Marcelo veta desagregação das freguesias

  • ECO
  • 12 Fevereiro 2025

O Presidente da República devolveu o novo mapa das freguesias ao Parlamento, com três dúvidas. Marcelo pede aos deputados que ponderem se o diploma é aplicável já este ano, nas autárquicas.

O Presidente da República vetou, esta quarta-feira, o diploma de reposição das freguesias e devolveu-o ao Parlamento para que seja reapreciado. Marcelo Rebelo de Sousa, em mensagem aos deputados divulgada no site da Presidência, refere “três dúvidas” e muitas críticas ao processo legislativo e prazos do novo mapa de freguesias.

O chefe de Estado critica, por um lado, a “falta de compreensão ou transparência pública do processo legislativo, os seus avanços e recuos, as suas contradições, as hesitações e sucessivas posições partidárias, a inclusão e a exclusão de freguesias”. A desagregação, que permite criar 302 novas freguesias no país, foi aprovada em janeiro no Parlamento, só com os votos contra da Iniciativa Liberal e a abstenção do Chega.

Mas foi a proximidade das eleições autárquicas que mais pesou no veto presidencial. Marcelo questiona a “capacidade para aplicar as consequências do novo mapa já às eleições de setembro ou outubro deste ano” e lembra que, em matérias como esta, é “desejável evitar alterações legislativas em ano eleitoral”.

E, por isso, solicita aos deputados que ponderem “uma vez mais a praticabilidade da aplicação do mencionado diploma no horizonte deste ano eleitoral de 2025”.

A reversão parcial da reforma de 2013, “para alguns um grave retrocesso”, é “contraditória com a linha dominante” de um “envolvimento das autoridades locais num novo modelo multinível de governança”, afirma também o chefe de Estado, antes de apontar para as conclusões do relatório de Enrico Letta de abril do ano passado.

Marcelo lembra que a revisão das freguesias cobre “apenas um terço das agregações de 2013 e não toca nas entidades supramunicipais”, que também foram alvo de mudanças em 2013. Esta dúvida, porém, não tem um peso fundamental para o veto uma vez que este diploma teve mais votos a favor que a própria reforma aprovada nos tempos da troika.

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Montenegro avança com remodelação no Governo. Seis secretários de Estado substituídos

  • ECO
  • 12 Fevereiro 2025

Dança de cadeiras no Governo. Saem seis secretários de Estado e entram Silvério Regalado, Maria Luísa Oliveira, Filipa Lima, Jean Barroca, Carla Rodrigues e Alberto Santos.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, aproveitou a saída de Hernâni Dias de secretário de Estado para fazer a primeira remodelação antes de terminar um ano de Governo. Outros cinco secretários de Estado foram também substituídos, segundo uma nota publicada, esta quarta-feira, no site da presidência.

O deputado do PSD, e anterior autarca de Vagos, Silvério Regalado é o novo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, substituindo Hernâni Dias que saiu a 29 de janeiro do Governo, após várias polémicas, entre as quais ser o alvo de uma investigação da Procuradoria Europeia.

A mexida nas pastas chega também à área governativa do Trabalho e do Ambiente. A nova secretária de Estado da Segurança Social é Filipa Lima, que substitui Jorge Campino, e Jean Barroca assume a posição de secretário de Estado da Energia, anteriormente ocupada por Maria João Pereira.

No Ministério da Educação, Maria Luísa Oliveira assume o lugar de secretária de Estado da Administração e Inovação Educativa, uma pasta que era até aqui era ocupada por Pedro Cunha.

Carla Rodrigues assume a secretaria de Estado Adjunta e da Igualdade, em substituição de Carla Mouro. E, finalmente, no Ministério da Cultura, Alberto Santos vai iniciar funções como secretário de Estado, um lugar ocupado até aqui por Maria de Lurdes Craveiro.

“O Presidente da República deu o seu acordo à proposta do Primeiro-Ministro relativa a alterações na composição do Governo”, indica a Presidência. A posse dos novos membros do Governo terá lugar no Palácio de Belém, pelas 17h30, esta quinta-feira, 13 de fevereiro.

Numa outra nota, enviada as redações, o primeiro-ministro expressa “público reconhecimento e gratidão aos Secretários de Estado que agora cessam funções” e sublinha que foram “inexcedíveis na dedicação e empenho” a cumprir o programa do Governo. “Muito obrigado a todos”, remata.

(Notícia atualizada às 21h09)

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Marcelo espera que Europa seja envolvida nas negociações do fim da guerra na Ucrânia

O Presidente da República sublinhou que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia é "global" e que espera que a solução de paz seja encontrada tanto pelos envolvidos como pela Europa.

O Presidente da República sublinhou esta quarta-feira que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia é “global” e que espera que a solução de paz seja encontrada tanto pelos envolvidos como pela Europa, que “tem tido um papel muito importante”.

“Qualquer solução que seja encontrada para a paz, que a paz é sempre desejável, seja encontrada com os que estão envolvidos na guerra, obviamente russos e ucranianos, mas também com a Europa, que tem tido um papel muito importante. Mesmo que haja setores norte-americanos que de repente queiram mudar radicalmente a sua posição em relação a isso”, referiu em declarações à RTP3.

Sobre o aumento do orçamento da defesa dos Estados-membros da União Europeia, o Chefe de Estado espera para ver como o “caminho anda” em termos europeus, uma vez que a Europa está a ponderar que o investimento na defesa não conte para efeitos de défice.

“Mas se por um lado se quer investir mais em defesa isso não pode querer dizer manter regras de défice muito rígidas. Investe-se em defesa e isso implica sacrificar outro tipo de investimento e isso tem como consequência a criação em muitos setores das sociedades europeias de correntes fortes de oposição ao caminho escolhido para construir a paz”, acrescentou.

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Novobanco escolhe três bancos para a entrada em bolsa

  • ECO
  • 12 Fevereiro 2025

Bank of America, Deutsche Bank e JPMorgan Chase foram selecionados pelo Novobanco para preparar a entrada em bolsa.

O Novobanco escolheu o Bank of America, Deutsche Bank e o JPMorgan Chase para organizar a oferta pública inicial (IPO), avança a agência Bloomberg. Outros bancos podem ser ainda chamados ao processo.

A Bloomberg já tinha adiantado, em janeiro, que o Deutsche Bank seria encarregado de discutir com potenciais compradores a venda ou a entrada em bolsa do Novobanco, com a dispersão de até 30% do capital.

O cenário de um IPO do banco, detido a 75% pelo Lone Star (e com o restante capital detido pelo Estado português e o Fundo de Resolução), tem sido admitido pelo CEO, Mark Bourke, em vários momentos, ainda que não coloque de parte uma venda direta. Qualquer que seja o modelo escolhido, Bourke aponta que a operação pode ter lugar no segundo ou terceiro trimestre deste ano.

Na semana passada, o BCP admitiu avaliar o processo. “Se o preço for um preço adequado, se criar valor para os acionistas e fizer sentido para a economia portuguesa, poderemos considerar”, admitiu Miguel Maya, embora tenha afastado o interesse em participar num eventual IPO. E antes, o presidente da Caixa, Paulo Macedo, afirmou que “todas as hipóteses” de compra de outro banco estavam em cima da mesa para preservar a sua liderança no mercado.

O governador do Banco de Portugal considera que a abertura do capital do quarto maior banco do mercado, através de um IPO, seria “um bom resultado para o funcionamento e a competitividade do setor bancário”. Mas o interesse da Caixa deixa reservas em Mário Centeno. “É uma decisão de negócio com consequências sistémicas que têm de ser analisadas”, disse.

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“Seguradoras também têm responsabilidade na confusão entre planos e seguros de saúde”

Margarida Corrêa de Aguiar, presidente da ASF, esteve na Assembleia da República a responder aos deputados sobre a supervisão dos seguros e fundos de pensões.

Direito ao esquecimento, Fundo Sísmico, os PPR e desfazer equívocos sobre planos e seguros de saúde foram dos temas mais questionados pelos deputados da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública da Assembleia da República, durante a Audição da ASF – Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, realizada esta quarta-feira com a presença da presidente Margarida Corrêa de Aguiar.

A audiência da ASF na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública da Assembleia da República, presidida por Filipe Neto Brandão, contou com mais de uma dezena de deputados para ouvir Margarida Corrêa de Aguiar.

O Direito ao esquecimento foi desde logo questão levantada por Almiro Moreira do PSD e também por Miguel Cabrita do PS, ambos falando em incumprimento por parte das seguradoras. A presidente da ASF esclareceu que o Direito ao esquecimento foi legislado em 2023, e foi objeto de uma Norma Regulamentar emanada da ASF em 2024: “Precisámos de a estudar com especialistas e ver como faziam outros países. Indicámos um referencial para a forma como as seguradoras devem lidar com o tema e há um modelo previsto na lei para verificação se a norma está a ser cumprida”, disse Margarida Aguiar, acrescentando que, assim, a lei já tem uma regulamentação tratada pela ASF e depois há a parte que compete ao Governo, vai originar um diploma legal esperado ainda em 2025.

“ASF não tem consultores nem assessores”

A existência, tal como no Banco de Portugal, de consultores de apoio à ASF foi questionado por Rui Afonso do Chega e Miguel Cabrita do PS, afirmando Margarida Aguiar que a entidade “não tem com consultores e assessores”, mas apenas “um conselho consultivo, que é um órgão estatutário”.

A decisão da administradora Adelaide Cavaleiro se demitir em julho último foi lembrado por Alberto Amaral da IL e por Rui Afonso do Chega, citando informação da demissionária que “não se revia na governance, na gestão de equipas e nos processos de decisão da ASF”, inquirindo, os deputados, sobre a opinião da presidente a esse respeito.

“Soube pela comunicação social que a administradora não se identificava com a gestão”, começou por dizer Margarida Aguiar, acrescentando que “se as pessoas não gostam ou sentem-se incapazes é com cada pessoa”, concluindo com “não posso impedir que critiquem a presidente, ou a ASF, mas neste caso concreto não posso dar razão às críticas”.

Em relação ao ano nos seguros, Margarida Corrêa de Aguiar salientou o crescimento do ramo Vida principalmente pelos 37% de subida de produção dos seguros financeiros incluídos no ramo Vida, e que a carteira de investimentos de seguros e fundos de pensões atingiu os 52 mil milhões de euros. Também destacou que a margem de solvência subiu para 213% no final do ano de 2024 (mais do dobro do mínimo de 100%) e acima dos 203% registado um ano antes.

“Os seguros têm crescido mais que a economia nos últimos anos”, disse a presidente da ASF, numa “dinâmica positiva o índice de penetração dos seguros (prémios de seguros/PIB) tem subido, mas ainda está longe dos valores de outros países comparáveis com Portugal”.

ASF vai regular a Inteligência Artificial no setor segurador

Em relação à atividade interna da ASF, assinalou a crescente utilização de soft law em forma de recomendações às empresas de seguros, em que a adesão destas a essas recomendações é destacada nos estudos, publicações e sites da ASF enquanto quem não segue as recomendações não é mencionado.

Informou ainda que a ASF vai regular a Inteligência Artifical (IA) no setor segurador e avançou que em março apresentará as contas sobre a concretização do Plano Estratégico estabelecido para o quadriénio 2020-2024. Antecipou desde já que nos principais pontos e objetivos a taxa de execução do plano está entre os 71% e os 95%.

Os PPR levantaram muitas questões, Rui Afonso do Chega louva a iniciativa de comparação dos diferentes quanto a rendibilidades e comissões, mas estranha ter sido interrompida a sua divulgação. Margarida Aguiar adiantou que Comparador de PPR em rentabilidades e comissões estavam a ser calculados por cada gestora com metodologias diferentes, não comparáveis. Daí ter sido suspensa a sua divulgação e definidas metodologias uniformes: “A partir de abril já teremos com o mesmo método de cálculo e acrescentámos o nível de risco” para uma melhor possibilidade de comparação entre produtos.

Os PPR foram também alvo de críticas por Eduardo Teixeira, deputado do Chega: “O objetivo dos PPR é poupar para a reforma e não resolver problemas de habitação”. Este desvio dos seus objetivos iniciais foi também lembrado pelo deputado Almiro Fonseca e mereceu a resposta da margarida Corrêa da Aguiar:

“O PPR foi um produto popular com imenso sucesso, mas foi desvirtuado e por isso precisamos de um PPR 2.0 redesenhado para o tempo atual”, continuando reconheceu que foi lançado o PEPP, mas colide com muitos produtos que cada país europeu já tem e não teve sucesso. Reforçou que, no caso de Portugal, é preciso reforçar o PPR para o 3º pilar da segurança social (plano individual).

Ainda Almiro Moreira quis saber como estava o simulador de pensões que junta os planos públicos com os planos pessoais de cada contribuinte. Margarida Aguiar confirmou o andamento do tema. “Apresentei ao governo anterior e ao governo atual o Tracking Pension System que permite a cada utente ter acesso conjunto aos três pilares da Segurança Social e que pode vir a ser uma recomendação da União Europeia”. “A segurança social direta já tem uma parte, a do 1º pilar (público) mas faltam-lhe as contribuições para a Caixa Geral de Aposentações”, disse a presidente.

Decisão quanto ao fundo sísmico é agora “política”

O estado do Fundo sísmico foi questão colocada por vários deputados tendo Margarida Aguiar explicado que o projeto preliminar foi entregue ao Governo no final do ano passado, com regras técnicas, propostas de financiamento e de governação, sublinhando que “o mesmo modelo pode ser usado para outros fundos como um para catástrofes climáticas”. Agora o modelo a adotar “é uma decisão política”, disse.

Os deputados Miguel Cabrita e Rui Afonso perguntaram pela situação dúbia entre planos e seguros de saúde com consequências nas expectativas dos subscritores de produtos. A presidente da ASF informou que recomendações foram transmitidas às seguradoras de modo a evitarem-se mal entendidos. É um exemplo de soft law, os cumpridores das recomendações terão a sua informação divulgada nos portais adequados da ASF, os incumpridores não serão lembrados.

Mas neste aspeto, Margarida Corrêa de Aguiar foi perentória: “As seguradoras também têm responsabilidade na confusão que se gerou entre planos e seguros de saúde”, concluiu.

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Universalis Acrisure compra mediadora de seguros José Teixeira

  • ECO Seguros
  • 12 Fevereiro 2025

Esta operação visa reforçar a presença da Universalis/Acrisure "numa localização estratégica e está alinhada com a sua visão de crescimento sustentável e criação de valor no mercado português".

A UniversalisAcrisure acaba de comprar a José Teixeira Seguros – mediadora sediada em Loures orientada para clientes empresariais.

Depois da compra: José Rodrigues, CEO da Universalis Acrisure, José Teixeira, CEO da José Teixeira Seguros e Ricardo Moreira, chairman da Universalis Acrisure.

Segundo o comunicado da corretora, esta operação visa reforçar a presença da Universalis “numa localização estratégica e está alinhada com a sua visão de crescimento sustentável e criação de valor no mercado português”. Confirmando assim “o compromisso do grupo Acrisure em expandir a sua presença em Portugal”.

A José Teixeira Seguros foi fundada em 2004 por José Teixeira. Atualmente conta com uma carteira sob gestão superior a 3,5 milhões de euros em prémios, segundo comunicado. Em 2023, as comissões foram superiores a 663 mil euros mais 13,25% em termos homólogos, e o resultado líquido, 288 mil euros (mais 107,1%), de acordo com os últimos dados da agência Informa DB. O EBITDA, indicador que está a ser usado para referenciar o valor de uma mediadora, foi de 437 mil euros em 2023, mais 52,53% em termos homólogos.

“Esta aquisição fortalece a nossa estratégia de crescimento e consolidação no mercado português, permitindo-nos expandir com parceiros que acrescentam valor e reforçam a nossa presença local”, afirma José Rodrigues, CEO da Universalis Acrisure.

O fundador da mediadora vê nesta aquisição um meio para que a equipa e os seus clientes cresçam. José Teixeira acredita que a experiência da mediadora será ampliada pelas competências e solidez da Universalis Acrisure. Por sua vez, a corretora indica que a “experiência e o know-how da José Teixeira Seguros” vão complementar a sua oferta.

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Insurtech lança ferramenta para comparar seguros de viagem

  • ECO Seguros
  • 12 Fevereiro 2025

O comparador analisa as oferta dos parceiros da HelloSafe e apresenta o seguro "mais adequado" ao destino do cliente. Foi desenvolvida uma ferramenta para comparar os melhores seguros de cancelamento.

A plataforma de comparação de seguros, crédito e investimentos, HelloSafe, anunciou o lançamento de três novos serviços para “simplificar” a compra dos seguros de viagem.

Em comunicado, a insurtech indica que as novas ferramentas são um novo comparador de viagens, uma aplicação para verificar a cobertura do seguro do cartão bancário e uma ferramenta de “vistos”.

O comparador analisa as ofertas dos parceiros da HelloSafe e apresenta o seguro “mais adequado” ao destino do cliente e foi também desenvolvida uma ferramenta para comprar os melhores seguros de cancelamento. Os clientes podem subscrever as apólices diretamente na plataforma e “são assistidos por uma equipa de profissionais”. Esta ferramenta já está presente em Portugal e em mais 12 países. A companhia promete expandir a oferta para mais de 30 Estados em breve.

Através da segunda ferramenta mencionada, os titulares do cartão de crédito podem ver se estão cobertos em caso de sinistro e “ajuda os utilizadores” a compreender e a utilizar o seguro oferecido pelo cartão. O produto foi introduzido em França, nos Estados Unidos da América, no Canadá e na Bélgica, e a oferta será alargada a cerca de 20 países até ao final de 2026.

A chamada “ferramenta de vistos” destina-se aos viajantes internacionais, fornecendo “as informações mais atualizadas sobre as formalidades a cumprir em todos os países do mundo e de os ajudar nos procedimentos administrativos necessários para obter um visto.”. Está apenas funcional na França e na Bélgica.

A tecnologia da insurtech é baseada em inteligência artificial. A empresa, sedeada no Canadá foi fundada em 2020, integra chatbots interativos e “algoritmos de análise de necessidades, que recomendam ofertas personalizadas”, indica.

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Costa Pinto lança programa de “liberdade fiscal para os advogados”

José Costa Pinto promete a redução de quotas, a liberdade fiscal, criar a "Bolsa Nacional de Solidariedade” e trabalhar na atualização condigna da tabela de remunerações das oficiosas.

Com o mote “Uma Nova Voz”, José Costa Pinto, candidato a Bastonário da Ordem dos Advogados (OA), para o triénio 2025-2027, lançou oficialmente a sua candidatura a bastonário, no Salão Nobre da OA.

Na sessão, além do candidato, marcaram presença, entre outros, Paulo Saragoça da Matta, mandatário nacional, Paulo Sá Cunha, presidente do Conselho Superior da OA e Sandra Fernandes, presidente da ANJAP, bem como restantes elementos da lista, oriundos de todo o país e de todos os modos de exercício da profissão.

“Sem modéstia, estou na génese dessa candidatura, há cerca de um ano começamos a falar do futuro da OA e assistimos com preocupação a progressiva degradação do último ano”, disse Paulo Sá e Cunha. “Com um degradar do peso institucional da OA. Esta candidatura tem a seu favor a juventude do José Costa Pinto. É uma grande qualidade, tem motivação de servir a classe e a sua Ordem. E isto é um ponto de partida que o diferencia de todas as candidaturas”. Admitindo que a OA é uma instituição “vetusta e tem dificuldade em se regenerar porque são normalmente sempre os mesmos que se candidatam e recandidatam e alternam nos vários cargos da OA”, disse. “Atualmente temos colegas fundamentais para a profissão que se dedicam quase em exclusivo ao apoio judiciário e temos outros que também são advogados mas não togados, são os advogados de alcatifa, não vestem uma toga e não sabem contar prazos mas estão na classe e têm de ser chamados à OA. O grande desafio que se coloca está precisamente na mobilização naqueles que tradicionalmente não ligam à Ordem. Bem como o readquirir o prestígio da OA”. Realçando o facto de José Costa Pinto não precisar da OA para nada, num sentido abnegado de missão e que lhe vão custar muitas horas, que vai desviar da sua vida profissional e familiar. Custa-me muito ver um bastonário como funcionário da OA, que vem para aqui receber uma remuneração com a justificação de que tem de ser um cargo exercido em exclusivo”.

 

Paulo Saragoça da Matta, mandatário da campanha, disse que Paulo Sá e Cunha tocou num ponto fundamental: “a mobilização da advocacia. Está a ver-se que a OA não serve só para isso. Penso que a própria das Ordens Profissionais por falta de força da nossa classe. Não podemos continuar nesta apatia. Estou nesta luta de mobilizar o máximo de advogados possíveis: temos de votar numa novidade segura e não na continuidade. Para que não fique demasiado personalizado convém dizer que está acompanhado por uma lista capaz. Mando um abraço a todos e dou os parabéns a esta lista e comprometo-me a divulgar a lista e apelar ao voto do máximo dos nossos colegas”, concluiu o advogado, que falava à distância”.

A candidatura de José Costa Pinto tem como foco “a melhoria das condições de exercício da profissão e a afirmação da Ordem dos Advogados como pilar do Estado de Direito”. Promete ainda “uma OA unida, credível e que não deixe nenhum Advogado para trás, posicionando-se como ‘Uma Nova Voz’ na advocacia nacional”.

Na sessão de lançamento da candidatura e apresentação do programa, José Costa Pinto disse que “temos de virar esta página na Ordem dos Advogados”. O sócio fundador da Costa Pinto Advogados sublinhou que “não é possível ficar indiferente à falta de união que que existe nesta classe e à perda de dignidade e falta de representação nesta casa. Queremos dar uma nova voz, que venha unir a classe e que não deixe nenhum advogado para trás”, disse o advogado. “Quero ser o bastonário de todos os advogados, independentemente do contexto em que trabalham. Vou recusar a divisão dos mais novos e mais velhos, dos que fazem oficiosas e dos que não fazem, dos que vão a tribunal e os que não vão, dos da cidade e os da província. O legado desta casa tem de ser restaurado, temos de quebrar as agendas próprias, temos de estabelecer pontos, temos de trabalhar e conjunto com os advogados”.

José Costa Pinto promete a redução de quotas, a liberdade fiscal para os advogados, criar a “Bolsa Nacional de Solidariedade”, e trabalhar na atualização condigna da tabela de remunerações das defesas oficiosas.

Medidas previstas no programa de candidatura

  • Revogar as remunerações dos titulares dos órgãos da Ordem dos Advogados, com exceção dos casos obrigatórios por lei;
  • Organizar um “Congresso da Justiça” que junte sob o mesmo propósito reformista todos os membros da família judiciária no qual a Ordem dos Advogados tenha um papel central;
  • Convidar todos os presidentes dos órgãos nacionais e regionais da Ordem dos Advogados para assistirem às reuniões do Conselho Geral;
  • Reforçar os meios dos órgãos jurisdicionais e dotá-los com os recursos técnicos e humanos indispensáveis, bem como promover a digitalização integral dos processos.
  • Reforçar o pilar social da CPAS nos campos da maternidade, doença e perda abrupta de rendimentos;
  • Criar uma “Bolsa Nacional de Solidariedade” para apoiar advogados que se encontrem impossibilitados de atender a diligências e/ou realizar qualquer serviço jurídico urgente;
  • Propor a densificação do conceito de “justo impedimento” no sentido de conferir maior proteção na parentalidade e na doença, dos Advogados e dos seus ascendentes e descendentes;
  • Valorizar o advogado no SADT: trabalhar na atualização condigna da tabela de remunerações, na simplificação e celeridade dos pagamentos, no alargamento dos atos remunerados e no pagamento de despesas de deslocação;
  • Redução de quotas;
  • Implementar um programa de formação sobre ferramentas de inteligência artificial e de acesso à utilização das mesmas, garantindo a democratização da inovação tecnológica na advocacia;
  • Reunir anualmente o “Conselho dos Bastonários”, constituído pelos anteriores bastonários da Ordem dos Advogados;
  • Revisão das regras de estágio que as adequem à realidade nacional e criar instrumentos de financiamento de estágios;
  • Propor alteração ao quadro regulatório da advocacia atual e a todos os diplomas que colocam em causa os valores fundamentais da Advocacia, como sejam a independência e o segredo profissional;
  • Criar uma linha “Defesa 24”, para dar assistência permanente aos advogados que são impedidos de exercer a sua profissão ou que, nesse contexto, sofram ameaças;
  • Liberdade Fiscal para os Advogados: propor a liberdade de organização fiscal dos Advogados e terminar com iniquidades históricas como a obrigação de sujeição ao regime de transparência fiscal;
  • Propor o fim do duplo desconto para a CPAS e Segurança Social para os Advogados de empresa;
  • Propor uma taxa de IVA reduzida (6%) para a consulta jurídica e para o exercício do mandato em representação de pessoas singulares.

Os cerca de 40 mil advogados portugueses vão ser chamados a votar em março (18 e 19) para escolherem o Bastonário e os órgãos nacionais e regionais. Na possibilidade de uma segunda volta, esta ocorrerá duas semanas depois, a 31 de março.

José Costa Pinto tem 42 anos. É sócio fundador da Costa Pinto Advogados, sociedade que fundou há mais de 10 anos, anterior Associado Sénior da Uría Menéndez – Proença de Carvalho e estagiário na Simmons & Simmons, Costa Pinto cedo se inaugurou a solo no mundo da advocacia, com o seu escritório, em nome próprio, com apenas 31 anos. É especialista nas áreas de direito comercial, direito societário e direito imobiliário.

Paralelamente ao exercício da advocacia, Costa Pinto tem um percurso associativo, tendo, de 2014 a 2018, liderado a Associação Nacional de Jovens Advogados Portugueses. Atualmente é Vogal da Direção do Instituto Português de Corporate Governance e da Direção do Observatório Português de Compliance e Regulatório, Vice-Presidente da Comissão de Jurisprudência da Sociedade de Geografia de Lisboa e secretário da Mesa da AG do Sporting.

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Marques Mendes renuncia ao cargo de presidente da mesa da Vista Alegre

  • ECO
  • 12 Fevereiro 2025

O candidato a Belém deixa "com efeitos imediatos" o cargo de presidente da mesa da assembleia-geral da Vista Alegre Atlantis.

Luís Marques Mendes renunciou esta quarta-feira ao cargo de presidente da mesa da Assembleia Geral da Vista Alegre, decisão que surge depois de ter avançado com a candidatura à Presidência da República. A renúncia tem “efeitos imediatos”, segundo comunicado da Vista Alegre ao mercado.

Marques Mendes foi nomeado presidente da assembleia geral da Vista Alegre em junho de 2023 para cumprir um mandato até final de 2024, substituindo Paulo Portas no cargo.

Com a renúncia de Marques Mendes, que formalizou na semana passada a sua candidatura às próximas eleições presidenciais, a Vista Alegre “procederá à eleição de um novo presidente da mesa da assembleia geral na próxima assembleia geral anual, sendo a atual falta suprida nos precisos termos legais”.

A Vista Alegre registou lucros de 3,7 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. O grupo de Ílhavo opera no setor das cerâmicas e porcelanas, sendo detida pela Visabeira (81,94%) e por Cristiano Ronaldo (10%).

(Notícia atualizada às 19h12)

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Voos entre Trás-os-Montes e Algarve retomados a 19 de fevereiro

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2025

A carreira aérea regional foi interrompida a 30 de setembro, altura em que terminou o último ajuste direto à empresa Sevenair. Voos diários de regresso.

A carreira aérea que liga Bragança a Portimão, com paragem em Vila Real, Viseu e Cascais, vai ser retomada a 19 de fevereiro, informou esta quarta-feira a empresa concessionária Sevenair.

Neste contrato, com duração de quatro anos, os voos serão diários, de segunda a sábado, até março, duplicando a frequência de abril e outubro, indica, por seu turno, o Ministério das Infraestruturas e Habitação (MIH), em comunicado desta quinta-feira.

Vamos voltar a voar juntos e a ligar Portugal de norte a sul. A partir do próximo dia 19 de fevereiro vamos retomar a ligação aérea regional entre Bragança, Vila Real, Viseu, Cascais e Portimão”, anunciou a empresa, numa publicação nas redes sociais.

A carreira aérea regional foi interrompida a 30 de setembro, altura em que terminou o último ajuste direto à empresa Sevenair, enquanto se esperava o desfecho do concurso público internacional para atribuir a concessão por mais quatro anos.

Foi nesse mês que a companhia área anunciou que o transporte iria parar até que fosse paga a verba que tinha a receber do Estado, por estar numa situação de “estrangulamento de tesouraria”. Antes disso, em fevereiro, o número de voos diários já tinha sido reduzido. O Governo pagou, entretanto, cerca de metade da dívida que tinha para com a empresa, que rondava os 3,8 milhões de euros.

Desde o início da concessão até à paragem do serviço, foram feitos dois ajustes diretos, primeiro com a governação socialista e depois com o atual Governo, liderado por Luís Montenegro. O resultado do concurso público foi conhecido no final de 2024, com a única concorrente – a Sevenair –, que presta o serviço desde 2009, a ser escolhida para continuar a operar nos próximos quatro anos.

Em janeiro, o Ministério das Infraestruturas garantia estar a fazer todos os esforços para retomar a carreira aérea regional que liga Trás-os-Montes ao Algarve.

Notícia atualizada às 14h30 de dia 13 com informações prestadas pelo MIH

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Conselho Estratégico para o digital “é absolutamente fundamental”, diz presidente da CIP

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2025

Armindo Monteiro defende que grande batalha "é entre os grandes grupos de economia digital, os big five" e "nenhum deles é europeu". Alexandre Fonseca preside a este Conselho Estratégico da CIP.

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) afirmou esta quarta-feira que o Conselho Estratégico para a economia digital “é absolutamente fundamental” e que a inteligência artificial (IA) “é para fazer parte do negócio do dia-a-dia”. Armindo Monteiro falava na CIP, no dia da apresentação e tomada de posse do Conselho Estratégico da CIP para a economia digital, em Lisboa, o qual é presidido por Alexandre Fonseca.

Este Conselho Estratégico “é absolutamente fundamental”, sublinhou, referindo que nos últimos tempos tem-se falado de taxas alfandegárias para os metais, mas que “a grande batalha que está a haver é, efetivamente, entre os grandes grupos de economia digital, os big five“, e “nenhum deles é europeu”, prosseguiu.

Estas cinco ‘grandes’ são Alphabet, Amazon, Apple, Meta e Microsoft. Isso “talvez explique um pouco a nossa debilidade na Europa o facto de não termos empresas de tecnologia destas”, referiu.

A criação nesta fase do conselho económico para a economia digital é precisamente para isso, é uma preocupação que a CIP tem de escolher os melhores e liderados pelo Alexandre Fonseca para precisamente podermos pôr na agenda tudo aquilo que hoje é de facto estar na economia, construir a economia”, prosseguiu.

Até porque a economia já não são apenas os setores tradicionais e também não é a tecnologia para a tecnologia. “É a tecnologia como locomotiva para esta transformação da economia que nós queremos”, reforçou Armindo Monteiro.

Aliás, “há sempre uma comoção cada vez que se fala no salário mínimo, continuaremos a falar de salário mínimo se efetivamente não falarmos do digital, se não alterarmos este modelo, este paradigma da nossa economia, precisamos de uma economia bem mais sofisticada, coisa que Portugal não tem sido”, lamentou.

“Portugal só é sofisticado em muitos casos porque está na Europa e geograficamente presente. Do ponto de vista do modelo económico, só agora estamos a aprender a introduzir a tecnologia e o que pretendemos com o Conselho Estratégico da economia digital é precisamente esta visão”, apontou.

O presidente da CIP disse esperar que no final do mandato a economia portuguesa esteja “muito mais preparada para este embate”. A inteligência artificial “não é uma abstração intelectual, é para fazer parte do negócio do dia-a-dia, se conseguirmos introduzir isso então vamos naturalmente conseguir alterar o paradigma da nossa economia”.

Atualmente, “estamos numa fase” que “vai ser bem mais impactante porque é muito mais transformacional” que antes. “Se nós perderemos este tempo” que já não se mede em anos, mas em semanas, “podemos ficar irremediavelmente numa segunda ou terceira divisão económica e temos que ter esta consciência”, referiu, afastando qualquer tipo de alarmismo.

“Já perdemos a revolução industrial, já perdemos outros pontos em que podíamos ter outro desempenho (…), valeremos aquilo que formos capazes de fazer, para isso precisamos muito da iniciativa privada, muito das empresas, mas precisamos que o Estado não seja um opositor, precisamos que o Estado seja um propulsor”, defendeu.

Também “é nesse sentido que os trabalhos que vão ser desenvolvidos neste conselho de economia digital vão ter como output propostas concretas que coordenadas a nível de direção da CIP serão naturalmente apresentadas ao Governo para que tenham uma ação prática”, concluiu Armindo Monteiro.

Conselho elabora proposta para economia digital até final do verão

O Conselho Estratégico da CIP para a economia digital vai elaborar até final do verão um conjunto de propostas neste âmbito, assente em cinco pilares, o qual será entregue ao Governo, disse ainda o presidente, Alexandre Fonseca. “Falar hoje de economia digital é incontornável”, afirmou o antigo presidente executivo (CEO) da Altice Portugal.

A CIP enquanto instituição que tem um papel muito relevante naquilo são as tendências e definição de políticas públicas sobre o desenvolvimento da economia (…) tem aqui também na economia digital um dos seus pilares de desenvolvimento”, adiantou o gestor.

E hoje “estamos (…) a dar um arranque da nova etapa desse Conselho Estratégico para a economia digital em que vamos discutir um conjunto de pilares que são decisivos para o desenvolvimento da economia digital e com eles influenciar também, através da CIP e da sua abrangência, aquilo que serão algumas das políticas públicas que podem ajudar a transformação digital” em Portugal.

O Conselho Estratégico tem como objetivo “construir um documento com um conjunto de propostas”, as quais serão entregues à direção da CIP e esta, “no âmbito do seu trabalho mais alargado”, irá “com certeza analisar as nossas propostas na sua direção e depois fará chegar a quem de direito, obviamente que o Governo é sempre um destinatário deste tipo de propostas”, acrescentou Alexandre Fonseca.

“São cinco pilares que vamos trabalhar dentro deste comité e em todos eles praticamente a inteligência artificial (IA) tem impacto: nas infraestruturas porque é altamente exigente do ponto de vista de consumos energéticos e também de data centers, na inovação porque é uma tecnologia de ponta, nas competências porque precisamos de ter competências digitais para poder aproveitar” a IA “no seu expoente máximo”, no Estado e nas empresas” porque esta tecnologia “vai criar novos desafios e de oportunidades”, elencou.

Questionado quando o documento estará pronto, Alexandre Fonseca adiantou que uma primeira abordagem é tentar “fazê-lo no final do verão”.

“Estamos em ano de eleições autárquicas e nós entendemos que a economia digital tem não só uma importância estratégica para o país do ponto de vista central”, mas tem também “um impacto fundamental” no desenvolvimento das economias locais, pelo que é importante “termos medidas específicas para o poder local”, defendeu.

Para Alexandre Fonseca, a IA é “incontornável” e é um dos grandes temas que está a ser discutido entre os três grandes blocos: Europa, Estados Unidos e China.

Neste Conselho, “vamos discutir muito mais que a inteligência artificial”, o que inclui os cinco pilares – infraestruturas (conectividade), a inovação e o empreendedorismo, competências digitais, empresas e Estado, acrescentou, defendendo que é preciso que os gestores “tenham literacia digital” para poderem tirar partido das tecnologias, melhorar a eficiência, aumentar a rentabilidade e exportar mais.

“Precisamos de mais empresários que tenham esta audácia e esta ambição de aumentar os seus negócios e a tecnologia é uma alavanca central no que querem fazer”, rematou.

Entre os conselheiros que englobam o Conselho Estratégico estão nomes como Adalberto Campos Fernandes (ex-ministro e professor universitário), Isabel Vaz (CEO da Luz Saúde), Fátima Lopes (estilista), Manuel Caldeira Cabral (ex-ministro da Economia, consultor e professor universitário) e Paula Paz Ferreira (advogada e administradora da Media Capital), entre outros.

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Secretário do Tesouro dos EUA já entregou proposta de acordo económico com Ucrânia

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2025

Zelensky sublinhou que os EUA são o “principal parceiro” da Ucrânia e disse que fará tudo o que estiver ao seu alcance para garantir que o acordo seja assinado na Conferência de Segurança de Munique.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos da América (EUA), Scott Bessent, entregou esta quarta-feira ao Governo ucraniano, em Kiev, uma proposta de acordo económico entre os dois países, indicou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

“Sei que a minha equipa recebeu um primeiro projeto de acordo com os Estados Unidos”, declarou Zelensky após uma reunião com Bessent, segundo reportou a agência noticiosa estatal ucraniana Ukrinform. O Presidente ucraniano explicou que a sua equipa irá estudar o documento para o assinar “o mais rapidamente possível”.

Zelensky sublinhou que os EUA são o “principal parceiro” da Ucrânia e disse que fará tudo o que estiver ao seu alcance para garantir que o acordo seja assinado na Conferência de Segurança de Munique, que decorrerá de sexta-feira a domingo na cidade alemã, onde o Presidente ucraniano tem um encontro previsto com o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, no primeiro dia de trabalhos.

Por seu lado, Bessent afirmou que os Estados Unidos pretendem obter um “acordo de cooperação económica” em troca do seu apoio à Ucrânia, crucial face à invasão russa. “Gostaríamos de concluir um acordo de cooperação económica. E em troca deste acordo, os Estados Unidos continuarão a dar apoio material à Ucrânia, à população”, disse Bessent, após o encontro com Zelensky.

Nem Bessent nem Zelensky adiantaram pormenores sobre o acordo económico.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, enviou o secretário do Tesouro (equivalente ao ministro das Finanças) à Ucrânia, naquela que é a primeira visita a Kiev de uma delegação da nova administração republicana, com a missão de procurar um acordo economicamente vantajoso para os Estados Unidos em troca do apoio que Kiev recebe de Washington.

Trump manifestou interesse em obter até 500.000 milhões de dólares (480.450 milhões de euros) em benefícios no acesso aos recursos naturais ucranianos para cobrir a contribuição dos Estados Unidos para a defesa da Ucrânia. Por seu lado, Zelensky mostrou-se aberto a um acordo neste sentido que lhe garanta a continuidade do apoio do seu principal aliado.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022. Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

O conflito de quase três anos provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, bem como um número por determinar de vítimas civis e militares

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