Sport TV garante transmissão de todos os jogos do Euro 2024, 29 são em exclusivo

O próximo Campeonato da Europa decorre na Alemanha entre 14 de junho e 14 de julho de 2024. Na fase de grupos Portugal vai enfrentar a Turquia, a Chéquia e o vencedor do play-off C.

A Sport TV garantiu a transmissão de todos os jogos do Euro 2024. Do total de 51 jogos da competição, 29 serão transmitidos em exclusivo pelo canal desportivo.

Além de garantir a transmissão dos 51 jogos da competição da UEFA, a Sport TV vai criar de um canal dedicado exclusivamente ao Europeu que, durante um mês, transmitirá jogos e um programa diário de análise. No canal será ainda feito um acompanhamento diário de todas as seleções, bem como a preparação da própria competição, com o foco a incidir na seleção portuguesa.

A Sport TV vai contar com uma equipa de reportagem no terreno, composta por quatro jornalistas e equipa técnica, de forma a garantir a cobertura noticiosa de toda a competição, avança já.

“Queremos levar como sempre, às casas dos portugueses, todas as emoções do Europeu, e colocar todo o país a apoiar e a vibrar com as conquistas da nossa seleção. Mais de 1000 horas de emissão ao longo das quais a Sport TV será uma vez mais a casa do Europeu, reflexo da duradoura relação que tem com a UEFA, e promovendo o melhor que o futebol tem para oferecer com o principal campeonato de futebol entre seleções dos países da UEFA”, diz Nuno Ferreira Pires, CEO da Sport TV, citado em comunicado.

“A Sport TV estará 100% dedicada ao UEFA Euro 2024, para acompanhar diariamente, não só a seleção nacional, mas também todas as seleções presentes na competição, garantindo que aqueles que queiram assistir a todas as transmissões do UEFA Euro 2024 o façam na Sport TV”, acrescenta.

O próximo Campeonato da Europa decorre na Alemanha entre 14 de junho e 14 de julho de 2024. No grupo F, Portugal vai enfrentar a Turquia, a Chéquia e o vencedor do play-off C (Geórgia, Luxemburgo, Grécia ou Cazaquistão) que está agendado para março do próximo ano.

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Ministro da Educação admite recuperação do tempo de serviço com vitória de Pedro Nuno Santos

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2023

João Costa admitiu que a reivindicação dos professores poderá vir a ser satisfeita caso o candidato do PS, Pedro Nuno Santos, vença as eleições legislativas de março.

O Ministro da Educação admitiu esta terça-feira a possibilidade de os professores virem a recuperar o tempo de serviço congelado, uma reivindicação que sempre reconheceu ser “justa” e agora aparece na moção de Pedro Nuno Santos.

Em declarações aos jornalistas à margem da apresentação dos resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), João Costa admitiu que a reivindicação dos professores poderá vir a ser satisfeita caso o candidato do PS, Pedro Nuno Santos, vença as eleições legislativas de março. Há vários anos que os docentes exigem a contagem dos seis anos, seis meses e 23 dias de serviço congelado, tendo levado a cabo inúmeras manifestações e greves, em especial no passado ano letivo.

O ministro lembrou a moção apresentada na semana passada pelo candidato a líder do PS, Pedro Nuno Santos, que “aponta para uma continuidade de um caminho de devolução do rendimento” iniciado em 2015 e que se traduz “na recuperação do tempo de serviço de toda a administração pública”, em que os professores não ficam de fora.

Desde o início da contestação docente que João Costa tem reconhecido que a reivindicação é “justa” mas defendido que não havia capacidade financeira para a executar. Recusando quaisquer responsabilidades do ainda primeiro-ministro António Costa para não ter sido contabilizado o tempo de serviço, João Costa diz ficar “obviamente contente” caso seja “possível ir mais além como Pedro Nuno Santos propõe”.

A moção entregue na semana passada por Pedro Nuno Santos defende a “recuperação gradual do tempo de serviço que esteve congelado” de todos os funcionários públicos, como condição para “uma Administração Pública inovadora e eficiente”. Pedro Nuno Santos defende uma contagem feita de forma gradual.

O ministro da Educação, apoiante de Pedro Nuno Santos, avançou com esta hipótese em entrevista à Rádio Renascença, sublinhando que iria dar continuidade ao caminho iniciado em 2015 de “devolução de rendimentos”.

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PISA: o estado da educação em cinco gráficos

Os resultados do PISA 2022 apontam para quebra abrupta do desempenho médio dos alunos, principalmente a matemática e leitura. E Portugal não escapa. Conheça as principais conclusões em cinco gráficos.

O estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) dá conta de um declínio “sem precedentes” no desempenho médio dos alunos de 15 anos a matemática, ciências e leitura. E Portugal não foi exceção, ainda que as quedas mais significativas se tenham verificado no primeiro e terceiro domínios.

Por outro lado, o índice de preparação para o ensino à distância aumentou consideravelmente em Portugal após a pandemia, enquanto que na média da OCDE a tendência foi inversa.

Estas são algumas das conclusões do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) de 2022, o primeiro estudo em larga escala (envolveu cerca de 700 mil alunos de 81 países, dos quais 6.793 alunos em Portugal de 224 escolas) a recolher dados sobre o desempenho e bem-estar dos estudantes, pós-pandemia de Covid-19. Conheça as principais conclusões em cinco gráficos.

Desempenho dos alunos portugueses cai 21 pontos a matemática

Os alunos portugueses tiveram uma pontuação média de 472 pontos a matemática, o que representa um “decréscimo significativo de 21 pontos face ao ciclo de 2018 e de 15 pontos significativos face a 2012″, aponta o relatório. Ainda assim, no ano passado, o desempenho dos estudantes portugueses esteve em linha com a média dos países da OCDE. “A pontuação média da OCDE também sofreu um decréscimo relativamente a ciclos anteriores, nomeadamente a ciclos em que a matemática foi o domínio principal”, acrescenta.


Portugal surge assim na lista dos 19 países que baixaram mais de 20 pontos a Matemática, sendo que as notas desceram entre os alunos mais carenciados, mas também entre os mais privilegiados. Ainda assim, os alunos das escolas privadas “apresentaram, em média, melhores resultados a matemática do que os alunos das escolas públicas” (479 pontos vs 471 pontos, respetivamente).

Neste campo, verificam-se “diferenças significativas” entre rapazes e raparigas, “com benefício para os rapazes, que pontuaram 477 pontos, diferença significativa de 11 pontos relativamente às raparigas que obtiveram 467 pontos”, lê-se. Já em termos regionais, o Centro e a Região Autónoma da Madeira registaram os melhores desempenhos (com 481 e 474 pontos, respetivamente). Já a Região Autónoma dos Açores, o Algarve e o Alentejo foram as regiões onde os estudantes tiveram os piores desempenhos a matemática (408, 452 e 463 pontos, respetivamente).

Estudantes portugueses registam o pior desempenho desde 2006 a ciências

Já no que diz respeito às Ciências, o desempenho dos alunos portugueses manteve a trajetória de descida verificada desde 2015. No ano passado, os estudantes registaram uma pontuação média de 484 pontos, isto é, menos oito pontos face a 2018 e menos 17 face a 2015. Neste campo, Portugal está ligeiramente abaixo da média dos países da OCDE (485 pontos), que mantém “uma tendência decrescente desde 2012”. De notar, que o país regista o pior desempenho desde 2006.

Ao contrário do que sucede com a matemática, em ciências não “existem diferenças estatisticamente significativas” entre rapazes e raparigas, com os primeiros a obterem uma pontuação média de 484 pontos e as últimas de 485 pontos, bem como entre escolas públicas (484 pontos) e privadas (485 pontos).

Por outro lado, em termos regionais, também em ciências também o Centro e a Região Autónoma da Madeira registaram os melhores desempenhos (com 493 e 492 pontos, respetivamente). Também aqui a Região Autónoma dos Açores e o Algarve foram as que registaram os piores desempenhos (com 417 e 466 pontos, respetivamente).

Desempenho na leitura está a cair desde 2015 e tem pior registo desde 2009

Apesar de o PISA de 2022 estar mais focado no retrato dos conhecimentos a Matemática, também foi feita uma prova de Leitura. Neste âmbito, os estudantes portugueses obtiveram, em média, 477 pontos, “o que representa uma descida significativa de 15 pontos” face aos 492 pontos registado nos quatro anos anteriores. É o pior desempenho desde 2009, quando registaram 489 pontos. E tal como em matemática e nas ciências o padrão é semelhante ao registado na média dos países da OCDE, que foi de 476 pontos.

E tal como em matemática há diferenças “significativas” nos géneros: as raparigas alcançaram uma pontuação média de 487 pontos, isto é, mais 21 pontos face aos 466 pontos registados pelos rapazes. “Esta tendência acontece também com a média dos países da OCDE sendo que neste caso a diferença é de 24 pontos significativos”, realça o relatório.

Já no que toca à natureza administrativa dos estabelecimentos de ensino, os alunos das escolas públicas registaram 477 pontos, isto é, apenas mais três pontos do que os 474 das escolas privadas. Por região, os melhores desempenhos na leitura foram alcançados na Região Autónoma da Madeira (487 pontos), seguida pela região Centro e pela Área Metropolitana de Lisboa (482 pontos em ambas). Pelo contrário, os resultados médios mais baixos foram registados na Região Autónoma dos Açores (413 pontos) e no Algarve (455 pontos).

“Alunos resilientes” portugueses superam média da OCDE em ciências e literatura

O PISA define os alunos resilientes como aqueles que, apesar da sua condição socioeconómica e cultural à partida ser desfavorável são capazes de contrair as adversidades e ter um “elevado desempenho, quando comparado com os outros alunos do seu país”. No ano passado, a percentagem de alunos portugueses resilientes a matemática foi de 9,4%, isto é, abaixo da média registado pelos países da OCDE, que se situou nos 10,2%.

No entanto, no domínio das ciências e da leitura o desempenho dos alunos portugueses foi superior ao registado na média dos países da OCDE: em ciências a percentagem de estudantes resilientes foi de 11,4% (contra 10,8% na OCDE), enquanto na leitura a percentagem foi de 12,1% em Portugal (versus 11,4% na OCDE).

Pandemia e ensino à distância

O relatório divulgado esta terça-feira defende que o declínio nos resultados “só pode ser parcialmente atribuído à pandemia”, uma vez que em muitos países já se registava uma descida nos resultados. Além disso, em Portugal os diretores escolares apontam a falta de professores (62%) e a menor qualificação do pessoal docente (27%) como principais causas para as falhas na qualidade do ensino.

Mas, afinal, as escolas portuguesas estão melhores preparadas para o ensino à distância na sequência das “lições” aprendidas com a Covid-19? Os diretores escolares dizem que sim. De acordo com as respostas dadas, em Portugal o valor do índice de preparação para o ensino à distância antes da pandemia foi de -0,14, mas depois da Covid-19 aumentou para 0,25. Em contrapartida, na média da OCDE verificou-se exatamente o inverso: antes da pandemia este índice era de 0,07, mas após a Covid caiu para 0,01.

Certo é que, apesar de tanto os diretores como os alunos considerarem que estão bem preparados em caso de um eventual encerramento das escolas, os dirigentes estão mais confiantes do que os estudantes: 64% dos diretores consideram que estão “bem preparados” para lecionar à distância e 31,2% garantem ainda que estão “muito bem preparados”. Já 53% dos alunos inquiridos diz-se “bem preparado” para aprender sozinho e 12,6% diz-se “muito bem preparado”.

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Localização do novo aeroporto será das primeiras decisões se for primeiro-ministro, diz Montenegro

  • Joana Abrantes Gomes
  • 5 Dezembro 2023

Líder dos sociais-democratas diz estar em condições de tomar decisão sobre o local do futuro aeroporto de Lisboa se for primeiro-ministro, mas não se compromete em seguir recomendação da CTI.

O presidente do PSD, Luís Montenegro, garantiu esta terça-feira que, se for eleito primeiro-ministro nas eleições antecipadas de março do próximo ano, a localização do novo aeroporto será uma das primeiras decisões que vai tomar, anunciando a criação de um grupo de trabalho no partido para acompanhar grandes projetos de infraestruturas como este.

Se for primeiro-ministro a partir de março, como espero, será uma das primeiras decisões que vamos tomar, de escolher a localização do novo aeroporto e de encetar todos os procedimentos para a sua execução“, afirmou o líder social-democrata, em declarações aos jornalistas, momentos antes da apresentação do relatório da Comissão Técnica Independente (CTI).

Sem se comprometer a seguir a recomendação da CTI para a localização do novo aeroporto de Lisboa, Montenegro sublinhou que “o poder político tem o dever de analisar, de aprofundar a avaliação técnica que foi feita para tomar uma decisão“, responsabilidade que caberá ao próximo governo “em consenso multipartidário”.

Na base dessa decisão, apontou, estarão os “elementos técnicos” indicados pela comissão, tais como os “benefícios para a economia” e os “benefícios do ponto de vista da exequibilidade da obra, dos custos e dos prazos”. “Tudo isso serão argumentos, requisitos para que possamos ter uma decisão. Não é a comissão técnica que tem de tomar uma decisão; a comissão técnica tem de nos habilitar com os elementos nos quais vamos basear a decisão“, reiterou.

Luís Montenegro anunciou que o PSD vai constituir “hoje mesmo” um grupo interno para estudar questões como a localização do novo aeroporto, mas também outros projetos de infraestruturas para poder estar em condições de tomar uma decisão assim que, espera, for primeiro-ministro.

Esse grupo de trabalho será colocado à disposição não só da estrutura social-democrata, como também do Governo ainda em funções e do Partido Socialista “para poder interagir e criar condições para, longe do debate da campanha eleitoral, consensualizar um caminho que o próximo Governo depois terá facilitado”, acrescentou.

O líder social-democrata realçou ainda o papel do seu partido na definição de uma comissão técnica independente para avaliar as várias hipóteses de localização do futuro aeroporto: “O PSD esteve ao lado do país. Se não tivéssemos decidido a metodologia há um ano não havia relatório hoje; se não houvesse relatório hoje não havia condições para que a decisão fosse tomada, até porque a avaliação ambiental estratégica é obrigatória no processo de decisão”.

 

 

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Dois terços dos portugueses acham que a inteligência artificial ajuda as empresas a serem mais criativas

Os portugueses são muito positivos quanto ao impacto que a IA terá nas suas vidas, mostrando uma visão mais positiva quando em comparação com outros países, diz a head of business science do GroupM.

Quase dois terços dos portugueses (64%), concordam que a inteligência artificial vai ajudar as empresas a serem mais criativas e 34% não acreditam que esta vá substituir a criatividade humana conclui o estudo “A Perceção da Inteligência Artificial pelos Consumidores”, realizado pelo GroupM e que contou com a participação de 600 indivíduos.

Apresentado no evento “Os Portugueses e a Inteligência Artificial” por Marisa Valente, head of business science do GroupM, o estudo concluiu também que 70% dos portugueses usam a inteligência artificial no seu dia-a-dia, percentagem que sobe para 76% entre os mais jovens (18-44 anos).

A quase totalidade dos inquiridos (96%) afirmam também saber o que é a inteligência artificial e 91% até concordam que esta tecnologia é a nova revolução industrial. No entanto, muitos portugueses não devem saber bem ao certo no que esta consiste, como comprova o aumento das pesquisas pelo tema, referiu Marisa Valente, acrescentando que 55% dos inquiridos tem uma ideia vaga do que é a IA.

O uso da inteligência artificial pelos portugueses traduz-se essencialmente em aplicações relacionadas com o telemóvel e o quotidiano, indo desde o reconhecimento facial e de imagens a chatbots ou recomendação de produtos.

Os portugueses revelaram também considerar uma prioridade o uso de inteligência artificial em áreas mais pessoais e sensíveis, como ser atendido por um médico virtual ou o futuro da educação passar por um ensino dado em plataformas virtuais.

Ao invés disso, os consumidores têm maiores expectativas para uma evolução no uso da IA no que toca a personalização e ao dia-a-dia, como agendas personalizadas, apps que façam poupar dinheiro / tempo e ajudem na tomada de decisão, bem como na resolução de problemas sociais como aqueles relacionados com a saúde, ambiente ou até defesa nacional, explicou Marisa Valente.

Como principais vantagens desta tecnologia, os portugueses listam assim ter um melhor / mais rápido acesso à informação (64%), melhorar a saúde (61%), melhorar a segurança (59%) e facilitar o dia-a-dia / poupar tempo (59%), refere-se no estudo.

Já quanto aos riscos da adoção desta tecnologia, os receios centram-se principalmente em questões relacionadas com a manipulação da informação (83%), a invasão de privacidade através do uso de dados pessoais (81%) e o hacking ou pirataria informática (79%).

A grande maioria dos inquiridos (86%) considera importante regulamentar rapidamente o uso da IA, 85% dizem ser necessário criar um organismo que regule a utilização de IA e 84% gostariam de ver o conteúdo criado por IA devidamente identificado como tal. 37% revelam sentir-se ameaçados pela inteligência artificial.

O estudo revela ainda que 81% consideram a AI uma coisa boa para a sociedade e que trará algo “inspirador” tanto para as pessoas como para as marcas, no sentido em que traz uma abertura à criatividade e proporciona mais tempo às tarefas criativas.

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Enólogos da Herdade do Rocim lançam Pet Nat com regresso às origens da vinha

Os enólogos Catarina Vieira e Pedro Ribeiro lançam no mercado um Pet Nat do Vale da Mata, em homenagem às origens. E reforçam a oferta de vinhos da região de Lisboa.

Numa homenagem ao avô Manuel e acompanhando as novas tendências de consumo recetivo a “um vinho mais leve e com baixo teor alcoólico“, os enólogos Catarina Vieira e Pedro Ribeiro, da Herdade do Rocim, acabam de lançar no mercado o seu primeiro Pet Nat – espumante natural –, proveniente do Vale da Mata, Lisboa. A empresa reforça, assim, a oferta de vinhos da região de Lisboa com a marca Vale da Mata.

“Quando iniciámos o projeto de reabilitação da vinha e recuperámos esta tradição familiar, sempre quisemos respeitar a memória do avô Manuel e fazer vinhos autênticos, naturais, que respeitassem integralmente a vocação natural do terroir da região“, começa por contar Catarina Vieira.

O Vale da Mata Pet Nat faz parte desta “homenagem às origens, com a produção de um vinho que utiliza um método de vinificação ancestral”, completa. E assim nasceu um Pet Nat cujo “nome é uma abreviação de «Pétillant Naturel», uma expressão francesa que significa espumante natural, ou seja, é um vinho produzido de forma natural, seguindo métodos tradicionais e sem adição de leveduras ou açúcares”, descreve, por sua vez, Pedro Ribeiro.

“O vinho é engarrafado antes de completar a fermentação e esta é finalizada na garrafa, o que permite ir libertando o gás natural que o caracteriza“, completa o enólogo.

Os vinhos Vale da Mata são produzidos numa pequena vinha que está na família Vieira há várias gerações, nas Cortes, entre a Serra de Aire e Candeeiros e o Atlântico.

O Vale da Mata Pet Nat tem 90% de Tinta Roriz, 5% de Vital e 5% de Arinto. “O nosso Pet Nat foi produzido exatamente como o imaginámos: foi vinificado em depósitos de cimento para realçar a fruta primária e terminou a fermentação em garrafa, sempre a uma temperatura controlada. Teve um estágio de 14 meses sobre a própria borra”, resume Pedro Ribeiro.

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Novo aeroporto. “Não me passa pela cabeça que isto não venha a servir para nada”, avisa Mineiro Aires

O presidente da comissão de acompanhamento da CTI, Carlos Mineiro Aires, disse que nunca viu "um processo tão participado e isento, de modo que todos se pronunciassem, até os idiotas".

“Não me passa pela cabeça que isto não venha a servir para nada”, alertou esta terça-feira, o presidente da comissão de acompanhamento da Comissão Técnica Independente (CTI) para a ampliação da capacidade aeroportuária da região de Lisboa, Carlos Mineiro Aires, na abertura da apresentação do relatório preliminar sobre o novo aeroporto.

“Não me passa pela cabeça que, depois da consulta pública, a versão final venha a ser desconsiderada. Tal seria uma desconsideração para os técnicos e para os portugueses que se deram ao trabalho de participar. Não podemos adiar mais processos destes”, reforçou.

A este respeito, o engenheiro revelou que o relatório vai estar em consulta pública até 19 de janeiro de 2024. “Há um ligeiro atraso do desiderato de entregar até ao fim do ano, mas apenas está com um mês de atraso, quando antes estava com um atraso de meio ano”, salientou.

Mineiro Aires salientou a importância de “duas soluções estruturais” no relatório sobre o novo aeroporto: “a questão aeroportuária e a ligação às redes transeuropeias para que nos possamos inserir na Europa a bem da nossa economia e do estado civilizacional”.

O presidente da comissão de acompanhamento reconheceu que “a aceitação das conclusões não será unânime”. “Não vai haver unanimidade, mas tem de haver uma decisão”, defendeu.

Face à experiência que tem, Mineiro Aires disse que nunca viu “um processo tão participado, tão isento como este”. “Foi um processo tão aberto, participado que todos se puderam pronunciar até mesmo os idiotas”, que mencionaram as Berlengas como uma possível localização para o novo aeroporto de Lisboa, destacou.

“Tivemos muitas pressões de muitos lados”, admite a coordenadora da CTI

“Tivemos muitas pressões de muitos lados. Muitos lóbis. Mas do Governo nem uma pressão. Queria deixar isso muito claro”, sublinhou a coordenadora geral da CTI, Maria do Rosário Partidário.

A responsável espera agora que “os resultados colham o mais possível de posições agradáveis”. “Não vamos certamente conseguir satisfazer todos”, reconheceu.

A Avaliação Ambiental Estratégica foi lançada no ano passado pelo Governo, num acordo com o PSD, para servir de base à decisão política sobre o reforço da capacidade aeroportuária na região de Lisboa, onde a única infraestrutura está já sobrelotada.

Foram selecionadas para análise nove opções estratégicas em sete localizações: Portela + Montijo, Montijo + Portela, Campo de Tiro de Alcochete, Portela + Campo de Tiro de Alcochete, Santarém, Portela + Santarém, Pegões, Portela + Pegões e Rio Frio + Poceirão.

Para a análise das várias opções foram considerados cinco fatores críticos de avaliação: segurança aeronáutica; acessibilidade e território; saúde humana e viabilidade ambiental; conectividade e desenvolvimento económico; investimento público e modelo de financiamento. Cada um daqueles fatores inclui vários critérios, num total de 24, avaliados à luz de uma bateria de 88 indicadores.

Com a demissão de António Costa, a decisão política passa para o Executivo que sair das eleições antecipadas de 10 de março. O desejo de conciliar uma decisão entre PS e PSD mantém-se.

O relatório que será apresentado esta quarta-feira ainda é preliminar. Após a realização da conferência no LNEC, o relatório será disponibilizado para consulta pública durante 30 dias úteis. Só depois será elaborado o relatório final, concluindo os trabalhos da CTI.

(Notícia atualizada às 15h47)

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Medidas tomadas evitaram “descontrolo total” do SNS, diz governante

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2023

"Portugal tem um problema com a utilização excessiva dos serviços de urgência", diz o secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre.

O secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, disse esta terça-feira que as medidas estruturais e o trabalho em rede evitaram o temido “descontrolo total” do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Estão a ser tomadas medidas estruturais. Não assistimos ao descontrolo total do SNS. Aquilo que foi sendo referido não aconteceu. As pessoas continuaram a ter resposta e é assim que vamos continuar a trabalhar”, disse Ricardo Mestre aos jornalistas, no Porto, à margem da sessão “Modernização Tecnológica dos Hospitais do SNS”.

Vários hospitais do país enfrentam constrangimentos e encerramentos temporários de serviços após cerca de 2.500 médicos apresentarem escusa ao trabalho extraordinário para além das 150 horas anuais obrigatórias. Esta situação levou o diretor executivo do SNS a admitir em outubro que a situação poderia ser dramática em novembro.

“Estamos a fazer uma gestão permanente da resposta do SNS. O SNS trabalha em rede, é um sistema colaborativo em que as estruturas se ajudam mutuamente. O que importa é que os portugueses percebam que há uma rede que tem uma organização para lhes responder e que recorram a essa resposta na sua plenitude“, disse Ricardo Mestre. Confrontado com perguntas sobre a queda do número de atendimentos, Ricardo Mestre falou em “medidas no sentido certo”, evitando relacionar os números com a crise no SNS.

“Portugal tem um problema com a utilização excessiva dos serviços de urgência e muita utilização tem a ver com níveis de gravidade mais baixos que podiam ser vistos numa outra área do SNS, como a linha Saúde 24 ou os cuidados de saúde primários”, recordou o secretário de Estado. Para o governante, “quando a redução é feita nos níveis de gravidade mais baixa, como acontece”, trata-se de “uma medida no sentido certo”.

A Rádio Renascença noticiou na segunda-feira que os atendimentos nas urgências caíram 15% em novembro e 9% em outubro na comparação com 2022, ou seja menos 1.800 atendimentos por dia. Este período coincide com o momento após os médicos começarem a entregar escusas ao trabalho extraordinário além das 150 horas obrigatórias, em setembro.

Também confrontado com as declarações do bastonário da Ordem dos Médicos que, no final de novembro disse, em entrevista à Lusa, que há doentes a chegar em “situações extremas” aos hospitais, porque não estão a ir à urgência, “onde sabem que vão ter que esperar 12 horas para ser atendidos”, Ricardo Mestre evitou fazer uma relação com a redução do número de atendimentos.

“Temos um aumento das necessidades da saúde da nossa população”, disse, lembrando a pandemia e o envelhecimento, entre outros aspetos, e garantindo que se está a “apostar na prevenção para evitar estádios mais avançados da doença”.

O secretário de Estado aproveitou para voltar a apelar aos portugueses para que recorram à linha Saúde 24 antes de se deslocarem à urgência e lembrou que há resposta nos cuidados de saúde primários. Já fonte do Ministério da Saúde indicou, posteriormente, que, por todo o país, haverá 233 centros de saúde abertos no sábado, e 192 no domingo.

Antes, Ricardo Mestre falou do “trabalho de parceria entre o Ministério da Saúde e a área social para encontrar respostas para os internamentos sociais”. Sem avançar com medidas imediatas, o governante disse que haverá “mais camas de cuidados continuados” e “estão a ser feitas parcerias com o setor social”.

“Em algumas zonas do país, sente-se mais essa pressão, como é o caso de Lisboa. Estamos a aprofundar parcerias (…). No imediato temos um conjunto de medidas que são transversais. Ainda este ano abriremos mais 400 camas de cuidados continuados integrados que permitirão ajudar no fluxo dos utentes dentro do SNS”, concluiu.

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Portugal entre 123 países que se comprometem a triplicar renováveis até 2030

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2023

 O compromisso foi assumido numa reunião ministerial dedicada à energia, tema que esteve em destaque na cimeira do clima, no Dubai.

Portugal está entre os 123 países que se comprometeram esta terça-feira a triplicar a produção de energias renováveis e a duplicar a eficiência energética até 2030, anunciou a secretária de Estado da Energia e Clima.

Portugal e 122 outros países comprometeram-se com uma aliança para triplicar a produção de renováveis e duplicar a eficiência energética”, disse Ana Fontoura Gouveia, em declarações aos jornalistas na 28.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP28), a decorrer no Dubai.

O compromisso foi assumido numa reunião ministerial dedicada à energia, tema que está hoje em destaque na cimeira, e representa, para a secretária de Estado, mais um progresso na ambição de alcançar compromissos robustos com vista à redução dos combustíveis fósseis.

“A Agência Internacional de Energia apresentou estas duas metas muito tangíveis e isso permite que a cada um dos países ter uma bússola sobre aquilo que deve fazer individualmente”, sublinhou, considerando que existe um cada vez maior entendimento de que não há tempo a perder no combate às alterações climáticas.

Na lista de 123 países, estão também os Emirados Árabes Unidos, país anfitrião da COP28 e um dos maiores produtores de combustíveis fósseis.

Ana Fontoura Gouveia comentou também a polémica recente que envolveu declarações do presidente da COP28, entendendo que a clarificação de Sultan Al-Jaber envia “um sinal muito claro sobre a ambição”.

No domingo, Al Jaber disse ter bem presente que os combustíveis fósseis devem ser progressivamente diminuídos e abandonados, após declarações polémicas a questionar a ciência e a meta de redução de 1,5ºC no aquecimento global.

No entender da governante portuguesa, o presidente da COP28 tem mantido a fasquia elevada e atuado como um líder no que respeita a “orientar aquilo que devem ser os resultados“, mas reconhece que nem todos os países partem das mesmas posições.

“Claro que há países que defendem a eliminação dos combustíveis fósseis e que defendem que tecnologias de compensação dessas emissões devem ser usadas apenas em casos excecionais, quando não temos alternativas. Nem sempre é esse o entendimento dos países produtores de petróleo”, explicou.

“Por isso é que aqui estamos, para encontrar plataformas de entendimento e para encontrarmos uma linguagem que nos permita fazer o que é mais importante que é em cada um dos nossos países agirmos no sentido da eliminação progressiva dos combustíveis fosseis até à sua total eliminação”, acrescentou, por outro lado.

A propósito do papel de Portugal, Ana Fontoura Gouveia defendeu que tem sido um exemplo, mostrando que o caminho no sentido da transição energética e da descarbonização tem resultados económicos financeiros, permite atrair investimento e criar emprego.

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Nova SBE junta-se ao GroupM para formar executivos em inteligência artificial

  • Trabalho
  • 5 Dezembro 2023

Programa será lançado oficialmente em janeiro, mas já se sabe que será lecionado por especialistas do GroupM. CEO da empresa frisa que marketing será uma das áreas mais afetadas pela IA.

A Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova SBE) e o GroupM assinaram um protocolo com vista à criação de uma nova formação para executivos na área da Inteligência Artificial aplicada ao marketing. O programa será lançado oficialmente em fevereiro, mês em que abrirão as candidaturas.

“Esta colaboração permite unir a excelência da educação da Nova SBE com o conhecimento de indústria do GroupM para criar um conjunto de programas focados em Inteligência Artificial, cuja primeira edição será focada em AI for marketing professionals“, é explicado numa nota enviada esta terça-feira às redações.

Em reação à celebração deste protocolo, Francisco Teixeira, CEO do GroupM, frisa que “o marketing e a comunicação serão, sem qualquer dúvida, um dos setores mais impactados pelo uso recorrente de Inteligência Artificial“, daí a importância da formação nestas áreas.

“A experiência do GroupM no desenvolvimento e aplicação de produtos ancorados em Inteligência Artificial aliada ao profundo know-how e investigação levados a cabo pela Nova SBE darão origem a um programa de excelência que aumentará o domínio da utilização desta tecnologia“, salienta o responsável.

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2023 marcado por um novo recorde de CO2 libertado para a atmosfera

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2023

O total dióxido de carbono libertado para a atmosfera vai atingir um novo recorde em 2023, com 40,9 mil milhões de toneladas. "Parece inevitável que ultrapassemos a meta de 1,5°C do Acordo de Paris".

O total de dióxido de carbono (CO2) emitido para a atmosfera vai atingir um novo recorde em 2023, com 40,9 mil milhões de toneladas, segundo o novo relatório anual divulgado no âmbito da cimeira da ONU sobre o clima (COP28).

Este relatório da Global Carbon Project, que fornece uma visão global do ciclo do carbono, foi elaborado por investigadores da Universidade de Exeter (Reino Unido), da Universidade de East Anglia (UEA), do Centro de Investigação Internacional de Clima (Noruega), a Universidade Ludwig-Maximilian de Munique e 90 outras instituições ao redor do mundo, noticiou a agência Efe.

Esta é a 18.ª edição deste relatório, que conta com a participação de mais de 120 cientistas, e será publicada na revista Earth System Science Data.

Segundo os dados, as emissões de dióxido de carbono (CO2) provenientes dos combustíveis fósseis, principal fonte do efeito estufa global que provoca a crise climática, deverão ter aumentado 1,1% em relação a 2022, com um novo recorde, atingindo 36,8 mil milhões de toneladas no final de 2023.

Somando as emissões de CO2 de origem fóssil com as provenientes das alterações no uso do solo, o total aumentará para 40,9 mil milhões de toneladas este ano, segundo previsões para o final do ano.

O valor global é superior ao de 2022, em que terão sido emitidas 40,6 mil milhões de toneladas de CO2, e confirma a distância que persiste com os objetivos climáticos globais para o seu cumprimento, que teria de ser urgente, segundo o relatório.

Embora com grandes incertezas, tudo indica que, com o atual ritmo de emissões, haveria 50% de probabilidade de, em cerca de sete anos, o aquecimento global ultrapassar de forma normalizada o limiar de 1,5°C acima dos níveis da era pré-industrial.

Embora cerca de metade do CO2 continue a ser absorvido, como por exemplo pelas florestas, o resto das emissões permanece na atmosfera e causa alterações climáticas.

De acordo com os números, as emissões fósseis de CO2 estão a diminuir em algumas regiões geográficas, incluindo a Europa e os Estados Unidos, mas, em geral, estão a aumentar a nível mundial.

Os cientistas alertam que a ação global para reduzir os combustíveis fósseis não é suficientemente rápida para evitar alterações climáticas perigosas.

Prevê-se que as emissões resultantes da alteração do uso do solo (como a desflorestação) diminuam ligeiramente, mas não será suficiente para compensar os níveis de reflorestação e florestação (novas florestas).

Parece inevitável que ultrapassemos a meta de 1,5°C do Acordo de Paris”, alertou o professor Pierre Friedlingstein, do Global Systems Institute de Exeter e diretor do relatório.

Dada a situação, a cimeira do clima que decorre até dia 12 de dezembro no Dubai terá de chegar a acordo sobre “cortes rápidos nas emissões fósseis” para evitar que a temperatura do planeta ultrapasse estes níveis ou pelo menos manter o objetivo de não ultrapassar os 2°C de aumento em comparação com a era pré-industrial.

Todos os países precisam de descarbonizar as suas economias mais rapidamente do que atualmente para evitar os piores impactos das alterações climáticas“, vincou o especialista.

O relatório inclui dados importantes que confirmam que as tendências regionais na luta contra as alterações climáticas variam muito.

De acordo com os indicadores, as emissões de CO2 em 2023 deverão aumentar na Índia (8,2%) e na China (4,0%), e diminuir na UE (-7,4%), nos EUA (-3,0%) e no resto do mundo (-0,4%).

Por tipo de fonte, espera-se que as emissões globais provenientes do carvão (1,1%), do petróleo (1,5%) e do gás (0,5%) aumentem.

Segundo as previsões, o CO2 atmosférico médio para 2023 será de 419,3 partes por milhão (ppp), 51% acima dos níveis pré-industriais.

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Obras do metrobus do Porto ligam Boavista e Marechal Gomes da Costa já este mês

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2023

Deverão arrancar em janeiro de 2024 as intervenções na Casa da Música e a construção das estações do metrobus. Novo transporte vai ligar a Casa da Música à Praça do Império e à Anémona.

As obras do metrobus do Porto vão ligar, já este mês, os troços das avenidas da Boavista e Marechal Gomes da Costa, estando previsto para janeiro o arranque de intervenções na Casa da Música e a construção das estações, foi esta terça-feira divulgado.

De acordo com uma nota da Metro do Porto, “já em dezembro os trabalhos passam a abranger também a zona de ligação entre as avenidas da Boavista e do Marechal Gomes da Costa”. Para já, “na Marechal Gomes da Costa, as obras continuam de momento na via esquerda, em ambos os sentidos, a partir do cruzamento com a Rua João de Barros até às interceções com as ruas de Serralves e de Tânger”.

“Numa fase posterior, ocupar-se-á o corredor direito desta avenida, também dos dois lados. Contudo, esta intervenção será de execução mais simples, uma vez que se tratam de faixas dedicadas apenas aos automóveis, pelo que se esperam menores constrangimentos“, de acordo com a Metro do Porto.

Para meados de janeiro está apontado o início da intervenção nos dois sentidos do troço entre a Casa da Música e a Rua António José da Costa, bem como o arranque da instalação das estações.

Metro do Porto

Em causa está a construção do metrobus entre a Casa da Música e a Praça do Império, empreitada que se iniciou no final de janeiro deste ano e deverá terminar em julho de 2024.

Já “para meados de janeiro está apontado o início da intervenção nos dois sentidos do troço entre a Casa da Música e a Rua António José da Costa, bem como o arranque da instalação das estações”.

O asfaltamento de parte da Avenida da Boavista já está concluído, devolvendo à circulação automóvel as vias descendentes, no sentido do Castelo do Queijo.

Atualmente “os trabalhos desenvolvem-se sobretudo no sentido ascendente da Avenida da Boavista, com a circulação a fazer-se aqui pelo corredor central, de modo a que, conforme planeado, sejam sempre mantidas duas faixas de trânsito em cada sentido”.

O novo serviço da Metro do Porto ligará a Casa da Música à Praça do Império (em 12 minutos) e à Anémona (em 17) em 2024, com recurso a autocarros a hidrogénio, circulando em via dedicada na Avenida da Boavista e em convivência com os automóveis na Avenida Marechal Gomes da Costa.

O investimento inicialmente previsto para o metrobus, de 66 milhões de euros, é totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e os 10 milhões remanescentes poderão ser também financiados pelo PRR, pelo Fundo Ambiental ou pelo Orçamento do Estado.

Estão previstas as estações Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império, no primeiro serviço, e na secção até Matosinhos adicionam-se Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo e Praça Cidade do Salvador (Anémona).

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