Hoje nas notícias: Orçamento, TAP e criptomoedas

  • ECO
  • 7 Outubro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Há pelo menos cinco câmaras e um pólo universitário na corrida à gestão de novos centros de saúde. O presidente do CES acredita na aprovação do Orçamento de Estado, cuja proposta do Governo será conhecida esta semana. A frota reduzida e “hub” congestionado travam potencial de receitas da TAP. Estas são algumas das notícias em destaque nos jornais esta segunda-feira.

Câmaras e pólo universitário na corrida à gestão de novos centros de saúde

Há pelo menos cinco câmaras, uma unidade de saúde militar e um pólo universitário interessados em avançar com a gestão de Unidades de Saúde Familiar modelo C (USF-C), um novo regime que permite que entidades do setor social, privadas e outras possam constituir centros de saúde. Entre as autarquias constam Alenquer, Cascais, Loures, Lisboa e Óbidos. A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, avançou no Parlamento que chegaram ao Ministério “mais de 30 manifestações de interesse” para a gestão de USF-C.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

“Estamos mais perto de ter um OE aprovado”, diz presidente do CES

O presidente do Conselho Económico e Social (CES) considera provável a aprovação do Orçamento de Estado face à assinatura do acordo em concertação social que enquadrou a contraproposta que viria a ser apresentada pelo Governo ao PS. Luís Pais Antunes entende que foi o reconhecimento por parte de todos os intervenientes da importância da estabilidade, de consertar posições e de um espírito de grande abertura e de cedência. Reconhece, por isso, a influência dos acordos de concertação social nos processos políticos.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Frota reduzida e hub congestionado travam potencial de receitas da TAP

A Standard & Poor’s (S&P) avisa que a frota reduzida da TAP e o hub na Portela a abarrotar podem vir a limitar o potencial de crescimento das receitas da companhia área. A agência de classificação de risco manteve o rating da empresa em BB-, nível considerado como “lixo” pelo mercado, justificando com a capacidade moderada de crescimento da TAP, além das estimativas das “tarifas médias estáveis”, o que a somar aos “resultados sólidos” do primeiro semestre deve resultar num aumento das receitas de um dígito em 2024. Antecipa que a TAP feche o ano com um EBITDA entre 830 a 860 milhões de euros, superior aos 832 milhões atingidos em 2023.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Comissão propõe reforma drástica do orçamento da UE a partir de 2028

O líder do Comité das Regiões, Vasco Cordeiro, está preocupado com o rascunho do modelo do próximo quadro financeiro plurianual (QFP) a partir de 2028, desenhado pelos serviços da Comissão Europeia. Aponta um enfraquecimento da Política de Coesão e uma subalternização das regiões, que põem em causa a filosofia de desenvolvimento integrado e redução das disparidades e assimetrias, que está na sua génese.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Disparam casos de chamadas fraudulentas sobre criptomoedas

Há redes internacionais a forjar números de telefone e a utilizar dados reais das vítimas em Portugal para as levar a transferir dinheiro, alerta o Gabinete de Cibercrime da Procuradoria-Geral da República (PGR). As vítimas são convencidas pelos burlões, que se identificam como gestores de criptoativos, de que têm uma valiosa carteira prestes a ser fechada e que têm de abrir uma nova conta para salvar “milhares de euros”. A PGR avisa igualmente para “um número muitíssimo expressivo” de chamadas “mudas” que testam a validade de números para futuras burlas.

Leia a notícia completa em Jornal de Notícias (acesso livre).

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Empresa da Sonae compra concorrente PetCity e expande-se para os países bálticos

Sonae continua a reforçar no retalho para animais de estimação. A sua participada Musti acaba de assinar um acordo para comprar a rede PetCity, presente na Estónia, Letónia e Lituânia.

A Sonae continua a expandir a sua aposta no mercado dos produtos e serviços para animais de estimação. Esta segunda-feira, o grupo anunciou que a sua participada Musti, a qual detém em 80%, assinou um acordo para comprar a rede de lojas de produtos para animais e clínicas veterinárias PetCity, marca “de referência” nos países bálticos.

Num comunicado, e sem revelar a soma envolvida na transação, a Sonae explica que, com este acordo, a Musti, “líder no retalho de produtos e cuidados para animais de estimação nos países nórdicos”, reforça a sua internacionalização com a compra de uma congénere “presente na Estónia, Letónia e Lituânia.

“A aquisição da PetCity é um marco importante na execução da nossa estratégia de crescimento para a Musti. Com a entrada nos países bálticos, a Musti irá alargar a sua proposta de valor única no setor de retalho para animais de estimação, passando a estar presente num total de seis países. A empresa posiciona-se, assim, como plataforma de crescimento num setor de mercado cada vez mais relevante e no qual depositamos grande ambição”, considera o CFO da Sonae, João Dolores, citado na mesma nota.

Mais concretamente, de acordo com a Sonae, a PetCity “opera 46 lojas de retalho e 16 clínicas nos países bálticos, incluindo uma plataforma de comércio eletrónico que opera em toda a região”. “A rede de lojas é composta por 15 lojas na Estónia, 13 lojas na Letónia e oito na Lituânia”, acrescenta. Quanto às clínicas, oito ficam na Estónia, enquanto Letónia e Lituânia têm quatro cada.

Esta operação gerou um volume de negócios agregado de 31,5 milhões de euros no ano passado, “beneficiando de uma equipa dedicada de 472 funcionários (incluindo a tempo parcial), que apoia milhares de pet parents nos três países”, refere a Sonae esta segunda-feira.

A Sonae comprou 80% da Musti em março deste ano, num investimento de cerca de 700 milhões de euros que representou uma das maiores operações da história do grupo português.

Para o CFO da Sonae, o novo investimento nos países bálticos através da Musti “representa também mais um passo na aceleração da internacionalização do Grupo Sonae através de empresas líderes nos seus setores”.

(Notícia atualizada pela última vez às 8h26)

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Arábia Saudita lança uma iniciativa para impulsionar a investigação e as aplicações éticas da IA

  • Servimedia
  • 7 Outubro 2024

O programa promove o intercâmbio de conhecimentos e de melhores práticas para integrar normas éticas no desenvolvimento da IA.

A Autoridade Saudita para os Dados e a Inteligência Artificial (SDAIA) lançou uma iniciativa pioneira para promover a investigação e as aplicações éticas da inteligência artificial (IA). O projeto foi desenvolvido em colaboração com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e foi concebido para estabelecer um novo padrão no panorama global da IA, sublinhando o compromisso do país com a inovação responsável.

O Segmento Ministerial de Alto Nível sobre Ética e Governação da IA foi organizado durante a Cimeira Mundial da IA (GAIN) 2024. A iniciativa promove o intercâmbio de conhecimentos e de boas práticas para integrar normas éticas no desenvolvimento da inteligência artificial. Visa também fornecer um quadro global para avaliar a maturidade ética dos sistemas de IA, facilitar a colaboração para fazer avançar a investigação e as aplicações éticas e promover a IA responsável à escala mundial através de deliberações impactantes e da harmonização de estratégias.

O objetivo é criar uma plataforma para discutir o futuro da IA e explorar a forma como as aplicações modernas podem reforçar o desenvolvimento de políticas, melhorar os ambientes de investigação, promover o crescimento das empresas e influenciar vários aspetos da vida. Assim, um dos seus principais objetivos é promover o desenvolvimento e a utilização ética e responsável da inteligência artificial em conformidade com os valores nacionais. Além disso, o projeto inclui o Relatório Nacional da Arábia Saudita, elaborado com base na Metodologia de Avaliação da Prontidão da UNESCO, uma ferramenta de implementação da Recomendação da UNESCO sobre a Ética da IA.

A sessão de lançamento, realizada à margem da Cimeira Mundial sobre a IA, lançou luz sobre as principais iniciativas a nível internacional lideradas pelos países participantes e pelos fóruns mundiais. Também apresentou os pontos de vista dos primeiros países que estão a traduzir os princípios éticos da Recomendação da Unesco sobre a Ética da AI em políticas viáveis através da sua ferramenta de implementação, a Metodologia de Avaliação do Estado de Preparação (RAM). Cerca de 60 países já estão a participar no exercício RAM, avaliando as reformas jurídicas e políticas, bem como as dimensões social, cultural, económica, educativa, científica e infraestrutural da IA.

A colaboração a nível regional e sub-regional permite que os países formem parcerias e abordem conjuntamente desafios e oportunidades específicos da região. Para a implementação efetiva da Recomendação da Unesco sobre a Ética da Inteligência Artificial, a Unesco também se baseia em plataformas políticas regionais.

O programa faz parte de um esforço de cooperação para fazer avançar os sistemas de IA, desenvolver normas éticas para orientar a utilização de aplicações de IA e garantir que estas tecnologias estão em conformidade com os valores religiosos, humanos e morais, salvaguardando simultaneamente o bem-estar da família e da sociedade. Demonstra também o empenho do SDAIA em trabalhar com instituições internacionais para promover a utilização ética da IA e alcançar objetivos comuns no desenvolvimento de dados e estratégias de IA que apoiem o crescimento e a sustentabilidade da sociedade.

Enquanto organismo responsável pelo desenvolvimento de dados e tecnologias de IA no país, o SDAIA incentiva as autoridades competentes a implementar as melhores práticas éticas em conformidade com os valores e a ética da sociedade saudita. Apoia igualmente a promoção da investigação e a formulação de políticas que incentivem o investimento neste domínio, impulsionando simultaneamente as economias baseadas em dados e a IA à escala mundial.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 7 de outubro

  • ECO
  • 7 Outubro 2024

Ao longo desta segunda-feira, 7 de outubro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Jaume Sabater, o investidor espanhol que está por detrás da exposição de arte de Johnny Depp em Nova Iorque

  • Servimedia
  • 7 Outubro 2024

Através da Stoneweg Places & Experiences, a empresa a que preside e que gere a exposição, a exposição poderá vir a Espanha.

Jaume Sabater, cofundador e CEO da Stoneweg e figura-chave no investimento e promoção de espaços culturais através da Stoneweg Places & Experiences, é um dos arquitetos da exposição imersiva de Johnny Depp, “A Bunch of Stuff”, recentemente inaugurada em Nova Iorque.

Graças à aliança estratégica entre a Stoneweg Places & Experiences e a BAUART, esta exposição experiencial, localizada no icónico edifício Starrett-Lehigh em West Chelsea, permite ao público explorar pela primeira vez o processo criativo e as obras de arte de Depp.

Assim, Jaume Sabater, através da Stoneweg Places & Experiences, destaca-se pela sua aposta na criação de parcerias estratégicas para cada projeto em que está envolvido. A sua visão centra-se no investimento na cultura, confiando na sua rentabilidade e na capacidade de gerar experiências memoráveis para o público.

O empresário, que a partir da Stoneweg promove projetos culturais como o futuro Museu Carmen Thyssen em Barcelona ou o pólo cultural Godó i Trias em L’Hospitalet de Llobregat, foi fundamental na materialização desta ambiciosa exposição, que combina arte, tecnologia e o toque único de Depp.

“Estamos muito satisfeitos pelo facto de, através da nossa parceria com a BAUART e com os parceiros de exposição Pantheon e TAIT, o extraordinário talento artístico de Johnny Depp ser mostrado ao mundo. É uma oportunidade única que se enquadra perfeitamente na nossa missão de oferecer experiências que se relacionam com o público de uma forma inovadora e despertam novas formas de ver e compreender a arte”, afirmou Jaume Sabater.

A parceria entre a Stoneweg e a BAUART, juntamente com a Pantheon Art e a TAIT, permitiu que esta exposição fosse além do tradicional, fundindo a arte visual com elementos tecnológicos avançados, oferecendo uma experiência imersiva única. A exposição oferece um vislumbre íntimo do mundo de Johnny Depp, combinando obras de arte inéditas com objetos pessoais e recordações que refletem o seu percurso artístico e pessoal. Embora o calendário ainda não esteja concluído, Espanha poderá ser um dos próximos destinos da exposição.

Desde a apresentação de retratos de amigos e familiares até à sala imersiva “Black Box”, “A Bunch of Stuff” oferece uma experiência que transporta o visitante para o mundo criativo de Depp, tudo graças à liderança de Sabater e à sua visão de dar vida à arte de uma forma perturbadora e emocional. A exposição estará patente em Nova Iorque até ao final do ano, com a promessa de ser uma das mais aguardadas e com Jaume Sabater como um dos seus principais promotores. Os bilhetes já estão à venda em ‘www.abunchofstuff.com’.

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Euronext volta a apostar em opções sobre empresas nacionais

As novas opções começam a negociar na bolsa de Lisboa esta segunda-feira e incidem sobre as ações da EDP, Jerónimo Martins, Galp Energia e EDP Renováveis. As maturidades das opções vão até 3 meses.

A Euronext anunciou esta segunda-feira o regresso de opções sobre empresas nacionais à bolsa nacional. As novas “spotlight options“, que começarão a negociar esta segunda-feira assim que a bolsa abrir, incidem sobre os títulos da EDP, Jerónimo Martins, Galp e EDP Renováveis, com maturidades de um, dois e três meses.

Esta iniciativa marca o regresso das opções sobre ações portuguesas à Euronext, após quase duas décadas de ausência, quando em 2004 foi descontinuada a negociação das opções sobre a Portugal Telecom, EDP, PT Multimedia e BCP devido à falta de liquidez destes instrumentos. E surge também após uma tentativa não concretizada em 2022, justamente através das empresas e com o mesmo desígnio.

Para garantir a liquidez destas novas opções, que serão liquidadas pela câmara de compensação Euronext Clearing, o grupo liderado por Stéphane Boujnah estabeleceu um acordo com a Susquehanna, uma empresa especializada em market making. Este acordo visa assegurar que os investidores terão sempre a possibilidade de comprar ou vender estes instrumentos financeiros.

As spotlight options são um tipo especial de opções com maturidades mais curtas, geralmente de um a três meses. Estas opções permitem aos investidores apostar na evolução das ações num horizonte temporal mais reduzido, oferecendo maior flexibilidade e potencial de retorno.

A decisão de relançar a negociação de opções sobre títulos portuguesas surge com o lançamento de 21 novas opções sobre empresas constituintes do principal índice acionista alemão (DAX 40) e de seis empresas irlandesas.

Anthony Attia, responsável global de derivados e pós-negociação da Euronext, refere que “esta expansão da nossa oferta de derivados foi possível após a conclusão bem-sucedida da expansão da Euronext Clearing a todos os mercados do Grupo Euronext”, notando ainda a abertura da porta “para futuros lançamentos de produtos como parte do nosso novo plano estratégico.”

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A Airbnb afirma que o outono está a tornar-se a melhor estação para estadias económicas e familiares

  • Servimedia
  • 7 Outubro 2024

De acordo com a plataforma, mais de 80% dos viajantes espanhóis dão prioridade ao preço quando procuram alojamento.

A Airbnb afirmou esta sexta-feira que o outono é a altura ideal para aproveitar a descida sazonal dos preços e fazer viagens sem grande orçamento. De acordo com dados da plataforma, o preço por noite nos últimos anos tende a ser mais baixo entre os meses de setembro e novembro em comparação com o resto do ano, uma altura que em Espanha coincide com temperaturas agradáveis mas menos multidões do que durante o verão.

A plataforma indica que mais de 80% dos viajantes espanhóis afirmam que o preço é um dos fatores mais importantes quando decidem onde reservar, e mais de metade afirma que ficar na Airbnb lhes permitiu poupar dinheiro durante a sua estadia em comparação com outros tipos de alojamento.

Para aqueles que estão a planear a sua próxima escapadela de fim de semana ou de fim de semana prolongado, a Airbnb partilha os destinos nacionais que oferecem as melhores poupanças neste outono, “tornando-os as escapadelas perfeitas para viajar em família e divertir-se a preços mais acessíveis”.

Entre os destinos que baixaram de preço no outono de 2023 em relação ao verão de 2023, cita Miramar, Bellreguard e Oropesa del Mar, na Comunidade Valenciana; e Isla Cristina, Cuevas de Almanzora, El Ejido, Vera, Garrucha e Lepe, na Andaluzia.

Quanto às tendências para o outono de 2024, salienta que as famílias espanholas estão a fugir das grandes cidades e procuram a tranquilidade de um ambiente rural. “Com menos multidões, temperaturas mais agradáveis e preços mais acessíveis, é a altura ideal para descobrir destinos que combinam paisagens únicas, atividades ao ar livre e o encanto das aldeias”, acrescenta.

Os “destinos da moda” nas pesquisas para este outono que cita são Cartagena, na Região de Múrcia; Logroño, em La Rioja, Cheste e Gandía, na Comunidade Valenciana; Chiclana de la Frontera, na Andaluzia; Cadaqués, na Catalunha; Santa Cruz de la Palma, nas Ilhas Canárias; Laredo, na Cantábria; e Alcúdia, nas Ilhas Baleares.

Por último, entre os alojamentos da Airbnb disponíveis para escapadelas de época baixa em Espanha, cita uma casa de surf familiar em Loredo (Cantábria), outra casa perto da aldeia costeira de Las Negras (Andaluzia), uma casa rural em Senan (Catalunha), uma casa rural na aldeia montanhosa de Lugar de Calo (Galiza) e uma casa rural em Navarra.

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Quais são as seguradoras mais rentáveis para os acionistas?

As companhias de seguros em Portugal conseguiram, em média, uma rentabilidade dos capitais de 13,5%. Destacam-se Aegon Santander, a Ocidental do Grupo Ageas e a Allianz.

As companhias de seguros em Portugal conseguiram, em média, 13,5% de rentabilidade dos capitais que permanecem investidos pelos acionistas, revelam estatísticas agora publicadas pela ASF, entidade supervisora do setor, com base nos relatórios e contas das empresas para o exercício de 2023. Para os acionistas das seguradoras este é um valor superior ao retorno que teriam se investissem noutros setores de atividade e, seguramente, melhor que em instrumentos de risco quase nulo.

Os favoritos dos acionistas: Tiago do Couto Venâncio, CEO das seguradoras Aegon Santander; Teresa Brantuas, CEO da Allianz em Portugal; e Nelson Machado, administrador do grupo Ageas e CEO da Ocidental Vida.

A Aegon Santander, uma parceria entre a gigante neerlandesa e o grupo financeiro espanhol, foram as seguradoras que mais lucros ofereceram aos seus acionistas, obtendo em 2023 uma rentabilidade de capitais próprios (RCP) de 63,3% no ramo Não Vida e de 47,4% no ramo Vida. As companhias, lideradas por Tiago do Couto Venâncio, vendem exclusivamente através da rede Santander seguros de Vida não financeiros e coberturas multirriscos habitação, saúde e acidentes pessoais.

A Ocidental Vida foi a 2.ª seguradora mais rentável para os seus proprietários em 2023. Tendo Nelson Machado como CEO e integrada no Grupo Ageas Portugal, tem o Millennium bcp como parceiro de longa data tendo obtido um RCP de 51% através do canal bancainsurance em que usa a rede Millennium. É a 4.ª maior seguradora em Portugal, fatura perto de mil milhões de euros por ano em Portugal e é líder em produtos PPR.

A Allianz em Portugal entregou lucros de 39% face ao capital que a casa mãe alemã Allianz, mas também o BPI, têm na operação portuguesa liderada por Teresa Brantuas. É a 5.ª maior seguradora no país, com 660 milhões de euros em prémios, tendo posições cimeiras em Acidentes de Trabalho, Automóvel, Saúde e multirriscos.

A GamaLife é a 5.ª seguradora mais rentável face aos capitais, mantendo uma sucursal em Itália enquanto a Generali Tranquilidade é a mais rentável entre os três maiores grupos seguradores porque concentra numa só companhia toda atividade que detém. No entanto, resultando de uma aquisição em 2019, o investimento realizado pela APAX ao adquirir a empresa foi maior que o valor que está atualmente presente na empresa. Para todos os efeitos, a operação rendeu 32,7% de retorno ao acionista.

Destaque ainda no “top 10” para as portuguesas Planicare, uma companhia de seguros de saúde ainda em crescimento, após uma indispensável injeção de capital, a Lusitania Vida está a retornar essa excecionalidade ao Montepio, enquanto a Real Vida entregou 26% do investimento retido pela Patris SGPS na seguradora.

O ranking das 36 seguradoras pelo que renderam aos acionistas em 2023

Para as companhias de seguros em Portugal conseguirem em média 13,5% de rentabilidade dos capitais investidos pelos acionistas, as companhias precisaram de uma gestão rigorosa perante a instabilidade dos seus investimentos nos mercados de capitais e das consequências da inflação nos custos com sinistros, sobretudo nos ramos automóvel e saúde. Ainda se pede capacidade para mobilizar capitais para crescer mantendo níveis de solvência confortáveis.

A ASF analisou 36 companhias que supervisiona diretamente e de todas apenas a Mapfre Santander apresentou prejuízos de 290 mil euros, tratando-se de uma joint venture que está ainda em fase de lançamento.

Em conjunto, as companhias analisadas obtiveram resultados líquidos de 646,8 milhões de euros, um valor inferior aos 822 milhões de 2022. Para encontrar o retorno para o investimento dos acionistas, calculou-se o rácio rentabilidade dos capitais próprios, comparando os resultados líquidos pelos valores médios dos capitais próprios entre o início e o final do ano, utilizando os valores das contas no final de 2023 e de 2022.

Os capitais próprios, ou seja, o total de capital que os acionistas mantêm na empresa, resultam da adição do Capital social, das Reservas de reavaliação, de Outras reservas, de Outros elementos do Capital Próprio, dos Resultados transitados e do Resultado do exercício. De forma agregada, os proprietários das seguradoras em Portugal têm 5,23 mil milhões de euros fixados nas empresas. Estas faturaram cerca de 12 mil milhões de euros em 2023 e gerem ativos de 53,8 mil milhões, dos quais 50,8 milhões de euros são investimentos das próprias companhias.

As rentabilidades são diferenciadas para os diferentes tipos de seguradoras. A análise da ASF incide estritamente sobre a atividade seguradora dos diferentes grupos que podem separar, por diferentes sociedades, o negócio Vida e Não Vida e ainda podem autonomizar alguns ramos ou por terem diferentes parcerias.

Fidelidade, Generali, Real Vida e Allianz, são as companhias mistas, porque agregam todo o negócio próprio Vida e Não Vida na mesma empresa. No entanto, a Fidelidade tem empresas próprias para a saúde, a Multicare, e para a venda direta, a Ok! Seguros.

Veja o ranking das seguradoras pela rácio da rentabilidade dos capitais investidos pelos acionistas e quem são eles:

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O Hospital Geral Universitário de Villalba incorpora a crioablação para o cancro da mama na sua carteira de serviços

  • Servimedia
  • 7 Outubro 2024

Esta técnica consiste na ablação térmica pelo frio para tratar lesões benignas e malignas, e deve ter sempre uma perspectiva multidisciplinar, estabelecida através do Comité de Tumores da Mama.

O Hospital Universitario General de Villalba, um hospital público da Comunidade de Madrid, realizou recentemente o seu primeiro procedimento de crioablação para tratar um caso de cancro da mama numa paciente para a qual a cirurgia convencional estava contra-indicada.

Este procedimento inovador, que faz parte das técnicas de ablação térmica, utiliza o frio para destruir as lesões tumorais, tanto benignas como malignas. O tratamento foi aprovado pelo Comité de Tumores da Mama do hospital, composto por especialistas em Ginecologia, Oncologia, Radiologia e Cirurgia Geral e Digestiva, assegurando uma abordagem multidisciplinar.

A crioablação é uma técnica relativamente recente, utilizada em casos muito específicos devido à rigorosa seleção dos doentes. De acordo com o Dr. Carlos Cárcamo, especialista do Serviço de Radiodiagnóstico do hospital, “esta técnica consiste na ablação térmica com recurso ao frio para tratar lesões benignas e malignas”. “Nos tumores malignos, está atualmente reservada a doentes com cancro da mama em que a cirurgia está contra-indicada”, acrescenta, sublinhando que ‘deve ser sempre realizada numa perspetiva multidisciplinar estabelecida pela Comissão de Tumores da Mama’.

Este procedimento, que começou a ser realizado em Espanha por volta de 2019, é ambulatório, permitindo que o paciente regresse a casa no mesmo dia da intervenção, uma vez que requer apenas anestesia local. “A recuperação é quase imediata, praticamente sem complicações, e o resultado estético é excelente”, acrescenta o Dr. Cárcamo.

Em suma, a crioablação é uma opção promissora para os pacientes para os quais a cirurgia convencional não é viável, melhorando a sua qualidade de vida sem comprometer a eficácia e a efetividade do tratamento. Com a sua incorporação na carteira de serviços do Hospital Universitário Geral de Villalba, o centro encontra-se na vanguarda regional no tratamento percutâneo do cancro da mama por ablação térmica, reafirmando o seu compromisso com a inovação e a excelência clínica.

O Hospital Geral Universitário de Villalba é um centro público integrado no Serviço de Saúde de Madrid (Sermas), que oferece cuidados de saúde em mais de 30 especialidades médicas e cirúrgicas a mais de 120.000 habitantes do noroeste da Comunidade de Madrid. Serve os residentes de Collado Villalba, Alpedrete, Moralzarzal, Cercedilla, Navacerrada, Los Molinos, Becerril de la Sierra e Collado Mediano, embora qualquer residente de Madrid possa escolher este hospital por livre opção.

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Empresa de injeção de plásticos de Valongo constrói fábrica na Sérvia

Nova unidade industrial no Leste da Europa, a primeira da Soplast fora do país, estará concluída em 2026. Marca nova fase na estratégia de internacionalização do grupo nortenho, com 75 trabalhadores.

Depois de ter sido forçada a recomeçar do zero, após um incêndio destruir por completo as instalações da empresa, em outubro de 2016, a Soplast prepara-se para construir uma nova fábrica na Sérvia, a primeira no estrangeiro, dando mais um passo na estratégia de internacionalização. A empresa de injeção de peças plásticas para o setor industrial, nomeadamente para o automóvel, que conta com 75 trabalhadores e uma faturação superior a 9 milhões de euros, prevê concluir em 2026 a construção da nova unidade, que irá empregar 50 pessoas.

“A [nova] unidade industrial ficará concluída no início de 2026 e irá estar preparada não só para a produção de componentes para a indústria automóvel, mas também para outros setores de atividade, tal como já acontece com a Soplast em Portugal”, explica ao ECO Henrique Rézio, diretor-geral da empresa.

A [nova] unidade industrial ficará concluída no início de 2026 e irá estar preparada não só para a produção de componentes para a indústria automóvel, mas também para outros setores de atividade, tal como já acontece com a Soplast em Portugal.

Henrique Rézio

Diretor-geral da Soplast

A Soplast passou os últimos anos a recuperar após o incêndio que destruiu por completo as suas instalações, a 3 de outubro de 2016. No espaço de pouco mais de um ano, a empresa especializada na injeção de plásticos, inicialmente localizada em Ermesinde, ergueu uma nova unidade industrial na freguesia de Campo, em Valongo. Com 72% da sua produção destinada à exportação — Espanha, França, Polónia, Roménia são os principais mercados –, dá agora um novo passo na sua estratégia de crescimento.

“Após a tragédia que nos efetuou no final de 2016, quando um incêndio destruiu por completo o que tínhamos construído desde 1980, conseguimos em poucos anos recuperar totalmente a atividade da empresa, solidificar as nossas operações em Portugal com uma fábrica tecnologicamente avançada e o nosso plano estratégico definiu a inovação e a internacionalização, entre outros, como objetivos de curto prazo”, explica Henrique Rézio.

É na sequência do plano de internacionalização da empresa agora sediada em Valongo que surge este investimento, o primeiro no exterior. “Este investimento vem nesse sentido, sendo muito importante e marcante no percurso que temos feito, para conseguirmos abranger geograficamente outros mercados e acompanhar aquelas que têm sido as tendências dos nossos clientes“, refere o diretor-geral da empresa, em resposta ao ECO.

Sem avançar montantes de investimento, referindo que o valor final ainda não está determinado, Henrique Rézio adianta que a empresa prevê contratar uma equipa de 50 pessoas, “quando a unidade industrial estiver plenamente funcional e no ano de cruzeiro”, elevando o número de colaboradores do grupo para 125 funcionários.

Encontrámos na Sérvia a resposta a todos os critérios definidos para este investimento, nomeadamente a posição geográfica e a especialização técnica das equipas, aos quais se somou a excelente comunicação e apoio por parte das entidades públicas locais.

Henrique Rézio

Diretor-geral da Soplast

Quanto à escolha da Sérvia para acolher a nova fábrica, Henrique Rézio explica que, “depois de uma análise prolongada dos mercados na Europa de Leste, encontrámos na Sérvia a resposta a todos os critérios definidos para este investimento, nomeadamente a posição geográfica e a especialização técnica das equipas, aos quais se somou a excelente comunicação e apoio por parte das entidades públicas locais para a realização de um investimento estrangeiro com estas características”.

Em relação aos números da atividade em 2024, Henrique Rézio reconhece que “o setor automóvel está efetivamente numa retração, principalmente no continente europeu“. “Face a 2023, no 3º trimestre verificou-se uma redução [do volume de negócios] de sensivelmente 4% e a expectativa para os restantes meses do ano é semelhante”, explica.

O responsável realça, porém, que “estamos habituados aos ciclos típicos da indústria automóvel e o passado mostrou que as empresas que fornecem as cadeias de abastecimento deste setor têm que ser resilientes, reinventando-se constantemente”, antecipando fechar o ano de 2024 com um volume de negócios semelhante ao do ano passado, que se situou em 9,2 milhões de euros.

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O que está em jogo para os pequenos investidores na OPA da Greenvolt

Os pequenos acionistas da Greenvolt têm até 24 de outubro para decidirem se aceitam a oferta de 8,31 euros. Os fundos de ações nacionais não quiseram esperar e já venderam grande parte dos títulos.

Os norte-americanos da Kohlberg Kravis Roberts (KKR) deram mais um passo decisivo na intenção de adquirirem e retirarem de bolsa a Greenvolt GVOLT 0,00% , com a concretização do registo da operação pública de aquisição (OPA) sobre a empresa liderada por João Manso na sexta-feira, na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A oferta, que representa um investimento potencial de 452,7 milhões de euros por parte dos gigantes norte-americanos do private equity, foi lançada através da GVK Omega (uma empresa da KKR), e visa adquirir cerca de 54,5 milhões de ações da Greenvolt, representativas de 33,37% do capital social, a um preço de 8,3107 euros por ação, que estão na mão dos pequenos acionistas.

Este valor, que avalia a empresa em cerca de 1,36 mil milhões de euros, representa um prémio de 11,6% face ao preço de fecho das ações da Greenvolt no dia anterior ao anúncio preliminar da oferta, a 21 de dezembro de 2023. E é também um preço 13,8% superior à contrapartida mínima e 7,7% abaixo da contrapartida máxima fixada pelos consultores da EY como perito independente nomeado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) para avaliar a operação.

Com o registo da oferta, inicia-se a contagem decrescente de 14 dias úteis para a concretização da OPA. O período da oferta decorrerá entre esta segunda-feira e 24 de outubro, podendo os acionistas da Greenvolt decidir se aceitam vender as suas ações à KKR.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

A KKR já detém, direta e indiretamente, 85,42% dos direitos de voto na Greenvolt. Se atingir 90% dos direitos de voto, poderá avançar para um squeeze-out, forçando a venda das ações remanescentes através de uma oferta potestativa e retirando a empresa de bolsa.

Mesmo que não atinja esse patamar, a KKR admite convocar uma assembleia-geral para propor a perda de qualidade de sociedade aberta. Isto significa que os acionistas que não vendam na OPA poderão ver-se numa posição minoritária numa empresa não cotada, com menor liquidez para as suas ações. Face a este cenário, os pequenos acionistas da Greenvolt têm essencialmente duas opções:

  1. Aceitar a oferta: Vendem as ações a 8,3107 euros cada, garantido a realização de um encaixe financeiro imediato.
  2. Manter as ações: Apostam no potencial de valorização futura da empresa, mas arriscam ficar numa posição minoritária numa empresa não cotada, caso a KKR seja bem-sucedida nos seus planos.

Entre os investidores que se têm desfeito dos títulos da Greenvolt estão os gestores dos seis fundos nacionais de ações portuguesas (em que se inclui o ibérico Caixa Ações Portugal Espanha), que reduziram, em média, para metade a sua exposição à empresa de energias renováveis desde o anúncio preliminar da OPA.

Os “mais drásticos” foram o Optimize Portugal Golden Opportunities e o GNB Portugal Ações, que eliminaram completamente a sua exposição à empresa, não detendo qualquer título da Greenvolt no final de agosto. No caso do GNB Portugal Ações, liderado por Pedro Barata, a Greenvolt passou de uma das cinco maiores posições do fundo no final de novembro do ano passado como resultado de um aumento de 20% do número de ações da empresa em 2023, para uma posição nula desde abril.

“Chegámos à conclusão que o preço oferecido poderia não sofrer grandes alterações e haver outras alternativas de investimento que nos pareceram mais interessantes na altura”, revela Pedro Barata ao ECO.

Esta reação generalizada por parte dos fundos de ações nacionais pode ser interpretada como um sinal de que os gestores consideram improvável uma contraoferta ou uma melhoria significativa das condições por parte da KKR.

Os planos da KKR para a Greenvolt

Os planos dos norte-americanos da KKR para a Greenvolt não são conhecidos de forma detalhada. No entanto, o prospeto da OPA refere que pretendem “contribuir para o desenvolvimento a longo prazo e crescimento sustentável da Greenvolt”, não descartando com isso uma revisão do plano estratégico anunciado em 2022 pela administração de João Manso Neto.

O private equity norte-americano que fechou 2023 com mais de 500 mil milhões de euros de ativos sob gestão (quase o dobro do PIB de Portugal) e pretende duplicar esse montante nos próximos cinco anos acredita que poderá acelerar o crescimento da Greenvolt através de três vertentes:

  • Venda cruzada de produtos entre o Grupo KKR e a Greenvolt, começando pela geração distribuída.
  • Disponibilização de fundos pela KKR para acelerar o crescimento da Greenvolt, como sucedeu no início deste mês por via da contratação de um financiamento sindicado no montante de 350 milhões de euros e com reembolso bullet em três anos. Entretanto, esta operação foi aumentada em mais 50 milhões adicionais que foram subscritos por “dois bancos, um dos quais é um novo financiador da Greenvolt”, refere a empresas num comunicado publicado na CMVM este domingo.
  • Acesso da Greenvolt a um vasto leque de empresas parceiras da KKR, permitindo à empresa portuguesa obter e negociar soluções de financiamento com bancos e outras entidades.

João Manso Neto, CEO da Greenvolt, numa recente entrevista ao ECO, confirmou que já existem sinergias em desenvolvimento com a KKR: “Já temos um contrato assinado com um cliente do grupo KKR”. Esta afirmação sugere que a estratégia de venda cruzada já está a ser implementada.

O CEO da Greenvolt também destacou o potencial de crescimento que a parceria com a KKR pode trazer: “A KKR tem uma capacidade de investimento brutal e tem uma carteira de empresas muito grande. Portanto, há aqui um potencial de crescimento muito grande”.

Quanto à continuidade da gestão e estratégia atual da Greenvolt, o prospeto da OPA indica que se perspetiva que a empresa de Manso Neto (que foi reconduzido como CEO da empresa em junho), continue “a exercer as suas atividades de acordo com a orientação estratégica definida pelo conselho de administração da sociedade visada [Greenvolt] em 2022”.

No entanto, a KKR também deixa em aberto a possibilidade de ajustes futuros, mencionando que “não sendo de excluir que tal aceleração do crescimento (a ter lugar) possa levar, no futuro, a uma revisão do plano estratégico anunciado em 2022 pela administração da sociedade visada [Greenvolt”].

A sociedade norte-americana fundada em 1976 por Henry Kravis, Jerome Kohlberg e George Roberts parece estar a posicionar-se para impulsionar o crescimento da Greenvolt, aproveitando as sinergias entre as duas empresas e fornecendo recursos financeiros e experiência adicional, mantendo, por enquanto, a orientação estratégica existente, mas com a flexibilidade para adaptações futuras conforme necessário.

À medida que o relógio avança para o período crucial da OPA da KKR sobre a Greenvolt, os pequenos acionistas encontram-se numa encruzilhada decisiva. Por um lado, a oferta de 8,3107 euros por ação representa um prémio atrativo de 11,6% face ao preço anterior ao anúncio da oferta. Por outro, a promessa de um futuro potencialmente brilhante sob a égide da KKR, com a sua “capacidade de investimento brutal”, como destacado pelo CEO Manso Neto na entrevista ao ECO, pode fazer alguns investidores hesitarem em vender.

Com os fundos nacionais a reduzirem drasticamente as suas posições na Greenvolt ao longo deste ano, parece haver um sinal claro do mercado. No entanto, a decisão final recai sobre cada investidor, que deve avaliar o seu apetite ao risco e as suas expectativas para o futuro da empresa.

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África e as Américas unem-se numa cimeira histórica para planear um futuro comum para o turismo

  • Servimedia
  • 7 Outubro 2024

Os líderes do turismo de África e das Américas comprometeram-se a trabalhar em conjunto para tornar o setor um pilar do desenvolvimento coletivo sustentável e inclusivo em ambos os continentes.

A “Declaração de Punta Cana” foi adotada na primeira reunião conjunta das Comissões Regionais de Turismo das Nações Unidas para África e para as Américas, após dois dias de diálogo em torno dos temas-chave da educação e do investimento no setor. Reconhecendo os laços históricos entre as duas regiões, bem como as suas culturas únicas e complementares, a Cimeira proporcionou um quadro para o reforço da cooperação, capitalizando a inovação, a educação, o investimento e as indústrias criativas para o futuro desenvolvimento do turismo.

“Esta Cimeira proporciona uma plataforma única para construir ligações e pontes entre África e as Américas, criar parcerias inter-regionais estratégicas e promover projetos de cooperação Sul-Sul, tudo em benefício do setor do turismo em ambas as regiões”, afirmou o Secretário-Geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, dando as boas-vindas aos mais de 200 participantes de alto nível, incluindo 14 ministros, em representação de 27 países (15 das Américas e 12 de África),

David Collado, Ministro do Turismo do Ministério do Turismo da República Dominicana e Presidente da Comissão Regional para as Américas, e Auxillia Mnangagwa, Primeira Dama da República do Zimbabué, juntaram-se aos líderes do Turismo da ONU para dar as boas-vindas aos delegados e incentivar a construção de pontes entre as duas regiões.

“África e as Américas são dotadas de um rico património cultural, de paisagens diversas e de profundas ligações históricas. No entanto, reconhecemos que, devido a múltiplos desafios – como a conetividade limitada, as barreiras regulamentares e administrativas e a falta de conhecimento mútuo do mercado – a nossa relação turística não é tão forte como poderia e deveria ser. O nosso objetivo hoje é enfrentar estes desafios de frente, fomentando uma parceria que impulsione o desenvolvimento económico, promova o intercâmbio cultural e fomente práticas sustentáveis que beneficiem todas as nossas comunidades”, afirmou a Diretora Executiva do Turismo da ONU, Natalia Bayona.

DECLARAÇÃO DE PUNTA CANA

Como sinal da cooperação Sul-Sul, a Declaração de Punta Cana estabeleceu um conjunto de compromissos partilhados para o desenvolvimento do turismo como motor do desenvolvimento inclusivo. Através da Declaração, os líderes do setor do turismo de ambas as regiões reconhecem a importante necessidade de “intensificar os esforços conjuntos para promover o desenvolvimento sustentável” através do turismo, com uma forte incidência em “investimentos estratégicos, educação, inovação e indústrias criativas”. Encarnando o espírito da histórica Cimeira de Punta Cana, a Declaração sublinha igualmente a importância do turismo como instrumento de preservação da cultura e do património comuns e únicos.

Os signatários da Declaração manifestaram a intenção de “redobrar os seus esforços”, nomeadamente em questões como os investimentos estratégicos para reforçar as parcerias público-privadas, estimular os investimentos no setor e dar prioridade aos investimentos através da formulação de políticas eficazes. Além disso, a fim de aumentar a conetividade entre as duas regiões, tanto em termos de melhoria das ligações aéreas como de reforço do intercâmbio cultural.

Os trabalhos centrar-se-ão igualmente no reforço das capacidades e na formação, dando prioridade ao investimento na educação e formação no domínio do turismo, ao acesso à aprendizagem em linha e fora de linha e à promoção da utilização da inovação e das novas competências digitais para melhorar as competências da mão de obra no setor do turismo.

Será também dado apoio a concursos para empresas em fase de arranque e empresários em ambas as regiões, bem como a microempresas e PME, incluindo em comunidades rurais, promovendo soluções inovadoras centradas na sustentabilidade e na ação climática.

A promoção do papel das indústrias culturais e criativas no setor do turismo, nomeadamente através do financiamento de projetos com potencial para atrair turistas e desenvolver destinos e rotas culturais novos e diversificados, e a garantia de que os benefícios trazidos pelo setor se centram no desenvolvimento social e inclusivo, serão outras linhas de ação.

Além disso, para promover a cooperação inter-regional, serão apoiadas análises de mercado e outros estudos para identificar potenciais áreas de crescimento e oportunidades comuns, e serão desenvolvidas estratégias partilhadas para o desenvolvimento do turismo, nomeadamente através dos meios digitais, de novos produtos e de feiras internacionais de turismo.

Em consonância com a abordagem mais ampla do Turismo das Nações Unidas ao investimento no turismo, a cimeira reuniu líderes dos setores público e privado, juntamente com os principais representantes das instituições financeiras, para avaliar o panorama atual e as tendências e perspetivas para África e as Américas.

Os oradores de alto nível chamaram a atenção para o enorme potencial de iniciativas de investimento conjunto entre as duas regiões, salientando o papel crescente dos bancos públicos e privados. A Cimeira também se centrou na importância vital do investimento para impulsionar a transição ecológica do turismo tanto em África como nas Américas, em particular nas infra-estruturas e no setor hoteleiro.

Para além da inovação, a cimeira também deu ênfase à educação e à formação, salientando a necessidade urgente de trabalhadores qualificados em ambas as regiões. Centrando-se nos “Jovens Talentos que Lideram a Transformação”, os líderes do turismo reconheceram a necessidade de iniciativas de formação conjuntas, desenvolvimento de currículos e parcerias entre instituições académicas, partes interessadas da indústria e agências governamentais.

 

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