Apoio do Estado às equipas de sapadores florestais sobe para 72,8 mil euros por ano

É um aumento de 12% face ao subsídio máximo anual em vigor de 65 mil euros e a sua atribuição terá efeitos retroativos a janeiro de 2024. No futuro, o valor será indexado ao salário mínimo.

O apoio máximo anual do Estado às equipas de sapadores florestais vai subir para 72,8 mil euros com efeitos retroativos a 1 de janeiros de 2024, segundo o decreto-lei publicado esta quarta-feira em Diário da República. Representa um aumento de 12%, ou de 7.800 euros, face ao subsídio em vigor, de 65 mil euros. A partir de 2026, atualização será indexada ao salário mínimo.

“O montante máximo do apoio anual ao funcionamento das equipas de sapadores florestais atribuído pelo Estado é definido por despacho do membro do Governo responsável pela área das florestas e, quando esse montante for assegurado pelo Fundo Ambiental, também do membro do Governo responsável pela área do ambiente, tendo como valor máximo anual 61.600 euros”, de acordo com o mesmo diploma.

Esse valor pode ser majorado até um valor máximo de 11.200 euros por equipa, quando a entidade titular seja uma entidade intermunicipal detentora de brigada ou brigadas de sapadores florestais que prestem exclusivamente serviço público”, estabelece o decreto-lei. Ou seja, os sapadores florestais poderão receber até 72,8 mil euros por ano.

Se as equipas de sapadores florestais forem detidas por cooperativas ou associações reconhecidas como organizações de produtores florestais, entidades gestoras de zonas de intervenção florestal ou órgãos de gestão dos baldios, o montante do apoio anual pode ser majorado em 6.600 euros. Neste caso, o valor pode subir para 68,2 mil euros.

A partir de 2026, “o montante máximo do apoio anual ao funcionamento das equipas de sapadores atribuído pelo Estado, acrescido das majorações previstas, é revisto anualmente em função da variação da retribuição mínima mensal garantida”, segundo o diploma.

Como o acordo tripartido para a valorização salarial assinado pelo Governo e os parceiros sociais prevê que o salário mínimo suba 5,7% no próximo ano para os 920 euros, então o apoio anual máximo dirigido às equipas de sapadores florestais também deverá ser atualizado na mesma proporção (5,7%), atingindo os 65.111 euros, valor que poderá ser reforçado até 76.949 euros.

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Lusiaves na corrida para ficar com espanhola dos frangos Uvesa

O grupo avícola de Leiria apresentou uma proposta à concorrente de Navarra, que está em processo de venda e tem mais dois interessados, avança esta quarta-feira o El Economista.

O grupo Lusiaves, que faz produção avícola, entrou na corrida para ficar com a empresa de frangos espanhola Uvesa. A empresa de Leiria apresentou uma proposta à concorrente de Navarra, que está em processo de venda e tem mais dois interessados, avança esta quarta-feira o jornal El Economista.

A Uvesa está na indústria alimentar há mais de 60 anos, sobretudo no segmento das aves e dos suínos, emprega cerca de duas mil pessoas e apresentou um volume de negócios de 600 milhões de euros e lucros de 27 milhões de euros em 2023. A sede é em Tudela (Navarra), mas tem unidades em Tudela e Burgos.

O negócio ainda está na ‘grelha’, até porque se somam outras duas propostas: a da El Pozo (grupo Fuertes), no valor de 312 milhões de euros, e a da ucraniana MHP, de 200 milhões de euros, que foi apresentada a 11 de dezembro de 2024. Os detalhes da oferta da empresa de Leiria ainda não são conhecidos.

Fundado em 1986 pelo empresário Avelino Gaspar, o grupo Lusiaves tem sede em Leiria e é um dos gigantes da carne em Portugal, especialmente frango. A holding conta com várias empresas, nomeadamente Meigal Alimentação, Triperu, Perugal, Lusifrota, Campo Aberto, entre outras.

No final do ano passado, a Lusiaves adquiriu as instalações da empresa Luís Silvério & Filhos na Nazaré, com mais de 12 mil metros quadrados, para construir uma nova fábrica que deverá estar operacional ainda neste primeiro trimestre de 2025. O investimento no espaço que pertencia à empresa de transformação de pescado, em Valado dos Frades, foi de 20 milhões de euros.

O ECO tentou contactar a Lusiaves, mas até ao momento não foi possível obter comentários.

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Excedente externo é o maior de sempre. Atingiu 3,3% em 2024

Excedente da balança de serviços superou o défice da balança de bens, atingindo 11,2% do PIB, o valor mais elevado da série histórica do Banco de Portugal.

O excedente externo da economia portuguesa subiu para 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP). O rácio alcançado é o mais elevado desde 1953, início da série histórica do regulador.

Os dados publicados pelo supervisor indicam que a economia portuguesa registou um excedente externo de 9,3 mil milhões de euros no ano passado, superando o excedente de 5,3 mil milhões de euros alcançado em 2023, correspondente a 2% do PIB.

A contribuir para esta evolução esteve o excedente de 6,7 mil milhões de euros (2,3% do PIB) registado na balança de bens e serviços, com o saldo positivo na balança de serviços a superar o défice registado na balança de bens. Em 2023, a balança de bens e serviços tinha apresentado um excedente de quatro mil milhões de euros (1,5% do PIB).

Num retrato mais detalhado verifica-se que, em valor absoluto, o défice da balança de bens praticamente não se alterou face a 2023. Contudo, em percentagem do PIB, reduziu-se de -9,5%, em 2023, para -8,9% em 2024.

Já o excedente da balança de serviços aumentou 2,7 mil milhões de euros relativamente a 2023, para 31,9 mil milhões de euros, o correspondente a 11,2% do PIB, o valor mais elevado da série histórica. “Este aumento deveu-se a um crescimento mais acentuado das exportações do que das importações (8,1% e 6,8%, respetivamente)”, explica o Banco de Portugal.

Nas exportações de serviços, destaca-se a componente das viagens e turismo, que cresceu 8,8% em relação a 2023, enquanto nas importações o aumento de 10,7% na rubrica dos outros serviços fornecidos por empresas.

Fonte: Banco de Portugal

Por seu lado, o défice da balança de rendimento primário diminuiu dois mil milhões de euros e o excedente da balança de rendimento secundário diminuiu ligeiramente em relação ao registado em 2023, refletindo, em parte, “a menor atribuição a beneficiários finais dos fundos europeus classificados como cooperação internacional corrente”.

o excedente da balança de capital caiu 0,6 mil milhões de euros, principalmente devido a uma menor atribuição aos beneficiários finais de fundos europeus destinados a investimento.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Juros da casa voltam a baixar dos 4% ano e meio depois

Taxa de juro implícita no crédito à habitação está a cair há 12 meses seguidos. E está novamente abaixo da fasquia dos 4%, algo que já não acontecia desde de julho de 2023.

Os juros da casa continuam a aliviar. A taxa implícita nos contratos de crédito à habitação caiu em janeiro pelo 12.º mês seguido. E está novamente abaixo da fasquia dos 4%, algo que já não acontecia há cerca de ano e meio.

A taxa dos empréstimos da casa caiu para 3,978% no arranque do ano, o valor mais baixo desde julho de 2023, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Juros da casa aliviam há 12 meses

Fonte: INE

Desde que em janeiro do ano passado atingiu um máximo de quase 15 anos, acima dos 4,6%, os juros da casa estão em queda continuada, refletindo o alívio das Euribor e da política monetária do Banco Central Europeu (BCE) em geral. Neste período já caíram quase 0,7 pontos percentuais, o que significa que as famílias estão a pagar menos pelo crédito à habitação.

Nos contratos celebrados nos últimos três meses a taxa implícita fixou-se nos 3,113% em janeiro, menos 0,236 pontos percentuais em relação a dezembro e menos 1,267 pontos percentuais em comparação com janeiro do ano passado.

De acordo com o INE, a prestação média situou-se nos 401 euros no arranque do ano, baixando dois euros face ao mês anterior e três em relação há um ano. Destes 401 euros, 225 euros corresponderam a juros pagos e 176 euros a capital amortizado. O capital em dívida subiu para 68.992 euros em termos médios.

(Notícia atualizada às 11h38)

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Votação das alterações à lei dos solos adiada a pedido do Chega

Partido de André Ventura solicitou adiamento da votação marcada para a manhã desta quarta-feira. Lei do Governo, publicada a 30 de dezembro, está em vigor.

Foi adiada a votação da alteração ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT), vulgo “lei dos solos”, que deveria ter lugar esta quarta-feira na reunião da Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação.

A pedido do Chega, não foram votadas as alterações ao Decreto-Lei 117/2024, com o qual o Governo de Luís Montenegro estabeleceu novas regras para transformação de solo rústico em solo urbano.

Marta Silva, deputada do Chega, invoca “algumas dúvidas jurídicas”. “Necessitamos de aprofundar a análise das propostas que entretanto entraram, num espírito construtivo e para que a redação final seja a mais eficaz possível, para que tenhamos uma lei que acima de tudo promova a transparência dos processos de reclassificação”. Tendo utilizado um pedido potestativo, o partiido assegurou o adiamento sem discussão. “Foi adiado para a próxima reunião” da comissão, explica Marta Silva ao ECO/Local Online.

Assim, tal só acontecerá na próxima semana, já depois da discussão e votação no Parlamento, nesta sexta-feira, da moção de censura dirigida pelo partido de André Ventura ao Governo. Na apresentação formal da moção de censura, ocorrida nesta terça-feira, o presidente do Chega aludiu à “lei dos solos” como um dos motivos do juízo negativo que faz do Governo, ao relacioná-la com a empresa detida pela mulher e filhos do primeiro-ministro.

Apesar de promulgado pelo Presidente da República em dezembro passado, o Decreto-Lei 117/2024 acabou por ser chamado à Assembleia da República em janeiro. Ali, no passado dia 24, a revogação do diploma, pedida pela esquerda parlamentar e pelo PAN, não passou, com apoio do Partido Socialista, que se absteve, e do PSD, CDS, Iniciativa Liberal, Chega e do ex-deputado do Chega Miguel Arruda. A votação permitiu, assim, que a alteração ao RJIGT preconizada pelo Governo com o diploma de dezembro, fosse enviada para discussão na especialidade, que deveria ter lugar nesta quarta-feira.

Necessitamos de aprofundar a análise das propostas que entretanto entraram, num espírito construtivo e para que a redação final seja a mais eficaz possível, para que tenhamos uma lei que acima de tudo promova a transparência dos processos de reclassificação

Marta Silva

Deputada do Chega

Os socialistas impuseram algumas condições para aprovação na especialidade, às quais o Governo respondeu com a garantia de que acataria estas alterações, entre as quais se contam a imposição do conceito de custos controlados como teto para o preço das casas construídas sobre solo atualmente rústico.

Na terça-feira, numa conferência da CNN, o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, afirmou a disponibilidade do Governo para alterar os pontos exigidos pelo PS para permitir que a transformação de solos rústicos em solos urbanos possa ser implementada em terrenos privados.

“O Governo, humilde, minoritário, tem de estar disponível para esse diálogo parlamentar. Qualquer soberba, qualquer atitude de alguma arrogância, era prejudicial ao que todos queremos, mais terrenos disponíveis para construção. O diálogo estabeleceu-se desde a primeira hora e o PS sinalizou as suas linhas vermelhas sobre a lei dos solos”, apontou Pinto Luz.

Por seu lado, Alexandra Leitão, líder parlamentar do PS, recordou, na mesma conferência, que a sua bancada apenas inviabilizou a tentativa da esquerda de revogar o diploma do Governo “com a condição de algumas alterações serem introduzidas”.

O que, a crer no ministro das Infraestruturas e Habitação, iria mesmo ocorrer nesta quarta-feira. Entre PS e PSD, na alteração ao RJIGT, “é muito mais o que nos une que o que nos separa”, afirmou Pinto Luz.

(Notícia atualizada às 11h45 com enquadramento da discussão da “lei dos solos”)

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15% dos recibos verdes dependem sobretudo de um único cliente

Cerca de 15% dos trabalhadores por conta própria tiveram em 2024 um cliente que representou 75% ou mais do rendimento da sua atividade, ou seja, estavam em dependência económica.

Há mais trabalhadores a recibos verdes a depender de um único cliente. De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), 15% dos trabalhadores por conta própria tiveram em 2024 um cliente que representou 75% ou mais do rendimento da sua atividade, o que significa que estavam economicamente dependentes.

“Do total de 736,8 mil trabalhadores por conta própria em 2024, 15% (110,8 mil; mais 2,3 pontos percentuais do que em 2023) tiveram um cliente que representou 75% ou mais do rendimento da sua atividade (após deduzidos os impostos), um indicador de dependência económica”, assinala o gabinete de estatísticas, num destaque publicado esta manhã.

Destes quase 111 mil trabalhadores, cerca de 84 mil (ou seja, 11,4%) indicam que os clientes estabelecem o horário de trabalho, o que é um indicador de dependência organizacional.

“Conjugando os dois tipos de dependência, identificaram-se 2,1% (15,6 mil; mais 0,2 pontos percentuais) de trabalhadores por conta própria simultaneamente em dependência económica e organizacional“, salienta o INE.

Por outro lado, no universo de trabalhadores economicamente dependentes, há a realçar que 61,2 mil indicaram ter tido, nos últimos 12 meses, apenas um cliente. Já 33,3 mil tiveram entre dois e nove clientes, um dos quais dominantes. E 16,4 mil contaram com dez ou mais clientes, também um dos quais dominantes.

O INE nota ainda que, em 2024, a dependência económica foi mais frequente entre os homens do que entre as mulheres (15,8% contra 13,9%), entre os jovens de 16 a 34 anos (19,9%), os indivíduos que completaram o ensino superior (17,2%) e os que trabalham no setor da agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca (49,9%).

Em contraste, entre todos os trabalhadores por conta própria, quase sete em cada dez (68,9%, 507,9 mil pessoas) tinham dez ou mais clientes em 2024, não sendo nenhum deles dominante.

Educação não formal ganha terreno

O destaque publicado esta manhã pelo INE faz ainda um retrato da formação e educação frequentada pelos portugueses em 2024.

Ora, num total de quase oito milhões de pessoas entre os 16 e os 74 anos, 11,7% indicaram ter frequentado educação formal. Em causa estão 925,3 mil indivíduos. Face a 2022, houve um decréscimo de 0,4 pontos percentuais.

“A frequência de educação formal foi mais comum na região da Grande Lisboa (13,2%; 206,9 mil), de modo semelhante entre homens (11,7%; 448,8 mil) e entre mulheres (11,6%; 476,5 mil), no grupo etário dos 16 aos 24 anos (70,8%; 693,1 mil) e na população inativa (24,7%; 614,3 mil)”, detalha o INE.

28,7% revelaram ter feito cursos de educação não formal nos últimos 12 meses, mais 3,1 pontos percentuais do que em 2022. Em causa estão quase 2,3 milhões de pessoas. Também neste caso a frequência foi mais elevada na região da Grande Lisboa (34,5%; 540,0 mil pessoas), mas foi mais comum entre mulheres (29,3%; 1 202,2 mil) do que entre homens (28,0%; 1 072,0 mil).

“Conjugando estes dois tipos de educação, observou-se que 35,5% (2 809,5 mil; mais 2,1 pontos percentuais) das pessoas daquele grupo etário participaram em pelo menos um tipo de atividades de educação e formação nos últimos 12 meses“, observa o INE.

Notícia atualizada às 11h41

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Portugal paga juro mais baixo desde 2022 para obter mil milhões em dívida a curto prazo

IGCP obteve um financiamento de mil milhões de euros através de um leilão de Bilhetes do Tesouro a 11 meses, pagando a taxa de juro mais baixa desde outubro de 2022.

Portugal obteve esta quarta-feira um financiamento de mil milhões de euros através de um leilão de Bilhetes do Tesouro a 11 meses, pagando uma taxa de juro de 2,266%, a mais baixa desde outubro de 2022.

A procura por estes títulos foi robusta, acima dos 2,2 mil milhões de euros, mais do dobro do que o IGCP pediu, o que ajudou a baixar os custos desta operação.

No anterior leilão comparável, realizado em dezembro, a agência que gere a dívida pública pagou 2,344% por 500 milhões de euros. E há um ano, por títulos a 11 meses, estava a pagar mais de 3%, o que ajuda a perceber o impacto do alívio da política monetária nos custos de financiamento da República.

Portugal paga menos por dívida a 11 meses

Fonte: IGCP

Desde o verão passado que o Banco Central Europeu (BCE) começou a cortar as taxas oficiais, depois de um intenso combate à escalada da inflação ter obrigado a subir os juros níveis históricos. Com a inflação rumo ao objetivo, o BCE já baixou as taxas por cinco ocasiões e perspetiva-se que venha a promover mais cortes este ano.

“A descida nas taxas de juro de curto prazo acaba por ser um reflexo das decidas de taxas de juro que estamos a assistir por parte do BCE”, explica Filipe Silva, diretor de Investimentos do Banco Carregosa.

“Para Portugal é sempre positivo ver o seu prémio de risco baixar, numa fase em que é o país da periferia, aquele que apresenta o menor spread versus a Alemanha”, acrescenta o responsável.

Em 2024, a nova dívida emitida (incluindo de longo prazo) teve uma taxa de juro média de 3,4%, aliviando em relação aos 3,5% que Portugal pagou em 2023.

O programa de financiamento da República para 2025 prevê emissões líquidas de Bilhetes do Tesouro na ordem dos 4,6 mil milhões de euros. Já as emissões de Obrigações do Tesouro atingirão os 20,5 mil milhões. Mas o programa vai ser executado a partir de agora pela nova equipa de administração. Pedro Cabeços prepara-se para substituir Miguel Martín na liderança do IGCP.

(Notícia atualizada às 11h54 com comentário de Filipe Silva, diretor de Investimentos do Banco Carregosa)

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Euribor sobe a três e 12 meses e desce a seis meses

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2025

Com as alterações desta quarta-feira, a taxa a três meses, que avançou para 2,529%, continuou acima da taxa a seis meses (2,474%) e da taxa a 12 meses (2,447%).

A Euribor subiu esta quarta-feira a três e a 12 meses e desceu a seis meses em relação a terça-feira.

Com estas alterações, a taxa a três meses, que avançou para 2,529%, continuou acima da taxa a seis meses (2,474%) e da taxa a 12 meses (2,447%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou esta quarta-feira para 2,474%, menos 0,010 pontos do que na terça-feira. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a dezembro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,64% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,69% e 25,6%, respetivamente.
  • Em sentido contrário, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor subiu esta quarta-feira para 2,447%, mais 0,003 pontos.
  • A Euribor a três meses também avançou esta quarta-feira, ao ser fixada em 2,529%, mais 0,013 pontos do que na terça-feira.

A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e que não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%.

A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, foi fixada em 2,500% em janeiro de 2025.

Em termos mensais, a média da Euribor em janeiro voltou a descer a três e a seis meses, mas subiu a 12 meses, pela primeira vez depois de nove meses a cair.

Enquanto a média da Euribor a 12 meses subiu 0,089 pontos para 2,525% em janeiro, as médias a três e a seis meses continuaram a cair, designadamente, para 2,704%, menos 0,121 pontos percentuais do que em dezembro, e para 2,614%, menos 0,018 pontos.

Na reunião de política monetária de 30 de janeiro e como antecipado pelos mercados, o BCE baixou de novo, pela quarta reunião consecutiva, a principal taxa diretora em 25 pontos base.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 05 e 06 de março em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Investimento de 4,5 milhões no IPMA permitirá “ultrapassar” falhas após sismos

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2025

Fundos provenientes do PRR e do Orçamento do Estado já estavam previstos antes das falhas no site do IPMA que ocorreram logo após o sismo desta semana em Lisboa, bem como do sismo sentido em agosto.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) tem previsto um investimento de 4,5 milhões de euros para reforçar a rede energética e informática, bem como a infraestrutura de monitorização, de acordo com a entidade.

Na segunda-feira, o site do IPMA esteve inacessível durante alguns minutos devido “a um volume de tráfego excecionalmente elevado”, após o sismo de magnitude 4,7 na escala de Richter com epicentro a cerca de 14 quilómetros a oeste-sudoeste de Seixal.

Num comunicado divulgado na segunda-feira, o IPMA informou que “já está prevista a realização de um investimento de 4,5 milhões de euros, ao abrigo do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] e do Orçamento de Estado, para reforçar a rede energética e informática, bem como a infraestrutura de monitorização geofísica/sísmica e de alerta precoce de tsunamis, que permitirá também ultrapassar os constrangimentos verificados”.

Adianta ainda que “a situação sismológica pode ser acompanhada pela população através da aplicação [email protected], ou através da página eletrónica do IPMA em www.ipma.pt”. E, em caso de sobrecarga do site, como se verificou na segunda-feira, ou falha de funcionamento, é disponibilizada uma versão simplificada, com a informação essencial de todos os avisos do instituto.

Numa nota enviada segunda-feira à Lusa, a Iniciativa CpC: Cidadãos pela Cibersegurança lamentou a situação, que também tinha sido registada depois do sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter sentido em 26 de agosto de 2024.

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Ordem dos Advogados diz que “há condições” para a campanha eleitoral continuar

A Comissão Eleitoral da OA defende que já há condições para campanha ser retomada. Decisão surge após a bastonária ter entregue uma resolução fundamentada de resposta à decisão do tribunal.

A Comissão Eleitoral (CE) da Ordem dos Advogados (OA) considera que já estão reunidas as condições para que a campanha eleitoral prossiga. O comunicado surge após a bastonária dos advogados ter entregue no tribunal administrativo a resolução fundamentada de resposta à decisão de suspensão do ato eleitoral marcado para os dias 18 e 19 de março.

“A senhora Bastonária deu conhecimento a esta Comissão que a OA foi citada em 11 de fevereiro de 2025 no âmbito de uns autos de Providência Cautelar que correm termos no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, com a expressa advertência de que não poderá a Ordem dos Advogados, “(…) após a citação, iniciar ou prosseguir a execução do acto suspendendo (acto de convocação de eleições) atento o disposto no artigo 128º, nº1 do CPTA”, diz o comunicado.

“Nessa sequência a CE deu conhecimento da referida citação no dia 12 de fevereiro de 2025 aos candidatos e mandatários das listas candidatas aos órgãos nacionais e regionais. Tendo informado na mesma data o Conselho Superior, os Conselhos Regionais e as Delegações de que a CE não praticaria qualquer ato até à remessa aos autos pela OA de Resolução Fundamentada”, explica. “No passado dia 14 de fevereiro a CE tomou conhecimento que a OA, nessa data, remeteu, Resolução Fundamentada aos referidos autos de providência cautelar. Após este interregno entende, assim, a CE estarem reunidas as condições para retomar os trabalhos no âmbito do processo eleitoral na sequência da apresentação da referida Resolução Fundamentada. No que respeita às mensagens de campanha enviadas pela OA, nos termos previstos no Regulamento Eleitoral e na Deliberação da CE, de 18 de dezembro, poderão estas ser retomadas”.

Mas a verdade que a campanha eleitoral nunca chegou a ser suspensa pelos candidatos aos vários órgãos da OA, à exceção de um dos quatro candidatos ao Conselho Regional de Lisboa, Pedro Rocha, e à candidata única ao Conselho Regional de Évora, Lurdes Évora. Mais, não houve qualquer decisão por parte da CE no sentido de ordenar a suspensão da campanha eleitoral, nos dias seguintes à decisão do tribunal. O ECO/Advocatus chegou, na altura, a contactar João Pedro Chasqueira, presidente da CE, que apenas disse que “neste momento não tenho qualquer comentário a fazer”, disse, no dia 15 de fevereiro.

Agora, esse mesmo presidente da CE vem dizer que a suspensão já pode ser levantada apenas pela entrega da resolução fundamentada da bastonária. Quando ainda nem existe uma decisão por parte do Tribunal administrativo face a esta resolução.

Ao ECO, a lista D, liderada por Pedro Carrilho da Rocha, candidato ao CR de Lisboa, mantém-se suspensa.

A resposta da OA foi entregue no tribunal no dia 14 de fevereiro e foi assinada pela própria bastonária, Fernanda de Almeida Pinheiro.

O Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa decidiu, no final de janeiro, que as eleições antecipadas marcadas pela atual bastonária da OA tinham se ser suspensas. Porém, Fernanda de Almeida Pinheiro poderia elaborar uma “resolução fundamentada”, no prazo de 15 dias, alegando que a suspensão ou adiamento do ato eleitoral seja “gravemente prejudicial para o interesse público”. E foi precisamente isso que aconteceu. O ECO/Advocatus sabe que a resposta foi entregue ao tribunal e os argumentos usados foram dois: o interesse público, sendo a OA uma associação pública profissional, e os gastos financeiros para a OA, se se verificar o adiamento das eleições antecipadas.

Em causa um pedido para impugnar as eleições antecipadas entregue por um grupo de sete advogados que alegam que esta medida da bastonária é “ilegal e inconstitucional”. O tribunal decidiu que a Ordem dos Advogados pode deduzir oposição no prazo de dez dias, mas “com expressa advertência de que não pode, após a citação, iniciar ou prosseguir a execução do ato suspendendo (ou seja, o ato de convocação de eleições), atento o disposto no artigo 128º, nº 1 do CPTA”, diz a decisão da magistrada. E é este argumento da juíza que este grupo de advogados sugere que a bastonária ignorou. Um dos advogados, Vítor Marques Moreira disse ao ECO/Advocatus que ainda não tinha sido notificado da resposta da bastonária dos advogados.

A convocatória para as eleições para os órgãos da OA, feita por Fernanda de Almeida Pinheiro, no final de novembro 2024, foi efetuada fora do período eleitoral ordinário, estabelecido no artigo 13.º, n.º 1 do Estatuto da Ordem dos Advogados, que prevê que as eleições devem ocorrer entre os dias 15 e 30 de novembro de cada triénio.

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Governo completa administração da CP

  • ECO
  • 19 Fevereiro 2025

Sara Nascimento, Filipa Ribeiro, Ana Maria Horta e João Gomes Claro serão os vogais da administração da empresa de comboios liderada por Pedro Moreira.

A administração da CP já está completa. Além de ter reconduzido Pedro Moreira como presidente da empresa pública de transporte ferroviário, cargo que ocupa desde setembro de 2022, o Governo nomeou quatro vogais.

Sara Nascimento troca os autocarros pelos comboios, saindo do conselho de administração da Carris para integrar o da CP, onde fez praticamente toda a sua carreira. Antes de sair para a Carris, em 2022, era diretora do departamento de Gestão de Produto da Área de Mercado Contratual de Obrigações de Serviço Público da CP, informa a resolução do Conselho de Ministros publicada esta terça-feira. É licenciada em Gestão de Empresas pelo ISEG.

Filipa Ribeiro, licenciada em Química Aplicada pela faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, sobe de diretora comercial da CP para o conselho de administração. Ana Maria Horta, licenciada em Gestão de Empresas pelo ISEG, deixa o cargo de vogal do conselho diretivo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil para se mudar para a Comboios de Portugal.

A administração da Comboios de Portugal fica completa com João Claro, que deixa a direção de vendas e marketing da Xhockware, uma tecnológica de soluções para o retalho. É licenciado em Marketing e Publicidade pelo IADE.

Além da resposta ao aumento de procura gerada pelo Passe Ferroviário Verde, a nova administração para o triénio 2025 – 2027 terá de gerir o processo de aquisição de novo material circulante e preparar a empresa para ser competitiva na alta velocidade.

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Trabalhadores da Carris anunciam greve para 11 de março

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2025

As questões centrais dos trabalhadores prendem-se com o "aumento real e significativo dos salários e a evolução para as 35 horas semanais".

Os trabalhadores da Carris decidiram avançar para uma greve no dia 11 de março, caso na próxima reunião com a administração a empresa continue a não dar resposta às reivindicações no âmbito do processo de revisão salarial de 2025.

Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP/Fectrans) avança que, após um plenário “de grande unidade” realizado na Estação de Santo Amaro, em Lisboa, os trabalhadores aprovaram a realização de uma greve no dia 11 de março.

“Os trabalhadores lutam pela valorização dos seus salários, pela redução do horário de trabalho para as 35 horas e resoluções de diversos problemas laborais e, se na próxima reunião não houver respostas da administração, no cumprimento da decisão do plenário, será entregue o pré-aviso de greve para o dia 11 de março”, pode ler-se no documento.

De acordo com o sindicato, a decisão dos trabalhadores “é o caminho que o STRUP/Fectrans seguirá na defesa das reivindicações e interesses dos trabalhadores da Carris”.

Segundo o STRUP, as questões centrais dos trabalhadores prendem-se com o “aumento real e significativo dos salários e a evolução para as 35 horas semanais”.

A Carris é responsável atualmente pelo serviço de transporte público urbano de superfície de passageiros na cidade de Lisboa, sendo, desde 01 de fevereiro de 2017, gerida pela Câmara Municipal de Lisboa.

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