Associação pede à PGR reabertura de queixa-crime à privatização da TAP

  • Lusa
  • 9 Setembro 2024

"É um pedido de reabertura do processo com fundamento no relatório da Inspeção-Geral das Finanças" (IGF), dado que "em 2019 o Ministério Público veio dizer não havia indícios suficientes".

A Associação Peço a Palavra deu entrada com um pedido na Procuradoria-Geral da República (PGR) para a reabertura do inquérito judicial à privatização da TAP, adiantou à agência Lusa o vice-presidente da associação, Bruno Fialho.

O pedido foi “entregue na semana passada” e retoma a iniciativa feita em 2015, na qual a associação avançou com uma denúncia criminal para apuramento de eventual prática de crimes relativamente ao processo de privatização da TAP, que entregou 61% do capital da companhia aérea portuguesa ao consórcio Atlantic Gateway, dos empresários Humberto Pedrosa e David Neeleman.

“É um pedido de reabertura do processo com fundamento no relatório da Inspeção-Geral das Finanças” (IGF), dado que “em 2019 o Ministério Público veio dizer não havia indícios suficientes”, afirma Bruno Fialho, vice-presidente da Associação Peço a Palavra e um dos signatários da queixa-crime.

O vice-presidente da associação espera que, perante as conclusões da IGF, a PGR considere que “há indícios suficientes para reabertura do processo, já que o procedimento criminal só prescreve em 2027”. Para o também presidente do ADN, houve negócios “criminosos” e o relatório da IGF revela que “Neeleman e Pedrosa nem sequer pagaram um cêntimo porque conseguiram depois ser ressarcidos de todos os gastos que fizeram com a TAP”.

Além de Bruno Fialho, a iniciativa é subscrita por Vasco Lourenço, Paulo Morais, Luís Ferreira e Ricardo Sá Fernandes, na qualidade de advogado do processo desde 2015, adianta o vice-presidente. A auditoria da IGF concluiu que a compra de 61% da companhia aérea ao Estado, em 2015, pela Atlantic Gateway foi financiada com um empréstimo de 226 milhões de dólares concedidos pela Airbus, numa operação vinculada à compra 53 aviões à Airbus pela TAP.

Além disso, a IGF acredita que as remunerações dos gestores da TAP, no período em que foi parcialmente privatizada, foram pagas recorrendo a um contrato de prestação de serviços “simulado”, permitindo que se eximissem a responsabilidades fiscais. Na quinta-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou a receção do relatório da IGF sobre a privatização da TAP, em 2015, e enviou o documento para o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

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Têxtil de Guimarães fecha portas e deixa 40 trabalhadores no desemprego

  • Lusa
  • 9 Setembro 2024

A Bipol Fashion, Confeções, não pagou às cerca de quatro dezenas de trabalhadores, a grande maioria mulheres, os subsídios de férias e os ordenados de agosto.

Uma confeção de Guimarães, distrito de Braga, fechou esta segunda-feira as portas, deixando cerca de 40 trabalhadores no desemprego, decisão que já havia sido comunicada por escrito aos funcionários que, na terça-feira, vão concentrar-se em frente à empresa têxtil. Em declarações à agência Lusa, Francisco Vieira, do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, revelou que a Bipol Fashion, Confeções, não pagou às cerca de quatro dezenas de trabalhadores, a grande maioria mulheres, os subsídios de férias e os ordenados de agosto.

O dirigente sindical adiantou que o pedido de insolvência da empresa ainda não deu entrada no tribunal, esperando que o mesmo seja submetido o mais rápido possível, no sentido de se iniciar o processo para que as funcionárias possam requerer o subsídio de desemprego.

No sentido de protestar contra a decisão de encerramento, que “apanhou as trabalhadoras de surpresa”, estas vão concentrar-se, pelas 09:30, de terça-feira, em frente à empresa, no centro de Guimarães, acrescentou Francisco Vieira. Nas cartas enviadas aos funcionários, a Bipol refere que, “conforme” é do conhecimento dos trabalhadores, a empresa “tem vindo a atravessar um período de grandes dificuldades económicas, motivado, essencialmente, pela falta de encomendas, custos dos fatores da produção, carga fiscal, entre outros”.

“Assim, com muita tristeza e pesar, nada mais resta à gerência da Bipol Fashion, Confeções Lda, do que tomar a difícil decisão de se apresentar à insolvência. Pelo que a Bipol Fashion, Confeções não abrirá portas no próximo dia 09 de setembro [hoje] de 2024”, refere a missiva, datada de 03 de setembro, e à qual a Lusa teve acesso.

A empresa garante que “cooperará com o administrador de insolvência que vier a ser nomeado pelo tribunal, de modo a que os créditos salariais” dos trabalhadores “e respetivos documentos para o subsídio de desemprego sejam entregues o mais brevemente possível”. “Por último, agradecemos a colaboração prestada e desejamos as maiores felicidades”, termina assim a carta enviada aos trabalhadores.

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Angola quer acolher cimeira empresarial dos EUA em África em 2025

  • Lusa
  • 9 Setembro 2024

"Angola está em conversações para albergar a maior reunião de empresários norte-americanos em África, com o Presidente João Lourenço a procurar aprofundar os laços com os EUA", adiantam os media.

O governo de Angola está a negociar com os Estados Unidos da América (EUA) acolher, no próximo ano, a cimeira de líderes empresariais norte-americanos que investem em África, noticia o Africa Report.

Angola está em conversações para albergar a maior reunião de empresários norte-americanos em África, com o Presidente João Lourenço a procurar aprofundar os laços com os EUA e chamar a atenção global para o seu país em 2025″, lê-se na reportagem desta revista especializada em informação africana.

A revista escreve que não há ainda confirmação oficial, já que nenhuma das partes se quis pronunciar oficialmente, mas cita várias fontes próximas do processo que garantem que este país lusófono da África Austral já está escolhido para suceder ao Botsuana, que acolheu a reunião de 2023.

“O interesse do líder angolano em acolher os empresários norte-americanos é notório desde que participou no fórum empresarial deste ano em Dallas, sendo um dos cinco chefes de Estado africanos que participou no evento”, lê-se ainda na notícia, que afirma ainda que Angola deverá ter a presidência da União Africana em 2025, ano em que comemora 50 anos de independência de Portugal.

“Ter a presidência da União Africana, 50 anos de independência, acolher o Conselho Corporativo sobre África, tudo isto é um marco importante na jornada de Angola”, comentou o antigo vice-secretário Estado adjunto Witney Schneidman, apresentado como tendo “profundas ligações a Angola”.

Na visita a Angola, em janeiro, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, o equivalente a ministro dos Negócios Estrangeiros nos governos europeus, disse ao Presidente angolano, João Lourenço, que “a relação é mais forte, é mais consequente, é mais abrangente que em qualquer ponto da amizade (dos dois países) em 30 anos”.

A reaproximação do relacionamento entre os dois países nota-se também no campo económico, com os EUA a terem investido, através do banco de exportações e importações, mais de 900 milhões de dólares, cerca de 815 milhões de euros, em duas centrais fotovoltaicas solares, o maior investimento norte-americano em energias renováveis no continente, e mais várias centenas de milhares de dólares no âmbito do Corredor do Lobito, que liga a costa de Angola às minas na Zâmbia e na República Democrática do Congo.

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BHOUT vence quarta edição do Tech Innovator In Portugal

  • ECO
  • 9 Setembro 2024

Um “saco de boxe com cérebro” valeu à BHOUT a vitória na iniciativa promovida pela KPMG. Produto vai ser apresentado na final mundial na Web Summit.

A BHOUT é a vencedora da quarta edição do Tech Innovator In Portugal, revelou a consultora KPMG esta segunda-feira. A empresa portuguesa apresentou o “primeiro saco de boxe com cérebro”, que resulta da combinação de fitness com gaming.

Na final desta edição competiram oito startups para além da BHOUT: a Atlar Innovation, a Coverflex, a Enline, a GetVocal Technology, a Growappy, a Smartex, a UBBU e a WingDriver.

O saco de boxe inclui na sua composição inteligência artificial e “machine learning”. É ainda equipado com visão 3D computorizada com rotação de 180 graus e sensores biométricos capazes de identificar os golpes usados pelo utilizador.

“Estou muito entusiasmado com esta vitória, que permitirá a criação de mais entusiasmo à volta do nosso produto e da nossa startup. Estamos a criar e a liderar um mercado verdadeiramente novo a nível mundial”, aponta Mauro Frota, CEO da BHOUT em comunicado. O saco de boxe da BHOUT já tinha sido reconhecido pela revista Time como uma das 200 melhores invenções do ano passado.

A vitória da startup no Tech Innovator In Portugal garantiu a participação na final mundial na Web Summit, em Lisboa, que decorrerá em novembro com a presença de startups de 24 países.

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Consórcio preocupado com impasse na Azores Airlines

  • Lusa
  • 9 Setembro 2024

“Com a privatização em suspenso, a Azores Airlines está num impasse que pode ter consequências graves para a companhia aérea, para o setor do transporte aéreo na região", avisa o Newtour/MS Aviation.

O consórcio Newtour/MS Aviation, que venceu a privatização da Azores Airlines, entretanto cancelada pelo Governo dos Açores, mostrou-se esta segunda-feira preocupado com o “impasse” em que vive a companhia aérea, alertando para possíveis “consequências graves”.

Com a privatização em suspenso, a Azores Airlines está num impasse que pode ter consequências graves para a companhia aérea, para o setor do transporte aéreo na região e, por extensão, para o desenvolvimento económico dos Açores”, lê-se num comunicado enviado às redações.

O Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) anunciou em 2 de maio o cancelamento do concurso de privatização da Azores Airlines/SATA Internacional e o lançamento de um novo procedimento, alegando que a companhia vale agora mais 14 milhões do que no início do processo.

Entretanto, o consórcio candidato, Newtour/MS Aviation, interpôs uma providência cautelar contra a decisão do executivo e esta segunda refere que a medida não foi “confirmada pela administração da SATA Holding”, afirmando-se “preocupado com a incerteza e com a aparente inércia em torno do processo de privatização”.

“A Azores Airlines enfrenta, atualmente, sérias dificuldades financeiras. O adiamento deste processo de privatização não só ameaça agravar ainda mais a situação precária da companhia, como também coloca em risco a estabilidade económica da região, que depende fortemente de um transporte aéreo eficiente e fiável”, alerta.

O Newtour/MS Aviation insiste em que o processo de privatização “ainda não foi concluído”, apesar do entendimento do Governo dos Açores. “Cumpre, a este propósito, clarificar que cabe ao conselho de administração da SATA, e não ao governo, propor o cancelamento do concurso, ou seja, essa é uma competência de gestão e não política. Tal decisão, até ao momento, não ocorreu”, lê-se na nota de imprensa.

O consórcio reitera o “compromisso de contribuir para uma solução” respeitadora do acordo com a Comissão Europeia, que, lembra, prevê a privatização da Azores Airlines até ao final de 2025. “Apesar de pouco se conhecer sobre o acordo entre o Governo Regional e a Comissão Europeia, é do conhecimento público que a Azores Airlines deve ser privatizada até 31 de dezembro de 2025. Este prazo, já de si curto dada a complexidade inerente a uma privatização desta envergadura, torna-se ainda mais exíguo face à falta de decisão da SATA e do governo”, critica.

Na sexta-feira, o vice-presidente revelou que o Governo Regional dos Açores pretende retomar o processo de privatização da companhia aérea Azores Airlines em breve, mas não será possível concluí-lo este ano. Após as declarações, o PS/Açores considerou que o presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, “tem de assumir responsabilidades políticas pelo fracasso” da privatização, tendo em conta “os sucessivos adiamentos” no processo.

No início de abril, o júri do concurso público da privatização entregou o relatório final e manteve a decisão de aceitar apenas um concorrente, mas admitiu reservas quanto à capacidade do consórcio Newtour/MS Aviation em assegurar a viabilidade da companhia, responsável pelas ligações de e para fora do arquipélago.

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Coesão na UE não pode ser olhada como uma “política de caridade”, diz Vasco Cordeiro

  • Lusa
  • 9 Setembro 2024

Esta política “não pode ser pensada apenas para regiões com menor índice de desenvolvimento”, disse ainda o presidente do Comité das Regiões Europeu em Bruxelas.

O presidente do Comité das Regiões Europeu, Vasco Cordeiro, alertou esta segunda-feira que a política de coesão é imprescindível para a competitividade da União Europeia (UE) e que não pode ser equacionada como uma “política de caridade”.

“A UE precisa de uma política de coesão […] renovada e reforçada”, começou por dizer Vasco Cordeiro, durante uma audição no Parlamento Europeu (PE), em Bruxelas.

O presidente do Comité das Regiões Europeu acrescentou que esta ideia não é uma novidade e que já constava de várias propostas feitas para melhorar a competitividade do bloco comunitário, incluindo “o relatório Draghi [redigido pelo antigo primeiro-ministro italiano Mario Draghi], publicado hoje, e que de uma maneira partícula enalteceu a importância da política de coesão”.

Uma política de coesão forte e clara, sustentou Vasco Cordeiro, é essencial para a “competitividade e vitalidade” da União Europeia. Mas, para isso, é necessário pensar na política de coesão como “uma política para todas as regiões”. “Não é uma política de caridade, é uma política de que fortalece a capacidade das regiões de enfrentarem desafios e o facto de ser para todas as regiões significa que tem de ser adaptada a cada região ou grupo de regiões”, completou.

Esta política, acrescentou, “não pode ser pensada apenas para regiões com menor índice de desenvolvimento”. Por isso, no seu entendimento, a resposta é investir mais e saber “como utilizar os fundos de coesão” de uma maneira transversal a toda a União.

Pouco depois, Elisa Ferreira, comissária com a pasta da Coesão, alertou para a importância de pensar na política de coesão como um elemento fulcral do quadro financeiro plurianual depois de 2027, que vai ‘passar pelas mãos’ dos eurodeputados nesta legislatura, mas pediu atenção para não desvirtuar o objetivo desta política – equilibrar os níveis de desenvolvimento e contribuir para a competitividade da UE como um todo.

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Autarcas do PSD dizem que fixação de tarifas pela ERSAR “não faz qualquer sentido”

  • Lusa
  • 9 Setembro 2024

“O facto de a ERSAR poder estipular o tarifário para os nossos serviços acho que não faz qualquer sentido, porque aqui viola, claramente, esse princípio da autonomia", diz Pedro Pimpão.

O presidente dos Autarcas Social-Democratas (ASD), Pedro Pimpão, disse esta segunda-feira que a fixação de tarifas pela Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR) “não faz qualquer sentido” e viola a autonomia do poder local.

“O facto de a ERSAR poder estipular o tarifário para os nossos serviços acho que não faz qualquer sentido, porque aqui viola, claramente, esse princípio da autonomia que tanto defendemos e que entendemos que deve ser valorizado”, afirmou Pedro Pimpão, também presidente da Câmara de Pombal, no distrito de Leiria.

Na semana passada, a presidente da ANMP, a socialista Luísa Salgueiro, criticou a decisão que permite à ERSAR fixar as tarifas da água por “violar a autonomia do poder local”, considerando que “não deve ser uma entidade externa a impor as tarifas que se aplicam” nos municípios.

Segundo a ANMP, o gabinete do secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros pediu, em 09 de agosto, a emissão de parecer à associação, até ao dia 20 seguinte, sobre o projeto de decreto-lei que define, para 2024, as tarifas e os rendimentos tarifários e demais valores cobrados nos termos dos contratos de concessão de sistemas multimunicipais.

A ANMP nota, contudo, que, no dia 8 de agosto, o Governo, liderado por Luís Montenegro (PSD), já tinha aprovado, em Conselho de Ministros, um decreto-lei que define as tarifas, “aplicando os valores de 2023 ajustados à taxa de inflação”, sendo que o diploma devolve à ERSAR “as competências para a fixação das tarifas, revogando a alteração introduzida na Lei do Orçamento do Estado para 2021 e regressando ao modelo em que os poderes tarifários são exercidos por entidade administrativa independente”.

As tarifas devem ser ajustadas à realidade económica e social de cada território, numa lógica de serviço público e não numa lógica puramente económico-financeira, sob pena de conduzir à elevação das tarifas para níveis socialmente incomportáveis, sobretudo e em particular, nas regiões do país economicamente mais desfavorecidas, mais dispersas e menos densamente povoadas”, defende a ANMP no seu parecer desfavorável ao projeto.

No documento, a ANMP preconiza que “a solução passará por assegurar a sustentabilidade económica e financeira dos sistemas, e isso não se pode fazer apenas pela via tarifária, sendo fundamental refletir seriamente sobre a introdução de mecanismos de perequação, baseados na solidariedade entre sistemas”.

Para Pedro Pimpão, também presidente da Câmara de Pombal, no distrito de Leiria, a posição da ANMP corresponde àquela que é a visão dos ASD, “de os municípios poderem ter autonomia, de acordo com a lei, para poderem estabelecer aquilo que são os valores aplicados nos serviços que prestam”.

O presidente do município de Pombal e igualmente vogal do Conselho Diretivo da ANMP acrescentou que espera que “o Governo seja sensível aos argumentos dos autarcas que querem ver salvaguardadas as realidades económico-sociais de cada território sobre os quais têm responsabilidade”.

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CCIP vai realizar 32 missões empresariais no próximo ano

  • ECO
  • 9 Setembro 2024

Missões têm como destino 25 mercados e vão realizar-se no próximo ano. Portugal também irá receber quatro eventos de diplomacia.

A Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP) prevê realizar, no próximo ano, 32 missões empresariais a 25 mercados, entre eles México, Marrocos, Arábia Saudita, Japão e Senegal, afirma num comunicado apresentado esta segunda-feira.

A associação empresarial revela que vão ser realizadas missões em novos destinos para o mercado empresarial como o Omã, Grécia, Indonésia, Vietname e Gabão. Também está previsto a realização de quatro eventos de diplomacia em Portugal, com a presença de embaixadores de vários países.

“O plano de internacionalização que todos os anos a CCIP aprova (..) é um passaporte prático para que as empresas nacionais possam melhorar as suas exportações, estabelecer parcerias e continuar o caminho” destaca Paulo Portas, vice-presidente da CCIP no comunicado.

No setor empresarial do turismo, a associação conta com três ações específicas no México, Coreia do Sul e Itália, que possibilita “às empresas portuguesas uma exposição distinta nestes mercados”.

Para start-up portuguesas, a CCIP apresenta a criação de duas ações exclusivas nos Emirados Árabes Unidos e na Arábia Saudita.

Além disso, Portugal vai receber compradores dos setores do vinho, do setor alimentar e das pedras naturais.

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OE2025. Leitão Amaro garante disponibilidade do Governo para compromisso sobre IRS Jovem e IRC

Ministro garante disponibilidade do Governo para chegar a compromisso com os partidos sobre "propostas fundamentais" como o IRS Jovem e o IRC, duas linhas vermelhas do PS.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, garantiu esta segunda-feira que o Governo disponibilizou aos partidos toda a informação que foi pedida, no âmbito do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), e está disponível para chegar a compromisso com os partidos sobre “propostas fundamentais” como o IRS Jovem e o IRC, duas linhas vermelhas do PS.

“Pelo Governo, há Orçamento do Estado para 2025 aprovado”, afirmou António Leitão Amaro em declarações aos jornalistas, à margem do primeiro Centro de Atendimento da Estrutura de Missão da AIMA, em Lisboa.

O governante garante que remeteu “toda a informação” que “foi solicitada” e disponível para “no plano informativo manter o maior esforço de transparência com os partidos, que jamais foi feito por qualquer Governo”. As declarações de Leitão Amaro ocorrem um dia antes da segunda ronda das reuniões de negociações com os partidos, no Parlamento.

O ministro, que estará presente nas reuniões a par do ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e do ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, afirmou que o Governo tem “disponibilidade sincera, leal para encontrar uma possibilidade de compromisso no parlamento que permita a aprovação do OE”.

Isso significa relativamente a várias preocupações, visões de vários partidos incluindo sobre propostas fundamentais que o Governo já fez sobre o IRS Jovem e o IRC uma disponibilidade sincera para chegar a compromissos“, disse o governante, confirmando as declarações ao ECO do deputado do PSD (partido que com o CDS-PP suporta o Governo) Hugo Carneiro.

Segundo Leitão Amaro há disponibilidade para “negociar essas matérias e chegar a um acordo“.

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Ryanair e aeroporto de Frankfurt têm de devolver 14 milhões à Alemanha por ajudas ilegais

  • Lusa
  • 9 Setembro 2024

"Três medidas alemãs a favor da Ryanair e o aeroporto de Frankfurt-Hahn são incompatíveis com as regras da União Europeia em matéria de auxílios estatais”, anunciou a Comissão Europeia.

A Comissão Europeia obrigou esta segunda-feira a companhia aérea de baixo custo Ryanair e a gestora aeroportuária de Frankfurt a devolverem mais de 14 milhões de euros em ajudas estatais ilegais concedidas pela Alemanha, que violaram a concorrência comunitária. “A Comissão Europeia concluiu hoje que três medidas alemãs a favor da Ryanair e o aeroporto de Frankfurt-Hahn são incompatíveis com as regras da União Europeia em matéria de auxílios estatais”, anuncia a instituição em comunicado.

Em causa está uma investigação iniciada em 2018, mas que remonta a 2005, no âmbito da qual o executivo comunitário vinca que “a Alemanha deve agora recuperar o auxílio incompatível, incluindo juros”. Nessa investigação aprofundada, iniciada há seis anos, a instituição verificou a legalidade, no âmbito das apertadas regras de concorrência da União Europeia (UE), de medidas a favor do aeroporto de Frankfurt-Hahn, que envolveram o estado da Renânia-Palatinado e terrenos públicos.

Examinou, também, acordos de comercialização, de ‘marketing’ e de apoio à formação a favor da Ryanair com o estado da Renânia-Palatinado e a gestora aeroportuária de aeroporto de Frankfurt-Hahn, numa janela temporal de 2005 a 2017.

Bruxelas concluiu que algumas de tais iniciativas “são incompatíveis com as regras da UE em matéria de auxílios estatais”, razão pela qual anuncia ter condenado “a Alemanha a recuperar cerca de 13 a 14 milhões de euros acrescidos de juros à Ryanair e de 1,25 milhões de euros acrescidos de juros ao aeroporto de Frankfurt-Hahn”.

“Por princípio, as regras da UE em matéria de auxílios estatais exigem que os auxílios estatais incompatíveis sejam recuperados sem demora, a fim de eliminar a distorção da concorrência criada pelo auxílio”, refere ainda a Comissão Europeia. Não serão, porém, aplicadas coimas, estando apenas previsto o reembolso das verbas ao Estado alemão.

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Afinal, Chega vai à reunião com Governo mas mantém que está fora das negociações do OE2025

  • Lusa
  • 9 Setembro 2024

“O Governo disse que tinha dados para apresentar sobre o cenário macroeconómico e o Chega é um partido responsável e, portanto, vai ouvir o que o Governo tem para dizer", disse André Ventura.

O Chega vai à reunião com o Governo sobre o Orçamento do Estado para 2025 para conhecer “o cenário macroeconómico”, mas mantém que está fora das negociações e rejeita que seja um recuo. Em declarações aos jornalistas à chegada às jornadas parlamentares, que decorrem entre segunda e terça-feira em Castelo Branco, o presidente do partido afirmou que “o Chega estará presente nesta reunião, como esteve na reunião com a ministra da Justiça, como esteve na reunião com o ministro dos Assuntos Parlamentares, para ouvir o que o Governo tem a dizer”.

O líder do Chega disse que não integrará a comitiva do partido que vai estar presente na reunião de quarta-feira. Inicialmente, André Ventura indicou que o Chega não compareceria a mais nenhuma reunião com o Governo. André Ventura argumentou esta segunda-feira que não se trata de um recuo e manteve que “o Chega não estará nas negociações deste Orçamento do Estado”.

“O Governo disse que tinha dados para apresentar sobre o cenário macroeconómico e o Chega é um partido responsável e, portanto, vai ouvir o que o Governo tem para dizer. Se o senhor primeiro-ministro me convocasse, eu lá iria também, isto não quer dizer que vai aprovar o orçamento dele”, afirmou.

“O PSD pôs-se fora ao preferir negociar com o Partido Socialista medidas à esquerda. Basta ver que o próprio Luís Montenegro já veio admitir a possibilidade de mudar o IRC e o IRS Jovem. Para ir de acordo ao Chega? Não, para ir de acordo ao que o PS quer. Então, meus senhores, façam um orçamento igual ao que o PS fez nos últimos sete anos e tem a aprovação garantida. É a solução mais fácil, agora não brinquem é com o eleitorado à direita”, disse.

Questionado sobre o que levaria o Chega de volta à mesa das negociações, André Ventura respondeu que o seu partido “não negoceia com partidos que estão a negociar com o Partido Socialista simultaneamente as medidas do Partido Socialista”.

“Portanto, este cenário nem se põe, uma vez que o Governo já disse que está aberto a essas medidas do Partido Socialista. Era preciso que o Governo voltasse tudo atrás e dissesse afinal não queremos negociar medidas do Partido Socialista, vamos aceitar negociar medidas à direita contra a corrupção, contra a imigração, legal e ilegal, pela descida de impostos. Como isso não aconteceu, nem há sinais de que vai acontecer, neste momento o único cenário que é em cima da mesa é o PS tornar-se, enfim, a moleta do PSD”, defendeu.

Ventura criticou também o primeiro-ministro por não participar nestas reuniões com os partidos, que decorrem na terça-feira e quarta-feira, considerando que “é um desprezo pelo parlamento, é um desprezo pelo adversário político, é uma desconsideração”. “Quem quer eleições é o Governo, quem quer que isto não passe é o Governo. Infelizmente, parece que o Governo está a conseguir levar o país para uma crise política”, acusou, e voltou a pedir a PS e PSD que “se entendam” a “bem do país” para evitar uma nova crise política.

Sobre a convocação de uma reunião do Conselho de Estado pelo Presidente da República, André Ventura, que integra esse órgão de consulta, considerou “normal” que Marcelo Rebelo de Sousa, “num contexto tão melindroso como este, queira ouvir os partidos, nomeadamente num Conselho de Estado onde são os líderes dos três maiores partidos e dos dois maiores partidos da oposição”.

No final de agosto, o presidente do Chega disse Chega iria retirar-se das negociações do Orçamento do Estado para 2025 e indicou que a decisão era “irrevogável”. O Governo convocou os partidos com assento parlamentar para uma segunda ronda de reuniões sobre o Orçamento do Estado a realizar na terça-feira na Assembleia da República. Uma vez que o Chega realiza jornadas parlamentares nesse dia, o executivo alterou a data da reunião com o Chega para quarta-feira.

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EDP paga 4,75% para emitir 850 milhões em dívida verde a 30 anos

A emissão servirá para financiar o portfólio de renováveis da energética liderada por Miguel Stilwell de Andrade.

A EDP EDP 0,03% emitiu esta segunda-feira 850 milhões de euros em dívida verde híbrida com maturidade de 30 anos, noticiou a agência Bloomberg, adiantando que a energética pagou uma taxa de juro de 4,75%.

Em comunicado divulgado posteriormente no site da CMVM, a EDP confirmou que fixou o preço para a emissão de instrumentos representativos de dívida
green subordinada fixed to reset rate no montante total de 850 milhões, adiantando que a emissão tem “uma opção de reembolso antecipado pela EDP de 6,5 anos após a data de emissão, data de vencimento em setembro de 2054 e uma yield de 4,75% (cupão anual de 4,625%) aplicável até à primeira data de reset a ocorrer 6,5 anos após a emissão”.

Os instrumentos representativos de dívida não são garantidos (unsecured), sendo
sénior apenas relativamente às ações ordinárias da EDP e subordinados às suas
obrigações de dívida sénior, adiantou.

“As receitas líquidas desta emissão serão utilizadas para financiar ou refinanciar o
portefólio de projetos “Green” elegíveis, tal como definido no “Green Finance
Framework”, sublinhou a EDP. “As Notes destinam-se a apoiar o financiamento do plano de investimento de 17 mil milhões de euros da EDP, aumentando a flexibilidade financeira do Grupo EDP”.

O BofA Securities, Citi, Deutsche Bank (B&D), DBS Bank Ltd., HSBC, ICBC,
Mediobanca, Mizuho, MUFG, Natixis, Santander, Standard Chartered Bank AG e
Wells Fargo Securities atuaram como Joint Lead Managers e a Unicaja – Kenta
Capital como Co-Manager, concluiu.

(Notícia atualizada às 18h14 com comunicado da EDP)

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