Amor, sem preconceitos, é o tema da campanha de Natal da Vodafone

  • + M
  • 1 Dezembro 2023

Assinada pela Wunderman Thompson, produzida pela Krypton e com planeamento da Dentsu, a campanha é "um apelo à reflexão sobre a importância da aceitação e do amor, nas suas diversas formas".

“Por mais que se façam ouvir outras vozes nunca é tarde para ouvires o teu coração” é o mote da campanha de Natal da Vodafone. Lançada esta sexta-feira, o filme fala aceitação e de amor sem preconceitos.

Trata-se “de um apelo à reflexão sobre a importância da aceitação e do amor, nas suas diversas formas, para o bem-estar de cada um, das relações e da sociedade. Lembra-nos que, mesmo que tardiamente por circunstâncias da vida, preconceitos, ou estigmas sociais, é sempre tempo de abrir o coração, reatar ligações e viver a vida com liberdade e verdade”, descreve a operadora.

Assinado pela Wunderman Thompson, com produção da Krypton Films, realização de Augusto Fraga, direção de fotografia de André Szankowski e acompanhamento da Film Brokers e planeamento de meios da Dentsu-Carat, a campanha vai marcar presença em televisão e digital.

‘Listen to your heart’, dos Roxette, é o tema escolhido para o filme, no qual na noite de Natal uma mulher relembra uma relação interrompida pelo receio do preconceito e, inspirada nos familiares mais jovens, dá um primeiro passo para a reatar.

“As novas gerações ensinam a viver o ‘agora’ com autenticidade, respeito e aceitação da diferença, valores que são também os da marca Vodafone. Neste Natal, em que quisemos essencialmente falar de amor, somos desafiados, através do olhar dos jovens, a revisitar a nossa atitude perante o outro. Mas também a relembrar que é sempre tempo de ter a coragem de ouvir o coração nas escolhas que fazemos”, afirma Leonor Dias, diretora de Marca da Vodafone Portugal.

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Global Media só paga salários na próxima semana. Grupo “sem acesso à banca nacional”

  • + M
  • 1 Dezembro 2023

Grupo diz-se sem acesso à banca nacional e aguardar verbas transferidas do estrangeiro, do novo acionista, para pagar os salários. Venda da Lusa será decidida pelo novo Governo.

Com a hipótese de um despedimento coletivo de cerca de 150 trabalhadores em cima da mesa, um pré-aviso de greve da redação do Jornal de Notícias para os dias 6 e 7 de dezembro, e a venda da participação da Lusa ao Estado a cair por terra, a Global Media adiou para a próxima semana o pagamento dos salários de novembro.

Os trabalhadores do grupo não receberam quinta-feira, último dia do mês, e souberam ao final do dia que o processamento dos ordenados só seria feito no início da próxima semana, ainda sem indicação de dia. O atraso deve-se à “impossibilidade de acesso à banca nacional”, diz a comissão executiva.

Devido à gravíssima situação financeira com que se debate o Global Media Group, com a acumulação de elevados prejuízos e a existência de um total défice de tesouraria, o pagamento atempado dos salários no último ano só foi possível devido a transferências feitas pelo acionista Marco Galinha”, escreveu a administração num comunicado enviado ao final da tarde aos trabalhadores e ao qual o +M teve acesso.

Com a alteração recente na estrutura acionista, em grande parte motivada pelo facto de se tornar insustentável para o referido investidor continuar a suportar sozinho a manutenção do GMG, tais transferências passaram a ser suportadas pelo novo acionista, o World Opportunity Fund (WOF). Ao longo destes últimos meses, de modo a assegurar o funcionamento diário do Grupo, tem sido escrupulosamente cumprido o plano de regularização fiscal, bem como o pagamento dos fornecedores essenciais à atividade das diferentes marcas do Grupo”, prossegue o grupo.

Mas, diz agora a administração, “infelizmente, a campanha permanente que tem sido vítima o GMG por parte de alguma concorrência, com a adulteração de factos e criação de falsas narrativas, conjugada com os graves problemas financeiros que há muito vive este Grupo, impossibilitou o acesso à banca nacional por parte do GMG, obrigando assim o recurso a transferências internacionais por parte do WOF, e que têm sido indispensáveis para garantir o pagamento dos salários”.

Assim, “a Comissão Executiva do GMG informa que, por atraso nos procedimentos administrativos e de ‘compliance’ referente à transferência feita pelo WOF, os salários do mês de novembro apenas serão processados no início da próxima semana, logo que as verbas transferidas do estrangeiro estejam acessíveis”, prossegue no comunicado, que se refere à entrada do novo acionista como “uma última alternativa para impedir a falência do Grupo e o encerramento das suas marcas”.

Em outubro, recorde-se, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) confirmou que o fundo de investimento World Opportunity detém 51% do capital social da Páginas Civilizadas, a qual controla, diretamente e indiretamente, 50,25% da Global Media e 22,35% da Lusa.

Governo recua na compra da Lusa

Entretanto, ao início da noite desta quinta-feira, soube-se que o Governo fez marcha-atrás na compra da participação da Global Media e da Páginas Civilizadas na Lusa, ao contrário das expectativas de Marco Galinha, ainda chairman da Global Media.

Em comunicado, o executivo explicou que a operação de compra – de participações de 45,7% na agência de notícias – sempre esteve dependente de “um compromisso político alargado” que deixou de existir.

“No momento atual, não existindo um consenso político alargado, a operação revelou-se inviável. Caberá ao próximo Governo assumir as suas responsabilidades”, refere a nota, antes de acrescentar que caberá à nova equipa encontrar uma “solução que garanta o salutar pluralismo, independência e salvaguarda do serviço público prestado pela Lusa – essencial para o conjunto da comunicação social”.

Um dia antes, na quarta-feira, o PSD tinha defendido que o negócio deveria ser decidido pelo Governo que sair das eleições legislativas marcadas para 10 de março de 2024. O “PSD confirma que tem sido informado das negociações em curso, mas não deu qualquer concordância ao negócio. De resto, entende que face à sensibilidade da matéria deveria ser decida pelo próximo Governo”, tinha avançado ECO fonte autorizada do partido liderado por Luís Montenegro.

O Governo faz, no entanto, questão de deixar claro que o trabalho de casa está feito para concluir o negócio e ser entregue na pasta de transição entre executivos. Desde o passado dia 22 de novembro que a “Direção-Geral do Tesouro e Finanças apresentou, em nome do Estado, uma proposta formal de aquisição”, a que se seguiu um “processo negocial exigente e confidencial, que incluía a liquidação integral da dívida do grupo Global Media à Lusa”.

Antes, a Lusa tinha pedido um estudo a uma empresa independente para avaliar os seus capitais próprios – um dos requisitos “indispensáveis” para a operação. Estudo esse que foi, depois, objeto de um parecer dos serviços do Ministério das Finanças, que finalmente chegou a um “valor para a aquisição das ações”.

O outro requisito, repete o comunicado, era que o “eventual sucesso da operação dependeria sempre da liquidação simultânea da dívida que as empresas do grupo Global Media acumularam, ao longo dos anos, perante a Lusa, e em decorrência dos serviços que lhes foram prestados pela Agência”.

Em paralelo com as exigências financeiras, o Governo vinca que para garantir a autonomia da Lusa – perante um reforço da participação do Estado – estava previsto uma mudança no modelo de governação. No documento foi também assumido que a agência passaria a “disponibilizar os seus serviços sem custos a todos os órgãos de comunicação social”, como uma medida para “apoiar a comunicação social no seu conjunto”.

Para a próxima semana, mas agora sem a alavanca da venda da Lusa, estaria prevista a apresentação do plano de reestruturação do grupo.

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Von der Leyen pede para mais países aderirem aos mercados de carbono

  • Lusa
  • 1 Dezembro 2023

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, incentivou mais países a aderirem aos mercados de carbono para "unirem forças" na luta contra as alterações climáticas.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, incentivou mais países a aderirem aos mercados de carbono para “unirem forças” na luta contra as alterações climáticas e ofereceu a experiência da UE para ajudar outros a aplicá-los. “Todos sabemos que se quisermos manter o aquecimento global abaixo do limite de 1,5 graus (Celsius) temos de reduzir as emissões globais. E há uma forma de o fazer, ao mesmo tempo que se incentiva a inovação e o crescimento – colocar um preço no carbono!“, sublinhou Von der Leyen no seu discurso de abertura da conferência da ONU sobre alterações climáticas (COP28), que decorre no Dubai, Emirados Árabes Unidos.

Ursula von der Leyen explicou que o preço do carbono “empurra o setor privado para a inovação”, ao mesmo tempo que faz com que os grandes poluidores paguem um preço justo, gerando receitas que podem ser reinvestidas na luta contra as alterações climáticas, na inovação e numa transição justa.

Não é apenas uma das ferramentas mais poderosas que temos nas nossas mãos, é também uma das mais experimentadas e fiáveis”, reconheceu, antes de salientar que “governos de todos os continentes embarcaram numa viagem semelhante“, como no caso da Zâmbia, Canadá, China, Nova Zelândia e Cazaquistão, entre outros.

Apesar de já existirem 73 mercados de carbono em todo o mundo, Von der Leyen salientou que estes “apenas cobrem 23% das emissões globais”, uma percentagem que apelou a que fosse aumentada para se conseguir uma redução mais rápida das emissões. “Esta percentagem irá criar condições equitativas para o comércio internacional e aumentar as receitas para a ação climática global, incluindo nos países em desenvolvimento“, afirmou.

Para que mais países adiram ao sistema, a presidente da Comissão Europeia apresentou a experiência da UE, onde, em 18 anos, as emissões abrangidas por este sistema “diminuíram quase 40%, enquanto a economia continuou a crescer” e foram obtidos mais de 175 mil milhões de euros em receitas, que são utilizadas “exclusivamente” para a ação climática, incluindo nos países em desenvolvimento.

Von der Leyen considera igualmente necessário que os capitais privados sejam canalizados para estes créditos de carbono, mas reconhece que os investidores precisam de ter a certeza de que se trata de projetos eficazes. Por isso, defendeu o estabelecimento de normas comuns para os projetos que reduzem as emissões.

Consciente de que a COP28 é um momento “essencial” para avançar em direção a estes objetivos e para estabelecer o quadro de cooperação internacional e um ponto de referência “sólido” para os mercados de créditos de carbono, Von der Leyen apelou à “união de forças” neste empreendimento comum, uma vez que “nenhum país o pode fazer sozinho”.

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CIP pede cinco medidas imediatas para assegurar estabilidade

  • ECO
  • 1 Dezembro 2023

A CIP propõe uma carta-compromisso ao Governo e outras instituições, para diminuir os riscos resultantes da crise política. E sugere medidas imediatas.

A CIP – Confederação Empresarial de Portugal divulgou um comunicado apelando aos órgãos de soberania “para que, neste contexto incerto e difícil, diminuam os riscos, atuando decisivamente para que tanto o Orçamento de Estado, como a execução dos fundos estruturais, nomeadamente o PRR, cuja execução tem sido marcada por atrasos e dificuldades, e os investimentos infraestruturais que Portugal precisa, possam concretizar-se de forma estável e adequada”.

A Confederação avança com a iniciativa de uma carta-compromisso para evitar uma “situação institucionalmente instável que condicione a execução orçamental e limite ainda mais o necessário investimento público em Portugal”, afirma.

A “urgência e a necessidade de um grande consenso nacional” que a CIP quer promover passa, no imediato, por cinco medidas concretas:

  • Continuidade dos avisos do PRR e do PT2030 já lançados;
  • Concretização do plano de avisos já anunciados para o PRR e PT2030;
  • Atualização dos preços regulados com referência à taxa de inflação esperada;
  • Aplicação do regime excecional e temporário do aumento dos preços com impacto em contratos públicos;
  • Injeção de capital ou decisões ministeriais para liquidação dos compromissos do Estado, nomeadamente pagamentos contratualizados e dívidas vencidas.

Na sequência do envio do esboço da Carta-compromisso, a CIP está a solicitar audiências aos destinatários disponibilizando-se para a promoção desse entendimento, “quer por via de uma iniciativa de vinculação dos seus associados, quer por via do seu apoio explícito a um tal entendimento”, conclui a Confederação.

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#60 O milagre da rosa no “hasta la vista” a Costa

  • ECO
  • 1 Dezembro 2023

O PS aprovou o último orçamento com muitas medidas que fazem lembrar o milagre da rosa. Menos IRS, mais salários, a olhar para as eleições. "O Mistério das Finanças" é o podcast semanal do ECO.

O PS aprovou o último orçamento com muitas medidas que fazem lembrar o milagre da rosa. Menos IRS, mais salários, a olhar para as eleições. O Mistério das Finanças desta semana, com os jornalistas Pedro Santos Guerreiro e António Costa, avaliam a proposta de Montenegro, o acordo de Pizarro com os médicos e a falta de ciência de Elvira Fortunato.

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O Mistério das Finanças é um podcast semanal do ECO, apresentado pelos jornalistas António Costa e Pedro Santos Guerreiro, disponível em áudio e vídeo nas principais plataformas.

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Governo em gestão quer lançar concurso para o TGV em janeiro

  • ECO
  • 1 Dezembro 2023

Para não falhar prazos de candidatura a fundos europeus, o primeiro-ministro planeia avançar com o concurso para a nova linha de alta velocidade Lisboa-Porto em janeiro.

Embora em gestão corrente, o Governo quer lançar o concurso para o primeiro troço da nova linha de alta velocidade Lisboa-Porto no próximo mês de janeiro, afirma o jornal Expresso. A candidatura do projeto a fundos europeus tem de obedecer a prazos específicos o que levou o primeiro-ministro em exercício a “sinalizar a necessidade de acordo com Luís Montenegro e novo líder do PS”.

Segundo o jornal, o projeto do TGV está apenas à espera que a Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos (UTAP) conclua o trabalho técnico sobre a viabilidade jurídica e financeira do projeto.

Após o debate com Luís Montenegro e do novo líder socialista, o concurso avançará no prazo previsto, em janeiro de 2024, cumprindo o calendário e com “isso fortalecendo a candidatura aos fundos europeus ao abrigo do Connecting Europe Facility”, refere o jornal.

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Bolsa de Lisboa inverte tendência e abre a cair 0,11%

  • Lusa
  • 1 Dezembro 2023

A Bolsa de Lisboa abriu hoje, 1 de dezembro, em terreno negativo, contrariando a tendência das últimas sessões, com o índice PSI a descer 0,11% para 6.467,28 pontos.

A Bolsa de Lisboa abriu esta sexta feira em terreno negativo, contrariando a tendência das últimas sessões, com o índice PSI a descer 0,11% para 6.467,28 pontos.

Na quinta-feira, a Bolsa de Lisboa encerrou em alta, pela sexta sessão consecutiva, com o índice PSI a valorizar 0,54% para 6.474,58 pontos.

Das 16 cotadas que integram o índice PSI, 12 terminaram a sessão em alta e quatro em baixa.

No resto da Europa, Paris subiu 0,59%, Londres 0,41%, enquanto Frankfurt valorizou 0,30%. A contrastar, Madrid encerrou em ligeira baixa, caindo 0,04%.

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Marcelo convoca Conselho de Estado para debater crise política nos Açores

  • ECO e Lusa
  • 30 Novembro 2023

A nova reunião do Conselho de Estado está marcada para o próximo dia 11 de dezembro e irá focar-se na crise política açoriana, depois do chumbo do orçamento regional.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou de novo o Conselho de Estado para debater a situação política nos Açores, depois desta quinta-feira ter ouvido os vários partidos políticos da região autónoma. A reunião está marcada para o próximo “dia 11 de dezembro”, indica uma nota no site da presidência.

Na nota, a Presidência da República refere que os partidos foram ouvidos “sobre a situação política na Região Autónoma dos Açores, na sequência da não aprovação do orçamento para 2024, incluindo, designadamente, sobre a matéria constante do disposto na alínea j) do artigo 133.º da Constituição da República Portuguesa”. Nos termos da alínea j) do artigo 133.º da Constituição, compete ao Presidente da República “dissolver as Assembleias Legislativas das regiões autónomas, ouvidos o Conselho de Estado e os partidos nelas representados”.

Esta quinta, após a reunião com Marcelo, o próprio presidente do executivo dos Açores, José Manuel Bolieiro, do PSD, e os outros dois partidos da coligação de Governo, CDS-PP e PPM, defenderam que deve haver eleições regionais antecipadas, perante a perspetiva de novo chumbo se fosse apresentada uma segunda proposta de orçamento regional para 2024.

A proposta de orçamento foi chumbado há uma semana, na generalidade, com votos contra do PS, BE e IL e abstenções do Chega e do PAN, tendo recebido apenas votos favoráveis dos três partidos que integram o Governo Regional, PSD, CDS-PP e PPM, e do deputado independente Carlos Furtado, ex-Chega.

O presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, anunciou na altura que o executivo tencionava apresentar nova proposta de orçamento, mas esta quinta declarou que isso seria inútil e defendeu que deve ser dada “voz ao povo” para que se chegue a uma solução de governação “com estabilidade”.

O artigo 15.º da Lei 79/98, Lei de Enquadramento do Orçamento da Região Autónoma dos Açores, prevê que, quando a Assembleia Legislativa Regional não aprovar a proposta de Orçamento para a região, “o Governo Regional deverá apresentar à Assembleia Legislativa Regional uma nova proposta de Orçamento para o respetivo ano económico no prazo de 90 dias sobre a data da rejeição”.

Logo a seguir ao chumbo da proposta de orçamento regional, o Presidente da República convocou os partidos com assento no parlamento açoriano. O executivo chefiado por José Manuel Bolieiro deixou de ter apoio parlamentar maioritário desde que um dos dois deputados eleitos pelo Chega se tornou independente e o deputado da Iniciativa Liberal rompeu com o respetivo acordo de incidência parlamentar, em março deste ano.

O Governo de coligação PSD/CDS-PP/PPM mantém um acordo de incidência parlamentar com o agora deputado único do Chega no parlamento açoriano. Nas regionais de 25 de outubro de 2020, o PS perdeu a maioria absoluta que detinha há 20 anos na Assembleia Legislativa Regional dos Açores, apesar de continuar o partido mais votado, elegendo 25 deputados em 57. O BE elegeu 2 deputados, o PAN 1, enquanto a CDU não conseguiu nenhum eleito.

À direita, o PSD elegeu 21 deputados, o CDS-PP 3, o Chega 2 – um dos quais se tornou entretanto independente – o PPM também 2 e a Iniciativa Liberal um, que formaram uma maioria que entretanto se desfez.

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Associação revoltada com fiscalização no setor das agências de viagens

  • Lusa
  • 30 Novembro 2023

"Cada vez temos mais ilegais, que simplesmente atuam sem RNAVT [Registo das agências de viagens e turismo], de forma absolutamente impune", diz presidente, que critica ASAE.

O presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) manifestou esta quinta-feira a sua “estupefação e revolta” pelo estado da fiscalização no setor, dado o crescente número de empresas ilegais, criticando a ASAE.

“Cada vez temos mais ilegais, que simplesmente atuam sem RNAVT [Registo das agências de viagens e turismo], de forma absolutamente impune. Durante a minha presidência, fizemos mais de 100 denúncias à ASAE, por prática de atividade de agência de viagens, sem RNAVT”, afirmou no 48.º Congresso da APAVT, que começou hoje no Porto.

Denúncias que, segundo a associação, estão sem resposta. “A nossa principal dúvida é o que acontecerá primeiro, o regresso de D. Sebastião, ou a receção da primeira resposta por parte da ASAE”, disse.

A APAVT voltou ao Porto, mais de duas décadas depois, para realizar o 48.º congresso, que decorre até sábado, e que tem como tema a “Inteligência Artificial, a Revolução do Século XXI”.

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PCP acusa Governo de “sabotar a vida da TAP”

Comunistas enviaram pergunta ao Governo a questionar sobre o atraso na publicação dos contratos coletivos assinados entre a administração da TAP e os sindicatos.

O grupo parlamentar do PCP solicitou esclarecimentos ao primeiro-ministro e ao ministro das Finanças sobre a recusa do Governo em publicar os acordos coletivos já assinados entre a administração da TAP e os sindicatos. A falta dessa publicação levou a administração da companhia aérea a suspender o pagamento de um valor adicional que desde agosto compensava os cortes salariais.

A publicação não aconteceu porque os documentos não foram assinados pelos governantes – e a Administração da TAP, a partir deste mês, retomou os cortes salariais sobre quase todos os trabalhadores (o Acordo de Empresa assinado com os Pilotos está assinado e publicado)”, acusa o PCP na pergunta dirigida ao Executivo.

Para os comunistas, “este comportamento do Governo só tem uma explicação: sabotagem”. “O Governo está propositadamente, por mesquinhas razões políticas, a sabotar a vida da TAP e dos trabalhadores da TAP para tentar demonstrar a necessidade de esta ser privatizada, de a esta ser aplicada a medida que o Governo defende”, acrescenta o partido.

A negociação de novos acordos de empresa (AE) levou a companhia aérea a compensar a aplicação dos cortes salariais de 20% previstos no Plano de Reestruturação, através do pagamento de um valor adicional. Uma prática interrompida em novembro, conforme noticiou esta terça-feira o Expresso, por as Finanças não terem ainda dado luz verde a todos os acordos de empresa celebrados com os sindicatos.

O ministério liderado por Fernando Medina rejeita qualquer responsabilidade: “O Ministério das Finanças não foi informado nem consultado sobre alterações no processamento de vencimentos, sendo também alheio a comunicações entre a Comissão Executiva e os trabalhadores da empresa“, afirmou em resposta ao ECO.

As Finanças informaram ainda que à data da última reunião com a administração da TAP, no início da semana passada, só tinham conhecimento de quatro acordos de empresa, de um total de nove, e que iriam dar luz verde aos mesmos.

Para o PCP, “o facto de a TAP, sob gestão pública, ter podido reverter os cortes salariais, estar a dar lucro e ter reconstruído um clima de respeito entre a Administração e os representantes dos trabalhadores, parece não ser do agrado do Governo”.

O partido rejeita que a crise política ou a demissão do Executivo venha a inviabilizar a assinatura dos acordos. “Não só a contratação coletiva livremente negociada já podia estar publicada nessa altura, como continua a poder ser publicada agora com o governo em gestão”, sustenta o grupo parlamentar.

“Este comportamento do Governo tem a agravante de colocar os trabalhadores da TAP perante a ameaça de terem de devolver ‘os adiantamentos’, o que introduz fatores de desestabilização da empresa”, afirma ainda o PCP.

E deixa a pergunta: “Vai o Governo adotar as medidas necessárias para que a Contratação Coletiva, assinada entre a Administração da TAP e os Sindicatos da TAP, seja publicada imediatamente?”

Na resposta enviada ao ECO, o Ministério indicou que foi solicitado à comissão executiva liderada por Luís Rodrigues que submetesse “com caráter de urgência todos os Acordos de Empresa entretanto subscritos e que, na inexistência de qualquer inobservância legal ou regulamentar, os mesmos seriam autorizados”. Até dia 28, encontrava-se pendente na TAP apenas um contrato.

Para atenuar o impacto financeiro nos trabalhadores, a administração da transportadora aérea decidiu antecipar o pagamento do subsídio de Natal, que costuma ser entregue apenas em meados de dezembro.

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Governo recua na compra da Lusa. Sem um “consenso político alargado, a operação revelou-se inviável”

  • ECO
  • 30 Novembro 2023

Sem um "compromisso político alargado" para a compra das participações de 45,7% na Lusa, o Governo diz que deixam de estar "reunidas as condições para concluir a operação".

O Governo fez marcha atrás na compra das participações da agência Lusa ao Global Media Group e Páginas Civilizadas. Em comunicado, o executivo explica que a operação de compra – de participações de 45,7% na agência de notícias – sempre esteve dependente de “um compromisso político alargado” que deixou de existir.

“No momento atual, não existindo um consenso político alargado, a operação revelou-se inviável. Caberá ao próximo Governo assumir as suas responsabilidades”, refere a nota, antes de acrescentar que caberá à nova equipa encontrar uma “solução que garanta o salutar pluralismo, independência e salvaguarda do serviço público prestado pela Lusa – essencial para o conjunto da comunicação social”.

Um dia antes, o PSD tinha defendido que o negócio deveria ser decidido pelo Governo que sair das eleições legislativas marcadas para 10 de março de 2024. O “PSD confirma que tem sido informado das negociações em curso, mas não deu qualquer concordância ao negócio. De resto, entende que face à sensibilidade da matéria deveria ser decida pelo próximo Governo”, tinha avançado ECO fonte autorizada do partido liderado por Luís Montenegro.

O Governo faz, no entanto, questão de deixar claro que o trabalho de casa está feito para concluir o negócio e ser entregue na pasta de transição entre executivos. Desde o passado dia 22 de novembro que a “Direção-Geral do Tesouro e Finanças apresentou, em nome do Estado, uma proposta formal de aquisição”, a que se seguiu um “processo negocial exigente e confidencial, que incluía a liquidação integral da dívida do grupo Global Media à Lusa”.

Antes, a Lusa tinha pedido um estudo a uma empresa independente para avaliar os seus capitais próprios – um dos requisitos “indispensáveis” para a operação. Estudo esse que foi, depois, objeto de um parecer dos serviços do Ministério das Finanças, que finalmente chegou a um “valor para a aquisição das ações”.

O outro requisito, repete o comunicado, era que o “eventual sucesso da operação dependeria sempre da liquidação simultânea da dívida que as empresas do grupo Global Media acumularam, ao longo dos anos, perante a Lusa, e em decorrência dos serviços que lhes foram prestados pela Agência”.

Em paralelo com as exigências financeiras, o Governo vinca que para garantir a autonomia da Lusa – perante um reforço da participação do Estado – estava previsto uma mudança no modelo de governação e “disponibilizar os seus serviços sem custos a todos os órgãos de comunicação social”, como uma medida para “apoiar a comunicação social no seu conjunto”.

Assim, o Governo preparava-se para rever, no próximo ano, a indemnização compensatória da Lusa, depois do aumento deste ano, e também o contrato de serviço público. “Esta medida, que dispunha já de enquadramento orçamental para 2024, afigurava-se uma escolha eficiente para apoiar a comunicação social de maneira transversal”, assinala o comunicado.

Pelo plano estratégico passava ainda a criação de um “novo órgão de supervisão com poderes efetivos na designação da administração da empresa” – onde teriam assento associações representativas da imprensa, rádio e televisão, de âmbito nacional e regional, de meios públicos e privados e sindicato dos jornalistas, entre outros.

“O novo modelo de governação, assim constituído, seria um garante efetivo de que a Lusa estaria protegida de qualquer risco de captura política”, acrescenta o comunicado.

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Cofina lucra 8 milhões com venda aos quadros e Ronaldo

Venda do negócio de media aos quadros e Ronaldo rendeu uma mais-valia de oito milhões de euros à Cofina.

A Cofina revelou esta quinta-feira que a venda do negócio dos jornais ao grupo de quadros (MBO) e outros investidores, incluindo Cristiano Ronaldo, deverá resultar numa mais-valia de oito milhões de euros.

A venda da Cofina Media, que tem os títulos Correio da Manhã, CMTV, Record, Sábado e Jornal de Negócios, foi concretizada no passado dia 8 de novembro, por 56,8 milhões de euros, com a venda a Luís Santana, Ana Dias, Octávio Ribeiro, Isabel Rodrigues, Carlos Rodrigues, Luís Ferreira, Carlos Cruz, Cristiano Ronaldo, Domingos Vieira de Matos, Paulo Fernandes e João Borges de Oliveira, através da sociedade veículo Expressão Livre.

A Cofina adianta que a mais-valia de oito milhões ainda é uma “mera estimativa” e que o valor final será ainda “objeto de validação por parte dos auditores” e que será revelado ocorrerá com a publicação do relatório e contas de 2023.

As ações da Cofina desvalorizam cerca de 0,5% para 0,422 euros esta quinta-feira.

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