Antas da Cunha Ecija reforça equipa de Urbanismo e Ordenamento do Território

André Levi e Cristina Pires Pinto são os novos associados sénior da Antas da Cunha Ecija. Os advogados reforçam a equipa de Urbanismo e Ordenamento do Território.

A sociedade de advogados Antas da Cunha Ecija reforçou a equipa de Urbanismo e Ordenamento do Território com dois novos associados sénior: André Levi e Cristina Pires Pinto.

“Nos últimos anos, a área de Urbanismo e Ordenamento do Território da Antas da Cunha Ecija tem registado uma forte expansão, facto a que não são alheias as profundas transformações que têm ocorrido no espaço urbano e que têm suscitado diversas questões urbanísticas e de ordenamento do território, por vezes, de enorme complexidade”, revela a of counsel e responsável pela área de Urbanismo e Ordenamento do Território Ana Borges.

A of counsel acrescenta que estes segmentos de atividade requerem cada vez mais “equipas experientes, dedicadas e multidisciplinares, capazes de propor aos clientes, de forma célere, soluções jurídicas inovadoras e eficazes, com foco na sustentabilidade e no desenvolvimento equilibrado”. “Nesse sentido, acreditamos que a integração de dois profissionais com as características técnicas que a Cristina e o André apresentam, se revelará uma grande mais-valia para a sociedade“, nota.

Transitando da Telles, André Levi possui uma vasta experiência na assessoria legal e estratégica à concessão, implementação, gestão e comercialização de projetos imobiliários, em todas as suas fases, intervindo em procedimentos de gestão urbanística (licenciamentos, comunicações prévias, autorizações e PIPs) e em procedimentos de planeamento territorial (elaboração, revisão e alteração de planos e programas de ordenamento do território e delimitação de unidades de execução). Possui ainda conhecimentos em matérias e procedimentos relacionados com o Direito Público, Regulatório, Energia e Ambiente.

Já Cristina Pires Pinto, que transita da Governo, onde foi técnica especialista junto do Gabinete da Ministra da Agricultura e da Alimentação, possuiu uma direta intervenção no processo de transferência, partilha e articulação das atribuições dos serviços periféricos da administração direta e indireta do Estado nas CCDR; participou no Grupo de Trabalho para a Propriedade Rústica; e no Grupo de Trabalho para a Simplificação Administrativa em sede de licenciamentos setoriais, no âmbito da Reforma dos Assuntos Económicos e do Investimento.

Por outro lado, Ana Cláudia Teixoeira integra a Unidade de Solicitadoria da Sociedade, que passa a contar com duas solicitadoras seniores e uma estagiária.

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Centeno abre a porta à revisão das contribuições para o Fundo de Resolução

Bancos têm pedido mudanças no sistema de contribuições para o fundo que resgatou BES e Banif. Governador admite que modelo pode ser revisto, mas depois de lucros da banca normalizarem.

Os bancos têm pugnado por mudanças no sistema de contribuições para o Fundo de Resolução. O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, abre a porta a uma revisão do modelo, mas salientou que as alterações só devem ter lugar depois de passar o atual ciclo de resultados elevados do setor.

“Se me perguntar se o equilíbrio que temos hoje tem um valor razoável, à luz do que são os ciclos da atividade bancária e dos resultados dos bancos, eu diria que sim. Nós antecipamos que o aumento dos resultados dos bancos é transitório, cíclico, e depois deste ciclo vai convergir para valores mais reduzidos”, referiu o governador do Banco de Portugal, esta terça-feira, no Parlamento.

“O futuro dirá como esta evolução se irá fazer e nessa altura será o melhor momento para alterar o equilíbrio que hoje temos“, defendeu Centeno.

Os bancos pagam todos os anos contribuições de cerca de 250 milhões de euros ao Fundo de Resolução por conta das medidas de resolução do BES e do Banif e também do acordo de capital contingente do Novobanco.

Mário Centeno admite que esta situação cria desvantagem para os bancos nacionais em relação aos concorrentes europeus. Mas pede cautela na análise que se deve fazer a seguir.

“O equilíbrio que vejo aqui é que não devemos ser demasiado exigentes com esta contribuição, porque vai afetar a atividade bancária e os clientes“, disse.

“Mas temos de ser suficientemente diligentes com elas [contribuições] para que garantam atempadamente – alguém tem de ter paciência – o pagamento total das responsabilidades do Fundo de Resolução”, defendeu o governador na Comissão do Orçamento, Finanças e Administração Pública.

Dados até setembro do ano passado mostram que o Fundo de Resolução tinha uma situação líquida negativa de 6,5 mil milhões de euros, com o passivo a ascender a 7,6 mil milhões – correspondendo sobretudo a empréstimos do Estado e dos próprios bancos.

As críticas ao modelo das contribuições para o Fundo de Resolução não são novas e são repetidas frequentemente pelo setor. Ainda em novembro passado os bancos voltaram a pedir mudanças. Há quem defenda que se deva alargar a contribuição a todas entidades que prestam serviços financeiros aos contribuintes portugueses e que a contribuição não seja paga apenas pelos bancos que têm sucursais.

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Marcelo: “Que autarca se sente à vontade para decidir sobre solos a meses das eleições?”

O Presidente da República diz que tem recebido alertas de presidentes de câmara sobre o ónus que recai sobre as autarquias nas decisões sobre a utilização dos solos.

O Presidente da República disse esta terça-feira que tem recebido alertas de autarcas sobre a alteração à lei dos solos a poucos meses das eleições autárquicas.

“Num ano eleitoral, são chamados a decidir sobre essa matéria? Quem é o autarca que se sente à vontade para tomar decisões sobre a utilização dos solos a meses das autárquicas?”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa à margem dos encontros no Palácio de Belém, em Lisboa.

Em causa está o facto de, para que um terreno passe de rústico a urbano, a primeira etapa ser um pedido de um particular ou da câmara municipal para iniciar o processo, seguindo-se a apreciação técnica dos serviços municipais, a aprovação da autarquia e, por fim, a deliberação da Assembleia Municipal, que tem a palavra final.

“Há um fator de que ninguém tem falado ultimamente. Eu falei na promulgação, que era uma forma na lei diferente da anterior, e se justificava pela utilização urgente de fundos em termos de habitação pública (Portugal 2030), mas não se pensou numa pequena questão: o diploma deixa a decisão nas mãos das autarquias – não é o Governo –, concretamente as assembleias municipais”, recordou.

Porém, o chefe de Estado recusou comentar as alegadas incompatibilidades no Executivo por causa das participações que têm ou tiveram em empresas, nomeadamente imobiliárias, após a aprovação da lei dos solos. Limitou-se a constar que o voto na moção de censura na sexta-feira foi um sinal de que o Parlamento não quer uma crise política e é favor da estabilidade. Isso faz sentido, porque temos eleições locais ao virar da esquina e depois, logo a seguir, presidenciais”, declarou.

Trégua na Ucrânia? “Vamos ver”

Aos jornalistas, o Presidente da República falou ainda sobre a guerra na Ucrânia e referiu que é preciso perceber “se a NATO é para levar a sério ou não”, alertando que “está difícil” convencer “os aliados ou antigos aliados norte-americanos, nunca se percebe bem com esta administração” (Trump), a participarem no esforço europeu de segurança. Sobre o envio de forças nacionais destacadas, lembrou que a decisão requer um parecer do Conselho Superior de Defesa Nacional.

Questionado sobre se acredita, como o Presidente francês Emmanuel Macron, na trégua nas próximas semanas, respondeu apenas: “Vamos ver. Todos nós queremos que haja paz, mas queremos uma paz, justa, sustentável e compreensiva, como diz o secretário-geral [da ONU] António Guterres. Não uma paz para avançar e falhar rapidamente ou uma paz que crie uma situação de insegurança na Ucrânia”.

Marcelo Rebelo de Sousa fez declarações à imprensa após receber a escritora Lídia Jorge no Palácio de Belém.

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Setúbal, Beja e Madeira são os novos destinos do imobiliário de luxo

O mercado imobiliário de luxo teve um impacto económico de 5,48 mil milhões de euros em produção nacional em 2024, para o qual contribuiu a popularidade de novas regiões para lá de Lisboa e do Porto.

O mercado imobiliário residencial de gama alta em Portugal continua a mostrar sinais de resiliência e potencial de crescimento, mesmo face aos desafios económicos globais.

Um estudo desenvolvido pela Nova SBE e promovido pela Porta da Frente Christie’s, divulgado esta terça-feira, revela que a procura por estes imóveis duplicou entre 2021 e 2023, “mas estabilizou devido a fatores como aumento das taxas de juro e fim de benefícios fiscais”, com os preços a subirem, em média, 23% nominalmente, “mas apenas 3% em termos reais, devido à inflação.”

Para este ano, a tendência é igualmente de subida, com os autores do “Realty Premium Market” a projetarem que os preços dos imóveis em geral e da gama alta em particular, devem continuar a subir em 2025 devido a um conjunto de fatores, como “uma procura consistentemente superior à oferta”, a expectativa de melhoria nas condições económicas e o foco contínuo em localizações premium.

O imobiliário de gama alta gerou um impacto económico de 5,48 mil milhões de euros em produção nacional em 2024 e foi responsável por 77.089 empregos equivalentes a tempo completo.

Estudo Realty Premium Market

Nova SBE e Porta da Frente Christie's

O estudo revela que a oferta de imóveis de gama alta “concentra-se em Faro, Lisboa e Porto”, e que esta concentração em áreas de “alto prestígio” deverá manter-se em 2025, reforçando o caráter exclusivo deste segmento do mercado, vaticinam os autores do estudo.

No entanto, os autores do estudo destacam também um aumento da oferta de imóveis de gama alta em regiões menos tradicionais para o mercado de luxo, como Setúbal, Beja e Madeira, com maior preponderância de apartamentos de tipologia T2.

“Os fogos em oferta mais do que duplicaram nos distritos de Setúbal e Beja, e quase duplicaram na Região Autónoma da Madeira”, lê-se no estudo. Esta diversificação geográfica pode representar novas oportunidades para investidores e compradores em 2025.

Luxo com peso crescente na economia

Os números apresentados por João B. Duarte, Mário Gonçalves e Vinícius Vale destacam também que o segmento do imobiliário de gama alta desempenha já um papel relevante na economia nacional.

Só no ano passado, os autores do estudo estimam que este segmento gerou um impacto económico total de 5,48 mil milhões de euros em produção nacional em 2024 e 2,5 mil milhões de euros para o Valor Acrescentado Bruto (VAB) do país. No mercado de emprego, os investigadores estimam que este segmento terá sido responsável por 77.089 empregos equivalentes a tempo completo.

Estes números refletem a dimensão e a importância do setor para a economia portuguesa, notando que o mercado de gama alta não só gera riqueza direta, mas também tem um efeito multiplicador significativo em vários setores da economia.

As perspetivas para este ano são particularmente animadoras. O estudo aponta que “é expectável que a inflação na Europa abrande, o que levará a uma moderação da política monetária e, consequentemente, uma melhoria das condições de financiamento para novos investimentos”. Esta tendência poderá impulsionar novos projetos imobiliários de luxo em Portugal.

Boas perspetivas para este ano

Um fator destacado no relatório é a resiliência do mercado de gama alta face aos aumentos nos custos de produção. O estudo indica que “o mercado de gama alta tende a ser menos impactado por estes fatores devido à sua segmentação e procura resiliente e menor sensibilidade ao fator preço”.

Apesar do otimismo geral, o estudo não ignora os riscos potenciais. “É também relevante destacar os riscos associados a este setor, nomeadamente a volatilidade económica, que poderá ser causada por conflitos internacionais, crises energéticas, entre outros”, alerta o estudo. Tais eventos poderiam afetar a confiança dos investidores e desacelerar potencialmente o crescimento do setor.

Os investidores destacam também o facto de o fim dos programas de “vistos gold” e do regime de Residente Não Habitual exigir que os players do mercado desenvolvam “estratégias para mitigar a redução de procura por determinados perfis de compradores estrangeiros”, destacam os autores do estudo.

O segmento do imobiliário de gama alta demonstra capacidade de adaptação e resiliência, beneficiando de fatores como a estabilidade política, o estilo de vida atrativo e a crescente importância da sustentabilidade.

Um aspeto positivo para o setor é o impacto do Simplex Urbanístico, que “já terá começado a produzir efeitos, nomeadamente na agilização de obtenção das licenças de habitação e na aceitação de comunicações prévias em substituição das licenças de construção”, referem os investigadores. Estas medidas poderão acelerar o desenvolvimento de novos projetos e potencialmente influenciar os preços finais dos imóveis.

As perspetivas para o mercado imobiliário residencial de gama alta em Portugal em 2025 são promissoras, apesar dos desafios. O setor demonstra capacidade de adaptação e resiliência, beneficiando de fatores como a estabilidade política, o estilo de vida atrativo e a crescente importância da sustentabilidade.

Com um impacto económico significativo e uma procura consistente, o mercado de luxo continua a ser um pilar importante da economia nacional. As tendências apontam para um crescimento moderado, mas sustentado, principalmente em Lisboa e no Porto, com potencial para expansão em novas áreas geográficas, concluem os autores do estudo.

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Está criado o comité para poupar dinheiro na Justiça. Diretora adjunta da PJ coordena

O Comité para a Eficiência, Inovação e Sustentabilidade (CEIS) será coordenado pela diretora nacional adjunta da Polícia Judiciária, Luísa Proença.

O Ministério da Justiça criou um comité para poupar dinheiro e garantir a execução do orçamento do Estado na área que tutela. A composição e funções do Comité para a Eficiência, Inovação e Sustentabilidade (CEIS) – que será coordenado pela diretora nacional adjunta da Polícia Judiciária, Luísa Proença – foram publicadas esta terça-feira em Diário da República. Daqui a três meses, o CEIS remete um relatório intercalar, com os resultados do levantamento efetuado.

“Para combater ineficiências, para gerar poupanças e para assegurar que o orçamentado é bem executado, o Ministério da Justiça decidiu criar o ‘Comité de Eficiência e Sustentabilidade’”, afirmou o Ministério da Justiça. Rita Alarcão Júdice explicou que a abrangência deste novo comité será “transversal a todos os organismos” sob a tutela do Ministério da Justiça e que visa melhorar a autossuficiência, considerando que “é possível fazer mais com os recursos humanos existentes” e que é “possível fazer melhor, com os mesmos recursos financeiros disponíveis”.

JOÃO RELVAS/LUSAJOÃO RELVAS/LUSA

O despacho, publicado esta terça-feira em Diário da República, visa garantir “a utilização criteriosa e rigorosa dos recursos existentes, bem como a condução da atividade e dos serviços da área governativa da justiça. E apesar de ser um desígnio próprio de cada instituição, deve também ser promovido de forma transversal em todas as instituições. Para além da utilização, racional e eficiente, dos recursos humanos e financeiros disponíveis, importa ainda apostar na inovação, contribuindo para o aumento da produtividade e redução de desperdício. Neste âmbito, as oportunidades de financiamento europeu e internacional constituem um fator crítico para a alavancagem dos investimentos estratégicos previstos na atual legislatura”, diz o despacho.

“Desde a gestão da água, à adoção de medidas de eficiência energética e de sustentabilidade, passando pelo uso das novas tecnologias e inteligência artificial, é possível poupar recursos e tempo, desde que haja melhor gestão”, realçou a ministra.

A criação do CEIS ficará na dependência da Secretária de Estado da Justiça, Maria José Barros.

Quais as competências do CEIS?

  • Identificar oportunidades e propor medidas concretas que permitam, “com os recursos existentes, fazer mais e melhor, promovendo uma cultura de proatividade, criatividade e enfoque nos resultados, junto das entidades da área governativa da justiça”;
  • Identificar riscos “com eventual impacto para a área governativa da justiça, e propor estratégias de mitigação inovadoras, com vista a garantir a eficiência e sustentabilidade, entregando aos cidadãos serviços públicos de maior qualidade”;
  • Promover a articulação, sempre que necessário, “com as autoridades de gestão dos fundos europeus e de outros instrumentos de financiamento europeu ou internacional”;
  • Colaborar na realização de avaliação e diagnóstico relativo ao Plano de Eficiência ECO AP 2030 para a área da justiça relativo ao triénio 2022-2024 e acompanhamento do novo Plano ECO 2030 relativo ao triénio 2025-2027;
  • Fazer recomendações e propor “melhoria nas políticas públicas para a área da justiça, respeitantes às matérias da inovação, eficiência e sustentabilidade”;

Quem faz parte do CEIS?

  • Luísa Proença, diretora nacional adjunta da Polícia Judiciária (PJ), que coordena;
  • Ana Luísa Machado, presidente do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ);
  • Orlando Carvalho, diretor-geral da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP);
  • Filipa Lemos Caldas, diretora-geral da Direção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ);
  • Jorge Rodrigues da Ponte, presidente do Instituto dos Registos e do Notariado (IRN);
  • Susana Videira, diretora da Direção-Geral da Política de Justiça (DGPJ).

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Glintt Global compra empresa de São João da Madeira para reforçar dados de saúde

A consultora tecnológica adquiriu 100% do capital da Prológica Sistemas Informáticos S.A., uma empresa com 41 anos dedicada à tecnologia de gestão hospitalar e processamento de informação clínica.

A consultora tecnológica portuguesa Glintt Global voltou a fazer compras em Portugal, desta vez para reforçar a área de dados da saúde, com a aquisição de 100% do capital da Prológica Sistemas Informáticos S.A. O negócio, cujo valor não foi divulgado, vai aumentar o portefólio da empresa de softwares de processamento de informação clínica.

A Prológica, com sede em São João da Madeira, fatura cerca de 600 mil euros por ano com a venda de soluções digitais para o setor da saúde, como por exemplo plataformas de apoio à gestão hospitalar e administrativa e registos clínicos estruturados. Com esta transação, a tecnológica passa a integrar o portfólio da Glintt Life Hospitals – a unidade de negócio da Glintt dedicada à saúde – e a consolidar o conhecimento e oferta para profissionais de saúde e gestores hospitalares.

“A aquisição da Prológica é um passo natural na nossa estratégia de crescimento, reforçando a nossa capacidade de liderar a transformação digital no setor da saúde. Estamos confiantes de que esta união nos permitirá responder de forma mais eficaz às necessidades dos nossos clientes, promovendo maior eficiência, acessibilidade e qualidade nos serviços prestados aos cidadãos”, afirmou o CEO da Glintt Global, Luís Cocco.

O administrador da consultora responsável pela área hospitalar da Glintt Life considera que este negócio “permite acelerar significativamente a nossa estratégia na área de inteligência de dados no setor hospitalar”. “Com a integração das soluções analíticas e clínicas da Prológica, a nossa plataforma Mozy torna-se ainda mais robusta e abrangente em diversas áreas funcionais, trazendo mais valor para os nossos clientes em Portugal, Espanha e noutras geografias”, garante Eduardo Antunes, em comunicado de imprensa.

Em 2021, a Glintt Global – à data, ainda apenas Glintt – comprou a espanhola FarmaTools, um país onde dois anos antes havia criado uma joint venture (sociedade conjunta) com a distribuidora farmacêutica Cofares. Entre 2017 e 2018, pagou à Multipessoal 5,3 milhões de euros para ficar com a maioria (51%) do capital social da Netpeople e adquiriu também a totalidade de duas PME, a Qwerty Informática e a Qwerty Farma, que custaram cerca de 750 mil euros.

“Durante os próximos meses, a Prológica será gradualmente integrada na estrutura da Glintt Global, mantendo o compromisso de continuidade no serviço e no suporte aos seus clientes e respeitando o histórico de excelência da empresa”, conta ainda a Glintt Global, que é cotada na Euronext. Até setembro de 2024, os lucros da multinacional sediada na Quinta da Beloura foram de 3,6 milhões de euros, mais 42,5% em termos homólogos.

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Startup turca de viagens Tripnly muda sede para Lisboa e prepara ronda de financiamento

A startup quer ajudar viajantes e empresas do setor turístico a atingir a neutralidade carbónica através do uso de IA.

A startup turca de viagens Tripnly mudou a sua sede para Lisboa e prepara conclusão da ronda de financiamento de cerca de meio milhão de euros para escalar a operação e reforçar equipa. A startup, que tem como objetivo ajudar viajantes e negócios turísticos a reduzir a sua pegada de carbono, quer reforçar “o mais breve possível” com cinco novos colaboradores.

“Portugal é um hub de inovação vibrante e o dinâmico ecossistema tech de Lisboa torna-o a base perfeita para escalar. Com um forte setor turístico, conectividade global, e abertura a novas ideias, Portugal é a base de lançamento perfeita para a visão da Tripnly de redefinir as viagens“, explica Alper Aydin, cofundador e CEO da Tripnly, ao ECO.

“Escolhemos estrategicamente Lisboa porque acreditamos que estar aqui irá funcionar como catalisador na nossa jornada de startup a scaleup“, justifica ainda.

A startup já levantou 240 mil euros, metade do valor da ronda de investimento pré-seed, junto a “cinco angel investors, um deles português“, diz o CEO. “Neste momento, estamos ativamente a discutir com grupos de business angels e VC de Portugal para garantir a metade remanescente da ronda”, adianta. A ronda, para um total de 480 mil euros, avalia a startup em seis milhões de euros.

Escolhemos estrategicamente Lisboa porque acreditamos que estar aqui irá funcionar como catalisador na nossa jornada de startup a scaleup.

Alper Aydin

Ccofundador e CEO da Tripnly

“Os fundos que já levantamos serão usados principalmente para aumentar as nossas capacidades IA e expandir a nossa equipa através do recrutamento de cinco talentos locais”, revela. React developers, engenheiros de IA, community manager e um especialista em marketing digital são os perfis procurados pela startup.

“A nossa prioridade é recrutar localmente em Lisboa e Portugal. Contudo, na Tripnly, abraçamos uma postura de ‘work-from-anywhere‘, criando uma equipa diversa de entusiastas de viagens de todo o mundo. Acreditamos que as pessoas são o coração da nossa empresa, e que esse coração bate no lugar onde os nossos colaboradores trabalham”, diz o CEO.

O que oferece a plataforma?

“A Tripnly funciona como uma ponte entre os utilizadores B2C e os parceiros B2B promovendo um ecossistema de viagens dinâmico”, diz o cofundador.

A plataforma usa inteligência artificial (IA), machine learning e blockchain para ajudar os viajantes a reduzir a sua pegada ecológica. O objetivo é que cada viagem atinja a neutralidade carbónica até 2030.

A aplicação permite aos “utilizadores planear as suas viagens, fazer reservas, criar conteúdo e até gerar receita com o seu conteúdo“, descreve. Já os parceiros B2B “o marketplace integrado permite aos negócios relacionados com viagens ligarem-se diretamente aos viajantes através da oferta de produtos e serviços com descontos, códigos promocionais e vouchers, assegurando visibilidade, envolvimento e receita adicional“, acrescenta.

E como a sustentabilidade é um “pilar central”, através da iniciativa “2030 Commitment: Carbon-Neutral Trips” a startup lançou, com recurso a tecnologia de IA, uma calculadora que mede a pegada carbónica “permitindo aos viajantes calcular a sua pegada carbónica, converte-la num recurso financeiro e doá-lo a projetos ambientais internacionais, encorajando a viagens neutras do ponto de vista da pegada carbónica”, explica Alper Aydin.

“A nossa visão vai para lá dos viajantes individuais. Tendo recebido uma pré-aprovação do nosso projto de 6 milhões de euros do European Innovation Council (EIC) Accelerator, estamos agora no processo de submissão de um plano de negócio para aprovação final. Quando concluído, iremos desenvolver uma solução SaaS que irá permitir aos clientes B2B medir os âmbitos 1,2 e 3 das emissões de carbono”, isto é, se são emissões diretas, indiretas e da cadeia de valor.

Planos de expansão

Atualmente, a startup tem uma “presença forte” em Portugal e Turquia. “Para 2025, o nosso objetivo é reforçar a nossa presença na Península Ibérica e Europa Ocidental”, diz. E até ao final do ano atingir “mais de 150 parceiros B2B e mais de 500 mil utilizadores mensais únicos”.

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Venda do Novobanco. Centeno “gostava de ter mais bancos cotados na bolsa”

Mário Centeno avisou que Banco de Portugal irá analisar o plano de negócios que o comprador terá para o Novobanco. Prefere solução da bolsa, mas diz que será o mercado a ditar o destino do banco.

O governador do Banco de Portugal avisou que irá analisar o plano de negócios que o comprador do Novobanco apresentar para avaliar os riscos sistémicos de um eventual processo de consolidação. Mário Centeno diz que será o mercado a ditar o futuro da instituição financeira, mas voltou a indicar a sua preferência: “Se gostaria de ter mais bancos cotados na bolsa? Gostava”.

“O que o supervisor pretende é que o Novobanco, na função que tem no sistema financeiro nacional, continue a desempenhá-la, continue a ser uma instituição estável, uma instituição capaz de responder aos desafios da economia e da sociedade portuguesa“, começou por afirmar aos deputados da Comissão do Orçamento, Finanças e Administração Pública quando questionado sobre o futuro do Novobanco.

Segundo Centeno, “a consolidação não é determinada pelas autoridades quaisquer que sejam, é uma decisão do mercado”.

Ainda assim, lembrou que a operação de venda terá de ser avaliada pelas autoridades da concorrência no que toca “a questões de competitividade” e bancária no que toca a “riscos sistémicos”.

O Banco de Portugal terá de estar atento ao plano de negócios decorrente da venda e às suas consequências sistémicas“, adiantou.

O governador revelou que preferia uma oferta pública inicial (IPO) a uma consolidação. “Se gostaria de ter mais bancos cotados na bolsa, gostava. Falamos muito do mercado de capitais, mas quando apresentamos o mercado de capitais ficamos com receio“, disse.

Mas também frisou que vivemos numa união bancária, que “serve os interesses da banca em Portugal, e são essas regras que devemos por acima de todas as nossas vontades”.

O fundo norte-americano Lone Star já mandatou o banco para arrancar com os preparativos para a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês). A operação poderá acontecer já em maio ou então apenas em setembro, se as condições do mercado assim permitirem. Em cima da mesa está a venda de um bloco de ações correspondente entre 25% e 30% do capital do Novobanco, em função da participação de cada um dos acionistas.

A Lone Star detém 75% (que comprou em 2017 a troco de uma injeção de 1.000 milhões no Novobanco), enquanto os restantes 25% estão nas mãos do Estado, através do Fundo de Resolução (13,54%) e da Direção Geral do Tesouro e Finanças (12,46%).

(Notícia atualizada às 13h26)

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Aguiar-Branco alerta que país corre o “risco de só ficar com políticos sem interesse algum”

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2025

Presidente da AR avisa que a política precisa de mobilizar os académicos mais capazes e os profissionais mais qualificados para defender os "diferentes interesses que existem na sociedade".

O presidente da Assembleia da República alertou esta terça-feira para o risco de Portugal ficar só com políticos sem interesse nenhum e sugeriu uma mudança de regras e mentalidades por ocasião dos 50 anos das primeiras eleições livres.

Estas posições foram defendidas por José Pedro Aguiar-Branco na abertura de uma conferência sobre “O estatuto dos titulares de cargos políticos — cinco anos depois”, na Sala do Senado, no Parlamento.

Na sua intervenção, o presidente da Assembleia da República considerou que a política portuguesa “precisa de mobilizar os académicos mais capazes, os profissionais mais qualificados” e “os representantes mais adequados para os diferentes interesses que existem na sociedade”.

“Escolho a palavra interesses propositadamente. Os deputados devem mesmo defender interesses: os das suas terras e regiões, os de uma classe profissional, comunidade ou setor, os interesses dos agricultores ou dos professores. É o conjunto dos interesses que constitui o interesse nacional”, sustentou.

Depois, deixou um aviso: “Quando estamos, por demagogia, inveja ou maledicência, demasiado preocupados com os interesses dos políticos, corremos o risco de só ficar com políticos sem interesse algum“.

José Pedro Aguiar-BrancoLusa

O antigo ministro social-democrata admitiu que esta posição seja polémica e impopular, mas, na sua perspetiva, “criou-se em Portugal um terreno armadilhado na discussão sobre o estatuto dos titulares de cargos políticos”.

“Não só pelas leis, mas sobretudo pelo ambiente mediático que se criou. Um ambiente de suspeição face aos políticos, sem cuidar do que é trigo e do que é joio, degradando, por falta de rigor, o sentido nobre da função. Um ambiente que, tantas vezes, parece querer cobrar dos políticos um grau de transparência que visa apenas o voyeurismo e não o escrutínio sério de que serve a causa pública”, criticou.

Há um ambiente que, tantas vezes, parece querer cobrar dos políticos um grau de transparência que visa apenas o voyeurismo e não o escrutínio sério de que serve a causa pública.

José Pedro Aguiar-Branco

Presidente da Assembleia da República

Neste contexto, o presidente da Assembleia da República fez uma proposta para combater um ambiente que “presume que todos são suspeitos e potenciais culpados” e que inverte o ónus da prova.

“Celebramos, neste ano, os 50 anos das primeiras eleições livres. É uma excelente ocasião para homenagear os nossos primeiros deputados, os fundadores do regime democrático. Mas também é tempo de pensarmos no futuro, de mudarmos regras e mentalidades, para que volte a ser possível recrutar os melhores para a política”, advogou.

Na sua intervenção, José Pedro Aguiar-Branco admitiu que, face à atual realidade, figuras como Natália Correia, Lucas Pires ou Sophia de Mello Breyner talvez não estivessem na vida política.

“Precisamos de mudar a forma como olhamos para a política, as exigências que, enquanto sociedade, fazemos aos servidores públicos. Todos sabemos como é difícil a quem tem uma vida privada participar na política”, disse.

O presidente do Parlamento considerou mesmo que “quem tem uma carreira profissional, quem tem currículo no setor privado, quem tem empresas próprias, quem fez negócios, vê-se muitas vezes inibido de participar na política, ainda que sem qualquer incompatibilidade ou conflito de interesses“.

“E corremos o risco com isso de atrair, para o serviço público, apenas os que não têm percurso feito no privado, os políticos de carreira, os que sempre fizeram política — e nada mais”, acrescentou.

Na abertura da sessão, a presidente da Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados, a social-democrata Ofélia Ramos, classificou Aguiar-Branco como uma “referência em defesa do pluralismo e da liberdade”, e salientou que a ética e a transparência “não são uma opção mas um dever” dos políticos.

Num momento em que se discute a possibilidade de se agravar sanções aos deputados com conduta imprópria, Ofélia Ramos advertiu porém que não se deve criar leis de forma reativa e precipitada.

Criar confusão com lei dos solos e imobiliárias

O presidente da Assembleia da República afirmou, por outro lado, que se está a pretender criar um clima de confusão junto dos cidadãos com polémicas sobre a lei dos solos e de políticos com participações em empresas imobiliárias.

José Pedro Aguiar-Branco falava aos jornalistas no parlamento, depois de questionado sobre os mais recentes casos que atingiram vários membros do Governo, incluindo o primeiro-ministro, Luís Montenegro, sobre participações em empresas, designadamente negócios no ramo imobiliário, ou sobre potenciais interesses na revisão da chamada lei dos solos.

“Estas situações mais recentes confundem tudo. E a confusão é o primeiro passo para que se crie uma atmosfera de suspeição em relação a todos, o que é errado, porque degrada o ambiente para o exercício da intervenção cívica”, declarou.

Sobre as mais recentes controvérsias que atingiram membros do executivo PSD/CDS e também deputados, o presidente do parlamento considera ser “óbvio que se pretende criar confusão”. “E ao misturarem-se as várias situações que foram objeto de discussão, quer na Assembleia da República, quer no espaço público, quer em artigos [de opinião], confunde-se tudo”, respondeu.

Para o presidente da Assembleia da República, “confundem-se todas as situações, em concreto, no caso da lei dos solos, que está em debate – e confunde-se propositadamente, porque nem todos os que fazem a discussão desejam efetivamente ver quais são os méritos ou os deméritos da lei”.

Confrontado com o facto de o líder do Chega, André Ventura, o ter também apontado como um dos políticos que detém uma participação numa empresa imobiliária, José Pedro Aguiar-Branco reagiu: “Nem sequer valorizo isso, porque cai campo da tal confusão, no campo em que se pretende confundir tudo”.

Sem nunca especificar forças políticas, o presidente da Assembleia da República observou que, nos últimos tempos, a discussão à volta de uma determinada norma “tem resvalado para o debate do que parece – e não para o debate daquilo que efetivamente é”.

Quando alguém que entra para o exercício de cargos políticos, ainda que não tenha absolutamente nenhuma situação de necessidade de escrutínio particular, tudo é escarrapachado: o seu património, a sua situação do ponto de vista financeiro, tudo o que tem a ver com um acervo particular, ainda que não exista alguma suspeita.

José Pedro Aguiar-Branco

Presidente da Assembleia da República

“O debate surge amputado, aparecendo só num determinado contexto, o que dá uma impressão errada às pessoas. Isso tem um objetivo: Criar uma imagem de menor confiabilidade no parlamento, de menor confiabilidade em quem nos governa e com isso criar aquilo que é o pior para a democracia, que é a confusão”, acentuou.

José Pedro Aguiar-Branco manifestou-se defensor da transparência na atividade política, com uma quadro eficaz de punição em casos objetivos de violação de normas, mas criticou quem tenta estender ao absurdo as normas de incompatibilidade e de conflito de interesses.

Neste ponto, o presidente do parlamento foi ainda mais longe: “Muitas vezes realmente há só voyeurismo”. “Quando alguém que entra para o exercício de cargos políticos, ainda que não tenha absolutamente nenhuma situação de necessidade de escrutínio particular, tudo é escarrapachado: o seu património, a sua situação do ponto de vista financeiro, tudo o que tem a ver com um acervo particular, ainda que não exista alguma suspeita”, criticou.

O presidente do parlamento assinalou depois que está há mais de 20 aos na política. “Sempre fui escrutinado. Portanto, tenho a tranquilidade de poder estar a falar desta forma. Mas a verdade é que o grau de exposição é muitas vezes gratuito. Parece que quem tem mais vida para além da política, quem teve uma atividade privada, quem sempre pautou a sua vida por condutas irrepreensíveis está hoje inibido de poder participar na política”, afirmou.

José Pedro Aguiar-Branco identificou que, progressivamente, se foi “criando essa dimensão demagógica em que, mesmo quando não há situações que se encontrem no âmbito do regime das incompatibilidades, se gera uma atmosfera que confunde o trigo e o joio”. “Desta forma, pessoas de bem não estão disponíveis para participar” na vida política, acrescentou.

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PJ realiza buscas contra corrupção nos portos para entrada de cocaína na Europa

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2025

A Polícia Judiciária está a realizar buscas na área metropolitana de Lisboa, e em Setúbal, Sines e Leiria por suspeitas de corrupção nos portos visando a entrada na Europa de cocaína da América Latina

A Polícia Judiciária (PJ) está a realizar esta terça-feira buscas na área metropolitana de Lisboa, e em Setúbal, Sines e Leiria por suspeitas de corrupção nos portos visando a entrada na Europa de cocaína da América Latina, anunciou a instituição.

Em comunicado, a PJ adianta que operação Porthos “investiga a beneficiação de organizações criminosas dedicadas à exportação de elevadas quantidades de cocaína a partir da América Latina”.

“Estas organizações criminosas usam os portos marítimos nacionais como porta de entrada de produtos estupefacientes no continente europeu, dissimulados em diversos produtos acondicionados em contentores”, acrescenta a instituição.

A investigação resulta da cooperação policial internacional e em causa estão suspeitas de corrupção ativa e passiva, tráfico de estupefacientes e branqueamento de capitais.

Segundo a CNN Portugal, a PJ suspeita de que funcionários da Autoridade Tributária nas alfândegas terão sido subornados pelo Primeiro Comando da Capital, do Brasil, e cartéis colombianos para deixar passar a droga.

No terreno, estão 150 inspetores e peritos da PJ e quatro magistrados do Ministério Público.

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Tem mais três dias para validar faturas no IRS. Prazo alargado até 28 de fevereiro

Ministério das Finanças decidiu prolongar o período para registo das despesas, que iria terminar esta terça-feira, devido aos "constrangimentos e limitações pontuais de acesso" ao portal e-Fatura.

O Ministério das Finanças decidiu alargar o período para validar as faturas para o IRS até esta sexta-feira, 28 de fevereiro, devido aos constrangimentos no acesso ao portal e-Fatura, segundo um comunicado divulgado esta terça-feira. Prazo terminaria esta terça-feira.

“O prazo para verificação e comunicação de faturas, para efeitos do IRS de 2024, foi prorrogado por três dias, podendo os contribuintes proceder à validação das respetivas faturas até ao final do dia 28 de fevereiro”, segundo nota oficial do gabinete do ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.

Desde segunda-feira que o acesso ao portal e-Fatura tem tido constrangimentos, impedindo os contribuintes de registarem as despesas e, desse modo, conseguirem um reembolso maior ou um alívio no imposto a pagar. Após queixas de algumas famílias, o ECO tem testado o site e, ao validar faturas, o portal emite a seguinte mensagem: “Por motivos de ordem técnica não nos é possível responder ao seu pedido. Por favor tente mais tarde”.

“O elevado número de acessos ao e-Fatura do portal das Finanças, que se registou ao longo do dia de ontem e que se continua a verificar durante o dia de hoje, em virtude do fim do prazo legal para a verificação e validação de faturas, provocou constrangimentos e limitações pontuais de acesso”, reconheceu a tutela.

“Com a prorrogação agora decidida, a funcionalidade de verificação e comunicação de faturas irá permanecer disponível no portal das Finanças e na app e-Fatura até ao final do mês de fevereiro”, garante o Ministério.

Apesar do alargamento do período para registar as despesas, mantém-se o prazo para reclamação prévia dos valores apurados pela Autoridade Tributária, entre 16 e 31 de março, e da entrega da declaração de IRS, entre 1 de abril e 30 de junho, informa o Ministério das Finanças.

“Esta prorrogação não tem efeito nos prazos de reclamação prévia dos valores apurados pela Autoridade Tributária nem de entrega da declaração modelo 3 de IRS, que se mantêm”, lê-se no comunicado.

Para validar as faturas, o contribuinte deve entrar no portal e-Fatura, inserir os dados de autenticação, que são os mesmos para aceder ao portal das Finanças. Depois, deve consultar as faturas que lhe aparecem pendentes (em destaque no topo da página) e terminar o preenchimento atribuindo a cada uma das 13 categorias disponíveis: saúde, educação, lares, imóveis, reparação de automóveis, reparação de motociclos, restauração e alojamento, cabeleireiros, atividades veterinárias, passes mensais, ginásios, jornais e revistas. Existe ainda a opção ‘outros’ que deve ser usada para despesas gerais e familiares em supermercados, portagens ou combustíveis.

(Notícia atualizada às 12h23)

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Britânica Sonnedix aumenta portefólio em Portugal para 471 MW com novas aquisições

  • Joana Abrantes Gomes
  • 25 Fevereiro 2025

Empresa britânica adquiriu mais dois projetos em Portugal: o portefólio Fado, de 49 MWp, e a Central de Pombal, com 23 MWp.

A Sonnedix anunciou esta terça-feira a compra de dois projetos de energia renovável em Portugal. O acordo alarga a capacidade do portefólio português da empresa britânica para 471 MW, aproximando-a de atingir a sua meta de 750 MW até ao final de 2025.

Os projetos em causa são o portefólio Fado, constituído por três projetos regulados em operação e que totalizam 49 MWp, e a Central de Pombal, uma central regulada de 23MWp da qual vai ser responsável pela operação comercial, detalhou a Sonnedix, que se estreou em Portugal em março do ano passado.

A aquisição destes projetos vai permitir criar parques de energia renovável com uma produção anual combinada de quase 120.000 MWh, podendo cobrir o consumo de eletricidade de cerca de 40.000 lares por ano.

Sonnedix Douro

A Sonnedix, que tem mais de 3 GW de capacidade operacional a nível global, entrou no mercado português das energias renováveis ​​em 2022. Entre os seus maiores projetos está o parque eólico fotovoltaico do Douro, de 150 MW, que atingiu a conclusão mecânica no início de fevereiro.

“Portugal é um mercado importante e em crescimento para a Sonnedix. Com um ambiente regulatório favorável e sinais de investimento estáveis, Portugal oferece fortes oportunidades para produtores de energia renovável. A Sonnedix está bem posicionada para capitalizar este potencial”, afirma o CEO da Sonnedix, Axel Thiemann, citado no comunicado.

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