Zara prepara-se para reabrir 50 lojas na Ucrânia

Dois anos após o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, num país devastado pela guerra, a Zara decidiu reabrir 50 das mais de 80 lojas que teve de encerrar no país.

Inditex vai reabrir meia centena de lojas encerradas em 2022 na UcrâniaEPA/YURI KOCHETKOV

O grupo espanhol Inditex decidiu reabrir 50 das mais de 80 lojas de vestuário Zara que teve de encerrar na Ucrânia há dois anos, quando o país foi invadido pela Rússia, noticia o Financial Times.

A reabertura das lojas será gradual, a começar por 20 lojas, incluindo três outlets da Zara em centros comerciais em Kiev, na capital. Meia centena de estabelecimentos serão reabertos no país no total, segundo o FT.

A empresa já está a informar os senhorios de que vai reabrir os estabelecimentos no início de abril, apurou o jornal britânico. As 34 lojas que permanecerão encerradas situam-se em regiões diretamente afetadas pela guerra, onde as autoridades ucranianas proibiram a atividade comercial.

A Zara foi uma das marcas ocidentais que tiveram de cessar operações na Ucrânia em 2022, quando eclodiu a guerra no país. Entre elas esteve também a principal rival da Zara, a H&M.

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Ministério da Saúde projeta excesso de médicos de família a partir de 2026

  • ECO
  • 1 Março 2024

O pico de aposentações vai registar-se em 2024, mas, depois de 2025, a situação começará a equilibrar-se. A partir de 2026, o atual Governo prevê excesso de médicos de família, segundo projeções.

As projeções do Ministério da Saúde até 2030 apontam para que Portugal tenha excesso de médicos de família a partir de 2026, avança o Público. O pico de aposentações vai registar-se em 2024, mas, depois de 2025, a situação começará a equilibrar-se, espera o atual Governo. Isto porque os médicos de família aposentados serão substituídos por jovens especialistas.

Só em 2023 reformaram-se 423 médicos de família, um máximo desde 2018. Ainda assim, foram apenas metade do total dos médicos em condições de se aposentar, cerca de 863. Isto porque há muitos especialistas em medicina geral e familiar que optam por ficar no Serviço Nacional de Saúde (SNS) até aos 70 anos, idade limite, por regra, para se trabalhar na Função Pública.

O Ministério da Saúde antevê, assim, que o ano de 2024 será o último ano de maiores dificuldades, com mais duas centenas de reformas previstas em 2025. A partir de 2026, o problema da falta de médicos de família esteja resolvido. Para além da diminuição das aposentações, também a atualização do Registo Nacional de Utente, que ainda está em curso, e a generalização das unidades de saúde familiar (USF) tipo B, contribuem para o combate à carência de médicos de família.

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“Ainda há esperança” que lei europeia do trabalho nas plataformas fique fechada antes das eleições

Desde 2021 que o bloco comunitário está a negociar a diretiva sobre o trabalho nas plataformas digitais. Acordo até já foi anunciado, mas há países a bloqueá-lo. Eleições pressionam trabalhos.

As negociações já se arrastam há vários anos, mas a regulação comunitária do trabalho nas plataformas digitais continua por fechar. O Parlamento Europeu e o Conselho da União Europeia (UE) até anunciaram no início de fevereiro um acordo provisório, mas há países que estão a bloquear um entendimento.

Mesmo com as eleições a aproximarem-se, os eurodeputados portugueses ouvidos pelo ECO acreditam que será possível fechar os trabalhos ainda neste mandato. Já a lei portuguesa deverá sofrer apenas alterações cirúrgicas, face à nova diretiva, antecipam os parlamentares.

“Há alguns Estados que parecem ter cedido aos interesses que as plataformas manifestaram“. É assim que João Albuquerque, eurodeputado e membro da Comissão de Emprego e Assuntos Sociais, vê o impasse que se tem vivido em Bruxelas em torno da regulação do trabalho nas plataformas digitais.

Em dezembro, ao fim de sete rondas negociais, o Parlamento Europeu e o Conselho da UE anunciaram um acordo na diretiva que visa melhorar as condições laborais dos estafetas das plataformas digitais. Mas, na reunião onde seria finalizado o documento, não foi possível chegar a consenso na redação final e o diploma acabou por não ser submetido a votação formal.

O dossier transitou, assim, para a presidência belga, e no início de fevereiro voltou a ser anunciado que tinha sido atingido um acordo provisório. O documento não tardou, porém, a encontrar quatro opositores de peso: França, Alemanha, Estónia e Grécia.

É a esses países que João Albuquerque se refere, realçando que num deles, a Estónia, fica localizada a sede da Bolt. João Albuquerque lembra, por outro lado, que a investigação jornalística que ficou conhecida como Uber Files revelou “a proximidade” do presidente francês, Emmanuel Macron, à Uber.

Essa investigação conclui que o chefe de Estado terá facilitado a instalação dessa gigante em França. Aliás, Emmanuel Macron chegou a defender a sua atuação: “fiz com que empresas viessem [para França], ajudei os empreendedores franceses, ajudei sobretudo os jovens que não tinham empregos, que vinham de bairros difíceis e que não tinham oportunidades, a encontrar um emprego pela primeira vez na sua vida”.

Com a oposição desses Estados-membros, a regulação está num impasse, numa altura em que se aproxima a passos largos o fim do atual mandato. As eleições europeias estão marcadas para junho, mas João Albuquerque sublinha que “ainda há esperança” que se chegue a um consenso antes da ida às urnas. Na próxima semana, haverá uma nova reunião do Conselho da UE, na qual espera “que se possa ultrapassar o bloqueio”, indica.

Também o eurodeputado José Gusmão, que é membro suplente da Comissão de Emprego e Assuntos Sociais, admite que ainda poderá haver tempo para fechar o trabalho, mas atira: “É uma janela que se está a fechar“.

O parlamentar avisa, além disso, que pior do que ter uma diretiva que tenha de ser terminada no próximo mandato, será ter um diploma que não regula, na prática, nada, isto é, que esteja esvaziado. “Não sei se, porventura, o objetivo será os Estados-membros esvaziarem a diretiva, aproveitando o final do mandato para que a versão que seja aprovada seja mais fraca“, salienta José Gusmão, que considera que “é um procedimento comum” usar o final do mandato como uma fonte de pressão.

De notar que ambos os eurodeputados asseguram que, mesmo que os trabalhos não sejam finalizados até junho, a diretiva não voltará à estaca zero. “Continuaremos a fazer todos os esforços”, assinala João Albuquerque. “Não tem de regressar ao início. Mas a composição das instituições poderá alterar-se. Há por isso sempre uma tentativa de fechar o máximo de [dossiers] antes do final do mandato”, sublinha José Gusmão.

Portugal antecipa-se

Elementos da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) durante uma ação a trabalhadores das plataformas do setor alimentar, em Lisboa, 28 de junho de 2023ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

A diretiva que está a ser negociada em Bruxelas desde 2021 é “muito próxima” do que está em vigor em Portugal desde maio de 2023, ou seja, prevê-se a criação de um novo mecanismo de presunção de laboralidade, sustentado em vários critérios (como a supervisão do desempenho do estafeta), e que abre a porta a que os estafetas sejam considerados trabalhadores por conta de outrem das plataformas digitais.

Em Portugal, a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) até já desencadeou mil ações de reconhecimento de estafetas no âmbito desta lei. E, perante a recusa das plataformas, esses processos já estão nos tribunais.

As plataformas chegaram a defender que a lei portuguesa ficaria “obsoleta muito em breve” face à diretiva comunitária, mas os eurodeputados salientam que, com base no que está a ser atualmente trabalhado, não se antecipam grandes alterações à legislação portuguesa.

“Poderá haver a necessidade de fazer algumas mudanças, mas estou convicto que o texto final será semelhante à legislação portuguesa. A haver, serão alterações cirúrgicas”, entende João Albuquerque, que alerta que este assunto não tem de ser “um bicho-papão”, já que não há uma reclassificação automática dos estafetas.

“Não excluo que possa haver alguns ajustamentos, mas não será muito determinante para a lei portuguesa“, concorda José Gusmão, que atira que, em Portugal, “o necessário agora é que os tribunais façam o seu trabalho“.

Para esta segunda-feira, dia 4 de março, está, de resto, marcada a primeira audiência no julgamento de uma das ações que os estafetas (por iniciativa própria, e não da ACT) puseram contra a Glovo. Acontecerá no Porto, pelas 13h30.

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Fraude ao IVA com mais de 800 milhões de euros de danos estimados em Portugal

  • Lusa
  • 1 Março 2024

Portugal abriu 26 investigações junto da Procuradoria Europeia em 2023, elevando para 43 o total de investigações ativas, que representam um prejuízo estimado de 928,6 milhões de euros.

Portugal abriu 26 investigações junto da Procuradoria Europeia em 2023, elevando para 43 o total de investigações ativas, que representam um prejuízo estimado de 928,6 milhões de euros, sendo a fraude ao IVA responsável pela quase totalidade deste montante.

De acordo com os dados do relatório anual de atividades da Procuradoria Europeia (EPPO, na sigla inglesa), divulgados esta sexta-feira, as 26 investigações abertas em 2023 representam um prejuízo estimado ao orçamento comunitário de 186,6 milhões de euros.

Das 43 investigações ativas, 15 dizem respeito a fraude ao IVA e estima-se que o prejuízo decorrente seja de 848,5 milhões de euros.

Em 2023, Portugal conseguiu por ordem judicial o congelamento de bens no valor de 12,3 milhões de euros.

O país tem uma acusação produzida no ano passado, no âmbito da denominada Operação Admiral, que acusou 27 arguidos — 12 pessoas e 15 empresas — por crimes de associação criminosa, corrupção, fraude fiscal e branqueamento e na qual, para os atos praticados apenas em Portugal, se estima uma fraude fiscal de cerca de 80 milhões de euros através de uma cadeia de empresas que fugia ao pagamento do IVA, com “o uso de faturas falsas e declarações fiscais fraudulentas”, segundo adiantou a EPPO em comunicado, em dezembro.

Portugal não tem ainda qualquer caso concluído e apenas o processo da Operação Admiral se encontra em fase de julgamento.

Em 2023 Portugal recebeu 41 queixas e denúncias, maioritariamente de autoridades nacionais.

Apesar de representar a quase totalidade de prejuízos estimados nas investigações ativas, a fraude ao IVA representa apenas 31% dos crimes em investigação pelos procuradores europeus nacionais na EPPO, com o branqueamento de capitais a representar 21% dos crimes em investigação e a fraude na obtenção de subsídios 13% dos crimes.

Os fundos comunitários para agricultura e desenvolvimento rural, para desenvolvimento urbano e regional e o programa de recuperação e resiliência são os programas de financiamento europeu com mais casos em investigação pelos procuradores nacionais.

A EPPO tem atualmente 22 Estados-membros (Portugal, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, República Checa, Alemanha, Estónia, Espanha, França, Finlândia, Grécia, Itália, Lituânia, Luxemburgo, Letónia, Malta, Países Baixos, Roménia, Eslovénia e Eslováquia) e tem como procurador europeu português o magistrado do Ministério Público José Ranito.

O organismo, que funciona como um Ministério Público independente e altamente especializado, entrou em atividade a 01 de junho de 2021 e tem competência para investigar, instaurar ações penais, deduzir acusação e sustentá-la na instrução e no julgamento contra os autores das infrações penais lesivas dos interesses financeiros da União (por exemplo, fraude, corrupção ou fraude transfronteiriça ao IVA superior a 10 milhões de euros).

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Perspetivas para as telecomunicações

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  • 1 Março 2024

O setor das telecomunicações está a passar por uma transformação radical, impulsionada por desafios e oportunidades.

Num mundo onde a conectividade já é considerada uma necessidade básica, as operadoras tradicionais enfrentam um grande desafio: manter o status quo ou abraçar a transformação? A única certeza é que o que manteve o setor no caminho dos diversos sucessos dos últimos 25 anos – 2G, 3G, 5G, redes fixas de nova geração, etc –, não será suficiente para garantir a sobrevivência dos próximos cinco anos.

No estudo “From telco to techco: Towards tomorrow’s telecom”, realizado pela KPMG no contexto do Mobile World Congress 2024, realizado em Barcelona, apresentámos e discutimos as principais visões de futuro para o setor das telecomunicações.

O desafio das telecomunicações tradicionais

As receitas de serviços de telecomunicações no lado de negócios para consumidores (B2C) estagnaram, crescendo apenas 1,6% em 2022, em resultado da comoditização das ofertas, das margens reduzidas e do aumento da concorrência, enquanto o segmento de negócios para empresas (B2B) oferece novas oportunidades, com um crescimento de 5,6% em 2022, à medida que as organizações se digitalizam. Deste modo, a expansão para além dos serviços tradicionais tornou-se imperativa.

O caminho de Telco para Techco

A transição de empresa de telecomunicações (“Telco”) para empresa tecnológica (“Techco”) não é apenas uma escolha estratégica, mas um imperativo para o futuro. Os líderes do setor estão a perceber que a inovação é a chave para o crescimento, dois terços dos líderes e responsáveis pela transformação digital nas operadoras estão focados em priorizar a inovação, uma clara vantagem em relação aos 46% daqueles que não lideram esta transformação. Este caminho requer uma abordagem conectada e estratégica e, a priorizar a integração de tecnologias emergentes, uma adaptação às mudanças do mercado e uma antecipação das necessidades futuras do consumidor, pois são fundamentais para esta mudança.

Diogo Eloi de Sousa, Partner de Advisory da KPMG Portugal

Desafios e oportunidades

Os desafios incluem o aumento dos custos, legados tecnológicos e modelos de negócios rígidos. No entanto, as oportunidades são significativas. Ao superar as barreiras de infraestrutura e da tecnologia, as operadoras podem diversificar os seus serviços. A mudança para modelos “Techco” envolve a criação de valor para os clientes, arquiteturas cloud modulares e híbridas, desenvolvimento contínuo de serviços digitais e automação avançada.

Consideramos que existem três arquétipos fundamentais: Service Techcos, Network Techcos e Dominant Techcos. As Service Techcos focam-se na entrega de soluções inovadoras aos clientes, enquanto as Network Techcos priorizam redes baseadas em cloud e plataformas de comercialização de APIs. As Dominant Techcos combinam ambas as abordagens, liderando a inovação e definindo tendências de mercado.

Na transição para o modelo “techco” é inevitável para as operadoras que procuram prosperar, a evolução para um modelo específico que irá considerar características dos três arquétipos estabelecendo a visão e posicionamento estratégico da organização para o futuro além da conetividade. Ao adotar inovações, poderão superar o legado dos sistemas tecnológicos de suporte ao negócio e abraçar a transformação digital. Assim poderão não apenas enfrentar os desafios, mas também liderar a próxima era de serviços conectados e de experiências do consumidor.

Não haverá grandes dúvidas que a competição para a transformação será intensa. Mas também não há dúvidas que parte relevante da solução será o modelo de colaboração, partilha e abertura dos diferentes players, e os recentes anúncios de parceria entre operadores que até há bem pouco tempo eram ferozes adversários são evidência disso mesmo.

Nem todas as empresas poderão estar preparadas e ter disponível o capital, os recursos internos ou o reconhecimento de marca que as gigantes do setor tecnológico têm atualmente – os hyperscalers. No entanto, ainda há muito espaço para as empresas de telecomunicações competirem em segmentos especializados e geradores de valor, tanto através da evolução orgânica como de oportunidades de consolidação. É assim crucial que as empresas de telecomunicações não só se adaptem ao futuro, como também sejam um agente da mudança no setor tecnológico. A transição de Telco para Techco será o catalisador para uma era emocionante de serviços conectados e experiências inovadoras do consumidor.

Os pontos de vista e opiniões aqui expressos são os meus e não representam nem refletem necessariamente os pontos de vista e opiniões da KPMG em Portugal.

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Modelos de negócio das telecomunicações do futuro

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  • 1 Março 2024

Em entrevista, Diogo Eloi de Sousa, Partner Advisory da KPMG Portugal, aborda modelos de negócio das telecomunicações do futuro.

O estudo “The Future of telco”, realizado pela KPMG, descreve alguns modelos de negócio das telecomunicações do futuro? Quais são eles?

No estudo “The Future of telco” são apontados quatro “imperativos estratégicos” para as empresas de telecomunicações. Um desses imperativos é “dar o salto de empresa de telecomunicações para empresa tecnológica”, e este imperativo foi aprofundado no mais recente estudo da KPMG, “From telco to techco: Towards tomorrow’s telecom“. Este estudo foi apresentado e discutido com clientes no decorrer do Mobile World Congress, realizado em Barcelona no mês de fevereiro de 2024, onde são identificados três modelos de negócio emergentes para as empresas de telecomunicações do futuro:

Dominant Techcos (Empresas Tecnológicas Dominantes): Este modelo de negócio destaca-se pela liderança em inovação tecnológica, centrado no cliente e também ao nível da infraestrutura de rede e das operações. As organizações que adotam esta abordagem procuram integrar simultaneamente o investimento no desenvolvimento e na entrega de excelência de serviços inovadores aos consumidores, assim como o investimento em serviços e infraestrutura, de modo a posicionarem-se como líderes no desenvolvimento tecnológico, procurando uma constante na inovação disruptiva.

Service Techcos (Empresas de Tecnologia de Serviço): Este modelo de negócio é focado na criação e entrega de serviços inovadores centralizados no cliente. As organizações que adotam esse modelo procuram a diferenciação através da entrega de excelência em experiência do consumidor, oferecendo soluções personalizadas às necessidades individuais.

Network Techcos (Empresas de Tecnologia de Rede): Este modelo de negócio está centrado no investimento na infraestrutura de rede e na eficiência operacional. As organizações que adotam este modelo procuram otimização na gestão de redes, através da utilização de tecnologias avançadas de última geração, tais como, automação e inteligência artificial, com o principal foco em melhorar a eficiência e a fiabilidade da infraestrutura.

Em que se basearam para chegar a estes três modelos de negócio?

Só com um conhecimento extenso destes três modelos de negócio é que a KPMG pode ser um parceiro importante na transformação deste setor.
Deste modo, em resultado do conhecimento que a KPMG tem do setor de telecomunicações e da experiência acumulada dos múltiplos projetos desenvolvidos a nível nacional e internacional, complementado com o research realizado em fontes de referências, como a associação global da indústria para prestadores de serviços e fornecedores na indústria de telecomunicações (TM Forum) e a organização global das operadoras de telecomunicações (GSMA), projetamos que estes serão os modelos de negócio, num futuro próximo, para o setor de telecomunicações.

Pode indicar a que tipo de estrutura organizacional cada um deles corresponde melhor?

Quanto à estrutura organizacional de cada modelo de negócio, antecipamos que as seguintes configurações deverão estar presentes ou ser desenvolvidas:

Dominant Techcos: Uma estrutura que incorpora elementos dos Service Techcos irá adotar os princípios orientados para o serviço dos Service Techcos, como os dos Network Techcos e as redes e as infraestruturas fundamentais para uma conectividade robusta e eficiente, através de uma abordagem flexível e dinâmica que se destaca pela integração sinérgica destes serviços especializados.

Service Techcos: Uma estrutura organizacional fortemente centrada no cliente, sobressaindo-se pela excelência na experiência do consumidor e onde se destaca o investimento em departamentos de atendimento ao cliente, marketing e de pesquisa de novas tendências no mercado e melhores práticas.

Network Techcos: Uma estrutura organizacional mais técnica e orientada para operações, com principal foco no desenvolvimento de departamentos de engenharia, de operações de rede e de tecnologia da informação.

Há vários sinais de mudança mencionados no estudo que justificam a necessidade de se evoluir para outros modelos de negócio. Entre eles está o aumento das expectativas dos clientes, que querem um serviço melhor e mais flexível, bem como soluções mais sofisticadas e rápidas. Quais os passos a dar para conseguir oferecer isto?

No âmbito do estudo em questão, foram identificadas as principais dimensões dos passos necessários a serem desenvolvidos para o aumento das expetativas dos clientes:

Avaliar as suas capacidades atuais: Identificar pontos fortes que possam ser aproveitados e lacunas que precisam de ser abordadas para preparar a transformação.

Decidir onde atuar no mundo da tecnologia: Criar uma identidade distinta que responda às exigências do mercado em transformação e à sua proposta de valor única.

Considerar os principais fluxos de valor: Compreender o que vai trazer valor para o negócio, clientes e partes interessadas.

Identificar as principais capacidades necessárias para lá chegar: Criar um plano estratégico para impulsionar as capacidades necessárias para oferecer novos fluxos de valor.

Definir a estratégia para a jornada de transformação: Priorizar o design e a construção dos fluxos de valor da transformação e determinar o equilíbrio certo entre a operação normal do negócio e as iniciativas em curso.

Ir além da tecnologia: Fomentar uma cultura que integre talento, conformidade e governança, para incutir agilidade e inovação no ADN corporativo.

Aproveitar as parcerias, co-desenvolvimento e apoio de parceiros externos: Criar um ecossistema de parceiros que possa ajudar a catapultar a inovação, impulsionar o crescimento e facilitar a penetração no mercado.

Uma possível recessão mundial é apontada no estudo como um fator que pode contribuir para o abrandamento da implementação do 5G e, consequentemente, para um aumento da vantagem para a concorrência. Mas há forma de contornar esta possibilidade?

Uma possível recessão mundial é sempre vista como um fator que pode desacelerar o investimento. Deste modo, de forma a contornar esta possibilidade, os operadores de telecomunicações devem procurar manter uma forte disciplina de eficiência operacional em conjunto com um modelo de colaboração e de parcerias flexíveis. Desta forma mantém-se uma lógica de alinhamento direto entre os custos de investimento em infraestrutura e a oferta de serviços inovadores e diversificados que vai de encontro à procura de mercado, mesmo em períodos económicos desafiadores.

A tecnologia é um ponto comum em todos os fatores apontados no estudo como “imperativos estratégicos” para as empresas de telecomunicações. Os fatores mencionados são “duplicar a rede”, “foco na front-end”, “melhorar os serviços geridos” e “dar o salto de empresa de telecomunicações para empresa tecnológica”. Como é que isto se faz e se cumpre?

No recente estudo que a KPMG desenvolveu, “From telco to techco: Towards tomorrow’s telecom”, são identificadas as seguintes ações que as operadoras de telecomunicações podem desenvolver para dar o salto de empresa de telecomunicações para empresa tecnológica:

Centrar na experiência por design: Priorizar a experiência do cliente permite às empresas criar interações intuitivas e envolventes com os clientes. Inclui o design de serviços que não sejam apenas funcionais, mas também emocionalmente memoráveis.

Produtos e serviços inovadores: As empresas devem investir em pesquisa e desenvolvimento para oferecer soluções que satisfaçam as exigências em constante evolução dos clientes, tais como conteúdo personalizado, dispositivos domésticos inteligentes e ecossistemas digitais integrados.

Interações e comércio sem falhas: O foco aqui está em criar uma jornada de cliente unificada em todos os canais digitais e físicos, através do aproveitamento de tecnologias como CRM e plataformas de comércio eletrónico para lidar com interações complexas com os clientes sem atritos.

Força de trabalho alinhada e capacitada: As empresas necessitam de uma força de trabalho capaz de impulsionar e apoiar a inovação. Isto significa investir em programas de formação alinhados com as necessidades de competências futuras e com a criação de uma cultura que abrace a mudança e a inovação.

Estratégias e ações orientadas por insights: Aproveitar o big data e a análise avançada permite às empresas tomar decisões informadas que respondem às expetativas dos clientes e criam uma base para estratégias adaptáveis de marketing e oferta de serviços dinâmica.

Ecossistema integrado de parceiros e alianças: Criar um ecossistema de parceiros, incluindo fabricantes de equipamentos, developers de software e fornecedores de serviços, permite às empresas aceder a inovações tecnológicas através dos ativos e especialidades de cada parceiro.

Operações e logística responsivas: A capacidade de responder rapidamente a alterações na procura, atualizações tecnológicas e possíveis interrupções do sistema é crucial para os operadores. Isto inclui ter uma rede logística ágil e um sistema de gestão de inventário que possa adaptar-se às necessidades dinâmicas de implementação e manutenção de rede.

Arquitetura tecnológica digitalmente habilitada: Para os operadores, uma arquitetura digitalmente habilitada significa ser capaz de suportar tecnologias emergentes como 5G, cloud computing e edge computing, com uma rede flexível e escalável que possa suportar as crescentes exigências de dados e exigências complexas dos consumidores e empresas modernas.

Diogo Eloi de Sousa
Diogo Eloi de Sousa, Partner de Advisory da KPMG Portugal

Como encara o futuro das telecomunicações?

Quanto ao futuro das telecomunicações, a transição para modelos de negócios mais tecnológicos é inevitável. Acreditamos que as operadoras têm de se tornar cada vez mais conectadas ao ecossistema que as envolve, as suas organizações, clientes e partes interessadas. Devem ser ágeis e robustas o suficiente para desenvolver serviços inovadores de forma a captarem segmentos de mercado específicos. Além disso, é crucial adotar uma abordagem para a transformação digital centrada no cliente, conectando front, middle e back office. O foco na inovação e na adaptação contínua como resposta às necessidades do cliente são essenciais para o sucesso a longo prazo no setor de telecomunicações.

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Hoje nas notícias: Eletricidade, médicos de família e raspadinhas

  • ECO
  • 1 Março 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O preço médio da eletricidade em fevereiro foi o mais baixo dos últimos três anos. O Ministério da Saúde projeta que a partir de 2026 haverá um excesso de médicos de família. Estas e outras notícias estão em destaque nos jornais nacionais esta sexta-feira.

Eletricidade teve em fevereiro o mês mais barato dos últimos três anos

Em fevereiro, o preço médio grossista da eletricidade no mercado ibérico (Mibel) foi de 39,8 euros por MWh (megawatt-hora), menos do que os 74 euros de janeiro. Foi o mês em que a eletricidade foi mais barata nos últimos três anos, tanto em Espanha como em Portugal. A queda do preço em fevereiro está ligada à maior produção eólica na Península Ibérica. Dados da REN revelam que, até 27 de fevereiro, Portugal registava uma produção eólica 14% superior à dos 31 dias de janeiro.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

A partir de 2026 haverá excesso de médicos de família

As projeções do Ministério da Saúde apontam para que Portugal tenha excesso de médicos de família a partir de 2026. O pico de aposentações vai registar-se em 2024, mas, depois de 2025, a situação começará a equilibrar-se, espera o atual Governo. Isto porque os médicos de família aposentados serão substituídos por jovens especialistas. Só em 2023 reformaram-se 423 médicos de família, um máximo desde 2018.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Portugueses apostaram quase 8,6 milhões por dia nos jogos da Santa Casa em 2023

Em 2023, os portugueses apostaram 3.136 milhões de euros nos jogos sociais geridos pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML). Ou seja, gastaram, em média, 8,6 milhões de euros por dia. Este valor representa um subida de mais de 72 milhões face a 2022. Entre os jogos favoritos dos portugueses está a Raspadinha, com um volume de vendas de 1.836 milhões, mais 122 milhões que em 2022. Euromilhões e Placard também são dos mais populares, mas estão em queda desde 2021.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Grandes obras contratadas disparam 130% com PRR

As grandes obras públicas – acima de dez milhões de euros – contratadas em Portugal ultrapassaram os 1,5 mil milhões de euros no ano passado. Este valor representa um aumento de mais de 130% em comparação com os 660 milhões de 2022. Dados do portal Base revelam que só as três empreitadas para a expansão das redes dos metros de Lisboa e Porto, financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), significaram mais de 770 milhões, metade do valor total dos 42 contratos celebrados para obras de grande dimensão.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Swissport e Aviapartner na shortlist para comprar a Portway

A venda da Portway, empresa de handling da ANA – Aeroportos de Portugal, já está na fase final, com duas propostas em cima da mesa. Na shortlist dos compradores está a Swisspor, que tem como acionista a Strategic Value Partners, assim como a Aviapartner, um dos principais fornecedores independentes de serviços de assistência. Os dois candidatos já entregaram as propostas vinculativas e, segundo revelou a Mergermarket, a Vinci, dona da ANA, tem de vender este negócio por razões regulamentares. O valor da operação não é conhecido.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

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Resgate antecipado de PPR limitado à entrada em vigor das medidas

  • Lusa
  • 1 Março 2024

O resgate antecipado de PPR está limitado aos valores aplicados nestes produtos até à entrada em vigor das medidas que permitem a utilização deste dinheiro sem penalização fiscal.

O resgate antecipado de planos poupança-reforma (PPR) está limitado aos valores aplicados nestes produtos até à entrada em vigor das medidas que permitem a utilização deste dinheiro sem penalização fiscal.

Esta clarificação consta de um ofício circulado da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), agora divulgado no Portal das Finanças, que tem por base um despacho do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, visando dissipar dúvidas sobre a aplicação prática do regime excecional de reembolso dos planos de poupança-reforma (PPR), planos de poupança-educação (PPE) e planos de poupança reforma-educação (PPR/E).

Na origem destas dúvidas está o facto de o regime ter sido alvo de várias alterações, que entraram em vigor em momentos diferentes, com a AT a sublinhar que o resgate daqueles planos-poupança, “a coberto das situações previstas na lei, só pode beneficiar do regime excecional de não penalização fiscal, se corresponder a valores subscritos/entregas realizadas até à respetiva entrada em vigor dos diplomas”.

Desta forma, no caso da medida que em outubro de 2022 veio permitir resgate de planos de poupança (nas versões PPR, PPE e PPR/E) sem penalização até ao limite mensal do Indexante de Apoios Sociais (IAS), de forma a reforçar a liquidez das famílias num contexto de elevada inflação, o fisco sublinha que “só pode beneficiar do regime excecional o resgate de entregas efetuadas até à data da entrada em vigor desta lei, ou seja, até 20 de outubro de 2022”.

Em dezembro daquele ano a medida foi alargada, passando a permitir também o reembolso parcial ou total do valor daqueles planos de poupança para pagamento de prestações de créditos para compra ou construção de habitação própria e permanente, com o fisco a esclarecer que, neste caso, “só pode beneficiar do regime excecional o resgate de entregas efetuadas até 31 de dezembro de 2022”, uma vez que a lei do Orçamento do Estado para 2023 (que repetia a medida) apenas entrou em vigor no dia 01 de janeiro.

Por outro lado, em maio de 2023 nova alteração à lei veio permitir o resgate de planos-poupança ao limite mensal de um Indexante de Apoios Sociais (IAS) para efeitos de reembolso antecipado dos contratos de crédito, até ao limite anual de 12 IAS.

Neste caso, e como o diploma em causa entrou em vigor 30 dias após a publicação (que ocorreu a 28 de junho), “só pode beneficiar do regime excecional o resgate de entregas efetuadas” até 27 de junho de 2023.

Ao abrigo deste regime excecional de resgate é dispensada a obrigação de permanência mínima de cinco anos para mobilização sem a penalização fiscal que habitualmente lhe está associada (como a devolução do benefício fiscal em sede de IRS).

O OE2024 prorrogou este regime pelo ano de 2024 e duplicou o valor anual possível (24 IAS), pelo que não tem efeitos nas datas relevantes das entregas.

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Nove hospitais da Quirónsalud estão no ‘top 50’ dos melhores em Espanha, segundo a ‘Newsweek’

  • Servimedia
  • 1 Março 2024

A revista 'Newsweek' publicou a última edição do seu ranking 'World's Best Hospitals 2024', destacando 10 hospitais da Quirónsalud entre os melhores em Espanha, sendo nove deles no 'top 50'.

Por um lado, o Hospital Universitário Fundación Jiménez Díaz continua a ser, mais um ano, um dos 13 centros espanhóis incluídos na classificação geral dos 250 melhores hospitais do mundo. Além disso, o relatório inclui uma classificação específica dos melhores centros por país.

No caso de Espanha, a classificação dos 100 melhores hospitais do país inclui um total de 10 centros da rede assistencial da Quirónsalud: Hospital Universitário Fundación Jiménez Díaz (11º), Ruber Internacional (16º), Centro Médico Teknon (17º), Hospital Quirónsalud Barcelona (18º), Hospital Universitário Quirónsalud Madrid (25º), Hospital Universitari Dexeus (27º), Hospital Quirónsalud Málaga (33º), Hospital Universitari Sagrat Cor (37º), Hospital Quirónsalud Sagrado Corazón (47º) e Hospital Universitario Rey Juan Carlos (60º).

Esta publicação destaca que poucas coisas são mais importantes do que escolher o melhor hospital para cuidar da saúde, e baseia os seus resultados em pesquisas realizadas com mais de 85.000 médicos e dados de pesquisas de satisfação de pacientes. A classificação também levou em consideração outras métricas relacionadas à higiene e à relação médico-paciente, bem como uma pesquisa da Statista sobre diferentes indicadores de saúde.

Da mesma forma, nesta edição a revista ‘Newsweek’ inclui, pelo segundo ano consecutivo, uma classificação dos melhores hospitais da Colômbia, que inclui três dos centros que fazem parte da rede assistencial da Quirónsalud neste país da América Latina: Clínica Imbanaco (7º), Clínica Medellín (18º) e Clínica del Prado (34º).

Desde a sua fundação em 1933, a revista ‘Newsweek’ tem informado sobre avanços na medicina, ciência e promoção da saúde. Na edição de 2023, ela incluiu mais de 2.200 instituições de saúde de um total de 28 países: Estados Unidos, Alemanha, Japão, Coreia do Sul, França, Itália, Reino Unido, Espanha, Brasil, Canadá, Índia, Austrália, México, Países Baixos, Áustria, Tailândia, Suíça, Suécia, Bélgica, Finlândia, Noruega, Dinamarca, Israel, Singapura, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Colômbia e Taiwan.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 1 de março

  • ECO
  • 1 Março 2024

Ao longo desta sexta-feira, 1 de março, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Opium Barcelona consolida a sua posição como referência na vida noturna entre os participantes da MWC

  • Servimedia
  • 1 Março 2024

9 em cada 10 participantes consideram que a oferta gastronómica e de entretenimento noturno da cidade faz parte do atrativo para comparecer a este tipo de congresso.

A nova edição do Mobile World Congress (MWC) teve um grande impacto nos estabelecimentos de entretenimento noturno da capital catalã, como é o caso do Opium, que novamente consolida-se como a sala referência no Front Marítim de Barcelona.

A grande maioria dos participantes do Mobile World Congress (MWC), especificamente 87%, aponta a oferta gastronómica e de entretenimento noturno como um dos principais atrativos da cidade como anfitriã do principal congresso mundial de tecnologia. Essa é uma das principais conclusões de uma nova pesquisa da consultoria PwC.

Esta análise destaca que 83% dos entrevistados que residem fora da Espanha já conheciam o Opium Barcelona e os demais estabelecimentos da área do Front Marítim de Barceloneta anteriormente, um dado que fortalece sua posição em sétimo lugar no ranking dos 100 Melhores Clubes do Mundo da International Nightlife Association.

Aspetos como sua posição destacada nos rankings internacionais dos melhores clubes do mundo, o prestígio internacional que conquistou graças à sua oferta, especialmente durante os grandes congressos que ocorrem na cidade, e a importância de sua programação artística “consolidam o Opium como a principal opção de entretenimento noturno para o turismo de congressos”, conforme informado em um comunicado.

A Federação Catalã de Associações de Atividades de Restauração e Musicais (Fecasarm) estima um gasto médio de 300 euros por pessoa e noite em gastronomia e entretenimento noturno durante os quatro dias do evento. Um valor que reforça amplamente a estimativa de gastos em jantares e bebidas antes de continuar a noite em clubes como o Opium, já que 68% dos congressistas que frequentaram esse estabelecimento gastaram em média mais de 60 euros por noite em jantar e bebidas.

O MWC’24 mais uma vez tornou-se a maior feira de tecnologia móvel do mundo, com uma presença de 101.000 pessoas, superando em 13.000 usuários o número do ano anterior graças ao retorno de congressistas asiáticos, prejudicados até a última edição pelas restrições relacionadas à pandemia. Os participantes do Mobile deste ano vieram de 205 países e houve um total de mais de 2.700 expositores, patrocinadores e parceiros.

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Que economia encontrará o Governo que tomar posse?

O PIB cresceu 2,3% em 2023, mas tudo indica que vai abrandar este ano. A inflação deverá ficar controlada, mas há riscos, nomeadamente devido às tensões geopolíticas.

O Governo que tomar posse após as eleições legislativas de 10 de março vai encontrar uma economia que mostrou “resiliência” e conseguiu evitar uma recessão no final de 2023, crescendo mais do que a média europeia, mas que deverá sofrer um abrandamento este ano, segundo as previsões das principais instituições.

A economia portuguesa vai também enfrentar alguns riscos, nomeadamente pelas tensões geopolíticas que ainda se sentem pelo globo. Já a margem que o detentor da pasta das Finanças terá para lidar com eventuais imprevistos dependerá da evolução da economia, mas certo é que se obteve um excedente em 2023 e a dívida pública ficou abaixo dos 100% do PIB.

A economia portuguesa mostrou-se mais resiliente do que o esperado numa conjuntura adversa. Tal deveu-se, em grande medida, ao consumo das famílias que não abrandou tanto como se esperava, e também ao turismo que deu um impulso à procura externa”, aponta ao ECO Ricardo Ferraz, investigador no ISEG e professor na Universidade Lusófona.

O INE já confirmou que a economia portuguesa cresceu 2,3% em 2023. No quarto trimestre verificou-se um crescimento de 2,2% em termos homólogos e 0,8% em cadeia, evitando assim uma recessão técnica.

Todas as componentes desaceleraram, mas voltou a ser a procura interna a impulsionar o crescimento da economia portuguesa, num contexto em que as exportações foram prejudicadas pelo abrandamento na economia europeia. Estes dados mostram que “conseguimos, nestes tempos conturbados crescer mais do que a média europeia”, que foi de 0,5% em 2023, nota o economista.

O desempenho registado pela economia nacional ficou também acima do estimado pelas Finanças, que inscreveram no Orçamento do Estado um crescimento de 2,2% em 2023. Já para 2024, a projeção de Fernando Medina era de 1,5% — que o ministro das Finanças em gestão continua a acreditar ser possível, apesar de várias instituições já terem revisto este número.

“É muito cedo no ano para fazer alguma alteração relativamente à previsão do Governo sobre essa matéria. Creio que os dados que temos e que tivemos do último trimestre, aliás, pelo efeito que têm de arrastamento para o ano de 2024, reforçam a convocação de que o número de 1,5% é um número atingível no ano de 2024“, indicou Fernando Medina.

A mais recente projeção é da Comissão Europeia, que antecipa um crescimento de 1,2% do PIB português este ano. “À luz da fraca procura por parte dos principais parceiros comerciais, prevê-se que o crescimento económico permaneça moderado no início de 2024 e só aumente gradualmente depois”, escreve a Comissão Europeia nas previsões intercalares de Inverno. “Em termos anuais, o crescimento do PIB deverá ser de 1,2% em 2024 e 1,8% em 2025, praticamente inalterado em comparação com as Previsões de Outono”, lê-se no relatório divulgado em fevereiro.

É o mesmo valor projetado pela OCDE e também pelo Banco de Portugal que, segundo o boletim económico de dezembro, acredita num crescimento de 1,2%. Para os anos seguintes, o banco central liderado por Mário Centeno prevê que a economia vai crescer 2,2% em 2025 e 2% em 2026. “A recuperação da atividade será gradual ao longo do próximo ano, beneficiando da aceleração da procura externa, do efeito da descida da inflação no rendimento das famílias e do impulso dos fundos europeus no investimento”, explica o BdP.

Os dois maiores partidos também já apresentaram os cenários macroeconómicos e a visão que projetam para o país nos próximos anos. Enquanto a Aliança Democrática acredita que vai obter excedentes orçamentais todos os anos e um crescimento do PIB de 3,4% em 2028, o PS é mais contido e estima saldos nulos entre 2025 e 2028 e vê a economia a crescer em torno de 2% ao longo da legislatura. Já para a dívida pública, ambos estimam um rácio próximo dos 80% em 2028.

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Quanto à inflação, esta deverá abrandar e há estimativas, como as de Bruxelas, que veem a taxa a desacelerar mais depressa: 2,3% este ano. Olhando para os dados mais recentes, a inflação oscilou em janeiro, mas já terá regressado à trajetória descendente.

Em janeiro a inflação foi de 2,3% em Portugal, uma aceleração face aos 1,42% registados em dezembro, que se deveu ao fim do IVA Zero e a um aumento nos preços da eletricidade. Mas em fevereiro voltou a abrandar para 2,1%, segundo a estimativa rápida do INE.

Já na Zona Euro, a inflação (medida pelo IHPC) foi 2,8% no primeiro mês do ano. Este é um indicador seguido de perto pelo Banco Central Europeu, que já fez uma pausa nas subidas de juros e está agora a avaliar a altura indicada para uma descida — ainda que não tenham sido dados já sinais de um possível calendário, com exceção das intervenções de alguns governadores, como é o caso de Mário Centeno.

No que diz respeito às contas públicas, depois de uma governação dominada pelo slogan das “contas certas”, Portugal está numa posição em que voltou a registar um excedente, o segundo em democracia, ainda que não se conheçam os dados relativamente aos valores exatos, e tem a dívida pública abaixo dos 100% do PIB.

O Governo demissionário estimava mais um excedente para este ano, mas tudo dependerá da evolução da economia e também das opções que o próximo Executivo tomar.

Existem ainda riscos relativamente à situação internacional. Como aponta Ricardo Ferraz, os “riscos estão naturalmente relacionados com as guerras“. “Se as guerras na Ucrânia e no Médio Oriente envolverem mais países e se os ataques dos Houthis se intensificarem e prolongarem, então haverá certamente problemas graves para a economia global”, admite.

O economista João César das Neves também destaca, ao ECO que a “incerteza geoestratégica” está a “complicar os cenários”, numa altura em que a economia está descapitalizada, “com poupança e crédito bancário muito baixo, e grande endividamento”.

A Comissão Europeia também tinha admitido, relativamente ao balanço geral, que “o aumento das tensões geopolíticas inclina o equilíbrio dos riscos no sentido de perspetivas mais adversas”. Na perspetiva doméstica, os riscos parecem equilibrados para o crescimento e a inflação, dependendo de fatores como a transmissão dos efeitos da política monetária do BCE e o crescimento dos salários.

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