmo mais lento, tornando a abertura do Hotel Casa Lucía particularmente notável. Este projeto é uma iniciativa do grupo espanhol Único Hoteles, conhecido pelo Finca Serena em Mallorca e pelo Hotel Único em Madrid.

Para a criação do Hotel Casa Lucía, localizado no distinto bairro de Recoleta, foram convocados destacados talentos locais como o artista argentino Cristián Mohaded, cujas obras adornam os quartos, e Cristina Codern, cujo trabalho com algodão e outras fibras naturais é exibido num impressionante mural no saguão. O bar de coquetéis do hotel, Le Club Bacan, é de autoria de Martín Suaya, reconhecido proprietário de bares na cidade. O bar promete ser um ponto de encontro vibrante com os melhores DJs de Buenos Aires e uma ampla seleção de 400 variedades de vinho argentino.

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Hoje nas notícias: Seguros de saúde, hotéis e dívidas

  • ECO
  • 9 Janeiro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Inflação e aumento da frequência de sinistros levam a aumento “brutal” dos custos dos seguros. Abriram mais de 60 hotéis em 2023 e deverão ser inaugurados cerca de 100 até 2026. Estas são algumas das notícias em destaque nos jornais esta terça-feira.

Caos no SNS faz disparar custos dos seguros de saúde

A inflação e a frequência dos sinistros, em áreas como saúde e automóvel, fizeram subir os custos das seguradoras em 2023, que, por sua vez, acabaram por “engordar” a fatura que os clientes pagam todos os meses para ter estas proteções. Ao Jornal Económico, o presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), José Galamba de Oliveira, disse mesmo que no setor da saúde em específico, numa altura marcada por muitos constrangimentos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), o aumento da frequência com que as pessoas recorreram aos seguros foi “brutal”.

Leia a notícia a completa em Jornal Económico (acesso livre).

Abri­ram mais de 60 hotéis em 2023 e há quase 100 na calha

No ano em que o setor do turismo bateu recordes ao nível das receitas, foram inau­gu­ra­dos cerca de 60 hotéis em Por­tu­gal e deverão nascer, pelo menos, mais 100 até 2026. Ao Jornal de Negócios, dados das três prin­ci­pais con­sul­to­ras imo­bi­li­á­rias indicam que grande parte das aberturas é com­posta por inves­ti­men­tos que esta­vam em car­teira antes da pan­de­mia. Com cres­ci­mento acima do espe­rado da ati­vi­dade turís­tica, mui­tos dos pro­je­tos em pipe­line ace­le­ra­ram e viram no ano pas­sado a luz do dia.

Leia a notícia completa em Jornal de Negócios (acesso pago).

Património pode afastar travão à cobrança de dívidas

Com a mudança das regras de cobrança de dívidas à Segurança Social, quem recebe o salá­rio mínimo não fica, neces­sa­ri­a­mente, ou em todos os casos, pro­te­gido pela nova garan­tia. Advogados consultados pelo Negócios explicam que se exige que o ren­di­mento em causa seja “infe­rior” ao salá­rio mínimo e que a aná­lise terá em conta outros ren­di­men­tos e patri­mó­nio que o bene­fi­ci­á­rio possa ter, o que pode incluir, além do salário, o dinheiro em con­tas ban­cá­rias, cer­ti­fi­ca­dos do tesouro, imó­veis que não sir­vam para habi­ta­ção prin­ci­pal, pen­sões, pen­sões de ali­men­tos, pres­ta­ções soci­ais ou apo­ios à habi­ta­ção.

Leia a notícia completa em Jornal de Negócios (acesso pago).

Mourinho Félix sem intenção de “voltar à política governativa nos próximos tempos”

Ricardo Mou­ri­nho Félix ter­mi­nou a 31 de dezem­bro de 2023 um man­dato de três anos enquanto vice-pre­si­dente do Banco Euro­peu de Inves­ti­mento (BEI), que se apre­senta como “a maior ins­ti­tui­ção financeira mul­ti­la­te­ral do mundo”. Questionado sobre se esta­ria envol­vido na reda­ção do pro­grama elei­to­ral do PS, o antigo secretário de Estado Adjunto e das Finanças garante que “não”, sublinhando não estar nos seus planos “regres­sar a fun­ções gover­na­ti­vas” no futuro próximo.

Leia a entrevista completa em Público (acesso pago).

Hospitais vão ceder casa a profissionais de saúde em zonas pressionadas

A Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano vai apresentar à tutela, até final de junho, uma estratégia para a disponibilização de habitação aos seus profissionais de saúde, reconvertendo património próprio ou através da construção de raiz de cerca de 20 apartamentos com recurso a fundos comunitários. Trata-se de uma medida para ajudar a fixar médicos e enfermeiros numa região marcada por pouca oferta habitacional e rendas muito elevadas.

Leia a notícia completa em Jornal de Notícias (acesso pago).

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Cinven arrecada 13,2 bilhões de euros para o Oitavo Fundo Cinven

  • Servimedia
  • 9 Janeiro 2024

O Fundo 8 é cerca de 30% maior que seu fundo predecessor de 2019, o Fundo 7.

Cinven tem beneficiado de uma forte taxa de reinvestimento dos seus investidores existentes e tem dado as boas-vindas a uma série de novos investidores na sua base global de investidores institucionais.

A empresa internacional de capital de risco Cinven anuncia o encerramento definitivo do seu último fundo emblemático, o Oitavo Fundo Cinven (‘Fundo 8’), após ter arrecadado 14,5 bilhões de dólares (13,2 bilhões de euros) de investidores e ter atingido o limite máximo estabelecido (‘hard cap’) para captação.

O Fundo 8 é cerca de 30% maior que seu predecessor de 2019, o Fundo 7, para o qual Cinven também atingiu seu limite máximo estabelecido (‘hard cap’).Ao longo de quase 50 anos de história, Cinven tem-se concentrado na criação de empresas de classe mundial utilizando sua experiência setorial. Ela desenvolveu uma ampla rede local em toda a Europa e tem uma presença crescente na América do Norte.

A equipa internacional da Cinven colabora de perto em uma abordagem setorial e regional para implementar sua estratégia de investimento comprovada e gerar retornos sólidos e estáveis para seus investidores. A cultura de “uma só equipa” da Cinven é fundamental para os valores, filosofia e ética da empresa, e o sucesso na captação do Fundo 8 demonstra o forte e contínuo apoio dos investidores da Cinven à sua equipe e abordagem de investimento.

Stuart McAlpine, sócio-gerente da Cinven, declarou que “Cinven tem um longo e comprovado histórico de resultados sólidos e consistentes para nossos investidores. Nossa estratégia para o Fundo 8 baseia-se na abordagem que temos implementado com sucesso para os fundos Cinven anteriores, investindo em posições de controle em empresas orientadas para o crescimento, líderes de mercado, geradoras de caixa, com características resilientes, onde podemos acelerar o crescimento por meio de gestão ativa e gerar retornos excepcionais. Somos muito gratos aos nossos investidores pelo seu contínuo apoio e acreditamos que a oportunidade de investimento para o Fundo 8 é muito atraente”.

Alexandra Hess, sócia da Cinven e diretora de Relações com Investidores, enfatizou que “agradecemos imensamente o apoio que recebemos para o Fundo 8, tanto dos investidores existentes quanto dos novos investidores. Com seu apoio, fomos capazes de concluir outra captação de recursos bem-sucedida, apesar do contexto de mercado desafiador. Acreditamos que ambientes de mercado como o atual favorecem o sucesso dos fundos para os investidores, especialmente dada a experiência da Cinven em identificar oportunidades atrativas em diferentes setores e geografias em períodos de volatilidade”.

Cinven indicou que busca construir negócios sustentáveis a longo prazo que cresçam, forneçam empregos e gerem benefícios económicos de forma responsável com o meio ambiente e a sociedade. “No seu cerne está um longo e comprovado histórico de investimentos bem-sucedidos ao longo de ciclos económicos”, acrescentou.

Os fundos da Cinven já realizaram investimentos em mais de 150 empresas na Europa e América do Norte, realizaram mais de 115 desinvestimentos por meio de venda ou listagem em bolsa e devolveram aproximadamente 47 bilhões de euros aos fundos da Cinven. Fundada em 1977 como o braço de investimentos privados do plano de pensão British Coal, a Cinven se tornou independente em 1995, lançou seu primeiro fundo em 1996 e, até o momento, arrecadou fundos no valor total de quase 50 bilhões de euros.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 9 de janeiro

  • ECO
  • 9 Janeiro 2024

Ao longo desta terça-feira, 9 de janeiro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Já há mais de 100 tarifários de energia que variam ao sabor do mercado

A ACEMEL aponta que este tipo de tarifários, além de terem, de momento, benefícios para os consumidores, são também facilitadores da entrada de novos comercializadores no mercado.

A primeira empresa a disponibilizar um tarifário com preços indexados dirigido a consumidores domésticos em Portugal foi a Luzboa, em 2018. Estes tarifários ganharam fama em 2023, quando chegaram a devolver dinheiro aos consumidores em vez de lhes cobrarem e, no arranque de 2024, voltam a ser a alternativa mais barata. Nas contas do regulador, em cerca de cinco anos, a quantidade deste tipo de tarifários saltou para mais de 100, entre eletricidade e gás natural, disponibilizados por 17 comercializadores.

Desde novembro do ano passado que os maiores comercializadores de eletricidade em Portugal – EDP Comercial, Goldenergy, Iberdrola, Galp e Endesa – estão obrigados a apresentarem tarifários indexados aos consumidores domésticos. Todas, exceto a Endesa, ofereciam esta opção desde final de outubro. A empresa liderada por José Bogas só operacionalizou a exigência durante o passado mês de dezembro.

A Coopérnico entrou no “campeonato” das ofertas indexadas em outubro de 2021. Desde então, a empresa multiplicou por quatro o número de clientes. No caso da Yesenergy, que também deu o pontapé de saída nesse mesmo ano, saltou de uma percentagem de 3% de clientes com tarifários indexados em 2021 para os 35% em 2023. João Nuno Serra, gestor da YesEnergy e líder da Associação dos Comercializadores de Energia no Mercado Liberalizado (ACEMEL), acredita que a adesão a este tipo de tarifários tem crescido também para o geral dos associados da ACEMEL.

Embora para os clientes domésticos estes tarifários ainda sejam uma relativa novidade, as empresas e indústrias já estão familiarizadas com este tipo de ofertas. A maioria dos comercializadores têm tarifários a preços indexados disponíveis para estes grandes consumidores, assinala o regulador, explicando que isto acontece porque empresas e indústrias têm, por norma, uma literacia energética superior.

João Nuno Serra acredita que este tipo de tarifários, além de terem, de momento, benefícios para os consumidores, são também facilitadores da entrada de novos comercializadores no mercado. “É preciso arcaboiço financeiro para oferecer preços fixos, cobrir posições”, diz. É que para oferecer tarifários fixos, explica a Coopérnico, um comercializador que compre energia no mercado terá de começar por estimar o valor médio de energia para o ano seguinte, ao qual soma os seus custos e margens, incluindo o preço do risco de falhar na sua previsão e poder ficar a vender a luz mais barata do que a compra.

“Para os comercializadores, um tarifário indexado permite operar exposto ao mercado, sem aumento de risco”, remata a Coopérnico. Neste sentido, o líder da ACEMEL acredita que irão existir “oportunidades interessantes se o mercado vier a ficar muito aberto a receber ofertas indexadas”.

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Riqueza das famílias portuguesas é a sexta mais baixa da Zona Euro

Riqueza das famílias portuguesas está cerca de 30% abaixo da média da Zona Euro. Portugal fica em 15.º na tabela dos países que utilizam o euro.

A riqueza média líquida das famílias portuguesas é a sexta mais baixa da Zona Euro, segundo os dados do Banco Central Europeu referentes ao segundo trimestre de 2023. Ainda assim, este indicador tem vindo a subir acima da média dos países que utilizam o euro. Mesmo com uma dinâmica de convergência, a riqueza das famílias em Portugal continua 30% abaixo da média da Zona Euro.

Os dados para a riqueza média líquida das famílias portuguesas, tendo em conta os ativos que incluem depósitos, títulos de dívida, ações, seguros de vida, riqueza habitacional e riqueza empresarial não financeira, apontam para cerca de 270 mil euros. Este valor coloca o país na metade inferior da tabela da Zona Euro, cuja média é de 385 mil euros.

As famílias portuguesas têm assim uma riqueza 30% abaixo da média da Zona Euro. Ficam apenas à frente da Estónia, Eslováquia, Grécia, Lituânia e Letónia.

Se compararmos com os valores de 2018, cinco anos antes, a posição de Portugal piorou, passando de 14º para 15º – foi a Eslovénia que ultrapassou os valores nacionais, com a riqueza média das famílias eslovenas a atingir os 276 mil euros no segundo trimestre der 2.

Apesar deste desempenho, a verdade é que a comparação com a média da Zona Euro melhorou. A riqueza passou de estar 32,3% abaixo da média da área do euro para ser inferior em 29,72%.

Já se olharmos para a evolução homóloga, é possível perceber que desde 2015, a riqueza das famílias registou subidas anuais superiores à Zona Euro, apenas com a exceção de 2021.

A riqueza média das famílias portuguesas cresceu, em média 5,74% ao ano nos últimos cinco anos, o que compara com 4,93% para a Zona Euro. Registou-se assim uma dinâmica de convergência, ainda que não se tenha voltado aos valores do pré-pandemia.

Entre os membros da Zona Euro, são os Países Baixos que têm registado um crescimento mais acelerado da riqueza das famílias nos últimos anos – em média, 11% ao ano desde 2018. Seguem-se a Eslovénia e a Estónia com os ritmos de crescimento mais rápido. Por outro lado, em países como a Grécia e Itália tem-se observado um crescimento mais tímido da riqueza média das famílias, à volta de 2% ao ano.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 9 Janeiro 2024

O Parlamento vai debater a linha de alta velocidade e Ana Mendes Godinho vai estar em audição para discutir os negócios de internacionalização da Santa Casa.

Esta terça-feira o Parlamento vai dar palco à discussão sobre a linha da alta velocidade, numa altura em que Portugal corre o risco de perder 750 milhões de euros em fundos europeus, caso o concurso para o projeto não seja lançado até ao final deste mês. Ainda na AR, a uma semana da dissolução, a ministra do Trabalho e da Segurança Social vai estar em audição para discutir os negócios de internacionalização da Santa Casa. Hoje é ainda o dia em que será conhecido o programa e o elenco de convidados do Fórum Mundial de Davos, que arranca na próxima semana.

Governo debate ferrovia no Parlamento

Com o concurso para o projeto de alta velocidade para ligar Lisboa ao Porto por lançar, o Governo vai debater em plenário o assunto, a uma semana da dissolução da Assembleia da República. O debate foi pedido pelo PS e vão ser discutidos sete projetos de resolução apresentados pelos partidos da esquerda para que o Executivo adote medidas para a futura linha do TGV. O projeto de alta velocidade Lisboa-Porto, com um custo estimado de cerca de 4,5 mil milhões de euros, prevê uma ligação entre as duas cidades numa hora e 15 minutos, com paragem possível em Leiria, Coimbra, Aveiro e Gaia. O desenvolvimento do projeto e construção da primeira fase (Porto – Soure) está previsto entre 2024 e 2028, e o Soure – Carregado (a ligação a Lisboa terá desenvolvimento posterior) entre 2026 a 2030. Caso o concurso não seja lançado até ao final de janeiro, Portugal corre o risco de perder 750 milhões de euros em fundos europeus.

Ministra Ana Mendes Godinho no Parlamento

A uma semana da dissolução da Assembleia da República, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho vai estar em audição na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, para discutir três assuntos. O debate com a ministra arranca com a discussão sobre os investimentos da Santa Casa Global depois das polémicas em volta do negócio de internacionalização dos jogos sociais que envolveu montantes de 27 milhões sem a autorização de Ana Mendes Godinho. Esta discussão resulta de um requerimento potestativo apresentado pelo PSD. Também no seguimento de um potestativo apresentado pelo BE durante a audição da ministra será discutida a “precariedade, baixos salários e ameaças de despedimento das amas que asseguram o serviço de creche familiar nas IPSS”. Por fim, será debatida a situação dos trabalhadores do grupo Global Media.

Prossegue julgamento do caso EDP

Prossegue no Campus de Justiça, em Lisboa, o julgamento do processo que tem como arguidos o antigo ministro da Economia Manuel Pinho, a sua mulher, Alexandra Pinho, e o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado. O antigo ministro da Economia (entre 2005 e 2009) Manuel Pinho, que está em prisão domiciliária desde dezembro de 2021, responde em julgamento por um crime de corrupção passiva para ato ilícito, outro de corrupção passiva, um crime de branqueamento de capitais e um crime de fraude fiscal. A sua mulher, Alexandra Pinho, está a ser julgada por um crime de branqueamento e outro de fraude fiscal – em coautoria material com o marido –, enquanto o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, vai a julgamento por um crime de corrupção ativa para ato ilícito, um crime de corrupção ativa e outro de branqueamento de capitais.

INE publica dados de trabalho na indústria e custos de construção de habitação nova

O Instituto Nacional de Estatística divulga esta terça-feira as estimativas mensais de emprego, remunerações e horas trabalhadas na indústria, assim como as estatísticas do comércio internacional. É ainda divulgado o índice de custos de construção de habitação nova. Todos estes indicadores são referentes a novembro de 2023.

Apresentação da reunião de Davos

É apresentado esta terça-feira o tema, a lista de convidados e o programa da próxima reunião anual do Fórum Económico Mundial de Davos, na Suíça, que vai decorrer entre os dias 15 e 19 de janeiro. O evento reúne cerca de 2.500 chefes de Estado e de governo, CEO de empresas, representantes da sociedade civil, meios de comunicação globais e líderes juvenis procedentes da África, Ásia, Europa, Oriente Médio, América Latina e América do Norte que discutem estratégias com o objetivo de trabalhar juntos em políticas e parcerias necessárias para enfrentar os desafios de 2024.

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