Conheça os vencedores da 5.ª Edição do Prémio Autarquia do Ano

Foram a concurso um total de 23 juntas de freguesia e de 25 câmaras municipais espalhadas pelo país, num total de 12 categorias e 49 subcategorias. Confira os vencedores da edição deste ano.

As câmaras municipais de Alenquer, Almada, Braga, Cascais, Freixo de Espada à Cinta, Leiria, Machico e Vila de Rei foram as grandes vencedoras da 5.ª Edição do Prémio Autarquia do Ano. A Junta Freguesia de Santo António, em Lisboa, foi também distinguida, tendo o grande prémio especial dos jurados sido entregue ao projeto Museu da Seda e do Território, do município de Freixo de Espada à Cinta.

A cerimónia de entrega de prémios decorreu no Palácio da Cruz Vermelha, em Lisboa, e contou com a participação de 150 autarcas do país. Foram a concurso 23 juntas de freguesia e 25 câmaras municipais, num total de 12 categorias e 49 subcategorias. Foram distinguidas 46 autarquias, assim como foram atribuídas 37 menções honrosas, 21 prémios, 12 grandes prémios e um grande prémio especial jurados, refere a Lisbon Awards Group num comunicado.

Conheça as autarquias premiadas

  • Alenquer com o projeto Frente Ribeirinha
  • Almada com o projeto 50 Anos 50 Retratos
  • Braga com o projeto RedMay
  • Cascais com o Projeto Cascais Mentalmente
  • Freixo de Espada à Cinta com o projeto Combate ao despovoamento do Interior
  • Leiria com os projetos Estratégia Municipal para Equipamentos de Saúde e Percurso Ribeirinho
  • Machico com o projeto Programa de Ajudas Técnicas
  • Vila de Rei com o projeto Esperança Porta-a-Porta
  • Junta Freguesia de Santo António com os Projetos Passeio da Fama e Eu é que sou o Presidente da Junta

O júri foi constituído por personalidades como Ana Firmo Ferreira, Founder & CEO do Lisbon Awards Group; Paulo Padrão, diretor-geral do ECO; João Pedro Tavares, presidente da ACEGE; Hugo Santos Ferreira, presidente da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII); Gina Coelho, coordenadora-geral na ATAM – Associação dos Trabalhadores da Administração Local; Carlos Carvalho, CEO da startup tecnológica ADYTA e diretor nacional da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE).

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Esquerda critica medidas do Governo para habitação, IL e Chega querem mais ambição

  • Lusa
  • 10 Maio 2024

A ex-ministra socialista da Habitação Marina Gonçalves assinalou que o PS está aberto às conversações que irão decorrer na Assembleia da República mas atacou “visão ideológica” das medidas.

Esquerda e PAN criticaram globalmente as medidas apresentadas esta sexta-feira pelo Governo para a habitação, o Chega exigiu rutura com as práticas do anterior executivo socialista, e a Iniciativa Liberal pediu mais esclarecimentos e ambição na mudança.

Estas posições foram transmitidas na Assembleia da República logo depois de o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o ministro Miguel Pinto Luz terem apresentado no Porto um programa de 30 medidas para o setor da habitação. Um plano que foi elogiado pelo PSD, CDS-PP e, genericamente, também pela IL.

Na reação às medidas do Governo, a ex-ministra socialista da Habitação Marina Gonçalves assinalou que o PS está aberto às conversações que irão decorrer na Assembleia da República em torno das propostas agora apresentadas pelo executivo PSD/CDS-PP. E até identificou alguma “continuidade” em relação à via seguida pelo anterior executivo de António Costa, tendo concordado, em termos de princípio, com “tudo aquilo que possa representar uma simplificação de procedimentos” ao nível do acesso à habitação.

No entanto, a vice-presidente da bancada do PS atacou uma “visão ideológica” inerente a muitas das medidas deste Governo, que disse contrariarem a realidade e que poderão ter como consequência uma desregulação do mercado e uma desproteção dos arrendatários.

“Assistimos agora a uma vontade de reversão de medidas que já estavam a ter efeitos no mercado de arrendamento, como o equilíbrio do alojamento local ou o arredamento coercivo. No que respeita às relações entre o arrendatário e o proprietário, o que nos é apresentado é um objetivo de desregulação e flexibilização dos contratos, o que significa uma desproteção dos arrendatários”, salientou. Uma alusão de Marina Gonçalves à intenção de o atual Governo rever o regime de arredamento urbano no que concerne à duração dos contratos.

O líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Fabian Figueiredo, acusou o Governo de pretender agravar os problemas no setor da habitação, sobretudo através do fim da ação reguladora por parte do Estado central. Fabian Figueiredo observou que o Bloco de Esquerda tem um agendamento potestativo marcado no parlamento para o próximo dia 22 sobre habitação, e prometeu combate a medidas do Governo do executivo PSD/CDS-PP que “têm como objetivo fomentar o turismo desenfreado e entregar as cidades à especulação imobiliária”.

“Havendo já rendas excessivamente altas e de curta duração, o Governo quer ainda revisitar esta lei. E sabemos o que a direita quer quando fala em revisitar a lei do arrendamento: Facilitar os despejos e aumentar a insegurança dos inquilinos”. A seguir, a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, acusou igualmente o executivo de preprarar medidas para “promover os negócios da banca e a especulação imobiliária”.

“Em nenhuma das medidas do Governo se vislumbra uma intenção de promover o investimento na habitação pública”, declarou, antes de o deputado da Iniciativa Liberal Jorge Pinto ter criticado o executivo de Luís Montenegro por apostar “em soluções antigas, que nunca trouxeram bons resultados” e por acabar com os limites à expansão do alojamento local.

Ainda em relação aos partidos mais críticos das medidas anunciadas pelo Governo, a deputada do PAN Inês de Sousa Real acusou o executivo de ter “sensibilidade zero em matéria ambiental” sobretudo “por somar mais um Simplex urbanístico” e pela ideia de revisão da lei dos solos – um ponto também criticado pelo Livre.

Pela parte do Chega, o deputado Filipe Melo acusou o Governo de ter apresentado um programa “sem ambição e em grande parte de continuidade face à prática do PS. “Provou-se hoje que a AD (Aliança Democrática) não quer desvincular-se do PS em matéria de habitação, com o primeiro-ministro a realçar inclusivamente os pontos de continuidade face ao passado, quando era preciso uma rutura”, sustentou.

A líder parlamentar da Iniciativa Liberal, Mariana Leitão, disse concordar globalmente com o plano agora apresentado pelo Governo e apontou que algumas das medidas são idênticas às que constavam nos projetos apresentados na quarta-feira pela IL, em relação aos quais o PSD e o CDS-PP, ao optarem pela abstenção, contribuiriam para o seu chumbo.

Mariana Leitão afirmou também que irá aguardar por esclarecimentos do executivo em relação a questões como a isenção do IMT para jovens até aos 35 anos. “Defendemos o descongelamento das rendas, mas não ouvimos nada sobre isso”, completou. O presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP, Paulo Núncio, justificou depois a abstenção do seu partido face a esses projetos da IL na quarta-feira, dizendo que foram apresentados de “forma fragmentada” e até com riscos de inconstitucionalidade.

“As medidas agora anunciadas acabam com os aspetos mais negativos do Programa Mais Habitação do anterior Governo, que representaram o maior ataque desde o PREC (Processo Revolucionário em Curso) aos proprietários e empresários do alojamento local”, sustentou o antigo secretário de Estado.

Pela parte do PSD, o deputado Cristóvão Norte destacou que o Governo está a apresentar um programa ambicioso e completo de medidas logo ao fim de menos de um mês em plenitude de funções. “Estas medidas vão gerar confiança no mercado de arredamento e agilizar a recuperação de imóveis devolutos”, acrescentou.

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Construção de 25 mil casas extra PRR vai custar 1.000 milhões. Basta “aval” do autarca para concurso avançar

Joaquim Miranda Sarmento vai ter de encontrar “soluções de financiamento” para as 25 mil casas que o Governo promete construir, além das 26 mil que têm verbas garantidas pela bazuca europeia.

Cerca de 1.000 milhões de euros. É este o montante da despesa pública estimada pelo Governo para acrescentar perto de 25 mil casas às 26 mil que têm financiamento garantido pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e que têm de ser construídas até ao final de 2026. O ministro das Infraestruturas comprometeu-se “nas próximas semanas, em conjunto com o ministro das Finanças, a encontrar soluções de financiamento” para estes fogos adicionais, descrevendo que as que têm verbas garantidas pela bazuca europeia “não são suficientes”.

“Passar de 26 para 50 mil fogos é uma medida agressiva e ambiciosa. No caso do PRR, hoje sabemos que temos 1.400 milhões inscritos, mais 390 milhões com o acréscimo que foi feito, e estimamos que esta verba possa ser incrementada em cerca de 1.000 milhões de euros, mas que serão escalonados no tempo ao longo dos próximos seis a sete anos. O prazo do PRR não é o prazo desta medida. Temos essas contas para fazer com as Finanças. A ambição é que ninguém fique de fora”, calculou Miguel Pinto Luz.

O “reforço de financiamento para viabilizar o desenvolvimento de milhares de outros fogos candidatos, mas não financiados no PRR”, que o Governo se compromete a fechar no prazo de um mês, é uma das 30 medidas que fazem parte do programa “Construir Portugal: Nova Estratégia para a Habitação”, apresentado esta sexta-feira no Salão Nobre da Câmara Municipal do Porto, com que o Executivo promete dar “resposta imediata” à crise de oferta no mercado habitacional.

Miguel Pinto LuzLusa

Quando iniciou funções há cerca de um mês, o Governo liderado por Luís Montenegro, que esta tarde disse estar “de mente e peito aberto” para avaliar propostas da oposição para a habitação – as reuniões com os grupos parlamentares arrancam já na próxima semana –, diz ter encontrado 53.927 casas candidatadas. O que é “dramático”, ilustrou o ministro, uma vez que no PRR apenas está garantido financiamento para a construção de 26 mil até 2026. Ou seja, ficam “de fora” estes perto de 25 mil fogos, para os quais Joaquim Miranda Sarmento terá agora de encontrar dinheiro.

Por outro lado, num momento em que mais de 7.000 candidaturas “bem instruídas, com projetos, terrenos e calendarização” que foram apresentadas pelas câmaras ao PRR estão “cristalizadas” no IHRU, à espera de aprovação, o Executivo decidiu que, havendo um termo responsabilidade assinado pelos autarcas relativamente a estas candidaturas, elas podem avançar de imediato. Uma alteração à forma de aprovação que Pinto Luz disse ter já sido “validada” pela Comissão Europeia, pelo Ministério da Coesão Territorial e pela unidade de missão do PRR.

Teremos o tempo até ao pagamento da primeira tranche para encontrar desconformidades. E daremos ao autarca esse espaço para as corrigir. É um processo dinâmico e [que decorre] em paralelo, para que não estejamos todos parados à espera uns dos outros.

Miguel Pinto Luz

Ministro das Infraestruturas e da Habitação

“A partir do momento em que é assinado esse termo de responsabilidade, o IHRU assina o contrato com o autarca, o que lhe permite desde logo cabimentar essa verba e lançar os concursos públicos e as obras para garantir que estão concluídas até 2026″. É que, notou o ministro, ao ritmo a que estas candidaturas estão a ser avaliadas, havia o “risco” de chegar ao final deste ano sem essas 7.000 candidaturas estarem todas avaliadas e depois não estarem concluídas até 2026

E se depois vierem a ser encontradas desconformidades? “Teremos o tempo até ao pagamento da primeira tranche para encontrar essas desconformidades. E daremos ao autarca esse espaço para as corrigir. É um processo dinâmico e [que decorre] em paralelo, para que não estejamos todos parados à espera uns dos outros. O Estado não pode ser um entrave e estava a ser”, respondeu Miguel Pinto Luz, em declarações aos jornalistas.

Não há melhor? Avança a ideia da Câmara

Outra medida deste plano para a habitação, que envolve diretamente as autarquias, é um novo regime legal semiautomático para o aproveitamento de imóveis públicos devolutos ou subutilizados para habitação a preços acessíveis, que será aprovado na próxima reunião de Conselho de Ministros. A ideia, explicou o ministro, é que caso os autarcas identifiquem imóveis públicos nos seus territórios e apresentem para ali um projeto deste género, se num prazo de “dois ou três meses” o Estado central não for capaz de propor algo melhor, então avançará no terreno essa proposta municipal.

“O Estado é muito amplo, são muitas as entidades que tutelam o património do Estado. O Ministério da Habitação, em conjunto com o Ministério das Finanças, já está a elencar o património que está disponível. Mas é por sabermos que essa análise pode demorar tempo demasiado (…) que invertemos aqui o ónus. Se os autarcas o detetaram, podem aderir a este regime semiautomático para acesso a esse imóvel. Teremos mais de 300 autarcas pelo país em busca desses imóveis para apresentarem projetos para habitação a preços acessíveis”, resumiu o governante.

Já até ao final da legislatura, o Governo promete avançar com a redução do IVA para a taxa mínima de 6% para as obras de reabilitação e construção de habitação, com limites em função dos preços”. Miguel Pinto Luz referiu que a medida ainda terá de ser “modelada” para garantir que este ganho fiscal “não seja repercutido apenas em lucros do lado do promotor, mas numa baixa efetiva dos preços para quem compra”.

Mais rápida, já na próxima semana, será a aprovação da proposta para “robustecer” a capacidade de promoção do IHRU, através da Construção Pública EPE, na realização dos fogos do Programa de Arrendamento Acessível. O ministro indicou que está a ser fechado um protocolo entre estas duas entidades para que os cerca de 10 mil fogos que estão em fase de concurso no IHRU possam ser executados pela antiga Parque Escolar. “O Estado tem de compreender que cada vez mais tem de se especializar: uma é especialista em fazer a construção e o IHRU em fazer a gestão, licenciamento e desenho. Vamos protocolar para que essas casas possam ser desenvolvidas”, concluiu.

Em reação a este plano, os proprietários já vieram acusar o Governo de manter “a maior parte das medidas gravosas do pacote Mais Habitação, como o teto às rendas para os novos contratos e a proteção das rendas antigas”, como afirmou ao ECO o presidente da Associação Lisbonense de Proprietário (ALP), Luís Menezes Leitão. “É uma quebra gravíssima da promessa eleitoral”, atira o ex-bastonário da Ordem dos Advogados.

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Acordo com Rússia. São Tomé lembra Portugal que é soberano

  • Lusa
  • 10 Maio 2024

O ministro dos Negócios Estrangeiros português disse que Portugal manifestou a São Tomé e Príncipe "estranheza" e "apreensão" pelo acordo de cooperação técnico-militar assinado com a Rússia.

O primeiro-ministro são-tomense disse esta sexta-feira que o seu país é independente e soberano e que ninguém vai ditar como deve relacionar-se com a Rússia, assegurando que o acordo militar assinado está em vigor e vai ser efetivado. “Nós somos independentes, soberanos, ninguém vai nos ditar como devemos nos relacionar com a Rússia”, declarou Patrice Trovoada, a propósito da polémica gerada à volta de um acordo técnico-militar assinado com a Rússia, e que não tinha sido divulgado pelo executivo.

A assinatura do acordo “por tempo indeterminado” foi noticiada pela agência de notícias oficial russa Sputnik, que revelou que o acordo foi assinado em São Petersburgo em 24 de abril e começou a ser implementado em 5 de maio.

Segundo a imprensa russa, as duas partes acordaram cooperar nos domínios da formação conjunta de tropas, recrutamento de forças armadas, utilização de armas e equipamento militar, logística, intercâmbio de experiências e informações no quadro da luta contra a ideologia do extremismo e do terrorismo internacional, educação e formação de pessoal e prevê a participação em exercícios militares.

Na quinta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, disse que Portugal manifestou a São Tomé e Príncipe “estranheza” e “apreensão” pelo acordo de cooperação técnico-militar assinado com a Rússia. “Acho que não há razões nenhumas para preocupações. É um acordo normal, habitual, que existe com vários países e sobretudo Portugal não tem razões para estar preocupado”, reagiu hoje o primeiro-ministro são-tomense, sublinhando que o arquipélago tem uma “cooperação antiga” e “profunda” com Portugal.

Patrice Trovoada afirmou que, relativamente à guerra da Rússia com a Ucrânia, São Tomé e Príncipe “foi bastante claro” quanto ao seu posicionamento e lembrou que, numa das Assembleias das Nações Unidas, ele próprio deu “procuração a Portugal para votar em nome de São Tomé e Príncipe contra a Rússia”. “Entre Portugal e São Tomé e Príncipe as coisas vão bem e, como se diz, no amor não é só dizer eu te amo, mas nós já demos provas suficientes de amor”, referiu o chefe do Governo são-tomense.

Patrice Trovoada assegurou que o acordo está em vigor, tal como anunciado pela imprensa russa, desde 05 de maio, mas vai seguir os procedimentos internos para a sua efetivação. “Do nosso lado as coisas estão claras, estão tranquilas e não é um acordo que merece tanta polémica. Assina-se um acordo, ele está em vigor, o acordo depois irá passar por todo uma série de trâmites para entrar em efetivação, por isso a polémica não está aí”, disse Patrice Trovoada.

Na quarta-feira, o presidente do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partido Social Democrata (MLSTP/PSD), líder da oposição são-tomense, criticou “o secretismo” com que o Governo assinou o acordo militar com a Rússia, vaticinando consequências na relação com a União Europeia e os Estados Unidos.

“Trata-se de um acordo que em momento nenhum ouvimos qualquer comunicado do Conselho de Ministros a fazer alusão. Um acordo desta envergadura, numa área bastante sensível e atendendo ao contexto mundial neste momento, penso que exige interação entre os vários órgãos de soberania, portanto Governo, Presidência da República e conhecimento da Assembleia Nacional, para a aprovação e a sua ratificação pelo Presidente da República”, defendeu o líder da oposição são-tomense, Jorge Bom Jesus.

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Diretor de vendas da TAP diz que é difícil alterar subsídio social de mobilidade

  • Lusa
  • 10 Maio 2024

"Uma solução que identifique o valor de compensação, quem paga, quais os prazos de pagamento exequíveis, etc, etc, isso não é uma solução fácil!", advertiu o diretor de vendas da TAP, Nuno Sousa.

O diretor de vendas da TAP, Nuno Sousa, considerou esta sexta-feira que é difícil alterar o subsídio social de mobilidade nas ligações aéreas entre os Açores e o continente, apesar de alguns partidos pretenderem modificar o modelo, que vigora desde 2015.

Uma solução que identifique o valor de compensação, quem paga, quais os prazos de pagamento exequíveis, etc, etc, isso não é uma solução fácil!”, advertiu aquele responsável pelas vendas na transportadora nacional, durante uma audição na Comissão de Economia da Assembleia Regional, reunida em Ponta Delgada.

Nuno Sousa foi ouvido pelos deputados, na sequência de uma anteproposta de lei, apresentada pela bancada do Chega, que propõe que os passageiros residentes nos Açores, que pretendam viajar para o continente, paguem, no máximo, 134 euros pela tarifa aérea de ida e volta, para acabar com a especulação no preço dos voos.

“Não seria possível estabelecer preços máximos para as tarifas, assim como para a taxa de emissão do bilhete?”, questionou o deputado do Chega, Francisco Lima, lembrando que, “uma coisa é aquilo que as companhias aéreas recebem, outra coisa é aquilo que as agências de viagens cobram”.

Mas o diretor de vendas da TAP entende que as companhias aéreas devem continuar a ter liberdade para aplicarem as tarifas que entenderem, para cada viagem, e lembrou que, para já, ainda vigoram as regras do mercado livre. “Existem tarifas que podem ir de um patamar muito baixo, menos de 60 euros, e podem subir até 600 euros, ou até eventualmente mais, depende dos mercados, depende das rotas, da procura e da capacidade instalada da própria companhia aérea”, justificou Nuno Sousa.

Segundo explicou, a TAP, por vezes, é “obrigada” a “ajustar a tarifa” para poder ter uma taxa de capacidade alta, adiantando que, se não o fizer, a transportadora não conseguirá vencer num mercado aberto, onde operam também companhias concorrentes, como a Azores Air Lines e a Ryanair. Os deputados ao parlamento açoriano pretendem também ouvir agentes de viagens e membros do Governo, a propósito da proposta do Chega, antes de o diploma subir a plenário para votação final.

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Apoio à renda vai ser alterado para corrigir restrições

  • Lusa
  • 10 Maio 2024

O Governo vai ainda criar, nos próximos 120 dias, um regulamento de transição entre as rendas apoiadas e renda acessível, por forma a garantir que não há descontinuidades nos apoios.

O Governo quer salvaguardar a situação das pessoas que perderam o apoio à renda na sequência de uma alteração do valor do contrato ou venda do imóvel, disse esta sexta-feira o ministro da Habitação, precisando que estas restrições vão ser eliminadas.

Em entrevista à Lusa, antes da apresentação formal da Estratégia para a Habitação, no Porto, Miguel Pinto Luz precisou que o Governo vai legislar no sentido de acabar com as descontinuidades do apoio. “Queremos redefinir as regras para nunca ninguém ficar fora”, disse o ministro, acrescentando que o Governo vai legislar no sentido de “garantir que esse apoio à renda se mantém, mesmo em situações que existem de venda do imóvel, transação do imóvel, mudança do senhorio”, ou seja, salvaguardando “todas as questões da transação ou alteração do valor do contrato”.

Esta mudança visa impedir que, ao contrário do que acontece atualmente, uma pessoa com uma taxa de esforço com a renda superior a 35% possa perder o apoio mensal à renda se, por acaso, for confrontado com uma mudança de senhorios (na sequência de herança ou venda do imóvel) ou de um aumento de renda, situações em que se considera que está em causa um novo contrato – e por isso já não anterior a março de 2023.

O Governo vai ainda criar, nos próximos 120 dias, um regulamento de transição entre as rendas apoiadas e renda acessível, por forma a garantir que não há descontinuidades nos apoios. Relativamente aos constrangimentos que identificam no mercado de arrendamento, referiu que o objetivo do Governo é regulá-lo” para o “tornar mais transparente” e “mais flexível”, apontando, como exemplo os prazos mínimos para a realização de um contrato de arrendamento habitacional.

“Se enchemos os dias a falar de habitação e falamos que temos que aumentar o arrendamento, a oferta de arrendamento e que Portugal é um país de proprietários, mas depois, na realidade, não oferecemos as ferramentas necessárias e suficientes para essa transformação do parque habitacional, então não estamos aqui a dizer nada”, afirmou.

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Proprietários acusam Governo de “manter medidas gravosas do Mais Habitação”

A Associação Lisbonense de Proprietários critica a manutenção do "teto ao aumento das rendas para novos contratos". Inquilinos lamentam falta de medidas para "regular e fiscalizar o mercado".

Os proprietários acusam o Governo de manter “a maior parte das medidas gravosas do pacote Mais Habitação”, como o teto ao aumento das rendas para os novos contratos e a proteção das rendas antigas”, afirmou ao ECO o presidente da Associação Lisbonense de Proprietário (ALP), Luís Menezes Leitão, em reação à estratégia para a habitação, apresentada esta sexta-feira pelo Executivo, no Porto. “É uma quebra gravíssima da promessa eleitoral”, atira o ex-bastonário da Ordem dos Advogados.

“Avalio pessimamente esta proposta, o que assistimos foi um verdadeiro flop, no âmbito de um programa de habitação de um Governo de centro-direita, que na campanha eleitoral, prometeu que iria revogar o Mais Habitação do anterior Executivo”, sublinhou Menezes Leitão.

De facto, e analisando o documento apresentado pelo ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, não há qualquer nota sobre a revogação do teto às rendas ou sobre o regime das rendas antigas.

Teto ao aumento das rendas para novos contratos vigora até 2030

Assim, mantém-se a medida do Mais Habitação que determina que, “nos imóveis que já se encontravam no mercado de arrendamento nos últimos cinco anos, a renda inicial nos novos contratos não pode ultrapassar os 2 % face à renda anterior, salvo nas rendas em que se pratiquem valores enquadrados dentro dos limites do programa de arrendamento acessível”.

De salientar que “a este valor podem acrescer os coeficientes de atualização automática dos três anos anteriores. No caso dos imóveis, onde tiverem sido feitas obras de remodelação ou restauro profundos, devidamente atestados pelos municípios, o aumento pode ser de 15% adicionais”, de acordo com o Mais Habitação. Este regime estará em vigor até 2030.

Por outro lado, o pacote do Governo socialista de António Costa garante a não transição dos contratos anteriores a 1990 para o Novo Regime de Arrendamento Urbano (NRAU), medida que se mantém inalterada na estratégia de Montenegro para a habitação. Isto significa que os proprietários não podem atualizar estas rendas, muito baixas, além do coeficiente da inflação. No final do ano passado, o Governo estava a estudar medidas de compensação fiscal aos senhorios, que acabaram por não sair do papel, por causa da demissão do primeiro-ministro.

Luís Menezes Leitão indica que, face às promessas eleitorais de revogação do pacote Mais Habitação, “as únicas propostas que avançaram foram a reversão do arrendamento coercivo e a garantia pública de arrendamento por parte do Estado, caso o inquilino deixasse de pagar as rendas”, lamenta.

Ora tanto uma como outra medida “não têm impacto algum”. “Primeiro, porque as autarquias não estavam a avançar com o arrendamento forçado, devido às dúvidas jurídicas existentes. Depois, revogar o ónus que recaía sobre o Estado para se assumir como senhorio quando os inquilinos não pagavam as rendas até é um alívio para o Governo”, explica o líder da ALP. “Isto é uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma”, lamenta.

Quanto à descida do IVA para 6% no caso de obras de reabilitação e construção de habitação, Menezes Leitão considera a “medida positiva”, mas critica o longo prazo para a sua implementação: “até ao final da legislatura, ou seja só lá para 2028”.

De recordar que, neste momento, as obras de recuperação já beneficiam da taxa mínima do IVA, desde que os imóveis estejam localizados em zonas de reabilitação urbana ou tenham um contrato com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) ou estejam integrados em regimes especiais de apoio financeiro ou fiscal à reabilitação de edifícios, tal como o ECO já noticiou.

António Machado, da Associação dos Inquilinos Lisbonenses, considera que o programa de habitação é “curto e contestável”. Em declarações à RTP3, indica que faltam medidas para “regular e fiscalizar o mercado”.

E destaca uma proposta em particular: a redução do IVA. “Há que garantir que a redução do IVA não é absorvida pelos agentes do mercado”, defende. A associação dos inquilinos espera agora fazer parte do grupo de trabalho que será criado.

Alojamento Local aplaude fim da contribuição extraordinária

Em relação ao fim da contribuição extraordinária sobre o Alojamento Local de 15%, criada pelo Mais Habitação, o presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP), Eduardo Miranda, congratula-se com a medida, mas aguarda pelos detalhes da proposta.

“Vemos como positivo que o Governo indique um prazo para resolver os principais pontos que ameaçam o setor, com as medidas do Pacote Mais Habitação”, sinaliza Eduardo Miranda. De salientar, que o Executivo promete aprovar a proposta de revogação da taxa sobre o Alojamento Local em 10 dias. Eduardo Miranda prefere não se alargar em mais comentários, uma vez que “a informação é escassa.

“Vamos aguardar com serenidade para ver a proposta concreta“, indica, acrescentando que “o acordo que a associação fez com o PSD, no ano passado, envolvia ainda outros tópicos”, sublinhou, sem explicitar quais.

(Artigo atualizado às 18h47)

 

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Presidente do grupo Lusiaves absolvido do crime de branqueamento de capitais

  • Lusa
  • 10 Maio 2024

Avelino Gaspar foi julgado por um crime de branqueamento de capitais. A presidente do coletivo de juízes explicou que foi provada “a materialidade dos factos”.

O presidente do grupo Lusiaves, Avelino Gaspar, que estava acusado de ter planeado desmantelar o património da Avilafões, em Vouzela, para provocar a sua insolvência, foi absolvido esta sexta-feira pelo Tribunal de Viseu. Considerado um dos grandes empresários de Portugal, Avelino Gaspar foi julgado por um crime de branqueamento de capitais.

O processo envolveu ainda Mário Pinto, um gerente que, além do crime de branqueamento de capitais, estava acusado de insolvência dolosa e de abuso de confiança qualificado, e que também foi absolvido. A presidente do coletivo de juízes explicou que foi provada “a materialidade dos factos” (ou seja, questões relacionadas com a prova documental), mas frisou que o que estava em causa era “a prova da intencionalidade das ações” praticadas pelos dois arguidos.

Segundo a juíza, “não se verificaram os elementos objetivos e subjetivos” dos crimes que lhes estavam imputados, desde logo a data em que se conheceram e como planearam o desmantelamento do património da Avilafões. No que respeita à maquinaria que, de acordo com a acusação, foi levada para uma unidade da Figueira da Foz, referiu que, mesmo se isso tivesse acontecido, não teria sido a causa da falta de capacidade produtiva da Avilafões.

Isto porque, à data em que aconteceu, já não funcionavam duas linhas de produção, a terceira deixou de funcionar em 2009, após uma inspeção veterinária e, portanto, “já pouca atividade havia”, referiu. Em outubro, Avelino Gaspar tinha negado em tribunal a existência de algum plano para desmantelar a Avilafões, garantindo que a intenção era investir e levar a empresa a ter sucesso.

Nesse dia, depois de responder às perguntas do coletivo de juízes, da procuradora do Ministério Público e dos advogados, Avelino Gaspar rematou: “só estou aqui por causa de uma história mal contada e de gente que me enganou”. O grupo Lusiaves tem mais de 30 empresas, que operam em todas as etapas da cadeia de valor do setor avícola, desde a produção do milho até à transformação e valorização de subprodutos, passando pelo abate e comercialização de aves.

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Insolvências de empresas e particulares crescem há dois trimestres

  • Lusa
  • 10 Maio 2024

No primeiro trimestre de 2024 registaram-se 1.803 insolvências decretadas a pessoas singulares, mais do que as 1.721 no último trimestre de 2023.

As insolvências de particulares e de empresas mantêm uma tendência de crescimento há dois trimestres, registando nos primeiros três meses do ano um total de 2.339 processos de insolvências decretadas nos tribunais de primeira instância.

De acordo com dados estatísticos divulgados esta sexta-feira pela Direção-Geral da Política de Justiça (DGPJ), no primeiro trimestre de 2024 registaram-se 1.803 insolvências decretadas a pessoas singulares, mais do que as 1.721 no último trimestre de 2023 e do que as 1.551 do terceiro trimestre do ano passado.

Na comparação com o trimestre homólogo regista-se uma quebra, uma vez que nos três primeiro trimestre de 2023 houve 1.988 insolvências de pessoas singulares decretadas. Já no que diz respeito a empresas, no primeiro trimestre deste ano os tribunais decretaram 533 insolvências, mais do que as 484 do trimestre anterior e do que as 478 do terceiro trimestre de 2023.

Já a comparação com o trimestre homólogo aponta também para um aumento, face aos 504 processos de insolvência registados nos primeiros três meses de 2023.

Os processos de insolvência de empresas registados no primeiro trimestre deste ano abrangeram maioritariamente negócios nos setores das indústrias transformadoras, da reparação de automóveis, construção e alojamento e restauração.

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Galp aprova redução do capital social em até 9%

  • Lusa
  • 10 Maio 2024

Na assembleia-geral, o conselho de administração da Galp recebeu também os poderes necessários para, dentro do limite indicado, “proceder à fixação do número de ações a extinguir”.

Os acionistas da Galp aprovaram, em assembleia-geral, uma redução do capital social da petrolífera em até 9%, por extinção de ações próprias, e a distribuição estimada de 422 milhões de euros em dividendos, foi comunicado esta sexta-feira ao mercado.

De acordo com a proposta em causa, enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Conselho de Administração da Galp recebeu também os poderes necessários para, dentro do limite indicado, “proceder à fixação do número de ações a extinguir”.

Este órgão foi delegado para praticar todos os atos para a concretização da redução do capital social e transferir o excesso da reserva legal nos capitais próprios para os resultados acumulados. Na reunião desta sexta, as contas da empresa também foram aprovadas, assim como a proposta de aplicação de resultados, que prevê a distribuição de mais de 422 milhões de euros em dividendos.

Em causa, está o pagamento de 0,27 euros por ação em circulação, que se somam aos 0,27 euros já pagos “a título de adiantamento de lucros do exercício de 2023”, perfazendo um total de 0,54 euros. O montante total a distribuir foi estimado, com base no capital social existente a 31 de dezembro de 2023, em 422.139.515,22 euros.

Da ordem de trabalhos fizeram ainda parte alterações à política de remuneração dos membros dos órgãos sociais e a concessão de autorização ao Conselho de Administração para a compra e venda de ações e obrigações próprias, que também receberam “luz verde”.

Os acionistas da Galp também procederam à apreciação do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e do Revisor Oficial de Contas. Na sessão de hoje da bolsa, as ações da Galp subiram 0,38% para 19,94 euros.

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Pedro Costa assume a direção geral do GCI Media Group

Filho do ex-primeiro-ministro António Costa, Pedro Costa tinha apresentado a renúncia ao cargo de presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique alegando divergências com Carlos Moedas.

Pedro Costa, até há dez dias presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique, vai assumir as funções de diretor-geral do GCI Media Group. “Estou altamente confiante de que o Pedro Costa, assumindo a direção geral, vai contribuir fortemente para o elevar ainda mais do patamar de qualidade dos nossos serviços e potenciar novas oportunidades de desenvolvimento dentro das diferentes agências do grupo”, diz citado em comunicado André Gerson, CEO do grupo que agrega a GCI, a Media Consulting, a agência de eventos WMK, a Sonomage, a SSI – SustainableSocietyInitiative e a Meraki, agência de comunicação em Angola”.

Pedro Costa, filho do ex-primeiro-ministro António Costa, é licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa e pós-graduado em Comunicação, Cultura e Tecnologias de Informação pelo ISCTE. “É com muito entusiasmo que aceito este desafio, como diretor-geral, colocar ao serviço do GCI Media Group a minha experiência em comunicação institucional, acompanhada do conhecimento que a atividade política me deu nos últimos anos. É um regresso ao mundo da consultoria de comunicação e relações-públicas focado no crescimento deste grande grupo que é o GCI Media Group”, refere Pedro Costa.

O agora diretor-geral renunciou recentemente ao cargo de presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique, alegando ter chegado a um ‘limite’ nas relações políticas e institucionais com Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa. “Sinto que cheguei ao meu limite face ao silêncio da Câmara Municipal, disse o autarca através de uma carta dirigida aos munícipes de Campo de Ourique. “É difícil dar a cara junto dos eleitores com a falta de informação de que disponho e sinto que é impossível, com a energia que me resta, garantir as prioridades certas para a freguesia de Campo de Ourique. Este ponto de encontro entre a falta de condições pessoais e políticas é a pedra de toque da decisão que aqui partilho“, escreveu, numa mensagem aos munícipes no dia 30 de abril.

As mudanças no GCI Media Group incluem também a nomeação de Carlos Gouveia Martins para desempenhar a função de corporate communications manager de forma transversal a toda a estrutura do grupo. Licenciado em Administração Pública e Políticas do Território pelo ISCSP da Universidade de Lisboa, é mestre em Ciências Farmacêuticas e pós graduado em Marketing e Comunicação.

Em abril, o GCI Media Group integrou a APECOM – Associação Portuguesa das Empresas de Comunicação e aderiu ao Código de Conduta de Assuntos Públicos para a Representação Legítima de Interesses, subscrevendo a missão da Associação em avançar para a autorregulação do lobbying enquanto Portugal permanecer sem legislação nesta matéria.

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Montenegro está “de mente e peito aberto” para avaliar propostas da oposição para a habitação

Governo reúne-se na próxima semana com os partidos da oposição para ouvir “contributos positivos” que possam somar às 30 medidas apresentadas pelo Executivo para o setor da habitação.

O primeiro-ministro anunciou esta sexta-feira que “na próxima semana” o Governo vai encetar no Parlamento contactos com todos os grupos parlamentares com vista a aproveitar as iniciativas e os contributos que todos os partidos possam apresentar para a execução da estratégia” para a habitação. “Estamos abertos a enriquecer esta estratégia com contributos positivos”, frisou.

Em conferência de imprensa no Porto, onde apresentou um plano com 30 medidas para a habitação, Luís Montenegro garantiu que está “de mente e peito aberto” para acolher propostas da oposição. No entanto, salvaguardou que o Executivo “não está disponível para simular diálogos e concertações”. “Estamos disponíveis para acolher ideias de quem quer construir; [não] para quem quer fazer de conta que dialoga, mas depois está sempre nas costas a tentar minar o trabalho do Governo”, assinalou.

Acompanhado pelos ministros das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, e dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, durante uma intervenção no Salão Nobre da Câmara do Porto, em que deixou promessas ao autarca Rui Moreira de uma “parceria estratégica com os municípios” nesta área da habitação, o chefe do Executivo sublinhou que o tema da habitação “afeta todo o território português, com algumas especificidades em cada local”.

“Há hoje grandes dificuldades no acesso à habitação, com consequências para a atração de recursos humanos para as empresas e para a administração pública, com implicações nas condições de vida dos portugueses”, sublinhou o chefe do Executivo, para quem o acesso a uma habitação digna “não pode ser apenas uma formulação jurídica [e] para ser um verdadeiro direito fundamental tem de ser um exercício pleno”, referiu.

Para Luís Montenegro, “uma pessoa que não tenha uma habitação digna está em conduções de desigualdade flagrante à partida, e isso é uma circunstância que não podemos tolerar”. O primeiro-ministro notou ainda que “obviamente não foi feito tudo mal” pelo anterior Executivo socialista e que “o que está bem feito é para continuar”. “Mas há muito que não foi feito ou que foi feito erradamente. Por isso há que atalhar caminho”, concluiu.

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