Hoje nas notícias: Preços, Moedas e reformas no Estado

  • ECO
  • 6 Agosto 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As empresas dos principais setores de atividade preveem aumentar os preços de venda ao consumidor até outubro, o que pode atrasar o processo de desinflação. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, assume que a capital está mais insegura: “As pessoas não têm esquadras e não veem a polícia na rua”. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Empresas preparam-se para voltar a subir preços

Todos os setores de atividade em Portugal estão a preparar novas subidas de preços de venda ao consumidor nos próximos meses. No inquérito de conjuntura de julho, baseado nas respostas de cinco mil empresas o Instituto Nacional de Estatística (INE) revela que o saldo das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda nos próximos três meses “aumentou significativamente na indústria transformadora, na construção e obras públicas e no comércio e, de forma moderada, nos serviços”. A concretizar-se, este aumento de preços deverá atrasar o processo de desinflação.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

“As pessoas não têm esquadras e não veem a polícia na rua”, diz Carlos Moedas

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa assume que a capital está mais insegura. “As pessoas não têm esquadras e também não veem a polícia na rua”, afirma Carlos Moedas, em entrevista ao Diário de Notícias. O autarca considera também que é preciso melhorar a rede de transportes da Carris e que ainda há muito para fazer em matéria de habitação. A pouco mais de um ano das próximas eleições autárquicas, não descarta recandidatar-se.

Leia a entrevista completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Número de reformas na Função Pública sobe até junho

O número de reformas na Função Pública tem vindo a crescer de forma quase constante, tendo ultrapassado as 20 mil no ano passado pela primeira vez desde o programa de ajustamento. Os dados publicados na semana passada pela Direção-Geral do Orçamento (DGO) revelam um novo aumento na primeira metade do ano, de 9,6% em termos homólogos, o que se traduziu em 9.711 novas reformas de velhice ou invalidez na CGA.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Tribunais administrativos estão catatónicos, lamenta Ministério Público

O Departamento Central de Contencioso do Estado e Interesses Coletivos e Difusos do Ministério Público (MP), que pune as ilegalidades ambientais e urbanísticas, acusa os tribunais administrativos — onde estes litígios são dirimidos — de centrarem as suas decisões em questões meramente processuais, escusando-se assim a analisar as questões de fundo. No mais recente relatório anual de atividades do MP, os procuradores deste departamento lamentam mesmo “o facto — por todos conhecido e reconhecido — de esta jurisdição se encontrar catatónica”.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

EDP escolhe Évora para projeto europeu de energia fotovoltaica em centros históricos

A par com 46 parceiros de 13 países, a EDP coordena o projeto POCITYF, que tem Évora como uma das suas grandes estrelas e é financiado com fundos da União Europeia (UE). O objetivo é ajudar as cidades históricas a tornarem-se mais verdes e inteligentes, ao mesmo tempo que respeitam o seu património cultural. No total, vão ser instalados 305 quilowatts (kW) de produção fotovoltaica no centro histórico da cidade, na zona industrial e em Valverde.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

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Marga Prohens apoia a competição de vela Copa del Rey Mapfre

  • Servimedia
  • 6 Agosto 2024

A Presidente das Ilhas Baleares, Marga Prohens, tornou visível o apoio do novo governo regional à celebração da Copa del Rey Mapfre de vela na ilha de Maiorca.

A celebração desta competição, um dos eventos mais aguardados do verão mallorquino, concluiu a sua 42.ª edição com grande êxito de assistência, já que numerosas personalidades, tanto do desporto como da vida social, desfilaram pelo Real Club Náutico para participar neste evento desportivo que, ano após ano, se realiza na baía de Palma.

A líder regional do Partido Popular deixou claro o seu apoio ao evento desportivo com a sua presença, tendo mesmo afirmado que não pode conceber “um governo que vire as costas a tudo isto”, tendo em conta o “impacto económico e, sobretudo, o impacto social que esta competição tem para as ilhas”.

Prohens considera que é muito importante “dar visibilidade aos valores do desporto, como o trabalho em equipa e a disciplina” e também promover um tipo de turismo mais centrado na excelência e na sustentabilidade, entre outros aspectos. “As Ilhas Baleares são muito mais do que sol e praia, são cultura, desporto, tecnologia, qualidade, oportunidades, emprego, transição energética, natureza e são o mar”, afirmou numa aparição pública.

Fontes da sua comitiva sublinharam que a sua antecessora no cargo, Francina Armengol, não participou ativamente nas edições realizadas durante os seus oito anos de governo e só pôde ser vista em algumas cerimónias de entrega de prémios ou durante o seu último ano de mandato, em 2022, por ocasião da obtenção do certificado de pegada de carbono. Nessa data, celebrava-se o 40.º aniversário da regata e a King’s Sailing Cup tornou-se a primeira competição do género no mundo a obter o certificado validado da pegada de carbono.

Por seu lado, a atual presidente, Marga Prohens, voltou a estar envolvida no evento desportivo e apareceu regularmente no Real Club Náutico de Palma, onde foi vista a conversar com velejadores, tripulações e armadores, bem como com o Rei Felipe VI, desejando sorte a todos os participantes.

UM TORNEIO DE PRESTÍGIO

A 42ª edição da Mapfre King’s Cup renasceu como uma referência desportiva, atraindo visitantes de todo o mundo e oferecendo uma nova experiência em cada uma das suas atividades. Uma intensa agenda social que também trouxe de volta o seu tradicional jantar no emblemático Castillo Hotel Son Vida.

Na semana passada, o evento maiorquino reuniu os proprietários e capitães dos mais de 100 barcos participantes para desfrutar de uma noite no icónico Balcón de Mallorca, um evento que destaca a importância desta regata não só na esfera desportiva, mas também nas esferas social e cultural de Mallorca.

Uma vez terminada a Mapfre Sailing King’s Cup 2024, o Rei Felipe VI presidiu à tradicional cerimónia de entrega de troféus em Ses Voltes, aos pés da Catedral de Maiorca, acompanhado por Margalida Prohens, bem como por outras autoridades civis e militares locais e pelo Real Club Náutico.

Uma cerimónia de entrega de prémios em que o Aifos, o barco capitaneado pelo Rei, ficou em segundo lugar, atrás do Teatro del Soho Altavista, de Javier Banderas, vencedor da classe ORC 0 dos Watches of Switzerland, os barcos mais longos.

Apesar de Felipe VI ter começado a participar nesta competição em 1984, quando tinha apenas 16 anos, não tinha levantado o troféu com o seu nome até ao ano passado e foi em 2014 que participou na regata pela primeira vez como Rei de Espanha.

Agora, o seu sonho é que a sua filha, a Princesa Leonor, continue ligada à vela e compita a bordo do Regulus em Maiorca, o novo barco da Armada inscrito nesta competição, e possa assim continuar a tradição da vela que a Família Real segue há gerações.

A história da Copa del Rey Mapfre é a crónica da melhor vela de alto nível em Espanha e no Mediterrâneo. O evento tornou-se um dos principais acontecimentos do calendário desportivo mundial e este ano atingiu o seu auge, continuando com a sua vocação de melhorar de dia para dia. Na sua primeira edição, que teve lugar em 1982, participaram cerca de 50 barcos: 35 espanhóis e os restantes estrangeiros.

Na edição que acaba de terminar, quarenta e dois anos depois, participaram mais de 120 equipas de 23 nacionalidades diferentes. Uma regata que atingiu o mais alto nível da vela de competição, não só pelo número de participantes, mas também pela sua qualidade.

A vela é uma das modalidades que mais alegria tem dado ao desporto nacional, como demonstra a recente medalha de ouro conquistada nos Jogos Olímpicos de Paris, e é também um dos desportos mais ligados aos Jogos Olímpicos das Baleares. De facto, Paris foi o primeiro local onde Antoni Vela, de Mahón, fez história em 1900, ao representar as Ilhas nos Jogos pela primeira vez. Noventa e dois anos mais tarde, Jordi Calafat ganhou o primeiro metal em Barcelona. E, além disso, era também de ouro.

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Fluidra fecha um acordo para comprar o grupo NCWG em Portugal

  • Servimedia
  • 6 Agosto 2024

A Fluidra assinou um acordo para a aquisição de 100% do grupo NCWG, um dos principais distribuidores de produtos para piscinas em Portugal.

O volume de negócios líquido da NCWG em 2023 será de cerca de 7 milhões de euros. Sediada na cidade de Sintra e com uma equipa de mais de 40 colaboradores, a NCWG é uma “referência” no setor em Portugal desde a sua fundação em 1998, explicou a Fluidra na terça-feira.

A principal atividade da empresa é a distribuição de produtos para piscinas com marcas internacionais de referência e marcas próprias como a Wise, PoolHoy e PoolWay. Além disso, a NCWG trabalha com a Fluidra desde 2016 e dispõe de uma “extensa” rede logística, de um vasto portefólio de produtos e de uma carteira de clientes consolidada.

O fundador e diretor-geral da NCWG, João Couchinho, irá juntar-se à equipa da Fluidra para liderar o negócio do grupo em Portugal. “Desde o início da nossa colaboração, temos vindo a reforçar a nossa relação com a Fluidra e descobrimos que partilhamos os mesmos objetivos: sermos líderes no nosso setor. Estamos felizes por nos juntarmos à equipa da Fluidra para servirmos os nossos clientes de forma ainda mais eficaz”, afirmou Couchinho.

“A integração da NCWG reforça significativamente o nosso posicionamento e atividade em Portugal, além de incorporar uma grande equipa”, comentou o diretor da Fluidra para a Europa, Médio Oriente e África (EMEA), Carles Franquesa. Acrescentou ainda que “esta operação irá gerar benefícios significativos para os nossos clientes, fornecedores e colaboradores e iremos trabalhar em conjunto para atingir os nossos objetivos”.

A transação está sujeita à aprovação antitrust e a outras condições habituais, prevendo-se que seja concluída no quarto trimestre.

 

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O dia em direto nos mercados e na economia – 6 de agosto

  • ECO
  • 6 Agosto 2024

Ao longo desta terça-feira, 6 de agosto, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Só 850 senhorios pediram compensação financeira por rendas antigas

Desde 1 de julho que os senhorios têm disponível no portal da habitação o formulário para pedir a compensação do Estado pelas rendas antigas. Até 24 de julho só 0,68% do universo total pediu.

Ao fim de quase um mês, apenas 850 senhorios pediram a compensação financeira pelas limitações a que estão sujeitos na atualização da renda, avançou ao ECO fonte oficial do Ministério da Habitação e das Infraestruturas. É menos de 1% (0,68%) do universo total potencial.

Desde 1 de julho que os senhorios têm disponível no portal da habitação o formulário para pedir a compensação do Estado pelas rendas antigas. Segundo dados do IHRU de 24 julho, “deram entrada cerca de 850 pedidos”, disse ao ECO fonte oficial do ministério liderado por Miguel Pinto Luz.

Esta compensação é destinada aos senhorios com rendas antigas e cujos contratos se vão manter com esta configuração uma vez que não transitam para o Novo Regime do Arrendamento Urbano, como determina a lei do Mais Habitação. A compensação destes senhorios é equivalente à diferença entre o valor da renda e 1/15 do valor patrimonial da casa.

Na prática, isto faz com que o dono de um apartamento com um VPT de 60 mil euros, por exemplo, e que receba uma renda de 100 euros, tenha direito a receber uma compensação de 300 euros.

Em causa estão os cerca de 125 mil senhorios com rendas antigas que não transitam para o NRAU, designadamente de inquilinos com idade igual ou superior a 65 anos ou com um grau de deficiência superior a 60% e também as rendas de agregados com um rendimento anual bruto corrigido (RABC) inferior a cinco retribuições mínimas nacionais anuais.

A Associação Lisbonense de Proprietários já manifestou grande preocupação, com a operacionalização deste pedido de compensação e antecipou um “caos total” devido à falta de orientações para os senhorios sobre a forma como devem proceder. Já a Associação Nacional de Proprietários (ANP) atribui as dificuldades ao facto de o processo apenas poder ser tratado por via eletrónica.

Em causa está um universo de pessoas, “que provavelmente 90% têm mais de 70 anos de idade”, com maiores dificuldades em tratar do pedido pelos meios digitais, disse à Lusa António Frias Marques, no início de julho, notando o decreto-lei que regulamenta esta compensação aos senhorios exige que seja tratado apenas por via eletrónica. Outra das dificuldades, acrescenta, tem a ver com o facto de estarem em causa contratos de arrendamento antigos de senhorios que não passam recibos eletrónicos de renda e que não estão registados no Portal das Finanças.

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Barcelona oferece uma exposição sobre a America’s Cup e uma nova atração em Tibidabo

  • Servimedia
  • 6 Agosto 2024

Barcelona oferece aos seus visitantes uma variedade de atividades incluindo uma exposição sobre a America's Cup com o seu simulador AC75 e a nova atração "Merlí" no parque de diversões Tibidabo.

A America’s Cup arranca a 22 de agosto, mas tanto os habitantes locais como os turistas podem agora desfrutar de uma experiência única da competição de iatismo através de um simulador.

A exposição oficial Louis Vuitton 37th America’s Cup apresenta simuladores de última geração, exposições interativas e atividades concebidas para todas as idades que permitem aos visitantes conhecer a história desta prestigiada competição.

De acordo com os organizadores, é “imperdível” para aqueles que desejam mergulhar no excitante mundo da America’s Cup antes da partida dos iates a 22 de agosto.

Outra atração popular é a piscina de Montjuïc, onde os visitantes podem refrescar-se e desfrutar de vistas panorâmicas da cidade. Aberta ao público durante todo o mês de agosto, esta piscina oferece uma experiência única com a sua localização privilegiada na montanha de Montjuïc.

Há também um cinema ao ar livre no Castelo de Montjuïc e na praia de San Sebastián, com uma seleção de filmes clássicos e contemporâneos. A informação turística indica ainda que uma das principais atividades é um passeio ao longo da Barceloneta para desfrutar da atmosfera costeira da cidade.

Finalmente, em agosto, Tibidabo apresenta uma nova e excitante atração: Merlí. Trata-se de uma atração impressionante que se eleva 52 metros acima da cidade, oferecendo aos visitantes uma experiência inesquecível com vistas de 360°.

De acordo com a direção do parque de diversões, o Merlí proporciona “uma sensação única e emocionante de queda livre, combinada com uma perspetiva panorâmica de Barcelona”.

 

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Híbridos. Há 25 “cocktails” de renováveis prontos a sair<span class='tag--premium'>premium</span>

Numa altura em que um projeto híbrido no Tâmega deu que falar por ser obrigado a reduzir a capacidade a quase metade, há mais de duas dezenas a serem lançados.

Este artigo integra a 8.ª edição do ECO magazine. Pode comprar aqui. 25. Este é o número de projetos de energia híbridos que já obtiveram licença de produção em Portugal, de acordo com a Direção-Geral da Energia e Geologia.São projetos que misturam diferentes fontes de energia, de forma a que possam usar o mesmo ponto de ligação à rede e assim otimizá-lo. Logo, a hibridização é tida como uma das formas mais inteligentes de aumentar a capacidade. Contudo, nem tudo são facilidades: questões de compatibilização com o ambiente ou até organização do território impõem-se. Os projetos híbridos têm vindo a florescer pelo país. Um dos mais emblemáticos, o parque solar flutuante que paira sobre as águas da barragem do Alqueva, já ali jaz desde julho de 2022. E, este ano, a EDP inaugurou o segundo

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#2 As férias de Carolina Afonso. Sem botão off mas com bola de gelado

  • ECO
  • 6 Agosto 2024

Não há botão "off" do trabalho nas férias da CEO do Gato Preto. "E está tudo bem, não faço deste ponto um grande tema."

  • Ao longo do mês de agosto, o ECO vai publicar a rubrica “Férias dos CEO”, onde questiona os gestores portugueses sobre como passam este momento de descanso e o que os espera no regresso.

Durante as férias o melhor é não nos deixarmos assoberbar por “excesso de futuro”, diz Carolina Afonso. “Adoro aqueles dias de chinelo no pé em que a decisão do dia é escolher o sabor da bola do gelado: morango ou chocolate”, exemplifica a CEO do Gato Preto. Nas férias não há botão off do trabalho, mas entra em funcionamento o de pause. “E está tudo bem, não faço deste ponto um grande tema.”

Que livros, séries e podcasts vai “levar na bagagem de férias” e porquê?

Durante as férias tento-me desligar de ecrãs o máximo possível. A prioridade é estar em contacto com a natureza e aproveitar a vida ao ar livre. Por esse motivo, vou levar somente um livro de Gabriel Garcia Marquez, porque gosto de literatura e este é um dos meus escritores de eleição. O livro chama-se “En Agosto nos vemos” e é um romance publicado postumamente em março de 2024 e que vou ler na língua original. Diz a crítica que se trata de uma homenagem à vida e à resistência e tenho planos para o ler ao fim de tarde à beira-mar, na minha Fuzeta, em agosto.

Desliga totalmente ou mantém contacto com as equipas durante as férias?

Dizem as boas práticas que devemos desligar. Porém, dadas as minhas responsabilidades o botão de off não existe. Significa que vou usar o pause e que estarei em ritmo brando, noutra frequência de onda, mas disponível para alguma urgência que possa surgir. E está tudo bem, não faço deste ponto um grande tema.

As férias são um momento para refletir sobre decisões estratégicas ou da carreira pessoal?

As férias acabam por ser momentos de encontros e reencontros com os outros e também connosco próprios. É normal que a introspeção surja e que seja propício o ambiente para ponderar decisões. Porém, férias são férias e pode não ser positivo deixarmo-nos assoberbar por “excesso de futuro”. Cada coisa a seu tempo e as férias pedem que saibamos aproveitar o momento presente e estarmos disponíveis para simplesmente viver. Adoro aqueles dias de chinelo no pé em que a decisão do dia é escolher o sabor da bola do gelado: morango ou chocolate.

Que temas vão marcar o seu setor na rentrée?

A rentrée é marcada pelo kickoff da época alta no ano no retalho. No último trimestre é o Natal, Black Friday e aniversário do Gato Preto. O Gato Preto tem a tradição de ser a primeira marca dos centros comerciais a anunciar a chegada do Natal, no início de outubro. O Natal significa novas coleções de decoração, mesa e cozinha e gift e são muitas as equipas envolvidas, desde a área criativa, produto, visual merchandising, marketing e comercial. Assim, o kickoff significa que chegou a altura de arregaçar as mangas e fazer acontecer aquilo que levou meses a preparar.

Como sou também professora, a rentrée é o início de mais um ano letivo, novos alunos e novas aprendizagens. Em suma, setembro é um mês de energia renovada e sinónimo de muito trabalho pela frente!

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Empresa do IVAucher deixa cair investimento de 28 milhões no Porto

Antiga SaltPay alega “alterações significativas dos contextos macroeconómico, social e laboral” para desistir dos incentivos financeiros contratualizados para criar um centro de competências no Porto.

A fintech britânica Teya, anteriormente designada por Salt Pay, que se tornou conhecida em Portugal por ter sido a parceira do Estado para operacionalizar o programa IVAucher, desistiu dos incentivos financeiros que tinha contratualizado com a AICEP para criar no Porto um centro global de competências para o desenvolvimento de tecnologia de suporte a um “ecossistema unificado de soluções de alto valor acrescentado”, ancorado em sistemas de pagamentos eletrónicos, para o segmento dos pequenos e médios comerciantes.

Segundo as informações recolhidas pelo ECO, o investimento ascendia a 28,5 milhões de euros e tinha garantido um incentivo público a rondar os 5,6 milhões de euros, aprovado pelo Compete a 30 de dezembro de 2021. Por se tratar de um “projeto de grande dimensão”, com um custo total elegível superior a 25 milhões de euros, e “se revelar de especial interesse para a economia nacional”, foi então alvo de um contrato de investimento assinado com a AICEP, assegurando a concessão de apoios no âmbito do regime especial do sistema de incentivos às empresas.

No entanto, de acordo com um despacho assinado a 18 de julho pelo ministro da Economia, Pedro Reis, a Teya Portugal formalizou no início deste ano um pedido de desistência dos incentivos financeiros em causa, alegando que “as alterações significativas dos contextos macroeconómico, social e laboral afetaram a sua capacidade de executar os investimentos planeados em conformidade com as disposições do contrato” rubricado com a agência pública responsável pela captação de investimento estrangeiro, que em junho passou a ser liderada pelo economista Ricardo Arroja.

A Teya emprega atualmente 110 pessoas no Porto, onde está o tech hub da empresa. Em Carcavelos tem outras 47, de acordo com o Ministério da Economia

A revogação por mútuo acordo do contrato de investimento “não importa a devolução de quaisquer quantias” por parte da subsidiária portuguesa da britânica Teya, que tem sede em Carcavelos (concelho de Cascais), uma vez que o pagamento do incentivo financeiro atribuído ao projeto de investimento não chegou a ser efetuado. De acordo com os dados fornecidos ao ECO pelo Ministério da Economia, a empresa tem atualmente 47 trabalhadores na região da capital e 110 na cidade do Porto, onde tem instalado um tech hub.

Questionada pelo ECO sobre os pormenores que levaram à desistência deste projeto e também relativos aos incentivos específicos que tinham sido acertados no contrato de investimento rubricado com a AICEP no último dia do ano de 2021 — agora revogado por mútuo acordo, segundo o despacho do Governo –, a Teya alega que “os detalhes relativos ao acordo em si estão sob confidencialidade”.

Temos várias vagas abertas no momento para continuar a crescer a nossa presença [no país]. (…) Mantemo-nos também empenhados em promover um mercado de pagamentos aberto e concorrencial em Portugal.

Fonte oficial da Teya

Confirmando os dois escritórios e “várias vagas abertas no momento para continuar a crescer a presença” no país, fonte oficial do grupo indica apenas que “serve PME portuguesas com serviços de aceitação de pagamentos e software para as ajudar a gerir e a crescer os seus negócios”. “Mantemo-nos também empenhados em promover um mercado de pagamentos aberto e concorrencial em Portugal”, acrescenta.

Vende Pagaqui após ciclo de prejuízos em Portugal

Fundada em 2019 com o objetivo de criar soluções de software de pagamento rápidas e seguras, com serviços associados para PME, a antiga SaltPay, que em abril de 2023 mudou o nome para Teya, tem sede em Londres e 1.100 funcionários espalhados por 17 escritórios pelo mundo. O de Carcavelos está junto ao jardim da Quinta de Alagoa; o da Invicta está englobado no Porto Business Plaza (antigo Central Shopping), junto ao Campo 24 de Agosto, onde tem como vizinhas as francesa Natixis ou Bouygues Telecom Services.

De acordo com o relatório da Informa D&B, consultado pelo ECO, a Teya Portugal, que tem sede no edifício 1 do número 42 da Rua de Cantábria, em Carcavelos, é controlada pela empresa-mãe Teya Europe Ltd (Reino Unido) e tem como gerentes Daniela Mastrorocco, Felipe Beirão da Veiga e Nuno Filipe Magalhães Pires. A informação oficial mais recente recolhida pela consultora, relativa a 2022, mostra que a sociedade portuguesa registou um volume de negócios de 14 milhões de euros e prejuízos de 19 milhões de euros, que acumulam com os resultados negativos nos dois anos anteriores (4,5 milhões em 2021 e quase 300 mil euros em 2020).

Já em fevereiro de 2024, três anos depois de ter sido integrada pela então SaltPay, foi anunciada publicamente a venda da empresa de pagamentos Pagaqui por parte da Teya, que tem atualmente João Fonseca como country manager para Portugal. Fundado em 2014 e na altura da transação com uma rede de 2.500 pontos de venda, distribuídos por lojas, quiosques, cafés, pastelarias e papelarias, o negócio passou para as mãos da portuguesa Eupago, que reclama a liderança nacional no setor de pagamentos eletrónicos.

Um artigo sobre “quantas das scaleups britânicas mais financiadas são rentáveis”, publicados em maio pelo portal especializado Sifted, apoiado pelo Financial Times, evidenciou que a fintech londrina Teya, que diz ter 300 mil clientes ativos (entre pagamentos e software) e fazer 500 milhões de transações por ano, já recebeu 1,2 mil milhões de dólares de financiamento (1,09 mil milhoes de euros), mas ainda não é rentável, tendo reportado perdas de 230 milhões de libras (267,5 milhões de euros) em 2022.

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Descida do IRC terá impacto “residual” na receita do Orçamento do Estado para 2025

Alívio de dois pontos na taxa poderá refletir-se já em 2025, por via do terceiro pagamento por conta, comprometendo o Orçamento. Mas o seu efeito será pouco significativo, segundo vários fiscalistas.

A redução de dois pontos percentuais da taxa normal de IRC, de 21% para 19%, e da taxa reduzida, de 17% para 15%, no próximo ano, poderá ter impacto na perda de receita fiscal em 2025, por via da diminuição do terceiro pagamento por conta, que é adiantado ao Estado em dezembro. Isto significa que este alívio fiscal pode comprometer já o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). Contudo, a dimensão desse efeito no plano orçamental será “residual”, concluem vários fiscalistas consultados pelo ECO.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, já tinha adiantado que o grande impacto será sentido em 2026, aquando da liquidação do imposto referente a 2025.

“A descida de IRC que o Governo propõe para 2025 só terá impacto na receita em 2026, portanto, trazê-lo à discussão do Orçamento para 2025 pode ser feito numa lógica de política de médio e longo prazo, mas não numa lógica daquilo que é condicionante orçamental para 2025, porque a redução da taxa efetua-se em 2025, as empresas entregam a declaração de IRC de 2025 em maio de 2026 e, portanto, um eventual efeito na receita apenas ocorre no exercício orçamental [de 2026]”, afirmou o governante, na semana passada, numa entrevista ao Público/Rádio Renascença.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, acompanhado pelo ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e pelo ministro da Economia, Pedro Reis. FILIPE AMORIM/LUSAFILIPE AMORIM/LUSA

O Governo estima perder 500 milhões de euros de receita em 2026 com a redução das taxas normal e reduzida em dois pontos percentuais para 19% e 15%, respetivamente. No entanto, parte desse impacto poderá refletir-se já no próximo ano, o que obriga o OE2025 a cabimentar esse custo.

Sabendo que o PS está totalmente contra a redução transversal do IRC, defendendo antes uma descida seletiva, esperam-se negociações duras até que o Governo consiga que o maior partido da oposição viabilize, pela abstenção, o Orçamento. A proposta do Executivo, sob a forma de pedido de autorização legislativa, deu entrada no Parlamento a 11 de julho, mas só será discutida depois das férias do verão, em setembro.

Em 2023, o Estado arrecadou 8.684,8 milhões de euros com a cobrança de IRC, segundo a síntese de execução orçamental de dezembro, publicada pela Direção-Geral do Orçamento (DGO). No OE para 2024, foi inscrita uma verba de 8.147,7 milhões de euros, de acordo com o relatório assinado pelo então ministro das Finanças, Fernando Medina.

Uma pequena fatia da receita de IRC, que anda em torno dos oito mil milhões de euros por ano, poderá ser comprometida já em 2025, mas a grande parcela dos 500 milhões de euros de perda fiscal será sentida em 2026, aquando da liquidação do imposto.

A lei permite que as empresas diminuam o terceiro e último pagamento por conta, que se efetua em dezembro, se verificarem que, ao longo do ano, já entregaram ao Estado o IRC devido nesse exercício, ou porque a taxa do imposto baixou, ou porque os administradores anteveem resultados menos positivos, logo, que o lucro tributável será menor.

Se a terceira entrega por conta a efetuar for superior à diferença entre o imposto total que o sujeito passivo julgar devido e as entregas já efetuadas, pode aquele limitar o terceiro pagamento a essa diferença“, segundo o artigo 107º do Código do IRC (CIRC). Para além disso, “se o sujeito passivo verificar, pelos elementos de que disponha, que o montante do pagamento por conta já efetuado é igual ou superior ao imposto que será devido com base na matéria coletável do período de tributação, pode deixar de efetuar o terceiro pagamento por conta”, de acordo com o mesmo diploma.

Se a terceira entrega por conta a efetuar for superior à diferença entre o imposto total que o sujeito passivo julgar devido e as entregas já efetuadas, pode aquele limitar o terceiro pagamento a essa diferença.

Código do IRC

No entanto, é preciso ter em conta que, aquando da liquidação do IRC, no ano seguinte, se se verificar que, “em consequência da suspensão da terceira entrega […] deixou de ser paga uma importância superior a 20% da que, em condições normais, teria sido entregue, há lugar a juros compensatórios”, indica o CIRC.

“As empresas podem não realizar ou reduzir proporcionalmente o terceiro pagamento por conta se verificarem que o montante dos dois pagamentos por conta já efetuados é igual ou superior ao IRC que será devido, a final, com base na matéria coletável de 2024”, reconhece João Espanha, especialista em Direito Fiscal da sociedade de advogados Broseta. Porém, “uma baixa de 2 pontos percentuais na taxa de imposto”, de 21% para 19%, dificilmente dispensará as empresas de realizar o terceiro pagamento por conta por inteiro em 2024, salvo por razões alheias a tal facto (maus resultados)”, ressalva o fiscalista.

Espanha admite que, “no caso de grandes empresas que pagam muito de IRC ou de empresas com dificuldades de tesouraria, poderá ser equacionada a hipótese de reduzir o terceiro pagamento por conta”. “Mas o impacto na receita do Estado, em 2025, será residual”, conclui.

Uma baixa de 2 pontos percentuais na taxa de imposto, de 21% para 19%, dificilmente dispensará as empresas de realizar o terceiro pagamento por conta por inteiro em 2024, salvo por razões alheias a tal facto (maus resultados).

João Espanha

Fiscalista

Do mesmo modo, o fiscalista Luís Leon, sócio-fundador da consultora Ilya, considera que “o grande efeito será sentido em 2026, porque a maioria das empresas não faz o acerto nos pagamentos por conta”. “Até porque, se pagarem abaixo do que é devido, sujeitam-se a ter de pagar juros compensatórios”, argumenta. Leon recorda que, “como os pagamentos por conta são adiantamentos, se as empresas pagarem a mais, depois é-lhes devolvido esse montante na liquidação do imposto no ano seguinte, tal como acontece no IRS”.

Para o fiscalista Ricardo Borges, “as empresas podem fazer o cálculo dos pagamentos por conta, em 2025, com base nas novas taxas e, nessa medida, poderá haver algum impacto no ano em curso, mas será muito pouco significativo”. “As empresas mais atentas, com a tesouraria mais apertada, e as grandes empresas poderão estudar ajustes nos pagamentos por conta, por causa da redução da taxa do imposto, mas o seu impacto na receita fiscal será negligenciável”, reforça o sócio-administrador da sociedade de advogados Ricardo da Palma Borges & Associados.

O grande efeito será sentido em 2026, porque a maioria das empresas não faz o acerto nos pagamentos por conta. Até porque se pagarem abaixo do que é devido sujeitam-se a ter de pagar juros compensatórios.

Luís Leon

Fiscalista

O perito em impostos sobre os rendimentos defende que “a revisão em baixa dos resultados, dos lucros das empresas, será o principal motivo para reduzir o terceiro pagamento por conta, e não porque a taxa do imposto do corrente ano baixou”.

Contudo, e reconhecendo que “a descida do imposto em dois pontos percentuais terá um efeito significativo no imposto devido pelas grandes empresas, é possível que decidam então baixar o terceiro pagamento por conta, o que terá algum impacto“, sublinha o fiscalista, que já foi adjunto do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais no tempo do segundo Governo de António Guterres e integrou o subgrupo da Reforma dos Impostos sobre o Rendimento durante a governação de José Sócrates.

A descida do imposto em dois pontos percentuais terá um efeito significativo no imposto devido pelas grandes empresas, é possível que decidam então baixar o terceiro pagamento por conta, o que terá algum impacto.

Ricardo Borges

Fiscalista

Os pagamentos por conta funcionam como uma espécie de adiantamento do imposto a pagar, que depois está sujeito a um acerto de contas no ano seguinte, com a entrega, até 31 de maio, da declaração Modelo 22 do IRC. Excecionalmente, este ano, o Governo estendeu o prazo até 15 de julho.

“Os três pagamentos por conta são realizados, de acordo com o artigo 104.º do CIRC, nos meses de julho, setembro e até 15 de dezembro, respetivamente“, indica João Espanha. E os montantes variam consoante o lucro tributável. Assim, empresas que obtiveram, no ano anterior, um volume de negócios igual ou inferior a 500 mil euros têm de adiantar ao Estado 80% do imposto a liquidar, repartido por três partes iguais, arredondadas por excesso para euros.

Se a faturação tiver superado os 500 mil euros, o pagamento por conta sobe para 95% do montante do imposto, separado também por três parcelas iguais e arredondadas por excesso para euros, de acordo com o CIRC.

“As empresas sujeitas a derrama estadual devem ainda proceder a um pagamento adicional por conta (nos mesmos prazos, sobre a parte do lucro tributável superior a 1,5 milhões de euros”, assinala o fiscalista João Espanha.

Pagamento adicional por conta

Fonte: CIRC, Portal das Finanças

Todas as empresas, com sede ou estabelecimento estável em Portugal que exerçam, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, estão sujeitas a pagamentos por conta”, indica o especialista em Direito Fiscal.

Mas há algumas exceções. “As demais entidades que sejam sujeitos passivos de IRC (como associações ou fundações) não estão sujeitas a pagamentos por conta. E qualquer sujeito passivo de IRC fica dispensado de pagamentos por conta quanto o valor do IRC liquidado quanto ao exercício anterior foi inferior a 200 euros”, aponta João Espanha.

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Fidelidade põe à venda futura sede por mais de 200 milhões. Amancio Ortega, dono da Zara, está na corrida

Futura sede ainda está a ser construída, mas a seguradora já está à procura de um proprietário. Negócio valerá mais 200 de milhões. O homem mais rico de Espanha é um dos principais interessados.

Futura sede da Fidelidade está a ser construída em Entrecampos, Lisboa.DR

Ainda se encontra em fase de construção, mas a Fidelidade já está à procura de um comprador para a sua futura sede em Entrecampos, em Lisboa, segundo as informações recolhidas pelo ECO. A seguradora detida pelo grupo chinês Fosun está a pedir mais de 200 milhões de euros pelo edifício que ficará pronto no próximo ano. O homem mais rico de Espanha, Amancio Ortega, é um dos principais interessados.

Neste negócio, a Fidelidade vende o imóvel a um investidor, mas ficará como arrendatária, tratando-se de uma tradicional operação de sale & lease back.

Em cima da mesa está um contrato de arrendamento de longo prazo com a duração de 20 anos, que pode ser prolongado por dois períodos de cinco anos, sendo que a seguradora irá pagar uma renda anual superior a 10 milhões de euros ao próximo proprietário (incluindo parque de estacionamento), segundo a apresentação que está a ser feita junto do mercado e a que o ECO teve acesso.

Contactada pelo ECO, a Fidelidade confirma a intenção de vender o edifício. “A potencial alienação, através de sale & lease back, do edifício onde se localizará a futura sede da Fidelidade corresponde a uma operação comum e recorrente no mercado imobiliário”, adiantou fonte oficial.

“Esta operação, a efetuar-se, será em tudo semelhante à que foi concluída em 2019 relativamente aos atuais escritórios da Fidelidade, nos quais passou a ser arrendatária”, acrescentou a companhia seguradora cujo capital é detido maioritariamente pelo conglomerado chinês Fosun (84,99%), com a Caixa Geral de Depósitos a deter uma posição de 15%.

Já depois da publicação deste artigo, a seguradora acrescentou que: “As seguradoras seguem em geral uma política de asset-light em relação a este tipo de ativos, a qual se revela mais eficiente sob diversos pontos de vista. Em relação à notícia divulgada no ECO, não existe qualquer processo negocial com investidores determinados e nenhum dos valores referidos na referida notícia tem aderência à realidade, sendo pura especulação”.

Após lucros de 180 milhões em 2023, a Fidelidade está a preparar a entrada em bolsa em 2025, tendo já começado a sondar o apetite do mercado. Para o IPO procura um valor implícito da companhia da ordem dos 3 mil milhões de euros, segundo avançou o ECO em abril.

Homem mais rico de Espanha é o principal candidato

A nova sede da Fidelidade está a ser construída num terreno junto à estação de comboio e de metro de Entrecampos, em Lisboa. A conclusão das obras está prevista para o segundo trimestre do próximo ano.

O empreendimento terá 46 mil metros quadrados, dos quais 40 mil serão de escritórios e os outros seis mil de espaços comerciais acima da superfície. O parque de estacionamento terá 440 lugares. A Fidelidade conta subarrendar uma parte do espaço.

A operação de venda está em curso e já atraiu um conjunto seletivo de investidores, incluindo Amancio Ortega, dono da Inditex (das marcas Zara, Berhska ou Stradivarius), que surge na pole position de candidatos a fecharem o negócio com a Fidelidade.

O conhecido empresário espanhol — o homem mais rico do país vizinho — está na corrida através da sua sociedade de investimentos Pontegadea, que já detém vários ativos no mercado português, nomeadamente uma participação de 12% na REN. É inclusivamente o segundo maior acionista da gestora da rede elétrica nacional.

A Fidelidade mandatou a Cushman & Wakefield para avançar com a operação, que poderá ser um dos grandes negócios do ano no mercado imobiliário nacional.

Fidelidade comprou terrenos da Feira Popular por 270 milhões

A seguradora adquiriu esse terreno em 2018 juntamente com outros dois lotes onde estava localizada antiga Feira Popular, pagando à Câmara de Lisboa mais de 270 milhões de euros, como avançou o ECO na altura.

Para os terrenos do antigo parque de diversões da capital lisboeta está prevista a construção de habitação, comércio e serviços e ainda parques de estacionamento, mas as obras ainda se encontram numa fase muito inicial.

(Notícia atualizada às 13h00 com segunda reação de fonte oficial da Fidelidade)

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IGAS abre inquérito a atendimento nas Caldas da Rainha

  • Lusa
  • 5 Agosto 2024

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde abriu um inquérito ao atendimento no hospital das Caldas da Rainha a uma mulher com hemorragias que sofreu um aborto espontâneo.

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu esta segunda-feira um inquérito ao atendimento no hospital das Caldas da Rainha a uma mulher com hemorragias que sofreu um aborto espontâneo e terá visto negada a assistência, informou fonte oficial. Fonte do gabinete da ministra da Saúde disse à Lusa que o inquérito já foi aberto e atribuída para o mesmo uma equipa multidisciplinar.

A ministra da Saúde, por seu lado, está a acompanhar o caso “desde a primeira hora”, adiantou a mesma fonte oficial. A mulher, com hemorragias após sofrer um aborto espontâneo, viu esta segunda ser negada a assistência no hospital de Caldas da Rainha, cuja urgência obstétrica estava encerrada, e apenas foi atendida após insistência do CODU e dos bombeiros, disse o comandante da corporação.

Em declarações à Lusa, o comandante dos bombeiros de Caldas da Rainha, Nelson Cruz, explicou que às 07:21 uma ambulância da corporação foi acionada pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) para socorrer uma mulher, de 32 anos, que estava frente à urgência do hospital de Caldas da Rainha, no distrito de Leiria, dentro do carro. “A senhora tinha tido um aborto espontâneo, tinha o feto com ela dentro de um saco e estava com muitas hemorragias, dentro do veículo particular”, contou o responsável.

Chegados ao local, os bombeiros passaram informações sobre estado da mulher ao CODU e disseram ao marido para ir pedir ajuda dentro do hospital, embora o homem já o tivesse feito assim que chegaram. Nelson Cruz relatou ainda que “o CODU deu a possibilidade de irem para a Maternidade Bissaya Barreto, em Coimbra, mas o colega alertou que a senhora estava com uma hemorragia tão abundante que não ia ser fácil chegarem […] em segurança sem terem um apoio diferenciado, porque são 130 quilómetros, mais de uma hora de caminho”.

“Se estamos perante uma pessoa que acaba de ter um aborto e que está com uma hemorragia abundante, naturalmente que não conseguimos dentro de uma ambulância controlar uma hemorragia interna e essa vítima, em pouco tempo, a perder sangue dessa maneira, tem a vida em causa”, sublinhou. Após insistência dos bombeiros junto do CODU e do centro de orientação com o hospital, ao fim de mais de meia hora, a mulher foi atendida por uma médica.

O caso foi revelado hoje ao início da tarde pela TVI. Em comunicado, a Unidade Local de Saúde (ULS) Oeste confirmou que a urgência de ginecologia e obstetrícia de Caldas da Rainha “não estava a funcionar”, mas negou que a unidade hospitalar tenha recusado atender a utente. “Temos registo que a utente apenas entrou no hospital às 08:04 de hoje, tendo sido de imediato admitida. Em momento algum foi recusada a sua admissão, nem temos registo de várias insistências para admissão”, esclareceu.

Confrontado com este esclarecimento, o comandante da corporação dos bombeiros de Caldas da Rainha acusou a ULS Oeste de “faltar à verdade”, argumentando que “se a urgência estava fechada, não há registo na admissão de doentes”.

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