Relações Rússia-EUA “muito piores” que na crise dos mísseis de Cuba, diz Medvedev

  • Lusa
  • 4 Março 2024

"Direi algo amargo: a situação hoje é muito pior que em 1962", defendeu Medvedev, atual vice-presidente do Conselho de Segurança russo.

O ex-presidente russo Dimitri Medvedev afirmou esta segunda-feira que as relações entre Moscovo e Washington são agora “muito piores” que em 1962, quando a crise dos mísseis de Cuba esteve prestes a desencadear um conflito nuclear em plena Guerra Fria.

“Direi algo amargo: a situação hoje é muito pior que em 1962”, defendeu Medvedev, atual vice-presidente do Conselho de Segurança russo, que acredita estar a ser travada “uma guerra em toda a linha contra a Rússia”, com armamento norte-americano e a participação de “forças especiais e conselheiros norte-americanos”, noticiou a agência de notícias russa TASS.

De acordo com o dirigente russo, as potências ocidentais, lideradas por Washington, estão a tentar levar a cabo “intervenções geopolíticas” contra a Rússia. “Primeiro na Geórgia, depois na Ucrânia, estamos a observar tentativas semelhantes na Moldova e nos países da Ásia Central”, indicou o ex-presidente russo.

“Felizmente, as autoridades dos Estados da Ásia Central mostram contenção e sabedoria, entendem tudo perfeitamente e, com bastante visão de futuro, não querem seguir o exemplo dos renegados corruptos que se alimentam de bolos podres da mão suja do Departamento de Estado” norte-americano, observou.

Embora Medvedev considere que “o Leste é um assunto delicado”, elogiou o facto de os países da região “não quebrarem nem cederem sob a mais forte pressão do Ocidente” e se concentrarem em consolidar as relações com “a grande Eurásia”, em vez de com uma “Europa dependente”.

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Prime Video lança série sobre Rui Nabeiro

  • + M
  • 4 Março 2024

Sr. Rui, protagonizada por José Raposo, chega à plataforma de streaming no dia 20, através de uma minissérie de dois episódios. A série é realizada por Leonel Viera

A história de Rui Nabeiro, fundador da Delta Cafés, vai ser contada pela Prime Video. Sr. Rui, protagonizada por José Raposo, chega à plataforma de streaming no dia 20, através de uma minissérie de dois episódios realizada por Leonel Vieira.

“Sr. Rui conta a história real de uma das personagens mais carismáticas do nosso país. O menino sonhador, criado no Alentejo rural nos primeiros anos de ditadura, foi também o jovem habilidoso que vingou no contrabando, o homem visionário que expandiu internacionalmente o seu pequeno negócio de café, o político que criou inimigos e se viu a braços com a justiça, o homem condecorado Comendador, por nunca esquecer que a riqueza e o poder devem servir a comunidade. O seu povo”, descreve a plataforma.

Para além de José Raposo, a série conta com Carla Andrino, Ana Guiomar, Afonso Lagarto, Sara Barradas, Marco Delgado, Luís Simões, Tiago Teotónio Pereira, Diogo Infante e Joaquim Nicolau.

A subscrição da Amazon Prime em Portugal tem um custo mensal de 4,99 euros ao mês ou 49,90 ao ano.

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Rui Pinto vai ser julgado por 242 crimes. Mas 143 crimes caíram pela lei da amnistia

Ministério Público acusou o pirata informático de 377 crimes de acesso ilegítimo, violação de correspondência e dano agravado. Mas amnistia deixa cair 134 crimes de violação de correspondência.

O hacker Rui Pinto vai a julgamento por 242 crimes. Mas, do total de 377 que constavam da acusação, 142 de violação de correspondência acabaram por cair devido à lei da amnistia pelo Governo, na sequência da vinda do Papa às Jornadas Mundiais da Juventude. Rui Pinto responderá por 201 crimes de acesso ilegítimo, 23 de violação de correspondência agravado e 18 de dano agravado.

A lei da amnistia foi aprovada no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e entrou em vigor no início de setembro. Em causa nesta lei estão crimes e infrações praticados até 19 de junho por jovens entre 16 e 30 anos, determinando-se um perdão de um ano para todas as penas até oito anos de prisão.

Está ainda previsto um regime de amnistia para as contraordenações com coima máxima aplicável até 1.000 euros e as infrações penais cuja pena não seja superior a um ano de prisão ou 120 dias de pena de multa.

O criador do Football Leaks, Rui Pinto, conheceu esta segunda-feira a decisão instrutória do Tribunal Central de Instrução Criminal quanto ao processo em que respondia por 377 crimes, relacionado a acesso a e-mails do Benfica e de outros clubes, Liga de clubes, empresas, advogados, juízes, procuradores, Autoridade Tributária e Rede Nacional de Segurança Interna.

A procuradora Vera Camacho tinha deixado à consideração do tribunal a aplicabilidade da lei da amnistia, com a defesa a solicitar que esta possa retirar 310 dos crimes, enquanto os assistentes presentes no debate instrutório pediram que o acusado seja pronunciado por todos os 377.

João Medeiros, advogado assistente no processo em representação do Benfica, uma das entidades com caixas de correio eletrónicas acedidas pelo arguido, expressou que pugnavam “pela pronúncia da totalidade dos crimes” e irão “ponderar a circunstância de recorrer, ou não, da decisão da aplicação da lei da amnistia” a 134 dos 377 crimes.

“O arguido vai a julgamento por todos os crimes de acesso ilegítimo agravado que escapam à aplicação da lei da amnistia. Relativamente aos crimes de acesso na sua forma simples, entendemos que, em circunstâncias concretas, não se aplica a lei da amnistia. Vamos olhar e ver até que ponto a decisão contraria o nosso entendimento. Se porventura não ficarmos convencidos, recorreremos”, sublinhou João Medeiros.

Rui Pinto, que falhou o final do debate instrutório, em 2 de fevereiro, por se encontrar em França a colaborar com autoridades europeias num processo, responde por novo processo após ter sido condenado, no caso ‘Football Leaks’, em setembro do ano passado, pelo Juízo Central Criminal de Lisboa, então a quatro anos de prisão com pena suspensa, por crimes de extorsão na forma tentada, violação de correspondência agravado e acesso ilegítimo.

Em novembro de 2023, foi condenado a seis meses de prisão em França, com pena suspensa, por aceder ilegalmente a e-mails do Paris Saint-Germain.

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Politécnico da Guarda lança portal para promoção das zonas rurais

  • Lusa
  • 4 Março 2024

O objetivo é contribuir para uma agricultura e um território rural mais inclusivos, integrados e atrativos e uma economia local mais sustentável, atrativa e competitiva assente nos recursos endógenos.

O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) lançou um portal para promoção das zonas rurais em territórios de montanha com o objetivo de criar sinergias para valorização dos produtos alimentares endógenos e promoção do turismo gastronómico. “O portal www.interiormais.pt é um meio para criar sinergias, potenciar a inovação e digitalização dos negócios, bem como sensibilizar, promover e valorizar produtos alimentares endógenos”, anunciou esta segunda-feira o IPG.

O portal está inserido no projeto “Interior +” liderado pelo IPG, que tem como principal objetivo definir o conceito de Região Modelo para intervenção e revitalização rural dos territórios de Montanha das Beiras e Serra da Estrela (BSE), Beira Baixa (BB) e Alto Minho (AM). Através do portal, o projeto pretende iniciar o contacto com a comunidade rural da região do Interior e de Montanha para ser transformado numa plataforma de interação com diferentes atores e em particular ligados ao setor agrícola.

O portal agrega informações úteis aos empresários agrícolas, bem como para a definição de estratégias comerciais alinhadas com necessidades e tendências de consumo de públicos jovens, que valorizam produtos endógenos e aumentam a sustentabilidade das empresas e do território.

O objetivo do projeto é contribuir para uma agricultura e um território rural mais inclusivos, integrados e atrativos e uma economia local mais sustentável, atrativa e competitiva assente nos recursos endógenos, cultura e tradições. Na opinião de Teresa Paiva, investigadora responsável pelo Interior+, o projeto irá capacitar empresários agrícolas, dotando empresas de competências e recursos tecnológicos avançados.

O Interior + incide no desenvolvimento de uma estratégia intersectorial que visa a eficiência desde a agricultura até à restauração, numa perspetiva do campo para a mesa, promovendo também o turismo gastronómico associado à dieta mediterrânica na região modelo.

Procura também sensibilizar a sociedade e valorizar o contributo das mulheres e dos jovens agricultores para a sustentabilidade da região modelo. Entre os recursos do Interior + está o mapeamento tecnológico que potencia a inovação aplicada aos processos produtivos e o marketplace que visa divulgar os produtos e os produtores associados como forma de dinamizar os seus negócios, criando assim sinergias entre eles.

O Politécnico destacou ainda que o projeto prevê a promoção do conceito de “comunidade”, através da criação de um Fórum para “incentivar a inovação colaborativa por via de debates e troca de conhecimento entre os vários intervenientes”.

Liderado pelo Instituto Politécnico da Guarda – IPG, o projeto Interior+ surgiu no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência – PRR para a revitalização de zonas rurais, sendo desenvolvido por um consórcio formado por 14 entidades dos territórios abrangidos.

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Companhia aérea JetBlue desiste da compra da low cost Spirit

  • Lusa
  • 4 Março 2024

A decisão já era esperada, depois de no dia 16 de janeiro o juiz federal William Young bloquear a compra argumentando que "a eliminação da Spirit prejudicaria os viajantes preocupados com os preços.

A companhia aérea norte-americana JetBlue anunciou esta segunda-feira que renuncia à compra da low cost Spirit, um projeto que começou em 2022 e teve a oposição do Departamento de Justiça por infringir as leis antimonopólio.

A decisão já era esperada, depois de no dia 16 de janeiro o juiz federal William Young bloquear a compra argumentando que “a eliminação da Spirit prejudicaria os viajantes preocupados com os preços e que dependem das baixas tarifas” da companhia, que tem a sua principal base em Miami.

O procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, considerou que a decisão do juiz representou uma vitória para “dezenas de milhões de viajantes que teriam de enfrentar tarifas mais altas e menos oferta se a fusão entre a JetBlue e a Spirit tivesse sido autorizada a prosseguir”.

Segundo dados do Departamento de Justiça, as quatro maiores companhias áreas dos Estados Unidos – American Airlines, Delta Air Lines, United Airlines e Southwest Airlines – controlam 80% do mercado. A compra da Spirit pela JetBlue tornaria esta última a quinta companhia aérea do país.

No comunicado, a JetBlue insiste que acredita “nos benefícios competitivos da operação (uma vez que) teria resultado num concorrente nacional de baixo custo e alto valor face às ‘quatro grandes'”. Após o anúncio da JetBlue, as suas ações subiam perto de 3% no início da sessão em Wall Street, enquanto as da Spirit baixavam 11%.

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Supremo Tribunal dos EUA decide manter Trump nos boletins de voto das primárias

  • Joana Abrantes Gomes
  • 4 Março 2024

Decisão, tomada por unanimidade, é anunciada na véspera da “super terça-feira" das eleições primárias, quando 16 estados escolhem os candidatos do Partido Republicano e do Partido Democrata.

O Supremo Tribunal dos Estados Unidos decidiu esta segunda-feira, por unanimidade, revogar uma decisão judicial que tinha retirado Donald Trump dos boletins de voto das eleições primárias republicanas no Colorado. Em causa estava a questão de saber se os estados norte-americanos podiam aplicar a secção 3 da 14.ª emenda da Constituição para desqualificar alguém de concorrer a um cargo federal, como a presidência.

“Concluímos que os estados podem desqualificar as pessoas que ocupam ou tentam ocupar cargos públicos. Mas os estados não têm poder, ao abrigo da Constituição, para aplicar a Secção 3 no que diz respeito a cargos federais, especialmente a Presidência“, escreveram os juízes do Supremo no parecer de 20 páginas, citado pelo jornal The Guardian.

A mais alta instância judicial dos EUA anulou, assim, a decisão de um tribunal superior do Colorado, anunciada em 19 de dezembro, que considerava o ex-presidente norte-americano inelegível para constar nos boletins de voto das eleições primárias do Partido Republicano naquele estado por ter incitado e apoiado o ataque ao Capitólio no dia 6 de janeiro de 2021.

Ao Colorado juntou-se, mais tarde, o estado do Maine e, na semana passada, um juiz do Illinois, que decidiu que Trump não podia concorrer às primárias, agendadas naquele estado para 19 de março. Ambas as decisões foram suspensas enquanto se aguardava a decisão do Supremo Tribunal, mas, na prática, todas estas iniciativas foram rejeitadas esta segunda-feira. Nos últimos meses, mais de 30 ações judiciais semelhantes tinham sido apresentadas em todo o país.

Grande vitória para a América!!!“, escreveu Trump na rede social Truth Social, após ser conhecida a decisão do Supremo Tribunal, tomada um dia antes da “Super Terça-feira” das eleições primárias, quando 16 estados norte-americanos, incluindo o Colorado, vão a votos para a escolha dos candidatos do Partido Republicano e do Partido Democrata à Casa Branca.

Donald Trump é o principal candidato à nomeação republicana para as eleições presidenciais marcadas para 5 de novembro, restando-lhe apenas como rival a antiga governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h17)

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Reservas dos portugueses para a Páscoa são “francamente superiores” a 2023

  • Lusa
  • 4 Março 2024

"As vendas e as reservas efetuadas são francamente superiores ao ano anterior", diz o presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo.

Os portugueses estão a comprar mais viagens neste início de ano e a eleger para as férias da Páscoa a Madeira como destino interno e Cabo Verde no estrangeiro, segundo a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo.

As vendas e as reservas efetuadas são francamente superiores ao ano anterior”, disse o presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), Pedro Costa Ferreira, à Lusa quando questionado se se notava um aumento das viagens dos portugueses para o estrangeiro nestes primeiros meses de 2024.

“Saem mais para todos os destinos. Há mais destinos, há mais oportunidades, têm surgido destinos novos, têm surgido e estão a surgir novas ocupações charter, portanto, tudo isto, aponta para números superiores, apesar de termos que olhar para estes números com alguma prudência e com alguma capacidade de esperar por números mais definitivos”, explicou o presidente da APAVT.

Este ano a Páscoa comemora-se em 31 de março – ao contrário de no ano passado que foi em abril –, pelo que o responsável ressalva que o balanço deverá ser feito depois pelo quadrimestre e não em 31 deste mês quando se dá o fecho de trimestre. Mas, sublinha, “ao nível das reservas em março já são superiores e a oferta é maior. Portanto sim, os portugueses continuam a viajar e no início do ano os dados que nós temos é que estão a viajar e/ou a reservar mais do que o ano passado”, sublinhou Pedro Costa Ferreira à Lusa.

Em termos de escolhas, “no estrangeiro, o primeiro destino da Páscoa é Cabo Verde. Cabo Verde é um destino estrela nesta Páscoa”, afirmou, por seu lado, fonte oficial da APAVT à Lusa. Para além disso, estão “com muita procura nesta Páscoa também Djerba [Tunísia], o nordeste brasileiro, as Caraíbas e as ilhas espanholas”, acrescentou este responsável.

Cá dentro, a Madeira está “em primeiro lugar das preferências”, sendo que “ainda com expressão nas vendas estão os Açores e depois vários destinos espalhados. Mas regra geral todos os destinos turísticos tradicionais da Páscoa (como o Algarve ou a Disneylandia) estão também a ser muito bem vendidos”, conclui fonte oficial.

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Comissão apresenta quadro de adesão da Ucrânia já em março mas decisão só após europeias

  • Lusa
  • 4 Março 2024

Ursula von der Leyen tinha dito no final de fevereiro que a proposta de negociação com as diretrizes que a Ucrânia tinha de seguir para aderir à UE só ia ser apresentada "no início do verão.

A Comissão Europeia pretende apresentar este mês o quadro de negociações para a adesão da Ucrânia ao bloco comunitário, anunciou esta um porta-voz, ressalvando que não haverá deliberações, por enquanto.

Vamos fazer a proposta agora, mas a questão aqui – que já estava implícita nas respostas da presidente [Ursula von der Leyen] – é saber quando é que o Conselho está disponível para adotá-la”, disse o porta-voz da Comissão Europeia Eric Mamer, em conferência de imprensa, em Bruxelas.

Ursula von der Leyen tinha dito no final de fevereiro que a proposta de negociação com as diretrizes que a Ucrânia tinha de seguir para aderir à União Europeia só ia ser apresentada “no início do verão” e mais tarde do que esperado. Em conferência de imprensa, na altura, von der Leyen falou em “excelentes progressos no processo de monitorização” do esforço que a Ucrânia está a fazer para reformar as suas instituições, depois da abertura de negociações formais com a Ucrânia em dezembro de 2023.

Ainda estamos a trabalhar no quadro de negociação. O meu melhor palpite é que não estará pronto antes das eleições europeias [em junho], mas sim depois, porque se eu vir o desenvolvimento das diferentes posições negociais, isto levará o seu tempo”, elencou a presidente da Comissão Europeia. E especificou: “Penso que, por volta do verão, início do verão, estaremos prontos”.

Em meados de dezembro passado, o Conselho Europeu decidiu abrir as negociações formais de adesão à UE com a Ucrânia e a Moldova, com o presidente da instituição, Charles Michel, a falar num “sinal claro de esperança” para estes países. A Ucrânia e a Moldova têm estatuto de países candidatos à UE desde meados de 2022.

A decisão de dezembro, de abertura de negociações formais, surge depois de o executivo comunitário ter recomendado, em meados de novembro, que o Conselho avançasse face aos esforços feitos por Kiev para cumprir requisitos sobre democracia, Estado de direito, direitos humanos e respeito e a proteção das minorias, embora impondo condições como o combate à corrupção.

Bruxelas vincou que a Ucrânia teria de fazer progressos que serão avaliados num relatório a publicar em março de 2024. O alargamento é o processo pelo qual os Estados aderem à UE, após preencherem requisitos ao nível político e económico.

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Universidades e empresas participam no projeto do primeiro satélite português

Primeiro satélite desenvolvido em Portugal vai ser lançado pela SpaceX e afirmará Portugal como nação espacial. Envolve as universidades do Minho, Porto, Algarve e o Instituto Superior Técnico.

O Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiiA) e as universidades do Algarve, Porto e Minho, o Instituto Superior Técnico e o Imar – Instituto do Mar estão envolvidos no desenvolvimento e construção do primeiro satélite — o “Aeros” — em Portugal. O satélite vai ser lançado na noite desta segunda-feira a partir da base da SpaceX na Califórnia, Estados Unidos da América (EUA).

O engenho é, assim, concebido e operado por um consórcio nacional de várias empresas e instituições académicas. Liderado pelo CEiiA, em Matosinhos, com a Thales Edisoft Portugal, este projeto conta com parcerias internacionais com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Financiado pelo PT2020, o projeto também integra as empresas SpinWorks e Dstelecom, CoLab + Atlântico, Okeanos e Air Centre.

“Este lançamento representa um pequeno passo de uma estratégia bastante mais alargada na área do espaço que envolve o desenvolvimento da primeira família de satélites de alta e muito alta resolução que está já em desenvolvimento em Portugal, a partir do CEiiA com a alemã OHB e a inglesa Open Cosmos”, afirma o fundador e presidente executivo do CEiiA, citado num comunicado. Para José Rui Felizardo, “trata-se, sem dúvida, de um marco histórico para Portugal e para o ecossistema de ciência e tecnologia nacional”.

O “Aeros”, um nanossatélite de 4,5 quilos, seguirá a bordo de um foguetão Falcon 9, que descolará da base da empresa SpaceX de Vandenberg, nos EUA, às 22h05 (hora de Lisboa). Vai observar os oceanos desde a “vizinhança” da Estação Espacial Internacional, a “casa” e laboratório dos astronautas.

Trata-se, sem dúvida, de um marco histórico para Portugal e para o ecossistema de ciência e tecnologia nacional.

José Rui Felizardo

Fundador e presidente executivo do CEiiA

De acordo com o CEiiA, este “satélite está equipado com uma câmara hiper-espectral da Spinworks e as comunicações da DST. A Thales foi responsável pelo software, ground station e pelos primeiros checks após o lançamento e o primeiro ciclo de operação. O satélite está equipado com uma câmara Hiper-espectral da Spinworks e as comunicações da DST”.

O “Aeros”, que começou a ser trabalhado em 2020, representa um investimento de 2,78 milhões de euros, cofinanciado em 1,88 milhões de euros pelo Feder – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

Primeiro satélite desenvolvido em Portugal

O satélite MH-1 vem reforçar a presença de Portugal na linha da frente da corrida na área do Espaço, afirmando-se como “nação espacial ‘flying nation’, inspirando as próximas gerações para o desenvolvimento deste setor rumo a uma sociedade mais sustentável”, lê-se no mesmo comunicado.

Para assinalar este marco histórico, o CEiiA organiza um evento que junta os parceiros do projeto para acompanhar o lançamento, sujeito às condições meteorológicas e à confirmação da SpaceX no próprio dia.

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Empresa chinesa quer criar fábrica e centro tecnológico na Covilhã

  • Lusa
  • 4 Março 2024

Presidente da autarquia garante que "já estão à procura de terrenos para a empresa chinesa avançar com uma unidade fabril".

A Câmara Municipal da Covilhã está a negociar com uma empresa chinesa interessada em criar uma fábrica e um centro tecnológico naquele concelho português, disse o presidente da autarquia, após uma visita à China.

“Já estamos à procura de terrenos para eles efetivamente começarem a avançar com uma unidade fabril“, disse Vítor Pereira, citado esta segunda-feira pela estação pública Rádio Macau.

O autarca liderou uma delegação da Covilhã que visitou a sede do grupo Hangzhou Huaguang Advanced Welding Materials, em Hangzhou, a capital da província de Zhejiang, no leste da China.

O grupo trabalha “na área das micro soldaduras” e “tinha tantos trabalhadores como investigadores”, apontou Vítor Pereira, que considerou “curiosíssimo a importância que dão ao aprofundamento do conhecimento” e que a autarquia “quer aproveitar”.

A delegação, que incluía o presidente da empresa municipal ADC — Águas da Covilhã, João Marques, passou também por Macau, onde manteve um encontro com o presidente do Instituto dos Assuntos Municipais, José Tavares.

O Huaguang, listado na bolsa de valores de Xangai, a capital financeira da China, foi fundado em 1995 e, de acordo com a página do grupo na Internet, detém 61 patentes ligadas ao fabrico de ligas para soldadura em prata ou cobre.

A empresa vende produtos a mais de 600 empresas tais como as japonesas Panasonic, Mitsubishi e Hitachi e a alemã Siemens, em cerca de 30 países, incluindo Portugal.

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Montenegro diz que “está em marcha vitória inequívoca” da AD mas não vai pedir “nenhuma maioria”

  • Lusa
  • 4 Março 2024

O presidente do PSD afirma que "não vai pedir maioria nenhuma" e lutará pelo maior número de votos possível, enquanto BE acusa Ventura de falar de condicionamentos inexistentes.

O presidente do PSD afirmou esta segunda-feira que “está em marcha uma vitória inequívoca da AD”, mas, questionado se vai pedir maioria absoluta, respondeu que “não vai pedir maioria nenhuma” e lutará pelo maior número de votos possível.

No final de uma arruada em Chaves (distrito de Vila Real), Luís Montenegro subiu a um banco, tal como tem feito noutros locais, e agradeceu “o empenho, motivação e energia” dos apoiantes que se juntaram à iniciativa.

“Está de facto em marcha uma mudança política em Portugal, está de facto em marcha uma vitória inequívoca da AD no próximo domingo”, disse, avisando, contudo, que “é preciso que o entusiasmo da rua seja transportado para as secções de voto”.

Questionado se vai pedir, nesta última semana de campanha, a maioria absoluta, respondeu: “Eu não vou pedir nenhuma maioria, vou pedir votos, lutarei voto a voto para ter o maior número de votos”.

Nas declarações aos jornalistas, Montenegro não respondeu diretamente a perguntas sobre posições de outros candidatos, mas reiterou acreditar numa maioria de direita no próximo domingo.

“Não acredito em nenhum tipo de chantagem sobre as pessoas, confio muito na lucidez das pessoas”, disse, quando instado a comentar uma posição do líder da IL, Rui Rocha.

O presidente do PSD e líder da AD repetiu não estar, nesta campanha, interessado “em grandes considerações sobre o jogo político partidário, que se fará em função os resultados”.

“Quem manda é o povo, temos um programa político de mudança e sentimos que as pessoas querem aderir a ele”, declarou, em declarações prestadas a meio da arruada, com um dos filhos ao seu lado.

BE acusa “aprendiz de Bolsonaro” Ventura de falar de condicionamentos inexistentes

A coordenadora bloquista criticou esta segunda-feira as declarações de “aprendiz de Bolsonaro” de André Ventura sobre “ilusões de condicionamentos” das eleições, assegurando que o BE já tinha resolvido a “piada de mau gosto” nas redes sociais antes de o Chega a denunciar.

Mariana Mortágua esteve esta manhã em Setúbal para denunciar o “mar de cimento” em que se transformou Troia, tendo sido questionada, a bordo do barco em que fez a viagem, sobre a polémica da noite anterior que envolveu um militante do BE ao dizer nas redes sociais que se preparava para anular os votos no Chega.

“Parecem-me declarações de aprendiz de Bolsonaro sobre supostas ilusões de condicionamentos que não existem”, começou por responder.

De acordo com a líder bloquista, “houve um militante do Bloco de Esquerda que fez uma piada de mau gosto e, por isso, foi contactado imediatamente para apagar essa piada de mau gosto das redes sociais”.

“Foi contactado e solicitado para que pudesse pedir dispensa da sua participação nas mesas de votos, coisa que acedeu. Esse pedido já foi feito, já foi respondido e o assunto está encerrado”, enfatizou.

Mortágua rejeitou ainda que a ação do BE tenha decorrido da denúncia do presidente do Chega porque, segundo a líder bloquista, quando André Ventura prestou as suas declarações na véspera, “já o pedido de dispensa tinha sido feito”.

Tavares pede “sangue frio” na campanha e avisa para consequências do discurso de ódio

O porta-voz do Livre Rui Tavares pediu esta segunda-feira “sangue frio” na reta final da campanha para as legislativas e avisou que o discurso de ódio feito por alguns “aprendizes de feiticeiro” da extrema-direita tem consequências reais.

“Há momentos de tensão, houve ontem um momento de tensão em Guimarães que poderia ter tido aqueles efeitos que não desejamos, consequências de acidentes físicos, de lesões. É uma eleição decisiva, mas toda a gente tem que manter desde logo o sangue frio”, apelou Rui Tavares, numa referência ao incidente na campanha do PS, no domingo, no qual um homem atirou um vaso de uma varanda contra o desfile socialista.

O dirigente falava aos jornalistas à margem de uma visita à cooperativa Artesanal Pesca, em Sesimbra, distrito de Setúbal, acompanhado pelo cabeça-de-lista, Paulo Muacho, círculo pelo qual o Livre almeja eleger e onde passará o nono dia de campanha.

Rui Tavares foi também questionado sobre um elemento do BE que disse nas redes sociais que se preparava para anular votos do Chega e da Aliança Democrática, o que foi condenado pelo partido e qualificado de “piada de mau gosto”.

O cabeça-de-lista por Lisboa do Livre defendeu que se aproveite “o sentido de humor para coisas que não gerem mal entendidos e que não possam dar a entender que de alguma forma aquilo que é sacrossanto nas eleições, a fidedignidade dos votos, esteja em causa”.

Tavares pediu “uma grande dose de sentido cívico e de responsabilidade” na utilização das redes sociais, nomeadamente por parte de políticos, realçando que, em época de campanha eleitoral, “em que tudo é facilmente polarizado, todos somos de uma maneira ou de outra políticos

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Designer ribatejano reabilita em Lisboa e faz móveis no Norte

Miguel Raposo mudou-se para Lisboa para estudar Belas Artes e acabou por ficar na capital. Soma uma carreira de três décadas e orgulha-se de criar peças de mobiliário com recurso a artesãos locais.

Nascido no Ribatejo, Miguel Raposo, de 59 anos é um apaixonado pelo design desde criança. Formado em Design de Equipamento pela Escola Superior de Belas Artes em Lisboa, acabou por ficar pela capital depois do curso, somando mais de três décadas de carreira nas áreas do design de interiores e da arquitetura.

Antes de lançar a sua própria coleção, dedicou-se a projetos de arquitetura e reabilitação, que ainda hoje mantém. Em 2008 começou a trabalhar por conta própria e abriu o ateliê Miguel Raposo & Pura Habilidade, em Lisboa, com o intuito de conjugar projetos de reabilitação e de design de interiores.

A coleção de mobiliário de interiores é desenhada e fabricada totalmente em Portugal, sobretudo com recurso a artesãos do Norte do país. As matérias-primas — madeira, metal e pedras — são também maioritariamente portuguesas.

Miguel Raposo afirma que “não gosta de seguir tendências porque se esgotam no tempo e no espaço”, apostando antes num design de mobiliário intemporal. Fã do design nórdico dos anos 50, 60 e 70 do século passado, do italiano e do japonês, conta que a inspiração surge através de uma viagem, de uma fotografia que capta, de um filme ou, simplesmente, de uma paisagem.

Transforma edifício na Junqueira

No final de 2022 escreve um novo capítulo, com a aposta no showroom da Miguel Raposo Interiors Collection. Resultou da adaptação de um edifício de três andares na Rua da Junqueira, que foi transformado para simular uma casa lisboeta onde são recriados os vários ambientes com peças do artista. A empresa emprega diretamente seis pessoas.

“É um edifício do século XIX que foi requalificado e transformado em quatro apartamentos. Mas após o término dos contratos de arrendamento, decidimos ocupar o edifício e adaptá-lo para esta mostra. Nestes três andares, a par com o ateliê e escritórios, temos as várias divisões que acabam por recriar um típica casa lisboeta”, conta ao ECO/Local Online. É uma “forma de inovar a forma como a coleção é apresentada, exatamente para que os clientes possam ver como as peças funcionam em contexto real”, acrescenta.

É um edifício do século XIX que foi requalificado e transformado em quatro apartamentos. Mas após o término dos contratos de arrendamento, decidimos ocupar o edifício e adaptá-lo para esta mostra.

Miguel Raposo

O designer de interiores realça que as “peças podem ser personalizadas de acordo com as necessidades e dimensões que o cliente necessita. “Acaba por ser uma peça personalizada para cada cliente”, detalha. O público-alvo são clientes de classe média-alta, entre os 50 e os 60 anos, essencialmente portugueses e brasileiros.

Fá dos filmes de James Bond, Miguel Raposo criou a secretária James, que custa cerca de 2.600 euros. “Não me refiro aos filmes de James Bond não só pela qualidade da ação, mas também pelo grande pormenor dos detalhes do interior e do design. Todos os filmes têm essa preocupação o que torna os filmes fascinantes”, argumenta.

Uma das peças destacadas no showroom da Miguel Raposo Interiors Collection é uma mesa de mármore preta e branca com 2,40 metros, que custa seis mil euros. Outra é a secretária George, no valor de 3.800 euros. O Banco Bakuba é uma das peças favoritas do artista, com o preço a rondar os 2.800 euros.

Miguel Raposo está ainda responsável pela reabilitação um pequeno hotel localizado na zona histórica de Lisboa e pelo design de interiores. O projeto já arrancou em 2023 e fica concluído ainda este ano. “É um edifício com características de arquitetura pombalina, com azulejos da época e com elementos decorativos particulares dessa época”, adianta, sem pormenorizar.

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