⛽ Combustíveis vão ficar mais caros. Gasolina sobe um cêntimo e gasóleo meio cêntimo na próxima semana

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,568 euros por litro de gasóleo simples e 1,716 euros por litro de gasolina simples 95.

Para a semana os preços dos combustíveis vão ficar mais caros, por isso, aproveite o fim de semana para encher o tanque da sua viatura. A gasolina deverá subir um cêntimo e o gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá ficar meio cêntimo mais caro, avançam ao ECO fontes do setor.

Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,568 euros por litro de gasóleo simples e 1,716 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent de sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. Além disso, os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, os preços do gasóleo desceram dois cêntimos e da gasolina 0,1 cêntimos, descidas inferiores às expectativas do mercado que apontavam para descidas de três e 0,5 cêntimos, respetivamente.

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está esta sexta-feira a subir 0,62%, para 74,84 dólares por barril, e caminha para uma subida semanal superior a 1%, alimentado por preocupações geopolíticas, já que as perspetivas face à procura chinesa ficaram para segundo plano durante algum tempo.

A longo da semana, Israel manteve a ofensiva no Líbano, e apesar da retoma das negociações de cessar-fogo, nos próximos dias, na Faixa Gaza, os investidores continuam nervosos.

“Mantemos a opinião de que o preço certo para o petróleo bruto atualmente é de cerca de 70 dólares, onde está agora, enquanto aguardamos novos impulsionadores dos preços, incluindo o resultado da reunião do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional da China, bem como a resposta de Israel ao ataque de mísseis do Irão a 1 de outubro”, disse Tony Sycamore, analista da IG, numa nota, citada pela Reuters.

Os investidores também procuram maior clareza nas políticas de estímulo de Pequim, embora os analistas não esperem que tais medidas proporcionem um grande impulso à procura de petróleo por parte da China, o segundo maior consumidor mundial.

O Goldman Sachs manteve, na quinta-feira, as suas previsões para os preços do petróleo, gás natural e carvão, considerando que o impacto do aumento dos estímulos chineses nos preços da energia é modesto face a fatores como o fornecimento de petróleo do Médio Oriente e o clima de inverno.

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Euribor cai para novos mínimos a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 25 Outubro 2024

Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 3,059%, continuou acima da taxa a seis meses (2,894%) e da taxa a 12 meses (2,565%).

A Euribor desceu esta sexta-feira a três, a seis e a 12 meses para novos mínimos desde abril e janeiro de 2023 e outubro de 2022, mas manteve-se acima de 3% no prazo mais curto. Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 3,059%, continuou acima da taxa a seis meses (2,894%) e da taxa a 12 meses (2,565%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, baixou esta sexta-feira para 2,894%, menos 0,026 pontos e um novo mínimo desde 19 de janeiro de 2023. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a agosto mostram que a Euribor a seis meses representava 37,6% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,2% e 25,8%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, também recuou esta sexta-feira, para 2,565%, menos 0,049 pontos do que na quinta-feira e um novo mínimo desde 07 de outubro de 2022.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses caiu sexta-feira, ao ser fixada em 3,059%, menos 0,013 pontos e um mínimo desde 05 de abril de 2023.

A média da Euribor em setembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em agosto e com menos intensidade nos prazos mais curtos.

A média da Euribor em setembro desceu 0,114 pontos para 3,434% a três meses (contra 3,548% em agosto), 0,167 pontos para 3,258% a seis meses (contra 3,425%) e 0,230 pontos para 2,936% a 12 meses (contra 3,166%).

Em 17 de outubro, o BCE cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar “no bom caminho” e a uma atividade económica pior do que o previsto.

Depois do encontro de 17 de outubro na Eslovénia, o BCE tem marcada para 12 de dezembro a última reunião de política monetária deste ano.

Em 12 de setembro, o BCE desceu a principal taxa diretora em 25 pontos base para 3,5%, depois de em 18 de julho ter mantido as taxas de juro.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Depósitos bancários sobem 136 milhões de euros com o fim das férias

Valor dos depósitos das famílias recupera em setembro face a agosto, devido ao aumento de 1,1 mil milhões de euros dos depósitos a prazo. Os dados são do Banco de Portugal.

O montante que as famílias em Portugal confiam aos bancos voltou a subir, após o período de férias. O stock de depósitos de particulares aumentou em setembro para 188,5 mil milhões de euros, mais 136 milhões de euros do que em agosto, de acordo com dados do Banco de Portugal (BdP) divulgados esta sexta-feira.

Os depósitos de particulares voltaram, assim, a subir, após a ligeira queda registada em agosto, mas ainda não bateu o recorde registado em julho: 189 mil milhões de euros. A variação face a agosto resultou do aumento de 1,1 mil milhões de euros dos depósitos a prazo (que incluem os depósitos com prazo acordado e os depósitos com pré-aviso), que mais do que compensou a redução de mil milhões de euros das responsabilidades à vista.

O aumento dos depósitos de particulares contribui para a aceleração da respetiva taxa de variação anual para 8,0%, o valor mais elevado desde março de 2021.

Fonte: Banco de Portugal

Já o stock de depósitos das empresas ascendia a 65,1 mil milhões de euros no final de setembro, menos 1,4 mil milhões de euros do que em agosto. Ainda assim, cresceu 1,5% relativamente ao mês homólogo.

(Notícia atualizada às 11h40)

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Crédito ao consumo regista a maior subida em seis anos

Apesar de representarem um valor mais baixo entre as várias tipologias de empréstimos, foi nos cartões de crédito que se verificou a maior taxa de variação anual (10,6%), indica o Banco de Portugal.

Os portugueses estão a recorrer cada vez mais ao crédito para financiar o consumo. De acordo com os dados do Banco de Portugal, divulgados esta sexta-feira, o montante dos empréstimos ao consumo cresceu 5,3% em setembro. É a subida mais elevada desde novembro de 2018.

“O montante de empréstimos ao consumo e outros fins aumentou 178 milhões de euros relativamente a agosto, para 30,1 mil milhões de euros. Em relação a setembro de 2023, cresceu 5,9%, a maior taxa de variação anual registada desde novembro de 2018. A finalidade de consumo foi a que apresentou maior dinamismo, com uma taxa de variação anual de 7,7%, enquanto os empréstimos para outros fins apenas cresceram 2,7%”, lê-se na nota publicada pelo Banco de Portugal.

O regulador revela que o stock de empréstimos para crédito pessoal totalizava 12,5 mil milhões de euros, em setembro, mais 134 milhões do que em agosto, o que representa um crescimento de 7,1% relativamente ao mês homólogo.

O crédito automóvel atingiu 8,2 mil milhões de euros, mais 84 milhões do que em agosto, e uma subida anual de 9,2%. E os cartões de crédito, “apesar de representarem um valor bastante inferior”, cerca de 3,2 mil milhões de euros, registaram a maior taxa de variação anual (10,6%) destas tipologias de empréstimos, detalha o Banco de Portugal.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que houve um abrandamento do consumo privado no segundo trimestre, face ao trimestre anterior. Mas com o aumento do crédito ao consumo pode ser um sinal de que tendência vai sofrer uma inversão. Em termos homólogos, no segundo trimestre, uma aceleração do consumo privado, para uma variação homóloga de 1,5%, que compara com 0,6% no trimestre anterior.

Em termos mais genéricos, em setembro, o montante total de empréstimos a particulares cresceu 2,6% em termos homólogos. Sendo que o stock de empréstimos para habitação aumentou 472 milhões face a agosto, totalizando 100,8 mil milhões de euros no final de setembro, o valor mais elevado desde fevereiro de 2015. Em termos homólogos, o crescimento foi de 1,7%, “mantendo-se a trajetória de aceleração que se regista desde janeiro de 2024”.

Empréstimos às empresas com maior subida desde dezembro de 2022

Os empréstimos às empresas também aumentaram. Segundo o BdP, os empréstimos às empresas cresceram 0,4%, a maior taxa de variação anual desde dezembro de 2022.

“O stock de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas totalizava 72,3 mil milhões de euros no final de setembro de 2024, mais 83 milhões do que no final de agosto. Em termos homólogos, o crescimento foi de 0,4%, a maior taxa de variação anual desde dezembro de 2022″, escreve o regulador na nota publicada esta sexta-feira.

No entanto, as empresas que operam ao nível da indústria e eletricidade, assim como do comércio, transportes e alojamento “apresentaram, em setembro, taxas de variação anual negativas de -2,2% e -1,0%, respetivamente (-2,0% e -1,6% em agosto)”. No extremo oposto está a construção e o imobiliário, cuja a taxa de variação anual foi positiva: 4,2% (3,6% em agosto).

Em termos de dimensão, as grandes e microempresas mantiveram taxas de variação anual positivas (0,8% e 7,1%, respetivamente), já as pequenas e médias empresas continuaram a registar taxas negativas (-2,5% e -5,1%, respetivamente).

E se em agosto o nível de empréstimos às empresas em Portugal suplantou o da média da zona euro — tal como aconteceu na segunda metade de 2020 e ao longo de 2021 — em setembro voltou a ficara abaixo.

(Notícia atualizada com mais informação)

 

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CMS Portugal assessora BPI Imofomento na compra do edifício “Santa Maria”

A equipa da CMS Portugal que prestou toda a assessoria na due diligence, negociação e formalização da aquisição do ativo foi liderada pelo sócio coordenador de Imobiliário João Pinheiro da Silva.

A CMS Portugal assessorou o BPI Imofomento, Fundo de Investimento Imobiliário Aberto, na compra do edifício de escritórios “Santa Maria”, em Entrecampos.

A equipa da CMS Portugal que prestou toda a assessoria na due diligence, negociação e formalização da aquisição do ativo foi liderada pelo sócio coordenador de Imobiliário João Pinheiro da Silva e contou ainda com a participação da associada Sandra Teixeira Arsénio

O edifício “Santa Maria”, com cerca de 6 900 metros quadrados, localiza-se na Avenida 5 de Outubro, e conta com 13 pisos afetos a escritórios atualmente ocupados pela ADENE – Agência para a Energia e pela Direção-Geral de Energia e Geologia.

 

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Avaliação bancária das casas aumenta 10% em setembro

Número de avaliações a imóveis efetuadas pela banca aumentou 32,8% em setembro face ao mesmo mês do ano passado.

O valor mediano da avaliação bancária na habitação registou um aumento homólogo de 10% em setembro, fixando-se em 1.695 euros por metro quadrado, superando a subida de 8,2% verificada em agosto, indica o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os dados apontam também para uma maior atividade na concessão de crédito. Foram realizadas 33,1 mil avaliações bancárias em setembro, “o que representa uma subida de 4,3% face ao mês anterior e um aumento de 32,8% em termos homólogos”.

O Algarve destacou-se como a região com o maior aumento mensal da avaliação bancária, com um crescimento de 2,6%, acima do total nacional de 1,9%. Já na comparação homóloga a maior subida, de 12,8%, foi registada no Oeste e Vale do Tejo.

Por tipologia, a avaliação bancária dos apartamentos aumentou 10,2% face a setembro de 2023, para 1.882 euros por metro quadrado. A Região Autónoma dos Açores apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (17,9%).

Nas moradias, o acréscimo foi de 8,6%, para 1.301 euros por metro quadrado. O maior crescimento homólogo verificou-se na Região Autónomo da Madeira (14,6%). O Alentejo apresentou a única descida, de 2,3%.

Na análise por regiões, “a Grande Lisboa, o Algarve, a Região Autónoma da Madeira, a Península de Setúbal e o Alentejo Litoral e apresentaram valores de avaliação superiores à mediana do país em 46,8%, 34,8%, 15,6%, 12,6% e 9,1%, respetivamente. Alto Alentejo, Beira Baixa e Alto Tâmega e Barroso foram as regiões que apresentaram valores mais baixos em relação à mediana do país (-50,5%, -48,1% e -47,4%, respetivamente)”, indica o INE.

(Notícia atualizada às 11h30)

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Cepsa também congela investimento milionário em Espanha por causa do “impuestazo” na energia

Imitando a Repsol, acionistas da Cepsa mandam travar mega projeto de 3.000 milhões de euros no Vale Andaluz do Hidrogénio, após Sánchez ameaçar tornar permanente o imposto sobre o setor da energia.

Depois da Repsol, também a petrolífera Cepsa ameaça travar os mega investimentos em projetos de hidrogénio verde em Espanha, em reação aos planos do governo liderado por Pedro Sánchez de agravar a cobrança dos impostos sobre o setor energético.

“A Cepsa está a avaliar o impacto fiscal da possível aprovação de uma taxa permanente em Espanha”, refere a empresa num e-mail citado pela agência Bloomberg. Em causa está um investimento de 3.000 milhões de euros em San Roque (Cádiz), anunciado há dois anos.

Ao ECO, fonte oficial explica que “está a avaliar o impacto que um aumento da sua tributação poderá ter, caso seja aprovado um novo imposto permanente”, e que, na eventualidade de ser prorrogado “teria um efeito muito significativo na rentabilidade dos projectos de hidrogénio”. Neste cenário, a Cepsa explica que seria obrigada a “abrandar os investimentos previstos em Espanha” e priorizar “e a projetos de hidrogénio verde noutros países”, nomeadamente Estados Unidos, Brasil, Marrocos e Argélia.

Segundo noticia também esta sexta-feira o jornal espanhol Expansión, o denominado projeto Vale Andaluz do Hidrogénio está em risco, uma vez que a Mubadala (Abu Dhabi) e a Carlyle, as principais acionistas da Cepsa, decidiram congelar este investimento até saberem a decisão final do Executivo de Madrid.

De acordo com a Associação Espanhola de Operadores de Produtos Petrolíferos (AOP), que inclui empresas como a Repsol, Cepsa, Galp e BP, dando continuidade à medida temporária que termina a 31 de dezembro, um imposto permanente para as energéticas coloca em risco um investimento conjunto das gigantes do setor no valor de 16.000 milhões de euros até 2030. “Comprometeria a competitividade da indústria e dificultaria o processo de transição energética, afetando toda a cadeia de valor”, referiu em comunicado.

Depois de ter decidido relocalizar de Espanha para Sines um investimento de cerca de 15 milhões de euros em hidrogénio verde, a espanhola Repsol pode desviar mais investimentos para Portugal. A petrolífera está a ponderar transferir para o país um projeto pioneiro para converter resíduos urbanos em combustíveis, avaliado em 1.100 milhões de euros e inicialmente projetado para Tarragona, na Catalunha.

De acordo com o El País, a entrada em funcionamento desta nova fábrica estava prevista para 2028, mas a administração da Repsol está agora a reequacionar se avança com o projeto, ou se o transfere para Sines, à imagem do que fez com o investimento que contempla a instalação de um eletrolisador de quatro megawatts (MW), com potência para produzir até 600 toneladas de hidrogénio verde por ano.

O atual imposto extraordinário prevê uma tributação de 1,2% sobre as vendas e em 2023 rendeu mais de 1.300 milhões de euros.

Madrid deve suavizar “impuestazo” sobre empresas de energia

Na sequência da forte reação do setor, o Governo liderado pelo PSOE pode vir a suavizar a medida, redesenhando o imposto sobre as empresas de energia para que seja aplicado sobre os lucros e não sobre as vendas, com a possibilidade de ser dedutível fiscalmente, e aliviando desta forma a carga suportada por empresas como Repsol, Cepsa, Iberdrola, Endesa, Naturgy, EDP ou Acciona. Por outro lado, pode passar a recair sobre todas as empresas do setor, e não apenas sobre estes grandes grupos.

O Governo está a atrasar a aprovação desta alteração, que terá de estar fechada até 31 de dezembro para poder ser aplicada aos resultados relativos ao exercício deste ano. A imprensa espanhola relata que os Ministérios das Finanças e da Economia estão a estudar suavizar o imposto para o adaptar ao ciclo económico, evitar a fuga de mais investimentos face à ameaça das empresas e obter o apoio do Partido Nacionalista Basco (PNV) e do catalão Junts, parceiros que suportam o Governo socialista do outro lado da fronteira.

Notícia atualizada às 16h34 com a resposta da Cepsa

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Em cinco anos, seis em cada dez euros serão gastos no digital, estima estudo

Os consumidores preferem uma omnicalidade, procurando as vendas tanto físicas como digitais. O desafio para as marcas e empresas passa por conseguir interligar os diferentes canais.

A representatividade dos gastos em canais digitais pode crescer até 60% nos próximos cinco anos. Apesar de a percentagem dos gastos online face aos gastos offline dos consumidores este ano ter diminuído de 58% para 53%, a expectativa é que no futuro os gastos em canais digitais possam crescer até aos 60% nos próximos cinco anos.

Ou seja, estima-se que num horizonte temporal de cinco anos, seis em cada dez euros sejam gastos em canais digitais. Embora esta expectativa seja transversal a todos os grupos etários, é o segmento acima dos 45 anos o que apresenta um maior crescimento.

As conclusões são da oitava edição do estudo “The Future Shopper Report”, da VML, que inquiriu 31.500 consumidores globais que compram online regularmente (pelo menos uma vez por mês). Para estas estimativas, contribui também o facto de 47% dos consumidores considerar que o online proporciona uma melhor experiência de compra em relação ao offline.

“Este estudo reforça as nossas análises nacionais e internacionais que demonstram uma transferência significativa da procura de produtos e serviços para canais digitais. As decisões das empresas e das marcas para se posicionarem nestes canais devem ser encaradas como um imperativo de transformação superior ao que fizeram no passado para se adaptarem ao retalho físico moderno”, diz Gonçalo dos Santos Rodrigues, diretor de consultoria da VML, citado em comunicado.

Outra tendência crescente é a do uso de dispositivos móveis no que diz respeito ao comércio online. Segundo o estudo, mais de metade (53%) dos consumidores encontra no smartphone o seu dispositivo preferido para fazer compras online, numa percentagem muito superior à do segundo dispositivo mencionado, o computador portátil, que representa apenas 16%.

Além disso, os smartphones contribuem com 36% do total gasto online, numa subida de 4 pontos percentuais, face a 2023. Caso sejam também considerados os tablets, esta percentagem torna-se ainda mais expressiva, crescendo para 44%.

No entanto, é comum entre os inquiridos a ideia de que os smartphones só são indicados para alguns tipos de compra, sendo que 44% consideram que este dispositivo não é adequado para fazer compras sérias ou caras. O dado está relacionado com o facto de dois terços (66%) dos inquiridos considerarem que as marcas deviam fazer mais para cumprir as expectativas e melhorar as experiências em mobile.

A importância de ser omnicanal

No estudo fica também evidente que os consumidores preferem uma omnicalidade, procurando as vendas tanto físicas como digitais. Nos dois anos anteriores, 60% dos consumidores referiram preferir comprar junto de uma marca que tanto dispõe de uma loja física como online, percentagem que cresceu 4 pontos percentuais este ano.

O desafio para as marcas e empresas passa por conseguir interligar os diferentes canais, uma vez que 61% dos consumidores consideram que esta comunicação entre canais de venda — dando-se seguimento à sua jornada de compra e dados — é importante. No ano passado esta percentagem era menor, na ordem dos 56%.

Já os marketplaces líderes em cada região (como Amazon, Mercado Libre ou Alibaba) são onde os consumidores preferem ir procurar inspiração para as suas compras. Na verdade, 35% dos consumidores procuram inspiração para as suas compras em marketplaces –, percentagem que se manteve exatamente igual entre 2023 e 2024 — e 32% fazem lá as suas pesquisas para comparação e escolha de produtos.

No entanto, apesar do domínio dos canais digitais, os canais físicos apresentaram uma recuperação junto dos consumidores. Enquanto no ano passado a foi registada uma subida de 9% entre os consumidores que procuram as lojas físicas para se inspirarem, este ano houve um novo crescimento, de 7%, para uma percentagem total de 31%. Estas subidas podem ser justificadas pela normalização pós-pandemia, segundo o estudo.

Preço é o principal fator de decisão numa compra online

Para os inquiridos, o preço é o principal fator de decisão para comprar um produto online. Precisamente metade dos consumidores diz que escolheria outro vendedor, em detrimento de um marketplace, se este apresentasse um preço mais barato.

Já quando questionados quais os fatores que poderiam encorajar os consumidores a comprar produtos diretamente às marcas, a oferta de um melhor preço (56%), a oferta da entrega (49%), a velocidade e conveniência da entrega (40%) ou as devoluções gratuitas (37%) são os que mais podem influenciar as suas decisões.

No estudo sublinha-se também que 68% dos consumidores acreditam que as marcas e as empresas vendedoras estão a aproveitar-se das crises inflacionistas para inflacionar artificialmente os preços dos produtos.

Entre os agentes que mais afetam a decisão de compra dos consumidores encontram-se os amigos (19%) em primeiro lugar, no panorama geral. No entanto, focando apenas no público abaixo dos 34 anos, os maiores influenciadores na decisão de compra são os influencers. Já para as audiências acima dos 45 anos, a família são o elementos que mais influenciam as compras.

as avaliações e as reviews (37%) são o tipo de conteúdos que mais influenciam os consumidores na sua tomada de decisão de compra online, seguidos da descrição precisa do produto (35%), a marca (28%), a qualidade das imagem (24%) e a existência de conteúdos em formato vídeo (18%).

As redes sociais estão também a crescer enquanto plataformas de e-commerce, sendo que 62% dos inquiridos revelam ter intenção de fazer compras através das redes sociais no futuro.

O relatório deste ano destaca que os consumidores se mostram mais abertos a novas experiências de compras físicas, a posição dominante dos marketplaces na jornada do cliente está a enfraquecer e o impacto de novas tecnologias, como a IA, está a mudar o que se vende, como se vende e a quem, resume a VML, apontando as novas tendências.

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Greve dos oficiais volta a adiar início da instrução da Operação Pretoriano

  • Lusa
  • 25 Outubro 2024

O arranque da instrução da Operação Pretoriano, que tem entre os arguidos Fernando Madureira, ex-líder da claque Super Dragões, foi adiado pela segunda semana consecutiva, devido à greve.

O arranque da instrução da Operação Pretoriano, que tem entre os nove arguidos Fernando Madureira, ex-líder da claque Super Dragões, foi adiado esta sexta-feira pela segunda semana consecutiva, devido à greve dos oficiais de justiça.

O início desta fase facultativa, que visa decidir por um juiz de instrução criminal se o processo segue e em que moldes para julgamento, requerida por alguns arguidos, estava marcado para as 09h30, no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, mas ficou reagendado para segunda-feira, à mesma hora.

A fase instrutória vai arrancar com os interrogatórios de Fernando Madureira, que está em prisão preventiva há nove meses, e de Sandra Madureira, sua mulher e antiga vice-presidente dos Super Dragões, um dos grupos organizados de adeptos afetos ao FC Porto.

Seguem-se as audiências com alguns dos outros arguidos, entre os quais Carlos Nunes, mais conhecido por ‘Jamaica’, José Pedro Pereira e Fernando Saul, ex-funcionário do clube ‘azul e branco’.

Isto complica seriamente o trabalho da nossa defesa, mas os funcionários têm o direito de fazer greve. É legítimo”, admitiu Cristiana Carvalho, advogada de Saul, em declarações aos jornalistas à saída do TIC, revelando que o interrogatório do seu cliente ainda não foi reagendado.

Em causa está a designada Operação Pretoriano, cuja acusação do Ministério Público (MP) denuncia uma eventual tentativa de os Super Dragões “criarem um clima de intimidação e medo” numa Assembleia Geral (AG) do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, na qual houve vários incidentes e agressões, para que fosse aprovada uma revisão estatutária “do interesse da direção” do clube, então liderado por Pinto da Costa.

Fernando Madureira é o único arguido em prisão preventiva, enquanto os restantes oito foram sendo libertados em diferentes fases, incluindo Sandra Madureira, Fernando Saul, Vítor Catão ou Hugo Carneiro, apelidado de ‘Polaco’ e igualmente com ligações à claque.

Em causa estão 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda três de atentado à liberdade de informação.

Hugo Carneiro também está acusado de detenção de arma proibida, sendo que o MP requer penas acessórias de interdição de acesso a recintos desportivos entre um e cinco anos.

O FC Porto e a SAD gestora do futebol profissional ‘azul e branco’ constituíram-se assistentes da Operação Pretoriano, que foi desencadeada em 31 de janeiro, no âmbito da investigação aos desacatos observados na AG extraordinária do clube, tendo resultado na detenção de 12 pessoas.

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PS e Governo travam braço-de-ferro sobre Plano Orçamental de Médio Prazo

Socialistas acusam Governo de "falta de lealdade" e ter metas distintas em Portugal e Bruxelas. Executivo defende que reformas e investimentos vão aumentar o crescimento.

O PS acusou esta sexta-feira o Governo de “falta de lealdade” sobre o Plano Estrutural Orçamental Nacional de Médio Prazo, com a tutela a defender que a execução do seu programa levará a um crescimento económico superior às estimativas. A troca de argumentos ocorreu num debate parlamentar de urgência sobre o tema, convocado pelos socialistas, no qual as questões técnicas sobre o documento que resulta das novas regras orçamentais de Bruxelas estiveram em destaque.

“O Governo em nenhuma circunstância promoveu junto do Parlamento qualquer discussão, fosse em plenário, fosse com os partidos com assento parlamentar”, criticou António Mendonça Mendes, deputado do PS, acrescentando que “a falta de lealdade com o Parlamento é espelhada na falta de lealdade neste programa com os portugueses”.

Para o parlamentar socialista, o documento mostra “o regresso do Governo a uma prática de dissimulação perante o país, comprometendo-se em Bruxelas com metas diferentes das que se compromete em Portugal“. Neste sentido, argumentou que o Executivo se comprometeu para os próximos quatro anos no acordo em sede de Concertação Social com um referencial de aumento médio de remunerações de 4,6% e em Bruxelas de 3,9%.

António Mendonça Mendes criticou ainda as previsões de crescimento económico, considerando que fica aquém da “média anual de 2% que era outrora“, apontando para as diferenças entre as taxas de crescimento previstas no plano de médio prazo e as inscritas no programa eleitoral da Aliança Democrática (AD). Defendeu ainda que “em termos de folga orçamental, gasta; e em tempos de maior aperto não tem capacidade de intervenção”.

“Este plano é toda a expressão de ausência de visão política e económica deste Governo”, disse.

As críticas do PS foram rebatidas pelo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, justificando que a Comissão Europeia determina que as previsões de crescimento económico para 2025 “seja coincidente com o constante no Orçamento do Estado”, mas “no que se refere a 2026, 2027 e 2028 a metodologia é em políticas invariantes, com exceção das medidas fiscais”.

Ou seja, “a partir de 2026 a base do cálculo do PIB real é o Produto Interno Bruto (PIB) potencial“, que “não considera no PIB potencial, e como tal no crescimento do PIB em 2026 e anos seguintes, o impacto de qualquer reforma ou investimento que não esteja ainda executada no momento da apresentação do Plano, ainda que esteja prevista no Plano como uma reforma ou investimento a ser executado até 2028”.

“Neste contexto, as projeções de crescimento do PIB real que o Governo português apresentou às instituições europeias não podiam afastar-se muito do crescimento potencial da economia portuguesa, considerado pela Comissão Europeia, que é fruto destas limitações legais e da própria ferramenta que a Comissão Europeia utiliza para as suas estimativas”, justificou.

No entanto, garantiu que o Governo está convicto que as reformas e os investimentos “vão aumentar o crescimento económico do país nos próximos anos”. “Se o Governo puder executar o seu programa nestes próximos quatro anos, Portugal terá níveis de crescimento económico superiores aos que tivemos nos últimos anos e superiores a esta previsão de políticas inalteradas“, disse.

O Plano de Médio Prazo, remetido pelo Ministério das Finanças a Bruxelas, em 11 de outubro, define qual deve ser a trajetória orçamental que o país deve seguir para reduzir o rácio da dívida pública face ao PIB, uma vez que este ainda se encontra acima do recomendado por Bruxelas. Para isso, o Ministério tutelado por Joaquim Miranda Sarmento compromete-se com um teto médio de crescimento da despesa líquida de 3,6% entre 2025 e 2028.

Crescimento de 1,8% em 2028

No Plano, o Ministério das Finanças prevê que após uma desaceleração do crescimento da economia de 2,5% em 2023 para 1,8% em 2024, a taxa volte a recuperar para 2,1% em 2025 e, num cenário de políticas invariantes, para 2,2% em 2026.

O Executivo espera que em 2025 a atividade económica beneficie do consumo, impulsionado pelas medidas que contribuem para o aumento do rendimento das famílias, assim como do investimento, enquanto em 2026 aponta o impacto desfasado destas medidas e do efeito da redução do IRC.

No entanto, prevê que em 2027 e 2028 o crescimento real do PIB modere para 1,7% e 1,8%, respetivamente, à medida que os estímulos do PRR diminuem.

As projeções no cenário de políticas invariantes fixam-se abaixo das inscritas no programa eleitoral da Aliança Democrática (AD) – 2,7% em 2026, 3% em 2027 e 3,4% em 2028 -, desenhado com o impacto das medidas do Governo para a legislatura.

O Executivo espera que em 2025 a atividade económica beneficie do consumo, impulsionado pelas medidas que contribuem para o aumento do rendimento das famílias, assim como do investimento, enquanto em 2026 aponta o impacto desfasado destas medidas e do efeito da redução do IRC.

(Notícia atualizada às 10h35)

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SC Investments negoceia venda da marina e do golfe de Tróia à Arrow. Operação inclui gestão de hotéis

  • ECO
  • 25 Outubro 2024

A SC Investments, que resultou da reestruturação da Sonae Capital, está negociar com a Arrow a venda de ativos em Tróia que incluem a marina, o golfe, os ferries e a gestão de hotéis.

Desde junho que a SC Investments, que nasceu da reestruturação do portefólio da Sonae Capital, está em negociações com o fundo Arrow Global para a venda de ativos imobiliários e turísticos em Tróia. De acordo com o Jornal Económico, entre eles estão a concessão da Marina de Tróia (com espaço para 180 embarcações); o Tróia Golf; a concessão dos ferries desde Setúbal; e ainda a gestão dos hotéis Aqualuz Tróia Mar e The Editory By The Sea, bem como terrenos que estão divididos em UNOP – Unidades Operativas de Planeamento e Gestão, definidas no Plano de Pormenor de Tróia.

Apesar de ter vendido os hotéis Aqualuz e The Editory By The Sea, do Troia Resort, a um fundo de pensões do Novobanco em 2022, a SC Investments manteve a gestão destes ativos no âmbito de uma operação de sale & lease back, lugar que a Arrow pretende agora assumir. Neste projeto incluem-se ainda os apartamentos turísticos Troia Residence e a concessão do transporte fluvial por ferry desde Setúbal.

No que toca à aquisição da Marina de Tróia, trata-se de uma operação idêntica à concluída pela Arrow em 2021, quando, a par com um grupo de investidores nacionais, comprou a Vilamoura World à Lone Star, ficando responsável pela gestão e concessão da marina. Quanto aos terrenos UNOP, está em causa a continuação de um processo de venda que teve início em 2011.

(Notícia corrigida às 18h44 para esclarecer que a SC Investments resultou da reestruturação da Sonae Capital, que já não faz parte do Grupo Sonae)

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Air France – KLM vai dizer ao Governo que ficará confortável com participação minoritária na TAP

O grupo franco-neerlandês vai transmitir ao Governo que, face ao contexto parlamentar, está disponível para adquirir uma participação inferior a 50% na privatização da companhia aérea.

A Air France – KLM vai reunir ainda este mês com o Governo sobre a privatização da TAP. No encontro, os responsáveis do grupo franco-neerlandês vão transmitir que estão confortáveis com a compra de uma posição minoritária na companhia portuguesa, apurou o ECO junto de fonte conhecedora do processo.

Ainda que a vontade de Luís Montenegro fosse privatizar a totalidade do capital da TAP, a atual geometria parlamentar impede que ela se concretize. Mesmo que o decreto-lei de privatização previsse essa possibilidade, os partidos pediriam a apreciação parlamentar, inviabilizando a alienação da maioria do capital, uma vez que só PSD e IL o defendem. Um contexto a que a Air France – KLM está atenta.

“Tendo em conta que estão a ser equacionados vários cenários para a aprovação, numa fase posterior, da privatização da TAP no Parlamento, a Air France – KLM mantém-se aberta a várias opções e também está confortável com a venda de uma participação minoritária da companhia“, afirma ao ECO a referida fonte.

O grupo usará como argumento a sua própria situação, que “evidencia capacidade para trabalhar em parceria” com os governos. O Estado francês mantém uma participação de 28% no capital da Air France – KLM e o neerlandês de 9,1%. O grupo entrou na SAS em agosto, ficando com uma participação minoritária de 19,9%, com o Estado dinamarquês a manter 25,8%.

A Air France – KLM não é a única a apontar para uma minoria do capital. O Corriere della Sera noticiou no início de setembro que a Lufthansa tinha na mira 19,9% do capital da TAP, percentagem que facilitaria também uma aprovação do negócio pelos reguladores, nomeadamente da União Europeia.

O Governo está a auscultar os principais interessados na privatização da companhia aérea, tendo já reunido com a Lufthansa e IAG, dona da British Airways e Iberia, segundo revelou o ministro das Finanças.

“Nesta fase estamos a ouvir estes três intervenientes. Já ouvimos a IAG e a Lufthansa. Vamos ouvir a Air France – KLM ainda no decorrer deste mês de outubro. E a partir daí desenharemos a nossa proposta de alienação da empresa”, afirmou Joaquim Miranda Sarmento, no programa Negócios da Semana da SIC Notícias. O objetivo é concluir a operação em 2025.

O CEO da Air France – KLM, Benjamin Smith, reiterou na última apresentação de resultados, o interesse em olhar para a venda da TAP. “Os detalhes do que o novo Governo quererá fazer ainda não são públicos. Dependendo do que forem as condições e o preço, estaremos em melhor posição para nos pronunciarmos. De um ponto de vista estratégico é um cenário que pode definitivamente encaixar com um crescimento da nossa rede, se as condições forem as certas”, disse.

Já este mês o grupo franco-neerlandês anunciou a contratação da equipa legal, com quem já está a trabalhar há muitos meses: a americana Skadden, apoiada em Portugal pela J+Legal.

Joaquim Miranda Sarmento anunciou também que o Governo pediu novas avaliações para a TAP. Um processo que está a cargo da Parpública, que entretanto avançou para um novo assessor financeiro, o Bank of America, como avançou o ECO.

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