Não é utopia, nem distopia. Saiba o que é uma thrutopia na Leadership Summit Portugal

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  • 12 Setembro 2024

O termo thrutopia é uma forma de ver para além da desgraça e da tristeza da nossa crise atual e de olhar para a esperança ativa de “ultrapassar” os tempos difíceis que vivemos.

  1. Entre fenómenos climáticos extremos e conflitos armados que assolam o Mundo, o panorama atual não deve ser visto como catastrófico, ou distópico. Simultaneamente, cada vez mais deixa de fazer sentido imaginar um Mundo utópico, em que todos os problemas são resolvidos.

O filósofo Rupert Read criou o termo thrutopia – uma forma de ver para além da desgraça e da tristeza da nossa crise atual e de olhar para a esperança ativa de “ultrapassar” os tempos difíceis que vivemos. É uma forma de ser mais realista, verdadeira.

O ativista ambiental inglês vai estar em Portugal, onde vai chegar de comboio desde Londres, para participar na 8.ª edição da Leadership Summit Portugal, a ter lugar no Casino Estoril, no próximo dia 25 de setembro.

Leaderdership Summit Portugal

Sob o tema “Humanity is Calling – Be Silent, Decide With Truth”, o mote de este ano é a arte e a disrupção. O Programa conta com a presença de oradores internacionais e nacionais de destaque, cujos temas partilhados em palco irão focar-se na capacidade de decisão das lideranças, na necessidade de reflexão e escuta ativa, equilíbrio entre ação e contemplação, ética e verdade.

Programa da Manhã

A abrir a Cimeira, Jim Garrison, ativista social, político e fundador da Universidade Ubiquity e da Fundação Gorbachov, apresenta a talk Listening to the Context. Em entrevista à revista Líder afirmou, com 100% de convicção, que os anos 2024, 2025, 2026 vão ser o «período mais turbulento da história da Humanidade como resultado das alterações climáticas que estamos a viver».

Na música, cada pausa é significativa e é essa mesma importância que é atribuída ao silêncio nas lideranças. O maestro Martim Sousa Tavares sobe ao palco como orador e junta-se também como moderador ao debate Decidir: A Arte de Saber Ouvir

Segue-se Rupert Read que irá mostrar o caminho da Distopia até à Thrutopia. Na sua talk, vai explicar como apesar de os tempos difíceis que já cá estão e os piores que aí vêm, podemos acreditar que, embora as coisas mudem e os desafios sejam difíceis, nem tudo tem de ser negativo. Os primeiros momentos da manhã ficarão completos com uma conversa entre Miguel Coleta, Director Sustainability na Philip Morris International e José Eduardo Martins, Partner da Abreu Advogados.

Na música, cada pausa é significativa e é essa mesma importância que é atribuída ao silêncio nas lideranças. O maestro Martim Sousa Tavares sobe ao palco como orador e junta-se também como moderador ao debate Decidir: A Arte de Saber Ouvir. A conversa conta com a presença de Armindo Monteiro, Presidente da CIP, Luís Rodrigues, Presidente da TAP, Cristina Castanheira Rodrigues, Administradora-Delegada da Capgemini Portugal e Raúl Neto, CEO da Randstad Portugal.

Dacher Keltner, o psicólogo e professor da Universidade de Berkeley, especialista no estudo das emoções e que fez parte da equipa de desenvolvimento do filme Inside Out 2, encerra o programa da manhã com a talk Moral Beauty: How to Meet the Crisis of our Times.

Programa da Tarde

Duas jovens dos Global Shapers, a comunidade mundial de jovens líderes do World Economic Forum, iniciam os trabalhos da tarde com a apresentação de uma talk e a condução de uma entrevista a Andrés Ortolá, Diretor-Geral da Microsoft Portugal.

Segue-se a talk de Margarida Guedes de Quinhones, Diretora Executiva da Pedalar Sem Idade Portugal, sob o tema Pelo Direito ao Vento nos Cabelos. A jornalista Catarina Marques Rodrigues irá depois entrevistar Ana Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde.

A conversa Gatos, Líderes e Filosofia encerra o dia, num momento alto da Cimeira, com a participação do escritor Miguel Esteves Cardoso e Catarina G. Barosa, Diretora de Conteúdos da Líder

Navigating a World of Chaotic Uncertainty é a reflexão que se segue pela voz de Brian Klaas, autor do livro Corruptíveis. O último debate do dia sob o tema Liderança Ética: As Virtudes do Líder, conta com a participação de Alexandre Antunes, CEO do Grupo Egor, Vera Rodrigues, Diretora de Recursos Humanos da MC, numa conversa moderada por Laurinda Alves, Professora de Comunicação, Liderança e Ética.

A conversa Gatos, Líderes e Filosofia encerra o dia, num momento alto da Cimeira, com a participação do escritor Miguel Esteves Cardoso e Catarina G. Barosa, Diretora de Conteúdos da Líder.

Momentos em paralelo

O jornalista João Póvoa Marinheiro será o host do evento, que conta com diversos momentos, fora do palco principal. A manhã começa com um Sunrise Coffee e uma wake-up talk, protagonizada por Nelson Pires, CEO da Jaba Recordati. A abertura artística do evento está prevista para as 9h30 no Salão Preto e Prata. O dia terminará com o já habitual Sunset, com live DJ e Finger Food para todos os participantes.

A Leadership Summit Portugal é uma iniciativa da Tema Central, do Lisbon Hub dos Global Shapers do Fórum Económico Mundial e da Câmara Municipal de Cascais, com a parceria institucional da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, UNRIC-Centro Regional de Informação das Nações Unidas para a Europa Ocidental, UN Global Compact Network Portugal, International Club of Portugal, APG – Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas, World Trade Center Lisboa, AEMinho e The Office.

O evento conta com o apoio da Capgemini, Egor, Fidelidade, MC, Randstad, Tabaqueira, Peugeot, Asus, LS Seguros, Sociedade Ponto Verde, Zome, Nova SBE, Michael Page, Thomas Portugal, ISQ Academy, Magnesio Supremo, Ticket Serviços, Gato Preto, Jaba Recordati, Casino Estoril, DeltaQ, Cartuxa, iServices, Made2Web, Holmes Place, White Way, 3cket, Hospedeiras de Portugal, Cision e Turismo de Portugal.

O evento ficará disponível on demand na Líder TV em lidertv.pt, na posição 165 do MEO e 560 da NOS.

Bilhetes à venda aqui. Mais informações disponíveis no site.

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Executive MBA: esta formação é para si?

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  • 12 Setembro 2024

Dulce Mota e Pedro Fontes Falcão, diretores do Executive MBA do Iscte Executive Education, respondem às dúvidas mais frequentes sobre esta formação.

Investir num Executive MBA pode ser um passo de extrema importância não só a nível profissional, mas também pessoal. No entanto, na altura de escolher podem surgir muitas dúvidas.

Nesta conversa, com Dulce Mota e Pedro Fontes Falcão, diretores do Executive MBA, do Iscte Executive Education, foram abordados vários temas que podem ser úteis para quem procura alargar os seus conhecimentos.

Porque se deve investir num Executive MBA?

Um investimento numa formação, curta ou mais longa, numa boa escola em áreas que contribuam para o crescimento e desenvolvimento profissional é, geralmente, um bom investimento. Em relação a formações de maior duração, coloca-se a questão sobre a área de enfoque do curso que se deve escolher. Nesse contexto, para quem pretende apostar numa carreira de gestão, com uma maior abrangência, versus uma formação mais especializada, um MBA ou um Executive MBA são uma boa escolha.

De entre estes dois programas, um Executive MBA direciona-se para um corpo de alunos com mais experiência profissional, sendo o ensino focado mais para pessoas que vão tomar decisões, e não tanto no trabalho muito técnico e especializado, sem deixar de focar as bases das matérias. Isto permite também umas aulas com maior envolvimento e participação dos participantes, tendo em conta a sua maior experiência profissional.

Qual o perfil habitual de uma turma de um Executive MBA?

Não posso responder por todos, mas, no caso do Iscte Executive Education, a média etária costuma rondar os 40 anos, com participantes entre aproximadamente os 30 e 50 anos, de vários setores de atividade, com diferentes funções e com backgrounds académicos diversos. A diversidade é uma mais-valia para o contexto da aprendizagem. É algo que os nossos alunos valorizam, para além da aprendizagem que acabam por ter através da partilha de experiências tendo em conta os muitos anos de trabalho dos seus colegas, para além da aprendizagem através dos docentes.

ISCTE_executive MBA
A média etária dos participantes costuma rondar os 40 anos

Qual a altura certa para apostar num Executive MBA?

Não há a altura certa na vida das pessoas, pois cada caso é diferente, e porque não sabemos o que vai acontecer no futuro. Temos casos de potenciais candidatos que dizem que estão interessados em fazer o nosso Executive MBA, mas que preferem esperar mais algum tempo. Embora isso faça sentido para candidatos mais jovens, com menos de 5 anos de experiência, para muitos outros, aguardar pelo momento ideal pode ser um erro. Isto porque a vida muda, por vezes rapidamente, e o momento ideal de disponibilidade de tempo e mental pode nunca surgir. Aliás, temos tido participantes que engravidaram durante o curso, o que é sinal de que a vida vai evoluindo a vários níveis, e o momento certo de enorme disponibilidade pode nunca surgir.

Qual o impacto na carreira de cada participante de um Executive MBA?

Falando no nosso caso, o impacto do Executive MBA na carreira dos nossos participantes é algo diversificado por um lado há vários participantes que têm sido promovidos dentro da sua empresa. Outros têm tido mudanças de emprego dentro do setor de atividade onde estavam ou mesmo para setores de atividade diferentes. Há alguns que são empresários, tendo a sua própria empresa ou uma empresa da família, e têm conseguido fazer crescer mais as suas empresas e ganhar também mais responsabilidades dentro delas. Ainda há uns casos de participantes que saem da sua empresa e vão criar uma start-up, por vezes até junto com outros colegas do Executive MBA.

O impacto obviamente depende do que também cada participante quer fazer, e de como vai utilizar tudo aquilo que aprendeu no Executive MBA, incluindo também a rede de contactos que obteve e a confiança em si próprio para conseguir ir mais longe.

O Executive MBA do Iscte é diferenciador em quê?

Há vários aspetos que podemos destacar no nosso curso, que já tem mais de 20 anos de história:

  • O nosso Executive MBA está na lista do Financial Times dos 100 melhores do mundo, para além de outros reconhecimentos e acreditações. Aliás, foi o primeiro Executive MBA a receber em Portugal a acreditação AMBA e logo ao fim do seu terceiro ano de existência;
  • Faz uma aposta decisiva no desenvolvimento de soft-skills, nomeadamente através de um programa de liderança na Escola de Liderança dos Fuzileiros da Marinha e de um programa individualizado de acompanhamento e desenvolvimentos individual que decorre ao longo do curso;
  • Proporciona uma experiência internacional na London Business School, que inclui também visitas a empresas;
  • Também proporciona uma visita a Espanha, focando-se na temática do empreendedorismo e crescimento de novos negócios. Neste ano vamos à “La Fabrica” de Sevilha, centro de apoio ao empreendedorismo;
  • Tem um corpo docente que junta a qualidade académica a uma significativa experiência empresarial, permitindo um ensino mais prático;
  • Inclui um conjunto de seminários e workshops que decorrem ao longo do programa que contam com a presença de prestigiados gestores, reforçando a ligação do programa à realidade empresarial e a experiência de partilha de carreiras de sucesso;
  • Após 20 anos, já dispõe de uma rede de alumni com presença relevante nas primeiras linhas de empresas de referência em Portugal e no estrangeiro;
  • Uma constante atualização da estrutura curricular de modo a responder à emergência de novos temas que é essencial dominar na gestão empresarial, e a criação de experiências que marcam os participantes;
  • Um processo de seleção rigoroso e exigente de modo a se assegurar, em cada ano, uma turma com índices de qualificação profissional que potencie a experiência de aprendizagem e o networking, durante e após o Executive MBA;
  • Acesso a instalações modernas, com ótimas condições em termos de sala de aula, espaços de networking e de estudo, que valorizam a experiência de se estudar no Iscte Executive Education.
ISCTE_MBA
O Executive MBA do Iscte está na lista do Financial Times dos 100 melhores do mundo

Falou anteriormente nos docentes do Executive MBA do Iscte Executive Education. Quais são as suas principais características?

O nosso corpo docente tem 2 características, na generalidade dos casos, como atrás se referiu brevemente. Para além de ter obviamente muito boas capacidades pedagógicas, têm também experiências profissionais de vários anos, seja em cargos executivos que têm exercido ou que já exerceram, seja em trabalhos de consultoria que fazem. São pessoas disponíveis para ajudar os seus alunos e que procuram dar sempre o seu melhor em sala de aula para conseguir que os participantes obtenham o máximo possível daquilo que o docente lhes tem para dar.

Vários procuram também trazer convidados de topo para partilharem as suas experiências, ou apresentarem desafios aos participantes, trazendo também a realidade em tempo real para a sala de aula.

Então, vale a pena frequentar o vosso Executive MBA?

Terminado por onde começámos, a formação em boas escolas de gestão são sempe uma mais-valia. A escolha dos cursos depende das necessidades e momento profissional de cada um.

Pelo que falámos anteriormente, estamos convictos de que o Executive MBA do Iscte Executive Education proporciona aos seus participantes, em termos de conhecimentos, competências e sobretudo de uma capacidade de permanente reflexão e aprendizagem, uma forte contribuição para lidar com um ambiente empresarial que evolui a grande velocidade, tornando-se um acelerador para carreiras profissionais de sucesso.

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Fisco vai usar inteligência artificial para inspecionar contribuintes

Ministério das Finanças vai dotar a Autoridade Tributária de ferramentas de Inteligência Artificial para ajudar a selecionar "os contribuintes e as situações objeto de inspeção".

O Governo vai reforçar a Autoridade Tributária (AT) com ferramentas de Inteligência Artificial (IA) para ajudar a selecionar “os contribuintes e as situações objeto de inspeção”, revelou esta quarta-feira a secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte, durante uma audição da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP), no Parlamento.

“Se existe alguma intenção, algum projeto de acomodação de Inteligência Artificial? Necessariamente”, respondeu aos deputados. “As ferramentas de IA podem e, na minha opinião pessoal, vão ser muito importantes na administração tributária porque vão permitir uma melhor construção das matrizes de risco e dos critérios de risco para depois selecionar os contribuintes e as situações objeto de inspeção”, defendeu.

Cláudia Reis Duarte indicou que já “existe algum trabalho nessa matéria”. “A intenção é ter, dentro da administração tributária, instrumentos de Inteligência Artificial na construção das matrizes de risco”, salientou. Isto significa que as amostras que o Fisco vai selecionar para fazer auditorias vão deixar de ser aleatórias para serem determinadas por IA.

A aplicação de IA pode ocorrer em eixos como a inspeção tributária, designadamente para ajudar a detetar “inconsistências no reporte contributivo com base em análise massiva de dados internos e externos (por exemplo, usando dados de transações financeiras) e identificação de padrões de comportamentos propensos à evasão fiscal”, segundo Ricardo Xavier Correia, sócio da consultora EY e especializado na transformação digital da função financeira e fiscal.

Nos reembolsos, nomeadamente de IRS, a Inteligência Artificial também pode acelerar os procedimentos e torná-los mais fiáveis, ao permitir “uma avaliação massiva de dados (histórica e de outras fontes de dados externa) com velocidade de processamento superior ao humano”, indica o especialista.

Por outro lado, a Inteligência Artificial também reforçará o “apoio ao contribuinte no cumprimento das suas obrigações fiscais”, o que permitirá “reduzir pressão sobre os recursos humanos, principalmente em momentos ou datas chave”, acrescenta Ricardo Xavier Correia.

Preocupação com “envelhecimento” dos trabalhadores da AT

A utilização deste tipo instrumentos poderá, assim, libertar os funcionários da Autoridade Tributária, cujo envelhecimento já é visto com “muita preocupação” pela secretária de Estado dos Assuntos Fiscais.

“Não se ignora [que] o aumento da idade média dos funcionários da administração tributária representa um desafio nos próximos anos nesta matéria”, constatou Cláudia Reis Duarte, esta quarta-feira, na mesma audição da COFAP, no Parlamento. Reconhecendo que “no final da legislatura anterior foi iniciada uma trajetória de recrutamento plurianual para a AT”, a governante considera que se deve continuar a aprofundar esse caminho.

Nesse sentido, indicou que nos últimos dias foram integrados 400 novos funcionários. Além disso, indicou ainda, “houve um concurso, cujo prazo para apresentação de candidaturas terminou no passado mês de julho para mais 390 funcionários. Cláudia Reis Duarte salientou que esse procedimento concursal teve “muita adesão”. “Apresentaram-se 16 mil candidaturas para 390 lugares”, salientou.

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Médico que recusou presidência do INEM critica falta de “plano b”

  • Lusa
  • 11 Setembro 2024

Vítor Almeida saiu ao fim de uma semana após ter sido indicado pelo Governo, no início de julho, para liderar o Instituto Nacional de Emergência Médica.

O médico que recusou liderar o INEM esclareceu esta quarta-feira que nunca tomou posse como presidente do organismo, garantindo que não divulgou para a comunicação social a carta dirigida à ministra da Saúde e tornada pública.

Na comissão parlamentar da Saúde, onde foi ouvido, Vítor Almeida, que saiu ao fim de uma semana após ter sido indicado pelo Governo no início de julho para liderar o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), explicou aos deputados que a carta que enviou para o Ministério da Saúde saiu para a comunicação social 10 dias depois de ter sido nomeado para o cargo.

“Não foi por minha via [divulgação da carta], que fique muito bem claro”, precisou o clínico do quadro do Hospital de Viseu, afirmando que não é presidente demissionário do INEM, porque “nunca tomou posse”. Na carta que enviou ao Ministério da Saúde e divulgada na altura na comunicação social, Vítor Almeida afirmou que Portugal não tinha um plano B para a emergência médica, tendo sido essa a razão que o levou a não querer presidir ao organismo.

Vitor Almeida avisou também que o país ficava sem socorro aéreo se o Tribunal de Contas chumbasse os ajustes diretos para os helicópteros, querendo por isso um compromisso por parte do Governo mas tal foi recusado. “Houve condições que coloquei logo no início, mas eram condições que se podiam resolver, nomeadamente o vogal. Se tem dois vogais. Temos de ter o terceiro vogal, que é fundamental”, disse o médico aos deputados, considerando que o INEM “precisa de força financeira”.

A pedido da Iniciativa Liberal (IL) e do Chega, o especialista em emergência falava no parlamento sobre “o atual contexto” do INEM e “a necessidade de assegurar a estabilidade e a confiança na gestão” no organismo. Aos deputados, Vítor Almeida disse que se manifestou “um bocado preocupado” com a situação dos ajustes diretos para a aquisição de helicópteros.

“A ministra foi sempre correta no trato e eu também fui correto com ela. E, portanto, sei também e estou convicto que não foi ela [que divulgou a carta]”, realçou, manifestando-se convicto que não foi a ministra que divulgou a missiva que explica a sua desistência do cargo.

Vítor Almeida tinha sido nomeado no dia 4 de julho para a presidência do INEM, depois da demissão de Luís Meira na sequência da polémica com o concurso dos helicópteros de emergência médica. Perante isso, foi nomeado o militar Sérgio Dias Janeiro, que dirigia o serviço de medicina interna do Hospital das Forças Armadas.

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Autarcas do Douro defendem taxa turística para ajudar viticultores em crise

  • Lusa
  • 11 Setembro 2024

Os autarcas da Comunidade Intermunicipal do Douro defendem a criação de uma taxa de sustentabilidade territorial a aplicar em hotéis, barcos ou comboios turísticos entre março e outubro.

Os autarcas da Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM Douro) defenderam esta quarta-feira, no Parlamento, a criação de uma taxa de sustentabilidade territorial a aplicar em hotéis, barcos ou comboios turísticos entre março e outubro. O desafio foi deixado aos deputados da Comissão de Agricultura e Pescas pelo presidente da Câmara do Peso da Régua, distrito de Vila Real.

“Queremos lançar-vos o desafio para que possam pensar numa taxa de sustentabilidade territorial. Taxa essa que tem que ser cobrada a todos que usufruem do Património da Humanidade e uma taxa que possa servir para ajudar os viticultores e para valorizar as suas propriedades e aumentar o rendimento”, afirmou José Manuel Gonçalves (PSD).

Na opinião dos autarcas da CIM Douro, que agrega 19 municípios, esta taxa seria sazonal, entre 1 de março e 31 de outubro, e seria aplicada aos clientes das unidades hoteleiras, nos comboios históricos e turístico, nos barcos turísticos, nas empresas de animação turísticas e na restauração. “Era uma forma de darmos um sinal aos nossos viticultores que estamos preocupados”, frisou.

José Manuel Gonçalves indicou ainda o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) como a entidade reguladora que podia arrecadar essa receita e ajudar a valorizar o território. “A região que tem a sua base económica na agricultura, na vinha e no vinho, vê o turismo como uma grande oportunidade também. Os grandes investimentos que aparecem no Douro são uma oportunidade para diversificar a nossa atividade comercial, mas ela vai estar sempre assente na vinha e no vinho”, afirmou.

Uma delegação de quatro autarcas durienses foi ouvida na Comissão de Agricultura sobre a crise instalada no setor vitícola e a Casa do Douro, reinstituída como associação pública de inscrição obrigatória e as eleições marcadas para 19 de dezembro. No Douro, invocando quebras nas vendas e stocks cheios, operadores não estão a comprar uvas ou estão a comprar em menos quantidade.

Os agricultores alegam também que têm vindo a receber cada vez menos pelas suas uvas, enquanto os custos de produção são cada vez maiores. “A região não produz vinho suficiente para aquilo que é a sua única dinâmica económica. E essa mesma região que não produz vinho suficiente é a mesma que chega às vindimas e tem um excedente de stocks de vinhos e há produtores sem terem a quem entregar as uvas”, referiu José Manuel Gonçalves.

O autarca apontou como uma das causas para esta situação as importações de vinhos de fora da região e defendeu que os excedentes do Douro deviam ser usados na produção de aguardente a incorporar no vinho do Porto. O presidente da CIM Douro, Luís Machado, realçou a necessidade de uma maior fiscalização nesta vindima, mas apontou a falta de recursos por parte do IVDP e lembrou as cativações das taxas pagas pelos viticultores, defendendo que esta receita deve ficar na região e ser aplicada na promoção do território e do seu vinho.

Quanto à Casa do Douro, o também presidente da Câmara de Santa Marta de Penaguião (PS), frisou que “os 19 autarcas do Douro se sentem confortáveis com os atuais diplomas”, aprovados em janeiro, considerando que eles representam “a vontade da maioria esmagadora dos 19 viticultores que se espalham pela região”.

“É a oportunidade de nós conseguirmos equilibrar o conselho interprofissional do IVDP”, defendeu, lembrando que o conselho junta as duas profissões: comércio e produção. O autarca da Régua frisou também que a Casa do Douro é “uma vontade dos durienses”.

“Há gente que invoca que esta organização vem do Estado Novo, o que é para mim uma novidade porque foi nos governos do professor Cavaco Silva que a inscrição obrigatória aconteceu e eu não sabia que nessa altura estávamos no Estado Novo”, referiu. O parlamento aprovou em janeiro a restauração da Casa do Douro como associação pública de inscrição obrigatória.

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EUA e Reino Unido anunciam mais de 1,3 mil milhões de euros de apoio a Kiev

  • Lusa
  • 11 Setembro 2024

O apoio de Washington está avaliado em mais de 700 milhões de dólares (635 milhões de euros) em ajuda humanitária, dos quais cerca de metade serão destinados ao reforço da rede energética ucraniana.

Os Estados Unidos e o Reino Unido vão transferir pacotes de ajuda para Kiev que, somados, atingem acima de 1,3 mil milhões de euros, anunciaram esta quarta-feira na capital ucraniana os chefes das diplomacias dos dois países.

O apoio de Washington está avaliado em mais de 700 milhões de dólares (635 milhões de euros) em ajuda humanitária, dos quais cerca de metade serão destinados ao reforço da rede energética ucraniana, que a Rússia tem visado persistentemente, segundo o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que realiza uma visita conjunta a Kiev com o homólogo britânico, David Lammy.

Em conferência de imprensa, Blinken detalhou que, do total do novo apoio, 325 milhões de dólares (296 milhões de euros) serão atribuídos ao setor energético, 290 milhões de dólares (263 milhões de euros) ao fornecimento de água potável e 102 milhões de dólares (92 milhões de euros) a trabalhos de desminagem.

“Continuamos totalmente empenhados na vitória da Ucrânia, não só para garantir que a Ucrânia se possa defender hoje, mas que se possa defender fortemente, militar, económica e democraticamente, durante muitos, muitos dias pela frente”, sublinhou o chefe da diplomacia de Washington.

Blinken recordou que, além dos Estados Unidos e do Reino Unido, país que anunciou uma nova ajuda de mais de 600 milhões de libras (710 milhões de euros) à Ucrânia, cinquenta países disponibilizaram mais de 100 mil milhões de dólares (89 mil milhões de euros) em ajuda à Ucrânia desde fevereiro de 2022. Na mesma conferência de imprensa, o britânico David Lammy anunciou também que o Reino Unido vai entregar centenas de mísseis antiaéreos adicionais à Ucrânia em 2024 para se defender dos ataques russos.

“Enviaremos centenas de mísseis de defesa aérea adicionais, dezenas de milhares de munições de artilharia adicionais e mais veículos blindados para a Ucrânia até ao final do ano”, disse Lammy, que anteriormente tinha deixado a garantia de que Londres está a reservar três mil milhões de libras (3,5 mil milhões de euros) por ano para ajudar Kiev. Durante a visita conjunta, os dois líderes reafirmaram o compromisso de ajuda a Kiev para enfrentar a invasão russa, mas também ouviram das autoridades ucranianos fortes apelos para que o Ocidente autorize o uso de armas de longo alcance em território russo.

Na conferência de imprensa com Blinken e Lammy, o novo ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andrii Sybiga, afirmou que “é importante levantar quaisquer restrições ao uso de armas americanas e britânicas contra alvos militares legítimos na Rússia”. A reste respeito, o governante norte-americano indicou que levaria este assunto ao Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, quando regressar a Washington.

“Ajustámos e adaptámos à medida que as necessidades mudaram, à medida que o campo de batalha mudou. E não tenho dúvidas de que continuaremos a fazê-lo à medida que isso evolui”, afirmou Blinken. Na sexta-feira, Biden tem um encontro previsto com primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, na Casa Branca.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991 – após a desagregação da antiga União Soviética – e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se. Nas últimas semanas, as tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguiram o seu avanço na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.

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Prémios relacionados com sustentabilidade devem duplicar de valor até 2030

  • ECO Seguros
  • 11 Setembro 2024

Seguradoras devem considerar o tamanho do segmento e o crescimento projetado, a rentabilidade, a intensidade competitiva, a oferta e a procura previstas e as capacidades necessárias para ter sucesso.

A Bain & Company estima que as novas soluções de seguro para riscos relacionados com a sustentabilidade oferecem grandes perspetivas de crescimento, uma vez que espera que se vão expandir substancialmente no mercado até 2030.

Segundo o Snap Chart, as receitas premium com os seguros para energias renováveis, biodiversidade, neutralidade carbónica, novas infraestruturas, mobilidade e serviços de consultoria podem mais que duplicar dos 24 a 25 mil milhões de euros registados em 2022 para 60 mil milhões de euros até 2030.

Com a maior fatia de mercado dentro das soluções sobre a biodiversidade, compensação de carbono, armazém para baterias de mobilidade e consultoria está o financiamento que se espera que passe de uma dimensão de mercado de 11 mil milhões em 2022 para 20 mil milhões em 2030. Seguindo-lhe os de responsabilidade civil relacionados com a poluição, diretores, dirigentes e compensação de carbono que deverá passar de 3 mil milhões para 11 mil milhões. Este último deverá ultrapassar os prémios sobre as energias renováveis que prevê-se que subam de 5 mil milhões para 10 mil milhões.

Independentemente do modelo operacional escolhido “as seguradoras devem considerar o tamanho do segmento e o crescimento projetado, a rentabilidade, a intensidade competitiva, a oferta e a procura previstas e as capacidades necessárias para ter sucesso”, assinalaram autores do estudo.

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Curso inovação e transformação em seguros da Católica já tem programa final

  • ECO Seguros
  • 11 Setembro 2024

As lições vão ser dadas por profissionais do setor e professores da Universidade Católica. Presidente da APS vai marcar presença no primeiro seminário do curso que começa a 5 de novembro.

O curso inovação e transformação em seguros da Universidade Católica já tem programa final. Já se sabe que representantes dos parceiros vão marcar presença na iniciativa, a começar pelo presidente de Associação Portuguesa de Seguradoras (APS), José Galamba de Oliveira, que discursará no primeiro dos quatro seminários do curso onde vai falar sobre “Insurance Protection Gap e Literacia Financeira” e o terceiro seminário conta com um representante da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

Além do apoio da ASF e da APS, a formação tem como parceiro de transformação digital a NTT Data que faz-se representar por quatro profissionais que vão lecionar temas desde a blockchain aos impactos da transformação digital na gestão de clientes.

A equipa docente conta ainda com Miguel Godinho de Matos, professor catedrático da Universidade Católica, Nuno Oliveira Matos, Partner da Carrilho & Associados, que abordará o tema do regime regulatório e outros impactos na transformação digital em Seguros, Emmanuel Djengue, Consultor e Especialista Internacional em Seguros, que será responsável por ajudar os formandos, em grupo de trabalho, a desenvolver propostas de seguro inovadoras, entre outros profissionais.

Os temas do curso estão separados em três módulos para que os alunos começarem por revisitar os fundamentos do setor segurador e dos conceitos de inovação e transformação digital. Para, de seguida, perceberem como a inovação e tecnologia está a contribuir para a transformação digital dos seguros e também perceberem os grandes desafios estratégicos do setor. Finalmente vão desenvolver uma proposta de produto ou serviço inovador utilizando metodologias de Design Sprint.

Paulo Bracons, economista e consultor de seguros e fundos de pensões é diretor deste curso que começa a 5 de novembro, que será presencial e terá 50 horas mais 4 seminários temáticos com um custo de 2.950 euros.

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TVDE defende criação de selo holográfico e exames no IMT

  • Lusa
  • 11 Setembro 2024

A Associação Nacional Movimento TVDE propõe ainda a criação de uma tutela para “regular o setor de verdade” e para equilibrar a relação de poder entre os operadores e as plataformas.

A criação de uma tutela, de um selo holográfico e a realização de exames de condução no IMT foram algumas das medidas defendidas esta quarta-feira no parlamento pela Associação Nacional Movimento TVDE (ANM-TVDE) para regular o setor. A ANM-TVDE foi ouvida esta tarde pela Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação da Assembleia da República, no sentido de dar conta das suas preocupações e propostas para regular o setor das plataformas eletrónicas de transporte de passageiro.

Na sua intervenção inicial, o presidente da ANM-TVDE, Vítor Soares, começou por se queixar da situação laboral dos motoristas (operadores), uma vez que “estão muito dependentes” das determinações das plataformas. “Sem acordo prévio, decidem alterar o valor das viagens, de forma a entrar em concorrência desleal com outras plataformas, apenas com benefícios para eles próprios. Nós, operadores, é que temos os custos”, criticou, defendendo a necessidade de tornar mais transparentes os algoritmos utilizados para determinar os preços menos “arbitrários”.

Nesse sentido, Vítor Soares propõe a criação de uma tutela para “regular o setor de verdade” e para equilibrar a relação de poder entre os operadores e as plataformas. O presidente da ANM-TVDE queixou-se ainda da existência de muitos motoristas que estão a ser penalizados e bloqueados pelas plataformas, em alguns dos casos por “queixas de clientes não fundamentadas”.

Outra medida defendida pela associação para regular o setor e melhorar o serviço é que os exames para a certificação dos motoristas de TVDE passem a ser feitos nos centros do Instituto de Mobilidade e Transporte (IMT). Atualmente, as formações são administradas por escolas de condução certificadas pelo IMT.

A criação de um selo holográfico é outra das medidas propostas pela ANM-TVDE, de forma a evitar fraudes e aproveitamentos “por pessoas não certificadas”. Neste selo holográfico constaria a matrícula do veículo e o número do operador. “Nós, neste momento, não temos noção do número de veículos, nem de operadores que operam nos TVDE. Com estas medidas saberíamos quantas viaturas existem e teríamos 80% do setor regulado”, assegurou Vitor Soares.

Por seu turno, todos os grupos parlamentares que intervieram na discussão manifestaram o seu acolhimento às preocupações e as medidas apresentadas pela Associação Nacional Movimento TVDE. “Neste momento há um descontrolo total. O país precisa de tomar medidas neste setor”, afirmou o deputado socialista José Carlos Barbosa.

Já o deputado social-democrata Gonçalo Laje apontou para questões de segurança que comprometem o serviço prestado pelos TVDE e lamentou o facto de existirem motoristas que “não sabem falar português, nem conduzir”. No mesmo sentido, Carlos Barbosa, do Chega, apontou para uma “entrada indiscriminada de imigrantes”, através da atividade, e para um “descontrolo de emissões e vendas de licenças”.

Por seu lado, o bloquista José Soeiro afirmou que “os operadores estão a ser esmagados pelas plataformas” e pediu um reforço da fiscalização, defendendo o estabelecimento de uma comissão máxima (paga pelos motoristas às plataformas) de 15%. Esta posição foi corroborada pelo deputado do Livre Jorge Pinto, que defendeu o reforço da fiscalização por parte da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), sublinhando que “a transparência é essencial”.

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Prémios da atividade seguradora em Angola cresceram 21,4% em 2023

  • Lusa
  • 11 Setembro 2024

O aumento dos prémios ficou abaixo das indeminizações pagas pelas seguradoras - registou um aumento de 59% face a 2022 do valor pago por sinistros.

A produção de seguros em Angola cresceu 21,4% em 2023 em relação ao período homólogo, atingindo prémios brutos de 379,7 mil milhões de kwanzas (369 milhões de euros), com os acidentes e doenças a liderarem o setor, foi anunciado esta quarta-feira.

O Relatório de Mercado dos Seguros, Fundo de Pensões e Mediação 2023 apresentando esta quarta-feira, em Luanda, refere que a atividade seguradora atingiu prémios globais de 379,7 mil milhões de kwanzas (369 milhões de euros), a maioria do ramo acidentes e doenças com 155,4 mil milhões de kwanzas (151,3 milhões de euros).

A seguir aos acidentes e doenças, neste período seguiram-se os ramos petroquímica, vida, incêndios e danos e automóvel.

As 23 seguradoras (22 privadas e uma pública) que operam no mercado angolano pagaram indemnizações/sinistros no valor de 161,9 mil milhões de kwanzas (157 milhões de euros), um aumento de 59% em relação a 2022.

O relatório anual da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG) sinaliza que os ativos das seguradoras a 31 de dezembro de 2023 cresceram 47% em relação ao período anterior, atingindo 750,9 mil milhões de kwanzas.

O passivo das seguradoras também aumentou sendo o valor global de 576,6 mil milhões de kwanzas, mais 61% face ao ano anterior, sobretudo devido ao aumento das provisões técnicas, que cresceram 69,4%, e os capitais próprios aumentaram 12%, refere-se no documento da ARSEG.

A estrutura da carteira de investimentos das seguradoras estava distribuída neste período em depósitos (35%), títulos de rendimento fixo (27%), títulos de renda variável (19%) e imóveis (19%).

Também o mercado angolano de fundo de pensões, que compreende 38 fundos, cresceu em 2023, atingindo 1,1 biliões de kwanzas (969 milhões de euros), mais 28% em relação ao período anterior, sendo a Empresa Nacional de Seguros de Angola a entidade gestora com maior peso, gerindo 41% do montante.

No segmento da mediação foram atingidos prémios de 144,5 mil milhões de kwanzas (141 milhões de euros).

O diretor do Gabinete de Estudo e Planeamento Estatístico da ARSEG, César Marcelino, disse, no final da apresentação do relatório, que os números de 2023 “são bastantes animadores”, dando nota, no entanto, que a taxa de penetração de seguros na economia angolana situou-se a 0,60% do Produto Interno Bruto.

“No entanto, existem aqui desafios que o regulador persegue e que acredita que podem ser corrigidos nos próximos anos, nomeadamente com o aumento da literacia financeira, hoje precisamos cada mais e melhor educar os angolanos em relação à importância económica e social dos seguros”, respondeu à Lusa.

A ARSEG estima para 2024 um novo crescimento do setor segurador contando já com uma taxa de prémios no valor de 222 mil milhões de kwanzas (214 milhões de euros) até junho, referiu o responsável.

As 23 seguradoras (22 privadas e uma pública) que operam no mercado angolano pagaram indemnizações/sinistros no valor de 161,9 mil milhões de kwanzas (157 milhões de euros), um aumento de 59% em relação a 2022.

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Governo aprova diploma sobre prevenção do branqueamento e financiamento do terrorismo

  • Lusa
  • 11 Setembro 2024

O diploma executa um regulamento europeu sobre o controlo do dinheiro que entra ou sai da União Europeia, através de Portugal.

O Governo aprovou esta quarta-feira um diploma sobre o controlo do dinheiro que entra ou sai da União Europeia, através de Portugal, no âmbito da prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo.

O executivo de Luís Montenegro deu luz verde “um decreto-lei que executa um regulamento europeu relativo ao controlo dos montantes de dinheiro líquido, acompanhados ou não acompanhados, que entram ou saem da União Europeia através do território nacional”, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.

Este diploma está inserido no quadro comunitário de prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo.

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Ranking Resseguradoras: Swiss Re mantém liderança mundial

  • ECO Seguros
  • 11 Setembro 2024

A Berkshire Hathaway, de Warren Buffet entrou para o top 3 do ranking das resseguradoras mundiais que continua com a Swiss Re e a Munich Re a liderar.

A SwissRe manteve a liderança entre as resseguradoras mundiais com um volume de negócios, em 2023, de cerca de 36,7 mil milhões de prémios emitidos, revelou o ranking mundial de resseguradoras compilado pela agência de rating A.M.Best.

A A.M. Best começou a dividir este ano as companhias que apresentaram contas segundo as que já seguiram as normas IFRS 17 e as que não o fizeram, até por a isso não serem obrigadas dado tratar-se de imposição para empresas com sede na União Europeia.

Apesar disso algumas resseguradoras fora do espaço UE também optaram por apresentar contas segundo as normas IFRS 17. Neste caso o volume de negócios começou a designar-se receitas de resseguro enquanto em Não IFRS a medida écontinua a ser Prémios Brutos emitidos.

Juntando as empresas segundo as duas metodologias utilizadas, teoricamente as diferenças não são substanciais, as cinco habituais Swiss Re, Munich Re, Hannover Re, Lloyd’s e Scor passaram a contar no 3º lugar do ranking com a Berkshire Hathaway.

Predominam as companhias com sede na Bermuda, um destino fiscalmente atraente para a indústria seguradora em geral, que serve de base para os braços resseguradores de grandes grupos e também existem no ranking alguns “campeões nacionais” com muito relevo como a indiana General Insurance, a Mapfre em Espanha ou a brasileira IRB.

Também os rácios combinados foram evidenciados. É um indicador que demonstra a rentabilidade técnica, acima de 100% significa prejuízo operacional, abaixo de 100% indica saúde, as receitas superam custos com sinistros e despesas de funcionamento.

Neste indicador, muito relevador da exposição a catástrofes naturais, no lado dos prejuízos notam-se a General Corporation of India, a Generali – prejuízo técnico só em resseguro -, a AXIS, a Ascot e a Core Specialty.

No lado positivo, destaque para a Hiscox, para a Sompo e para Convex.

Veja o ranking das 50 maiores, ordenadas por sub-rankings entre as que apresentaram contas em IFRS 17 e as que não o fizeram.

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