Fibra, dois cartões e três meses de fidelização por 35 euros. Assim é a Digi em Espanha

Nova marca de telecomunicações iniciou esta semana a fase de pré-lançamento em Portugal. Ainda não há data para o arranque, nem preços. Até lá, saiba as condições que a operadora pratica em Espanha.

A Digi está obrigada pelo regulamento do leilão do 5G a lançar serviços até ao final de novembroHugo Amaral/ECO

A nova operadora Digi, que vai entrar no mercado português com redes próprias, tem mantido em segredo a data de lançamento comercial dos seus serviços, bem como a estratégia que vai seguir nas ofertas e nos preços. Mas entre os consumidores e reguladores existe a esperança de que a empresa adote um modelo parecido com o de Espanha, com preços mais baixos e fidelizações menos duradouras do que as da concorrência. Como opera a Digi do outro lado da fronteira?

Há, desde logo, uma diferença muito importante que pode baralhar as contas em qualquer comparação: em Portugal, além das ofertas fixas e móveis, a Digi pretende disponibilizar um serviço de televisão, enquanto em Espanha só fornece serviços de fibra ótica e 5G, com o telefone fixo a ser opcional. Distribuir canais de televisão tem custos e são conhecidas as dificuldades que a operadora tem tido em licenciar alguns dos canais mais vistos pelos portugueses. Esses custos não existem em Espanha, um detalhe que não se pode perder de vista.

Depois, o preço a pagar pelos serviços da Digi Mobil, o nome que a operadora adotou no mercado espanhol, varia também consoante o local de residência do consumidor. Se por sorte viver numa zona acesso à rede própria de fibra ótica da Digi, tem à sua disposição ofertas mais baratas e com uma velocidade de acesso superior face às restantes. No pacote de fibra e 5G mais barato a diferença é de dez euros, enquanto na oferta mais musculada é de apenas um euro, apesar de a velocidade anunciada ser dez vezes superior.

Vamos a casos concretos. Um casal em Espanha que resida num local em que a Digi ainda não tem fibra própria ficará a pagar 35 euros por mês, com IVA incluído, por um acesso fixo com 300 Mbps (megabits por segundo) simétricos, ou seja, a velocidade de upload é igual à de download. O preço inclui ainda dois acessos móveis 5G, cada um com 15 GB (gigabytes) de dados e chamadas ilimitadas dentro do país, tanto para números fixos como para outros telemóveis. O plafond não usado acumula para o mês seguinte, com a validade de um mês.

Se o mesmo casal viver numa zona com fibra Digi, paga apenas 25 euros e a velocidade do fixo sobe para 500 Mbps. Ambos os pacotes têm três meses de fidelização, o que deixará muitos consumidores portugueses admirados, num país em que o normal é subscrever pacotes de telecomunicações com vínculos contratuais de 24 meses (dois anos).

No mercado português as ofertas disponíveis são mais rígidas e os clientes tendem a optar por pacotes com quatro ou cinco serviços, que incluem televisão e telefone fixo. Um casal português pode esperar pagar quase 70 euros por um pacote com televisão, telefone, fibra ótica com 1 Gbps (gigabit por segundo) de download e 400 de upload e dois cartões de telemóvel com 20 GB de tráfego não acumuláveis. Mas há que ressalvar que as ofertas não são diretamente comparáveis, pois em Portugal têm características muito distintas.

Na Digi em Espanha, o mínimo que uma família pode esperar pagar para ter dois telemóveis e internet em casa são 19 euros por mês, desde que esteja numa zona com rede própria de fibra. Nesse caso, o acesso faz-se a 500 Mbps e cada cartão tem apenas 3 GB de tráfego e 100 minutos de chamadas. Se a mesma família optar pela Vodafone Espanha, a mensalidade mínima que pode esperar pagar são 40 euros por mês, o que inclui fibra com 600 Mbps e dois cartões com 25 GB cada, de acordo com simulações a partir do site da empresa.

Arrancou esta semana a fase de pré-lançamento da Digi Portugal com um stand no Alegro SintraHugo Amaral/ECO

Esta análise não tem em conta outros fatores que podem fazer um consumidor preferir uma operadora em relação à outra, como é o caso da qualidade de serviço. Nesta altura do campeonato, não se sabe se os preços da Digi serão assim tão diferentes dos da concorrência, muito menos se a qualidade do serviço da operadora conseguirá, pelo menos, equiparar o das principais concorrentes.

Outra incógnita é se a empresa vai mesmo conseguir lançar, desde o primeiro momento, uma oferta completa com televisão – que, num país como Portugal, em que a grelha gratuita da TDT é curta, continua a ter um peso importante para muitas famílias. Cenário muito diferente do de Espanha, cuja oferta da TDT inclui dezenas de canais.

Esta terça-feira, o ECO noticiou em exclusivo que a Digi iniciou a fase de pré-lançamento com a inauguração de um stand no centro comercial Alegro Sintra. A empresa está a recrutar potenciais clientes que aceitem, gratuitamente, testar a sua rede de fibra ótica. A iniciativa pressupõe a aceitação dos termos e condições e é necessário facultar dados pessoais, tal como agendar a visita de um técnico para instalar o serviço na residência, caso esteja numa zona elegível.

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5 coisas que vão marcar o dia

O dia será marcado pelo conselho de ministros, onde deverá ser aprovada a criação de novas USF, pelo indicador económico do Banco de Portugal e novos dados do emprego nos EUA.

O Conselho de Ministros desta quinta-feira deverá ser marcado pela aprovação de criação de unidades de saúde familiar geridas pelos setores social e privado, uma medida que visa colmatar falhas nos cuidados de saúde primários. Serão ainda conhecidos novos números do emprego nos EUA, decisivos para a tomada de decisão da Fed sobre juros este mês, e o indicador diário de atividade económica em Portugal, no dia em que arranca a reunião informal dos ministros da Coesão da União Europeia.

Governo aprova novas USF

O Governo vai aprovar esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, a criação de Unidades de Saúde Familiar geridas pelos setores social e privado, prevendo-se que abram 20 em Lisboa e Vale do Tejo, Algarve e Leiria, zonas carenciadas de médicos de família. De acordo com a informação avançada pela ministra da Saúde, a criação de Unidades de Saúde Familiar (USF) modelo C, geridas pelos setores social e privado, está prevista no Estatuto do Serviço Nacional de Saúde, mas nunca foi implementado. As USF modelo C são uma das medidas prioritárias previstas no Programa de Emergência e Transformação da Saúde.

BdP divulga indicador de atividade económica

O Banco de Portugal divulga, esta quinta, o indicador diário de atividade económica, deixando novas indicações sobre a evolução da economia portuguesa. Números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados recentemente revelaram que a economia portuguesa quase estagnou no segundo trimestre do ano, com um crescimento em cadeia de 0,1%. A atividade económica tem mostrado alguns sinais de abrandamento nos últimos meses, uma tendência que poderá, ou não, ser confirmada pelos indicadores económicos.

Ministros da Coesão da UE em encontro informal

No plano europeu, o dia será marcado pelo início de uma reunião informal dos ministros da Coesão da União Europeia. A reunião, que decorre em Budapeste, decorre até dia 6, sexta-feira. Os responsáveis irão focar-se nos desafios demográficos que a região enfrenta. O objetivo da reunião é discutir a forma como a Política de Coesão pode contribuir para a gestão dos desafios demográficos.

Investidores atentos a dados do emprego nos EUA

As atenções dos investidores voltam-se novamente para o mercado laboral norte-americano. Depois de na quarta-feira ter sido revelado que a criação de emprego baixou para mínimos de janeiro de 2021, esta quinta são conhecidos vários indicadores sobre o emprego no país, nomeadamente o relatório com a mudança do emprego em agosto, assim como os novos pedidos de subsídio de desemprego.

A Reserva Federal dos EUA deverá anunciar na reunião que termina a 18 de setembro o primeiro corte de juros no país, depois do presidente Jerome Powell ter admitido após o último encontro a possibilidade de reduzir a taxa dos fundos federais após o verão, dependendo da evolução do índice de preços e do mercado laboral.

Presidente participa em evento em Lisboa

O presidente da República estará na Cerimónia de encerramento do Book 2.0 #The Future of Reading, no Museu do Oriente. Marcelo Rebelo de Sousa poderá aproveitar a ocasião para comentar o relatório da auditoria da IGF à TAP, que revelou que a compra da empresa foi financiada com um empréstimo para o qual a própria deu garantia, com a IGF a levantar suspeitas de crime no processo.

 

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Falta reforçar “isco” do consumo para aumentar oferta das renováveis, alerta setor

A consulta pública do Plano Nacional para a Energia e Clima termina esta quinta-feira, 5 de setembro. Conheça alterações sugeridas pelo setor.

A consulta pública do Plano Nacional da Energia e Clima 2030 (PNEC 2030) termina esta quinta-feira, 5 de setembro. O setor aplaude a ambição do documento, em particular no que diz respeito à fatia de energias limpas prevista. No entanto, assinala algumas dificuldades, como a necessidade de estimular o lado do consumo para que a oferta de renováveis cresça.

A mensagem transmitida no PNEC é a mensagem correta. Representa um desafio que Portugal tem condições de enfrentar”, considera Pedro Amaral Jorge, presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN). A nova versão do documento, que entrou em consulta pública em julho, propõe que a fatia de renováveis no consumo de energia suba para 51%, acima dos anteriores 47%. Olhando só para a eletricidade, o objetivo é que as renováveis sejam a fonte de 93% do total produzido, em vez de apenas 80%.

Outro dos grandes números em destaque nesta versão é a previsão de que o consumo de eletricidade em Portugal atinja os 90 terawatts-hora (TWh) em 2030, acima dos cerca de 50 TWh que se verificam atualmente. E o setor deixa alguns alertas neste ponto: “O consumo tem de aumentar, e muito, para que estas metas do PNEC façam sentido”, avalia Duarte Sousa, diretor-geral da Engie Hemera, que nota a falta de eletrificação nos processos industriais e da atração de novas empresas eletrointensivas para Portugal.

Do lado da APREN, o investimento do lado do consumo “é uma preocupação”. Pedro Amaral Jorge defende que deve haver um alinhamento entre as diferentes tutelas – Ambiente, Economia e Finanças – para criar incentivos para aumentar a eletrificação de consumos junto da indústria. Sugere o apoio a pequenas e médias empresas para que estas assinem Contratos de Aquisição de Energia, de forma a permitir preços estáveis e ao mesmo tempo receitas estáveis aos produtores, estimulando a criação de projetos renováveis. “Espanha não deixou de trabalhar e acelerar. Nós temos de fazer o mesmo, caso contrário o investimento vai para Espanha e Portugal pode passar ao lado da oportunidade”, defende o presidente da associação de produtores.

Existem outros desafios à concretização das metas do PNEC, que se têm vindo a arrastar. Barreiras tecnológicas, regulatórias e de licenciamento, assim como a mobilização de avultados investimentos são alguns dos obstáculos apontados por Duarte Sousa. Amaral Jorge defende que as entidades afetas ao licenciamento devem adequar-se do ponto de vista de digitalização, aumento de quadros e formação de pessoas. Além disso, relembra os constrangimentos de capacidade e cobertura geográfica da rede elétrica: precisa também de digitalização e que o regulador aprove novos investimentos.

Por outro lado, alerta o CEO da Voltalia em Portugal, João Amaral, os projetos continuam dependentes da “capacidade de aceitação do poder local”. A criação de zonas de aceleração de projetos renováveis (com menos constrangimentos ambientais, que permitam licenciamentos mais rápidos) assim como a transposição da diretiva europeia, na qual está previsto que as energias renováveis sejam consideradas de interesse público superior, são medidas administrativas que a APREN considera importantes para concretizar a ambição do PNEC.

Numa avaliação mais geral, do ponto de vista de João Amaral, a versão final do documento deveria “dar um maior detalhe nas estratégias de implementação e na ligação do que está no papel (e é abstrato) à realidade concreta”, uma opinião que é acompanhada pela maioria dos interlocutores contactados pelo ECO/Capital Verde. O CEO da Voltalia sugere indicadores claros para tecnologias emergentes e juntar planos de financiamento específicos. O líder da APREN considera também importante que esteja prevista a monitorização.

Da eficiência energética aos fósseis, passando pelo armazenamento

Na 28ª Conferência das Partes (COP28), a principal conferência mundial sobre clima, a União Europeia comprometeu-se a duplicar a taxa de melhoria da eficiência energética até 2030. Os Estados Membros terão de clarificar qual será a sua contribuição. Na ótica de Alice Khouri, responsável pelo departamente Legal da Helexia, o PNEC é “pouco claro” na forma como pretende corresponder a este repto. O diretor-geral da Engie Hemera vê também como “ponto fraco” do PNEC a manutenção das metas para a eficiência energética, “que deveriam ser um dos principais focos deste plano nacional”, já que “a melhor descarbonização é aquela da energia que não é necessária”.

Em paralelo, Duarte Sousa considera que “a meta deste plano para o armazenamento é insuficiente face à ambição definida do lado da geração renovável, sobretudo no que se refere à energia solar”, e espera que após a consulta pública esta meta se torne mais ambiciosa, de forma a incentivar estas soluções. Também as metas da geração solar distribuída ficam aquém, no entender do mesmo gestor. Isto porque, na revisão, o solar distribuído pesa cerca de 27% da totalidade de potência solar em 2030, enquanto no final de 2023, ao nível dos 27 países da UE, este tipo de geração representava cerca de 2/3 da totalidade do solar fotovoltaico instalado.

Outra das críticas que Alice Khouri tece é a falta de esclarecimento sobre como Portugal irá reduzir ou eliminar os incentivos à cogeração a partir de combustíveis fósseis. Já Filipe de Vasconcelos Fernandes, especialista em Economia e Fiscalidade da Energia, acredita que o plano peca pela parca referência à dessalinização, um processo que requer largas quantidades de energia, “num PNEC de um país com parcelas de território em stress hídrico tão relevante”.

A descida da ambição no hidrogénio verde, de 5,5 gigawatts (GW) para 3 GW, não merece críticas das partes consultadas pelo Capital Verde. “Há ainda muito caminho para descarbonizar por via da eletrificação, antes dos gases renováveis”, entende Duarte Sousa, embora veja o hidrogénio verde como oportunidade estratégica para descarbonizar setores difíceis. Filipe Vasconcelos Fernandes, também membro da direção da Associação Portuguesa para a Promoção do Hidrogénio (AP2H2), aplaude mesmo a “alusão ao relevo dos gases renováveis” no documento.

Após a consulta pública, o PNEC será debatido na Assembleia da República, uma discussão da qual resultará a versão final do documento. Sejam quais forem as alterações, o presidente da APREN é perentório: “Questionar a ambição das metas é o raciocínio errado. Se não for possível até 2030, tem de se equacionar outra data a nível europeu, como 2032 ou 2033. Mas a ambição é a certa”.

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Grupo Gallo alarga a sua gama de massas clássicas com o novo Maccheroni XL

  • Servimedia
  • 5 Setembro 2024

O Grupo Gallo lança este novo produto no mercado com o objetivo de se diferenciar do MDD e de apostar na inovação como alavanca de crescimento no mercado das massas clássicas.

A empresa aposta em trazer novidades às refeições quotidianas e torná-las mais acessíveis às famílias neste contexto de inflação com um preço especial de lançamento de 0,99 euros por unidade.

Precisamente, o mercado registou um aumento substancial da procura de massas de formato grande por parte dos consumidores espanhóis. Este segmento cresceu 11% em volume em 2023 em relação ao ano anterior, com uma taxa de repetição de 35% e 1,5 milhão de compradores em 2023, 5% a mais que em 2022, segundo dados da Kantar.

Com este lançamento, o Grupo Gallo continua o seu compromisso “de lançar produtos que se diferenciam do MDD, democratizando as formas grandes, típicas das gamas mais premium”. Além disso, pretende lançar “um produto a um preço competitivo” e “com o selo de qualidade que caracteriza a família das Pastas Gallo red pack, graças à utilização de trigo duro selecionado cultivado no campo andaluz”.

Indica que a embalagem Gallo vermelha continua a ser “a mais apreciada pelos consumidores espanhóis, sendo o segmento que mais cresceu em volume, com 4 milhões de quilos de massa Gallo clássica vendidos em 2023”, segundo a empresa.

FAMÍLIAS

As famílias são um dos principais motores desta mudança nas preferências de compra e já representam 56% do consumo de massas grandes após um aumento de 16% nos seus hábitos de compra no último ano: compram mais de três vezes por ano e têm uma taxa de repetição de 41%, representando um aumento de 3,6 pontos de quota em relação a 2022.

“O mercado das grandes massas cresceu substancialmente no último ano e Gallo quer continuar a ser um ator relevante neste segmento. Este lançamento é o resultado da inovação, um valor intrínseco no ADN da Gallo que nos leva a desenvolver novos produtos únicos que marcam a diferença com o MDD”, disse Julia Sala, Diretora de Marketing do Grupo Gallo.

Além disso, Sala indicou que “este lançamento procura trazer novidade a um momento quotidiano, oferecendo um produto de qualidade, feito com as nossas próprias variedades de trigo, das quais beneficiam mais de 2.000 famílias de agricultores nacionais. O nosso objetivo continua a ser oferecer uma massa de qualidade superior graças à utilização de trigo duro selecionado, ao alcance de todos e garantindo um produto de excelência”.

O novo Gallo Macaroni XL, com uma gramagem de 450g, foi lançado no mercado com um preço promocional de lançamento de 0,99 euros por embalagem durante os primeiros três meses, com o objetivo de democratizar o consumo de massas premium, tornando-as mais acessíveis às famílias neste contexto complicado.

QUALIDADE

Há mais de 75 anos que as Pastas Gallo são “uma marca icónica que pode olhar para o futuro com profundo respeito por um legado que tem demonstrado o seu compromisso com o consumidor e a sua proximidade com as famílias deste país, sempre com uma escuta ativa, com uma verdadeira vontade de estar ao lado do consumidor para antecipar as necessidades das famílias”.

O Grupo Gallo consolidou a sua posição no mercado espanhol como marca líder no mercado das massas secas, molhos e farinhas, sendo um dos principais fabricantes nacionais, oferecendo uma grande variedade de massas, com receitas totalmente adaptadas aos gostos dos paladares espanhóis.

“O reconhecimento dos consumidores é apoiado pela sua fidelidade e por uma quota de mercado de cerca de 35% nas massas secas, 29% nos molhos e 16% nas farinhas”, conclui a empresa.

 

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Da governance à gestão da equipa: as razões de Adelaide Cavaleiro para bater com a porta na ASF

Administradora invocou não se rever no modelo de gestão do regulador dos seguros. Ministério tem em curso procedimentos para substituição e acompanha "com especial atenção a ação" da ASF.

O Ministério das Finanças já tem em curso os procedimentos necessários para indicar um novo nome para o lugar de Adelaide Cavaleiro, que no final de junho apresentou a renúncia ao cargo de administradora da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF). A gestora considerou “não ter condições pessoais” para trabalhar com a equipa do supervisor, justificando discordar do modelo de gestão.

A informação consta da nota remetida pelo gabinete do Ministério das Finanças aos deputados, após ter sido questionado pelo grupo parlamentar da Iniciativa Liberal sobre a notícia avançada pelo ECO, que dava conta que a administradora saiu em rutura com a presidente da ASF, Margarida Corrêa de Aguiar.

Aos deputados, o Ministério tutelado por Joaquim Miranda Sarmento adianta que tomou conhecimento da declaração de renúncia de Adelaide Cavaleiro a 24 de junho, na qual a gestora explicou que não tinha “quaisquer divergências em relação ao plano estratégico” que Margarida Corrêa de Aguiar “delineou”. Contudo, alegou que não se revia em três áreas:

  • no modelo de governance do conselho de administração da ASF
  • no modelo de gestão das equipas
  • na “forma como as decisões, tanto estruturas como as do dia a dia são tomadas”

Por estas razões, considerou “não ter condições pessoais” para trabalhar com as equipas do supervisor. A gestora que tinha, no conselho da ASF, pelouros relevantes, como os departamentos de “supervisão prudencial de empresas de seguros” e de “supervisão prudencial de fundos de pensões”, além do departamento financeiro, saiu assim apenas um ano e sete meses depois de assumir funções.

O Ministério das Finanças explica que confirmou a Adelaide Cavaleiro a receção da renúncia, mas não emitiu “qualquer juízo ou decisão formal sobre a opção interessada”. Como a própria “não definiu data de produção” de efeitos, considerou que o mandato terminou em 24 de junho, mas que a gestora deveria “manter-se em funções até à efetiva substituição”.

Contudo, a ex-administradora alegou “o decurso de mais de 45 dias sobre a data”, considerando-se “desonerada das funções” desde o dia 27 de agosto, tal como o regulador já tinha avançado. Na segunda-feira, a ASF informou, que tomou conhecimento da renúncia de Adelaide Cavaleiro ao cargo de administradora, com efeitos a 28 de agosto, e pediu celeridade ao Governo na indicação de nova gestora.

Na informação remetida aos parlamentares, o Ministério das Finanças garante que “estão em curso os procedimentos tendentes à designação de novo vogal para o Conselho de Administração da ASF, ao abrigo e nos termos do quadro legal aplicável“.

Estão em curso os procedimentos tendentes à designação de novo vogal para o Conselho de Administração da ASF.

Ministério das Finanças

Em setembro de 2022, aquando da audição prévia à nomeação do Governo, Adelaide Cavaleiro sublinhou a sua origem profissional, uma “pessoa do mercado”, e que era necessário “saber transformar legislação em negócio”, reforçando que a sua experiência no outro lado da supervisão poderia ajudar nas suas novas tarefas. Antes, tinha estado no BBVA, primeiro na área de fundos de pensões e depois na gestão de ativos. Enquanto administradora da ASF, esteve ausente por um período por razões de saúde.

Com esta demissão, a administração da ASF fica reduzida a três elementos: além de Margarida Corrêa de Aguiar, Diogo Alarcão e Manuel Caldeira Cabral. Mas os estatutos do supervisor determinam um conselho de até cinco membros. O Ministério tutelado por Joaquim Miranda Sarmento salienta que os restantes membros do Conselho de Administração da ASF “mantêm-se no pleno exercício dos respetivos mandatos”.

“Não obstante, continuamos a acompanhar com especial atenção a ação daquela autoridade, no estrito respeito pelo cariz de independência que a mesma reveste, de acordo com o quadro legal aplicável“.

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Salário de 2.000 euros com prémio vai descontar seis vezes mais. Veja as simulações

O pagamento de um 15.º mês, sob a forma de distribuição de lucros, está isento, mas vai agravar a retenção na fonte. Um ordenado bruto de 2.000 euros, que desconta 41 euros, vai reter 278 euros.

O pagamento de uma espécie de 15.º mês até um máximo de cinco salários mínimos, ou 4.100 euros, sob a forma de distribuição de lucros, está isento, mas vai agravar a retenção na fonte. Por exemplo, um trabalhador que tenha um ordenado bruto de 2.000 euros e que vai descontar, este mês, apenas 40,75 euros euros terá de reter 278 euros, em outubro, caso receba, nesse mês, um ordenado extra, também de 2.000 euros, no caso de um solteiro sem filhos. É quase seis vezes mais (582%), representando um agravamento de 237,35 euros do valor mensal entregue ao Fisco, segundo os cálculos do ECO com o apoio da consultora Ilya.

De lembrar que, em setembro e outubro, e de forma excecional, vão vigorar tabelas de retenção bastante mais baixas para refletir a redução do IRS este ano, aprovada pelo Parlamento, e compensar o que foi descontado a mais entre janeiro e agosto. Assim, um vencimento bruto de 2.000 euros que retinha, até agosto, 349 euros por mês, vai passar a adiantar ao Estado apenas 40,75 euros em setembro e outubro. Depois de sentir este forte alívio em setembro, se a empresa decidir oferecer um bónus equivalente ao seu salário, no mês seguinte, os descontos disparam para 278 euros.

Este agravamento acontece porque o bónus isento conta para determinação da taxa de retenção a aplicar sobre o salário bruto sujeito a IRS, ainda que não incida sobre esse prémio, tal como determinou a Autoridade Tributária (AT) numa informação vinculativa publicada no Portal das Finanças. “Os rendimentos respeitantes a gratificações por via de balanço, auferidos pelos trabalhadores, isentos de IRS, mas englobáveis para efeitos de determinação da taxa, devem igualmente ser tidos em consideração para efeitos de determinação da taxa de retenção na fonte aplicável aos restantes rendimentos auferidos pelo trabalhador”, isto é, ao salário e outras componentes fixas e regulares que façam parte da remuneração e que estejam sujeitas a descontos, de acordo com a mesma instrução.

Para apurar a taxa de retenção é preciso ter em conta não apenas o salário bruto de 2.000 euros mas também o prémio de 2.000 euros, livre do imposto, o que dá um total de rendimento mensal de 4.000 euros. A partir desse montante é que são calculados os descontos sobre o vencimento. De salientar que estas simulações foram feitas para um solteiro sem dependentes e sem ter em consideração as contribuições sociais de 11%.

Já um ordenado de 1.500 euros brutos, que descontava 203 euros até agosto, vai passar a reter 12,18 euros, em setembro e outubro. Mas, se no mês 11, este trabalhador tiver direito a um bónus adicional, equivalente a um salário (1.500 euros), terá de entregar ao Fisco 98,68 euros, o que corresponde a um aumento de 86,50 euros ou de 710% face à retenção de setembro, uma vez que a taxa foi calculada para o ganho global mensal de 3.000 euros (1.500 euros de salário e 1.500 euros de prémio).

No caso de um vencimento bruto mensal de 10.000 euros, em que já é possível atingir o valor máximo do prémio, de 4.100 euros, a penalização será proporcionalmente menor. Este trabalhador, que descontava 3.734 euros por mês até agosto, vai reter 3.180,36 euros em setembro. Se, no mês seguinte, receber um ordenado extra que não pode ultrapassar os 4.100 euros, vai adiantar ao Fisco 3.562,53 euros, um agravamento de 382,17 euros ou de 12%. Isto porque, na determinação da taxa, é preciso relevar o rendimento total mensal de 14.100 euros (10.000 euros de ordenado e 4.100 euros de bónus).

Depois do alívio suplementar das tabelas, em setembro e outubro, de modo a retroagir o impacto da descida do imposto, as taxas voltam a mudar a partir de novembro e até ao final do ano, subindo face a outubro mas ficando ainda abaixo do modelo em vigor até agosto. Assim, um trabalhador com um ordenado bruto mensal de 1.500 euros, que iria descontar nos últimos dois meses do ano 189,50 euros, terá de reter 351,42 euros, se receber um bónus equivalente a um ordenado extra. Significa que vai descontar mais 161,92 euros ou mais 85%.

Um vencimento bruto mensal de 2.000 euros, que deveria reter 330,64 euros, nos últimos dois meses do ano, terá de descontar 550,25 euros, se o patrão lhe pagar um 15.º mês isento de imposto, respeitante a gratificações por via de balanço. Ou seja, vai ter de adiantar mais 219,61 euros de imposto, o que se traduz num aumento de 66% face à retenção normal de novembro e dezembro.

Também nestas tabelas, o agravamento percentual é mais baixo (6%) para remunerações de 10.000 euros. Este trabalhador iria descontar 3.724,67 euros, mas se a empresa lhe transferir um prémio de 4.100 euros terá de adiantar ao Fisco 3.948,56 euros, um aumento de 222,89 euros.

Apesar de o trabalhador reter mais por receber o bónus, depois serão feitos os devidos acertos na liquidação do imposto, no próximo ano, sendo que este ordenado suplementar também irá contar para determinar a taxa de IRS a aplicar sobre os ganhos anuais. Com este englobamento, os contribuintes correm o risco de liquidar mais imposto, mas tendo em conta que agora retiveram mais, o impacto poderá ser praticamente nulo.

Para além disso, é preciso sublinhar que, no mês em que os descontos foram maiores por causa do ordenado extra livre de tributação, o trabalhador terá direito a um prémio extraordinário no bolso, livre de impostos e retenção, equivalente ao seu vencimento bruto e que pode ir até aos 4.100 euros.

De lembrar que este bónus só pode ser atribuído este ano e desde que a entidade empregadora suba os vencimentos de todos os trabalhadores em pelo menos 5% face a 2023, tal como o ECO já tinha noticiado com base num ofício-circulado do Fisco.

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Prémio até 4.100 euros isento de IRS agrava retenção na fonte sobre o salário

Bónus sob a forma de distribuição de lucros pelos trabalhadores está livre de tributação mas vai contar para a determinação da taxa de retenção sobre o ordenado, esclarece o Fisco.

O prémio equivalente a um ordenado extra até cinco salários mínimos ou 4.100 euros que as empresas podem oferecer, este ano, aos trabalhadores, sob a forma de distribuição de lucros, está isento de IRS e contribuições sociais, mas vai agravar a retenção na fonte no mês em que for pago, uma vez que o seu valor conta para determinação da taxa a aplicar sobre o vencimento, segundo uma informação vinculativa da Autoridade Tributária (AT), publicada esta quarta-feira no Portal das Finanças. O aumento dos descontos pode ser atenuado, no entanto, pela descida significativa das tabelas a partir de setembro.

Este bónus só pode ser atribuído este ano e desde que a entidade empregadora suba os vencimentos de todos os trabalhadores em pelo menos 5% face a 2023, tal como o ECO já tinha noticiado com base num ofício-circulado do Fisco. Apesar desta instrução administrativa, que foi sancionada pela secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte, ainda subsistem dúvidas.

À AT chegou um pedido de esclarecimento por parte de uma empresa que pretendia saber se o prémio, ainda que isento de IRS, mas sendo englobado — isto é, conta para a determinação da taxa do imposto a pagar no ano seguinte –, teria também de relevar para o cálculo da retenção na fonte sobre o salário, agravando os descontos no mês em que o bónus for transferido para a conta dos trabalhadores.

“Aquando da colocação à disposição do referido rendimento aos trabalhadores” deve-se “considerar as taxas de retenção na fonte correspondentes apenas ao valor do rendimento sujeito a tributação”, isto é, sobre o salário ou a remuneração fixa, “sendo a progressividade aplicada apenas em termos finais?”, questionou o contribuinte.

“No que concerne à retenção na fonte dos montantes atribuídos a título de gratificações de balanço, o n.º 2 do artigo 236.º da Lei do Orçamento do Estado para 2024, prevê uma isenção progressiva, ao determinar que os rendimentos isentos são englobados para efeitos de determinação da taxa aplicável aos restantes rendimentos”, começa por explicar a AT num despacho assinado pela subdiretora-geral das Finanças para a área dos impostos sobre rendimentos, Helena Pegado Martins.

Isto significa, tal como o ECO já escreveu, que embora o bónus esteja isento, depois conta, no ano seguinte, para calcular a taxa do imposto a liquidar. Assim, “considerando a coerência das regras constantes no Código do IRS […] que dispõem sobre a aplicação das taxas de retenção na fonte no caso de rendimentos isentos sujeitos a englobamento, determina-se” que os descontos “devem corresponder às taxas que resultarem das tabelas de retenção na fonte sobre a totalidade dos rendimentos, incluindo os isentos, aplicando-se apenas à parte dos rendimentos que não estejam isentos“, lê-se na norma da AT.

O Fisco conclui então que “os rendimentos respeitantes a gratificações por via de balanço, auferidos pelos trabalhadores, isentos de IRS, mas englobáveis para efeitos de determinação da taxa, devem igualmente ser tidos em consideração para efeitos de determinação da taxa de retenção na fonte aplicável aos restantes rendimentos auferidos pelo trabalhador”, isto é, ao salário e outras componentes fixas e regulares que façam parte da remuneração e que estejam sujeitas a descontos.

“Deste modo, a taxa de retenção na fonte deve corresponder à totalidade do rendimento auferido, ainda que a mesma seja só aplicada à parte dos rendimentos que não estão isentos“, sublinha. Ou seja, no mês em que a entidade empregadora decidir pagar um ordenado extra, uma espécie de 15.º mês, que está isento e não faz retenção, o trabalhador vai ter de descontar mais do seu salário bruto para o Fisco, porque o cálculo da taxa será em função do rendimento global: ordenado mais o prémio. Ainda assim é preciso sublinhar que, nesse mês, terá direito a um bónus extraordinário no bolso, livre de impostos e retenção, equivalente ao seu vencimento bruto e que pode ir até aos 4.100 euros.

Apesar de o trabalhador reter mais por receber o bónus, depois serão feitos os devidos acertos na liquidação do imposto, no próximo ano, sendo que este ordenado suplementar também irá contar para a taxa de IRS a aplicar sobre os ganhos anuais. Com este englobamento, os contribuintes correm o risco de liquidar mais imposto, mas tendo em conta que agora retiveram mais, o impacto poderá ser praticamente nulo.

O Fisco dá ainda nota de “que para efeitos de entrega da declaração mensal de remunerações – DMR -, foi criado o código A82 (rendimentos isentos) para inscrever os montantes atribuídos aos trabalhadores a título de participação nos lucros da empresa, por via da gratificação de balanço, aí se referindo ‘pagos por entidades cuja valorização nominal das remunerações fixas do universo dos trabalhadores em 2024 seja igual ou superior a 5%”, tal como decorre do Orçamento do Estado para 2024, “que contém uma disposição transitória ao isentar de tributação, com caráter temporário, montantes até cinco vezes a remuneração mínima mensal garantida, que este ano, é de 820 euros o que significa que o bónus pode ir até 4.100 euros.

Este benefício “aplica-se apenas ao ano de 2024”, lembra a AT. Ou seja, em 2025 e nos anos seguintes, os patrões já não vão poder pagar um 15.º mês livre de imposto, a não ser que futuros Orçamentos do Estado voltem a legislar nesse sentido.

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Como os seguros podem ajudar na transição climática. Subscrição de riscos e investimentos de reservas mais seletivos<span class='tag--premium'>premium</span>

Desinvestir em ativos que libertam GEE e deixar de cobrir riscos que contribuem para o aquecimento global é onde as seguradoras têm principal responsabilidade em agir para promover a sustentabilidade

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Efacec pode custar mais de 500 milhões ao Estado

Auditoria que está a ser realizada pelo Tribunal de Contas indica que a nacionalização da empresa, vendida depois ao fundo alemão Mutares, falhou objetivos e pode custar mais 80 milhões.

A intervenção na Efacec custou 484 milhões de euros aos cofres do Estado até à privatização, concluída em outubro de 2023, com a venda ao fundo alemão Mutares, de acordo com a documentação preliminar da auditoria que está a ser feita pelo Tribunal de Contas e citada pelo Observador. Esta fatura, que ainda não era conhecida na íntegra, poderá ainda aumentar em cerca de 80 milhões de euros, superando os 500 milhões de euros.

De acordo com a notícia avançada pelo Observador, a auditoria que está a ser terminada pelo TdC, quantifica o financiamento público na Efacec em 484 milhões de euros até à privatização, indicando que o Estado poderá ainda ter que suportar uma fatura extraordinária de 80 milhões de euros, elevando o montante injetado na empresa para 564 milhões, devido às responsabilidades contingentes assumidas pela Parpública na venda à Mutares da Efacec.

O Estado poderá ainda recuperar parte destes valores, mas, diz o jornal, a avaliação feita na versão preliminar da auditoria é a de que a nacionalização da empresa industrial do norte não cumpriu nenhum dos objetivos iniciais. A grande fatia dos apoios financeiros, no montante de 445 milhões de euros, foi realizada através da holding estatal Parpública, havendo mais 35 milhões de euros do Banco Português do Fomento.

O Estado acordou no final do passado mês de outubro a venda da Efacec ao fundo alemão Mutares. Através de uma operação harmónio, o capital social da empresa foi reduzido a zeros para, posteriormente, ser aumentado para 300 milhões de euros.

A Mutares injetou apenas 15 milhões de euros na empresa nortenha enquanto a Parpública entrou com 209,45 milhões de euros, a que acrescem mais 75,54 milhões através da emissão de novas ações. Além disso, o Banco de Fomento comprou 35 milhões de euros em obrigações convertíveis emitidas pela Efacec.

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Melo acusa Chega de “desiludir o próprio eleitorado” ao afastar-se da negociação do OE2025

  • Lusa
  • 4 Setembro 2024

O líder dos centristas deixou o apelo para que os “partidos possam ser parte da solução” e se “mostrem disponíveis” para negociar de forma a que “Portugal tenha estabilidade política”.

O ministro da Defesa considerou esta quarta-feira que o Chega está a “desiludir o próprio eleitorado” ao afastar-se das negociações do Orçamento do Estado, afirmando apenas estar “preocupado com quem pode ser parte da solução” para fazer aprovar o documento.

Em declarações à margem de uma visita à Feira da Luz, em Lisboa, o líder do CDS-PP e responsável pela pasta da Defesa Nacional, Nuno Melo, afirmou que está neste momento preocupado com “quem pode ser parte da solução” e não de quem “manifestamente se quer apresentar aos portugueses como sendo um problema”, desvalorizando o afastamento do partido de André Ventura das negociações do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

“[O Chega] é um partido que, primeiro, disse que o Governo teria que aceitar a prisão perpétua, ninguém ligou muito ao disparate. Portanto, alterou a fasquia para dizer que só aprovaria o orçamento desde que tivéssemos um referendo às migrações e depois percebeu que também aí não teve muita sorte”, acrescentou.

O líder dos centristas deixou o apelo para que os “partidos possam ser parte da solução” e se “mostrem disponíveis” para negociar de forma a que “Portugal tenha estabilidade política”, concluindo que o Chega está a desiludir o próprio eleitorado ao não procurar essa mesma estabilidade.

Nuno Melo disse ainda que o desejo de que os partidos se apresentem como parte da solução não significa necessariamente uma aproximação ao PS, mas sim que o Governo ouvirá os partidos tendo como base o programa de Governo da Aliança Democrática, “que venceu as eleições”.

Queremos uma solução que seja boa para Portugal, e essa solução que é boa para Portugal é uma solução que passa por um Orçamento de Estado, porque com essa aprovação muitos portugueses terão a vida muito melhor a partir desse dia”, defendeu.

Questionado sobre se a solução para a estabilidade do país, perante um orçamento chumbado, será a de um país governado a duodécimos, Nuno Melo delegou para o líder do executivo, referindo que essa é uma avaliação que deve ser feita por Luís Montenegro e que, neste momento, não está concentrado em cenários diferentes da aprovação do OE2025.

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Partido de esquerda francês apresenta proposta de destituição de Macron

  • Lusa
  • 4 Setembro 2024

A proposta do partido França Insubmissa conta com "81 assinaturas [de deputados] de três grupos parlamentares, mais de 212.000 assinaturas populares da petição online".

O partido França Insubmissa (LFI, esquerda radical) apresentou esta quarta-feira uma proposta de destituição do Presidente francês, Emmanuel Macron, pela recusa em nomear como primeira-ministra Lucie Castets, candidata da coligação Nova Frente Popular (NFP, esquerda).

“Apresentámos a proposta de resolução para destituir o Presidente da República”, anunciou o grupo parlamentar da LFI, maior força no seio da NFP, na rede social X, revelando que a proposta conta com “81 assinaturas [de deputados] de três grupos parlamentares, mais de 212.000 assinaturas populares da petição online“.

O texto da LFI refere que a recusa de Macron em nomear a socialista Lucie Castets para o cargo de chefe de governo “constitui uma grave violação do dever de respeitar a vontade expressa pelo sufrágio universal”, tendo em conta que a NFP foi o partido mais votado nas eleições legislativas de 7 de julho, mas sem obter maioria absoluta.

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PAN propõe existência de dois encarregados de educação em casos de guarda partilhada

  • Lusa
  • 4 Setembro 2024

O projeto-lei do PAN salvaguarda que as funções de encarregado de educação devem ser exercidas por ambos os progenitores quando estabelecida a residência alternada-

O PAN entregou esta quarta-feira no parlamento um projeto de lei que propõe a consagração do estatuto de encarregado de educação a dois progenitores nos casos em que exista guarda partilhada do filho.

Neste momento, recorda a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, em comunicado, “apesar de a lei referir que, em casos de residência alternada, as responsabilidades parentais, no quadro do Estatuto do Aluno e ética escolar, tudo se passa como se apenas um só progenitor fosse o responsável pela vida do seu filho na escola”.

Nos últimos anos têm sido vários os avanços legais que trazem uma dignificação do regime de residência alternada e o reforço e salvaguarda dos direitos de ambos os progenitores. No entanto, nas escolas, as famílias com guarda partilhada têm de acordar – e quando não há acordo, é o tribunal a decidir – a qual dos progenitores caberá o exercício das funções de encarregado de educação”, acrescentou a deputada única do PAN.

Esta proposta de alteração da lei salvaguarda que as funções de encarregado de educação devem ser exercidas por ambos os progenitores quando estabelecida a residência alternada “salvo acordo ou decisão judicial em contrário”.

Na exposição de motivos deste projeto, o PAN lembra que “alguns estabelecimentos de ensino (…) têm possibilitado que nos casos em que existe residência alternada os alunos possam ter dois encarregados de educação”, mas que há muitas escolas que “com fundamento no caráter restritivo do atual quadro legal, não permitem que os seus alunos em situação de residência alternada tenham dois encarregados de educação”.

Esta iniciativa vai procurar travar o que o PAN considera ser uma “grave violação dos direitos dos progenitores e das crianças e jovens”. Também em matéria de educação, o partido entregou hoje no parlamento um projeto de resolução que recomenda o Governo a alterar a lei de modo a assegurar que a atribuição de prioridade na matrícula na educação pré-escolar, no ensino básico e no ensino secundário, às crianças e jovens com irmãos a frequentarem o agrupamento de escolas pretendido.

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