Euribor cai a 3 meses para novo mínimo de mais um ano, mantém-se a 6 meses e sobe a 12 meses

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2025

Esta quinta-feira, a Euribor caiu para 2,485% a três meses, manteve-se nos 2,389% a seis meses e subiu para 2,409% no prazo mais longo (12 meses).

A Euribor desceu esta quinta-feira a três meses para um novo mínimo desde fevereiro de 2023, manteve-se a seis meses num mínimo de mais de dois anos e subiu a 12 meses, ficando abaixo de 2,5% nos três prazos. Com estas alterações, a taxa a três meses, que desceu para 2,485%, abaixo de 2,5% pela segunda vez em mais de um ano, manteve-se acima da taxa a seis meses (2,389%) e da taxa a 12 meses (2,409%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, manteve-se em 2,389%, o mesmo valor de quarta-feira e um novo mínimo desde 25 de novembro de 2022.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor avançou para 2,409%, mais 0,009 pontos.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses recuou, ao ser fixada em 2,485%, um mínimo desde 1 de fevereiro de 2023 e menos 0,014 pontos do que na quarta-feira.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a dezembro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,64% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,69% e 25,6%, respetivamente.

A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%. A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, foi fixada em 2,500% em janeiro de 2025.

Em termos mensais, a média da Euribor em janeiro voltou a descer a três e a seis meses, mas subiu a 12 meses, pela primeira vez, depois de nove meses a cair. Enquanto a média da Euribor a 12 meses subiu 0,089 pontos para 2,525% em janeiro, as médias a três e a seis meses continuaram a cair, designadamente, para 2,704%, menos 0,121 pontos percentuais do que em dezembro, e para 2,614%, menos 0,018 pontos.

Na reunião de política monetária de 30 de janeiro e como antecipado pelos mercados, o Banco Central Europeu (BCE) baixou de novo, pela quarta reunião consecutiva, a principal taxa diretora em 25 pontos base. A próxima reunião de política monetária da instituição liderada por Christine Lagarde realiza-se em 5 e 6 de março em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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É um exit. Americana Amparo compra portuguesa Adapttech e foca no Médio Oriente e Ásia

A equipa da startup nacional foi integrada, sendo o objetivo desta combinação de empresas focar na internacionalização.

Frederico Carpinteiro é o novo CEO da Amparo

A norte-americana Amparo comprou a startup portuguesa Adapttech, que aplica a inteligência artificial na área das próteses dos membros inferiores. Com esta operação, cujo valor não foi divulgado, a empresa passa a estar presente em 40 países. Médio Oriente e Ásia são os mercados alvo.

A nova empresa pretende estender a mais países os cuidados aos pacientes que necessitam de próteses nos membros inferiores, combinando os encaixes físicos da Amparo “com os insights baseados em dados adquiridos pela Adapttech”, através de um dispositivo (o Motio StepWatch) que monitoriza a atividade dos pacientes e fornece dados à equipa clínica, auxiliando na tomada de decisões para os cuidados protésicos. A empresa passa a operar sob uma única marca: a Amparo.

“Este acordo abre enormes oportunidades de crescimento e permite-nos alcançar mais pessoas mais rapidamente, amplificando significativamente o impacto das nossas tecnologias”, diz Frederico Carpinteiro, antigo CEO da Adapttech e atual CEO da Amparo.

Wesley Teerlink assume como CTO.

Com esta compra, Wesley Teerlink, anteriormente CEO da Amparo, assume como chief technology officer (CTO), concentrando-se na inovação e no desenvolvimento de produtos, Stuart Mead mantém-se como chairman, e Diogo Lopes assume como chief marketing officer.

A empresa combinada fica com 16 pessoas especializadas em engenharia mecânica e biomédica, bem como em outras áreas, como operações, comunicação e gestão”, adianta o atual CEO ao ECO. “A equipa a Adapttech foi integrada na Amparo”, garante Frederico Carpinteiro.

“O foco continua a ser a internacionalização. O nosso objetivo é reforçar a presença nos mercados, oferecendo produtos de melhor qualidade para responder às necessidades dos utilizadores”, explica o novo CEO ao ECO.

“Recentemente, lançámos o primeiro encaixe pediátrico após identificarmos a crescente necessidade em Gaza, onde o número de crianças amputadas tem vindo a aumentar”, refere.

A ação surge no âmbito da iniciativa “Restoring Hope” — organizada pela LSN Group com apoio do Rei Abdullah II da Jordânia, da Jordanian Hashemite Charitable Organisation e dos Jordanian Royal Medical Services — em que, desde setembro de 2024, foi possível, através de unidades móveis, facultar próteses a 300 pessoas em Gaza.

“Estamos a melhorar os produtos existentes para proporcionar um melhor cuidado aos nossos utilizadores. Também temos como objetivo expandir para novos mercados, como o Médio Oriente e a Ásia”, detalha Frederico Carpinteiro quando questionado sobre os objetivos desta consolidação.

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Cerejeira Namora, Marinho Falcão muda escritório para Alvalade

A Cerejeira Namora, Marinho Falcão mudou o escritório de Lisboa da Rua Castilho para Alvalade. O motivo da mudança prendeu-se com a necessidade de um espaço de "maior dimensão" e a "acessibilidade".

A sociedade de advogados Cerejeira Namora, Marinho Falcão inaugurou um novo escritório em Alvalade, Lisboa, transitando assim da Rua Castilho. O motivo da mudança prendeu-se com a necessidade de um espaço de “maior dimensão” e a “acessibilidade”.

Esta mudança reflete a estratégia de crescimento da sociedade e reforça o seu compromisso com um ambiente de trabalho moderno e dinâmico. Será um novo ponto de partida para desenvolver a marca, consolidando a nossa operação nacional e reforçando a nossa equipa numa ótica global”, sublinha em comunicado o sócio fundador Nuno Cerejeira Namora.

Com mais de 500 metros quadrados, o novo escritório foi concebido para promover um ambiente de “trabalho colaborativo, flexível e eficiente”, revela a firma. “Queremos continuar a crescer e, na nossa visão, aumentar a operação relevante em Lisboa é parte do caminho”, acrescenta o sócio fundador Pedro Marinho Falcão.

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Receitas da Pérez-Llorca ascendem aos 165 milhões de euros em 2024

Sem revelar o valor específico do escritório em Portugal, a firma avança que a atividade internacional representou 20% do volume de negócios total em 2024.

A sociedade de advogados Pérez-Llorca alcançou uma receita de cerca de 165 milhões de euros em 2024. Segundo a firma, este valor representa um aumento de 33% em comparação com 2023. Estas receitas englobam as vendas em Espanha, Portugal e México.

Sem revelar o valor específico do escritório em Portugal, a firma avança que a atividade internacional representou 20% do volume de negócios total em 2024. No país vizinho, em Espanha, o volume de negócios ultrapassou os 133,6 milhões de euros, um aumento de cerca de 8 % em relação a 2023.

“2024 foi um ano-chave na história da Pérez-Llorca, marcado por um progresso constante na nossa expansão internacional e por um investimento significativo em inovação e tecnologia. Este crescimento não só reforça a nossa posição no mercado, como também nos prepara para enfrentar novos desafios num ambiente jurídico, social e geopolítico cada vez mais dinâmico“, aponta o sócio diretor Pedro Pérez-Llorca.

Para 2025, o sócio espera que continuem a promover o crescimento internacional, contando com os “melhores talentos”.

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Portas portuguesas ‘abrem-se’ para mega projeto hospitalar no Kuwait

Vicaima fornece mais de 9.000 portas para equipar o New Maternity Hospital no Kuwait. Empresa detida pela família Costa Leite está a investir 28 milhões de euros na fábrica de Vale de Cambra.

A portuguesa Vicaima forneceu mais de 9.000 portas para equipar o New Maternity Hospital (KNMH) no Kuwait, um dos maiores projetos hospitalares da região do Golfo Pérsico. Tem 18 andares na torre principal e uma capacidade total de 789 camas, 59 salas de parto e 28 salas de cirurgia.

A empresa detida pela família Costa Leite, que está a investir 28 milhões de euros na fábrica de Vale de Cambra para reforçar em 30% a capacidade de produção, indica que forneceu produtos como portas de elevada dimensão, de duas folhas e de correr, “contribuindo para a maximização dos espaços e a mobilidade entre as diferentes áreas” do complexo hospitalar.

“Foram igualmente integradas portas com abertura para vidro, acrescentando luminosidade, característica essencial em contexto hospitalar, e com grelha de ventilação, fundamental para a circulação do ar entre espaços. As áreas de acesso a salas com equipamentos de radiologia estão equipadas com portas corta-radiações, assegurando a impreterível proteção a profissionais e utentes”, acrescenta em comunicado.

Em linha com os requisitos do hospital, o revestimento escolhido foi um laminado de alta pressão para uso intensivo e com um padrão em carvalho personalizado para este projeto, uma solução que “oferece resistência, durabilidade e uma estética contemporânea, adequada a ambientes hospitalares de alto desempenho”.

Incluído no plano de desenvolvimento nacional “New Kuwait 2035” e localizado na zona médica de Al-Sabah e junto à costa do país, o New Maternity Hospital ocupa uma área total de 360 mil metros quadrados. Integra quatro edifícios interligados, incluindo um hospital principal, uma unidade de consultas externas, um edifício de estacionamento com capacidade para 1.800 viaturas e um centro de serviços.

Fundada em 1959 e liderada atualmente por Arlindo Costa Leite, a produtora de soluções de portas de interior, aros, roupeiros, painéis e peças para mobiliário tem clientes na hotelaria, habitação e serviços (educação, saúde ou comércio). Emprega atualmente cerca de 620 pessoas.

Em 2024, a faturação do negócio portas atingiu os 81 milhões de euros, representando uma “contribuição significativa” para a Vicaima Madeiras, que fechou o ano passado com um volume de negócios global próximo dos 115 milhões. As exportações para mais de 30 países valeram 90% das vendas, segundo as informações prestadas ao ECO por Filipe Ferreira, administrador da Vicaima Indústria

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+M

Vendas da Tesla afundam na Europa. A reputação de Musk tornou-se um ativo tóxico?

As vendas da Tesla caíram para cerca de metade na UE. Estão os consumidores a penalizar as posições de Elon Musk, agora homem forte da administração norte-americana?

As vendas da Tesla na União Europeia caíram 50,3% em janeiro deste ano, em comparação com o período homólogo, com os dados a indicarem que a empresa de Elon Musk vendeu 7.517 unidades no primeiro mês deste ano, em comparação com os 15.130 veículos de janeiro de 2024.

Está este declínio relacionado com uma reação negativa dos consumidores às posições políticas de Elon Musk? Desde associações ao fascismo — na cerimónia de tomada de posse de Donald Trump fez um gesto amplamente interpretado como uma saudação nazi, por exemplo — à propagação de desinformação, nomeadamente através da plataforma X (ex-Twitter), da qual também é dono, têm sido uma constante as polémicas.

“Embora não se possa afirmar com certeza que há uma relação de causa e efeito direta, é inegável que a crescente associação de Musk a uma administração altamente polarizadora tenha impacto na perceção da marca, especialmente num mercado como o europeu”, entende José Pedro Mozos, diretor de assuntos públicos da All Comunicação, acrescentando que o eleitorado e os consumidores europeus tendem a “penalizar figuras e marcas associadas a movimentos políticos extremados”, pelo que a imagem do fundador da Tesla pode estar, efetivamente, a afetar diretamente as vendas da Tesla.

“Do ponto de vista da comunicação, Elon Musk sempre foi uma figura, no mínimo, excêntrica, mas até há pouco tempo mantinha a sua influência dentro do setor tecnológico. O seu envolvimento político recente, combinado com uma comunicação mais agressiva e polarizadora, transformou-o numa personalidade ainda mais suscetível de criar divisões. Ao longo dos anos, Musk tornou-se a face das suas empresas, o que pode ser uma vantagem em tempos de crescimento, mas também um risco quando a sua reputação pessoal está em queda“, refere ao +M.

Do ponto de vista da comunicação, Elon Musk sempre foi uma figura, no mínimo, excêntrica, mas até há pouco tempo mantinha a sua influência dentro do setor tecnológico. Ao longo dos anos, Musk tornou-se a face das suas empresas, o que pode ser uma vantagem em tempos de crescimento, mas também um risco quando a sua reputação pessoal está em queda”,

José Pedro Mozos

diretor de assuntos públicos da All Comunicação

Já Salvador da Cunha, CEO do grupo Lift, admite que a quebra das vendas da empresa automóvel pode estar, em parte, associada à quebra da reputação de Elon Musk na Europa, mas vê também na ameaça de criação de tarifas entre Europa e Estados Unidos — que “tornarão os bens duradouros e os serviços mais caros” — um fator a ter em conta na justificação da quebra de vendas.

Uma quebra tão violenta nas vendas da Tesla deverá ter esses dois fatores combinados“, afirma Salvador da Cunha, que admite que a Tesla pode estar a ser impactada por estar muito associada à imagem do seu líder e fundador, embora se trate de uma perceção variável consoante os mercados e as diferentes franjas da sociedade.

“A marca paga o preço na Europa e na China, mas valorizou brutalmente nos Estados Unidos. As ações da Tesla subiram mais de 50% em 2024, em resultado da eleição de Trump (entretanto está a corrigir). Claramente a reputação de Elon Musk está mais fraca fora dos Estados Unidos do que internamente, e mesmo internamente há muitas diferenças entre o que pensam dele os eleitores democratas e os republicanos. A reputação não é uniforme“, diz.

Já José Pedro Mozos acredita numa consequência mais direta. A Tesla e Elon Musk tornaram-se praticamente sinónimos. Se durante anos essa fusão de imagem beneficiou a marca, agora o efeito pode estar a ser o inverso“, diz a respeito daquela que é uma “vulnerabilidade comum a empresas fortemente personalizadas em torno de um único líder” e que é especialmente vincada quando “essa figura assume posições polarizadoras fora do seu setor de atuação”.

“Marcas como a Tesla, a SpaceX ou o próprio X [todas pertencentes a Elon Musk] refletem diretamente as decisões e a personalidade de Musk. Se por um lado essa identificação fortaleceu a marca junto de consumidores fiéis, por outro lado torna-a mais exposta a reações adversas quando Musk assume posições impopulares ou controversas“, acrescenta.

“Uma coisa é ser um CEO ativista, e defender certas causas, outra é ser um radical de extrema-direita que também é dono de várias empresas. A médio prazo isto vai-se refletir nos seus negócios, mas por agora o poder percecionado de Musk é tão grande que ninguém se atreve a fazer-lhe frente. Mais adiante os acionistas das suas empresas vão crucificá-lo”, vaticina.

Salvador da Cunha

CEO da Lift

As reações da sociedade e dos consumidores a estas posições de Musk têm sido diversas. Existem à venda e em circulação, por exemplo, adesivos que são colados nos veículos por clientes da Tesla nos quais se leem frases como “I got this before Elon went crazy” (“eu comprei isto antes de o Elon ficar maluco”, numa tradução livre), uma das mais icónicas e que acolheu mais mediatismo nas redes sociais. Já em dezembro, sublinhe-se, um vendedor norte-americano destes adesivos revelava que já tinha vendido cerca de 18 mil destes adesivos para 30 países, segundo a Business Insider.

Em Londres, um grupo de ativistas, numa ação de guerrilha, utilizou como suporte a imagem de uma paragem de autocarro para o arranque de uma campanha de angariação de fundos na qual se vê Elon Musk a fazer a saudação nazi e se lê a frase “Tesla – The Swasticar”, acompanhados pelo slogan “vai de 0 a 1939 em 3 segundos”, numa clara referência ao início da Segunda Guerra Mundial.

Ponto comum, no entender dos dois profissionais de comunicação, é o facto de a influência de Musk estar a contribuir para uma maior polarização. “A influência de Musk sempre foi polarizadora, mas nunca esteve tão ligada a questões políticas como agora. É possível que o impacto na Tesla continue a crescer, dependendo das suas futuras intervenções públicas e do contexto geopolítico global“, diz o diretor de assuntos públicos da All Comunicação.

Salvador da Cunha complementa que as posições que o dono da Tesla tem vindo a tomar de apoio a partidos europeus de extrema-direita também ajudam a polarizar as opiniões e perceções sobre si, o que “nunca é bom para as marcas”.

Uma coisa é ser um CEO ativista, e defender certas causas, outra é ser um radical de extrema-direita que também é dono de várias empresas. A médio prazo isto vai-se refletir nos seus negócios, mas por agora o poder percecionado de Musk é tão grande que ninguém se atreve a fazer-lhe frente. Mais adiante os acionistas das suas empresas vão crucificá-lo”, vaticina.

Em termos de apoios a partidos de extrema-direita por parte de Elon Musk, pode-se tomar como exemplo o seu envolvimento na campanha para as eleições legislativas alemãs do passado fim de semana, em que declarou apoio ao partido de extrema-direita AfD.

Esta tomada de posição parece ter obtido uma reação negativa dos consumidores, uma vez que só na Alemanha, o único país europeu que acolhe uma fábrica da Tesla, o tombo nas vendas da marca foi de 59% em janeiro face ao mesmo mês de 2024.

Na Polónia, o próprio ministro do turismo apelou a um boicote à Tesla após a aparição de Musk num comício do partido de extrema-direita AfD. “Tudo o que posso dizer é que provavelmente nenhum polaco normal deveria voltar a comprar um Tesla”, disse Sławomir Nitras, citado pelo The Guardian.

Mas as consequências são visíveis não só junto dos consumidores individuais. Já em agosto, a rede de farmácias alemã Rossmann avançou que não iria comprar mais carros Tesla para a sua frota corporativa devido ao apoio de Musk a Donald Trump, enquanto a empresa de energia alemã LichtBlick disse nas redes sociais que iria deixar de usar veículos Tesla por causa do apoio de Musk a um “partido populista e extremista de direita”, refere também o jornal britânico.

No entanto, alerta José Pedro Mozos, também se pode vir a verificar um “efeito de habituação“, quando “parte do público já se afastou da marca, enquanto os consumidores que permanecem fiéis podem não ser tão influenciados por novas controvérsias”.

O que parece certo é que Musk dificilmente irá moderar o seu tom ou afastar-se da esfera política. Pelo contrário, o seu histórico sugere que continuará a agir de forma imprevisível, o que pode gerar novas flutuações na perceção da marca, consequentemente, nas suas vendas“, preconiza José Pedro Mozos.

Para mitigar este impacto, a Tesla “pode reforçar a comunicação institucional da empresa, destacando os seus valores, a inovação tecnológica e o compromisso com a mobilidade sustentável, deslocando o foco da narrativa para além da figura de Musk“, aponta o diretor de assuntos públicos da All Comunicação.

Outra opção passaria por “dar maior protagonismo a outros líderes da empresa, reduzindo a dependência da imagem pessoal de Musk” mas, “dado o histórico da marca e a forte centralização na sua figura, essa pode não ser uma estratégia fácil de implementar”, conclui.

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Depósitos a prazo batem novo recorde, mas travam a fundo no arranque do ano

Stock de depósitos a prazo voltou a atingir um novo recorde em janeiro, mas travou a fundo: aumentou apenas 35 milhões de euros, o valor mais baixo em quase dois anos.

Os depósitos a prazo voltaram a atingir um montante recorde em janeiro. Mas o arranque do ano significou uma travagem a fundo, com o stock a aumentar apenas 35 milhões de euros, o valor mais baixo em quase dois anos.

De acordo com o Banco de Portugal, os depósitos a prazo de particulares (que incluem os depósitos com prazo acordado e os depósitos com pré-aviso) ascendiam a 112,5 mil milhões de euros no final de janeiro, que corresponde ao montante mais elevado de sempre.

Contudo, depois de um ano de 2024 em que se registou um aumento de 13,3 mil milhões de euros, a um ritmo de crescimento mensal superior a 1,1 mil milhões, o stock registou uma subida tímida de 35,4 milhões – é preciso recuar a abril de 2023 para observar um valor inferior.

Os bancos estão há vários meses a cortar a remuneração dos depósitos a prazo, o que pode ajudar a explicar esta tendência. Em dezembro as novas aplicações renderam apenas 2,16%, aquém do que (ainda) oferecem os Certificados de Aforro.

Por seu turno, os depósitos à ordem baixaram pelo segundo mês seguido: o stock caiu 152,7 milhões de euros em janeiro, atingindo os 80 mil milhões de euros.

No que toca a depósitos das empresas, totalizavam no final de janeiro 68,4 mil milhões de euros, depois de uma queda de mil milhões em relação a dezembro, revelam os dados do supervisor.

(Notícia atualizada às 11h33)

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Crédito à habitação acelera em janeiro pelo 13.º mês

Num mês marcado pelo arranque de um regime que permite que mais jovens comprem casa, o montante total de empréstimos para compra de habitação cresceu 4,1%, acelerando pelo 13.º mês consecutivo.

Com as casas mais caras, os devedores de crédito à habitação estão tendencialmente mais endividadosLusa

O montante total de crédito à habitação em Portugal começou o ano a crescer 4,1%. Janeiro foi o 13.º mês consecutivo de aceleração do crescimento do stock de empréstimos para a compra de casa, num contexto de descida das taxas de juro. Foi também o mês em que arrancou a garantia pública, um regime que veio viabilizar empréstimos de até 100% do valor da transação para jovens até aos 35 anos.

Os dados do Banco de Portugal divulgados esta quinta-feira mostram ainda que “o número de devedores de crédito à habitação, no final de janeiro”, era de 1,98 milhões, “continuando a tendência de descida que se verifica desde julho de 2022”.

É um sinal de que, com as casas mais caras, os devedores de crédito à habitação estão tendencialmente mais endividados: esta quarta-feira soube-se que a avaliação bancária das casas atingiu em janeiro 1.774 euros por m2, um valor recorde e a 14.ª subida mensal consecutiva.

Crédito para comprar casa acelera:

Fonte: Banco de Portugal

Alargando a análise, segundo o banco central, o montante total de empréstimos a particulares — onde se incluem outras modalidades, como o crédito ao consumo e os cartões de crédito — cresceu 4,7% em janeiro face ao mesmo mês do ano passado. Detalhando, “o montante de empréstimos ao consumo e outros fins aumentou seis milhões de euros relativamente a dezembro, para 30,4 mil milhões de euros”, um crescimento homólogo de 6,8% e o maior desde outubro de 2018.

Aprofundando, “o crescimento da finalidade consumo desacelerou ligeiramente, apresentando uma taxa anual de 7,3% (7,5% em dezembro), enquanto os empréstimos para outros fins voltaram a registar o maior crescimento anual desde julho de 2008 (5,8%)”, refere a nota da instituição.

Se se observar apenas o crédito pessoal, janeiro trouxe uma descida em cadeia do stock deste tipo de empréstimos, que se reduziu em 11 milhões de euros face a dezembro, mas aumentou 7,3% face ao mesmo mês de 2024. Já o total de crédito automóvel subiu 26 milhões de euros entre dezembro e janeiro, mês em que teve um aumento homólogo de 10,1%, o mais elevado desde abril de 2020. Quanto aos cartões de crédito, subiram 8% em janeiro, uma desaceleração face a dezembro, com o stock a ascender a 3,2 mil milhões.

Noutra vertente, os empréstimos às empresas aumentaram apenas 1,3% em janeiro, em termos homólogos, de acordo com o banco central. Este tipo de empréstimos totalizavam 72,8 mil milhões de euros no final do mês passado.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h47)

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Territórios ucranianos anexados são “inegociáveis” para a Rússia. Zelensky vai à cimeira de líderes da UE

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2025

Rússia anexou a Crimeia em 2014 e, já depois de ter invadido a Ucrânia há três anos, também as regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, embora não controle a totalidade destes territórios.

A Rússia reafirmou esta quinta-feira que a anexação dos territórios ucranianos é inegociável, apesar de não reconhecida pela Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional, numa altura em que se intensificam esforços para resolver o conflito.

“Os territórios que se tornaram súbditos da Federação Russa estão consagrados na Constituição do nosso país, são parte integrante do nosso país”, disse o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov, citado pela agência francesa AFP.

A Rússia anexou a Península da Crimeia em 2014 e, já depois de ter invadido a Ucrânia há três anos, as regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, embora não controle a totalidade destes quatro territórios.

“Isto é absolutamente indiscutível e inegociável”, insistiu, na sequência de comentários do Presidente norte-americano, Donald Trump, de que a Rússia terá de fazer concessões nas negociações de paz.

Na primeira reunião do seu gabinete, na quarta-feira, Trump disse que o Presidente russo, Vladimir Putin, terá de fazer concessões durante as negociações.

Também garantiu que Washington vai ajudar Kiev a “recuperar o máximo [de território] possível”, embora tenha admitido que será complicado, segundo a agência espanhola EFE.

Zelensky vai à cimeira extraordinária de líderes da UE

Entretanto, está já confirmado que o presidente da Ucrânia vai estar presente na reunião extraordinária do Conselho Europeu, em 6 de março. O anúncio foi feito esta manhã pelo presidente da instituição, António Costa.

“Convidei o Presidente [Volodymyr] Zelensky a estar presente em Bruxelas por ocasião do Conselho Europeu para discutir os últimos desenvolvimentos [na guerra]”, escreveu António Costa na carta endereçada aos representantes de cada país da União Europeia (UE).

A cimeira extraordinária de líderes da UE vai começar pelas 12:30 locais (11:30 em Lisboa) e haverá uma “discussão com o Presidente Zelensky durante o almoço”. “Depois vamos concentrar-nos na defesa europeia, e na discussão sobre a Ucrânia”, acrescentou o presidente do Conselho Europeu (ex-primeiro-ministro de Portugal).

No que diz respeito à Ucrânia, “há um novo ímpeto, que tem de levar a uma paz compreensiva, justa e duradoura”, alegou.

Por isso, os líderes dos 27 Estados-membros da UE necessitam de compreender “como é que podem apoiar ainda mais a Ucrânia” e os “princípios que tem de ser respeitados daqui para a frente”, referiu António Costa.

Os líderes da UE reuniram-se na quarta-feira de manhã por videoconferência para conhecer os detalhes do encontro entre o Presidente de França e o homólogo dos EUA, na segunda-feira.

António Costa convocou na terça-feira esta reunião por videoconferência para preparar uma cimeira extraordinária, na próxima semana, com o objetivo de enfrentar a alteração de postura da Casa Branca. O encontrou realizou-se no dia do terceiro aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia e foi a principal questão abordada.

Imagens transmitidas do encontro entre os dois presidentes mostraram Donald Trump a dizer que todo o apoio da UE à Ucrânia foi feito sob empréstimos com Macron a corrigir o homólogo dos EUA.

“Na realidade, pagámos 60% do esforço total e foi, tal como fizeram os EUA, com empréstimos e subvenções, providenciámos dinheiro real. Esta guerra custou-nos, a todos, muito dinheiro, e é responsabilidade da Rússia, porque o agressor é a Rússia”, disse o chefe de Estado francês.

Emmanuel Macron é o primeiro líder da União Europeia a visitar os Estados Unidos da América desde a tomada de posse de Trump, numa altura em que Washington e Moscovo iniciaram negociações preliminares para um cessar-fogo na Ucrânia e um eventual acordo de paz, em reuniões que excluíram a União Europeia e o país invadido.

Depois de responsabilizar a Ucrânia pela invasão da Federação Russa, que começou em 22 de fevereiro de 2022, Donald Trump disse, na segunda-feira, que espera uma visita de Volodymyr Zelensky para fechar um acordo sobre a partilha das receitas sobre os minerais ucranianos.

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Ex-CEO da Malo Clinic vai liderar Hospital da Cruz Vermelha. Antigo ministro de Durão é o novo chairman

Nova gestão inicia funções a 3 de março. Luís Filipe Pereira, ex-presidente do CES, será o presidente da administração. Pedro de Albuquerque Mateus, ex-CEO da Malo Clinic, lidera a comissão executiva.

Luís Filipe Pereira, ex-ministro da Saúde dos governos de Durão Barroso e Santana Lopes, é o novo presidente conselho de administração do Hospital da Cruz Vermelha, que vai contar com uma nova equipa executiva que será liderada pelo antigo CEO e investidor da Malo Clinic, Pedro de Albuquerque Mateus.

A nova equipa de gestão do problemático hospital inicia funções já no próximo dia 3 de março e num quadro financeiro muito desafiante: voltou a apresentar resultados negativos no ano passado (-3,7 milhões de euros), acumulando prejuízos de 30 milhões de euros desde 2019.

O conselho de administração do hospital detido pela Santa Casa (54,79%) e pela Parpública (45%) vai ter como vice-presidente Maria do Carmo Neves, médica e gestora com funções de vogal na direção nacional da Cruz Vermelha Portuguesa e como presidente da Tecnimed (que fundou).

Já a comissão executiva terá Maria Ana Castello Branco nas funções de administradora com o pelouro operacional (COO) e Elisabeth Silva de Albuquerque enquanto administradora financeira (CFO).

Em comunicado, o hospital destaca a experiência da equipa executiva na gestão hospitalar, “reconhecidos pela sua capacidade e historial na recuperação e desenvolvimento de negócios, tanto no setor privado, como público e social”.

Nos últimos anos, o Hospital da Cruz Vermelha esteve em processo de venda que fracassou porque as ofertas em cima da mesa ficaram aquém das condições desejadas pela Santa Casa e Parpública. E uma das razões teve a ver com o facto de o hospital não ter todas as licenças para operar, como revelou o ECO.

No meio das dificuldades financeiras, os acionistas têm vindo a injetar dinheiro de apoio à tesouraria do hospital, que chegou a receber um milhão de euros por mês, embora as necessidades estejam a aliviar à medida que recupera atividade, segundo adiantou uma fonte ao ECO. Para este ano está previsto o breakeven operacional.

(Notícia atualizada às 11h51)

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Acordo de coligação com três partidos na Áustria deixa extrema-direita fora do Governo

  • Joana Abrantes Gomes
  • 27 Fevereiro 2025

Cinco meses depois das eleições, que foram ganhas pela extrema-direita, conservadores, social-democratas e liberais chegaram a acordo para formar um novo Governo na Áustria.

O Partido Popular Austríaco (ÖVP), o Partido Social-Democrata da Áustria (SPÖ) e o partido liberal NEOS chegaram a um acordo de coligação para formar Governo, deixando de fora o Partido da Liberdade (FPÖ), de extrema-direita, que foi o mais votado nas eleições realizadas em 29 de setembro.

Os líderes dos três partidos — Christian Stocker (ÖVP), Andreas Babler (SPÖ) e Beate Meinl-Reisinger (NEOS) — vão anunciar o pacto esta quinta-feira, pelas 11 horas locais, diante do Parlamento austríaco.

Segundo a agência noticiosa austríaca APA, o acordo com o título “Fazer o correto agora. Pela Áustria”, sublinha que o país alcançou mais progressos na sua história “a partir do consenso, da cooperação e da confiança” e inclui medidas para consolidar o orçamento durante um período de sete anos e endurecer a lei do asilo, como a suspensão imediata da reunificação de famílias.

O ÖVP, o SPÖ e o NEOS já tinham informado o Presidente Alexander van der Bellen da intenção de formar uma coligação com os três partidos. No sábado, o chefe de Estado austríaco sublinhou a “necessidade urgente” de formar um Governo, quando passam cinco meses da realização das eleições.

O FPÖ, de Herbert Kickl, obteve 28,8% dos votos, contra 26,3% dos conservadores (ÖVP) liderados pelo chanceler Karl Nehammer, seguindo-se o SPÖ (21,1%), o NEOS (9,1%) e os Verdes (8,2%).

Atualmente, os 183 lugares do Parlamento austríaco distribuem-se pelo FPÖ (57 deputados), o ÖVP (51), o SPÖ (41), o NEOS (18) e os Verdes (16).

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Consumidores portugueses estão mais confiantes, mas clima económico diminui

Indicador de confiança dos consumidores aumentou em janeiro e ligeiramente em fevereiro, enquanto o indicador de clima económico tenha diminuído, quebrando a tendência verificada desde setembro.

Os consumidores portugueses mostraram-se ligeiramente mais confiantes em fevereiro, embora o indicador de clima económico tenha diminuído, quebrando a tendência verificada desde setembro, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicados esta quinta-feira.

O indicador de confiança dos consumidores aumentou em janeiro e ligeiramente em fevereiro. “A evolução observada no último mês foi determinada pelos contributos positivos das opiniões sobre a evolução passada e as perspetivas de evolução futura da situação financeira do agregado familiar”, explica o organismo de estatística.

No balanço das opiniões dos consumidores sobre a evolução passada dos preços verificou-se uma diminuição em fevereiro, invertendo o aumento registado no mês precedente, enquanto o saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços aumentou, após a diminuição observada em janeiro, atingindo o máximo desde dezembro de 2022.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Já o indicador de clima económico diminuiu em janeiro e fevereiro, quebrando a tendência crescente que se verificava desde setembro do ano passado. Enquanto os indicadores de confiança aumentaram no comércio, na indústria transformadora e na construção e obras públicas, diminuíram “expressivamente” nos serviços, devido ao “contributo negativo de todas as componentes, opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas, apreciações sobre a atividade da empresa e perspetivas relativas à evolução da procura”.

O saldo de respostas das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda diminuiu em fevereiro nos setores do comércio, dos serviços e da construção, tendo aumentado pelo terceiro mês consecutivo na indústria.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

 

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