Há pelo menos quatro projetos que vão transitar do Portugal 2020 para o quadro seguinte

Expansão do Metro de Lisboa, sistema de mobilidade do Mondego, modernização da Linha de Cascais e do troço Ovar-Gaia da Linha do Norte são exemplos.

Os atrasos nas obras financiadas com fundos europeus devido aos constrangimentos criados pela guerra na Ucrânia, a inflação ou a escassez de mão-de-obra levam a que alguns dos investimentos previstos no Portugal 2020 não estejam concluídos a tempo e por isso podem transitar para o quadro comunitário seguinte.

De acordo com a Agência para o Desenvolvimento & Coesão há quatro projetos que “poderão continuar a serem financiados no Portugal 2030, neste caso no âmbito do Sustentável 2030”, disse ao ECO fonte oficial da Agência.

Em causa está a expansão do Metro de Lisboa; a modernização da Linha Ferroviária de Cascais, da Infraestruturas de Portugal; o sistema de Mobilidade do Mondego, que consiste na aplicação de um sistema MetroBus, também a cargo da Infraestruturas de Portugal e a Linha do Norte, nomeadamente a modernização do troço Ovar-Gaia (2.ª fase) feita também pela Infraestruturas de Portugal.

Estes projetos já tinham apoio do PT2020, através do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), mas, sobretudo nos projetos financiados pelo Fundo de Coesão, é habitual que estes transitem entre quadros. Não está em causa um duplo financiamento – até porque no PT2030 foi criado um artigo específico a proibir o duplo financiamento com fundos europeus (que já era) – mas o apoio a fases diferentes dos projetos.

Por exemplo, no caso do Metropolitano de Lisboa, em agosto deste ano, o Governo decidiu substituir cerca de 90 milhões de euros de financiamento das obras de expansão do Metro assegurados pelo Orçamento do Estado por verbas do PT2030. A ideia já estava prevista na resolução de Conselho de Ministros de dezembro do ano passado, onde foi autorizado um aumento do custo da obra em 121,22 milhões. Este projeto é financiados pelo Fundo Ambiental em 134 milhões; pelo POSEUR em 103 milhões e 94 milhões pelo Sustentável 2030, o programa sucessor do POSEUR no PT2030.

Recorde-se que já em 2022, o Ministério da Coesão, para acelerar a execução dos fundos do Portugal 2020 decidiu lançar “avisos de overbooking condicionado, que permitem criar uma bolsa de projetos já com muita elevada execução, para cobrir eventuais quebras de execução”, explicou na altura fonte oficial do Ministério da Coesão. O objetivo era abrir “avisos de concurso ainda no PT2020, para “haver “tesouraria para a execução dos projetos, que depois” poderiam “transitar para o PT2030”, o que permitiria “iniciar mais cedo a execução do próximo quadro”, acrescentou a mesma fonte.

Mas a transferência de projetos também pode acontecer ao nível das empresas. Pelo menos desde o QREN que há projetos de qualidade que transitam de um quadro comunitário para outro. Além disso, de acordo com as regras comunitárias, o PT2030 tem elegibilidade desde 1 de janeiro de 2021, embora as regras do Sistema de Incentivos, por causa do regime dos auxílios de Estado, só aceite despesas após a data da entrega da candidatura, por isso, tem-se vulgarizado a prática de as empresas registarem o interesse em candidatar-se porque essa é a data válida para a elegibilidade da despesa.

A transferência de um quadro para outro exige ainda que o promotor “carimbe” que aceita passar do PT2020 para o PT2030. Esta é uma prática bastante frequente para as candidaturas ao ensino profissional e para as bolsas financiadas com verbas europeias.

Nota: A AD&C referiu por lapso a modernização do Troço Nine-Valença Fronteira (2.ª Fase), da Linha do Minho, como um dos projetos que transitava do PT2020 para o PT2030. A referência foi eliminada do artigo a 29 de novembro.

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Vales eficiência para famílias vulneráveis com mais de 12.000 candidaturas em sete dias

Logo no primeiro dia foram submetidas 4.006 candidaturas e, em cinco dias, já eram 9.487 as submissões.

No início da semana passada, dia 20 de novembro, abriram as candidaturas aos novos Vales Eficiência para apoiar famílias vulneráveis. Em sete dias contam-se 12.397 candidaturas, indica o Ministério do Ambiente, em resposta ao ECO/Capital Verde.

Logo no primeiro dia foram submetidas 4.006 candidaturas e, em cinco dias, já eram 9.487 as submissões. Estes números têm em conta tanto os candidatos que já se sabe serem elegíveis, pois a candidatura foi enviada por facilitadores, como os candidatos ainda por avaliar, cuja candidatura foi submetida pelos próprios.

Este programa disponibiliza um máximo de três vales, no valor de 1.300 euros por beneficiário. Um montante que servirá para financiar três intervenções diferentes, desde a substituição de janelas por modelos mais eficientes até à instalação de sistemas de águas quentes sanitárias e sistemas de climatização (bombas de calor, sistemas solares térmicos, caldeiras e recuperadores a biomassa), até à instalação de sistemas fotovoltaicos e outros equipamentos de produção de energia renovável para autoconsumo, com ou sem armazenamento.

O público-alvo são as famílias mais vulneráveis que têm direito à tarifa social da eletricidade e/ou à bilha solidária, ou que que tenham pelo menos um dos membros do agregado beneficiário das prestações sociais mínimas. Isto independentemente de serem proprietárias, arrendatárias ou usufrutuárias da habitação que se candidata ao Vale Eficiência.

O programa Vale Eficiência também recebe candidaturas de fornecedores, isto é, empresas que interessadas em realizar as intervenções abrangidas pelo apoio. Em paralelo, avança o ministério da tutela, já se foram inscrevendo também fornecedores, contando-se, até à data, um total de 75.

O prazo para apresentação das candidaturas, tanto dos beneficiários como dos fornecedores, decorre desde a passada segunda-feira (20 de novembro) até às 17h59 do dia 31 de outubro de 2024 — a não ser que a dotação de 104 milhões se esgote antes. Para saber mais sobre este apoio, o Capital Verde publicou um Descodificador.

No novo aviso, será feito um adiantamento de 20% do valor de intervenção com a cativação de vales. Os restantes 80% serão transferidos para o prestador de serviços depois da validação da implementação das medidas por parte do Fundo Ambiental. As candidaturas podem ser feitas até às 17h59 horas do dia 31 de julho de 2025.

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Afinal, que pensões quer Luís Montenegro subir?

Montenegro prometeu um "rendimento mínimo garantido" de 820 euros para os pensionistas, que se aplica apenas ao CSI. Especialistas desvalorizam impacto orçamental mas alertam para possível injustiça.

O PSD prometeu subir o “rendimento mínimo garantido por pensionista” para 820 euros em 2028, mas apenas para quem recebe o Complemento Solidário para Idosos (CSI). Os especialistas ouvidos pelo ECO consideram que aumento dessa prestação não teria um impacto orçamental muito significativo, mas alertam para a necessidade de evitar situações de injustiça face a outros pensionistas. Hoje são menos de 135 mil os que beneficiam desta prestação.

A história começa no domingo, dia 26 de novembro. Luís Montenegro aproveitou o encerramento do 41.º Congresso do PSD para fazer uma série de promessas aos portugueses, já com um olho na ida às urnas de março do próximo ano.

Vamos garantir o pagamento das pensões e das reformas em Portugal“, começou por sublinhar o social-democrata, no que diz respeito às reformas. “Não vamos cortar um cêntimo a nenhuma pensão”, garantiu Luís Montenegro, que não tardou a detalhar as duas propostas pensadas pelo PSD para os pensionistas.

Por um lado, os sociais-democratas asseguram que, ganhando as eleições de março, vão cumprir a lei das pensões, que tem por base a evolução da economia e da inflação.

Esta promessa é particularmente relevante visto que este ano, face aos níveis históricos da inflação, o Governo de António Costa decidiu fatiar o cumprimento da lei, em vez de a aplicar plenamente em janeiro. É também importante porque, durante o período da troika, com o PSD no poder, as pensões ficaram congeladas.

Por outro lado, Luís Montenegro prometeu que “de forma gradual e até ao final da legislatura” irá colocar o valor de referência do CSI em 820 euros. “Isto traduz-se no seguinte: até 2028, o rendimento mínimo garantido dos pensionistas portugueses será de 820 euros“, explicou o político.

A confusão instalou-se. Ao referir o “rendimento mínimo“, Luís Montenegro gerou muitas dúvidas e não faltou quem pensasse que o PSD estaria a prometer uma subida da pensão mínima.

O líder da bancada do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, acabaria por vir confirmar que o que está em causa é mesmo a vontade de subir apenas o valor de referência do CSI, e não o limite mínimo das pensões contributivas.

“Este mecanismo [CSI] garante que nenhum pensionista tem um rendimento total abaixo de um determinado valor e é esse valor que nós queremos subir de uma forma ambiciosa, mas realista, para garantir que, em 2028, nenhum pensionista tem um rendimento total inferior a 820 euros“, disse em declarações à TSF.

Mas ainda que o Complemento Solidário para Idosos, como o nome indica, complemente as pensões (de velhice, de sobrevivência ou de invalidez), o seu cálculo não é tão direto que se possa considerar que, por esta via, está fixado um mínimo para as reformas, de modo global.

Em concreto, hoje a Segurança Social paga em CSI a diferença entre os recursos do pensionista e 488,22 euros, mas nesses recursos cabem não apenas as pensões. Entram também os rendimentos de capital, os rendimentos prediais, os incrementos patrimoniais, uma percentagem do património mobiliário e imobiliário, o valor pago pela Segurança Social para ajudar com o custo do lar, transferências de dinheiro realizadas por pessoas singulares ou coletivas, públicas ou privadas, e até, nalguns casos, os rendimentos dos filhos, mesmo que esses nada transfiram para os pais.

Aliás, se os rendimentos de um filho solteiro superarem os 2.092,37 euros brutos, o idoso já não tem direito ao CSI, nota um guia da Segurança Social.

Com este desenho, atualmente o CSI chega, então, a menos de 135 mil beneficiários, de acordo com os dados mais recentes publicados pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento da Segurança Social. E o valor médio da prestação é de 143,30 euros.

Para 2024, o Governo de António Costa já indicou que irá aumentar o valor de referência (o tal que serve para calcular a diferença e que permite à Segurança Social apurar que valor pagar) para 550 euros, antecipando a convergência desta prestação com o limiar da pobreza, o que estava previsto para 2026.

Segundo o Orçamento do Estado, com esta subida do valor de referência, mais 27 mil reformados passam a poder receber o CSI, mas, atenção, a atribuição não é automática. É preciso que o pensionista peça à Segurança Social.

Para já, o PSD não deu sinais de querer fazer outras alterações (por exemplo, excluir os filhos dos cálculos) além do referido valor de referência.

Impacto orçamental não muito significativo

Na sua intervenção no domingo, Luís Montenegro garantiu que o objetivo de reforçar o valor de referência do CSI “é realizável e não coloca em causa o equilíbrio das contas públicas“, garantindo que o PSD já tem as contas feitas.

Até ao momento, os sociais-democratas não apresentaram esses números. Mas Jorge Bravo, economista e coordenador do programa do PSD para a área da Segurança Social nas últimas eleições, prevê que o impacto orçamental não seria muito grande, uma vez que a medida se destina a apenas “alguns grupos”. “Não creio que fosse uma medida que gerasse um impacto desproporcionado“, indica em declarações ao ECO.

Para o economista, esta é uma medida positiva para combater a pobreza em Portugal, já que os grupos mais expostos a situações de vulnerabilidade são, regra geral, os idosos e crianças, salienta.

Mas deixa um alerta: que ter cuidado para que esse reforço do CSI não colida com as prestações contributivas. Isto é, “não faria sentido que alguém que fez um esforço contributivo” — e que, por isso, recebe uma pensão de velhice — acabasse com um rendimento menor, diz, do que quem tem direito ao complemento.

No mesmo sentido, Daniel Carolo, professor do ISCTE, defende que, a haver um aumento do limiar do CSI, tem de beneficiar todos os reformados, e não apenas para aqueles que hoje têm essa prestação.

PS aproveita dúvidas para atacar PSD

Nos debates parlamentares que se seguiram à intervenção de Luís Montenegro, o PS não poupou críticas à confusão gerada em torno da promessa do PSD.

Logo na segunda-feira, André Pinote Batista acusou o PSD de eleitoralismo ao “prometer tudo e mais alguma coisa” e atirou que Montenegro teve de ser desmentido por Miranda Sarmento. A bancada do PSD rejeitou tal cenário, afirmando que o PS está a criar uma “nuvem de mentiras“.

Já fora do Parlamento, Pedro Nuno Santos escreveu no X (antigo Twitter) que “a proposta do PSD sobre as pensões não durou dois dias“. “E dizia Luís Montenegro que era ‘sem truques'”, ironizou o ex-ministro, que está na corrida à liderança do PS.

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Ministério Público iliba Siza Vieira, Medina e Duarte Cordeiro nas suspeitas de ajustes diretos à Linklaters

Em causa estavam ajustes diretos à Linklaters, de que era sócio o ex-ministro da Economia, Siza Vieira, e que teria recebido mais de 800 mil euros por serviços jurídicos contratados pela autarquia.

Fernando Medina, Duarte Cordeiro, Pedro Siza Vieira e Graça Fonseca, atuais ou ex-membros do Governo de António Costa, foram ilibados pelo Ministério Público (MP) no caso dos alegados ajustes diretos irregulares e eventual violação das regras da contratação pública.

“Este inquérito conheceu o despacho final de arquivamento relativamente a todos os investigados”, avança fonte oficial da Procuradoria-Geral da República ao ECO/Advocatus. O ECO sabe que o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa considerou não haver “qualquer indício criminal na matéria em apreço” e considerou que esta investigação foi dada como terminada porque seria uma perda de recursos e tempo se continuasse. A investigação foi iniciada em 2016.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, estava a ser investigado por uma série de ajustes diretos no tempo em que era presidente da Câmara de Lisboa. Em causa estavam ajustes diretos ao escritório de advogados onde o ex-ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, era sócio. Entre 2014 e 2018, a Linklaters teria recebido mais de 800 mil euros por serviços jurídicos contratados pela autarquia. Desde 2013 que a Linklaters fez 25 contratos por adjudicação direta com a Câmara, ainda que apenas dois tenham sido feitos com Siza Vieira no Governo.

O DIAP de Lisboa estava desde 2016 com este dossiê em mãos, que envolvia o atual ministro das Finanças, Fernando Medina; o ex-ministro da Economia, Pedro Siza Vieira; a antiga ministra da Cultura, Graça Fonseca; e o atual ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro. Foram precisos sete anos para que o MP percebesse que não havia fundamento criminal nesta investigação.

Fernando Medina foi presidente da autarquia de Lisboa de abril de 2015 a outubro de 2021. Graça Fonseca e Duarte Cordeiro eram vereadores da mesma. Estes contratos que estavam sob suspeita foram assinados por Medina quando ainda era vereador, e por Duarte Cordeiro e Graça Fonseca, também vereadores, quando Medina já era presidente da Câmara. Suspeitava a investigação que os ajustes diretos teriam lesado o erário público em milhares de euros, ao violarem a lei da contratação pública.

Em 2018, já o escritório Linklaters, à data do então ministro Pedro Siza Vieira, recebera mais de um milhão de euros de ajustes diretos da Câmara de Lisboa, não só durante o mandato de Fernando Medina mas também durante a presidência da autarquia de António Costa, atual primeiro-ministro.

A Linklaters terá ganho mais de 800 mil euros em serviços jurídicos prestados, direta ou indiretamente, à autarquia da capital. E mais de meio milhão de euros estavam sob investigação pelo Ministério Público, sendo que a maioria dos contratos investigados diziam respeito aos litígios do Parque Mayer e da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL).

O último pagamento à sociedade de advogados Linklaters decorreu já em 2021, depois das autárquicas, numa altura em que Fernando Medina já sabia que tinha perdido a câmara para Carlos Moedas. O primeiro contrato que estava sob suspeita data de 28 de novembro de 2014, num total de 86 mil euros que foram pagos à Linklaters por ajuste direto por serviços relacionados com o conflito entre a Câmara de Lisboa e o Parque Mayer.

Na altura que esta investigação foi tornada pública, Duarte Cordeiro, atual ministro do Ambiente, afirmou apenas que “todos os processos de contratação relacionados com os serviços jurídicos eram instruídos pelos serviços da câmara”, e que nunca foi ouvido. Fernando Medina disse não ter conhecimento de qualquer investigação: “Não fui ouvido a qualquer título, nem constituído arguido”, referindo que a contratação da Linklaters se concentrou nos processos da EPUL e Bragaparques. “A contratação da mesma empresa decorreu do facto de os processos serem os mesmos”, sublinhou Medina.

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5ª Conferência sobre o Combate ao Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo

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  • 29 Novembro 2023

Em encontro de especialistas promovido pelo OPCR e pelo ECO, debateu-se a deteção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.

No âmbito da 5ª Conferência sobre o Combate ao Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo, organizada pelo OPCR e pelo ECO, promoveu-se o encontro de especialistas de diferentes setores com o objetivo de avaliar o estado atual do sistema preventivo global, debater as melhores práticas e a promoção do combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.

A conferência contou com a presença de Miguel Trindade Rocha, Partner da stinma e Presidente Executivo da OPCR; Gonçalo Miranda, Head of the Portuguese Delegation to the FATF; Grahame White, Director, Luxfin, former Head of European Operations, ACAMS e former Detective da New Scotland Yard; Jonathan Sanam, Head of Asia, Middle East, and Europe, QDE; André Prazeres Henriques, Chief Compliance Officer do BPI; Gabriel de Magalhães, Director and Head of Internal Audit, BPG; Vogal da Direção, IPAI; Tiago Monteiro, Director da EY; Bruno Azevedo Rodrigues, Sócio da Abreu Advogados; António Oliveira, Diretor, UIF-PJ; Duarte Santana Lopes, Sócio da Morais Leitão; Mariana Raimundo, Consultant, stinma; ex-Diretora, UIF-PJ; Lia Millecamps, Partner, stinma, Vogal da Direção Executiva, OPCR; David Silva Ramalho, Advogado da Morais Leitão, Docente, FDUL; Giovanni Paolo Goeloe, Compliance Officer, Anycoin Direct; Hanna Deleanu, Strategic Advisor, Kismet; Rui Patrício, Sócio da Morais Leitão, Vogal da Direção Executiva, OPCR; Francisca Costa, Country Manager, Whistleblower Software; Lara Reis, Head of Regulatory Affairs do Novo Banco; Patrique Fernandes, Partner, stinma; José Costa Pinto, Sócio da Costa Pinto, Vogal da Direção, OPCR; Nuno Moraes Bastos, Head of Corporate Secretary, Compliance & DPO, Galp, Presidente, OPCR.

 

 

 

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Criptomoedas: desafio gigante no combate ao branqueamento

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  • 29 Novembro 2023

“As sanções devem implicar uma avaliação de risco minuciosa”, afirmou ao ECO o especialista Graham White, diretor da LuxFin e ex-New Scotland Yard.

No contexto da sua participação na 5ª Conferência Internacional – Prevenção de Branqueamento e Combate ao Financiamento do Terrorismo, Graham White concedeu uma entrevista ao ECO onde aborda o tema das sanções num quadro internacional instável.

Dado o cenário geopolítico em evolução, como avalia a mudança do papel das sanções no futuro próximo? Existem regiões ou países específicos onde poderemos ver uma mudança na aplicação ou eficácia das sanções e que fatores contribuem para essas mudanças?

Num cenário geopolítico em rápida evolução, o papel das sanções está prestes a sofrer mudanças dinâmicas, impulsionadas por estratégias reativas e proativas em resposta a eventos globais. Notavelmente, a utilização de sanções pelos Estados Unidos, muitas vezes caracterizada pelo seu alcance extraterritorial, é um fator crucial. Desenvolvimentos geopolíticos recentes, como o conflito entre Israel e Gaza e as tensões entre a Rússia e a Ucrânia, provavelmente provocarão mudanças na aplicação e eficácia das sanções.

Espera-se que as ações militares em Gaza, motivadas pelos ataques do Hamas a Israel, conduzam a sanções que visam indivíduos, empresas e regimes que apoiam o Hamas e/ou Hezbollah. O efeito cascata de tais medidas poderá estender-se não apenas à região mas também a nível global, com ligações potenciais a Israel, Líbano, Irão e outros países. Enquanto isso, os esforços persistentes da Coreia do Norte na proliferação de armas nucleares manterão os regimes de sanções existentes. Alegações recentes de que a Coreia do Norte negociou a venda de munições para a Rússia exemplificam a natureza evolutiva destes desafios, exigindo respostas às táticas de combate à evasão.

Mais longe, no Equador, o aumento da criminalidade relacionada com cartéis e o alarmante crescimento do tráfico de drogas, levanta preocupações de que sanções serão aplicadas para atingir tais atividades. O assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio em Quito, entre outros assassinatos ligados aos cartéis de drogas, sublinha a necessidade urgente de medidas para fazer face à escalada da situação.

Em resumo, a eficácia e a aplicação de sanções provavelmente sofrerão alterações significativas como resposta a eventos geopolíticos. Regiões como o Médio Oriente, Europa de Leste, Coreia do Norte e América Latina são pontos focais essenciais para a evolução das estratégias.

As moedas digitais e o desenvolvimento tecnológico estão a redesenhar o mundo financeiro. Como é que essas alterações impactam a eficácia das sanções tradicionais e que novos desafios se colocam no contexto da aplicação de sanções nesta era cada vez mais digital?

A ascensão das moedas digitais está, sem dúvida, a alterar o panorama financeiro, colocando desafios e oportunidades para a eficácia das sanções tradicionais. O advento das criptomoedas, com a sua complexidade técnica e o anonimato inerente, representa um obstáculo gigante na identificação e análise de casos de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo. A natureza descentralizada e pseudónima das transações no domínio digital torna cada vez mais difícil rastrear e monitorizar atividades financeiras ilícitas, criando assim uma nova fronteira para aqueles que procuram contornar as sanções tradicionais.

A utilização de sanções como instrumento de governação tem sido uma prática de longa data. Na economia global interligada de hoje, como podem os países encontrar um equilíbrio entre alcançar os seus objetivos geopolíticos através de sanções e minimizar as consequências indesejadas no sistema financeiro global? Existem melhores práticas emergentes para mitigar os danos colaterais na aplicação de sanções?

No terreno complexo da política contemporânea, os países devem adotar uma abordagem diferenciada à utilização de sanções, reconhecendo a natureza interligada da economia global, ao mesmo tempo que se esforçam por alcançar objetivos geopolíticos. Uma estratégia fundamental é a implementação de uma abordagem baseada no risco (Risk-Based Approach) às sanções, garantindo uma aplicação proporcional e orientada com precisão. Isto envolve uma análise meticulosa para identificar as metas mais eficientes e proporcionais, considerando os indivíduos, entidades ou atividades específicas que se alinham com os objetivos geopolíticos sem causar danos colaterais indevidos.

Além disso, é necessária uma análise abrangente para determinar como as sanções podem ser aplicadas sem perturbar as operações comerciais legítimas. Isto envolve uma consideração cuidadosa dos potenciais efeitos de repercussão no sistema financeiro global e das consequências não intencionais que podem surgir. As melhores práticas envolvem a realização de avaliações de risco minuciosas para adaptar as sanções a situações específicas, minimizando o risco de exageros e danos colaterais. Ao estabelecer um equilíbrio delicado entre a consecução dos objetivos geopolíticos e a mitigação das consequências indesejadas, os países podem aumentar a eficácia das sanções como ferramenta diplomática na economia global.

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Prémios de seguros de violência política e terrorismo estão a aumentar

  • ECO Seguros
  • 28 Novembro 2023

As seguradoras foram apanhadas de surpresa com a invasão da Ucrânia. Agora querem avaliar os riscos de violência política, tarefa complicada com conflitos a surgir imprevisivelmente pelo globo.

A escalada do conflito israelo-palestiniano, a guerra entre a Ucrânia e a Rússia e a recente agitação civil global conduziram a uma maior consciencialização dos riscos associados à violência política, levando a mudanças significativas no mercado de seguros: os prémios estão a aumentar, os termos e condições a ser revistos e em alguns territórios (na Rússia, Israel, Ucrânia e Moldávia, por exemplo) foram impostas restrições que impedem ou desincentivam as seguradoras a oferecer cobertura, avançou a Marsh.

A seguradora anuncia tendências globais nas coberturas de seguro relacionadas com conflitos. Em primeiro lugar, os prémios de seguros de violência política têm visto um aumento sem precedentes desde o início do conflito na Ucrânia, quando as seguradoras foram apanhadas de surpresa pela invasão e não se preparam para as consequências. Como resultado, os clientes estão a reavaliar as apólices adquiridas.

Para se prevenirem, as seguradoras estão a avaliar atentamente os principais indicadores socioeconómicos, como o PIB, o índice de preço dos alimentos e a distribuição da riqueza, fatores que influenciam a cobertura e as condições dos seguros.

A segunda tendência anunciada é a cobertura de apólices para o mercado de violência política e de terrorismo continua a ser alvo de forte escrutínio em 2023. As apólices de catástrofes imobiliárias têm estado particularmente sobre pressão uma vez que as resseguradoras, para reduzirem a sua exposição a riscos, aumentaram as taxas de resseguro, o que levou as seguradoras a aumentar o preço para os segurados.

Avaliar os riscos que cobrem consequências de conflitos armados não é tarefa fácil, uma vez que a experiência global demonstra que o surgimento de violência política é imprevisível: desde o aumento de agressões, assédio e ameaças violentas contra funcionários públicos e civis, bem como o aumento de tiroteios em massa nos Estados Unidos da América, até aos protestos na sequência do golpe de estado que levou ao rapto do presidente Mohamed Bazoum do Níger, escreve a Marsh.

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Começou o Call for Papers da Conferência sobre Direito dos Seguros da União Europeia

  • ECO Seguros
  • 28 Novembro 2023

Inscrições terminam a 31 de março. A conferência terá lugar nos dias 11 e 12 de julho de 2024, na Nova School of Law.

Começaram as ‘Call for Papers’ relacionadas com os seguros e o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 8: “Trabalho digno e crescimento económico” que terminam no dia 31 de março de 2024. O Call for Papers surge no âmbito da 2.ª Conferência Internacional do Módulo Jean Monnet sobre Direito dos Seguros da União Europeia: Desafio na era dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que visa criar um fórum onde agentes se encontram e debatam acerca de recomendações de políticas públicas acerca do papel dos seguros na promoção dos objetivos de desenvolvimento sustentável. A conferência terá lugar nos dias 11 na Nova School of Law.

O evento é coordenado por Margarida Lima Rego, María del Val Bolívar Oñoro, Maria Elisabete Ramos e a Comissão Ciêntifica é composta por Claire Bright, Fabrizio Esposito, Joana Campos Carvalho, Soraya Nour-Sckell, Martinho Lucas Pires e Vítor Boaventura Xavier.

Ainda que a seja dedicado aos seguros sustentáveis, no evento também são recebidos intervenções que explorem as ligações entre o objetivo 8 de ODS COM OUTROS ODS, nomeadamente, o ODS7 – Energia acessível e limpa, o ODS9 – Indústria, inovação e infra-estruturas, o ODS11 – Cidades e comunidades sustentáveis e o ODS12 – Consumo e produção responsáveis, sendo também aceites abstratos relacionados com estas temáticas.

Para mais informações, disponibiliza-se o site da conferência.

Importa referir que o ECOseguros é media partner do evento.

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Sedgwick procura peritos para expansão em Portugal

Empresa procura engenheiros, arquitetos, e peritos em transportes que tenham exercido a sua profissão e que tenham também um conhecimento profundo do mundo dos seguros.

A Sedgwick planeia crescer em Portugal, incluindo a sua equipa. Com o objetivo de se tornar uma das empresas líderes em peritagens e sinistros no mercado português. Cristiana Nunes, nomeada como Country Manager este mês, será uma das dirigentes durante o processo de mudança. Liderando, nomeadamente, a expansão de “gestão de sinistros na área de transportes marítimo e perdas significativas e de grande dificuldade”, avança a empresa.

A empresa considera que o conhecimento e experiência da nova Country Manager ajudará a Sedgwick a alcançar os seus objetivos.

Durante mais de uma década, Cristiana Nunes cresceu no setor e se destacou como gestora de clientes e sinistros complexos. Por revelar o seu valor na liderança de equipas e a criação de um ambiente positivo focado no atendimento ao cliente, a empresa confiou na Cristiana Nunes o papel de fortalecer o desenvolvimento de talentos, “otimizar a nossa capacidade de técnica e, com o seu vasto conhecimento do mercado seguradora, ajudará os nossos peritos a realizar o seu trabalho”, escreve a empresa.

No âmbito da estratégia de expansão, a Sedgwich está aberta a receber currículos de peritos e especialistas em gestão de sinistros, de candidatos que desejem unir-se à empresa. Para a sua equipa em formação, procura perfis de “engenheiros, arquitetos, e peritos em transportes que tenham exercido a sua profissão e que tenham também um conhecimento profundo do mundo dos seguros a nível local, idealmente a nível internacional”. Ademais, as competências técnicas aliada ao conhecimento de mercado é a combinação que a empresa procura nos seus recrutas.

A Sedgwick confirma que conta com 12 colaboradores e uma rede de peritos subcontratados e que pretende aumentar em 35% a sua equipa ao longo de 2024.

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Tesla Insurance. Clientes queixam-se de atrasos e falhas no sistema de avaliação de risco

Elon Musk prometeu um seguro revolucionário para os proprietários de veículos Tesla. No entanto, clientes queixam-se de atrasos e erros no software utilizado.

Chanda Santiago, Mark Bova e Jonathan Garcia são três dos segurados da Tesla Insurance (Seguradora da Tesla) que revelaram como foram afetados pelo alegado subinvestimento na empresa à Reuters.

Invés de oferecer aos segurados reparos de acidentes no “mesmo dia”, como Musk prometera, alguns segurados têm esperado meses para receber reembolsos e, por vezes, vêem-se incapazes de entrar em contacto com a companhia que, ou não responde ou reponde desadequadamente às tentativas de contacto, escreve a agência.

Santiago e Garcia reclamaram do mau funcionamento do sistema de segurança, que alegadamente lança alertas mesmo quando não há perigo. Já Bova sofreu um acidente e esperou 7 meses para receber a indemnização do carro e ainda aguarda pelo pagamento das despesas médicas de um acidente alegadamente provocado pelo sistema de condução automatizado do Tesla.

A agência britânica dá conta que o Departamento de Seguros de Ohio, EUA, determinou que a Tesla desrespeitou as regulações de seguro do estado e ainda que o departamento estava a considerar iniciar investigações. A Reuters indica que o regulador se recusou a responder às questões lançadas.

Importa realçar que reclamações visando seguradoras são comuns. E ao não serem públicos, os dados que revelam o número de queixas das seguradoras, não é possível comparar as reclamações recebidas pela empresa de Elon Musk face às concorrentes.

Os queixosos utilizam as redes sociais e outras plataformas online para revelar o seu descontentamento com a demora de resposta eficaz e eficiente da Tesla Insurance.

Importa salientar que nem a Tesla nem Musk responderam às questões colocadas pela Reuters.

Génese da Tesla Insurance

A seguradora da Tesla foi criada para dar resposta aos clientes dos veículos automatizados, que consideravam as apólices oferecidas pela concorrência demasiado caras, e ainda afastavam potenciais clientes. Com esta seguradora, mais barata e supostamente ‘revolucionária’ nas respostas a sinistros, esperava-se aumentar as vendas do veículo.

Porém, a alegada falta de trabalhadores, chegando ao ponto de apenas estarem empregados cerca de doze peritos numa empresa que recebia centenas de sinistros, devido ao reduzido financiamento aplicado na seguradora, as críticas têm-se acumulado, relata a Reuters.

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“O Presidente apaga-se, tem de se apagar” antes das eleições, segundo Marcelo

  • Lusa
  • 28 Novembro 2023

O chefe de Estado explicou que tem aparecido menos nos últimos dias por entender que este é "o tempo dos partidos", até às eleições, que serão o momento "do povo".

O Presidente da República afirmou esta terça-feira que, com base nos resultados das legislativas antecipadas de 10 de março, irá procurar a fórmula de Governo “mais próxima da sua leitura da vontade popular”. Interrogado se exclui algum partido do quadro da governação ou se todos são elegíveis, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que vai “procurar a fórmula que, no quadro definido pelo povo, seja a mais próxima da sua leitura da vontade popular”.

O chefe de Estado, que falava aos jornalistas na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, explicou que tem aparecido menos nos últimos dias por entender que este é “o tempo dos partidos”, até às eleições, que serão o momento “do povo”, e a seguir então chegará “o tempo do Presidente, que é o da formação do Governo”.

Nesta fase “o Presidente apaga-se, tem de se apagar”, defendeu. Sobre o que fará a seguir às eleições, Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que irá tentar “encontrar, no quadro definido pelo povo, que será aquele que for no dia 10 de março, o espaço e a fórmula que correspondam mais, na sua visão, àquilo que foi a intenção do voto popular”.

O Presidente da República tinha prestado declarações aos jornalistas pela última vez há 12 dias, na Guiné-Bissau, e nessa altura avisou que iria evitar comentários sobre o passado recente e o futuro próximo da política portuguesa para se manter imparcial no novo ciclo, perante os partidos que vão disputar eleições.

Marcelo Rebelo de Sousa esteve esta terça na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, para a apresentação do livro “Elementos de política constitucional – Ciência Política, Teoria da Constituição e Direito Constitucional”, de Paulo Rangel, eurodeputado e primeiro vice-presidente do PSD.

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José Luís Carneiro supera Montenegro e Pedro Nuno Santos nas intenções de voto para primeiro-ministro

O atual ministro da Administração Interna é o favorito dos portugueses para o cargo de primeiro-ministro e de líder do PS, superando as intenções de voto de Montenegro e Pedro Nuno Santos.

José Luís Carneiro lidera as intenções de voto tanto para a liderança do PS como para o cargo de primeiro-ministro, segundo revela a sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e jornal Público, divulgada esta terça-feira.

De acordo com o inquérito, para a maioria dos portugueses inquiridos, José Luís Carneiro seria melhor chefe de Governo do que Luís Montenegro (42% contra 37%).

No entanto, se o confronto for entre o líder dos social-democratas e o candidato socialista Pedro Nuno Santos, há um empate, com uma ligeira vantagem para Montenegro (40% contra 39%). Nos dois cenários há um número significativo de indecisos (21%). As eleições legislativas estão marcadas para 10 de março de 2024.

Quanto à liderança do partido, José Luís Carneiro surge novamente como o favorito dos portugueses, superando o camarada Pedro Nuno Santos. Ambos os socialistas são candidatos à liderança do PS depois de António Costa se ter demitido na sequência da Operação Influencer e ter anunciado que não se recandidataria ao cargo.

Segundo a sondagem, 38% dos inquiridos preferem que seja o atual ministro da Administração Interna a suceder a António Costa ao invés do ex-ministro das Infraestruturas (29%). Os resultados indicam ainda que 28% dos inquiridos disseram não saber ou não responderam. A escolha do novo secretário-geral do PS será feita pelos militantes socialistas nos dias 15 e 16 de dezembro.

Este inquérito foi realizado pelo CESOP–Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena 1 e Público entre os dias 15 e 24 de novembro de 2023 Foram obtidos 1102 inquéritos válidos. A taxa de resposta foi de 31%. A margem de erro máximo associado a uma amostra é de 3%, com um nível de confiança de 95%.

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