Operadora da Altice em França pode vir a ser ‘desmantelada’

Concorrentes Orange, Bouygues e Free (detida pelo grupo Iliad) estão a discutir a compra dos ativos da SFR. Drahi acredita que a venda em separado maximiza o valor e alivia receios de concorrência.

As operadoras de telecomunicações francesas Orange, Bouygues e Free encontram-se a estudar a possibilidade de ‘desmantelar’ a operadora SFR, num processo de carve-up que levaria a que os ativos da empresa detida pela Altice France fossem divididos pelas empresas concorrentes, noticia esta segunda-feira o Financial Times.

Segundo o jornal britânico, o multimilionário Patrick Drahi, dono da Altice, acredita agora que a venda separada dos ativos da SFR pode ser a melhor opção para a empresa, quer do ponto de vista de maximização do valor, quer do ponto de vista de alívio dos receios de concorrência que uma fusão entre a SFR e outra grande operadora suscitaria às autoridades.

A Orange, a Bouygues e a Free, esta última detida pelo grupo Iliad, têm estado a discutir diferentes cenários, incluindo que ativos da SFR cada uma estaria disponível para comprar. Nomes como Blackstone, KKR e Ardian estão entre os grupos que já foram envolvidos em negociações preliminares para financiamento de algumas dessas transações, refere a publicação.

A SFR, principal ativo da Altice France — um dos três ramos do conglomerado Altice, em conjunto com a Altice International e a Altice USA — pode valer 21 mil milhões de euros no seu conjunto, de acordo com analistas da New Street Research, citados pelo FT.

Um desfecho como aquele que está a ser discutido resultaria numa importante consolidação no setor telco em França, que ficaria reduzido de quatro a três operadoras.

Atualmente, a Altice France está em reestruturação, pelo que um eventual negócio só deverá acontecer depois desse processo, cuja conclusão está prevista para outubro. Estes processos acontecem numa altura em que Drahi continua a reformular o grupo perante a montanha de dívida que foi acumulando ao longo dos anos.

Importa recordar que em fevereiro a Altice France chegou a um acordo com os credores para reduzir a sua dívida de 24 mil milhões para 15,5 mil milhões de euros.

Contactada pelo jornal, a Altice France respondeu que está “focada em implementar o acordo de dívida, a considerar a venda de ativos não-core, a continuar a relançar as operações comerciais da SFR e a melhorar a qualidade do serviço”. As restantes empresas não quiseram comentar as discussões em curso.

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Bolt Food tem nova liderança em Portugal e quer chegar a 15 novas cidades

Unidade de entrega de comida ao domicílio da Bolt quer terminar o ano com um crescimento de 25% e chegar a 15 novas cidades.

Daniel Glusman é o novo responsável da Bolt Food em Portugal, substituindo Manuel Castel-Branco no cargo, confirmou o ECO junto da empresa. A unidade de entrega de comida ao domicílio da Bolt quer terminar o ano com um crescimento de 25% e chegar a 15 novas cidades.

“Acima de tudo, quero continuar a construir sobre o bom trabalho que tem vindo a ser feito pela equipa, assente numa estratégia de crescimento sustentado. O objetivo é conseguirmos crescer à volta de 25% até ao final do ano. Chegámos recentemente aos Açores, por exemplo, e temos planos para estar em pelo menos mais cinco cidades até dezembro. O objetivo é continuar a focar no melhor serviço possível para os portugueses que nos escolhem para simplificar a sua vida”, afirma Daniel Glusman, o novo responsável da Bolt Food em Portugal.

A Bolt registou um crescimento de 20% no primeiro trimestre, tendo já passado a operar em dez novas cidades desde o início o ano. Até ao final do ano, tem como objetivo um crescimento de 25% e chegar a 15 novas cidades. Atualmente, a operação de entrega de comida ao domicílio da Bolt está presente em mais de 20 cidades. Neste segmento, a Bolt concorre com a Uber Eats e com a Glovo.

“A Bolt tem crescido a um ritmo impressionante, e acho que a minha experiência, não só em vários países mas também em empresas de várias dimensões, me preparou para este entusiasmante desafio de impulsionar a Bolt Food no país. Numa altura em que as pessoas precisam cada vez mais de soluções talhadas à medida, é essencial focar na praticidade da oferta – e queremos ser sinónimo disso mesmo. Este objetivo só é possível de alcançar através da construção de uma relação longa e sustentável com os restaurantes parceiros”, diz.

Formado pela IMD Business School, com mais de 20 anos de experiência internacional na Europa e América Latina, em empresas como a Procter & Gamble (Peru, Colômbia e Venezuela), Gloria (Peru), BRF, Kraft Heinz (Reino Unido), a unicórnio de entregas Getir (Reino Unido) ou MyRest, o argentino Daniel Glusman substituí Manuel Castel-Branco no cargo, profissional que transitou para o OLX.

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Hoje nas notícias: Banco de Portugal, Defesa e habitação acessível

  • ECO
  • 14 Julho 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O diretor do departamento de sistemas e tecnologias de informação do Banco de Portugal, Carlos Moura, que foi constituído arguido no caso que investiga suspeitas de irregularidades na contratação pública, concretizou um procedimento mesmo após as suspeitas das autoridades criminais. O líder do PS enviou uma carta ao primeiro-ministro a pedir uma audiência formal para negociar uma “proposta de Acordo Estratégico para um Plano de Desenvolvimento Nacional e de Capacitação da Defesa”, definindo, para tal, um prazo de três meses. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

Banco de Portugal deixa diretor assinar contrato apesar de já ser arguido

O diretor de informática do Banco de Portugal, Carlos Moura, foi o alvo das buscas realizadas pela Polícia Judiciária no início de abril, no âmbito da Operação Pactum, devido a irregularidades detetadas nas aquisições de serviços na área de tecnologias de informação entre 2017 e 2025. No dia 18 desse mês, o Observador noticiou que Carlos Moura foi constituído arguido no processo em causa. Mesmo assim, enquanto número um da informática do banco central, o nome de Carlos Moura surge a assinar um contrato para a aquisição dos serviços da Warpom Services para manutenção e suporte técnico a equipamentos, que tem efeitos a 1 de abril, mas cuja assinatura digital só foi feita a 22 de abril, já após ter sido constituído arguido.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

PS desafia Montenegro para “acordo estratégico” sobre Defesa em três meses

Numa carta enviada na sexta-feira ao primeiro-ministro, o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, desafiou Luís Montenegro a negociar com os socialistas, num prazo de três meses, uma “proposta de Acordo Estratégico para um Plano de Desenvolvimento Nacional e de Capacitação da Defesa”. Para esse entendimento, o líder socialista pediu uma audiência formal ao chefe de Governo, por considerar que “os momentos de redefinição estratégica exigem unidade de propósitos, visão de longo prazo e sentido patriótico” e que é importante “um consenso político alargado e duradouro que assegure previsibilidade estratégica, continuidade de investimentos e eficácia na execução”. Este pedido surge após o anúncio do Governo de que irá cumprir a meta de 2% do PIB em Defesa até ao final do ano e do compromisso assumido na Cimeira da NATO de junho de atingir os 5% até 2035.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Governo ajusta preços para atrair promotores para casas acessíveis

O Governo alterou as variáveis usadas para determinar se a construção de um prédio para habitação encaixa no conceito de custos controlados. O objetivo é conseguir adaptá-las à nova realidade em matéria de custos de construção, preço do terreno ou exigências em matéria de eficiência energética, tornando-os mais atrativos para os construtores. Isto porque os concursos públicos lançados pelas autarquias não têm recolhido o interesse necessário por parte das construtoras, devido à margem de lucro potencial ser muito reduzida. Mesmo os investidores privados pouco ou nenhum interesse revelam por este tipo de projetos, apesar dos benefícios que têm associados, nomeadamente o IVA à taxa reduzida de 6%, mas depois têm um preço tabelado na venda ou no arrendamento.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Holding do Estado quer produzir 50 milhões de munições por ano

A idD Portugal Defence, holding do Estado para a área da Defesa, quer criar uma fábrica de munições de pequeno calibre, em Alcochete, num investimento que rondará os 40 milhões de euros. O objetivo do projeto, que já está concluído e vai ser apresentado ao Governo nos próximos meses, passa por capacitar as Forças Armadas Portuguesas com este tipo de projéteis e exportar para países da NATO. Segundo o presidente do Conselho de Administração da empresa pública, Ricardo Alves, a fábrica terá capacidade para produzir 50 milhões de munições por ano e vai criar 70 postos de trabalho, marcando o regresso de Portugal à produção destes explosivos.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Créditos fiscais ajudam a atrair compradores para a TAP

Dado o “pontapé de saída” para a reprivatização da TAP, e sem serem conhecidas as avaliações feitas à companhia aérea, o Governo procura valorizar a empresa, pretendendo maximizar o encaixe com a sua venda, depois da injeção de 3,2 mil milhões de euros nos últimos anos. Às sinergias, um fator que vale 300 milhões de euros para os “muitos interessados” na compra da transportadora, acrescem ainda quase 500 milhões de euros em créditos fiscais. É um argumento que a Lone Star, por exemplo, também utilizou para fechar a venda do Novobanco aos franceses do BPCE.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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Falta apenas uma semana para fechar candidaturas ao Prémio Autarquia do Ano – Grupo Mosqueteiros

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  • 14 Julho 2025

As inscrições para a 6.ª edição do Prémio Autarquia do Ano – Grupo Mosqueteiros terminam a 20 de julho. Ainda tem tempo para destacar o impacto positivo da sua autarquia.

Faltam um pouco mais de sete dias para o encerramento das candidaturas à 6.ª edição do Prémio Autarquia do Ano – Grupo Mosqueteiros ─ um momento decisivo para autarquias que querem ver reconhecidos os seus projetos inovadores e transformadores nas comunidades.

Com o encerramento a aproximar-se — dia 20 de julho — todas as câmaras municipais e juntas de freguesia de Portugal Continental e ilhas ainda estão a tempo de submeter iniciativas que já estão “em fase de conclusão ou implementadas no atual mandato”.

O que torna este prémio especial?

Critério de excelência e impacto local: O prémio destaca projetos que demonstrem uma “gestão eficiente e criativa, focada no bem‑estar das comunidades” gestpub.pt, indo muito além da lógica administrativa tradicional.

Destaque relevante: As candidaturas selecionadas são divulgadas e valorizadas num canal de relevo como o ECO, promovendo a visibilidade nacional dos vencedores.

Diversidade alargada: Esta edição inclui 12 categorias principais e mais de 100 subcategorias, refletindo a abrangência e inovação do poder local em áreas tão diversas como educação, saúde, digitalização ou sustentabilidade.

Quem pode candidatar-se?

  • Qualquer autarquia (municípios ou juntas de freguesia) de Portugal Continental, Açores e Madeira.
  • São elegíveis projetos que tenham sido iniciados e/ou concluídos no atual mandato — com resultados já visíveis nas comunidades. Saiba mais aqui.

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Sustentabilidade e Um Mar de Oportunidades

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  • 14 Julho 2025

Promovida pela Smurfit Westrock, a conferência ‘Um Mar de Oportunidades’ debateu inovação e sustentabilidade no setor das embalagens e abordou os desafios e oportunidades da atualidade e o futuro.

Inovação e sustentabilidade no setor das embalagens, os desafios e oportunidades da atualidade e o futuro da indústria estiveram em destaque na conferência “Um Mar de Oportunidades”, promovida pela Smurfit Westrock no emblemático e premiado Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, num encontro que reuniu profissionais, empresas e parceiros do ecossistema Better Planet Packaging (BPP), uma aposta da Smurfit Westrock para acelerar a transição para embalagens mais sustentáveis.

Na sessão de abertura, Ignacio Sevillano, CEO da empresa para Espanha, Portugal e Marrocos, após reforçar a presença global da Smurfit Westrock – multinacional líder mundial em embalagens sustentáveis à base de papel, que resulta da fusão, há precisamente um ano, entre o grupo Smurfit Kappa (Irlanda) e a WestRock Company (EUA) – sublinhou que a sustentabilidade “faz parte do ADN da empresa” e “felizmente, não é uma moda”. “Isto quer dizer que vamos precisar de muito trabalho, dedicação, recursos e esforço. Mas, para isso, estamos aqui”, acrescentou o CEO.

Ignacio Sevillano, CEO Smurfit Westrock Spain | Portugal | Morocco

Ignacio Sevillano apontou ainda à BPP, iniciativa que nasceu em 2018 e é, segundo o próprio, “um passo à frente da sustentabilidade”. “Quando alguém pensa em sustentabilidade, pensa numa forma de minimizar o impacto no mundo. A BPP não é apenas minimizar o impacto no mundo. Trata-se de eliminar o impacto no mundo“, garantiu.

Raúl André, regional manager da Smurfit Westrock Portugal, na introdução à conferência, aludiu ao tema central para afirmar que “a sustentabilidade e a inovação não são apenas desafios, são oportunidades reais que podemos e devemos aproveitar juntos”. No entanto, reforçou que “no centro da transformação não está o papel, o cartão ou a eficiência energética. Estão as pessoas“.

Muitos dos avanços que aqui apresentamos não teriam sido possíveis sem a vossa colaboração, impulso e visão”, afirmou Raúl André, antes de garantir que a Smurfit Westrock irá “continuar a investir no talento local”.

Ainda na abertura, Jesús Rivas, innovation manager do grupo em Espanha, Portugal e Marrocos, apresentou as sete categorias em que se baseia a inovação e sustentabilidade: materiais, retail ready packaging (embalagem pronta para exposição do produto), embalagem de consumo, displays, embalagens industriais, e-commerce e realidade virtual.

Refira-se que a Smurfit Westrock tem presença industrial em Portugal através de duas unidades, em S. Paio de Oleiros e Vila do Conde.

Demonstração de casos concretos

Esta conferência foi também uma reunião com clientes, centrada na sustentabilidade, inovação e tendências do setor. Por isso, nada melhor do que dar a conhecer alguns casos práticos destas sinergias.

Pedro Mascarenhas, diretor de marketing da Alves Bandeira, grupo do setor da energia que completa 50 anos, e Rui Ferreira, diretor comercial da Smurfit Westrock, apresentaram um desses exemplos: a premiada Lamp Box, uma caixa para vinhos que serviu de oferta natalícia aos clientes da Alves Bandeira e que se transforma num candeeiro. Uma segunda vida para as embalagens de cartão de suporte a vinhos, que demonstra “a partilha de valores na área da sustentabilidade” entre as duas empresas, como sublinhou Rui Ferreira.

Um alinhamento que encontra paralelo na relação da Smurfit Westrock com a Lactogal, empresa especializada em laticínios e derivados. Através de Carlos Silva, gestor de compras e marketing, e Miguel Barbosa, diretor-geral de displays da Smurfit Westrock Sorpel, foi apresentada a iniciativa A força de uma relação sustentável. “Com esta parceria conseguimos maior presença, com materiais mais sustentáveis”, referiu Carlos Silva.

Marta Mendes, senior sustainability manager da Symington, apresentou a Gestão sustentável da cadeia de fornecimento, através do exemplo da empresa ligada ao setor vinícola. “A sustentabilidade abarca tantos temas que nos podemos perder em iniciativas avulsas e não conseguimos identificar onde devemos dar prioridade. Nesse sentido, é importante olhar para os impactos mais prementes, riscos e oportunidades do nosso negócio”, explicou.

Ainda da parte da manhã, Jurgita Girzadiene, responsável pela BPP da Smurfit Westrock na Europa, contextualizou a iniciativa sob o mote Navegando no mar da sustentabilidade, com a ambição ambiental de “não deixar rasto algum para as gerações futuras“.

No regresso após pausa para o almoço, Arco Berkenbosch, chief innovation officer da Smurfit Westrock na Europa, sublinhou a importância de sustentabilidade e inovação caminharem lado a lado, e aportou que “o desafio da atualidade não é gerar ideias, mas sim selecionar e focarmo-nos nas ideias certas”, referindo-se à importância das “soluções locais, adaptáveis a cada realidade”.

Sustentabilidade à mesa e Dar ao Pedal

A parte da tarde contou com mais três intervenções. O chef Rui Paula trouxe a sustentabilidade para a mesa, o professor catedrático da Universidade do Porto e investigador no INESC Porto, Américo Azevedo, falou sobre a transformação digital das empresas e Jorge Sequeira, keynote speaker do evento, abordou temas como a liderança e a motivação de equipas, com base no seu livro Dar ao Pedal.

Rui Paula sublinhou que, à mesa, “a tradição não é inimiga da inovação”, dando exemplos de pratos com “zero desperdício” e destacando a importância das pessoas e das equipas. “Cozinhar é um ato de amor“, afirmou.

Américo Azevedo apresentou a indústria X.0 e a importância da latência e da capacidade de reação das empresas. “Quando se fala em digitalização, as empresas precisam de avaliar a sua maturidade”, disse, lembrando que “o futuro das empresas será cada vez mais digital e sustentável”.

Jorge Sequeira, com a sua reconhecida capacidade de contar histórias, reforçou a importância, para pessoas e organizações, de “ser positivo, trabalhar em equipa, não apresentar desculpas, ter autonomia e capacidade de liderança”.

A conferência contou ainda com um momento de animação protagonizado pelos desenhadores da Smurfit Westrock, num Box Master.

No encerramento da sessão, Teo Pastor, diretor de vendas e marketing da Smurfit Westrock para Espanha, Portugal e Marrocos, garantiu que “Portugal é um mercado estratégico para a empresa“, enquanto Raúl André reforçou a vontade de “construirmos juntos um futuro mais sustentável”.

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Iscte Executive Education lança pós-graduação que aproxima Gestão e Direito

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  • 14 Julho 2025

Pedro Esteves, Diretor da nova Pós-Graduação em Gestão e Direito do Iscte Executive Education, fala sobre esta nova formação, cujo objetivo é colmatar a separação da área de gestão da jurídica.

Esta nova Pós-Graduação em Gestão e Direito é uma iniciativa que resulta da convicção de que hoje, mais do que nunca, é essencial que profissionais compreendam e articulem eficazmente estas duas áreas. Sendo uma formação online permite ter um alcance nacional e dar resposta às expectativas de Juristas, advogados, solicitadores, diretores de recursos humanos e todas as profissões que procurem estruturar as suas intervenções individuais e empresarias por via da simbiose entre a gestão e o direito empresarial.

Num programa aplicado e direcionado à gestão, o foco é apreender e desenvolver os principais conceitos e linguagem de gestão a aplicar na prática em regime próprio, em escritórios de advogados, sociedades de consultoria jurídica, sociedades de solicitadoria e outras de consultoria e em todas as empresas e direções de recursos humanos dessas empresas onde a preponderância seja efetivamente a integração da área de gestão com a de direito.

Neste domínio, importa a todos, mesmo não licenciados nestas áreas, que estejam ou pretendam integrar posições de gestão e direito e, por sua vez, ajudar a organização a gerir-se com fundo legal. Público vasto e multifacetado que preste serviços jurídicos, para-jurídicos e/ou de consultadoria jurídica. Empresas com direções e técnicos de recursos humanos. Individuais, gestores, advogados e solicitadores, que exerçam por conta própria e todos os demais interessados que pretendam um composto integrado destas áreas e dimensões.

Pedro Esteves, Diretor da Pós-Graduação em Gestão e Direito do Iscte Executive Education

O que motivou o lançamento desta nova Pós-Graduação em Gestão e Direito?

Vivemos um tempo em que as decisões de gestão não podem ser dissociadas das suas implicações jurídicas. E, por outro lado, a atuação jurídica não pode ignorar os objetivos estratégicos e operacionais das organizações. Esta pós-graduação nasce precisamente da perceção dessa lacuna: há uma ausência clara de ofertas formativas que combinem, de forma prática e integrada, o Direito e a Gestão. Pretendemos preencher esse vazio com um programa curto, ágil e de aplicação direta.

Qual é o principal objetivo do programa e que lacuna pretende colmatar no mercado?

O principal objetivo é capacitar os participantes para compreenderem os desafios da gestão com um olhar jurídico e, em simultâneo, interpretarem os enquadramentos legais com sensibilidade para a realidade empresarial. A lacuna que queremos colmatar é essa separação, ainda muito presente, entre dois mundos que deveriam dialogar continuamente. Este curso promove essa simbiose — e fá-lo de forma prática, orientada para casos concretos e reais.

Para quem é esta formação? Que perfis profissionais se pretende atrair?

Este programa é aberto e inclusivo. Destina-se a profissionais com formação ou experiência em gestão ou em direito, mas também a quem, não vindo diretamente destas áreas, pretenda adquirir uma visão cruzada e estratégica. Advogados, gestores, juristas, consultores, empreendedores, quadros de PME e de grandes empresas — todos têm aqui um espaço para crescer e fortalecer competências. Especificamente como foi enunciado na introdução – Juristas, advogados, solicitadores, diretores de recursos humanos e todas as profissões que procurem estruturar as suas intervenções individuais e empresarias, em escritórios de advogados, sociedades de consultoria jurídica, sociedades de solicitadoria e outras de consultoria e em todas as empresas e direções de recursos humanos dessas empresas onde a preponderância seja efetivamente a integração da área de gestão com a de direito.

Que novas competências são potenciadas?

A pós-graduação potencia competências em áreas como:

  • Estratégia empresarial com enquadramento legal;
  • Finanças e fiscalidade individual e empresarial;
  • Relato ESG e sua relevância jurídica e reputacional;
  • Contratação, negociação e gestão de conflitos;
  • Comunicação eficaz em ambientes regulados;
  • Direito do trabalho e comercial com aplicação prática.

Além disso, destaca-se a capacidade de integrar todas estas áreas num pensamento sistémico e numa abordagem resolutiva, culminando num desafio final imersivo, onde os participantes enfrentam um caso empresarial completo.

A Pós-graduação em Gestão e Direito é diferenciadora em que medida?

É diferenciadora porque não é meramente interdisciplinar — é transdisciplinar. Aqui, os temas não são tratados em paralelo, mas em diálogo. Os docentes trazem experiências reais do mercado, promovem discussão crítica e desafiam os participantes a sair do papel tradicional. E o modelo é intensivo, focado, com impacto imediato nas práticas profissionais com uma metodologia de análise de casos reais.

Quais são os temas mais inovadores ou inesperados que os participantes vão explorar ao longo do curso?

Diria que o módulo de relato ESG com implicações jurídicas, assim como a abordagem prática à fiscalidade empresarial e à negociação e resolução de conflitos, surpreenderão muitos participantes. A combinação entre marketing digital e comunicação institucional, analisada sob a lente do compliance e da reputação jurídica, é também bastante inovadora. E o desafio final é, sem dúvida, o momento de maior integração e surpresa: é realista, multidimensional e feito em equipa.

E o corpo docente?

O corpo docente é composto por profissionais experientes, com sólidos percursos tanto académicos como empresariais. Temos professores universitários, juristas, gestores, consultores, líderes empresariais — todos escolhidos pela sua capacidade de transmitir conhecimento útil, atualizado e com aplicação imediata. Cada docente foi convidado por trazer não apenas saber, mas também saber-fazer.

Se pudesse resumir esta pós-graduação numa frase, qual seria a promessa que deixaria?

“Uma formação intensiva para quem quer decidir com segurança jurídica e agir com visão estratégica — num programa prático, atual e transformador.”

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Inovação é investimento estratégico que as empresas não podem descurar

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  • 14 Julho 2025

Na 2.ª edição do Prémio Inovação na Internacionalização, distinguiram-se negócios com ambição global e um percurso de sucesso além-fronteiras. Conheça os cinco grandes vencedores.

“Normalmente, as empresas que mais crescem são as que mais investem em inovação”. As palavras de Amílcar Lourenço, administrador executivo do Banco Santander, marcaram o tom da 2.ª edição do Prémio Inovação na Internacionalização, uma iniciativa conjunta da COTEC Portugal, do Santander Portugal e do World Trade Center Lisboa. Mais do que apenas uma cerimónia de entrega de prémios, o evento celebrou o espírito empreendedor e resiliente do tecido empresarial português.

Desde fabricantes de cola a tecnológicas, passando por industriais altamente qualificados, as empresas distinguidas têm em comum uma cultura de inovação, visão global e, acima de tudo, a coragem de arriscar. “Este prémio tem muito mais valor do que à primeira vista nos parece”, sublinha o administrador, que lembrou que “inovar é, muitas vezes, visto como um custo elevado” quando, na realidade, “é um investimento estratégico.”

Numa conversa moderada pelo subdiretor do ECO, Tiago Freire, a receita para o sucesso na internacionalização foi o tema central. “O mercado português é demasiado pequeno, tanto em dimensão como em recursos”, lembra Sandra Santos, CEO da Logoplaste, que acredita que “as empresas que triunfam lá fora são as que nascem com ambição”.

Sandra Santos, CEO da Logoplaste

Essa ambição, porém, exige mais do que vontade. Implica preparação, adaptabilidade e, sobretudo, uma cultura organizacional aberta ao risco e à aprendizagem. Helena Bento, CEO do Oceanário de Lisboa e antiga vice-presidente da Gallo, recorda que a internacionalização é, acima de tudo, um processo de autoconhecimento. “Temos de perceber o que fazemos bem, onde podemos ser os melhores, e onde há consumidores dispostos a pagar por isso”, sugere a empresária com ampla experiência em desbravar o mundo.

Helena Bento, CEO do Oceanário de Lisboa

A capacidade de adaptar produtos, modelos de negócio e estruturas às realidades de cada mercado foi outro tema recorrente. Sandra Santos não acredita “em grandes planos detalhados”, mas antes em “estudar bem os mercados, ouvir quem está no terreno e aprender com outras indústrias, mesmo que pareçam não ter nada a ver connosco”.

“A ideia do empreendedor super-herói não funciona. A internacionalização é uma jornada feita com outros, dentro e fora da empresa”, reitera.

Inovar é um ato de coragem

O grande vencedor desta segunda edição do prémio foi a OLI, nome conhecido do setor industrial português, com sete décadas de vida, que se destacou pela capacidade de ajustar a sua abordagem a cada novo mercado. “Nos países onde entrámos, fizemo-lo sempre de forma diferente. Cometemos erros, claro, mas aprendemos com eles”, partilha o CEO António Ricardo Oliveira, que além do primeiro lugar leva para casa o troféu na categoria Small Mid Cap. “A nossa presença em oito países, com equipas multiculturais, é reflexo disso”.

Outro caso inspirador foi o da Colquímica Adhesives, vencedora da edição anterior e convidada para partilhar a sua experiência. “Exportamos 94% do que produzimos para mais de 60 mercados”, revela Luís Bento, CFO da empresa sediada em Valongo. O CFO da empresa sediada em Valongo não tem dúvidas de que a cultura organizacional faz toda a diferença no sucesso que tem vivido. “Somos uma empresa familiar, mas com três pilares muito claros: agilidade, proximidade e inovação. E isso dá-nos vantagem”, diz.

Jorge Portugal, diretor-geral da COTEC, não encerrou a cerimónia sem antes deixar um rasgado elogio às empresas finalistas e às histórias que representam. “Este país não é fácil para quem quer empreender. Mas estas empresas mostram que é possível conquistar mercados internacionais com talento, resiliência e persistência”, realçou.

Para o líder da instituição que há mais de duas décadas apoia o tecido empresarial português, há quatro características comuns às empresas com ADN de internacionalização: capacidade de aprender e selecionar o conhecimento relevante, clareza sobre as vantagens de internacionalizar, gestão dinâmica da vantagem competitiva, e uma cultura empresarial adaptável sem perda da identidade. “Uma empresa bem-sucedida é aquela que se camufla no novo mercado sem perder o que a distingue”, considera.

Empresas distinguidas

Além da OLI, que venceu esta edição e acumulou o título de melhor Small Mid Cap, foram premiadas outras quatro organizações que têm dado cartas além-fronteiras. Na categoria Pequena Empresa Europa, a RCN Aluminium arrecadou o primeiro lugar do pódio, um feito também alcançado pela Skypro como Pequena Empresa Global.

Já para Média Empresa Europa, o prémio foi entregue à Palbit, dedicada à produção de ferramentas em metal duro há mais de 100 anos, enquanto o troféu de Média Empresa Global distinguiu a Controlar, especializada no desenvolvimento de hardware e software para a indústria.

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Ricardo Parreira: “Hoje em dia sinto-me mais inútil, mas mais útil para mim”

  • ECO
  • 14 Julho 2025

Fundador da PHC aos 23 anos, Ricardo Parreira reflete sobre liderança, gestão e tempo no 38.º episódio do podcast E Se Corre Bem?.

No 38.º episódio do podcast E Se Corre Bem?, o convidado é Ricardo Parreira, fundador da PHC, empresa que criou aos 23 anos e da qual se despediu recentemente. Um dos momentos centrais da conversa gira em torno da liderança: “Eu hoje em dia sinto-me mais inútil, mas mais útil para mim”, diz, defendendo que um verdadeiro líder deve capacitar a equipa ao ponto de se tornar dispensável. “Quando alguém era promovido a líder na PHC, a primeira coisa que eu lhe dava era um livro que se chamava A Arte de Ser Inútil, do Ricardo Vargas.

A paixão pelo mundo dos negócios começou cedo. Com apenas seis anos, vendia desenhos à costureira. Mais tarde, um velho computador Spectrum levou-o a passar noites acordado a programar. Foi para um curso indicado pelo tio e pela avó, e o professor telefonou ao tio a dizer: “cuidado que este miúdo vai ser alguma coisa”. Foi aí que nasceu o impulso que levaria à criação da PHC.

Ricardo Parreira acredita que o valor está na ideia, mas também na execução, e que, atualmente, criar uma empresa de sucesso está mais ao alcance de todos. Ainda assim, aponta para a “mediania no mundo empresarial” e alerta para a falta de boas práticas: “A maior parte dos empresários são autênticos heróis, (…) mas não têm as boas práticas.” Defende a importância de expor os líderes a novas aprendizagens e conta que ele próprio viajava anualmente para os EUA com esse propósito.

O tempo é outro dos temas em destaque. “Todos nós temos 168 horas por semana. É muita hora.” A forma como se investe esse tempo, diz, deve estar alinhada com o valor que cada um lhe atribui. Delegar é fundamental, assim como evitar o controlo excessivo, que pode, paradoxalmente, levar ao erro.

Para Ricardo Parreira, o problema de Portugal não está no talento — “os portugueses são muito talentosos” —, mas sim na gestão. E embora critique o peso da carga fiscal, rejeita que sirva de desculpa para o insucesso: “Se há empresas que são um sucesso… Neste contexto, o que é que as diferencia? Práticas de gestão.”

Sem vontade de entrar na política, pois diz que “existe toda uma dificuldade à volta de fazer acontecer”, o empresário dá importância ao equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. “Acho que temos que ter uma vida para além da empresa para depois voltar para a empresa com vontade”, diz.

Este podcast está disponível no Spotify e na Apple Podcasts. Uma iniciativa do ECO, na qual Diogo Agostinho, COO do ECO, procura trazer histórias que inspirem pessoas a arriscar, a terem a coragem de tomar decisões e acreditarem nas suas capacidades. Com o apoio do Doutor Finanças e da Nissan.

Se preferir, assista aqui:

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Diretor do Banco de Portugal assinou um contrato já depois de ser arguido

  • ECO
  • 14 Julho 2025

Um diretor do Banco de Portugal suspeito de estar envolvido num esquema de viciação ainda assinou um contrato público já depois de buscas em que foi visado e de ter sido constituído arguido.

A 3 de abril, o Banco de Portugal foi alvo de buscas por suspeitas de irregularidades na contratação pública. A Operação Pactum investiga como um “conjunto de indivíduos” terá viciado dezenas de procedimentos num valor global de pelo menos 17 milhões de euros. Um dos visados foi Carlos Moura, diretor de informático do banco central, que, mesmo depois de ter sido constituído arguido, ainda assinou um contrato público em nome da instituição.

Segundo o Público, que avançou a notícia, o nome de Carlos Moura, como diretor do departamento de sistemas e tecnologias de informação do Banco de Portugal, surge a assinar, em conjunto com a diretora adjunta do departamento de serviços de apoio, a contratação da Warpom Services para manutenção e suporte técnico a equipamentos. O estatuto de arguido é aplicado quando as autoridades consideram haver indícios fundados de que os factos investigados são fortes o suficiente para que venham a servir de base a uma acusação, lembra o mesmo jornal.

Importa recordar também que o Banco de Portugal voltou a ser alvo de buscas este mês, no âmbito de outra investigação, conhecida por Operação Nexus, e que investiga um alegado esquema criminoso para obtenção de informação privilegiada em procedimentos de contratação pública e privada. Na altura, as buscas, realizadas por todo o país, conduziram à detenção de seis pessoas.

Este sábado, a PJ fez uma nova detenção no âmbito deste processo, segundo a RTP. Trata-se, precisamente, de um alto quadro do Banco de Portugal que receberia contrapartidas financeiras de outras empresas, como dinheiro, viagens, computadores ou tablets. A detenção ocorreu no aeroporto de Lisboa, à chegada do suspeito a Portugal.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 14 de julho

  • ECO
  • 14 Julho 2025

Ao longo desta segunda-feira, 14 de julho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Menos burocracia nos fundos europeus também abrange pagamentos

Quer nas candidaturas como nos pagamentos ao PT2030 ou ao PRR, os serviços públicos não podem pedir documentos que já estão na posse do Estado, revelou ao ECO o ministro da Economia e Coesão.

A partir de terça-feira todas as empresas que se candidatem a fundos europeus estão dispensadas de apresentar vários documentos já na posse do Estado, anunciou o ministro da Economia e da Coesão na sexta-feira. Mas esta desburocratização abrange também os pagamentos, confirmou ao ECO Manuel Castro Almeida. O despacho foi assinado na quinta-feira da semana passada e entra em vigor esta semana. A simplificação abrange não só o Portugal 2030, mas também o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), precisou o responsável.

Foram dadas “instruções para deixarem de exigir esses documentos que nenhuma lei exigia”, disse Manuel Castro Almeida, na sua intervenção, na primeira edição do Conversas com Fomento, uma iniciativa do Banco de Fomento, na qual foi assinado um protocolo com o Fundo Europeu de Investimento para disponibilizar 6,5 mil milhões de euros de financiamento às PME nacionais.

Certidão Permanente, certidão de não dívida à Segurança Social, certidão de não dívida ao Fisco, Certificado PME, Informação Empresarial Simplificada e declaração de empresa única e autónoma são alguns dos documentos que deixarão de ser pedidos às empresas a partir da próxima semana.

“Não é correto pedir a um cidadão que vá a outro serviço público procurar um documento para entregar a outro serviço público. O Estado é só um, tem de se organizar no seu interior e isto é assumir uma opção”, explicou ao ECO, Castro Almeida à margem do evento do qual o ECO foi media partner.

Se o IAPMEI, a Aicep, ou uma CCDR, precisam de saber se o candidato tem dívidas ao Fisco ou à Segurança Social, não tem de pedir ao cidadão que traga a prova que não deve. Pergunta ao Fisco ou à Segurança Social”, explica Castro Almeida. “Isto facilita a vida das pessoas”, sublinha, reconhecendo, contudo que “traz um bocadinho mais de trabalho aos serviços públicos”.

Questionado se vai ser possível fazer essa simplificação, tendo em conta os atrasos que já existem no IAPMEI e noutras instituições públicas e da falta de mão de obra nalguns serviços, Castro Almeida revela que a alteração foi “conversada com os serviços em causa” e que estes “estão confortáveis com esta mudança”.

De sublinhar que, por exemplo, o Compete, nas candidaturas ao Portugal 2030 já não pede esta documentação, sendo assim uma prova de que é possível pôr em prática esta medida.

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É possível recuperar os 3,34 mil milhões que os contribuintes colocaram na TAP?

PS e Chega vieram exigir que a privatização da companhia aérea permita recuperar o dinheiro que os contribuintes colocaram na companhia. Será uma missão impossível?

O anúncio da privatização de 49,9% da TAP pelo primeiro-ministro foi seguido pela exigência de PS e Chega de que o dinheiro colocado pelos contribuintes portugueses seja inteiramente devolvido. É uma missão possível? Ou “não casa com a realidade”, como afirmou o ministro das Finanças?

O primeiro ponto a esclarecer é qual a soma que está em causa. Considerando apenas os montantes que entraram na TAP após a pandemia, a conta chega aos 3.344 milhões de euros. Em 2020, o Governo de António Costa começou por avançar com um empréstimo de emergência de 1.200 milhões de euros. Valor que, em conjunto com juros de 59 milhões, acabaria por ser convertido em capital da companhia aérea. No âmbito do programa de reestruturação da TAP acordado com Bruxelas, há ainda que somar os 569 milhões em compensações pagas pelo Estado à TAP devido aos danos provocados pela Covid-19 e 1.516 milhões em aumentos de capital. A esta conta poderiam ainda ser adicionados os 55 milhões que foram pagos pelo Estado ao empresário David Neeleman pelos 22,5% que tinha da companhia aérea.

Após o anúncio da privatização, o líder do Chega, André Ventura, exigiu “a devolução aos contribuintes do dinheiro que já se investiu na TAP” e criticou Luís Montenegro por não conseguir “esclarecer como é que os contribuintes vão ser ressarcidos do dinheiro que lá colocaram”.

O novo secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, defendeu que “os três mil milhões investidos pelo Estado na pandemia devem, no médio e longo prazo, ser objeto de reembolso aos contribuintes portugueses”.

Há desde logo uma contradição insanável entre esta exigência e a posição política dos dois partidos em relação à participação da TAP a alienar na privatização: quer o Chega quer o PS são contrários a uma venda maioritária, o que condicionou a ação do Governo e o levou a optar por alienar 49,9% do capital.

A maioria das aquisições anteriores por grupos de aviação foram com controlo maioritário, pelo que qualquer possibilidade de interferência do Governo irá inevitavelmente reduzir a avaliação.

Stephen Furlong

Analista sénior do banco de investimento Davy

Não só o encaixe para o Estado é menor, como uma venda minoritária, que não comporta um prémio de controlo do capital pelo comprador, reduz o montante que os interessados poderão oferecer. “A maioria das aquisições anteriores por grupos de aviação foram com controlo maioritário, pelo que qualquer possibilidade de interferência do governo irá inevitavelmente reduzir a avaliação e o interesse, mas o diabo estará nos detalhes”, afirma Stephen Furlong, analista sénior do banco de investimento irlandês Davy.

O modelo proposto pelo Governo atribuirá a gestão corrente ao futuro comprador de 44,9% das ações (as restantes 5% são para os trabalhadores), mas o Estado terá a última palavra em decisões estratégicas sobre rotas, o hub no aeroporto de Lisboa ou a localização da sede.

Será que vendendo 100% da TAP seria possível ressarcir os contribuintes?

A comparação feita pelo ministro das Finanças é elucidativa. “Devemos ser rigorosos e olhar para os factos e realidade. Se 49,9% da TAP valessem 3,2 mil milhões de euros, significaria que a TAP valeria 6,4 mil milhões de euros. A Air France-KLM, que tem seis vezes mais aviões e transporta seis vezes mais passageiros e está cotada em bolsa, vale 3 mil milhões de euros”, disse Miranda Sarmento no briefing após o Conselho de Ministros, em resposta a perguntas sobre os comentários do líder do PS.

Em números exatos e não redondos, a Air France-KLM tem um valor em bolsa de 2,89 mil milhões de euros. Um sexto seriam 482 milhões.

Se tivermos em conta que a TAP gerou em 2024 meios libertos de exploração (EBITDA) que são praticamente um quinto da companhia franco-neerlandesa (um rácio habitualmente usado), o valor total da transportadora portuguesa seria de 596 milhões de euros.

As últimas avaliações à TAP, encomendadas ao Banco Finantia e à consultora EY, não foram divulgadas. As anteriores, realizadas pelas mesmas entidades, apontavam para um valor de 1,1 mil milhões.

O analista financeiro independente Nuno Barradas Esteves avalia a TAP entre 1.720 e 1.745 milhões de euros, “recorrendo ao método dos cash-flows descontados e com base numa perspetiva prudente, ancorada nas quatro últimas transações e avaliações relevantes do setor — com destaque para a ITA Airways”.

Todos estes números ficam muito longe dos 3,34 mil milhões que os contribuintes colocaram na companhia aérea portuguesa e mostram a impossibilidade de cumprir a exigência de PS e Chega através de uma privatização parcial ou mesmo total. O montante da venda poderia ser complementado com o pagamento de dividendos ao Estado, mas chegar àquela soma demoraria décadas.

Impostos e contribuições sociais pagam injeção do Estado numa década

“Não é por aí que conseguimos que a TAP devolva à sociedade o que a sociedade nela aplicou”, afirma Miguel Frasquilho, que foi presidente do conselho de administração da empresa entre 2017 e 2021. “Sendo a TAP bem gerida, podia em dez anos devolver em triplo o que foi colocado entre 2020 e 2022”, refere, lembrando um artigo publicado no ECO em 2021, assinado em conjunto com o então CEO, Ramiro Sequeira.

Estamos a falar de empregos que são criados direta e indiretamente, do pagamento de impostos diretos e indiretos, das contribuições para a Segurança Social, das receitas fiscais do turismo, e do crescimento económico gerado. Sem a TAP estas receitas não existiriam.

Miguel Frasquilho

Antigo 'chairman' da TAP

Estamos a falar de empregos que são criados direta e indiretamente, do pagamento de impostos diretos e indiretos, das contribuições para a Segurança Social, das receitas fiscais do turismo, e do crescimento económico gerado”, aponta Miguel Frasquilho. “Sem TAP estas receitas não existiriam”.

Assumindo o dobro do IRS e Imposto do Selo pago pela companhia nos primeiros seis meses de 2024, comunicado à Assembleia da República pelo Governo, chega-se a uma soma de 189,8 milhões de euros. Fazendo o mesmo para as contribuições sociais, são mais 192,37 milhões. Todo junto perfaz 382,2 milhões. Numa década, a TAP terá entregue ao Estado 3.882 milhões de euros, mais do que foi injetado na companhia.

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