Rocío Albert afirma que o êxito de Madrid reside no equilíbrio entre liberdade económica, qualidade de vida e excelentes serviços públicos

  • Servimedia
  • 17 Junho 2025

O livro destaca o desenvolvimento da região através de 18 ativos estratégicos que a tornaram numa referência internacional.

Madrid consolidou a sua posição como um dos grandes motores de crescimento económico, social e cultural da Europa, como ficou claro durante a apresentação oficial de “Megativos: O modelo de crescimento bem sucedido de Madrid”.
O evento, que decorreu ontem no Hotel Santo Mauro, reuniu representantes institucionais, empresariais e académicos, e centrou-se no equilíbrio entre liberdade económica, qualidade de vida e modernização sustentada que tem caracterizado a Região de Madrid nas últimas duas décadas.

A apresentação incluiu um discurso de Rocío Albert López-Ibor, Ministra Regional da Economia, Finanças e Emprego da Comunidade de Madrid e autora do prólogo do livro, que salientou que o facto de “Madrid se ter tornado uma região de referência internacional é o resultado de políticas públicas mantidas ao longo do tempo que se baseiam sempre no mesmo, em reconhecer a capacidade de ação do indivíduo, em dizer que o Estado e a administração estão lá para ajudar, nunca para incomodar, e acreditamos na confiança das pessoas para crescer”. Albert sublinhou ainda que o sucesso de Madrid reside no “equilíbrio entre liberdade económica, qualidade de vida e excelentes serviços públicos”.

López Torrents foi acompanhado por executivos representantes de alguns dos “megacentros” analisados no livro, que partilharam as suas opiniões sobre o papel dos respetivos setores no desenvolvimento de Madrid.

Javier Arcos, diretor da Fundación Jiménez Díaz, sublinhou que “o êxito de centros como a Fundación Jiménez Díaz deve-se a uma combinação adequada de excelência clínica, colaboração público-privada e inovação médica”. Acrescentou que se trata de um hospital que, “graças a um trabalho intenso e a uma estratégia clara, que também apostou muito na saúde digital e nas ferramentas tecnológicas, nos levou a estar onde estamos: numa posição prioritária no panorama nacional”. Referindo-se às chaves do sucesso do centro, destacou também “a tradição e o respeito pelos pilares fundadores incutidos pelo Professor Jiménez Díaz, que se baseavam na investigação, na assistência e no ensino, combinados com a modernidade, com a inovação em todos os sentidos”.

Por seu lado, Miguel Hernández, Diretor de Estratégia do Crea Madrid Nuevo Norte, afirmou que “Madrid tem vindo a tecer uma rede de oportunidades pelas quais tem atraído o interesse do capital, do investimento e, sobretudo, das iniciativas”. Relativamente ao projeto que lidera, salientou que “acabará por ser uma oportunidade para esta cidade continuar a competir num ambiente internacional de atração e geração de talento”.

Publicado pela LID Editorial e assinado pelo jornalista económico Manuel López Torrents, o livro analisa algumas das principais alavancas que explicam a ascensão de Madrid. Da saúde e do urbanismo à cultura, ao turismo, ao capital financeiro, ao ecossistema jurídico, à mobilidade e à gastronomia, Megativos mostra como Madrid consolidou um modelo próprio que a distingue entre as grandes cidades globais, baseado na combinação de liberdade económica, excelência nos serviços e uma identidade aberta, dinâmica e competitiva.

TRANSFORMAR SEM PERDER A ESSÊNCIA

Sob o lema “Transformar Madrid, impulsionar o seu futuro”, a mesa redonda que decorreu durante a apresentação, moderada pela jornalista Ana Belén Roy, abordou a forma como estes “megaconstrutivos” estão a ajudar a redefinir a região sem renunciar à sua essência.

O autor do livro, Manuel López Torrents, salientou que “Madrid é uma cidade que gosta de liberdade e prosperidade e isso passou a fazer parte do ADN de uma região que também se encontra numa situação privilegiada, está perto de todo o lado, tem um pólo de crescimento e desenvolvimento económico, é o grande contribuinte para o fundo comum…”. Acrescentou ainda que “há uma vontade política de não espremer a região em termos fiscais. Não se estão a inventar impostos, apesar de ser um grande contribuinte líquido para os cofres do Estado, e há vontade de fazer coisas e de prosperar”.

Sebastián Albella, antigo presidente da CNMV e sócio da Linklaters, sublinhou que “é correto considerar as sociedades de advogados que trabalham em Madrid como um mega ativo de Madrid. Penso que os escritórios de advogados, o cluster de advogados de negócios que foi criado em Madrid, acabou por ser algo muito valioso.

Os quatro participantes concordaram em destacar o equilíbrio entre a tradição e a vanguarda como uma das chaves do “modelo de Madrid”, bem como a capacidade da região para atrair talento, investimento e projetos estratégicos sem perder o seu caráter aberto, inclusivo e competitivo.

MEGATIVIDADES

O livro oferece um olhar aprofundado sobre 18 “mega-ativos” que, juntamente com um ambiente aberto ao investimento, ao talento e à colaboração público-privada, reforçam a competitividade de Madrid, transformando a região e consolidando-a como um motor de crescimento e bem-estar a nível global.

Desde hospitais de referência e inovação científica e médica, como a Fundação Jiménez Díaz, a infra-estruturas emblemáticas como o Aeroporto Adolfo Suárez Madrid-Barajas, o Metro de Madrid ou a Calle 30, a instalações desportivas e de lazer como a Cidade Desportiva do Atlético de Madrid ou o seu legado cultural com instituições como o Teatro Real ou o Museu do Prado, a região conseguiu integrar a tradição e a vanguarda para se consolidar como uma referência internacional.

 

 

 

 

 

 

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 17 Junho 2025

Esta terça começa a ser debatido na Assembleia da República o programa do XXV Governo Constitucional. Já o Conselho de Finanças Públicas vai divulgar a evolução orçamental das Administrações Públicas.

Esta terça começa a ser debatido na Assembleia da República o programa do XXV Governo Constitucional, o segundo do executivo PSD/CDS liderado por Luís Montenegro. Já o Conselho de Finanças Públicas vai divulgar a evolução orçamental das Administrações Públicas no ano de 2024. A marcar o dia está ainda a decisão do banco central do Japão sobre as taxas de juro, os dados do sentimento económico alemão ou a continuação do julgamento do caso BES/GES.

Debate do programa do Governo no Parlamento

Arranca esta manhã o debate de dois dias, na Assembleia da República, sobre o programa do XXV Governo Constitucional, o segundo do executivo PSD/CDS liderado por Luís Montenegro. O PCP já anunciou que irá apresentar uma moção de rejeição, mas a iniciativa dos comunistas tem chumbo certo, já que, além do PSD e CDS, também não terá o apoio do Chega e do PS. O segundo Governo liderado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro terá 16 ministérios, menos um do que o anterior, e vai manter treze dos 17 ministros do executivo cessante.

CFP divulga evolução orçamental das Administrações Públicas

O Conselho de Finanças Públicas vai divulgar a evolução orçamental das Administrações Públicas no ano de 2024. No ano anterior, a inflação ajudou a explicar “mais de metade da redução do rácio da dívida”. A dívida pública fixou-se em 99,1% do PIB no ano passado, número que pode ainda ser revisto em baixa.

Banco do Japão decide sobre taxas de juro

Esta terça-feira realiza-se a reunião de política monetária do banco central do Japão para decidirem sobre as taxas de juro. Em maio, o banco central do Japão cortou para metade a previsão para o crescimento da economia do país para o ano fiscal de 2025, devido ao impacto da guerra comercial lançada pelos Estados Unidos. No relatório trimestral sobre as perspetivas económicas, o banco reduziu para 0,5% as expectativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) nipónico, face à estimativa anterior, publicada em janeiro, que previa um crescimento de 1,1%.

Qual é o sentimento económico na Alemanha?

O ZEW Economic Sentiment Index vai revelar os dados de junho sobre a economia alemã, considerada o motor da Europa. Em maio, a confiança dos investidores da Alemanha aumentou mais do que o esperado, recuperando da queda acentuada no mês anterior. O índice de sentimento económico subiu para 25,2 pontos, de -14,0 pontos em abril.

Prossegue julgamento do processo BES/GES

Esta terça-feira prossegue o julgamento do processo BES no Campus de Justiça. O antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, é o principal arguido e responde em tribunal por 62 crimes, alegadamente praticados entre 2009 e 2014. Entre os crimes imputados contam-se um de associação criminosa, 12 de corrupção ativa no setor privado, 29 de burla qualificada, cinco de infidelidade, um de manipulação de mercado, sete de branqueamento de capitais e sete de falsificação de documentos. Segundo o Ministério Público, a derrocada do GES terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

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Instituto AP entra no “top 5” das escolas de assuntos públicos da Europa

  • Servimedia
  • 17 Junho 2025

Um relatório do Instituto Coordenadas aponta-a como “uma escola pioneira em Espanha, com uma liderança reconhecida, um gabinete executivo de excelência e um corpo docente de referência”.

O Instituto AP foi reconhecido como uma das cinco melhores escolas de formação em assuntos públicos da Europa, de acordo com um relatório publicado pelo Coordinates Institute of Governance and Applied Economics, que avalia a qualidade académica, a experiência do corpo docente e a capacidade de impacto das instituições especializadas em política, regulação e estratégia de influência.

O “top 5” do relatório é completado por algumas das escolas mais prestigiadas do continente: Colégio da Europa (Bruges), Sciences Po (Paris), London School of Economics (Londres) e Universidade de Oxford, Blavatnik School of Government (Oxford).

O Instituto Coordenas assinala que a inclusão do Instituto AP neste grupo de elite responde a uma proposta “sem precedentes” em Espanha: “uma escola dedicada exclusivamente aos assuntos públicos, que combina a excelência académica com o conhecimento aplicado, o pensamento político e a visão estratégica”.

Explica que, presidido por Joan Navarro, considerado o pai dos assuntos públicos a nível profissional em Espanha, o Instituto AP tem um gabinete executivo de alto nível e um corpo docente de referência composto por altos funcionários públicos, gestores de empresas, académicos e consultores estratégicos.

“Há uma década, falar de profissionalização dos assuntos públicos em Espanha parecia uma raridade. Hoje, estar ao nível de Oxford, Sciences Po ou do Colégio da Europa é o reconhecimento de uma geração que trabalhou com rigor e convicção para consolidar este setor. O Instituto AP é a casa comum de todos aqueles que acreditam que influenciar a agenda pública exige formação, ética e visão estratégica”, afirmou Joan Navarro.

“Este reconhecimento consolida o Instituto AP como uma instituição de referência para aqueles que pretendem reforçar a sua liderança política e profissional, antecipar mudanças regulatórias e exercer influência numa perspetiva ética, rigorosa e transformadora”, acrescentou. Entre a sua oferta académica encontra-se o Executive Master’s in Public Affairs, um programa universitário destinado a profissionais ativos na esfera política, institucional, empresarial ou associativa.

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Comissão da Carteira de Jornalista está sem presidente desde fevereiro. Empate nas votações leva a impasse na eleição

A Comissão da Carteira Profissional de Jornalista está sem liderança desde fevereiro por não conseguir eleger um dos dois candidatos para a presidência. Empates constantes na votação levam a impasse.

O empate nas votações para a nomeação do presidente da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) tem feito com que o processo de eleição se venha a arrastar desde fevereiro. O problema parece não ter uma solução à vista, tendo em conta que a legislação em vigor não prevê mecanismos para a resolução deste tipo de situações, mas a CCPJ indica que os seus órgãos “têm funcionado regularmente, embora com as normais limitações decorrentes da ausência de presidente“.

Depois de terminado o mandato de Licínia Girão, o processo de cooptação do novo presidente da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) teve início a 19 de fevereiro, com a entrada em funções do novo Plenário, tendo-se seguido um período para apresentação de candidatos. Foram então apresentados dois nomes à votação, que dividiram por igual o número de votantes, não conseguindo nenhum deles obter a maioria prevista na lei. O processo tem-se arrastado desde então.

Sublinhe-se que o presidente da CCPJ tem de ser “um jurista de reconhecido mérito e experiência na área da comunicação social, cooptado, por maioria absoluta, pelos oito jornalistas que compõem a CCPJ”, lê-se no Regime de Organização e Funcionamento da CCPJ e da Acreditação Profissional dos Jornalistas. A jornalista e jurista Luísa Meireles e o advogado Henrique Pires Teixeira são os candidatos indicados e que têm ido a votos.

Formada em direito, Luísa Meireles é a atual diretora de informação da agência Lusa, cargo que ocupa desde 2018. Antes disso foi jornalista do Expresso durante quase três décadas.

Por sua vez, Henrique Pires Teixeira, que já chegou a ser presidente da CCPJ durante o triénio 2015/2018, é advogado desde 1982. Foi também diretor do jornal “A Comarca”, entre 1991 e 2013, e docente do módulo de “os meios de comunicação social e o enquadramento legislativo” na pós-graduação em imprensa regional da Faculdade de Letras de Coimbra (2008/2009).

Desde 1998 e durante vários anos foi ainda membro da direção da Associação Portuguesa de Imprensa, em representação da qual presidiu à assembleia geral da APCT (Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação). Colaborou também com o jornal “Comarca de Figueiró” (entre 1975 e 1983) e com o jornal moçambicano “Notícias da Beira” (1969 e 1974).

Os votantes, que se têm repartido em número igual, são os quatro membros eleitos pelos jornalistas (Cláudia Alexandra Correia Mendes, Paulo Jorge Gonçalves Agostinho, Mariana Esteves de Oliveira e Isabel Alexandra Meias Inácio) e outros quatro membros designados pelos operadores do setor (Cláudia Marisa Ferreira Maia, Paulo Alexandre Ribeiro da Silva, Luís Alberto Loureiro Mendonça e Albérico Coelho Fernandes).

Mas, a não ser que uma das partes ceda, não se antevê que um destes nomes seja eleito e que se consiga encerrar o processo. É que “a legislação em vigor não prevê mecanismos para resolução de situações de empate na votação, apenas exigindo que a cooptação seja efetuada por maioria absoluta dos membros, pelo que terá de se manter a negociação em curso“, refere a CCPJ ao +M.

Plenário a 27 de junho

O processo de cooptação do novo presidente e as negociações subsequentes serão novamente retomadas no próximo Plenário, a 27 de junho, “onde o assunto será, novamente, objeto de apreciação”.

Perante a falta de liderança — visível até pelo espaço vazio na página “Mensagem da Presidente”, no site da CCPJ — os órgãos desta entidade (ou seja, o Plenário, Secretariado e Secção Disciplinar) “têm funcionado regularmente, embora com as normais limitações decorrentes da ausência de presidente“, refere ainda a CCPJ. “Apenas o Plenário e o Secretariado não se encontram, ainda, completamente constituídos, na sequência dessa ausência. A gestão corrente da CCPJ tem sido assegurada pelo órgão executivo (Secretariado)“, acrescenta.

Tendo em conta os relatos, por parte de alguns jornalistas, de atrasos nos processos de renovação da carteira profissional, a CCPJ concede que “com a entrada em funções dos novos jornalistas que compõem os órgãos da CCPJ, foi necessário redistribuir as tarefas, entre elas a de analisar os processos de emissão, renovação, suspensão e cassação dos títulos profissionais”, função que está a ser exercida por dois membros.

No entanto, está previsto, “a muito curto prazo, o reforço desta área de atuação por dois outros jornalistas da CCPJ“, adianta esta entidade.

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Já se conhecem todos os nomes que vão mandar na Generali em Portugal. Saiba quem faz o quê na nova equipa de gestão

A comissão executiva liderada por Pedro Carvalho está completa e a administração reforça as relações com a casa-mãe em Itália. Saiba quem faz o quê na nova equipa de gestão.

A equipa da gestão da Generali em Portugal para os próximos três anos já está definida, depois de confirmados os administradores e recomposta a comissão executiva liderada por Pedro Carvalho desde 2020. Nesse ano, a Generali integrou a Seguradoras Unidas e, em 2023, numa compra europeia, o grupo ficou com as operações da Liberty Mutual num processo de fusão que ainda hoje continua.

Pedro Carvalho, CEO desde 2020, já tem equipas completas na administração e na comissão executiva.

Apenas se sabe que a Liberty já é Generali em Portugal e que os negócios, colaboradores e ativos estão a transitar entre companhias. Também a parte laboral está negociada com os sindicatos e um acordo de empresa foi assinado já prevendo novidades como uso de IA e decisões algorítmicas.

Neste caminho de crescimento, a Generali tomou 8,71% do capital do Banco CTT, alargando também aos próprios Correios a distribuição preferencial de seguros, principalmente no ramo Vida — em que, enquanto Tranquilidade, a companhia nunca desenvolveu muito por falta de canal bancário. Já em 2024, as vendas de seguros de vida da Generali Tranquilidade cresceram 81% para 225 milhões de euros. Subiu três lugares no ranking do segmento (para 8º) e melhorou a quota de mercado para 3,2%.

‘Estado maior’ está completo

Já em 2025 foi relançada a administração da Generali nomeada até 2027, coincidindo com o novo ciclo estratégico “Lifetime Partner 27: Driving Excellence”, que inclui objetivos de maior rentabilidade operacional do negócio seguros Vida e Não Vida, com ajuda de IA para ajudar na melhoria da conta técnica.

Na equipa executiva destaque para Natasha Revez, do General Counsel, Ana Rita Loução, como Chief People & Sustainability Officer (CPSO) e Joana Pina Pereira que passa a Chief Commercial Officer integrando as áreas de Marketing e Grandes Clientes e Corretores.

À frente da comissão executiva desde 2020, o CEO Pedro Carvalho está a liderar a transformação. Entrando nos seguros apenas em 2015, esteve 14 anos na consultora McKinsey, tendo depois sido responsável pelo marketing e vendas do grupo Sonae até chegar à então Tranquilidade. Para além da comissão executiva, é ainda vogal no conselho de administração, a par com Stefano Flori.

Flori é Chief Financial Officer (CFO), cargo que ocupa desde 2016 e lidera as funções de planeamento estratégico, controlo financeiro e análise de negócios e tem sido uma figura chave em iniciativas de transformação digital e adaptação a novos standards contabilísticos, como o IFRS17, na operação portuguesa da Generali.

Na administração e na comissão executiva está Stefano Flori. Apenas na CE, estão Tiago Tavares Rodrigues como CSO (Chief Service Officer), João Barata, Chief Insurance Officer (CINSO) e Andrea Fiorani, Chief Operations Officer.

A comissão executiva para os próximos anos está bastante descentralizada. Joana Pina Pereira passou a Chief Commercial Officer integrando as áreas de Marketing e Grandes Clientes e Corretores, para garantir “uma visão integrada das áreas de distribuição e do marketing”. João Barata, atuário com 30 anos de Tranquilidade continua como Chief Insurance Officer (CINSO).

Foram criados dois novos pelouros com o objetivo de “fortalecer áreas-chave para o crescimento”. Assim, Ana Rita Loução, atual diretora de Pessoas & Organização passa a Chief People & Sustainability Officer (CPSO), um movimento que, segundo fonte da seguradora, “reflete a importância estratégica que atribuímos às nossas Pessoas e à Sustentabilidade como pilares fundamentais do nosso sucesso futuro”.

Outro novo pelouro é representado por Natasha Revez, do General Counsel, que passa agora a ser membro da Comissão Executiva. Esta alteração pretende “assegurar uma posição mais robusta e eficaz da Generali Tranquilidade junto das entidades reguladoras e fortalecer a gestão de matérias legais, nomeadamente o nosso papel ativo no combate ao Crime Financeiro”, diz fonte da empresa.

Como desde janeiro 2023, o Chief Operations Officer é Andrea Fiorani , antes foi administrador da Advance Care e ainda antes esteve na Europ Assistance – empresa pertencente ao grupo Generali – em Itália e França. Tiago Tavares Rodrigues, um ex-Mckinsey com quase cinco anos de Generali em Portugal continua CSO (Chief Service Officer).

Administração influente também é necessária

Para o sucesso da Generali em Portugal, a administração conta com Jaime Anchústegui como presidente. É também deputy CEO Insurance do grupo a nível mundial e após uma reorganização corporativa de 2024. Responde diretamente a Giulio Terzariol, CEO da Divisão de Seguro. Este coordena e supervisiona todas as operações de seguros reportando diretamente a Phillipe Donnet, CEO global da Generali.

Jaime Anchustegui preside à administração e é também deputy CEO Insurance do grupo a nível mundial e após uma reorganização corporativa de 2024.

Na administração está como vice-presidente João Vieira de Almeida, advogado Senior Partner da VdA, bem como Santiago Villa Ramos, Chief Insurance Business Performance Officer do grupo. Patrícia Espírito Santo, que não tem qualquer relação com a família banqueira, foi indicada para a administração portuguesa, mas mantém- se como Group Head of People & Organization na Áustria, Suíça, Espanha e também Portugal.

Entre os administradores Não executivos a Generali em Portugal conta com Santiago Villa Ramos, Chief Insurance Business Performance Officer do grupo, João Vieira de Almeida, advogado Senior Partner da VdA, Patrícia Espírito Santo e Valentina Sarrocco.

A italiana Valentina Sarrocco combina papéis estratégicos, na Generali Tranquilidade, colabora como administradora não executiva na governança e consolidação das operações portuguesas, no panorama global do Grupo é reconhecida pela sua atuação como conselheira jurídica sénior em fusões e aquisições.

O que significa Portugal para a Generali?

Em Portugal, embora a Generali seja o terceiro maior grupo segurador e o segundo nos ramos Não Vida, o negócio significou apenas 1,9% do total de prémios globais do grupo. Foram cerca de 1.809 milhões de euros em 2024, já incluindo os negócios da Liberty em Portugal em adição aos da própria Generali Seguros – a sociedade que utiliza no mercado as marcas Generali Tranquilidade, Açoreana e LOGO.

No mundo, onde está em 55 países, a Generali obteve receitas de 95.190 milhões de euros em 2024, com Itália a representar 34% do negócio, França 20% e Alemanha 16%. A Ásia representa 8% e os países da Europa Central e do Leste 5%.

No entanto, Portugal e os seus 1,9% de peso, tal como a Suíça, merece referência individualizada na listagem do relatório e contas da companhia. Os negócios portugueses cresceram 33%, enquanto o global da Generali ficou-se pelos 13%. Os resultados operacionais em Portugal foram 1,8% de um total de 7.295 milhões de euros conquistados em todo o mundo.

A estratégia Grow or Go (crescer ou sair do mercado), por vezes falada pelo CEO Pedro Carvalho, parece definida no sentido do crescimento. No final de 2024, a Generali tinha em Portugal 413 milhões de euros de capitais próprios o que significa 1,34% do total mundial consolidado de 30.389 milhões de euros. Com 46,2 milhões de euros de lucros, a rentabilidade líquida dos capitais próprios foi em Portugal de 11,1% enquanto o consolidado pela sede em Trieste foi de 12,2%. Proporcionalmente a operação portuguesa está alinhada, o contributo para o grupo está estável e as armas estão alinhadas para a Generali crescer, não para sair.

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Grupo Openbook ‘projeta’ nova sede da CGD e dois hospitais para a Luz Saúde

Fundada por três arquitetos e um financeiro em 2007, o Grupo Openbook emprega 100 pessoas, fatura cerca de dez milhões de euros e tem escritório em Lisboa e São Paulo.

O Grupo Openbook, referência em arquitetura, design e consultoria imobiliária, está a projetar a nova sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em Lisboa e dois hospitais para o grupo Luz Saúde localizados no Porto e Setúbal.

“Vai arrancar este mês a obra do projeto de arquitetura de interiores da Caixa Geral de Depósitos que tem uma área de 30 mil metros quadrados“, adianta ao ECO Paulo Jervell, partner do Openbook. A obra estará concluída em dentro de um ano.

O Hospital da Luz localizado na Invicta ainda está a aguardar a aprovação da autarquia portuense, já a obra de construção do Hospital de Setúbal vai arrancar no próximo ano. “Os hospitais são um projeto de arquitetura dos edifícios, já na CGD é um projeto de arquitetura de interiores”, detalha o arquiteto Paulo Jervell.

Na área corporativa, somos, sem dúvida, a entidade de referência no mercado”, diz o partner do grupo, destacando que “todos os projetos mais emblemáticos dos últimos anos têm vindo a ser feitos pela Openbook“.

O Grupo Openbook, que acaba de ser eleito vencedor global do Popular Choice Award na categoria de Best Commercial Firm na 13.ª edição dos prestigiados Architizer A+Awards, um dos maiores e mais respeitados programas internacionais de celebração da arquitetura contemporânea, foi o responsável pelo projeto de arquitetura da nova sede da Galp (2024) em Lisboa, do novo hub do BNP Paribas (2024) do campus do Novo Banco (2024) na capital e do premiado Ritz Pool Bar no Hotel Ritz Four Seasons Lisboa (2021), que arrecadou em 2024 o o prémio Architizer A+Awards na categoria de Bares e Adegas.

A Openbook foi criada em 2007 por três arquitetos (Paulo Jervell, Rodrigo Sampaio, João Cortes) e um financeiro (Pedro Pires) que se juntaram para criar uma empresa de arquitetura, a Openbook. 15 anos depois, criaram o Grupo Openbook, que junta outras valências como o design e a consultoria imobiliária.

“A ideia foi criar uma oferta de serviços multidisciplinares e transversais ao mercado imobiliário que agregam cinco novas empresas (OpenbookArchitecture, Openbook Design, OpenbookStudio, Openbook Real Estate e OpenbookEngineering) — e que partilham sinergias entre elas e oferecem ao cliente final e ao mercado, uma oferta mais completa e com um valor acrescentado”, explica Paulo Jervell, partner do Openbook.

O segmento comercial (arquitetura relacionada com escritórios e retalho) representa cerca de 40% da faturação do grupo, sendo que os restantes 60% dividem-se entre a área residencial e o segmento hospitalar. Paulo Jervell contabiliza que 50% dos clientes são estrangeiros, lamentando que em “Portugal a arquitetura não seja valorizada em termos de honorários”.

Paulo Jervell, partner do OpenbookHugo Amaral/ECO

O Grupo Openbook abriu uma nova delegação no Dubai em dezembro do ano passado, com o objetivo de “responder a oportunidades no Médio Oriente”.

Com uma equipa de 100 colaboradores e uma faturação de cerca de 10 milhões de euros, o Grupo Openbook, com escritório em Lisboa e no Brasil, em São Paulo, quer continuar a consolidar a sua presença em mercados estratégicos, incluindo Portugal, França, Espanha, Angola, Vietname, Indonésia e agora, o Dubai. Até ao final do ano está nos planos do Grupo Openbook contratar mais 15 pessoas.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 17 de junho

  • ECO
  • 17 Junho 2025

Ao longo desta terça-feira, 17 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Concentração da banca portuguesa diminui pelo terceiro ano para valor mais baixo em dez anos

Venda do Novobanco a franceses eliminou risco de aumento de concentração do mercado português. Cinco maiores bancos em Portugal estão a perder quota para os mais pequenos há três anos consecutivos.

A venda do Novobanco a franceses eliminou o risco de aumento de concentração do mercado bancário português. Mas nos últimos anos a tendência até tem sido inversa. Os cinco maiores bancos em Portugal estão a perder sistematicamente quota para os mais pequenos desde 2021, depois de duas décadas de concentração. No final do ano passado, o peso de Caixa, BCP, Santander, Novobanco e BPI no mercado era o mais baixo dos últimos dez anos.

O processo de venda do Novobanco reacendeu os receios quanto aos efeitos negativos na concorrência que poderiam surgir caso o banco liderado por Mark Bourke fosse vendido pela Lone Star a um concorrente direto.

E esse risco – para o qual Governo e Banco de Portugal alertaram — foi real na medida em que o dono do BPI – o Caixabank – esteve na corrida até ao final e a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o BCP admitiram interesse, apesar de terem ficado de fora do concurso por considerarem que seria complexo separar os negócios do banco rival.

O desfecho acabou por ser outro: o fundo norte-americano decidiu vender o Novobanco aos franceses do Groupe BPCE por 6,4 mil milhões de euros, transação que deverá ficar concluída no próximo ano.

Ou seja, o Novobanco muda de mãos americanas para mãos francesas, mas a estrutura do mercado bancário português permanecerá tal como está e como esteve nas últimas duas décadas: com cinco grandes bancos a operarem num mercado altamente bancarizado, maduro e já apresentando um elevado grau de concentração.

Mercado inverte após duas décadas de concentração

Os dados mais recentes do Banco Central Europeu (BCE) mostram que o mercado bancário português tem vindo a ‘desconcentrar’ nos últimos três anos, depois de duas décadas de concentração dos ativos nas cinco principais instituições financeiras.

Em 2021, ano em que se atingiu o valor mais elevado da história, os big 5 controlavam quase três quartos (73,9%) do mercado, quando duas décadas antes tinham menos de metade – Portugal foi o segundo país da União Europeia onde o grau de concentração mais aumentou entre 1999 e 2021, apenas atrás da Grécia.

Banca menos concentrada

Fonte: BCE

O processo de concentração no mercado português deu-se praticamente na primeira década do milénio, através de um processo de várias fusões e aquisições que tiveram lugar naquele período.

Esta dinâmica abrandou após a crise de 2008 e ganhou nova expressão em 2015, ano da queda do Banif, absorvido pelo Santander. E, após um período de alguma estabilização entre 2015 e 2021, o mercado tem vindo a descentralizar desde então.

No final do ano passado, a percentagem de ativos detidos pelo cinco principais bancos reduziu-se para 70,6%, tratando-se do valor mais baixo desde 2014 (69,2%), de acordo com os dados que o BCE atualizou na semana passada.

Os grandes bancos estão a perder quota para os mais pequenos ou, visto de outra forma, os pequenos estão a tirar negócio aos grandes.

Apesar de o grau de concentração ter recuado, Portugal mantém-se no lugar 14 dos mercados mais concentrados da UE, onde a Grécia apresenta o mercado mais concentrado (96%) e o Luxemburgo o menos concentrado (34%).

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Órgãos sociais da TAP SGPS renunciaram em bloco. Azul diz que está a ser preparado “incumprimento contratual”

Depois de ter ficado sem ativos, a sociedade a que a Azul reclama uma dívida de 177 milhões de euros, está sem administração e órgãos de fiscalização.

Os órgãos sociais da TAP SGPS, entretanto redenominada SIAVILO SGPS, renunciaram em bloco às suas funções entre o final de março e o início de junho, incluindo o conselho fiscal e o revisor oficial de contas. Depois de ter sido esvaziada de ativos, a sociedade a quem a Azul reclama uma dívida de 177 milhões de euros, ficou sem gestão e não há nota de terem sido nomeados substitutos.

Este é mais um sinal de que a SIAVILO, que é 100% detida pelo Estado, poderá deixar de existir e não pagar o valor pretendido pela companhia aérea brasileira.

Gonçalo Pires (administrador financeiro da TAP), Patrício Castro, Ana Lehmann e João Pedro Duarte foram os primeiros administradores a renunciar aos cargos, a 31 de março, de acordo com os atos societários consultados pelo ECO. Na mesma data cessaram funções Maria de Fátima Geada e a Baker Tilly, membros do conselho fiscal. Seguiram-se Mário Chaves, Mário Cruz e Sofia Lufinha (administradores executivos da TAP) a 30 de abril e, por fim, a 6 de junho, dá-se a renúncia do revisor oficial de contas, a PwC – PricewaterhouseCoopers & Associados.

Não foi publicada qualquer informação sobre a nomeação de substitutos para estes cargos. O ECO questionou o Ministério das Finanças, mas não obteve resposta até à publicação do artigo.

A renúncia dos órgãos sociais segue-se ao esvaziamento de ativos da antiga TAP SGPS. Na sequência dos 3,2 mil milhões de auxílios do Estado injetados durante e após a pandemia, a holding deixou de ter qualquer participação na TAP SA, dona da companhia aérea, em dezembro de 2021. Em janeiro deste ano, foi anunciada a venda à TAP SA de 100% da Portugália por 4,4 milhões de euros, da participação de 51% detida na Cateringpor e de 100% da UCS. Também extinta foi a participação na antiga Groundforce, agora Menzies Aviation, no âmbito do processo de insolvência. A participada sobrante, a M&E Brasil, foi colocada em processo de liquidação após vários anos de prejuízos crónicos.

Fonte da Azul afirma ao ECO que está a ser “preparado o incumprimento contratual já que a TAP SGPS, depois de ceder os ativos, nomeadamente à TAP S.A., se tornou uma empty shell [sociedade vazia]“.

A TAP está a ser dividida em ‘TAP má’ (TAP SGPS, agora denominada SIAVILO SGPS) sem património para fazer face às dívidas que assumiu perante credores privados (nomeadamente perante investidores estrangeiros) que, de boa-fé, lhe emprestaram dinheiro e ‘TAP boa’ (TAP S.A.) que será objeto de privatização.

Fonte oficial da Azul

A TAP está a ser dividida em ‘TAP má’ (TAP SGPS, agora denominada SIAVILO SGPS) sem património para fazer face às dívidas que assumiu perante credores privados (nomeadamente perante investidores estrangeiros) que, de boa-fé, lhe emprestaram dinheiro e ‘TAP boa’ (TAP S.A.) que será objeto de privatização”, acrescenta a mesma fonte, que acusa o Estado português de “pactuar com tentativas ilícitas de discriminar credores privados e de se subtrair às obrigações que livremente assumiu”.

Incumprimento obriga a reembolsar dívida

O diferendo entre as duas companhias aéreas remonta ao verão passado, quando a Azul, em dificuldades financeiras, sugeriu o reembolso antecipado do empréstimo obrigacionista de 90 milhões de euros subscrito em 2016, quando David Neeleman era acionista das duas empresas e CEO da transportadora brasileira. A Parpública também participou na operação, avançando com um financiamento de 30 milhões de euros.

A Azul pediu ainda a confirmação da constituição das garantias do empréstimo, que incluem o programa de milhas da TAP (antigo Victoria, agora Miles & GO). A transportadora portuguesa e a holding recusaram e avançaram para tribunal, pedindo a nulidade das garantias por se tratar de um contrato de suprimentos entre sócios.

A companhia brasileira contesta esta interpretação e assinala que, em 2016, “a Azul não era acionista da TAP SGPS ou da TAP S.A. e não há razão para desqualificar a personalidade das pessoas coletivas mesmo quando tiveram, por um curto período de tempo, um sócio comum”. Considera mesmo a ação das empresas portuguesas “um exemplo de escola de má-fé”.

O caso conheceu um novo desenvolvimento a 15 de abril, quando foi deliberada a existência de um incumprimento no pagamento da dívida (default) pela TAP SGPS, numa assembleia extraordinária de obrigacionistas convocada pela Azul, como avançou o ECO.

O caso conheceu um novo desenvolvimento a 15 de abril, quando foi deliberada a existência de um incumprimento no pagamento da dívida (default) pela TAP SGPS, numa assembleia extraordinária de obrigacionistas convocada pela Azul, como avançou o ECO.

Foi também deliberado, com os votos a favor da companhia brasileira (75%) e contra da Parpública (25%), o reembolso imediato das obrigações, ficando o representante comum – a sociedade Bondholders, com sede em Valência – responsável pelo cálculo do valor devido e a sua cobrança.

O Banco Montepio enviou a 27 de maio uma nota de pagamento às partes envolvidas, com um prazo de 30 dias úteis, segundo avançou o Jornal de Negócios. Tendo em conta que as obrigações têm um juro composto de 7,5%, a reembolsar com o capital na maturidade, a Azul tem a receber 177 milhões de euros e a Parpública 58,4 milhões. Caso os montantes não sejam pagos, o representante comum poderá avançar com um processo de execução nos tribunais portugueses.

A polémica em torno do pagamento da dívida à Azul surge numa altura em que o Governo se prepara para avançar com a privatização da TAP, processo que foi interrompido com a queda do Executivo, em março. A companhia brasileira diz já ter alertado os interessados na operação — Grupo IAG, Lufthansa e Air France KLM — para a existência desde diferendo.

 

Já a Azul continua a atravessar dificuldades financeiras, tendo avançado este mês com um pedido de proteção de credores nos EUA. Neste âmbito, celebrou um acordo de financiamento de 1,6 mil milhões de dólares com a United Airlines e a American Airlines. A primeira tem há vários anos uma parceria com a Lufhtansa nos voos transatlânticos, sendo ambas membros da Star Alliance, há qual a TAP também pertence.

A passagem de David Neeleman pela TAP também esteve envolta em polémica. Além do empréstimo obrigacionista da Azul, o mais caro celebrado pela transportadora portuguesa, a companhia portuguesa alugou aeronaves à companhia brasileira para serem usadas pela Portugália. O empresário saiu do capital da TAP em 2020, recebendo 55 milhões pela sua participação de 22,5%.

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“Equilibrar” direito à greve, “comprar” férias e simplificar lay-off. O plano do Governo para o mercado de trabalho

Programa do Governo tem dezenas de propostas para mudar mercado de trabalho, como a revisão da lei laboral, a subida dos salários e a reestruturação da formação. Discussão arranca esta terça-feira.

A intenção de mudar a lei da greve não constava no programa eleitoral da AD, mas está clara no programa do Governo, que começa a ser discutido esta terça-feira.

No âmbito de uma revisão mais ampla do Código do Trabalho, o Executivo de Luís Montenegro quer melhorar o equilíbrio entre o direito à greve e a “satisfação de necessidades sociais impreteríveis”, apesar de os sindicatos já terem deixado claro que se opõem a qualquer mudança nessas regras.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho.MIGUEL A. LOPES/LUSA

Voltemos por momentos a maio. Em protesto contra a imposição de aumentos salariais que “não repunham o poder de compra” e pela negociação coletiva de reforços remuneratórios “dignos”, vários sindicatos que representam trabalhadores da Comboios de Portugal convocaram greves de vários dias, que coincidiram com o período de campanha eleitoral.

Um dia vamos ter de pôr cobro a isto“, não tardou a reagir Luís Montenegro, garantindo que não estava a pôr em causa o direito à greve, mas explicando que era preciso encontrar um mecanismo de modo a evitar que a greve comprima os direitos dos demais cidadãos.

A campanha eleitoral, entretanto, terminou, as greves na Comboios de Portugal também, mas o assunto não desapareceu da mente do primeiro-ministro. Tanto que, no programa do Governo que começa a ser discutida esta manhã, está a intenção de “equilibrar de forma mais adequada o exercício do direito à greve com a satisfação de necessidades impreteríveis“.

Por enquanto, o Executivo não detalha o que pretende fazer, mas os advogados ouvidos pelo ECO em maio já avisavam que a lei já prevê esse mecanismo de equilíbrio entre o impacto da greve e os direitos dos demais cidadãos: são os serviços mínimos. Mais, os especialistas alertaram que será difícil mudar as regras das greves, uma vez que este é um tema sensível e um direito previsto na própria Constituição.

Equilibrar de forma mais adequada o exercício do direito à greve com a satisfação de necessidades sociais impreteríveis.

Programa do Governo

Da parte dos sindicatos, tanto a CGTP como a UGT já foram claros, dizendo-se contra qualquer mudança na lei da greve. Uma greve é para causar transtorno“, atirou Sérgio Monte, secretário-geral adjunto da UTG, que explicou ao ECO que os serviços mínimos já fazem o equilíbrio entre os protestos e os direitos dos demais cidadãos.

Além das regras da greve, o Governo quer mudar a lei do trabalho, “desejavelmente no contexto da Concertação Social”, para “melhorar a adequação do regime legal aos desafios do trabalho na era digital“.

Abre, assim, a porta, por exemplo, a “regulamentação diferenciada” do teletrabalho e do trabalho em nomadismo digital, mas também à possibilidade de o trabalhador “comprar” dias de férias, “com um limite a definir contratualmente entre as partes”.

Maior flexibilidade no gozo de férias por iniciativa do trabalhador, com a possibilidade de aquisição de dias de férias, com um limite a definir contratualmente entre as partes.

Programa do Governo

Hoje, os trabalhadores do setor privado têm direito a 22 dias de férias, sendo possível engordar esse período, por exemplo, por negociação coletiva. O que o Governo sugere agora — em linha com o que já tinha previsto no programa eleitoral — é reforçar a flexibilidade no gozo de férias por iniciativa do trabalhador.

Por outro lado, o Executivo pretende “clarificar, desburocratizar e simplificar em matéria de parentalidade, teletrabalho, organização de trabalho, transmissão de estabelecimento, processo do trabalho e lay-off“.

Sobre este último mecanismo — que permite às empresas em crise suspenderem os contratos de trabalho ou reduzirem os horários de trabalho –, é de recordar que, durante a pandemia, houve uma versão simplificada, mas o lay-off hoje disponível já regressou ao seu modelo clássico e mais moroso. Vários especialistas já tinham apelado à atualização desse regime, como prevê agora o programa do Governo.

Já quanto à negociação coletiva, a intenção é, no âmbito de uma revisão da lei do trabalho, redinamizar esse diálogo, “nomeadamente em matéria de vigência e conteúdo das convenções coletivas“.

“Avaliar a definição de critérios de representatividade mínima para a emissão de portarias de extensão das convenções coletivas de trabalho, de forma a desincentivar a fragmentação sindical e reforçar o diálogo social nas empresas”, propõe, num outro ponto, o Governo.

No seu primeiro Governo, Luís Montenegro tinha deixado no programa a vontade de revisitar a Agenda do Trabalho Digno, isto é, o pacote de alterações à lei do trabalho levado a cabo pelo último Executivo de António Costa. Desta vez, não refere diretamente essa vontade, mas, antes, identificam-se uma série de normas (como as já referidas) que serão alvo de revisão.

Acumular salário com prestações sociais

Ainda no capítulo dedicado ao trabalho e emprego, o Governo aponta a criação de um subsídio ao trabalho, “com a possibilidade de acumulação de rendimentos do trabalho com apoios sociais“, de modo a incentivar a participação ativa no mercado de trabalho;

Substituiria um conjunto alargado de apoios sociais, sem perdas para ninguém, por um suplemento remunerativo, acumulável com rendimentos do trabalho, RSI, pensão social, ou outros apoios sociais dirigidos a situações sociais limite, que atenue o empobrecimento dos trabalhadores empregados e incentive a sua participação ativa no mercado de trabalho, e que tenha em conta a dimensão e composição do agregado familiar”, detalha o Executivo.

Em junho do ano passado, a ministra do Trabalho tinha admitido vir a permitir que os beneficiários de prestação de desemprego acumulassem esse valor com um novo salário, para evitar os casos em que é mais vantajoso continuar sem emprego (e a receber prestações da Segurança Social) do que abraçar uma nova oportunidade. A medida acabou por não avançar na legislatura anterior, mas poderá agora fazer o seu caminho

Leque salarial é para eliminar, insiste Governo

Armindo Monteiro, presidente da CIP, em entrevista ao ECO - 28FEV24
Armindo Monteiro, presidente da CIP. Empregadores têm pedido retirada do critério do leque salarial do benefício fiscal por aumento de salários.Hugo Amaral/ECO

No programa que começa a ser debatido esta terça-feira, o Governo insiste também em eliminar o critério do leque salarial do benefício salarial para os empregadores que aumentem os salários.

“Aprovar benefícios fiscais associados ao aumento dos salários e ao regime de isenção de IRS e TSU nos prémios de produtividade por desempenho até 6% da remuneração base anual, através da eliminação da norma que condiciona os ditos benefícios ao leque salarial nas empresas, voltando a apresentar ao Parlamento a proposta de leque, permite concretizar este objetivo”, lê-se no documento.

Desde 2022, com o acordo de rendimentos assinado ainda pelo Governo de António Costa com os parceiros sociais, que está previsto um benefício em sede de IRC para as empresas que aumentem os salários em linha com o referencial definido em Concertação Social.

Aprovar benefícios fiscais associados ao aumento dos salários e ao regime de isenção de IRS e TSU nos prémios de produtividade por desempenho até 6% da remuneração base anual, através da eliminação da norma que condiciona os ditos benefícios ao leque salarial nas empresas.

Programa do Governo

Tem estado definido, no entanto, que esse benefício só pode ser aplicado às empresas que não registem aumentos do leque salarial dos trabalhadores face ao anterior, isto é, não agravem as diferenças entre os salários mais elevados e mais baixos.

O acordo assinado em 2024 na Concertação Social pelo Governo já liderado por Luís Montenegro deixou cair, porém, essa condição. E a proposta de Orçamento do Estado para 2025 previa mesmo a sua revogação. Mas uma coligação negativa travou-o. O Governo promete agora insistir. O teste começa esta terça-feira, no Parlamento.

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Portugal cai um lugar na competitividade, mas mantém-se à frente de Espanha em ranking internacional

A área das Infraestruturas é aquela em que Portugal obtém a melhor classificação no ranking global da competitividade. Por outro lado, a política fiscal é o fator menos atrativo do país.

Portugal caiu uma posição, para o 37º lugar, no ranking mundial de competitividade elaborado anualmente pela escola de negócios IMD, em que a Suíça regressou à liderança. Ainda assim, continua a superar países como Espanha (39.º) ou Itália (43.º). Apesar dos desafios empresariais e económicos que persistem, o país destaca-se pelas infraestruturas e eficiência governativa.

“Esta descida acaba por mostrar que, apesar de continuarmos à frente de Espanha e de Itália, há cada vez mais outros países que concorrem connosco e que acabam por estar a fazer uma melhor performance, sublinha Filipe Grilo, economista da Porto Business School, em declarações ao ECO.

A pontuação de Portugal tropeça em dois dos quatro indicadores-chave deste estudo. Na eficiência empresarial e no desempenho económico cai três posições para o 42.ª lugar (39.ª em 2024). Por outro lado, na eficiência governativa sobe seis posições para o 35º lugar (41º posição no ano passado) e nas infraestruturas sobe um lugar para a 25.ª posição.

“Quando olhamos para as diferentes variáveis ​​que compõem todo este ranking, continuamos a identificar fragilidades que são recorrentes, nomeadamente a elevada a carga fiscal, o sistema de justiça ineficiente e, dentro das empresas, sabemos que há formação insuficiente dos trabalhadores e, com isto, a fuga de talento“, enumera Filipe Grilo. Apesar de estes “problemas já serem conhecidos”, Portugal “continua a ter muita dificuldade” em resolvê-los.

Continuamos a identificar fragilidades que são recorrentes, nomeadamente a elevada a carga fiscal e o sistema de justiça ineficiente.

Filipe Grilo

Economista da Porto Business School

O estudo, que avalia 69 economias, destaca a subida de Portugal para a 25.ª posição em termos de infraestruturas – o melhor desempenho entre os quatro fatores analisados. Para tal, contribuiu a manutenção dos bons resultados na educação (21.º), beneficiando da otimização nas infraestruturas básicas (16.º vs 33.º em 2024) e científicas (26.º). Neste campo, Portugal destaca-se, ainda, pelo crescimento populacional e pela taxa de escolarização no ensino secundário (ambos 2.º lugar). Entre as fraquezas surgem o desperdício alimentar (61.º) e o rácio de dependência (56.º)

“Portugal tem boas infraestruturas não apenas básicas, mas também redes de transporte, internet e a evolução ao nível da taxa de escolarização — a qualificação talvez seja a principal conquista dos últimos anos”, destaca o especialista da Porto Business School. No entanto, Filipe Grilo nota que apesar do país “produzir muito talento e muita mão-de-obra qualificada, não consegue absorver” o talento.

Na eficiência governativa, Portugal sobe seis posições (35.º), assinalando-se os progressos nas finanças públicas (36.º vs 37.º), política fiscal (56.º vs 58.º), quadro institucional (30.º vs 42.º) e legislação empresarial (24.º vs 25.º), enquanto o quadro social mantém-se estável no 25.º lugar. O país destaca-se pela confiança dos investidores estrangeiros e por ter um governo livremente eleito (ambos 1.º lugar do ranking). Como fragilidades, persistem a carga elevada de impostos reais sobre as pessoas (66.º) e o sistema de justiça (59.º).

No que se refere à eficiência empresarial, Portugal desceu da 39.ª para a 42.ª posição, com um desempenho misto. A produtividade e eficiência caíram ligeiramente (47.º vs 45.º lugar em 2024), as finanças recuaram um lugar (45.º) e o mercado de trabalho melhorou duas posições (43.º). As práticas de gestão mantiveram-se estáveis (46.º) e as atitudes e valores desceram ligeiramente (28.º). Destacam-se positivamente a cultura nacional (3.º), a participação feminina na força de trabalho (8.º), além da flexibilidade e adaptabilidade (11.º). Entre as fragilidades estão o fraco desempenho dos mercados bolsistas (62.º), a insuficiente formação de trabalhadores nas empresas (61.º) e a elevada fuga de talentos (61.º).

Relativamente ao desempenho económico, Portugal regista uma queda para a 42.ª posição (39.º em 2024), refletindo desafios internos. A economia doméstica desceu do 44.º para o 54.º lugar, enquanto o comércio internacional subiu do 25.º para o 22.º lugar, demonstrando maior dinamismo externo. O investimento internacional recuou ligeiramente (33.º vs 29.º em 2024), o emprego manteve-se estável (39.º) e os preços desvalorizaram dois lugares na tabela (36.º). Destacam-se positivamente a concentração das exportações (3.º) e as receitas do turismo (7.º), enquanto persistem fragilidades no PIB real per capita (62.º) e no desemprego jovem (58.º).

Filipe Grilo considera ainda que o “que penaliza mais o país é o desempenho económico“. Apesar de Portugal ter “resistido” com um “bom dinamismo económico, há outros países com um desempenho económico bastante mais favorável”, completa o responsável da escola de negócios portuense.

Disponibilidade de mão-de-obra qualificada (80%), a fiabilidade das infraestruturas (70,7%), os custos competitivos (64%) e o elevado nível educacional da população (49,3%) são os principais fatores que tornam Portugal atrativo para o investimento e atividade económica, de acordo com os resultados da sondagem feita junto de mais de 70 CEO de grandes empresas portuguesas e dez economistas nacionais. Por outro lado, a política fiscal é o fator menos atrativo (2,7%).

“A necessidade de diversificar a economia, reduzindo a dependência do turismo e a exposição a choques externos; bem como o reforço da educação e da qualificação em áreas críticas como gestão, tecnologias digitais e transição verde”, estão entre os alertas que o estudo aponta para o país na edição deste ano.

Mas não só. O estudo do IMD em parceira com a Porto Business School realça a necessidade de “reformar os serviços públicos – particularmente na saúde, justiça e educação -, o que poderia contribuir para melhorar a eficácia e sustentabilidade”.

A análise menciona ainda que “seria fundamental inverter a tendência demográfica através de políticas de natalidade e de uma imigração integradora”, sem esquecer “a revisão das leis de falência e reestruturação empresarial, o que fortaleceria a competitividade do tecido empresarial português”.

A Suíça lidera o ranking, seguida por Singapura e Hong Kong, que se destacam pela estabilidade institucional, capacidade de inovação e dinamismo económico. No top 10 estão ainda a Dinamarca (4º), Emirados Árabes Unidos (5º), Taiwan (6º), Irlanda (7º), Suécia (8º), Catar (9º) e Países Baixos (10º).

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BCP emite 500 milhões em dívida sénior com prazo de seis anos e cupão de 3,125%

  • ECO
  • 16 Junho 2025

Colocação da emissão foi feita no mercado internacional e numa "base muito diversificada de investidores institucionais", sobretudo em fundos de investimento, bancos e fundos de pensões.

O BCP confirmou esta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a realização de uma emissão de dívida sénior preferencial no valor de 500 milhões de euros.

“A emissão, no montante de 500 milhões de euros, terá um prazo de 6 anos, com opção de reembolso antecipado pelo banco no final do 5º ano, um preço de emissão de 99,631% e uma taxa de juro fixa de 3,125% ao ano, durante os primeiros 5 anos (correspondente a um spread de 0,95% sobre a taxa mid-swap de 5 anos). No 6º ano, a taxa de juro resultará da soma da Euribor a 3 meses com um spread de 0,95%”, lê-se no comunicado.

O banco informou ainda que a colocação da emissão foi feita no mercado internacional e numa “base muito diversificada de investidores institucionais”, sobretudo, em fundos de investimento, bancos e fundos de pensões.

Os bancos de investimento que atuaram como joint lead managers foram o BCP, o Goldman Sachs Bank Europe SE, o IMI – Intesa Sanpaolo, o J.P. Morgan SE e o Morgan Stanley, segundo noticiou a agência Bloomberg.

Em março, o Banco Comercial Português já tinha feito uma emissão de 500 milhões de euros, mas em dívida subordinada Tier 2, que teve uma “rápida e bem-sucedida execução” junto de investidores institucionais.

O BCP liderou os ganhos na bolsa de Lisboa esta segunda-feira. Durante a sessão, o banco chegou a cotar acima dos 70 cêntimos cada título (70,5 cêntimos), nível que, contudo, não conseguiu manter até ao fecho. Ainda assim, as ações da empresa encerraram o dia de negociações com uma valorização sólida de 3,5%, para 69,80 cêntimos.

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