Sustentabilidade. Autocarros a hidrogénio e vinhos da Sogrape premiados nos IRGAwards

Programa de sustentabilidade da Sogrape valeu-lhe o prémio Sustainability Initiative Award. CaetanoBus premiada com Transformation Award por autocarros elétricos à base de hidrogénio.

A Sogrape e a Caetanobus foram os vencedores dos prémios de sustentabilidade e transformação dos Investor Relations and Governance Awards (IRGAwards), uma iniciativa da Deloitte, que decorreu esta quinta-feira no Convento do Beato, em Lisboa.

O prémio é o reconhecimento de “percurso que já e só tem 80 anos, pelo respeito do planeta. O vinho vive e depende da terra. Por isso, a sustentabilidade é uma questão de sobrevivência”, afirmou Raquel Seabra, administradora da Sogrape, após receber o prémio que homenageou também Salvador Guedes, falecido em abril.

O programa Global de Sustentabilidade da empresa de vinhos valeu-lhe o Sustainability Initiative Award, que disputava com a emissão de dívida sustentável da Caixa Geral de Depósitos (a primeira do género a ser feita por um banco português) e o “Planeta Zero” da EDP (uma iniciativa que dá dicas de eficiência energética, ensina e incentiva, através de prémios, à prática de medidas e ações mais sustentáveis).

O programa premiado – que a Sogrape apresenta como o seu “propósito” – tem como objetivo tornar a operação da empresa mais sustentável de forma a “preservar, respeitar e proteger os locais e as comunidades onde” opera. Assente em três pilares que visam reduzir a pegada ambiental, potenciar a inovação através da investigação & desenvolvimento e melhorar as relações a nível local, o Programa Global de Sustentabilidade da empresa de vinhos foi o premiado este ano depois do título ter sido atribuído, na última edição, ao Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA).

Paulo Marques, CTO da CaetanoBus.Hugo Amaral/ECO

Já o Transformation Award, que no ano passado caiu nas mãos da CTT pela criação de um marketplace digital de enfoque local, foi atribuído esta noite à Caetano Bus com o projeto ‘H2-UI4PT: H2 Usage Improvement for Public Transport’. A iniciativa que promove a investigação e desenvolvimento de um autocarro elétrico cuja energia provém de uma pilha de hidrogénio, estava na corrida ao título ao lado da Greenvolt e a Vista Alegre Atlantis.

“É o reconhecimento da jornada da Caetano Bus na mobilidade elétrica desde 2010 e na mobilidade a hidrogénio desde 2018”, reconheceu Paulo Marques, CTO da Caetano Bus.

Os dois prémios, que têm como objetivo reconhecer iniciativas que tenha tido impacto social e ambiental, foram introduzidos na edição do ano passado..

Os IRGAwards são uma iniciativa da Deloitte que há mais de três décadas distingue os maiores contributos na criação de um mercado de capitais mais eficiente, transparente e socialmente responsável.

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Miguel Stilwell vence prémio de melhor CEO dos IRGAwards. Ana Luísa Virgínia é a melhor CFO

O presidente-executivo da EDP venceu o prémio de melhor CEO da 34ª edição dos Investor Relations and Governance Awards. Ana Luísa Virgínia levou o galardão de melhor CFO.

Miguel Stilwell d’Andrade, CEO da EDPHugo Amaral/ECO

Miguel Stilwell d’Andrade arrebatou o principal prémio na gala de entrega dos Investor Relations and Governance Awards (IRGAwards), uma iniciativa da Deloitte, que decorreu esta quinta-feira à noite no Convento do Beato, em Lisboa. O presidente executivo da EDP foi eleito pelo júri como o melhor CEO pelo trabalho realizado em 2021, ano ainda marcado pela pandemia.

Na corrida ao galardão estavam ainda António Rios Amorim, que foi o vencedor na edição anterior, João Manso Neto, da Greenvolt e Miguel Maya, do Millennium BCP.

O presidente executivo agradeceu à Deloitte, ao seu CEO em Portugal, António Lagartixo, e a Jorge Marrão, o partner da consultora que há mais de 30 anos lançou os prémios e foi alvo de uma homenagem no início da gala. “É indiscutível que estamos a viver uma crise energética e temos claramente de acelerar e aprofundar a transição energética. A EDP está do lado da solução”, afirmou Miguel Stillwel.

Ana Luísa Virgínia, da Jerónimo Martins, foi escolhida como a melhor administradora financeira (CFO) em Investor Relations na 34ª edição dos IRGAwards. A gestora não pode estar presente para receber o prémio. Subiu ao palco Cláudia Falcão, responsável pelas relações com investidores da retalhista, que leu algumas palavras em nome da vencedora. A CFO agradeceu ao júri a escolha num ano marcado por “um contexto de grandes desafios e escrutínio” e à equipa da Jerónimo Martins, que “em dois anos de enorme incerteza trabalhou arduamente para garantir a cadeia de abastecimento alimentar”.

Cláudia Falcão, investor relations da Jerónimo Martins.Hugo Amaral/ECO

A gestora da Jerónimo Martins concorria com Cristina Rios de Amorim, da Corticeira Amorim, Filipe Crisóstomo Silva, da Galp Energia, Miguel Bragança, do Banco Comercial Português e Rui Teixeira, da EDP.

O prémio de melhor Investor Relations Officer foi para Nuno Vieira, dos CTT. O responsável pelas relações com os investidores agradeceu à Deloitte “pela manutenção do evento que procura dar relevo ao mercado de capitais há mais de 30 anos”.

Nuno Vieira, investor relations dos CTTHugo Amaral/ECO

Estavam ainda nomeados Ana Negrais de Matos, da Corticeira Amorim, Bernardo Collaço, do Banco Comercial Português, Nuno Vieira, dos CTT, Miguel Viana, da EDP e Otelo Ruivo, da Galp Energia.

A gala dos IRGAwards contou com um momento de debate protagonizado por Carl Bildt, antigo primeiro-ministro da Suécia e co-chair do European Council of Foreign Relations, e Pedro Siza Vieira, antigo ministro da Economia e da Transição Digital.

O corpo de jurados do prémio foi composto por Vítor Bento (presidente), António Esteves, Álvaro Nascimento, Clara Raposo, Duarte Pitta Ferraz, João Moreira Rato, Luís Amado, Nuno Fernandes e Patrícia Teixeira Lopes.

Veja a lista com todos os vencedores da noite:

  • Prémio CEO em Investor Relations: Miguel Stilwell d’Andrade, EDP
  • Prémio CFO em Investor Relations: Ana Luísa Virgínia, Jerónimo Martins
  • Prémio Investor Relations Officer: Nuno Vieira, CTT
  • Lifetime Achievement Award: António Pontes Correia
  • Special Award: Caixa Geral de Depósitos
  • Sustainability Initiative Award: Programa Global de Sustentabilidade da Sogrape
  • Transformation Award: H2 Usage Improvement for Public Transport da Caetano Bus.

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BBC anuncia reestruturação, com supressão de mil empregos

  • Lusa
  • 26 Maio 2022

O grupo viu as contras deteriorarem-se com a decisão do governo conservador de congelar o valor da taxa paga pelos telespetadores, durante dois anos.

A BBC anunciou uma reestruturação, devido a constrangimentos orçamentais, com a supressão de mil postos de trabalho e a aceleração da transformação digital, com fusão de canais e passagem de outros para a transmissão pela internet.

Depois de nos últimos anos ter sido sujeito a vários planos de poupança e ao envelhecimento das suas audiências, o conglomerado do audiovisual público, instituição cuja influência vai bem além das fronteiras britânicas, viu o seu horizonte financeiro deteriorar-se este ano, com a decisão do governo conservador de congelar o valor da taxa paga pelos telespetadores, durante dois anos.

As notícias anunciadas esta quinta-feira pela instituição, em comunicado, pretendem também economizar 500 milhões de libras (586 milhões de euros) por ano, dos quais 200 milhões para tapar a maior parte do défice criado pela decisão governamental.

O restante deve ser investido no digital “para construir uma BBC que dê a prioridade ao digital, algo verdadeiramente novo (…), uma força positiva para o Reino Unido e o mundo”, afirmou o diretor-geral, Tim Davie, dirigindo-se aos trabalhadores.

Está prevista a criação de uma cadeia noticiosa única – BBC News – para as audiências britânica e internacional, que hoje estão separadas, “salvaguardando a possibilidade de difundir conteúdos distintos, conforme os acontecimentos”.

O grupo vai deixar de difundir em antena a sua cadeia para crianças CBBC, dedicada ao grupo etário 6-12) e a cultural BBC 4, que passarão a ser transmitidas em linha. Alguns serviços em língua estrangeira também vão passar a ser emitidos apenas em linha e a difusão rádio por ondas longas vai ser suprimida.

No conjunto, estas decisões implicam a eliminação de mil postos de trabalho, dos 22 mil existentes.

A ‘venerável’ BBC está a atravessar um período difícil, devido às mudanças de hábitos de consumo das suas audiências, com a emergência da Netflix ou da Disney+ e as relações difíceis com o governo conservador, agravadas agora com a nomeação para o Ministério da Cultura de Nadine Dorries, claramente hostil ao audiovisual público.

Esta decidiu, em janeiro, congelar durante dois anos o valor da taxa para o audiovisual, de 159 libras (185 euros) e questionou o prolongamento no tempo deste modo de financiamento mal-amado, em particular em tempos de inflação histórica.

O poder conservador acusa a BBC de ter coberto o Brexit de maneira parcial, com um enviesamento a favor da saída da União Europeia. Acusa-a também, de forma geral, de estar centrada nas preocupações das elites urbanas, mais do que nas classes populares.

O anúncio do plano de transformação coincide com o lançamento de uma revista da missão do grupo público por Nadine Dorries, personalidade muito conservadora e um dos membros do governo mais leais a Boris Johnson, durante a recente série de escândalos. Com aquela revista da missão da BBC, o governo conservador quer “tornar a BBC mais imparcial, mais acessível e a refletir melhor da diversidade das opiniões”.

Outro objetivo é uma obrigação legal de 25% do pessoal ser proveniente das ‘classes populares’ e a maioria dos programas ser produzida fora de Londres até 2027, além de se conceber o fim da taxa a partir de 2028. O presidente da BBC, Richard Sharp, sublinhou que a empresa enfrenta “uma questão existencial”.

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CDS quer Bruxelas e BCE a supervisionar Banco Português de Fomento

Nuno Melo fala em "inércia e opacidade" por parte do Banco Português de Fomento e pede intervenção de Bruxelas e do BCE na entrega dos fundos comunitários.

O CDS acusa o Banco Português de Fomento (BPF) de “inércia e opacidade” na entrega e aplicação dos fundos comunitários e, por isso, vai solicitar a intervenção da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu (BCE).

Cerca de dois anos de ter sido criado, o BPF “ainda não tem Presidente do Conselho de Administração” e “não apresentou o relatório e contas referente ao ano de 2020”, começa por dizer o presidente do CDS, Nuno Melo, em comunicado. O também eurodeputado diz ser “inaceitável e inqualificável” que o BPF “ainda não tenha prestado quaisquer contas” e que, por isso, não é possível ser feito “o necessário escrutínio jurídico e político”.

Nuno Melo acusa também o BPF de “inércia e opacidade” perante a atual conjuntura, “com as empresas a enfrentarem enormes dificuldades em razão da inflação que dispara, custos elevadíssimos de combustíveis, energia e matérias-primas”.

“Um BPF colonizado por lógicas partidárias, com a tutela premeditadamente passiva, sem escrutínio e com acesso a milhares de milhões de euros de fundos do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] para investimento direto em empresas escolhidas por uma equipa totalmente dependente do Governo, é tudo o que não se pode aceitar num Estado democrático de direito”, lê-se no documento.

Por isso, o CDS “vai solicitar a avaliação e intervenção da Comissão Europeia, que tem competência para acompanhar a entrega e aplicação de fundos comunitários cuja gestão será cometida ao BPF, bem como do BCE, no que eventualmente caia em área de competência de supervisão”.

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Brent sobe 2,96% para 117,40 dólares

  • Lusa
  • 26 Maio 2022

O aumento do preço do brent foi atribuído ao anúncio pelo governo britânico da introdução de um imposto “temporal”, em 25%, sobre os lucros das empresas de petróleo e gás.

A cotação do barril de petróleo Brent para entrega em julho encerrou esta quinta-feira as transações no mercado de futuros de Londres em alta de 2,96%, para os 117,40 dólares.

O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, concluiu a sessão no International Exchange Futures a cotar 3,37 dólares acima dos 114,03 com que fechou na quarta-feira.

Depois de evoluir durante a manhã sem grandes variações, o Brent começou a escalada durante a primeira hora da tarde.

A mudança foi atribuída, em parte, ao anúncio pelo governo britânico da introdução de um imposto “temporal”, em 25%, sobre os lucros das empresas de petróleo e gás, para financiar ajudas à população para combater a inflação galopante.

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Wall Street em alta com Dow Jones a subir pela quinta sessão consecutiva

Índice industrial valorizou pela quinta sessão consecutiva. S&P 500 e Nasdaq a caminho de inverterem sete semanas seguidas de quedas.

Os principais índices de Wall Street encerraram em terreno positivo, numa altura em que os investidores esperam que a inflação esteja perto de atingir o pico. A animar as bolsas esteve o setor do retalho, que apresentou resultados bastante animadores.

O índice industrial Dow Jones subiu 1,61% para 32.637,19 pontos, naquela que foi a quinta sessão consecutiva de ganhos. O S&P 500 valorizou 1,99% para 4.057,84 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq avançou 2,68% para 11.740,65 pontos, ajudado pelas ações da Dollar Tree.

O Dow Jones caiu nas últimas oito semanas, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq já vão nas sete semanas consecutivas de perdas. O mercado parece ter recuperado um pouco o equilíbrio esta semana, com os investidores à espera de verem um pico na inflação.

“Embora este tenha sido um rali esperado e muito falado, a base para as subidas de hoje sugere que a desgraça e a tristeza da semana passada sobre o importante consumidor dos EUA podem ter sido exageradas, juntamente com as terríveis manchetes da recessão”, diz Quincy Krosby, estrategista-chefe de ações da LPL Financial, citado pela CNBC.

“Os dados divulgados esta semana sugerem que a economia está a desacelerar e a Fed parece pronta a aumentar as taxas em 50 pontos base nos próximos dois meses”, acrescentou. “Mas a ideia de que o consumidor — 70% da economia dos EUA — está em greve de gastos é exagerada, pois os relatórios de ganhos, juntamente com as orientações positivas, indicam o contrário”.

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Televisão Al Jazeera leva ao TPI caso do assassínio da jornalista Shireen Akleh

  • Lusa
  • 26 Maio 2022

A Al Jazeera "formou uma aliança jurídica internacional que inclui os seus advogados e peritos internacionais para preparar um dossier completo sobre o caso e enviá-lo ao procurador do TPI".

O canal de televisão do Qatar Al Jazeera anunciou esta quinta-feira que levará ao Tribunal Penal Internacional (TPI) o caso do assassínio da jornalista Shireen Abu Akleh, pelo qual acusa Israel. A Al Jazeera “formou uma aliança jurídica internacional que inclui os seus advogados e peritos internacionais para preparar um dossier completo sobre o caso e enviá-lo ao procurador do TPI“, anunciou o canal em comunicado.

A televisão reiterou na declaração o seu compromisso de “recorrer a todas as vias possíveis para levar os responsáveis pelo assassinato à justiça internacional, para que recebam a punição legal que merecem”. O anúncio da Al Jazeera surge poucas horas depois de o procurador-geral palestiniano ter anunciado as conclusões de um inquérito à morte de Shireen Abu Akleh, anunciado que a jornalista foi abatida por um disparo de um soldado israelita que utilizou uma arma de precisão.

A Autoridade palestiniana de Mahmud Abbas e a cadeia televisiva Al Jazeera acusam Israel desde o início de ter matado Shireen Abu Akleh em 11 de maio passado nas proximidades do campo de refugiados palestinianos em Jenin, na Cisjordânia ocupada, bastião das fações armadas palestinianas e onde nesse dia decorria uma operação militar israelita.

Segundo o documento divulgado, Shireen Abu Akleh foi atingida por uma bala de calibre 5.56 mm disparada por uma Ruger M40, uma arma de precisão norte-americana. A jornalista de origem palestiniana usava um colete antibalas, onde estava inscrita a palavra “Press”, e um capacete de proteção quando foi atingida por uma bala na zona imediatamente abaixo do seu capacete.

Um outro jornalista no local foi ferido por outro disparo. E três outras balas atingiram uma árvore, indicou o procurador, afirmando que os cinco projéteis foram disparados da mesma arma.

O Estado judeu, que inicialmente alegou que milicianos palestinianos foram responsáveis pelos tiros que mataram a repórter, disse mais tarde que não tinha informação suficiente para atribuir responsabilidades. Na sequência do relatório do procurador palestiniano, o ministro da Defesa israelita, Beny Gantz, negou categoricamente que o exército tenha disparado deliberadamente contra Abu Akleh. “É uma mentira descarada”, disse em comunicado.

A Al Jazeera é o principal canal de notícias do mundo árabe e um dos maiores do mundo, com uma audiência de mais de 270 milhões de lares. Funciona por subscrição e foi fundada em 1996 pelo governo do Qatar.

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Ibersol começa a pagar dividendo de 13,5 cêntimos a 21 de junho

  • Lusa
  • 26 Maio 2022

Os acionistas da empresa, em assembleia-geral, aprovaram a distribuição de um dividendo de 13,5 cêntimos por ação, correspondente a cerca de 1,93 milhões de euros das reservas livres.

A Ibersol aprovou esta quinta-feira, em assembleia-geral, a distribuição de um dividendo de 13,5 cêntimos por ação, correspondente a cerca de 1,93 milhões de euros das reservas livres, foi comunicado ao mercado.

De acordo com a informação remetida à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), na reunião foi “aprovada a distribuição de 0,135 euros por ação, o que representa a distribuição de reservas livres no montante de 1.929.985,00 euros a acrescer à distribuição de resultados do exercício”.

Conforme ressalvou, caso a sociedade detenha ações próprias mantém-se a atribuição de 13,5 cêntimos por ação em circulação, a partir de 21 de junho, reduzindo-se o montante global dos dividendos atribuídos.

Os acionistas deram também ‘luz verde’ às contas da empresa e à proposta de aplicação dos resultados de 2021, que prevê a transferência de 225.000 euros para a reserva legal e 4.280.042 euros para os dividendos.

Na assembleia-geral, foi ainda aprovada a atribuição de um voto de louvor e confiança à Administração e Fiscalização da empresa, bem como a política de remuneração dos membros dos órgãos sociais.

Da ordem de trabalhos fazia também parte a proposta sobre a compra e venda de ações próprias e sobre a aquisição e/ou detenção de títulos representativos do capital social da empresa por sociedades dela direta ou indiretamente dominadas, que mereceu igualmente aprovação.

No passado dia 12, a Ibersol anunciou que prolongou até 31 de maio o prazo para negociações exclusivas com a Restaurant Brands Ibéria para a venda dos restaurantes Burger King que detém em Portugal e Espanha.

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OE 2022: Líder do PSD/Madeira recusa revelar sentido de voto dos três deputados

  • Lusa
  • 26 Maio 2022

Miguel Albuquerque mostrou-se satisfeito com a aprovação de algumas das 41 propostas do PSD/Madeira na especialidade, como o alargamento do prazo de admissão de novas empresas na Zona Franca até 2023.

O presidente do Governo da Madeira e líder do PSD regional reafirmou esta quinta-feira que estão criadas “pontes de diálogo” com o executivo nacional, mas recusou revelar o sentido de voto dos deputados eleitos pela região no Orçamento do Estado.

“Amanhã vamos ver”, disse Miguel Albuquerque, referindo-se à posição dos três deputados eleitos pelo PSD/Madeira na votação final global do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), agendada para sexta-feira. “O que posso dizer, neste momento, é que estão criadas as pontes de diálogo com o Governo nacional, conforme era nosso desejo, quer do ponto de vista do senhor primeiro-ministro, quer do ponto de vista do senhor ministro das Finanças”, declarou.

Miguel Albuquerque falava à margem de uma visita a uma nova unidade hoteleira, no Funchal. O governante insular mostrou-se satisfeito com a aprovação de algumas das 41 propostas do PSD/Madeira na especialidade, como o alargamento do prazo de admissão de novas empresas na Zona Franca até 2023, a criação de uma comissão para definir modelo de imputação de receitas, a taxa reduzida sobre o rum e os licores e a redução da taxa de IRC.

No entanto, realçou que ainda existem “muitas questões por resolver” entre o executivo madeirense e o Governo da República, liderado pelo PS, pelo que se recusou a indicar qual será o voto dos deputados da região.

Os três social-democratas eleitos pela Madeira votaram contra a proposta do Orçamento do Estado para 2022 na generalidade, mas a direção regional do partido assumiu que a posição poderia alterar-se caso algumas das suas propostas fossem aprovadas na especialidade.

De acordo com a proposta do OE2022, a Madeira vai receber cerca de 217 milhões de euros, ao abrigo da Lei das Finanças Regionais, menos 15 milhões do que em 2021. O valor é o mesmo que constava da primeira proposta de Orçamento para este ano apresentada pelo Governo e que foi rejeitada pela Assembleia da República em outubro passado.

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EY planeia separar negócio de auditoria e consultoria por conflito de interesses

EY considera separar negócio de auditoria e consultoria, no que pode ser a primeira reestruturação de uma das Big 4 em 20 anos. Em causa estão alegados conflitos de interesse entre ramos do negócio.

A empresa de serviços EY está a ponderar separar o negócio de auditoria e consultoria no que será a primeira reestruturação em 20 anos de uma empresa das Big 4 (nome dado ao grupo das maiores empresas especializadas em auditoria e consultoria, EY, PwC, Deloitte e KPMG), avançou esta quinta-feira o Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

A proposta está ainda em discussão, mas trata-se de uma tentativa para solucionar as críticas feitas às quatro maiores empresas do setor, que são acusadas de falta de independência nas suas auditorias. Em causa está a perceção de que as Big 4 não são independentes nas auditorias das suas empresas devido às taxas geradas pelas mesmas com os seus serviços de consultoria.

Os planos da EY preveem uma empresa dedicada à auditoria e separada dos restantes negócios, sendo que a empresa iria assim manter especialistas em áreas como os impostos. Segundo um sócio de uma das restantes empresas das Big 4, citada pelo Financial Times, “todos vamos ter de rever a nossa posição, mas isso não será feito rapidamente”, disse acrescentando que a reação dos reguladores também irá afetar a resposta das outras empresas.

A EY emprega cerca de 312 mil pessoas em mais de 150 países, e segue uma estrutura onde cada unidade opera em rede, mas legalmente separada das restantes, sendo-lhes cobrada uma taxa anual pelo uso da marca, tecnologia e sistemas. O processo de separação pode ainda durar “muitos meses”, e não está assegurado, pois ainda está a ser procurada uma solução que “funcione para todos”, disse fonte do Financial Times.

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Aegon quer crescer com Santander em Portugal e Espanha

  • ECO Seguros
  • 26 Maio 2022

Grupo holandês vendeu a sua parte numa empresa conjunta em Espanha e aposta na parceria de seguros Vida e não Vida com o grupo bancário para manter crescimento rentável na Península Ibérica.

A Aegon alienou ao Unicaja Banco a participação de 50% na empresa conjunta de seguros que detinha com o Liberbank. A transação realizada através da Aegon España, por um montante de 177 milhões de euros, enquadra-se no processo de integração entre Unicaja e Liberbank.

O grupo segurador holandês, afirma a filial ibérica, “continuará a incrementar o seu negócio em Espanha e Portugal através das empresas conjuntas de Vida e não Vida com o Banco Santander, assim como através dos seus canais próprios que, nos últimos anos, geraram crescimento rentável importante.”

A cedência da participação holandesa na joint venture que mantinha com o Liberbank resulta igualmente do rearranjo dos acordos de bancassurance por parte do Unicaja. Com efeito, a entidade bancária estabeleceu novo acordo com a Santalucía, que será parceira exclusiva do banco nos próximos 99 anos em seguros de Vida, Pensões, Morte e Acidentes.

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HDI Seguros compra parte das operações da Sompo no Brasil

  • ECO Seguros
  • 26 Maio 2022

Ganhos de quota na região de São Paulo, sinergias e diversificação de portefólio explicam o movimento da filial brasileira da HDI. A sucursal local da Sompo vai focar-se no segmento corporate.

A HDI, seguradora com posições de relevo no Brasil em coberturas de linhas comerciais, automóvel e habitação, acordou aquisição das operações de retalho da Sompo naquele mercado, nomeadamente seguros do ramo de Automóvel, Vida, Empresarial, Habitacional e Condomínio.

A compra serve objetivo da HDI Seguros de reforçar posicionamento e diversificar portefólio, explica a filial brasileira do grupo alemão controlado pela Talanx AG. Com a consolidação, a companhia melhorará a respetiva participação de mercado no ranking geral do ramo Automóvel, no segmento Residencial, fortalecendo-se também entre as maiores do Brasil em soluções empresariais.

“São três pilares que fizeram mais sentido para nós nesta aquisição: a maior participação na cidade de São Paulo, a sinergia e a diversificação em vários ramos”, afirmou Eduardo Dal Ri, CEO da HDI Seguros, cita o Estadão. Números da HDI Seguros indicam emprego de 1,4 mil pessoas e uma carteira de 2,5 milhões de segurados geridos através de uma rede com perto de 70 filiais e escritórios distribuídos pelo Brasil.

A transação será totalmente paga em dinheiro, estimando-se que o valor ultrapasse os mil milhões de reais (cerca de 193,8 milhões de euros). Culminando negociações que se prolongaram por alguns meses, a aquisição permite à HDI Seguros, sediada em São Paulo, reforçar quota sobretudo no ramo automóvel (que já representa 85% da carteira da HDI) e crescer em outros ramos de não Vida, onde passará a ser sétima entre as maiores do mercado.

Após a transação, a filial brasileira da Sompo vai focar-se em soluções de corporate, uma vez que o segmento de retail será transferido para a HDI. Só no ramo automóvel, a adquirente estima subir da sexta para a quarta posição do ranking, assumindo uma carteira de 2,3 milhões de clientes, acrescentando 600 mil ao número de segurados auto que gere atualmente. Com a integração, a HDI vai acolher mais de 700 funcionários da Sompo Seguros, acedendo ainda a uma rede de corretores e parcerias com bancos.

A conclusão da transação, prevista ser finalizada em 2023, depende ainda das aprovações das autoridades brasileiras da concorrência (Cade) e Supervisão dos seguros (Susep), além de confirmação das respetivas sociedades dominantes, na Alemanha e no Japão.

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