UGT preocupada com pressão dos EUA para que empresas portuguesas eliminem políticas de diversidade

UGT enviou carta à embaixada dos EUA a defender que o trabalho feito por sindicatos e empresas para desenvolver programas de diversidade deve ser "respeitado, preservado, incentivado por todos".

A central sindical UGT diz-se preocupada com as cartas que a embaixada dos Estados Unidos enviou a empresas em Portugal a informar que estas devem abandonar os seus programas de diversidade, por terem contratos com o Governo norte-americano, conforme noticiou em primeira mão o ECO.

“A UGT teve conhecimento de que o vosso Governo terá iniciado diligências no sentido de contactar empresas que operam em Portugal, no sentido de promover alterações ou a retirada de programas de promoção da diversidade, equidade e inclusão. A UGT não pode deixar de manifestar a sua preocupação com a possibilidade de uma tal prática“, lê-se numa carta enviada pela central sindical liderada por Mário Mourão à embaixada em questão.

A UGT invoca os princípios “de acolhimento e de respeito mútuo pelos valores e princípios que regem os dois países“, e sublinha que a Constituição portuguesa garante “a igualdade e o direito à não discriminação com base no sexo, raça, religião, deficiência, idade ou orientação sexual“.

“Em Portugal, as empresas trabalham regularmente com os sindicatos para desenvolver programas que estimulem a igualdade e a diversidade, no pressuposto que, desta forma, se podem construir locais de trabalho livres de discriminação e de assédio. E esse é um trabalho que deve ser respeitado, preservado, incentivado por todos. Empregadores, Trabalhadores, Cidadãos e Estados”, atira a central sindical.

Conforme avançou o ECO na segunda-feira, a embaixada dos Estados Unidos em Portugal está a levar a cabo uma revisão global dos contratos entre o Governo norte-americanos e empresas nacionais, o que inclui a certificação de que estas cumprem a ordem executiva assinada em janeiro por Donald Trump que põe um “ponto final” nos programas de diversidade.

O objetivo, lê-se nesse documento, é “acabar com a discriminação ilegal e restaurar as oportunidades baseadas no mérito”. Isto não só no seio do Governo o Estados Unidos, mas também nas empresas que com ele têm contratos, daí que várias empresas da União Europeia estejam agora a receber cartas a indicar que devem abandonar os seus programas de diversidade.

Em reação, ainda esta quinta-feira, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) defenderam que os Estados Unidos não devem determinar as regras na União Europeia.

Já a presidente da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), Carla Tavares, defendeu que está em causa “uma inaceitável intromissão” na política interna dos países e da União Europeia e confessou-se preocupada com este “sinal de retrocesso” nos direitos humanos.

Também a Associação Portuguesa para a Diversidade e Inclusão (APPDI) já disse estar muito preocupada com as missivas enviadas a empresas portuguesas. “São uma falta de respeito para com a soberania dos países e das organizações”, sublinhou a coordenadora de projetos Mónica Canário, em declarações ao ECO.

Da parte do Governo, o ministro da Economia foi evasivo e não quis tomar uma posição firme sobre o tema. O ECO questionou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, mas não recebeu qualquer reação.

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Turismo de Portugal lança campanha para valorizar profissões do setor

  • + M
  • 10 Abril 2025

A campanha digital conta com a representação fotográfica de duas dezenas de profissões do turismo, encenadas por alunos da rede de 12 escolas do Turismo de Portugal.

O Turismo de Portugal lançou uma campanha digital com o objetivo de valorizar as profissões do setor, através da representação fotográfica de mais de 20 profissões. Com o mote “O Turismo é feito de pessoas”, a campanha contou com a criatividade da Dentsu Creative Iberia.

Com a representação fotográfica de duas dezenas de profissões encenadas por alunos da rede de 12 escolas do Turismo de Portugal, pretende-se “homenagear o papel essencial de quem, todos os dias, contribui para que a experiência daqueles que visitam o nosso país seja verdadeiramente memorável”, refere-se em nota de imprensa.

“O turismo faz-se de pessoas. São elas que, com o seu talento e dedicação, garantem experiências autênticas e de qualidade e fazem de Portugal um destino de referência. É tempo de dar rosto e voz às profissões que sustentam o turismo em Portugal e de reconhecer de forma clara o valor humano que está na base de tudo o que o nosso país tem de mais autêntico. Com esta campanha, pretendemos valorizar todas as profissões que fazem do turismo um dos motores da nossa economia“, diz Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, citado em comunicado.

À importância deste reconhecimento junta-se a necessidade de “continuar o caminho de valorização do trabalho no turismo que tem vindo a acontecer de forma ainda mais intensa nos últimos anos”, aponta o Turismo de Portugal em nota de imprensa, observando que a remuneração bruta média mensal das atividades no alojamento e restauração tem vindo a crescer acima da média nacional, tendo crescido 7% em 2024, face ao ano anterior.

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Menos 1.167 milhões em reembolsos de IRS dão excedente orçamental em 2025, admite CFP

Conselho de Finanças Públicas admite saldo positivo de 0,3% do PIB no próximo ano graças à redução das devoluções do imposto e à baixa execução dos empréstimos do PRR.

O Estado pode conseguir um ligeiro excedente orçamental, de 0,3% do PIB, este ano, graças à redução dos reembolsos de IRS em 1.167 milhões de euros e à baixa execução dos empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), admitiu esta quinta-feira a presidente do Conselho de Finanças Públicas (CFP), Nazaré Costa Cabral, durante a apresentação do relatório sobre as perspetivas económicas e orçamentais para 2025-2029.

Nas previsões do CFP, é estimado o saldo de equilíbrio, isto é, de 0% do PIB. No entanto, Costa Cabral indica que “há uma certa probabilidade de, em 2025, haver um pequeno excedente e isso acontece por força dos reembolsos”.

As devoluções do imposto aos contribuintes devem reduzir-se em 1.167 milhões de euros, em 2025, devido à descida na retenção na fonte, aplicada em setembro e outubro para fazer refletir retroativamente a janeiro a redução do IRS aprovado a meio do ano, por proposta do PS, o que terá um impacto positivo na receita fiscal, segundo o CFP.

“Estima-se que a diminuição das retenções na fonte em sede de IRS nos meses de setembro e outubro de 2024 implique um aumento da receita de impostos diretos de 1.167 milhões em 2025, por via da redução dos reembolsos”, segundo o documento divulgado pelo CFP.

Nazaré da Costa Cabral, reconheceu que esta questão “é complicada de estimar porque os reembolsos dependem de certa medida do que foi o nível de retenções na fonte em 2024 e era preciso ter informação mais fina para saber ao nível de que agregados familiares essas retenções ocorreram e o que se vai traduzir a nível da receita”.

No entanto, admitiu que “há uma certa probabilidade de, em 2025, haver um pequeno excedente por força dos reembolsos”, que deverão diminuir, este ano, “1.167 milhões para este ano”.

“O efeito mecânico da aplicação das tabelas de retenção implicou que o Estado abdicasse de mais receita do que poderia obter se a medida não tivesse sido adotada”, o que “vai ter um impacto conjuntural em 2025 favorável”, explicou.

Para alem do efeito positivo da redução dos reembolsos do IRS, Nazaré Costa Cabral considera ainda que “a baixa execução dos empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)” poderá contribuir para um excedente orçamental, em 2025.

“Depois há outros aspetos que podem afetar o desempenho orçamental, nomeadamente os empréstimos PRR este ano. Ou seja, se o nível de execução desses empréstimos não for tão expressivo, o excedente seria de 0,3% do PIB”, estima.

Para o próximo ano, o Conselho das Finanças Públicas está mais pessimista e vê o país regressar a um défice de 1% do Produto Interno Bruto (PIB), influenciado em mais de metade pelo impacto dos empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Descontando este efeito, o saldo orçamental ainda seria negativo em 0,4% devido às medidas de política.

Na atualização das projeções macroeconómicas e orçamentais, a instituição liderada por Nazaré da Costa Cabral revê em baixa a projeção orçamental de médio prazo face à apresentada em setembro, devido ao impacto orçamental de medidas de política económica de aumento da despesa pública e de redução da receita.

Para 2025 aponta agora para um saldo orçamental equilibrado (0,0% do PIB), quando anteriormente previa um excedente de 0,4%. Neste sentido, revela-se mais pessimista do que o Ministério das Finanças, que inscreveu no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) um saldo orçamental positivo de 0,3%. No entanto, admite que o excedente de 0,3% se mantenha à boleia dos menores reembolsos do IRS e da baixa execução dos empréstimos do PRR.

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Anacom multa Meo em mais de meio milhão de euros. Operadora recorre da decisão em tribunal

Em causa estão violações de regras de contratos e práticas comerciais desleais. "Prestou informações falsas a assinantes relacionadas com fidelização e pagamento de encargos", acusa regulador.

A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) informou esta quinta-feira que decidiu aplicar à Meo uma multa, no valor de 559.500 euros, por violações das regras aplicáveis à celebração e cessação dos contratos por parte dos assinantes.

A coima superior a meio milhão de euros deve-se a “situações em que não foram cumpridas as regras legalmente previstas para a celebração de contratos com os consumidores através de chamada telefónica“. Em causa estão normas previstas na Lei das Comunicações Eletrónicas, que exigem que o consumidor envie a proposta contratual assinada ou dê um ‘OK’ por escrito, caso o contacto inicial tenha sido feito pela empresa.

O regulador acusa a Meo de não ter prestado aos consumidores a informação pré-contratual exigida (direito de livre resolução, prazo e procedimento), não ter posto os dados completos nos documentos de confirmação das denúncias contratuais enviadas a clientes nem ter dado todas as informações relevantes aos assinantes que quiseram cessar contratos.

Constatou-se ainda que a Meo prestou informações falsas a assinantes consumidores, relacionadas sobretudo com a existência de períodos de fidelização ou o pagamento de encargos devidos pela cessação antecipada do contrato, as quais eram suscetíveis de levar tais consumidores a tomarem uma decisão de transação que de outro modo não tomariam, adotando, dessa forma, práticas comerciais desleais legalmente proibidas”, acusou a Anacom.

A operadora de telecomunicações Altice Portugal – que detém a Meo – recorreu da decisão no Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão.

A Anacom considera que as regras, para fazer contratos por telefone, servem para proteger os interesses dos consumidores que pensem que a aceitação de uma proposta verbal não implica obrigações e evitar que sejam confrontados com a existência de contratos celebrados em seu nome sem que tenham dado o consentimento.

Notícia atualizada às 15h39

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Precisa de renovar o Cartão de Cidadão? Já o pode fazer na aplicação gov.pt

Para renovar o Cartão de Cidadão basta instalar a aplicação gov.pt, sem ter de se deslocar presencialmente e de forma totalmente digital.

Já pode renovar o seu Cartão de Cidadão através da aplicação gov.pt. Para tal, basta instalar a aplicação e, entre outras funcionalidades, pode pedir a renovação do documento sem ter de se deslocar presencialmente e de forma totalmente digital. O anúncio foi feito na quarta-feira num evento organizado pela Agência para a Modernização Administrativa (AMA).

“A app gov.pt consolida-se como uma plataforma centralizada e segura de acesso a serviços e documentos públicos, bem como a documentos de identificação do cidadão, tornando-se um pilar fundamental da transformação digital da Administração Pública em Portugal”, revela a AMA em comunicado.

A AMA revela que, além das novas funcionalidades, o número de documentos de identificação disponíveis cresceu para 22. Entre eles está o Cartão de Cidadão, Carta de Condução, o Seguro Automóvel e o Cartão Saúda, o Cartão do Estudante, o Cartão do Feirante, o Cartão da Ordem dos Médicos Veterinários, o Cartão da Ordem dos Notários e o Identificador de Cidadão Estrangeiro.

“A aplicação é um exemplo de como a transformação digital pode melhorar a relação entre os cidadãos e os serviços públicos, criando uma experiência cada vez mais segura, rápida e conveniente”, acrescenta a agência.

A aplicação gov.pt foi lançada no final do ano passado e já conta com mais de 3,5 milhões de downloads. Entre as funcionalidades está também a possibilidade dos cidadãos, empresas e entidades públicas receberem notificações eletrónicas da Administração Pública e o acesso a faturas eletrónicas.

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Prada compra Versace por 1,25 mil milhões de euros

Fusão no setor do luxo italiano avançou esta quinta-feira. Novos donos garantem que marca associada a Donatella Versace há quase 30 anos "vai manter o seu ADN criativo e autenticidade cultural".

A Prada vai mesmo vestir Versace. A marca italiana anunciou esta quinta-feira que chegou a acordo para adquirir uma participação de 100% na Versace por 1,25 mil milhões de euros, tendo assinado um dos negócios do momento no setor do luxo europeu.

A confirmação foi dada pela Prada, que irá prestar esclarecimentos adicionais numa conferência de imprensa ainda durante a tarde de quinta-feira. “Dentro do grupo Prada, a Versace vai manter o seu ADN criativo e autenticidade cultural, enquanto beneficia de toda a força da plataforma consolidada do grupo, incluindo capacidades industriais, execução de retalho e expertise operacional”, consideram os novos donos, que também detêm a Miu Miu.

As negociações começaram em janeiro, depois de terem sido contratados os bancos de investimento Barclays e Citi. No entanto, a compra da Versace à Capri Holdings teve um “desconto” de mais de 200 milhões de dólares (cerca de 180 milhões de euros) devido ao impacto da guerra comercial causada pelas tarifas do presidente dos Estados Unidos, segundo o jornal Financial Times.

A Versace pertence à Capri Holdings desde 2018, quando o grupo deu 1,8 mil milhões de euros à família Versace e ao fundo Blackstone. Nesse mesmo ano, a Prada esteve a ‘piscar o olho’ à Versace, embora tenha acabado por decidir não avançar para o negócio.

Em março, Donatella Versace deixou a direção criativa da marca onde estava há quase 30 anos e foi substituída por Dario Vitale, diretor de design da Miu Miu, uma das marcas do grupo Prada. A troca de cadeiras na empresa fundada por Gianni Versace (irmão de Donatella) foi vista como um sinal de que os dois grupos estavam cada vez mais próximos de um contrato. Ontem, o presidente-executivo da Capri, John Idol, deslocou-se até Milão para finalizar esses detalhes com a família Prada.

O mercado das fusões e aquisições no luxo, à semelhança do que se verificou no contexto geral, arrefeceu no ano passado depois de um pós-pandemia recordista no fecho de negócios. Apesar de menos ‘apertos de mão’ em 2024, houve transações de relevo que marcaram a indústria das roupas e acessórios premium.

É o caso da gigante dos óculos EssilorLuxottica, que se lançou na compra da Supreme à VF Corporation ou a aliança entre a empresa do homem mais rico da Europa, a LVMH, à Moncler, para comprar uma participação de 10% na Double R. Nota ainda para a compra de 30% da Valentino pela Kering – apesar de ter sido em 2023 existe a opção de adquirir o resto da marca até 2028, como escreveu a Vogue.

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Galp vende participação de 25% na comercializadora espanhola Podo

  • Capital Verde
  • 10 Abril 2025

A Galp havia adquirido uma posição minoritária nesta empresa em 2017, uma aliança que se traduziu na entrada desta empresa no mercado de comercialização de gás natural.

A Galp vendeu a sua participação na empresa Podo, uma comercializadora de eletricidade renovável e de gás espanhola na qual havia investido em 2017, avança o jornal espanhol El Economista, esta quinta-feira.

O grupo Multitel aliou-se à Dehesa La Jimena, para comprar uma fatia 25% da Podo, que estava até agora nas mãos da Galp, assim como 5,85% que pertenciam ao CEO e fundador desta energética, Joaquín Coronado. Contactada, a Galp não prestou nenhum comentário adicional.

A Galp havia adquirido uma posição minoritária nesta empresa em 2017, uma aliança que se traduziu na entrada desta empresa no mercado de comercialização de gás natural. A Podo posicionouse no mercado através do desenvolvimento de soluções de inteligência artificial que permitem simplificar o processo de contratação e faturação.

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“Não vai haver défice em Portugal. Isso é claríssimo”, garante Pedro Reis

No dia em que o Conselho das Finanças Públicas divulgou projeção de um défice de 1% em 2026, o ministro da Economia garante que o país não irá regressar a posições orçamentais negativas.

Não vai haver défice em Portugal. Isso é claríssimo”. A garantia é do ministro da Economia, Pedro Reis, no mesmo dia em que o Conselho das Finanças Públicas (CFP) apontou para um saldo orçamental negativo de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano.

Na conferência de imprensa do Conselho de Ministros, na qual apresentou um pacote de apoio de dez mil milhões para mitigar o impacto das tarifas, Pedro Reis descartou que o país regresse aos défices depois de excedentes em 2023 e 2024 e, nas previsões do Executivo de Montenegro, em 2025.

Poder afirmar que não vai haver défice numa fase de volatilidade mundial, numa fase de instabilidade, quer dizer que algum trabalho de casa deve ter sido feito para poder escudar a nossa economia“, disse.

O CFP está mais pessimista face a setembro e vê o país regressar aos défices já no próximo ano. Na atualização das projeções macroeconómicas e orçamentais, a instituição liderada por Nazaré da Costa Cabral prevê um saldo equilibrado este ano e um défice de 1% do PIB em 2026, influenciado em mais de metade pelo impacto dos empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Descontando este efeito, o saldo orçamental ainda seria negativo em 0,4% devido às medidas de política.

No Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), o Governo inscreveu um excedente orçamental de 0,3% este ano e de 0,1% em 2026. Em 2024, Portugal registou um saldo positivo de 0,7% do PIB, acima dos 0,4% previstos pelo Governo.

Estaria muito mais preocupado em relação ao défice se não tivéssemos um plano como este ou se não sentisse a resiliência, que senti ontem [quarta-feira], dos setores da economia portuguesa“, afirmou o ministro da Economia, em alusão às reuniões que manteve com associações empresariais para debater o plano para mitigar o impacto das tarifas da Administração Trump.

Pedro Reis garantiu ainda que o Governo irá manter a estratégia de saldos orçamentais equilibrados. “Não abdicamos de contas certas, nem vendemos ilusões que nos possam sair amanhã mais caras. Não é um tempo de aventuras, é um tempo de sentido de responsabilidade e de ambição“, disse.

O tema das finanças públicas tem servido de arma de arremesso entre a AD (Aliança Democrática) e o PS, na pré-campanha para as legislativas de maio. No cenário orçamental do seu programa eleitoral, os socialistas apontam para um défice de 0,4% no próximo ano, o que levou a críticas do partido do Governo. O ministro Adjunto Castro Almeida afirmou, em declarações à Lusa, na terça-feira que o PS fez “uma opção errada” ao apresentar um programa eleitoral que prevê défice para 2026, assegurando que a AD irá prever no seu programa “contas equilibradas”.

(Notícia atualizada às 14h56)

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Governo antecipa meta de 2% do PIB em Defesa com “amplo consenso político”

Objetivo era chegar a 2029 com esse nível investimento, mas Luís Montenegro anunciou que vai acelerar o passo num "consenso político amplo e responsável", mas não se compromete com prazos.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou que o Governo vai “antecipar a meta de 2% do PIB de investimento em Defesa que estava previsto até 2029″, através de um “amplo consenso político”, e “sem por em causa o Estado social e a estabilidade das contas públicas”, afirmou esta quinta-feira, durante o briefing do Conselho de Ministros. No entanto, o Executivo não se comprometeu com prazos.

Para isso, foi criada uma comissão constituída pelos “ministros dos Negócios Estrangeiros, das Finanças, da Coesão, da Defesa e da Economia” que vai “trabalhar numa estratégia integrada que implica um consenso político nacional que seja amplo e responsável”, indicou.

Montenegro já tinha adiantado que esta matéria seria sempre consensualizada com o PS, designadamente se tiver de recorrer à linha de crédito de Bruxelas ou se optar por acionar a cláusula de escape que permite suspender as regras de disciplina orçamental. E o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, também já revelara há uma semana que a meta de 2% do PIB de investimento em Defesa seria antecipada em diálogo com os partidos da oposição.

“Pela primeira vez temos um grupo de trabalho, em que asseguramos que muito do investimento que vai ser feito na Europa vai ser integrado no valor acrescentado pela economia portuguesa. Estamos a capacitar empresas, identificar vários segmentos, linhas de apoio e mapear o procurement. A economia portuguesa transformará despesa em investimento”, afirmou o ministro da Economia, Pedro Reis. Mas não respondeu à questão para quando a meta de 2% do PIB em Defesa será atingida, sendo que o objetivo inicial era 2029 e o primeiro-ministro indicou que seria antecipada.

Sem se comprometer com prazos, o chefe do Executivo afirmou apenas que o objetivo é contribuir “para o dinamismo da indústria nacional, potenciando a capacidade exportadora”, “investir em “drones de última geração” e nos setores aeronáutico e marítimo. Luís Montenegro defende ainda que o investimento em Defesa deve ser direcionado para “construir mais e melhores empregos”.

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Governo coloca-se à margem das exigências anti diversidade dos EUA às empresas portuguesas

Questionado sobre a exigência de que as empresas portuguesas que trabalham com entidades públicas americanas abandonem políticas de diversidade, Pedro Reis prefere "não encontrar pontos de discórdia".

O Governo colocou-se à margem da polémica criada com o envio de cartas, pela embaixada norte-americana em Lisboa, às empresas portuguesas com contratos públicos com os Estados Unidos, de forma a forçá-las a abandonar as políticas de diversidade, equidade e inclusão.

Questionado esta quinta-feira, no final da reunião do Conselho de Ministros, sobre se esta atitude dos Estados Unidos não representa uma intromissão na economia portuguesa, o ministro da Economia foi evasivo e não quis tomar uma posição firme sobre o tema.

“Num tempo em que o mundo precisa de pontes, de investimento e não de tarifas, com certeza não vou colaborar num registo que só nos afasta. O que Portugal, a União Europeia e as nossas empresas precisam é de reatar relações e não de encontrar pontos de discórdia”, afirmou Pedro Reis.

Esta quinta-feira, os empresários portugueses sublinharam que recusam “ir a reboque dos humores” dos EUA.

Esta postura do Executivo português contrasta com a de outros países europeus, cujas empresas estão também a receber a mesma comunicação das autoridades americanas.

O ministro dos Negócios Estrangeiros belga, Maxime Prévot, indicou que o país não recuará “um milímetro” no princípio da diversidade na sociedade, considerando a atitude norte-americana “profundamente lamentável”. “A Bélgica expressou as suas preocupações de forma inequívoca” à Embaixada dos EUA em Bruxelas, adiantou.

Já o ministro do Comércio Externo francês, Laurent Saint-Martin, disse na segunda-feira estar “profundamente chocado” com a carta enviada pela embaixada norte-americana às empresas francesas e pediu “nenhuma transigência” em relação à lei e aos “valores franceses”.

Da mesma forma, na Dinamarca o tema enfrentou oposição por parte do poder político. O ministro da Indústria do país reagiu à iniciativa norte-americana pedindo uma resposta europeia coordenada. “Uma resposta deve ser naturalmente discutida com os nossos homólogos europeus”, disse Morten Bødskov à AFP, denunciando “uma nova tentativa de barreira comercial americana”. “As empresas dinamarquesas e europeias têm uma grande responsabilidade na diversidade”, insistiu.

Como o ECO avançou em primeira mão na segunda-feira, a embaixada dos Estados Unidos em Portugal está a levar a cabo uma revisão global dos contratos entre o Governo norte-americanos e empresas nacionais, o que inclui a certificação de que estas cumprem a ordem executiva assinada em janeiro por Donald Trump que põe um “ponto final” nos programas de diversidade.

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Comissão Europeia quer apresentar acordo com Mercosul até ao final do verão

  • Lusa
  • 10 Abril 2025

Bruxelas irá contactar todos os Estados-membros "para discutir com eles" o que considera ser os méritos claros do acordo UE-Mercosul de um ponto de vista económico e geopolítico.

A Comissão Europeia conta apresentar até ao fim do verão uma proposta sobre o acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul (Mercado Comum do Sul) aos colegisladores, o Parlamento Europeu e o Conselho, foi anunciado esta quinta-feira.

A nossa intenção é a de apresentar a proposta aos colegisladores antes do fim do verão“, disse o porta-voz do executivo comunitário para o Comércio, Olof Gill, que respondia a questões dos jornalistas na conferência de imprensa diária da Comissão.

Os textos jurídicos da parceria UE-Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) estão a ser analisados, tendo Olof Gill confirmado que “a verificação legal [do documento] está, de facto, a decorrer“, com o executivo a sinalizar querer que “seja rigorosa”.

O porta-voz adiantou também que a Comissão Europeia irá contactar todos os Estados-membros “para discutir com eles” o que considera ser “os méritos muito, muito claros do acordo UE-Mercosul de um ponto de vista económico e geopolítico”.

O executivo comunitário garantiu também que todas as preocupações das capitais dos 27 do bloco europeu serão ouvidas, sublinhando que estão garantidas “todas as salvaguardas necessárias, por exemplo, em questões agrícolas sensíveis”.

A líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e os presidentes dos quatro países do Mercosul concluíram em 06 de dezembro de 2024 as negociações sobre um acordo de parceria entre os dois blocos.

Com a forte oposição de países como a França e a Irlanda, o acordo ganhou recentemente visibilidade no âmbito das tarifas adicionais que a Casa Branca (presidência dos Estados Unidos) quer impor às importações da UE.

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Cerca de 94 mil pessoas assistiram ao debate entre Paulo Raimundo e Rui Tavares

  • + M
  • 10 Abril 2025

Dos primeiros três dias de de debates, o mas visto foi o que opôs Mariana Mortágua e Pedro Nuno Santos. A análise é da Dentsu para o +M.

 

Quase 94 mil pessoas assistiram no final da tarde de quarta-feira ao debate entre Paulo Raimundo e Rui Tavares, o único frente a frente do dia.

Em direto na SIC Notícias às 18h20, o debate foi seguido em direto por 82,6 mil telespectadores. As estes juntam-se, já perto da 1h da manhã, as 11,2 mil pessoas que acompanharam o frente a frente na RTP3, mostra a análise da Dentsu para o +M.

Nestes primeiros três dias de debates, o mais visto foi o que opôs, na terça-feira, Mariana Mortágua e Pedro Nuno Santos. O frente a frente foi acompanhado por 1,057 mil telespectadores, mais 216 mil do que os que assistiram ao confronto entre Paulo Raimundo e Luís Montenegro, na segunda-feira.

Veja aqui o calendário de todos os debates.

 

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