Trabalhadores do setor vidreiro da Marinha Grande conseguem aumento de 70 euros

  • Lusa
  • 11 Junho 2025

As empresas da Marinha Grande “já tinham aplicado valores mais baixos, que os trabalhadores nunca aceitaram, por isso é que foram para a greve, e agora vão ter de aplicar o resto".

Trabalhadores da Santos Barosa e da Gallo Vidro, na Marinha Grande, vão ter um aumento salarial de 70 euros, retroativo a janeiro, após várias greves, anunciou esta quarta-feira a Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (FEVICCOM).

Em declarações à agência Lusa, a coordenadora da FEVICCOM, Fátima Messias, explicou que as empresas “já tinham aplicado valores mais baixos, que os trabalhadores nunca aceitaram, por isso é que foram para a greve, e agora vão ter de aplicar o resto”, no âmbito do acordo de revisão salarial e pecuniária para 2025/2026/2027 conquistado.

Segundo a responsável, ao aumento salarial de 70 euros (mais 10 euros) acrescem “melhorias no subsídio de turno, que também contam e bastante”, no subsídio de alimentação e complementos de Natal e de Ano Novo. “Para quem trabalha por turnos, em termos médios mensais, sem contar com o Natal e o Ano Novo, são valores brutos próximos dos 100 euros”, sublinhou.

Ficaram também já definidos os referenciais para 2026 e 2027, sobre as tabelas deste ano. “Os aumentos serão, no mínimo, de 70 euros para 2026 e para 2027. A negociação foi com base na inflação, acrescida de 0,5%. Se a aplicação dessa percentagem não chegar aos 70 euros, aplicam-se os 70 euros como mínimo”, referiu.

O subsídio de alimentação será de 9,20 euros este ano, de 10,20 euros no próximo e, em 2027, o valor máximo de isenção pago em cartão até ao limite de 11 euros. Fátima Messias explicou que o acordo agora alcançado aplica-se, para já, apenas “à Santos Barosa e à Gallo Vidro, que têm acordo de empresa próprio”, mas o objetivo é que o mesmo aconteça relativamente à Vidrala Logistics.

Ainda não é de aplicação direta para essa terceira, porque ainda não tem acordo de empresa, mas vamos tentar igualizar dentro do grupo Vidrala”, acrescentou. Na sua opinião, ficou provado que vale a pena lutar: “se não fosse a persistência dos trabalhadores, não se tinha chegado a este resultado”.

“A empresa foi dizendo sempre que não, até agora, porque estava preparado um novo pré-aviso de greve para junho e outro para julho e a empresa soube disso”, contou a responsável, acrescentando que “havia um descontentamento muito grande” da parte dos trabalhadores.

A primeira fase de greves começou no final de março, em três empresas do Grupo Vidrala (Santos Barosa, Gallo Vidro e Vidrala Logistics), na Marinha Grande, distrito de Leiria. A segunda fase de paralisações ocorreu entre 11 e 15 de abril, na Santos Barosa e Gallo Vidro (Grupo Vidrala), face à “inflexibilidade e indisponibilidade negocial da administração do grupo”. Estas unidades têm cerca de 900 trabalhadores.

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Sócrates e Santos Silva vão a julgamento por três crimes de branqueamento de capitais

Sócrates e Santos Silva vão a julgamento por três crimes de branqueamento de capitais, no processo separado da Operação Marquês. Juíza defendeu que os factos sejam julgados em conjunto o principal.

José Sócrates e Santos Silva vão a julgamento por três crimes de branqueamento de capitais. O Tribunal Central de Instrução Criminal decidiu, esta quarta-feira, que o ex-primeiro ministro vai a julgamento no processo secundário da Operação Marquês. Tal como o empresário Carlos Santos Silva. Juíza defendeu que os factos sejam julgados em conjunto com o processo principal da Operação Marquês.

Para o tribunal, “há consistentes indícios de que José Sócrates é o homem do fundo” e esses indícios “demonstram que Carlos Santos Silva é a pessoa nomeada por José Sócrates” para movimentar o dinheiro entre 2011 e 2014 para as contas do antigo primeiro-ministro.

No final da leitura da decisão instrutória, o advogado de José Sócrates, Pedro Delille anunciou que vai avançar com um recurso nos próximos dias para pedir a “nulidade por alteração substancial de factos”.

Para a defesa do antigo primeiro-ministro, que não esteve presente nesta sessão, a instrução do processo “foi feita com base numa acusação da qual os arguidos nunca foram notificados” e, também por isso, deve ser considerada nula. “Esta decisão foi feita sob tutela do Conselho Superior da Magistratura e é por isso também inválida”, acrescentou.

Em causa está um processo que acabou por ser separado da Operação Marquês e no âmbito do qual o juiz Ivo Rosa mandou para julgamento, em abril de 2021, José Sócrates e o empresário Carlos Santos Silva pela alegada prática, em coautoria, de três crimes de branqueamento de capitais e outros tantos de falsificação de documento.

A 3 de julho está marcado o arranque do julgamento da Operação Marquês. Neste processo, o antigo primeiro-ministro será julgado por três crimes de corrupção, 13 de branqueamento e seis de fraude.

Recorde-se que o Ministério Público (MP) reconheceu recentemente que prescreveram os três crimes de falsificação de documento atribuídos, em coautoria, ao antigo primeiro-ministro José Sócrates e ao empresário Carlos Santos Silva, neste processo autónomo.

De acordo com o procurador Rosário Teixeira, os indícios da prática dos crimes persistem, mas o “procedimento criminal se encontra extinto” por força da prescrição. As declarações foram proferidas no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa, durante o debate instrutório de uma das vertentes do megaprocesso, que regressou a esta fase por decisão do Tribunal da Relação de Lisboa.

Os crimes agora considerados prescritos relacionam-se com a alegada falsificação de documentos ligados a um contrato de arrendamento de um apartamento em Paris, onde José Sócrates residiu, e a dois contratos de prestação de serviços com empresas que terão sido utilizados para encobrir a origem ilícita de fundos que terão beneficiado o antigo chefe do Governo, que liderou o Executivo entre 2005 e 2011.

Apesar da prescrição dos crimes de falsificação, continuam em apreciação três alegados crimes de branqueamento de capitais também imputados a Sócrates e a Carlos Santos Silva. Estes terão envolvido não só os contratos de prestação de serviços e o arrendamento em Paris, mas também a utilização de contas bancárias de terceiros, cujos nomes não foram divulgados, para ocultar fundos de origem ilícita.

 

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Olá desafia consumidores a “desibernar” e a acordar para o Verão em nova campanha

  • + M
  • 11 Junho 2025

Um urso, uma praia, uns óculos de sol e gelados são os "ingredientes" da nova campanha da Olá, assinada pela WYCreative. A produção é da Playground e o trabalho de pós-produção e 3D da Glimpse.

A Olá lançou uma nova campanha onde dá as boas-vindas ao verão e desafia os portugueses a “desibernar” e a sair da “toca”. Para isso, a marca recorre a um urso, a uma praia, a uns óculos de sol e, claro, aos seus gelados.

Sob o conceito “Desiberna-te. Acorda para o Verão” e com a criatividade da Wycreative, a campanha mostra um urso ainda meio “hibernado”, a caminhar pela praia ao som de “All Star”, dos Smash Mouth, que “rapidamente se contagia pela energia do verão, transformando-se ao desfrutar de um gelado Olá”.

O urso é a “personificação perfeita para o convite que a marca faz a todos os Portugueses: deixarem para trás o modo inverno e despertarem para os dias de felicidade, alegria, e partilha que o verão proporciona”, descreve-se em nota de imprensa.

“Quando recebemos o briefing percebemos imediatamente que queríamos fugir do óbvio. Mas sabíamos que a comunicação, para estar verdadeiramente à altura da marca, tinha de ser mais do que uma campanha de verão — tinha de ser um momento memorável, pois o verão e a Olá já são sinónimos de felicidade. Tínhamos de fazer algo tão memorável quanto o próprio ato de comer um gelado Olá. A palavra ‘Desiberna-te’ foi inventada — e essa invenção deu-nos o tom e a liberdade certos para um conceito e um universo visual inesperado, fun e absolutamente Olá”, dizem Sérgio Lobo e Tiago Varino, diretores criativos da WYcreative, citados em comunicado.

Já Bernardo Mello, general manager da Olá em Portugal, refere que a Olá é “sinónimo de verão e felicidade em Portugal”, o que dá à marca a “responsabilidade de surpreender todos os anos“.

“‘Desiberna-te’ é sobre voltar a sentir o verão com tudo o que ele traz: sol, energia, sorrisos — e, claro, os gelados Olá. Porque não há melhor altura do ano para sermos felizes”, acrescenta.

Presente em televisão, digital e outdoor, a campanha, contou com a produção da Playground, que uniu “criatividade nacional e tecnologia 3D para dar vida a uma história inesperada, divertida e muito refrescante”. O trabalho de pós-produção e 3D é da Glimpse.

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CMVM quer auditoras com modelos de governação sólidos

O regulador liderado por Luís Laginha de Sousa publicou um conjunto de recomendações para que as empresas de auditoria reforcem a sua estrutura de governo.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) quer que as empresas de auditoria tenham um modelo de governo robusto, capaz de garantir a tomada de decisões informadas e, dessa forma, a qualidade dos serviços prestados. O regulador lançou, por isso, um conjunto de recomendações neste sentido.

“A estrutura de governação das firmas de auditoria constitui um fator relevante para o cumprimento das suas responsabilidades associadas às funções de interesse público”, começa por referir o regulador liderado por Luís Laginha de Sousa numa circular publicada esta quarta-feira com orientações para o governo das firmas de auditoria.

“Decorrente da ação de supervisão temática realizada pela CMVM, centrada nas práticas de governação de uma amostra de firmas de auditoria que auditam entidades de interesse público, identificaram-se oportunidades de melhoria“, conclui, com base numa análise à composição e funcionamento dos órgãos de gestão, separação de funções de fiscalização e gestão operacional, mas também aos mecanismos formais de deliberação e registo de decisões.

A CMVM lança, assim, um conjunto de orientações, apelando para a “necessidade de as firmas de auditoria assegurarem um modelo de governo robusto, ajustado à sua dimensão e complexidade, capaz de assegurar a tomada de decisões informadas e o controlo da atividade, em benefício da qualidade de auditoria”.

Entre as recomendações, o regulador indica que a “estrutura de governo das firmas de auditoria deve ser robusta e adequada, nomeadamente, em função da atividade de interesse público que prosseguem; da dimensão do seu negócio, da sua estrutura acionista ou societária e da natureza, dimensão e complexidade da atividade das entidades auditadas”.

As “firmas de auditoria que auditem entidades de interesse público reforçam o seu modelo de governo quando adotam a natureza de sociedades comerciais e observam, na falta de disposições especiais, o regime jurídico estabelecido na lei comercial“, aponta ainda.

Por outro lado, recomenda que a “integração de membros independentes no órgão de gestão deve ser avaliada para efeito do robustecimento do governo das sociedades de auditoria” e que a “gestão estratégica e operacional da firma de auditoria compete ao respetivo órgão de gestão. Consequentemente, o órgão de gestão deve pronunciar-se sobre as políticas e orientações globais da rede de que eventualmente faça parte e que possam ter impacto na atividade da firma de auditoria”.

“As decisões de gestão devem ser devidamente registadas, designadamente em ata”, refere ainda a CMVM, sendo que o “órgão de gestão deve reunir com uma regularidade compatível com os elementos caraterizadores da firma de auditoria”.

O regulador salienta também que a “estrutura de governação das firmas de auditoria deve ser transparente para os seus stakeholders, devendo ser prestada informação completa, verdadeira, clara e objetiva”.

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Caixa de Previdência atribui subsídio extraordinário aos advogados pensionistas

Os valores da subvenção agora atribuída pela Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores chegam aos 350 euros por pensionista.

A Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) – liderada por Victor Alves Coelho – vai atribuir a todos os seus pensionistas beneficiários (Advogados, Solicitadores e Agentes de Execução) uma subvenção extraordinária, “reforçando a sua missão assistencial e o compromisso em apoiar os seus Beneficiários”

A medida, de carácter excecional, foi aprovada hoje, 11 de junho, em reunião do Conselho Geral da CPAS (CG CPAS), por unanimidade. Os valores da subvenção agora atribuída pela CPAS chegam aos 350 euros por pensionista.

A subvenção abrange todos os pensionistas com pensões devidas até 31 de maio de 2025 e será paga até 20 de junho de 2025, nos mesmos moldes da pensão de reforma, sem necessidade de qualquer pedido por parte dos pensionistas.

Vítor Alves, presidente da Caixa de Previdência dos Advogados, em entrevista ao ECO/Advocatus - 05MAI23
Vítor Alves, presidente da Caixa de Previdência dos Advogados, em entrevista ao ECO/AdvocatusHugo Amaral/ECO

A deliberação da Direção da CPAS, teve por base um parecer atuarial favorável da Mercer Portugal, que garante que a deliberação não afeta a sustentabilidade da CPAS.

“Esta é uma forma de reparar os efeitos da injusta exclusão dos pensionistas da CPAS do suplemento extraordinário atribuído pelo Governo em 2024, com recurso a financiamento do Orçamento do Estado, para o qual os Beneficiários da CPAS também contribuem. Na altura, após tomar conhecimento da decisão do Governo, a Direção da CPAS solicitou formalmente a inclusão dos seus Beneficiários, mas esta não foi aceite”, segundo comunicado da CPAS.

Os valores da subvenção agora atribuída pela CPAS chegam aos €350,00 (trezentos e cinquenta euros) por pensionista.

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DS Seguros abre nova loja em Cantanhede

  • ECO Seguros
  • 11 Junho 2025

A loja conjunta da DS Seguros e DS Intermediários quer recrutar 10 profissionais até ao final do ano. Os diretores da loja são Nuno Gomes e Edgar Paiva.

A DS Seguros e a DS Intermediários de crédito abriram uma loja conjunta em Cantanhede, Coimbra, nesta segunda-feira. Nesse sentido, a loja vai prestar serviços de mediação de seguros e intermediação de crédito. Segundo o comunicado, o objetivo é recrutar dez profissionais ainda este ano.

Sérgio Nolasco, coordenador regional da DS Seguros, Ana Tinta, coordenadora regional da DS Intermediários de Crédito, Nuno Gomes e Edgar Paiva (diretores da nova loja), Catarina Matos, coordenadora nacional da DS Intermediários de Crédito e Luís Tavares, coordenador nacional da DS Seguros.

A cerimónia de inauguração contou com a presença do presidente e do vice-presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Maria Helena Teodósio e Pedro Cardoso, respetivamente. Contou ainda com os coordenadores nacionais da DS Seguros e da DS Intermediários de crédito, Luís Tavares e Catarina Matos e com os diretores da loja, Nuno Gomes e Edgar Paiva.

“É com muita satisfação que assistimos ao crescimento da nossa rede de lojas. Podermos juntar, no mesmo espaço físico, as melhores soluções de seguros e de intermediação de crédito, com um serviço próximo e especializado, será fundamental para que as famílias de Cantanhede possam encontrar as soluções mais ajustadas às suas necessidades”, sublinha Luís Tavares, diretor coordenador nacional da DS SEGUROS.

A DS Seguros conta com 180 lojas em território nacional, entre unidades já em funcionamento e em construção – incluindo a que agora abriu na rua Dom Afonso Henriques n.º6 A. O objetivo da companhia é chegar às 210 lojas até ao final de 2025.

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Corretora Seguramos ultrapassa 10 milhões de receitas e vai comprar Setseguros

A corretora liderada por Mário Ramos superou os 10 milhões de receitas em 2024 e já concretizou a primeira aquisição deste ano através da Setseguros.

A corretora Seguramos vai adquirir a Setseguros, corretora baseada em Setúbal e liderada por Vitor Silva. O negócio já obteve autorização da ASF, entidade supervisora do setor, e será a primeira aquisição de 2025 para a corretora de Mário Ramos que está, ela própria – segundo fontes diversas do mercado – em negociações com outra empresa para uma possível fusão ou alienação.

Mário Ramos, CEO da Seguramos, continua em onda de aquisições para subir no top 10 da corretagem de seguros em Portugal.

A Setseguros é uma corretora criada em 1997 e com uma receita de comissões de 544 mil euros em 2024, mais 8% que um ano antes, tendo como principais fornecedores a Fidelidade, Lusitania, Generali e Ageas. O EBITDA – indicador de referência para a valorização de mediadoras de seguros – atingiu 57.488 euros no ano passado, valor semelhante ao registado em 2023.

Os resultados líquidos, de 32 mil euros, apesar de superiores aos obtidos no ano anterior, foram afetados em consequência de uma coima de 20 mil euros aplicada pela ASF por “incumprimento do dever de publicação, no respetivo sítio da Internet, dos documentos de prestação de contas, por referência aos exercícios económicos de 2018, 2020, 2021, 2022 e 2023”. Esta situação está regularizada e já inclui o relatório de 2024 da Setseguros.

Já em 2025 a Setseguros separou o património imobiliário do negócio segurador criando uma nova empresa, pelo que a corretora de seguros licenciada pela ASF – e alvo de aquisição pela Seguramos – avançou com um projeto de cisão, do qual resultou a redução do capital social por cerca de de 218 mil euros, o valor líquido dos imóveis registados em ativos fixos tangíveis transferidas para uma nova empresa constituída para esse fim.

Por seu lado a Seguramos, entidade compradora, apresentou 10,4 milhões de euros de receitas no ano passado, valor superior em 16,7% ao conseguido em 2023. Também o EBITDA cresceu para 2,7 milhões de euros e os resultados líquidos quase atingiram um milhão de euros, foram de 997,9 milhões, mais 12,5% que em 2023.

Em 2024 a Seguramos adquiriu a Euriseguros, com escritórios em Rio Tinto, Monção e Viana do Castelo e a M.L. Palhares com base na cidade de Fafe. Já neste ano avança com a aquisição da Setseguros.

A corretora tem 18 escritórios próprios e um total de 105 colaboradores, considerando as sociedades adquiridas em 2024 e indica um total de 100 mil clientes, dos quais 12 mil são empresas e 88 mil particulares.

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Cavaco Silva defende reforço da zona euro para responder a Trump

  • Lusa
  • 11 Junho 2025

O antigo Presidente diz que para reforçar a defesa na União Europeia "só há uma solução", a mutualização da dívida europeia, com a emissão de "uma dívida comum".

O ex-Presidente da República Aníbal Cavaco Silva defendeu esta quarta-feira que perante a “situação internacional muito complexa”, agravada pela reeleição de Donald Trump nos EUA, a Europa deve “renovar a sua ambição” e reforçar a zona euro.

“O que é mais importante como primeiro passo será reforçar a zona euro, que é o núcleo duro” da União Europeia (UE), onde “existe uma partilha de soberania” mais forte, disse Cavaco Silva, referindo-se ao conjunto dos países que têm a moeda única europeia.

“Precisamos aqui de uma frente europeísta que possa travar movimentos populistas e eurocéticos, avançando numa zona euro mais aprofundada”, acrescentou o antigo chefe de Estado e ex-primeiro-ministro, num debate em Toledo, Espanha, sobre os 40 anos da assinatura do tratado de adesão dos dois países da Península Ibérica à UE, em junho de 1985.

Em declarações aos jornalistas no final do debate, em que também participou o ex-primeiro-ministro espanhol Felipe González, Cavaco Silva explicou que defende o aprofundamento da zona euro (nomeadamente, completar “a arquitetura” da união económica e monetária ou do mercado de capitais) para “que se reforce a posição do euro como uma moeda mundial, para que ganhe força no diálogo internacional com os outros blocos económicos e em particular com os Estados Unidos e a sua nova administração”.

Durante o debate, o ex-Presidente português considerou as tarifas comerciais anunciadas por Trump “a decisão mais irracional” que se poderia imaginar, tanto “para os Estados Unidos, como o mundo geral”, e que põe em risco “o futuro do dólar como moeda mundial”. Cavaco Silva referiu ainda o desafio que enfrenta atualmente a Europa com a necessidade de reforçar capacidades em segurança e garantir a sua própria defesa, assim como outras necessidades de financiamento para aumentar a competitividade do bloco comunitário.

A este propósito, lembrou que o designado “relatório Draghi” sobre a competitividade europeia sublinhou o “problema do custo da energia” e quantificou em 800 mil milhões euros os recursos financeiros necessários para a Europa “recuperar o atraso” em relação a países como a China ou os EUA.

Os líderes europeus são capazes de perceber aquilo que é preciso fazer”, mas “não sabem onde encontrar o dinheiro”, disse Cavaco Silva, que defendeu que “só há uma solução”, a mutualização da dívida europeia, com a emissão de “uma dívida comum“, como aconteceu na resposta à crise provocada pela pandemia de covid-19.

Para o antigo Presidente da República, a emissão de dívida comum europeia não pode ser feita “a título excecional” e “para responder às insuficiências em matéria de defesa e segurança da UE é preciso recorrer a dívida comum emitida nos mercados financeiros internacionais”, algo que também seria um “contributo importante para aproximar o mercado do euro do mercado de emissões em dólares”.

Depois de, tal como Felipe González, manifestar por diversas vezes preocupação com o momento geopolítico atual, insistindo no avanço dos populismos e dos eurocéticos, Cavaco Silva sublinhou que, porém, a história da integração europeia e da UE é “uma história de sucesso” e mostrou-se otimista.

“A União Europeia passou por muitas crises (…), mas uma coisa pode dizer-se: nunca parou, em cada crise ganhou nova ambição para se renovar” e a ideia de que “não soube responder” às crises “não é verdade”, considerou.

Cavaco Silva, que foi primeiro-ministro na primeira década de integração de Portugal na UE, realçou os benefícios da entrada no bloco comunitário e do acesso a fundos europeus, mas considerou que igualmente importantes foram as “reformas estruturais” que o país fez naquela época, sem as quais “não teria tirado todo o benefício da adesão”, sendo que “a primeira grande revolução” foi a revisão constitucional para eliminar a “irreversibilidade das nacionalizações” ou acabar com “o monopólio estatal da televisão”, a par de “muitas outras reformas no sistema fiscal, financeiro ou educativo”.

O ex-Presidente, que nos dez anos à frente do Governo teve como homólogo em Espanha o socialista Felipe González, destacou, por outro lado, que a entrada na UE mudou também as relações económicas e políticas entre os dois países, que sempre “coordenaram posições” nas “grandes questões europeias” e “se reencontraram” após décadas de ditaduras.

Felipe González, por seu turno, lembrou que a entrada de Portugal na UE “se resolveu” antes de 1985, mas atrasou-se porque teve de esperar por Espanha, por decisão das instituições europeias, que quiseram que a entrada dos dois países ocorresse em simultâneo. O ex-chefe do Governo espanhol considerou, como Cavaco Silva, que perante a geopolítica atual é necessário das “um novo avanço” à construção europeia, incluindo na área da defesa e segurança.

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Cristina Rôla assume comunicação da SIVA de forma interina

  • + M
  • 11 Junho 2025

A atual diretora de marketing das marcas Seat e Cupra assume interinamente a responsabilidade pela área de comunicação do grupo que detém outras marcas como Volkswagen, Audi, Škoda ou Lamborghini.

Perante a saída de Teresa Lameiras da direção de comunicação e marca, recai sobre Cristina Rôla, atual diretora de marketing das marcas Seat e Cupra, a responsabilidade pela área de comunicação do grupo SIVA|PHS.

Cristina Rôla assume o cargo “com efeitos imediatos e de forma interina“, acumulando a nova responsabilidade com as suas atuais funções, “assegurando a consistência da comunicação das oito marcas do Grupo e dando continuidade ao alinhamento organizacional e estratégico na comunicação do grupo“, refere em comunicado a SIVA, que conta no seu portefólio com as marcas Seat, Volkswagen, Audi, Škoda, Bentley, Lamborghini, Volkswagen Veículos Comerciais e Cupra.

“É com entusiasmo que aceito o desafio de assumir a responsabilidade pela área de comunicação da SIVA|PHS, nesta fase transitória, dando continuidade ao excelente trabalho desenvolvido até ao momento”, diz Cristina Rôla, citada em comunicado.

Tendo iniciado o seu percurso no grupo SIVA em maio de 2022, Cristina Rôla trazia consigo mais de 17 anos de experiência nas áreas de marketing e comunicação no setor automóvel, incluindo vários anos no Grupo BMW, onde assumiu funções na área da comunicação corporativa e depois nos departamentos de marketing das marcas BMW e Mini.

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Parlamento da Dinamarca aprova diploma para permitir bases militares dos EUA no país

  • Lusa
  • 11 Junho 2025

Os críticos dizem que a aprovação do diploma cede a soberania dinamarquesa aos EUA, que não escondem o interesse no território da Gronelândia. A lei aprovada amplia um acordo militar anterior.

O parlamento da Dinamarca aprovou esta quarta-feira um projeto de lei para permitir bases militares dos Estados Unidos em solo dinamarquês, após o Presidente norte-americano, Donald Trump, reiterar a pretensão de anexar a Gronelândia, território semiautónomo pertencente ao reino.

Os críticos da medida dizem que a aprovação de tal diploma cedeu a soberania dinamarquesa aos Estados Unidos. A legislação aprovada amplia um acordo militar anterior, assinado em 2023 com o Governo do Presidente Joe Biden, nos termos do qual as tropas norte-americanas tinham acesso generalizado às bases aéreas do país escandinavo.

Os novos termos deste diploma vão no sentido do desejo de Trump de tomar o controlo da ilha ártica estratégica e rica em minerais, mesmo sendo os Estados Unidos e a Dinamarca aliados na NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental).

O diploma seguirá agora para o Rei dinamarquês, Frederik X, para promulgação. Noventa e quatro deputados votaram a favor dele e apenas 11 votaram contra.

O primeiro-ministro da Gronelândia, Jens-Frederik Nielsen, afirmou já que as declarações dos Estados Unidos sobre a ilha foram desrespeitosas e que esta “nunca, jamais será uma propriedade que possa ser comprada por qualquer pessoa”.

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Filomena Cautela dá voz a campanha ok! seguros “Tudo está ok, se tiver ok!”

  • ECO Seguros
  • 11 Junho 2025

A campanha parte da autoconsciência emocional “eu estou ok, se tu tiveres ok”, onde joga com a dualidade entre o estado emocional de estar bem e a proteção prática de ter seguro.

A ok! seguros lança campanha multimeios com o objetivo de amplificar a relação entre estar tranquilo e ter um seguro da empresa. Criada pela agência Judas e concretizada pela Trix com a voz de Filomena Cautela, a campanha da ok! seguros terá presença em TV, rádio, outdoors, digital e redes sociais, avança a seguradora em comunicado.

Marta Vicente, head of marketing & digital experience da Ok! seguros: “A mensagem reforça a ideia de que a confiança e a tranquilidade nascem de sabermos que estamos protegidos — e que os que nos são próximos também estão”.

Sob o mote “Tudo está ok, se tiver ok!”, a campanha da marca da Fidelidade parte da autoconsciência e compreensão emocional “eu estou ok, se tu tiveres ok”, onde joga com a dualidade entre o estado emocional de estar bem e a proteção prática de ter seguros da empresa.

A nova campanha é a evolução do conceito apresentado em 2024 “estar ok” agora “ligando o bem-estar de cada um ao conforto dos outros e humaniza os seguros, num formato muito próximo e emocional”, lê-se no comunicado.

A campanha centra-se em três histórias que envolvem diferentes coberturas comercializadas pela empresa: seguro automóvel, para a casa e de viagem.

“A mensagem reforça a ideia de que a confiança e a tranquilidade nascem de sabermos que estamos protegidos — e que os que nos são próximos também estão. Os seguros ok! são, por isso, o ponto de partida para enfrentar o dia a dia com mais segurança“, avançou Marta Vicente, head of marketing & digital experience da ok! seguros.

A seguradora sublinha “também a qualidade dos seus serviços de assistência e a promessa de uma resposta rápida e sempre próxima dos seus clientes, perante os imprevistos” na campanha.

“Os serviços de apoio ao cliente e de assistência são a nossa primeira linha de resposta e aquilo que verdadeiramente materializa a importância dos seguros na vida das pessoas. E é precisamente nesses momentos – os chamados momentos da verdade – quando os clientes mais precisam de nós, que conquistamos a sua confiança”, reforça Marta Vicente.

A ok! seguros é uma marca do grupo Fidelidade com foco na venda de seguros através de canais digitais.

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EUA fecham acordo com China. Tarifas fixadas em 55%

Trump adiantou que o acordo com a China "está feito", depois de as duas delegações que estiveram em negociações em Londres terem informado sobre um “acordo de princípio” esta terça à noite.

“O acordo com a China está feito”. Foi desta forma que Donald Trump anunciou numa publicação que Washington chegou a entendimento com Pequim sobre as tarifas. Os EUA vão aplicar uma taxa aduaneira de 55% às importações chinesas, enquanto os produtos norte-americanos que entrarem na China vão pagar 10%.

O acordo foi fechado depois dos negociadores de ambos os países terem anunciado uma aproximação no tema das tarifas, sem darem detalhes sobre o que estaria em cima da mesa. Donald Trump disse, no seu perfil na TruthSocial, que o acordo está fechado, sujeito a “aprovação final” dos dois presidentes, e a China vai fornecer aos EUA as “terras raras necessárias com antecedência”.

Do lado dos EUA, Washington vai permitir a entrada de estudantes chineses nas universidades americanas.

Já as tarifas sobre produtos chineses caem para 55%, após as negociações, enquanto os produtos dos EUA vão ter uma taxa de 10% à entrada no mercado chinês. Não se sabe quando as novas taxas entram em vigor. Donald Trump terminou a sua publicação dando nota que “a relação é excelente! Obrigado pela atenção!”, acrescentou.

O acordo surge depois de as delegações dos EUA e da China, reunidas durante dois dias em Londres para resolver as diferenças comerciais entre os dois países, terem anunciado esta terça-feira à noite um acordo de princípio, deixando a validação para os respetivos presidentes.

“As duas partes chegaram a um acordo de princípio sobre uma estrutura geral […] e reportarão essa estrutura geral aos seus respetivos líderes“, adiantou à imprensa o representante do Comércio Internacional da China, Li Chenggang.

O secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, manifestou confiança de que a questão dos envios chineses de terras raras — considerada demasiado limitada pelas autoridades norte-americanas — “será resolvida através da implementação desta estrutura geral” de acordo.

Lutnick liderou a delegação norte-americana, juntamente com o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, enquanto o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, um confidente próximo do Presidente Xi Jinping, liderou a comitiva chinesa.

Esta segunda ronda de negociações entre as duas maiores potências económicas mundiais começou na segunda-feira e aconteceu cerca de um mês depois de uma reunião entre delegações da China e dos Estados Unidos em Genebra.

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