Altri converte fábrica de Vila Velha de Ródão para produzir fibras para a indústria têxtil

Num investimento de 75 milhões de euros, a unidade da Biotek vai passar a fabricar fibras solúveis destinadas sobretudo à indústria têxtil, mas também aplicadas nos setores farmacêutico e alimentar.

Localizada em Vila Velha de Ródão, a unidade da Biotek, que atualmente produz pasta branqueada para papel (BEKP), vai passar a produzir fibras solúveis maioritariamente destinadas à indústria têxtil, mas que podem também ser aplicadas nas áreas farmacêutica e alimentar, em produtos de higiene e em embalagens.

O investimento da Altri neste projeto ultrapassa os 75 milhões de euros e, como tinha sido adiantado pelo Ministério da Economia, conta com o apoio (não quantificado) do Estado português através da AICEP, no âmbito de um pacote de investimentos industriais de 300 milhões e 1.200 empregos.

Com a reconversão desta participada, até agora concentrada na produção de fibras celulósicas de eucalipto para papel de uso doméstico e de impressão e escrita, o grupo liderado por José Soares de Pina destaca que se vai tornar “num dos produtores de referência de fibras para têxtil da Europa”.

É um investimento crítico para Portugal, que passa a contar com duas unidades industriais que produzem fibras solúveis, maioritariamente orientadas para a indústria têxtil.

José Soares de Pina

CEO da Altri

Citado em comunicado, o CEO da Altri destaca que este é “um investimento crítico para Portugal, que passa a contar com duas unidades industriais que produzem fibras solúveis, maioritariamente orientadas para a indústria têxtil, dando um forte contributo para a descarbonização da fileira”.

Quando este investimento estiver concluído no final de 2026, o grupo calcula que passará a ter uma capacidade de produção instalada superior a 300 mil toneladas por ano e “totalmente direcionada aos mercados externos”, já que a unidade da Caima, em Constância, está exclusivamente dedicada ao fabrico desta matéria-prima.

“A conversão desta unidade apresenta fortes ganhos ambientais, incluindo no processo de fabrico, utilizando as mais modernas tecnologias. Este investimento transformará a Altri num grupo de referência europeu na produção de fibras para a indústria têxtil e num forte contribuinte para a descarbonização”, acrescenta José Soares de Pina.

José Soares de Pina, CEO da Altri

Este mercado de fibras solúveis tem um valor estimado de seis mil milhões de euros, com a procura global liderada pela Ásia. A Altri frisa que a crescente procura das marcas de moda por fibras de origem natural (em vez de origem fóssil) está a criar “oportunidades para a transformação de bio fábricas que transformavam madeira em pasta papeleira para unidades mais eficientes e com menor pegada ambiental, passando a fabricar fibras solúveis”.

Na Galiza, a papeleira portuguesa está a tentar avançar com um mega projeto de investimento de mil milhões de euros que prevê a construção de raiz de uma unidade com capacidade máxima de produção de 400 mil toneladas de fibras solúveis por ano, das quais 200 mil toneladas serão utilizadas para fibras têxteis sustentáveis (lyocell).

Contestado nesta região espanhola, o chamado projeto Gama obteve em março a primeira aprovação ambiental por parte das autoridades galegas, mas viu mais recentemente o Governo de Pedro Sánchez exclui-lo da possibilidade de se candidatar a um apoio de 30 milhões de euros de fundos europeus, no âmbito do PRR do país vizinho.

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Arguidos do BES em silêncio no início do julgamento sobre corrupção no Brasil

  • Lusa
  • 20 Maio 2025

O julgamento do caso BES relacionado com a alegada corrupção de ex-responsáveis do Banco do Brasil arrancou esta terça-feira com os quatro arguidos presentes a optarem por se remeter ao silêncio.

O julgamento do processo do Universo Espírito Santo relacionado com a alegada corrupção de ex-responsáveis do Banco do Brasil arrancou esta terça-feira, em Lisboa, com os quatro arguidos presentes a optarem por se remeter ao silêncio. O processo conta com oito arguidos, entre os quais o ex-banqueiro Ricardo Salgado, de 80 anos e dispensado pelo tribunal de comparecer no julgamento por sofrer de doença de Alzheimer.

Nas exposições introdutórias, o advogado do antigo presidente do Banco Espírito Santo (BES) lamentou que a defesa esteja “amarrada pela ausência […] cognitiva” do seu cliente e criticou a sobreposição de datas do julgamento que começou esta terça-feira com as do chamado caso Banco Espírito Santo Angola (BESA), ambos a decorrer no Tribunal Central Criminal de Lisboa.

“Esta defesa está a combater uma Justiça de arrastão, que, como aqui vemos, retira o direito do arguido, querendo, estar presente, ao mesmo tempo que desvaloriza a doença que o impede de estar presente”, considerou Francisco Proença de Carvalho.

Antes, a presidente do coletivo de juízes recordara que os advogados podem ser substituídos nas sessões por outros que escolham, através da figura do substabelecimento.

O Ministério Público e as defesas dos restantes arguidos prescindiram de fazer exposições introdutórias.

Na primeira sessão do julgamento, estiveram presentes os arguidos João Alexandre Silva, ex-diretor do BES Madeira e atualmente consultor no Dubai; Humberto Coelho, ex-funcionário de uma filial do Grupo Espírito Santo (GES) no Dubai; e Miguel Freitas e Sofia Freitas, advogados.

Os restantes arguidos são a sociedade de advogados destes últimos, Ricardo Salgado e os antigos funcionários do BES/GES Paulo Nacif Jorge e Paulo Murta.

Em causa estão crimes de corrupção com prejuízo do comércio internacional e branqueamento de capitais, entre outros.

A acusação do Ministério Público data de dezembro de 2021 e a decisão instrutória do Tribunal Central de Instrução Criminal, que confirmou a ida a julgamento dos arguidos, de julho de 2024.

Segundo uma nota de agosto de 2024 do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, os atos sob suspeita, praticados entre 2011 e 2014, estão relacionados com financiamentos através de linhas de crédito no Mercado Monetário Interbancário e no contexto de crédito documentário (cartas de crédito).

Embora não tenham sido acusados, no caso estão ainda envolvidos um antigo vice-presidente do Banco do Brasil e fornecedores da petrolífera venezuelana PDVSA. Os arguidos terão obtido vantagens de cerca de 12 milhões de euros.

O julgamento prossegue a 7 de julho, com a audição de testemunhas.

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Legal Latin Advisors estabelece “aliança estratégica” com firma espanhola Lawyers and Accountants

O objetivo da Legal Latin Advisors e da Lawyers and Accountants é combinar o "profundo conhecimento" das regulamentações e práticas comerciais em ambos os países.

A boutique portuguesa Legal Latin Advisors estabeleceu uma “aliança estratégica” com a sociedade de advogados espanhola Lawyers and Accountants. O objetivo é combinar o “profundo conhecimento” das regulamentações e práticas comerciais em ambos os países.

Esta colaboração não só expande a cobertura territorial de ambas as empresas, mas também responde a uma necessidade real do mercado: ter aconselhamento abrangente e multijurisdicional para empresas e indivíduos com resultados altamente especializados, coordenados e com uma visão transnacional, oferecendo aos clientes o seu conhecimento jurídico e de consultoria empresarial em ambas as jurisdições”, refere a Legal Latin Advisors em comunicado.

Segundo o sócio Luís de Andrade Pinhel, a formalização desta colaboração selou a aliança que têm vindo a promover nos últimos anos. “Os nossos clientes com presença em Portugal e Espanha beneficiarão de resultados mais eficientes nas suas atividades em ambos os países”, acrescenta.

Também o sócio gerente da firma espanhola, Juan Pedraza, assegura que esta aliança foi criada para proporcionar aos clientes uma solução “abrangente, transversal e estratégica”. “Queremos ser parceiros de confiança para crescer em Espanha e Portugal, bem como servir como uma porta de entrada para a Europa para todas as empresas e indivíduos que se desejam estabelecer num dos dois países para investir e gerar negócios”, refere.

A Legal Latin Advisors é uma boutique portuguesa com escritórios em Lisboa e Porto e composta por quatro sócios e uma equipa de mais de 10 profissionais. Já a Lawyers and Accountants é uma firma com sede em Madrid e conta com mais de 30 profissionais.

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“Erva Daninha”. Mega operação da PJ faz buscas em empresas de canábis para fins medicinais

  • ECO
  • 20 Maio 2025

Cerca de 300 inspetores no terreno, acompanhados por juízes e procuradores, no âmbito de investigação sobre tráfico internacional de droga através de negócios legais de plantação de canábis.

A Polícia Judiciária está a realizar esta terça-feira uma mega operação de buscas e detenções que visa empresas de produção de canábis para fins medicinais em Portugal. A operação está a acontecer em vários pontos do território continental e na Madeira, no âmbito de uma investigação sobre tráfico internacional de droga.

Nas buscas estão envolvidos cerca de 300 inspetores, acompanhados por juízes e procuradores do Ministério Público, segundo o Correio da Manhã. Esta rede criminosa é suspeita de comercializar canábis com níveis de THC (substância psicoativa) acima do permitido, que seria produzida em território nacional e transportada para o centro da Europa através dos canais do comércio lícito da canábis medicinal.

A operação está a ser conduzida pela Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ. Em comunicado, referiu que a operação “Erva Daninha”, na qual deteve “vários suspeitos de pertencer a um grupo criminoso dedicado à introdução de grandes quantidades de canábis em vários mercados europeus e africanos”, cumpriu 64 mandados de busca e apreensão em Portugal, seis em Espanha, um na Bulgária e outro em Chipre.

A CNN Portugal escreve que entre as empresas visadas no processo e na operação da PJ estão a Canna Forest, do Fundão; a Sofex, do Sardoal; e uma empresa em Montenovo da Fataca, em São Teotónio, Odemira.

Portugal é o maior exportador europeu de canábis para fins medicinais e o segundo a nível mundial, apenas atrás do Canadá. Como o ECO noticiou em abril, o volume de exportações portuguesas quase triplicou em 2024 face ao ano anterior, com as vendas a voltarem a disparar para países como Alemanha, Espanha, Polónia, Reino Unido e Austrália.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

De acordo com os dados fornecidos ao ECO pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), há atualmente 41 empresas autorizadas a exercer as atividades de cultivo, 24 ao nível do fabrico e ainda 15 a operar no comércio por grosso. Outras 150 estão à espera do ‘ok’ do instituto público liderado por Rui Santos Ivo.

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Proença de Carvalho inaugura German Desk com a integração de Anne Vogdt

Anne Vogdt integra a Proença de Carvalho como of counsel. Tem mais de 15 anos de experiência em consultoria jurídica, compliance e estratégica.

A Proença de Carvalho inaugura German Desk com a integração de Anne Vogdt como of counsel.

Com mais de 15 anos de experiência em consultoria jurídica, compliance e estratégica, Anne iniciou a sua carreira na Garrigues em 2007 e, em 2012, juntou-se à Lidl como Diretora de Legal & GRC em Portugal, tendo posteriormente desempenhado funções de VP de Legal & Compliance e VP de Recursos Humanos na Lidl nos EUA. Após o seu regresso à Europa em 2019, ocupou cargos de liderança na área de operações em Espanha e Portugal. Em 2022 juntou-se à FREENOW, uma plataforma líder na área da mobilidade, como Diretora de Compliance e Proteção de Dados.

Integra a Proença de Carvalho como Of Counsel e responsável pelo German Desk. Com esta integração, a Proença de Carvalho inaugura também as áreas de prática de Dados, Digital & Inteligência Artificial (IA) e Corporate Governance, Compliance & ESG.

Anne Vogdt defende que, “depois de mais de 15 anos a exercer funções jurídicas, de compliance e de liderança estratégica, esta mudança representa algo que já há algum tempo vinha a considerar: colocar a minha experiência ao serviço das organizações de uma forma diferente, agora a partir do exterior. A Proença de Carvalho reúne tudo o que procurava: um projeto jurídico com uma visão de futuro, mas assente num conhecimento sólido e valioso, que valoriza a colaboração e a flexibilidade, permitindo-me atuar em várias áreas sem estar limitada por fronteiras tradicionais. Representa também a oportunidade de apoiar clientes no seu crescimento e desenvolvimento em Portugal, um país que me marcou profundamente, tanto a nível pessoal como profissional, e no qual acredito genuinamente pela sua abertura, espírito inovador e potencial único.”

Francisco Proença de Carvalho conhece a Anne há mais de 10 anos e acompanhou “a sua carreira de destaque no mundo de importantes multinacionais, em especial na Lidl, onde exerceu funções de liderança em Portugal, nos EUA e em Espanha. Ficamos muito felizes que se junte a nós neste regresso a Portugal, permitindo-nos assumir uma posição diferenciada, não só nas relações com o mercado alemão, como também em áreas como a Proteção de Dados, Direito Digital e Corporate Governance”.

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Mercado de fusões e aquisições ainda vai recuperar em 2025, prevê DLA Piper

Tarifas dos Estados Unidos podem conduzir a uma revisão das avaliações das empresas com atividades internacionais, reduzindo (ainda mais) o intervalo entre as expectativas de compradores e vendedores.

Apesar das tarifas impostas por Donald Trump, das medidas de retaliação de alguns países afetados pelas taxas aduaneiras e da volatilidade das bolsas, que tem estado a impactar negativamente as fusões e aquisições, o mercado transacional está a postos para voltar a crescer em 2025, segundo a sociedade de advogados DLA Piper.

O “Global M&A Intelligence Report 2025” antecipa um regresso dos negócios de fusões, compras e vendas devido às taxas de juro mais baixas, à significativa atividade de private equity, à estratégica de crescimento não orgânico das empresas e à revisão das avaliações de exportadoras.

Além de se manter o ciclo de corte de juros, que tornou o financiamento mais acessível em 2024, o novo impulso do M&A vai ser explicado pelo facto de as sociedades de capital de risco e private equity estarem mais ativas devido às disponibilidades de capital comprometido, que têm de ser mobilizado.

Além disso, de acordo com os especialistas da DLA Piper, a introdução de tarifas pelos Estados Unidos é suscetível de conduzir a uma revisão das avaliações das empresas com atividades internacionais, reduzindo (ainda mais) o intervalo entre as expectativas dos vendedores e dos compradores. Ou seja, esta nova dinâmica do comércio internacional vai ajustar preços de empresas que estão – ou vão estar – no mercado e quiçá agilizar as negociações, que têm

As empresas estão a recorrer cada vez mais às fusões e aquisições para acelerar mudanças organizacionais e adquirir novas competências, especialmente em setores como a tecnologia, cuidados de saúde e professional services [serviços especializados, como soluções tecnológicas, contabilidade, entre outros]”, lê-se no relatório divulgado esta semana pelo escritório de advogados.

João Costa Quinta, corresponsável pela área de Corporate M&A da DLA Piper em Portugal, afirma que a empresa prevê “um impulso contínuo”. “O mercado global de fusões e aquisições mostrou resiliência num contexto de contínua incerteza geopolítica, com as empresas norte-americanas a representarem quase metade desta atividade. As empresas que procuram oportunidades de crescimento estratégico também impulsionaram a atividade setorial concentrada em tecnologia, media e telecomunicações, saúde, serviços financeiros e energia”, lembrou o sócio.

A análise da DLA Piper – a partir da sua base de dados interna com mais de 6.200 transações privadas de fusões e aquisições ao longo dos últimos 11 anos – mostra que, no ano passado, o volume foi de apenas 3,4 biliões de dólares (cerca de três biliões de euros), significativamente abaixo do pico de 5,9 biliões registados em 2021 e 8% acima do ano anterior.

Em termos gerais, e em linha com que outros especialistas explicaram ao ECO, as transações demoraram mais tempo a serem concluídas, uma tendência que vem de 2023 e prossegue. “Os compradores mostraram-se mais empenhados em resolver totalmente as questões de due diligence [diligência prévia] e a manter a sua posição relativamente aos termos legais dos negócios. No entanto, as transações que chegaram a ser assinadas continuaram a ser, em grande medida, em termos ‘favoráveis ao vendedor'”, assinala a DLA Piper.

Observando o mapa, destaque para a América do Norte, que dominou a atividade global de fusões e aquisições, representando metade (49,8%) do volume de negócios global. Os compradores norte-americanos que adquiriram ativos europeus foram responsáveis por 1591 negócios avaliados em 268 mil milhões de dólares (238 mil milhões de euros) em 2024, de acordo com os dados em tempo real da Mergermarket de compradores dos Estados Unidos e alvos europeus obtidos a 17 de abril de 2025.

Destaque ainda para o crescimento do seguro W&I – Warranty & Indemnity (garantia e indemnização) na maioria das regiões do mundo, como também a concorrente Cuatrecasas havia referenciado no documento “Market trends in Iberian private equity transactions”. Esta proteção de transações tornou-se comum a todos os tipos de compradores e vendedores e em operações bilaterais, bem como no contexto tradicional dos leilões.

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+M

Televisões com incentivos à digitalização de conteúdos. Financiamento é do PRR

  • Lusa e + M
  • 20 Maio 2025

O incentivo para financiar a digitalização quer “assegurar a preservação, digitalização e disponibilização ao público dos arquivos televisivos com relevância histórica, cultural, social e política”.

Os operadores de televisão vão poder candidatar-se a um incentivo para financiar a digitalização de conteúdos gravados em suportes videográficos, desde entrevistas a debates, reportagens, filmes ou programas culturais, segundo uma portaria publicada esta terça-feira em Diário da República.

A portaria que aprova o regulamento do sistema de incentivos “Arquivos Digitais dos Órgãos de Comunicação Social e Radiodifusão Televisiva” refere que o objetivo passa por “assegurar a preservação, digitalização e disponibilização ao público dos arquivos televisivos com relevância histórica, cultural, social e política”.

“A digitalização de suportes videográficos dos operadores de televisão nacionais desempenha um papel crucial na preservação e na garantia do acesso dos cidadãos a este património cultural tão importante para a história recente do nosso país”, lê-se no texto do diploma.

“Esta iniciativa não apenas preserva a história da televisão no país, mas também possibilita a utilização educativa e criativa desse vasto acervo, promovendo a compreensão e apreciação da cultura audiovisual nacional”, sublinha.

Este programa é financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e tem uma “abrangência de investimento extensível a todo o território nacional, incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores”. Este apoio insere-se na Componente 4 – “Redes Culturais e Transição Digital” do PRR, que visa “dotar o setor cultural de uma maior sustentabilidade financeira e económica, aumentando a sua resiliência e tornando-o mais resistente a impactos futuros”.

São elegíveis para o apoio — que assume a forma de incentivo não reembolsável — os operadores de televisão registados na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) com um serviço de programas televisivo generalista, de acesso não condicionado e de cobertura nacional.

Estes operadores devem possuir arquivos de programas que tenham sido transmitidos nos respetivos serviços, originariamente em língua portuguesa, que estejam gravados em suportes videográficos (como BETACAM ou HDCAM) e que não tenham sido objeto de preservação digital anterior. Estes meios têm ainda de declarar “sob compromisso de honra, deter os meios e recursos necessários à realização do investimento contratualizado”.

Em termos de conteúdos, são elegíveis, por ordem de prioridade, programas informativos (incluindo entrevistas, debates eleitorais, edições especiais em datas de apuramento de resultados eleitorais e reportagens), programas de entrevista não incluídos em programas informativos (designadamente entrevistas a personalidades de relevo nas áreas política, cultural e científica portuguesas) e obras criativas de ficção e não-ficção (incluindo filmes/telefilmes, séries, telenovelas, programas de cultura/conhecimento), programas infantis/juvenis e eventos de interesse generalizado do público.

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Bruxelas quer orçamento da UE desembolsado ao ritmo do cumprimento de objetivos

  • Lusa
  • 20 Maio 2025

Comissão, que deverá apresentar a proposta do novo QFP em julho, quer que este assente numa nova estrutura, centrada em "parcerias nacionais e regionais para investimentos e reformas".

A Comissão Europeia quer que o próximo orçamento plurianual da União Europeia seja mais flexível, centrado em parcerias nacionais e regionais e mais simples, com o desembolso das parcelas ligado ao cumprimento de objetivos.

Discursando na Conferência anual sobre o orçamento da UE, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu que no futuro “cada parcela de financiamento será desembolsada quando os objetivos acordados tiverem sido alcançados”.

O próximo quadro financeiro plurianual (QFP 2028-2034) deverá ser mais flexível, argumentou, sublinhando que deve adaptar-se à nova realidade e responder rapidamente a desafios como desastres naturais, tensões geopolíticas e outros desafios.

A Comissão, que deverá apresentar a proposta do novo QFP em julho, quer que este assente numa nova estrutura, centrada em “parcerias nacionais e regionais para investimentos e reformas” — com um papel central para as políticas de coesão e agrícola — com o desembolso das parcelas dependente do cumprimento dos objetivos e ao respeito pelo Estado de Direito.

“Em tudo o que fazemos, seguiremos um princípio muito claro — o respeito pelo Estado de Direito é obrigatório para o acesso aos fundos europeus. Isto não é negociável e está no cerne do nosso modo de vida europeu”, salientou Von der Leyen.

Em terceiro lugar, o novo orçamento deve ser simples e fácil para as pessoas, as empresas e as autoridades pública entenderem e usarem.

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Euribor cai a 3 meses para novo mínimo desde dezembro de 2022

  • Lusa
  • 20 Maio 2025

Esta terça-feira, a Euribor a três meses caiu para 2,060%. Em sentido inverso, as taxas a seis e a 12 meses subiram para 2,121% e 2,095%, respetivamente.

A Euribor desceu esta terça-feira a três meses para um novo mínimo desde dezembro de 2022 e subiu a seis e a 12 meses em relação a segunda-feira. Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 2,060%, ficou abaixo da taxa a seis (2,121%) e a 12 meses (2,095%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou, ao ser fixada em 2,121%, mais 0,001 pontos.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também subiu, ao ser fixada em 2,095%, mais 0,001 pontos do que na segunda-feira.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março passado, voltou a recuar, para 2,060%, menos 0,015 pontos e um novo mínimo desde 16 de dezembro de 2022.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março indicam que a Euribor a seis meses representava 37,65% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,39% e 25,67%, respetivamente.

Em abril, as médias mensais da Euribor caíram fortemente nos três prazos, mais intensamente do que nos meses anteriores e no prazo mais longo (12 meses): desceu 0,193 pontos para 2,249% a três meses, 0,183 pontos para 2,202% a seis meses e 0,255 pontos para 2,143% a 12 meses.

Em 17 de abril, na última reunião de política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) desceu a taxa diretora em um quarto de ponto para 2,25%. A descida, antecipada pelos mercados, foi a sétima desde que a instituição liderada por Christine Lagarde iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 5 e 6 de junho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Médis compra as 18 clínicas de fisioterapia da Esfera Saúde

  • ECO Seguros
  • 20 Maio 2025

A estratégia da Médis de avançar com operações diretas na saúde avança mais com a compra das 18 clínicas de fisioterapia da Esfera Saúde cujos 200 colaboradores serão integrados na Ageas Portugal.

A Médis Serviços de Saúde, empresa do Grupo Ageas Portugal, firmou um acordo para a aquisição da Fisio Share, um grupo líder em medicina física e de reabilitação e noutras áreas da prestação de cuidados de saúde, que opera sob a marca Esfera Saúde.

Acordo assinado: Pedro Aguiar (Fisio Share), Eduardo Consiglieri Pedroso (Grupo Ageas Portugal), Sofia Feria (Grupo Ageas Portugal), António Miguel, Manuel Ribeiro e Filipe Baldaque, todos da Fisio Share, Luís Menezes e André Rufino ambos do Grupo Ageas Portugal.

Esta aquisição acontece após a aquisição do Grupo One Clinics em 2024 “consolidando o compromisso do Grupo Ageas Portugal em fortalecer a sua presença no setor da saúde, através da marca Médis, e oferecer uma gama abrangente de serviços aos seus Clientes”, afirma a seguradora em comunicado, “a área da saúde é um pilar estratégico para o Grupo segurador, e esta compra demonstra o seu empenho em inovar e oferecer soluções de saúde mais completas e integradas”, acrescenta.

“A aquisição da Esfera Saúde representa um passo importante na nossa estratégia de crescimento no setor da saúde, “, afirma Eduardo Consiglieri Pedroso, Comissão Executiva do Grupo Ageas Portugal. “Com a sua vasta rede de clínicas de proximidade e presença particularmente forte na região Norte, a Esfera Saúde irá complementar a oferta do ecossistema de saúde Médis na prestação de cuidados de saúde, contribuindo para a nossa missão de fazer bem à saúde de todos.”

Fundada em 2008, a Esfera Saúde opera uma rede de 19 clínicas, incluindo 18 unidades especializadas em Medicina Física e de Reabilitação e uma unidade especializada em Gastroenterologia. Inicialmente focada no norte do país, expandiu-se, entretanto, para a área de Lisboa, impulsionada pela otimização de clínicas e consolidação de mercado.

A Esfera Saúde possui uma equipa de mais de 200 Colaboradores que se juntarão ao Grupo Ageas Portugal após a conclusão da aquisição. O processo de integração das clínicas Esfera Saúde no Grupo Ageas Portugal será progressivo e sem interrupções, garantindo que, além da integração dos Colaboradores, “os clientes continuarão a receber o mesmo nível de atenção e cuidado, e a operação manter-se-á em curso com pacientes e parceiros comerciais”.

A conclusão da transação está sujeita à aprovação prévia da Autoridade da Concorrência.

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Mais de um quarto dos europeus estão a mudar para subscrições de streaming com publicidade

Uma tendência crescente por serviços de streaming com anúncios sugere que os consumidores procuram um equilíbrio entre preço acessível e acesso a conteúdo pago, aponta um estudo do grupo alemão RTL.

Mais de um quarto (29%) dos europeus estão a mudar as suas subscrições de serviços de streaming para planos a preços mais baixos e com publicidade. Este dado representa um aumento de seis pontos percentuais em relação ao ano passado.

A conclusão é do estudo “The New Life of The Living Room 2025“, do grupo alemão RTL, que inquiriu cerca de 12.500 pessoas, distribuídos entre 14 países europeus, onde não se inclui Portugal (Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Noruega, Polónia, Espanha, Suécia, Suíça, Reino Unido) e também os Estados Unidos.

O estudo aponta que os principais serviços de streaming — em especial a Netflix –- são populares entre os consumidores europeus, mas observa que estes se estão a adaptar e a optar por gerir custos, escolhendo modelos com publicidade.

Uma tendência crescente por serviços de streaming com anúncios sugere que os consumidores procuram um equilíbrio entre preço acessível e acesso a conteúdo pago“, refere-se no estudo, que avança ainda que, em média, os europeus dizem ter duas assinaturas pagas por domicílio.

Países nórdicos, como a Suécia, Finlândia, Dinamarca ou Noruega, estão entre os países onde os consumidores menos optam por pacotes de assinatura com publicidade e, por isso, mais baratos. Por outro lado, Espanha é o país do estudo em que mais se aposta neste tipo de subscrições, com números que comparam com os dos EUA, país “campeão” no uso deste tipo de assinaturas. Itália, Reino Unido e França estão também entre os países onde os espectadores assinam mais subscrições de streaming com anúncios.

O estudo mostra também que, desde a sua primeira edição, em 2022, a televisão linear se tem mantido como a plataforma preferida dos telespectadores para o consumo diário, com Espanha a destacar-se como o país onde é mais escolhida. Já os sistemas SVOD (subscription video on demand), BVOD (broadcast video on demand), YouTube e FAST (free ad-supported streaming television) continuam a ser particularmente populares nos EUA.

À questão “em que plataforma assiste conteúdos de vídeo (séries, filmes, desporto, programas) na sua televisão, smart TV ou connected TV pelo menos uma vez por dia?”, a resposta “televisão linear” obteve, portanto, a sua maior expressão (61%) em Espanha. Já os EUA lideraram nas restantes opções de SVOD (49%), BVOD (35%), YouTube (53%) e FAST (38%).

Ao ligar os seus aparelhos de televisão, 59% dos inquiridos europeus também dizem que veem primeiro televisão linear, sendo os principais motivadores dessa escolha a acessibilidade dos programas favoritos e a garantia de que, mesmo que não saibam o que assistir, têm à sua disposição géneros de conteúdos que se adequam aos seus gostos. Por outro lado, 29% acedem logo a plataformas de streaming e 10% ao YouTube.

Mas a definição sobre o que é considerado pelos telespectadores como “ver televisão” também está a mudar, ficando os limites dessa definição cada vez mais ténues. Um pouco mais de metade (52%) dos entrevistados europeus considera inclusive que assistir a conteúdos longos (séries, desporto, documentários ou filmes) do YouTube através dos seus aparelhos de televisão é “ver televisão”.

No entanto, se se tratar de conteúdos de influenciadores ou de criadores de conteúdos vistos no YouTube através de aparelhos televisivos, só 22% dos inquiridos considera que se continua a tratar de “ver televisão”.

Mais de um terço (36%) também entende que ver séries, desporto, documentários ou filmes no computador ou através de um dispositivo móvel se trata de “ver televisão”, taxa que desce para 22% caso esses conteúdos sejam vistos através de dispositivos móveis mas no YouTube.

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Caixabank contrata Deloitte para ajudar a decidir se avança para o Novobanco

  • ECO
  • 20 Maio 2025

Dono do BPI tem a consultora Deloitte a "afinar os cálculos” em relação à availação do Novobanco.

Os espanhóis do Caixabank, que detêm o BPI, contrataram a Deloitte para ajudar a decidir se avança para a aquisição do Novobanco, de acordo com o El Confidencial (acesso pago, conteúdo em inglês).

A entidade catalã contratou a consultora “para afinar os seus cálculos” em relação à avaliação do banco português, adianta o jornal espanhol.

O processo de venda do Novobanco vai a caminho da fase decisiva. A Lone Star tem duas opções em cima da mesa: ou a venda direta a um banco ou a dispersão de capital na bolsa de Lisboa. A oferta pública de aquisição (IPO) poderá acontecer até ao final de junho ou em setembro, segundo referiu o CEO do banco, Mark Bourke.

O Caixabank poderá não estar sozinho na corrida. O ECO adiantou em abril que também o grupo francês BPCE, dono do Natixis, também está a avaliar o dossiê. A Caixa Geral de Depósitos (CGD) também já manifestou publicamente que está interessada.

O Novobanco poderá estar avaliado entre cinco e sete mil milhões de euros, segundo as estimativas do banco de investimento espanhol JB Capital.

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