PLMJ assessora fundo Ardian na compra da Akuo, produtora de energias renováveis francesa

A equipa foi liderada por Diogo Perestrelo, sócio co-coordenador de Corporate M&A e contou ainda com Nuno Serrão Faria, David Cuba Topete, Sofia Nogueira Leite e Maria Gorjão Henriques.

A PLMJ assessorou a Ardian, um dos maiores fundos de private equity do mundo, na aquisição da Akuo, produtora de energias renováveis francesa com vários projetos em Portugal, uns em fase de desenvolvimento e construção, outros já em operação.

A assessoria jurídica envolveu uma equipa alargada e multidisciplinar da PLMJ, que assegurou a due diligence a alguns dos projetos da Akuo, bem como nos aspetos relacionados com o enquadramento regulatório e transacional e ainda com a contratação de seguros de W&I.

A equipa foi liderada por Diogo Perestrelo, sócio co-coordenador de Corporate M&A e contou também com João Marques Mendes, sócio responsável pela área de Energia, e os advogados Nuno Serrão Faria e David Cuba Topete (Corporate M&A), Sofia Nogueira Leite (Imobiliário e Turismo) e Maria Gorjão Henriques (Público).

“Este investimento permite acelerar o crescimento dos projetos da Akuo e reforça o compromisso da Ardian com a transição energética. A Ardian investe em energias renováveis desde 2007, posicionando-se como pioneira na transição energética”, segundo comunicado do escritório.

A operação encontra-se sujeita às aprovações regulatórias habituais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nova sondagem mostra Aliança Democrática a ultrapassar PS e queda do Chega

  • ECO
  • 28 Março 2025

Sondagem anterior mostrava socialistas ligeiramente à frente da AD, mas voltam agora para o segundo lugar nas intenções de voto, com 23,1%. Chega cai mais de quatro pontos percentuais.

A coligação entre o PSD e o CDS-PP (26,5%) ultrapassou e distanciou-se do PS (23,1%) nas intenções de voto desde a queda do Governo, segundo a mais recente sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã (acesso pago) e o Jornal de Negócios (acesso pago).

A Aliança Democrática e os socialistas surgem, assim, separados por pouco mais de três pontos percentuais, o que não anda muito longe de um empate técnico, visto que a margem de erro da sondagem ronda os 4%. Por outro lado, há agora quase 14% de indecisos (contra 11,3% no início do mês), o que poderá ainda alterar os ponteiros da balança.

Embora mantenha o terceiro lugar, o Chega cai mais de quatro pontos percentuais, dos 16,4% para 12,3%, enquanto a Iniciativa Liberal sobe para os 9,2%. À esquerda, apenas o Livre aumenta ligeiramente as intenções de voto, para os 4%, mas fica à frente do Bloco de Esquerda (2,7%), do PAN (2,7%) e da CDU (1,8%).

Em entrevista ao Público (acesso pago), o ministro das Infraestruturas sublinha que Luís Montenegro “é o rosto do ‘não é não'” ao Chega, e que é “‘não é não’ até ao fim”. “Ficou claro que era caminho – podia haver outros –, mas este é ganhador”, afirma Miguel Pinto Luz, a menos de dois meses de novas legislativas antecipadas. Embora anteriormente tenha chegado a admitir que uma aliança com o Chega era “possível”, o governante mudou de posição, dizendo que “o Chega e André Ventura de há cinco anos não são aqueles que temos agora”. “Hoje a avaliação que faço é que o caminho que o Governo tomou é o caminho mais certo”, reitera.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

MFA Legal aposta na prevenção e gestão do risco criminal tributário

Esta nova linha de serviços, focada na prevenção e gestão do risco fiscal e criminalidade tributária, será coordenada por Rui Costa Pereira e Catarina Gomes Correia.

A MFA Legal anuncia o lançamento de uma nova linha de serviços focada na prevenção e gestão do risco criminal tributário. A coordenação deste projeto, inserido nas áreas “core” da sociedade, ficará sob responsabilidade de Rui Costa Pereira (Associado Coordenador da área de Direito Penal, Contraordenacional e Compliance) e Catarina Gomes Correia (Associada Sénior da área de Direito Fiscal).

De acordo com Samuel Fernandes de Almeida, managing partner da MFA Legal: “Desde o início que a MFA Legal se apresentou ao mercado como uma boutique especializada na gestão do risco e de crises, com especial enfoque na área fiscal e na criminalidade económica. Passado pouco mais de um ano, entendemos ser o momento de criar uma equipa especialmente dedicada à criminalidade tributária, com uma abordagem 360º, colocando à disposição dos nossos clientes um conjunto de serviços altamente diferenciado e especializado”.

E acrescenta: “a gestão e prevenção do risco fiscal, a definição de políticas fiscais socialmente responsáveis, a complexidade crescente em matéria de fiscalidade internacional e o cumprimento de obrigações acessórias, assim como a gestão de eventuais crises, são preocupações transversais a todos os setores e agentes económicos, PMEs e investidores individuais”. Samuel Fernandes de Almeida sublinha: “O Direito Penal Tributário requer conhecimentos técnicos muito sólidos em matéria de direito tributário substantivo e procedimental, bem como a ‘expertise’ própria de um penalista. A MFA Legal orgulha-se de dispor de profissionais de primeira linha em ambas as vertentes”. O managing partner da MFA Legal termina, afirmando que a “criação desta linha integrada de serviços, é apenas mais um passo rumo ao objetivo de sermos reconhecidos como uma das primeiras sociedades de advogados em Portugal especializada na gestão do risco e na gestão de crises”.

Esta iniciativa foi concebida “para oferecer soluções abrangentes e personalizadas de consultoria preventiva, com identificação de matrizes de risco, definição da política fiscal e auditorias, gestão, acompanhamento de inspeções tributárias e de toda a fase investigatória em sede de procedimento criminal, e resposta contenciosa em cenário de crise”, explica o comunicado do escritório.

A equipa de penal tributário da MFA Legal estará disponível nos mercados onde opera, incluindo Portugal e PALOP, nomeadamente Angola, Moçambique e Cabo Verde.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

42 municípios dão mais descontos no IRS este ano

  • ECO
  • 28 Março 2025

Carlos Moedas carregou no desconto face a 2023 e vai devolver 4,5% do IRS aos residentes em Lisboa. Porto dá desconto na ordem dos 1,5%.

Em ano de eleições autárquicas, há 186 municípios a dar desconto no IRS aos seus residentes, 42 dos quais reforçam o desconto no imposto, noticia o Expresso (acesso pago). Madeira, Faro e Guarda são os distritos mais generosos, enquanto Coimbra e Vila Real estão no extremo oposto.

Em Lisboa, por exemplo, Carlos Moedas vai dar 4,5% do imposto aos moradores, mas Sintra, liderada por Basílio Horta, e Cascais, com Carlos Carreiras, continuam a ficar com a totalidade do IRS para os cofres autárquicos. A norte, o Porto dará um desconto pelo segundo ano consecutivo, na ordem dos 1,5%, e em Vila Nova de Gaia a fatura de IRS encolhe 2,5%.

Desde 2007 que, através de uma alteração à Lei das Finanças Locais, as câmaras municipais começaram a poder “oferecer” aos moradores parte do IRS que o Estado central lhes transfere, até um máximo de 5%, um sistema cujo número de autarquias aderentes tem vindo a aumentar ao longo dos anos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

‘Rei dos Frangos’ admite vender participação na Benfica SAD

  • ECO
  • 28 Março 2025

“É possível que venda, sim. Depende do preço e do que esse fundo possa aportar ao SL Benfica”, disse o empresário José António dos Santos, detentor de 16,38% do capital da SAD.

José António dos Santos, o maior acionista individual da Benfica SAD, admite vir a vender a sua participação na empresa que gere o clube da Luz a um fundo de investimento ou outro interessado, avança o Jornal Económico (acesso pago). Para essa possibilidade, impõe duas condições: “Depende do preço e do que esse fundo possa aportar ao SL Benfica”. Juntando a participação individual e o conjunto de ações pertencentes ao Grupo Valouro e Rações Valouro, o empresário controla 16,38% do capital da sociedade desportiva.

Relativamente à possível mais valia que um fundo de investimento possa conferir à SAD das “águias” e que convença José António dos Santos a negociar, o acionista conhecido como ‘Rei dos Frangos’ dá como exemplo a “expansão” do canal de televisão do clube e garante que o Benfica tem de ser o maior beneficiado. Para o empresário, a abertura do capital é positiva, desde que sejam cumpridos determinados requisitos e que não haja conflitos de interesses.

O jornal revela que há um outro acionista individual da Benfica SAD que também está disposto a vender a sua participação, mediante a proposta que possa chegar. Fonte próxima da SAD garante que não têm faltado interessados na aquisição de uma participação, mas que “o problema é encontrar um acionista que não tenha conflito de interesses e que não seja uma compra hostil dado que isso dificultaria a relação com o acionista maioritário”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: Benfica SAD, IRS e sondagem

  • ECO
  • 28 Março 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O empresário José António dos Santos, conhecido como “Rei dos Frangos”, mostra-se recetivo a vender a sua posição na Benfica SAD mediante duas condições. Em ano de autárquicas, há 186 municípios a dar desconto no IRS aos seus moradores, sendo que 42 reforçam esse desconto face a 2023. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

‘Rei dos Frangos’ admite vender capital da Benfica SAD

José António dos Santos, que é o maior acionista individual da Benfica SAD, admite vir a vender a sua participação na empresa que gere o futebol do clube da Luz a um fundo de investimento ou outro interessado. Para essa possibilidade, impõe duas condições: “Depende do preço e do que esse fundo possa aportar ao SL Benfica”. Juntando a participação individual e o conjunto de ações pertencentes ao Grupo Valouro e Rações Valouro, o empresário controla 16,38% do capital da SAD do Benfica.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

42 municípios adoçam eleitores com mais descontos no IRS

Em ano de eleições autárquicas, há 186 municípios a dar desconto no IRS aos seus residentes, mais quatro do que em 2023, sendo que 42 reforçam os apoios. Madeira, Faro e Guarda são os distritos mais generosos, enquanto Coimbra e Vila Real são os mais forretas. Em Lisboa, por exemplo, a autarquia vai dar 4,5% do imposto aos moradores. O Porto dará um desconto pelo segundo ano consecutivo, na ordem dos 1,5%.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Aliança Democrática ultrapassa PS e Chega dá trambolhão

A coligação do PSD e do CDS (26,5%) ultrapassou e distanciou-se do PS (23,1%) nas intenções de voto desde a queda do Governo, segundo a mais recente sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã. Embora mantenha o terceiro lugar, o Chega cai dos 16,4% para 12,3%, enquanto a Iniciativa Liberal sobe para os 9,2%. À esquerda, apenas o Livre aumenta ligeiramente, para os 4%, mas fica à frente do Bloco de Esquerda (2,7%), do PAN (2,7%) e da CDU (1,8%).

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Pinto Luz sobre o Chega: “‘Não é não’, e ‘não é não’ até ao fim”

A menos de dois meses de novas legislativas antecipadas, o ministro das Infraestruturas sublinha que Luís Montenegro “é o rosto do ‘não é não'” ao Chega, e que é “‘não é não’ até ao fim”. “Ficou claro que era caminho – podia haver outros –, mas este é ganhador”, afirma Miguel Pinto Luz, em entrevista ao Público. Embora anteriormente tenha chegado a admitir que uma aliança com o Chega era “possível”, o governante mudou de posição, dizendo que “o Chega e André Ventura de há cinco anos não são aqueles que temos agora”. “Hoje a avaliação que faço é que o caminho que o Governo tomou é o caminho mais certo”, reitera.

Leia a entrevista completa no Público (acesso pago)

“A extrema-esquerda está a destruir a esquerda democrática por dentro”

“A extrema-esquerda não derrotou, nem derrotará, a esquerda democrática. Está a destruí-la por dentro”, considera António Barreto, em entrevista ao Diário de Notícias, apontando que Pedro Nuno Santos “inicialmente” era um sinal disso mesmo, mas que desde que é secretário-geral do PS “dá sinais de ser capaz de se libertar de algumas dessas inclinações”. O sociólogo diz que “a maioria absoluta de [António] Costa é um dos maiores desperdícios da vida política nacional” e que continua sem se assustar com o Chega. “O que realmente amedronta é a insistência dos partidos democráticos nos erros que provocam e estimulam o Chega e outros”, sustenta.

Leia a entrevista completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Biometano é uma realidade “com imenso futuro” e desafiante

  • ECO
  • 28 Março 2025

Presidente da ERSE reconhece que a tecnologia “é difícil”, mas acredita no seu potencial e diz ser preciso “aprender com outros” países. Biometano pode ser “crucial” na gestão dos aterros, diz Governo

Vai ser criado um grupo de trabalho para estudar e desenvolver as regras para a produção de biometano em Portugal, confirmou o presidente da ERSE durante a conferência ‘Qualificar Portugal para uma economia do Biometano’. No evento, organizado terça-feira pela Goldenergy e Axpo Iberia, Pedro Verdelho explicou que o grupo de especialistas vai contar com “os produtores, operadores e a regulação”. Objetivo é acelerar o desenvolvimento de regras para a produção. Já existe, há cerca de um ano, o Plano de Ação para o Biometano, mas a chegada ao terreno, em concreto, tem sido lenta. É por isso que existe a necessidade deste grupo de trabalho, para trabalhar dificuldades concretas e ajudar ao avanço.

Miguel Checa, diretor-geral da Goldenergy, acredita que “existe um consenso generalizado entre empresários, governantes e cidadãos” sobre a importância de aumentar a “independência energética dos combustíveis fósseis”, mas também sobre a relevância de manter a energia a “custos competitivos”. “O biometano tem de ser uma das soluções para atingir os objetivos de descarbonização”, sublinha.

O diretor-geral da Axpo Iberia, Ignacio Soneira, não tem dúvidas de que o biometano “é uma solução tecnológica e economicamente viável”, além de ter uma grande vantagem face a outras opções: “temos infraestruturas prontas para a sua integração imediata”. “O biometano é uma realidade e pensamos que tem imenso futuro”, refere.

Existem, porém, desafios que importa resolver e que foram debatidos no painel que juntou Ricardo Aguiar, investigador da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), Jorge Lúcio, presidente da APEG – Associação Portuguesa de Empresas de Gás, e Gabriel Sousa, CEO da Floene.

Jorge Lúcio assinala que a “vantagem absoluta” do biometano – produzido a partir de matéria orgânica encontrada em resíduos urbanos, agrícolas ou industriais – é poder substituir o gás natural sem qualquer necessidade de adaptação da rede e dos equipamentos. Por outro lado, diz, representa “uma vantagem extraordinária do ponto de vista do aproveitamento de recursos endógenos”.

“É exatamente a mesma coisa que acontece nas nossas casas ou indústrias quando consumimos eletricidade numa semana em que é 100% renovável e na semana seguinte já não. Ninguém sente a diferença”, explica Gabriel Sousa. Para o CEO da Floene, é preciso, porém, resolver questões em aberto, como a partilha de custos na ligação dos produtores à rede e as garantias de origem.

Um dos desafios está na matéria-prima para a produção de biometano. Ricardo Aguiar aponta que “o maior potencial está nos resíduos agrícolas”, que estão, no entanto, espalhados pelo território nacional. “Vai demorar muito tempo até encontrarmos uma forma económica de tratar esses resíduos”, acrescenta. Em sentido oposto, os resíduos industriais têm a vantagem de “saber-se onde estão”.

“O estudo que a Floene fez aponta para que tenhamos em Portugal a possibilidade de, em 2050, de estar a substituir 60% do gás natural com biometano”, perspetiva Gabriel Sousa. Para estes oradores, o cenário é claro: a indústria energeticamente intensiva ganhará com a introdução de biometano na rede.

Caminhar passo a passo

No segundo painel de debate moderado pelo subdiretor do ECO Tiago Freire participaram Cláudia Pereira da Costa, do departamento técnico da CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal, Nuno Soares, presidente da Tratolixo, e Paulo Almeida, da Primus Cerâmica, para refletir sobre “Os Benefícios do Biometano”.

No setor dos resíduos, “o potencial é enorme”, assegura Nuno Soares, que lembra que das 5 mil milhões de toneladas de resíduos produzidos anualmente em Portugal, 40% são orgânicos. “No entanto, a recolha seletiva e obrigatória de biorresíduos tem dado passos, mas curtos”, lamenta. A empresa que lidera – responsável pela recolha de resíduos em Mafra, Cascais, Amadora e Sintra – desenvolveu um projeto pioneiro para a separação automática destes biorresíduos. “São sacos verdes entregues gratuitamente à população. Na nova central que construímos para esse efeito, separamos esse saco. Isso facilita a vida às pessoas”, explica. Esses sacos com os resíduos orgânicos podem depois ser colocados, fechados, nos contentores de lixo indiferenciado.

Para Paulo Almeida, a aposta no biometano é uma lógica de investimento na sustentabilidade que “vem ser uma vantagem competitiva”. “No Norte da Europa já há mercados que começam a triar entre produtos mais verdes do que outros. Quem não tiver declarações ambientais fica excluído à partida”, diz, justificando assim o investimento ainda exploratório que está a realizar.

Do lado da produção de resíduos, Cláudia Pereira da Costa diz que o modelo ideal será conseguir que os agricultores se juntem em associações de produtores para que ganhem escala e consigam, de forma mais eficiente, gerir os subprodutos e resíduos. “É necessário olhar para a legislação em vigor e perceber, antecipadamente, quais poderão ser os entraves ao desenvolvimento destes projetos e eliminá-los proativamente”, sugere.

Estratégia nacional

Para debater a relevância estratégica do biometano em Portugal, o evento organizado pela Goldenergy e pela Axpo Iberia juntou Pedro Verdelho, presidente da ERSE, Alexandre Fernandes, presidente da ENSE, Ana Cristina Carrola, vogal da APA – Agência Portuguesa do Ambiente, e Lisa Pinto Ferreira, advogada.

“Temos de definir as regras enquanto os projetos se estão a concretizar e isso faz-se com uma regulação dinâmica”, reconhece Pedro Verdelho, que confirma intenção de reunir especialistas em torno do desenvolvimento das regras deste mercado. Há, porém, questões que devem ser consideradas – e o financiamento das redes é uma delas.

Embora admita que o licenciamento seja “difícil” porque “a tecnologia é difícil”, Pedro Verdelho diz que os desafios à execução de projetos nesta área não se devem apenas ao licenciamento e ao financiamento.

“Os setores têm de começar a juntar-se e a articular estas questões, nomeadamente os da agricultura, energia e resíduos”, aponta Ana Cristina Carrola. A responsável da APA confirma que a agência tem estado atenta e reconhece a importância de “criar incentivos económicos que desviem os resíduos de aterro” para a produção de biometano. Esta relação e trabalho em conjunto de diferentes setores é, aliás, um dos pontos que vários participantes referiram como uma dificuldade, uma vez que não estão necessariamente habituados a comunicar.

Alexandre Fernandes diz-se otimista sobre o desenvolvimento deste mercado e acredita que as indústrias da cerâmica e do vidro vão beneficiar da introdução desta energia renovável, assim como o transporte marítimo, onde também se prevê que a solução ganhe cada vez mais espaço. “O que aqui temos é uma oportunidade de mercado”, sublinha, lamentando que aqui, como em muitas outras matérias, se esteja sempre à espera de um incentivo do Estado para arrancar.

Já Lisa Pinto Ferreira diz que a criação de um balcão único para a gestão de toda a burocracia associada a estes projetos podia beneficiar o desenvolvimento desta área. “Temos de ter muito cuidado para que não se frustrem objetivos”, afirma. A especialista em energia, na parte jurídica, salientou que há ainda muita burocracia e que, muitas vezes, se pedem autorizações de uma série de entidades; no entanto, basta uma delas atrasar-se mais e uma candidatura a um projeto pode ficar em causa, até por regras dos concursos ou dos leilões.

Portugal tem potencial

Jean Barroca, secretário de Estado da Energia, marcou presença no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, para encerrar a conferência. O responsável destacou o papel de “referência” de Portugal no mundo em matéria de energias renováveis e lembrou que “o esforço da descarbonização da economia” é “imperioso” para o país.

“O plano de ação para o biometano estabelece uma ambição de 2,7 terawatts em 2030, o que representaria 9,1% do consumo total de gás nesse ano”, apontou, lembrando que em 2040 poderá ser superior a 18%.

Por outro lado, esta fonte renovável poderá ter um papel importante na mitigação de outros desafios climáticos e relacionados com a gestão de resíduos, nomeadamente nos aterros. “O biometano tem ainda o potencial de desempenhar um papel crucial na mitigação de um dos desafios prementes em Portugal, o esgotamento dos aterros, e a gestão sustentável dos resíduos agrícolas e pecuários locais”, acrescentou.

O secretário de Estado da Energia ouviu os pedidos e as críticas do setor e mostrou-se disponível a promover colaboração entre todas as partes interessadas para fazer avançar a estratégia nacional. “Esse caminho só será possível com envolvimento ativo de empresas, academias, autarquias, sociedade civil”, rematou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hospital da Luz correu pela causa da Trissomia 21

  • Conteúdo Patrocinado
  • 28 Março 2025

Uma equipa de colaboradores do Hospital da Luz participou na Corrida do Benfica, para angariar fundos para a Pais 21.

Uma equipa de 50 colaboradores do Hospital da Luz participou na Corrida do Benfica António Leitão, que se realizou no domingo 23 março, para correr por uma causa. A causa da inclusão de pessoas com trissomia 21.

Com o apoio da Fundação Benfica e em parceria com a Pais 21, uma associação de pessoas com trissomia 21, familiares e sociedade civil, que trabalha na promoção da capacitação de pessoas com trissomia 21, o Hospital da Luz desafiou os seus colaboradores a vestir a camisola e transformar os quilómetros percorridos na corrida em doação a favor desta instituição.

Nos dias que antecederam a corrida, no recinto do Estádio da Luz onde foi feita a entrega dos dorsais aos participantes inscritos, o Hospital da Luz colocou uma passadeira, para convidar quem por ali passou a fazer quilómetros que foram também convertidos em 5€ de doação à Pais 21.

No total, foram percorridos mais de 600 km e assinado um cheque de mais de três mil euros, que foi entregue no final da prova de domingo, na presença de toda a equipa do Hospital da Luz e de várias famílias da Pais21, que também alinharam participar nas provas.

Esta foi a 17ª edição da Corrida do Benfica António Leitão e, mais uma vez, incluiu a Corrida da Pequenada – que se realizou no sábado 22 março -, e a Caminhada (5km) e a Corrida (10 km), que decorreram no domingo, 23 março.

Apesar da chuva e do frio que se fizeram sentir durante o fim de semana em Lisboa, as provas foram bastante concorridas, contando com cerca de 12.500 participantes no total, incluindo um pequeno atleta muito especial: o Miguel, um dos convidados do Hospital da Luz vindo com a Pais 21, que se juntou às outras crianças para entrar na Corrida da Pequenada e até subiu ao pódio. Na Corrida de domingo, mais de uma dezena de famílias da Pais 21, também convidadas pelo Hospital da Luz, juntaram-se aos milhares de atletas, para participar na Caminhada.

O Hospital da Luz voltou a ser parceiro de serviços médicos oficiais do SL Benfica nestas provas, garantindo o apoio médico e clínico a todos os participantes com uma equipa de 12 profissionais de saúde, entre médicos e enfermeiros

O desporto como ferramenta de inclusão é um dos pilares da estratégia de responsabilidade social do Hospital da Luz, apoiando ou promovendo iniciativas com impacto e associando-lhes, sempre que possível, atletas, clubes e organizações desportivas com quem tem parcerias.

André vai nadar com o Hospital da Luz

Além desta iniciativa com a Pais 21, no Dia Mundial da Trissomia 21, que se assinalou no passado dia 21 de março, o Hospital da Luz anunciou que é, a partir de agora, patrocinador oficial do atleta André Almeida, que se tem notabilizado na natação adaptada, a nível nacional e internacional.

O patrocínio do Hospital da Luz vai permitir ao André preparar-se com vista a uma qualificação e participação em algumas das principais competições internacionais desta modalidade. Entre outras coisas, o André, com o apoio do Hospital da Luz, tem a oportunidade de realizar um estágio do Centro de Alto Rendimento de Tenerife, no Virtus Swimming Championships, em Banguecoque, e no British Down Syndrome Swimming Championships, em Londres.

André Almeida começou a sua carreira desportiva em 2016, com 16 anos, e logo em 2018 recebeu o estatuto de Atleta de Alto Rendimento após a sua primeira prova internacional ao serviço da Seleção Nacional.

Integrado no Top 10 Mundial, o André já ganhou 46 medalhas em provas internacionais e procura, nesta época, revalidar os títulos alcançados na época passada e aumentar a sua competitividade ao bater recordes pessoais numa constante superação.

Assista aqui ao vídeo da corrida do Benfica:

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Galp fecha venda de participação em projeto de gás natural em Moçambique por 881 milhões de dólares

Com a conclusão do negócio, a “Galp recebe um pagamento de cerca de 881 milhões de dólares este trimestre, abrangendo o valor patrimonial das ações, o reembolso de empréstimos de acionistas.

A Galp concluiu “com sucesso a venda” a participação de 10% da concessão de ativos de exploração e produção, conhecidos como upstream, da área 4 da bacia do Rovuma em Moçambique à Abu Dhabi National Oil Company (Adnoc). Com a conclusão, a Galp recebe um pagamento de cerca de 881 milhões de dólares (816,95 milhões de euros, ao câmbio atual) este mês.

Após o anúncio de 22 de maio de 2024, a Galp concluiu com sucesso a venda dos seus ativos upstream na Área 4 Moçambique à XRG P.J.S.C., uma subsidiária integral da Abu Dhabi National Oil Company (ADNOC) P.J.S.C.”, avançou a empresa ao mercado.

Com a conclusão do negócio, a “Galp recebe um pagamento de cerca de 881 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2025, abrangendo o valor patrimonial das ações, o reembolso de empréstimos de acionistas e os investimentos acumulados realizados desde a data de referência da transação de 31/12/2023”, lê-se na nota publicada na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) esta sexta-feira.

A petrolífera revela ainda que vai receber ainda pagamentos contingentes adicionais de 100 milhões de dólares (92,73 milhões de euros) e 400 milhões de dólares (370,92 milhões de euros) após a conclusão, sujeitos à decisão final de investimento da Coral North e da Rovuma LNG, respetivamente.

Recorde-se que este negócio foi alvo de análise por parte da Autoridade Reguladora da Concorrência moçambicana em maio de 2024.

Os valores da operação agora anunciados são superiores ao estimado inicialmente. Em comunicação ao mercado, em maio, a Galp apontava para um pagamento de cerca 650 milhões de dólares (602,74 milhões de euros, ao câmbio atual) pelas suas ações e empréstimos acionistas, líquido de impostos, quando o negócio estivesse completo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rabat reabre a sua boutique em Valência com um espaço de inspiração mediterrânica

  • Servimedia
  • 28 Março 2025

A Rabat reforçou a sua presença em Valência com a reabertura da sua boutique na Calle Colón, 39, após uma remodelação completa que aumentou a sua superfície para 850 metros quadrados.

Segundo a empresa de alta joalharia, o novo espaço pretende oferecer uma experiência única e envolvente aos seus clientes, com um design inspirado na essência do Mediterrâneo. Inaugurada em 2006, a Rabat Valencia renovou completamente a sua boutique no coração de Valência para criar um ambiente sofisticado e acolhedor. O piso térreo, com 750 metros quadrados, acolhe as coleções de alta joalharia e as últimas novidades das principais marcas internacionais de relógios num ambiente elegante que realça a beleza de cada peça.

O primeiro andar, com 100 metros quadrados, é dedicado à oficina artesanal, onde joalheiros especializados oferecem serviços de manutenção, restauro e personalização, garantindo a excelência e a qualidade características da marca.

No âmbito da renovação, a boutique inclui um espaço exclusivo Rolex de 132 metros quadrados com acesso independente e um design interior criado em colaboração com o prestigiado relojoeiro para apresentar uma seleção dos seus modelos mais emblemáticos.

O design interior da boutique foi inspirado na riqueza natural da Comunidade Valenciana, com tons que lembram as praias, as rochas e os solos da região. O pavimento em tijoleira em tons neutros, as paredes em bege areia e os pormenores em terracota conferem calor e harmonia ao conjunto, enquanto as formas curvas e orgânicas do design reforçam a identidade artesanal de Rabat.

Com esta reabertura, a Rabat reafirma o seu compromisso “com a excelência e o savoir-faire que a tornaram uma referência no sector da alta joalharia e da relojoaria em Espanha, oferecendo aos seus clientes um espaço onde a elegância, a exclusividade e o artesanato tradicional se fundem na perfeição”. Atualmente, a Rabat conta com um total de seis estabelecimentos em Espanha: dois em Barcelona, um em Madrid, um em Ibiza, um em Valência e um em Tarragona.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Navigator investiu 27 milhões para tornar local de trabalho mais seguro. Acidentes caíram para mínimos

Diretora de segurança e sistemas de suporte da Navigator avança ao ECO que a empresa investiu 27 milhões nos últimos anos para tornar local de trabalho mais seguro. Desde 2020, acidentes caíram 40%.

A Navigator atingiu no último ano o valor mais baixo de sempre de acidentes de trabalho. Desde 2021 que a cotada tem promovido o programa “Missão Zero”, com o objetivo de eliminar na íntegra este tipo de incidentes, sendo que, em declarações ao ECO, Paula Monteiro, diretora de segurança e sistemas de suporte dessa empresa, adianta que, nos últimos anos, foram investidos cerca de 27 milhões de euros para tornar o local de trabalho mais seguro.

Paula Monteiro é diretora de segurança e sistemas de suporte da The Navigator Company.

“O investimento total da Navigator em segurança e saúde ocupacional nos últimos anos tem sido significativo, refletindo um compromisso estratégico com a melhoria contínua das condições de trabalho. No total, foram alocados cerca de 27 milhões de euros em CAPEX [despesas de capital] e OPEX [despesas operacionais] para reforço das infraestruturas, melhorias de processos e implementação de novas metodologias para a segurança e saúde no trabalho (SST), ou seja, para tornar os locais de trabalho da Navigator ainda mais seguros“, explica a responsável, em respostas enviadas ao ECO.

No que diz respeito às infraestruturas, segundo Paula Monteiro, foram atualizados os sistemas de segurança das unidades industriais (incluindo melhorias nos dispositivos de proteção e reforço dos sistemas de prevenção de incidentes).

Já no que diz respeito aos equipamentos de segurança, a diretora de segurança adianta que foram, nomeadamente, implementados novos sistemas de proteção coletiva, atualizados os dispositivos de bloqueio e sinalização, melhorados os sistemas de proteção contra queda, e reforçadas as medidas de proteção de máquinas.

A Navigator apostou também no desenvolvimento de um projeto de ergonomia que abrangeu “centenas de postos de trabalho”, investiu mais de 850 mil euros em formação e capacitação, e reforçou o rigor na qualificação das empresas prestadoras de serviço, “garantindo que os padrões de segurança são cumpridos por toda a cadeia de valor”, enumera Paula Monteiro.

A formação tem sido uma prioridade para a Navigator. Este compromisso traduz-se num investimento significativo, superior a 850 mil euros.

Paula Monteiro

Diretora de segurança e sistemas de suporte da The Navigator Company

A responsável destaca ainda a criação de uma plataforma digital interativa para a gestão de segurança, o uso de dados analíticos para identificação e mitigação de riscos de forma mais ágil, a uniformização e atualização dos equipamentos de proteção individual e a aposta em campanhas de consciencialização sobre a segurança e saúde no trabalho.

“Este investimento não só elevou o nível de segurança operacional da Navigator, como também fortaleceu a cultura de prevenção, resultando numa redução do índice de frequência de acidentes e numa maior consciencialização de todos os colaboradores sobre a importância da segurança e saúde no trabalho”, salienta a já referida responsável.

Estas medidas enquadram-se no “Missão Zero”, que nasceu em 2021 com o compromisso de alcançar a meta de zero acidentes de trabalho.

O investimento sustentado em saúde e segurança tem gerado resultados muito positivos. Em 2024, foi alcançado o nível mais baixo de acidentes com baixa de sempre, número que reduziu 40% desde 2020“, assinala Paula Monteiro, que garante que este programa envolve toda a empresa, da gestão de todo aos operadores, passando pelos supervisores e responsáveis de área.

Uma vantagem para o negócio

O programa “Missão Zero” e os milhões que a Navigator tem investido em segurança e saúde no trabalho têm um foco nas pessoas, mas são também um “pilar estratégico que reforça a competitividade e sustentabilidade” da empresa, reconhece a diretora de segurança desta cotada.

A redução dos acidentes e das baixas médicas diminui as interrupções no processo produtivo, promovendo uma operação mais estável e eficiente. A mitigação dos incidentes contribui para a diminuição dos custos diretos (seguros, compensações e paragens) e indiretos (recrutamento e formação de substitutos). E uma cultura robusta de segurança e saúde no trabalho torna a Navigator mais atrativa para talentos e fortalece a imagem da empresa perante clientes e parceiros“, identifica Paula Monteiro.

A mitigação dos incidentes contribui para a diminuição dos custos diretos (seguros, compensações e paragens) e indiretos (recrutamento e formação de substitutos).

Paula Monteiro

Diretora de segurança e sistemas de suporte da The Navigator Company

Além disso, sendo a Navigator cotada em bolsa, esta aposta melhora a perceção dos investidores, bem como “posiciona a empresa como referência em responsabilidade social e sustentabilidade”, observa a responsável.

Acrescenta também que “os elevados padrões de segurança são valorizados em processos de certificação e na captação de novos contratos, contribuindo para uma vantagem competitiva sustentável“.

Mas desafios não faltam

Apesar das vantagens apontadas, a implementação da Missão Zero tem enfrentado “desafios importantes”, admite Paula Monteiro.

A começar pela necessidade de mudar as mentalidades, isto é, “transformar a segurança num valor inegociável para todos os níveis da organização, garantindo que cada colaborador adota comportamentos seguros no dia a dia, não apenas em auditorias ou inspeções, mas em todas as suas atividades diárias”, realça a responsável.

Outra dificuldade tem sido a gestão da segurança dos trabalhadores externos. “O aumento do número de prestadores de serviço trouxe uma maior complexidade na gestão da segurança. Para mitigar este risco, a Navigator tem reforçado os processos de integração, formação e acompanhamento, assegurando que todos – internos e externos – compreendem e seguem os mesmos padrões elevados de segurança”, conta a diretora.

Já ao nível das chefias, Paula Monteiro sublinha que o “compromisso firme” da Comissão Executiva tem sido um “fator determinante para o sucesso” deste programa, mas a sua implementação depende do alinhamento dos gestores operacionais, daí que a cotada tenha investido também em programas de capacitação e sensibilização.

Garantir que todas as situações de risco são identificadas, reportadas, analisadas e tratadas antes de se tornarem acidentes é uma prioridade contínua.

Paula Monteiro

Diretora de segurança e sistemas de suporte da The Navigator Company

Outros dos desafios têm sido a gestão de quase-acidentes e a melhoria na perceção de risco – “garantir que todas as situações de risco são identificadas, reportadas, analisadas e tratadas antes de se tornarem acidentes é uma prioridade contínua” –, bem como a redução da gravidade dos acidentes.

O “Missão Zero” é, de resto, um programa para toda a década, pelo que há ainda “um caminho a percorrer”, nomeadamente, aprofundando a cultura de segurança, evoluindo na digitalização e automação das métricas e iniciativas de segurança e saúde no trabalho, reforçando a segurança na cadeia de fornecimento e melhorando a perceção de risco e prevenção ativa, perspetiva a diretora de segurança e sistemas de suporte da Navigator, em declarações ao ECO.

Concertação ia discutir segurança e saúde no trabalho

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, acompanhada pelo secretário de Estado do Trabalho, Adriano Rafael Moreira, e pela secretária de Estado das Pescas, Cláudia Monteiro Aguiar, preside à reunião plenária do Conselho Permanente de Concertação Social, esta tarde em Lisboa.MIGUEL A. LOPES/LUSA

O Governo e os parceiros sociais receberam, no verão, o livro verde sobre a segurança e saúde no trabalho, assunto que ia ser discutido na Concertação Social ao longo desta legislatura, de acordo com o acordo sobre valorização salarial e crescimento económico.

O chumbo da moção de confiança do Governo de Luís Montenegro e a antecipação das eleições legislativas deixaram, porém, esse plano em suspenso. Os parceiros sociais insistem que os entendimentos firmados na Concertação Social são para cumprir, venha que Governo vier. Mas muito dependerá do Executivo que resultar da ida às urnas de maio deste ano.

De resto, entre as recomendações feitas pelos peritos no referido livro verde, estava a criação de uma nova agência para a segurança, saúde e condições do trabalho, a partir dos recursos já existentes na Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e na Direção-Geral da Saúde (DGS).

Além disso, recomendavam que fossem desenvolvidas, de forma sistemática, através desta agência, auditoras ao funcionamento dos serviços de segurança e saúde no trabalho.

Entre as 83 recomendações do Livro Verde do Futuro da Segurança e Saúde no Trabalho, 17 diziam respeito às entidades empregadoras. Os especialistas aconselhavam, por exemplo, a promoção de formação contínua “de conhecimentos e competências de liderança ao nível específico da segurança e saúde do trabalho”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Responsabilidade social deve “estar incorporada” na marca e contribui para o negócio, defende a TTouch

Benedita Guedes de Carvalho e Teresa Pinto Leite, partners da TTouch, explicam como marketing e responsabilidade social podem fazer parte da mesma equação. Mudar o mundo pela comunicação é objetivo.

Benedita Guedes de Carvalho e Teresa Pinto Leite (TTouch) e Carla Borges Ferreira (+M)

 

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

 

Já houve um tempo, e não é preciso recuar muitos anos, em que se falava em agências digitais e em agências tradicionais. Hoje, todas as agências são digitais, o digital está sempre integrado.

O paralelismo é feito por Teresa Pinto Leite, sócia e diretora criativa da TTouch, e refere-se à componente de responsabilidade social nas marcas. “É óbvio que uma agência é digital. Sempre, não é? Está sempre integrado. E é esse o percurso que achamos que a responsabilidade social, o impacto, deve ter dentro de uma marca”.

“Uma marca tem que ser responsável socialmente. Responsabilidade social não é uma das coisas que ela faz. Ela opera assim”, acrescenta Benedita Guedes de Carvalho, que subiu agora também a sócia da agência.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

“O ideal era que estivesse tudo alinhado”, que a responsabilidade social fosse um tema da liderança, mais do que do marketing, da comunicação ou da sustentabilidade, prosseguem em entrevista ao +M as duas responsáveis, na opinião de quem, no limite, as políticas que geram impacto positivo na sociedade também contribuem para o negócio.

Até do ponto de vista comercial, quando as marcas têm uma estratégia de responsabilidade social coerente e que faz sentido com aquilo que elas são e com aquilo que o mercado também procura, há resultados“, defende Teresa Pinto Leite. Com o preço a assumir uma posição determinante nas opções de escolha dos consumidores, a criativa reforça que se estes “tiverem a oportunidade de escolher entre uma marca responsável e uma marca não responsável que tenham o mesmo valor, escolhem de certeza a marca responsável”.

Uma marca tem que ser responsável socialmente. Responsabilidade social não é uma das coisas que ela faz. Ela opera assim.

Benedita Guedes de Carvalho

Fundada por Mariana Galindo em 2020, a TTouch assume-se como “uma agência transformadora do mundo através da comunicação”. Com projetos na área do impacto social para grandes clientes como o Meo ou a EDP, a agência trabalha também com associações – e junta associações a marcas.

Damos sempre o exemplo às associações de uma APPACDM (Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental) – que trabalha tantos beneficiários, é tão importante e há tantas no país todo–, e de uma Associação Salvador”. A última, compara, “tem trabalhado a sua marca há muito tempo e, por isso, está no nosso top of mind, quando vamos, se calhar, fazer o IRS ou uma doação”, diz Benedita Guedes de Carvalho, para ilustrar a importância da comunicação para as associações.

“É muito importante para posicionamento e angariação de fundos”, assegura a nova partner da agência, que tem como política não fazer trabalhos pro bono. “Não fazemos pro bono porque acreditamos na continuidade e na estratégia. Não é só para uma marca, é exatamente para uma associação, que tem que trabalhar como uma marca, que tem que posicionar certo tipo de mensagens na cabeça das pessoas, um certo tipo de imagem e uma distinção no mercado das associações. E isso demora tempo e tem valor”, reforça.

“Até do ponto de vista comercial, quando as marcas têm uma estratégia de responsabilidade social coerente e que faz sentido com aquilo que eles são e com aquilo que o mercado também procura, há resultados”,

Teresa Pinto Leite

Com o período de entrega do IRS a aproximar-se, as campanhas de consignação começam a avolumar-se e muitas resultam de trabalho voluntário de agências. “O que não se deve fazer neste setor é o mesmo que em qualquer outro, ser incoerente com a sua marca, com o seu posicionamento“, alerta Teresa Pinto Leite, criativa que construiu grande parte da carreira em agências tradicionais e que, a dado momento, se cansou de “vender sabonetes”.

Ao fim de não sei quantos anos a fazer campanhas para marcas do ponto de vista puramente comercial, tínhamos vontade de fazer qualquer coisa a mais, contribuir um bocadinho mais – não que as pessoas que trabalham nas agências tradicionais não estejam a contribuir imenso, porque estão, para a economia de mercado, que acho muito importante –, mas a nossa vontade pessoal era essa, era contribuir também para um setor social e ambiental”, diz, recuando ao início da agência fundada por Mariana Galindo.

Para nós, que propomos que a comunicação resolva grande parte dos problemas sociais e ambientais, temos um ano desafiante. E, do ponto de vista intelectual, entusiasmante. Temos de trabalhar a nossa criatividade para coisas que já achávamos que estavam garantidas”, antecipa sobre os próximos meses, e pensando tanto no contexto nacional como internacional, Benedita Guedes de Carvalho. A entrevista completa pode ser vista em vídeo ou escutada em podcast.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.