Ministra admite bónus para reformados em 2025, mas afasta aumento extra permanente exigido pelo PS

PS quer que pensionistas tenham aumento extraordinário permanente em 2025, mas Governo sinaliza que não há abertura para isso. Em alternativa, admite repetir suplemento para as pensões mais baixas.

A ministra do Trabalho insistiu esta sexta-feira que o Governo admite avançar com um novo suplemento extraordinário para as pensões mais baixas, mas apenas se houver margem orçamental. Numa audição parlamentar no âmbito do Orçamento do Estado para 2025, Maria do Rosário Palma Ramalho foi questionada pelo deputado socialista Tiago Barbosa Ribeiro sobre a possibilidade de haver um aumento extra permanente das reformas (em vez do bónus), mas a responsável sublinhou que “a posição do Governo é muito clara”, sinalizando, portanto, que tal não está em cima da mesa.

“O Governo não prescinde da hipótese de aprovar medidas extra durante o exercício orçamental de 2025 e, nesse sentido, até já preanunciou a possibilidade de um novo suplemento extraordinário das pensões. Essas medidas apenas devem ser tomadas quando for seguro para o país assumi-las. Qualquer aumento desproporcional de um dos pilares vai descompensar os demais, expondo o país a risco de desequilíbrios“, salientou a ministra do Trabalho, no arranque da audição desta sexta-feira.

Nessa intervenção, Maria do Rosário Palma Ramalho destacou também o sentido de responsabilidade do PS, nomeadamente ao ter viabilizado na generalidade o Orçamento do Estado para o próximo ano. No entanto, avisou que “qualquer alteração de fundo” aprovada na especialidade afetará o equilíbrio entre a ação social e as boas contas da Segurança Social.

A resposta da bancada socialista não tardou. O deputado Tiago Barbosa Ribeiro defendeu que responsabilidade é dar aos pensionistas aumentos extraordinários permanentes, em vez de suplementos, questionando qual a abertura do Governo para a ideia. “Quanto às pensões, a posição do Governo está muito clara. Se houver margem orçamental, procederá a um novo suplemento extraordinário das pensões“, respondeu a ministra do Trabalho.

Já na quinta-feira, o ministro da Presidência tinha rejeitado um aumento extraordinário das pensões em 2025 e defendeu o modelo do suplemento pago uma única vez por ser “financeiramente mais sustentável”, na visão de António Leitão Amaro.

A 10 de outubro, o ministro das Finanças já tinha explicado aos jornalistas que a decisão de atribuição de um novo suplemento às reformas mais baixas será tomada no verão do próximo ano, isto é, quando já for possível perceber se há margem orçamental para tal.

Além do PS, também o Chega propôs, no âmbito do Orçamento do Estado para 2025, um aumento extraordinário permanente das pensões. Em resposta a essa bancada, a ministra do Trabalho notou que a proposta em causa teria um “significado” de 945 milhões de euros (674 milhões de euros do aumento regular, acrescidos de 271 milhões de euros pela subida extra), pelo que “ultrapassa muito largamente” as boas contas da Segurança Social.

Também ao Bloco de Esquerda, a governante afirmou que a proposta de aumento estrutural que essa bancada pôs em cima da mesa coloca em risco o equilíbrio da Segurança Social. “A proposta que faz importa em 1.252 milhões euros. Este Governo não prescinde de ação social. Mas esse valor desequilibra em absoluto essas contas. Não podemos ir lá“, explicou Palma Ramalho.

Já a proposta do PCP para as pensões “importa em quatro mil milhões de euros”, notou a ministra, em resposta ao deputado Alfredo Maia. “Não sei se o PCP descobriu um poço de petróleo na sua sede, que permita responder a todas estas situações. O PCP não se pauta pelo equilíbrio. Nós sim“, frisou a responsável.

Sobre o Orçamento do Estado para 2025, a ministra do Trabalho aproveitou ainda a audição desta sexta-feira para argumentar que concilia o reforço da ação social com a criação de riqueza e com a prudência. “Este é um orçamento equilibrado”, disse.

Notícia atualizada às 10h49

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Bruxelas mais otimista que Governo nos excedentes orçamentais e antecipa redução gradual até 2026

Comissão Europeia prevê excedente de 0,6% este ano e de 0,4% em 2025. No entanto, mantém previsões de crescimento económico inalteradas.

A Comissão Europeia está mais otimista do que o Governo sobre as contas públicas portuguesas e prevê um excedente orçamental de 0,6% este ano e de 0,4% em 2025. Nas projeções económicas de outono divulgadas esta sexta-feira, mantém as previsões para o crescimento económico em 1,7% em 2024 e 1,9% em 2025.

Bruxelas prevê que o excedente orçamental português se reduza de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 para 0,6% em 2024. Ainda assim, a projeção significa uma melhoria face aos 0,4% estimados em maio e previstos pelo Ministério das Finanças.

As receitas públicas deverão continuar a aumentar, beneficiando do desempenho das receitas fiscais e contribuições sociais num contexto de atividade económica sustentada, maior rendimento disponível das famílias e um mercado de trabalho resiliente“, justifica. Ainda assim dá nota de que medidas de política orçamental, como o bónus aos pensionistas e aumentos extraordinários na massa salarial da Função Pública estão “a pesar nas despesas públicas”.

Bruxelas prevê que a orientação orçamental de Portugal deverá continuar expansionista ao longo do horizonte de previsão, estimando que o excedente se reduza para 0,4% do PIB em 2025 (Governo português espera 0,3%) e, com base num pressuposto de políticas inalteradas, para 0,3% em 2026.

Os técnicos assinalam que, em 2025, a evolução deverá refletir o impacto de medidas de política orçamental, como a redução do IRC, a atualização do IRS, o IRS Jovem e aumentos discricionários nos salários da Função Pública. Por outro lado, o investimento público deverá continuar a aumentar, ligado à execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), enquanto o custo orçamental líquido do apoio energético deverá cair para 0,1% do PIB em 2025. No entanto alerta que existem riscos negativos relacionados com os processos em curso das Parcerias Público-Privadas (PPP).

Contudo, o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, em conferência de imprensa em Bruxelas, realçou que Portugal continua a ter “uma situação orçamental muito boa” e descartou apreensões sobre o aumento dos gastos do Estado. “Não estamos, neste momento, particularmente preocupados com o nível de despesa”, disse.

Gentiloni destacou ainda que a Comissão prevê que “Portugal irá continuar a diminuir o seu rácio da dívida, atingindo os 90% em 2026”. Assim, aponta para uma trajetória de redução da dívida embora a um ritmo mais lento. Neste sentido, prevê que caia de 97,9% em 2023 para 95,7% este ano, para 92,9% em 2025 e para 90,5% em 2026.

Comissão mantém previsão de crescimento

Os técnicos de Bruxelas mantiveram inalteradas as previsões de crescimento económico face a maio, fixando-se ligeiramente abaixo do previsto pelo Governo no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

“Em termos anuais, prevê-se uma moderação do crescimento de 2,5% em 2023 para 1,7% em 2024. No entanto, a atividade económica deverá recuperar para 1,9% em 2025 e 2,1% em 2026, suportado principalmente pela procura interna“, indicam os técnicos de Bruxelas.

A previsão de 1,7% para 2024 está em linha com o previsto em maio e coloca o país a crescer uma décima abaixo previsto pelo Ministério das Finanças. Fixa-se também abaixo da projeção de 1,9% do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de 1,8% do Conselho das Finanças Públicas (CFP), mas acima dos 1,6% do Banco de Portugal e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Para 2025, Bruxelas prevê uma expansão do PIB de 1,9%, abaixo dos 2,1% previstos pelo Governo. No próximo ano, o CFP vê a economia portuguesa a avançar 2,4%, o FMI 2,3%, o Banco de Portugal 2,1% e a OCDE 2%.

Para a Comissão Europeia, o consumo privado deverá continua a beneficiar do crescimento dos salários reais, enquanto a aceleração projetada para a implementação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) deverá impulsionar o investimento. Ambos deverão ser também apoiados pela moderação nas taxas de juro. Paralelamente, o turismo estrangeiro deverá continuar a ser um importante impulsionador do crescimento nacional, “embora inferior ao dos últimos anos“.

No entanto, Bruxelas alerta que “tendo em conta a recuperação esperada na procura de bens de investimento, prevê-se que as importações aumentem mais rapidamente do que as exportações”. Deste modo, prevê que o excedente da balança corrente deverá diminuir em 2025-2026, após um pico em 2024.

Nas previsões da Comissão, a taxa de inflação, medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) cai para 2,6% em 2024, reduzindo-se novamente em 2025, para 2,1%, e em 2026, para 1,9%.

Pressões salariais elevadas

Bruxelas alerta ainda que embora as taxas de oferta de emprego tenham permanecido baixas, alguns setores, incluindo a indústria transformadora e a construção, reportaram dificuldades de contratação e escassez de competências. Este panorama “deverá manter elevadas as pressões salariais”.

A Comissão Europeia recorda que o desemprego em Portugal reduziu-se para 6,4% no terceiro trimestre, face à média anual de 6,5% no ano passado, num contexto de moderação do crescimento do emprego, que abrandou gradualmente para 1,3% em termos homólogos. “A população em idade ativa continuou a beneficiar de fluxos migratórios líquidos positivos, enquanto a taxa de emprego do país se manteve num nível recorde”, aponta.

Bruxelas estima uma redução gradual da taxa de desemprego, de 6,4% em 2024 para 6,3% em 2025 e 6,2% em 2026.

(Notícia corrigida às 09h35, com a informação de que a Comissão Europeia não reviu em alta o crescimento económico, mas manteve as previsões do PIB. As nossas desculpas aos leitores)

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Bruxelas prevê “crescimento modesto” em 2025. Cinco economias do euro ficam no vermelho este ano

Comissão Europeia estima que Alemanha (-0,1%), Irlanda (-0,5%), Áustria (-0,6%), Finlândia (-0,3%) e Estónia (-1%) sofram uma contração, pelo segundo ano consecutivo, que será investida em 2025.

Com o poder de compra dos consumidores a recuperar, as taxas de juros a descer e o investimento a acelerar impulsionado pela bazuca europeia, a Comissão Europeia aponta para um “crescimento modesto” em 2025. Mas, se no próximo ano, todas as economias vão crescer, este ano, Bruxelas estima que cinco economias da zona euro vão terminar o ano no vermelho, incluindo o motor da Europa – a Alemanha.

As previsões de Inverno da Comissão Europeia, divulgadas esta sexta-feira, apontam para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 de 0,9% na União Europeia e de 0,8% na zona euro. Mas atividade económica deverá acelerar para 1,5%, nos 27 Estados, e para 1,3% na área da moeda única no próximo ano. Já para 2026, as previsões são ainda mais otimistas com a UE a crescer 1,8% e a zona euro 1,6%.

A retoma começou logo a sentir-se no primeiro trimestre de 2024, mas apesar da expansão se ter prolongado ao longo do segundo e terceiro trimestres “a um ritmo constante”, foi também “moderado”. Isto porque “apesar do crescimento do emprego e a recuperação dos salários reais terem continuado a alimentar o rendimento disponível, o consumo das famílias foi contido”.

Um custo de vida ainda elevado e uma maior incerteza na sequência da exposição repetida a choques extremos, agravada por incentivos financeiros para poupar num contexto de taxas de juro elevadas, levou as famílias a poupar uma parte cada vez maior do seu rendimento”. No segundo trimestre de 2024, a taxa de poupança das famílias foi de 14,8% – acima das expectativas e mais de três pontos percentuais acima da média de longo prazo pré-pandemia. “Simultaneamente, o investimento foi dececionante, com uma contração profunda e generalizada na maior parte dos Estados-membros”, escreve a Comissão no seu relatório.

O comissário para os Assuntos Económicos, na conferência de imprensa de apresentação do relatório, considerou que as Previsões de Outono “não são otimistas” e estão “em linha com o consensus, desde que se tenha em conta os riscos descendentes que podem sempre acontecer”. Paolo Gentiloni sublinhou que, do seu ponto de vista, “há uma grande incerteza de quando e como a propensão das famílias para o consumo vai ganhar força, nas economias europeias”. “Olho muito para os valores das poupanças que não se mexem o suficiente em alguns países, apesar do aumento dos salários. É uma questão de incerteza numa previsão“, admitiu.

Assim, para este ano, a Comissão estima que Alemanha (-0,1%), Irlanda (-0,5%), Áustria (-0,6%), Finlândia (-0,3%) e Estónia (-1%) sofram uma contração, pelo segundo ano consecutivo, que depois será invertida em 2025. No próximo ano, as taxas de crescimento vão oscilar entre os 4,3% de Malta e os 0,7% da Alemanha. Aliás, o poderoso eixo franco-alemão apresenta o pior desempenho na tabela dos 27 com crescimentos do PIB de 0,8% e 0,7% respetivamente, que se transformarão em 1,4% e 1,3%, em 2026.

O maior otimismo da Comissão para 2025 assenta no facto de as restrições ao consumo parecerem estar a diminuir à medida que o “poder de compra dos salários recupera gradualmente, as taxas de juro descem e o consumo deverá crescer ainda mais”. A Comissão prevê ainda que o “investimento recupere tem do em conta o bom desempenho das empresas, recuperação dos lucros e melhoria nas condições de crédito”. Mas também é de sublinhar o impulso do Mecanismo de Recuperação e Resiliência, a bazuca europeia, e de outros fundos da UE no aumento do investimento público ao longo do horizonte de previsão.

“A procura interna deverá impulsionar o crescimento económico no futuro”, avança a Comissão. Em 2025 e 2026, Bruxelas espera que as exportações e as importações cresçam praticamente ao mesmo ritmo, o que significa “um contributo neutro para o crescimento”.

Efeito Trump só em janeiro ou fevereiro

Em termos de comércio internacional, as previsões foram fechadas antes de serem conhecidos os resultados das eleições norte-americanas. As ameaças de Donald Trump impor tarifas às importações europeias são um risco para as projeções, reconheceu o comissário para os Assuntos Económicos, na conferência de imprensa de apresentação das previsões. “As consequências da alteração de política nos Estados Unidos só vão surgir em janeiro ou fevereiro do próximo ano, porque existe um período de transição” entre a administração Biden e Trump, recordou Paolo Gentiloni.

Estamos a analisar a questão, mas este cenário”, de aumento das tarifas comercias, “pode ter repercussões em países como Alemanha e Itália que têm relações comerciais mais estreitas com os EUA”, reconheceu Gentiloni. “O que acresce às dificuldades na indústria que assistimos em alguns países apesar”, acrescentou, frisando, contudo que Berlim e Roma têm previsões de crescimento distintas — 0,7% e 1%, respetivamente, no próximo ano.

O comissário, que já está numa das suas últimas conferências de imprensa, recordou ainda que, mesmo nos EUA, existe uma grande discussão em torno das tarifas comerciais já que estas podem fazer escalar a inflação nos EUA, com o reflexo inerente na subida das taxas de juros, que por sua vez podem arrefecer o crescimento. A Comissão antecipa que os EUA cresçam 2,7% este ano, uma revisão em alta face às Previsões da Primavera (2,5), para abrandar nos anos seguintes para 2,1% e 2,2%.

Riscos e incertezas aumentam

Paolo Gentiloni foi muito claro ao sublinhar que as incertezas aumentaram. A continuação da guerra na Ucrânia e a intensificação do conflito no Médio Oriente alimentam riscos geopolíticos e riscos para segurança energética. Riscos aos quais se soma a possibilidade de aumento das medidas protecionistas entre os parceiros comerciais, algo que “poderia prejudicar o comércio global, pesando sobre a economia altamente aberta da UE”, reconhece.

Já a nível interno, os sinais de alarme estão concentrados “na incerteza política e nos desafios estruturais da indústria transformadora”, que se poderão traduzir em “novas perdas de competitividade e penalizar o crescimento e o mercado de trabalho”. A Comissão saúda a resiliência do mercado de trabalho que permite que a taxa de desemprego se situe em níveis historicamente baixos. O desemprego deverá ficar nos 6,1% este ano (6,5% na zona euro) e cair para 5,9% em 2025 e 2026 (6,3% na zona euro). Já o emprego vai continuar a crescer, embora a um ritmo mais lento – os 0,8% de progressão estimados para este ano (0,9% na zona euro), vão abrandar para 0,5% em 2026 (0,6% nas economias da moeda única).

Mas há mais riscos, como os atrasos na implementação do Mecanismo de Recuperação e Resiliência, ou seja a bazuca europeia. É verdade que a Comissão espera que através dos PRR de cada país haja uma retoma do investimento, até porque as regras obrigam a que os investimentos estejam todos concluídos até junho de 2026. “O setor das Administrações Públicas deverá impulsionar o investimento em infraestruturas, com o apoio do RRF”, escreve a Comissão. “À medida que o setor imobiliário finalmente recupera em 2026, o investimento em construção deverá crescer 3,3%. O investimento em equipamentos também deverá recuperar em 2025, continuando a crescer no ano seguinte”, estima Bruxelas.

Cerca de metade das despesas do MRR previstas com subvenções servirão para apoiar as empresas nas necessidades de ajustamento da capacidade, nomeadamente na transição para uma produção com baixas emissões e que poupe energia. “Ainda assim, a elevada incerteza e as mudanças estruturais deverão pesar nalguns segmentos da indústria transformadora, especialmente nas indústrias de uso intensivo de energia e do setor automóvel”, lê-se no documento.

Por outro lado, um impacto mais forte do que o esperado da consolidação orçamental também poderá travar ainda mais a retoma do crescimento, alerta a Comissão. O défice das administrações públicas da UE deverá diminuir em 2024 em cerca de 0,4 p.p., para 3,1% do PIB, e para 3% em 2025. Já em 2026, o impacto positivo do crescimento deverá permitir uma redução mais acentuada do défice para 2,9%. Na zona euro, a previsão é de uma redução do défice de 3% em 2024 para 2,9% em 2025 e 2,8% em 2026.

Mas, apesar de muitos Estados-membros estarem a trabalhar para reduzir os seus rácios da dívida, Bruxelas antecipa o rácio agregado da dívida em relação ao PIB da UE aumente, de 82,1% em 2023 para 83,4% em 2026. Isto segue-se a uma quebra de quase 10 pontos percentuais entre 2020 e 2023, e reflete “os efeitos dos défices primários ainda elevados e do aumento das despesas com juros, que já não são compensados por um elevado crescimento nominal do PIB, uma vez que a inflação está a desacelerar”. Na zona euro, a dívida pública deverá aumentar de 88,9% do PIB em 2023 para 90% em 2026.

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A sua empresa está pronta para liderar em sustentabilidade?

  • BRANDS' ECO
  • 15 Novembro 2024

Os critérios ESG são, cada vez mais, fator de competitividade entre as empresas. Mas como saber onde a sua organização se encontra no percurso sustentável? A SIBS ESG pode ser a solução.

Num cenário empresarial onde a sustentabilidade passou de fator diferenciador a requisito essencial, as empresas são cada vez mais desafiadas a adotar práticas que respeitem os critérios ESG (Ambiental, Social e de Governação). Estes critérios, mais do que uma tendência, são hoje um reflexo de compromisso e de visão para o futuro.

Mas será que a sua empresa está preparada para essa liderança sustentável? Para o saber, é crucial avaliar o seu posicionamento atual neste percurso ESG, que permite entender melhor as práticas ambientais, sociais e de governação dentro da organização e identificar os próximos passos para um futuro mais responsável e competitivo.

E como fazer? A verdade é que esta avaliação passa por vários processos e burocracias. Ou melhor, passava! Com o objetivo de facilitar a vida às empresas que pretendem saber em que ponto estão no caminho da sustentabilidade, a SIBS desenvolveu a plataforma SIBS ESG, através da qual avalia e orienta empresas neste percurso, ajudando-as a transformar a responsabilidade ambiental em vantagem competitiva.

Quais as vantagens da SIBS ESG?

A SIBS ESG oferece uma plataforma completa e gratuita onde pode realizar o autodiagnóstico da sua empresa, avaliar o desempenho atual em ESG e identificar áreas de melhoria.

Esta solução é acessível para pequenas, médias e grandes empresas, assegurando que todas possam alinhar-se com as melhores práticas e regulamentações europeias.

Um dos grandes benefícios da plataforma é a sua capacidade de comunicar diretamente com os principais bancos portugueses, eliminando a necessidade das empresas reportarem de banco para banco. Isto simplifica significativamente o processo de reporte, tornando-o mais eficiente e menos moroso.

Entre as mais-valias desta plataforma está uma equipa de suporte, com a qual pode contar para se sentir auxiliado no preenchimento dos inquéritos e a esclarecer todas as suas dúvidas, mas não só. Outras das vantagens são:

  • Plataforma unificada de preenchimento gratuito – esta opção simplifica o preenchimento de informação ESG ao centralizar, reportar e partilhar os dados da sua empresa com as instituições financeiras aderentes, sem custos adicionais;
  • Formação gratuita – tem a possibilidade de participar em ações de capacitação, que incluem formações em ESG, demonstrações do portal e workshops destinados a elevar a maturidade ESG da sua empresa;
  • Autodiagnóstico gratuito para avaliar o seu desempenho ESG – este autodiagnóstico gratuito permite-lhe ter uma visão clara do posicionamento ESG da sua empresa, identificando dados-chave para a sua estratégia e plano de ação;
  • Reconhecimento do compromisso com a sustentabilidade – através desta plataforma, consegue obter um selo que reconhece as suas boas práticas ESG, aumentando a sua visibilidade e competitividade.

Entre a informação que pode conseguir com a SIBS ESG estão ferramentas avançadas para calcular emissões CO2, avaliar riscos físicos e reportar dados de ESG de forma integrada. Esta abordagem centralizada não só simplifica o cumprimento regulatório, como também permite obter os selos de distinção, que destacam o seu compromisso com a sustentabilidade e tornam a sua empresa um parceiro de confiança no mercado.

O acesso à SIBS ESG é gratuito e o processo é simples – apenas precisa de fazer o seu registo aqui.

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Exposição “Uma Paixão sobre Rodas” prolongada até 2025

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 15 Novembro 2024

A exposição que mostra pela primeira vez ao público a coleção de André Villas-Boas, no Museu do Caramulo, está a ter um sucesso tal que foi prolongada até 5 de Janeiro de 2025.

Visitada por mais de 25 mil pessoas desde a sua inauguração, em Julho passado, esta mostra temporária que junta automóveis, motas e artigos de automobilia pertencentes ao atual presidente do Futebol Clube do Porto permite-nos ter uma visão da paixão que o colecionador tem pelo mundo motorizado.

Construída ao longo de anos e com uma curadoria pessoal, a coleção de André Villas-Boas reflete os seus gostos, que vão desde os clássicos desportivos – como o Lamborghini Miura P400 S, o Porsche 911 Carrera RS 2.7 ou o Ferrari F40 – ao universo das duas rodas – com exemplares tão exóticos como a Confederate P51 Combat Fighter ou a Norton Commando “Auto Fabrica Type 16”. E claro, a competição, que atrai Villas-Boas desde criança, cumprindo agora o sonho de colecionar não só os modelos dos grandes protagonistas do passado – como as motos KTM de Cyril Despres e Marc Coma e a sua própria Toyota Hilux – mas também daqueles ainda no activo – como o Peugeot 3008 DKR Maxi de Stéphane Peterhansel e a KTM RC16 de Miguel Oliveira.

A coleção vai ainda mais além, com a demonstração de uma paixão genuína que surpreende pela variedade de exemplares que passam pelo exótico BAC Mono, pelo possante Ferrari 599 GTB Fiorano, mas igualmente pelo clássico MG Le Mans EX 182 e pelo popular Fiat 500 L. Além deste extraordinário alinhamento de automóveis e motos, a exposição conta também com um conjunto de artefactos pessoais preservados desde a infância e que conectam a paixão de Villas-Boas a todas as suas vivências, das miniaturas aos bilhetes das provas, passando pelos capacetes das lendas com quem se cruzou.

Tem, assim, uma última oportunidade para mergulhar a fundo nesta paixão sobre rodas, no Museu do Caramulo. E, se partilha com Villas-Boas esta paixão pelos motores, saiba que em Fevereiro (21, 22 e 23) está de volta à Cordoaria Nacional o Salão MotorClássico, dedicado ao universo dos automóveis clássicos, com mais de cem expositores de vários países. No evento favorito dos aficionados do mundo dos clássicos, destaca-se a celebração dos 70 anos de lançamento de dois ícones dos motores: o Fiat 600 e o Citroën DS. Marque já na agenda.

“Uma Paixão Sobre Rodas – Coleção de André Villas-Boas”

Museu do Caramulo – Fundação Abel e João de Lacerda
Rua Jean Lurçat nº42, 3475-216 Caramulo
Tel.: 232 861 270

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Bolsa prepara alternativas aos certificados de aforro para investir em dívida

  • ECO
  • 15 Novembro 2024

A bolsa de Lisboa está a preparar novos instrumentos de dívida pública portuguesa dirigidos aos pequenos investidores. IGCP aplaude a medida e admite facilitar a distribuição.

Os pequenos investidores que queiram apostar em dívida vão ter uma alternativa aos certificados de aforro. A bolsa portuguesa está a preparar o lançamento de novos produtos derivados direcionados para o retalho e diz que há “apetência” pelas obrigações de mais longo prazo. Já o IGCP, a agência que gere a dívida portuguesa, diz que “todas as plataformas que facilitem o acesso dos investidores de retalho ao mercado são positivas”.

“Temos a intenção de lançar instrumentos dirigidos a retalho na área da dívida”, adiantou Isabel Ucha, CEO da Euronext Lisbon, ao Jornal de Negócios (acesso pago). “A Euronext acabou de lançar uma família de índices sobre o preço dos títulos do Estado de vários países, a partir dos dados do MTS [plataforma de trading de dívida do grupo], nos quais se inclui a dívida portuguesa”, explicou. Depois de avançar com os derivados sobre ações do PSI, a ideia é avançar no mesmo sentido com as obrigações nacionais. “Isto vai ter impacto para a dívida pública portuguesa e depois, a seu tempo, também para a dívida de empresas”, acrescentou Ucha.

Fonte oficial do IGCP refere que “todas as plataformas que facilitem o acesso dos investidores de retalho ao mercado são positivas, porquanto promovem a liquidez e a maior participação do mercado de retalho na dívida soberana”. A agência que gere a dívida portuguesa refere que a plataforma da Euronext poderá permitir a expansão geográfica da colocação dos produtos de dívida transacionável de Portugal noutros mercados, bem como dar acesso a produtos de dívida de outros países aos investidores de retalho nacionais.

 

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Atum é a conserva de peixe mais produzida em Portugal. Exportação rende 334 milhões

  • Lusa
  • 15 Novembro 2024

Portugal conta com 36 espécies de peixe em conserva e mais de 800 referências. Setor soma 3.500 empregos diretos, sendo 90% ocupados por mulheres. Mais de 60% da produção é vendida no estrangeiro.

O atum é a conserva mais produzida em Portugal, representando quase metade do total do setor de enlatados de peixe, mas é também a mais exportada, tendo representado 334 milhões de euros em 2023, e importada, segundo dados da ANICP.

A produção nacional de conservas de peixe em Portugal atingiu os 468 milhões de euros em 2022, “com um volume de produção de 80.000 toneladas. Este desempenho representa um crescimento de 28% em valor e 25% em quantidade em relação a 2021”, revelou a ANICP – Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe, numa nota enviada à Lusa.

O atum continua a ser a principal conserva produzida, tendo gerado 209 milhões de euros, ou seja, 45% do total do setor. Sardinhas, crustáceos e moluscos também têm um peso importante na produção do setor, apontou a associação, a propósito do Dia Nacional das Conservas, que se celebra esta sexta-feira.

Mais de 60% de toda a produção é destinada à exportação, sendo que, no ano passado, esta representou 334 milhões de euros, mais 10% em relação ao ano anterior.

Espanha e França são os principais destinos de exportação, representando 29% e 24% do volume exportado, respetivamente. Já relativamente ao preço de venda destacam-se os EUA (9,1 euros por kg), seguido por Itália (8,5 euros). O atum é também o principal produto exportado, representando 40% do total, sobretudo para Espanha (48%).

No ano passado, Portugal importou 289 milhões de euros em conservas, num total de 67.000 toneladas, o equivalente a um acréscimo de 8% em valor e de 6% em quantidade. Mais de metade destas importações é de conservas de atum. Espanha é o principal fornecedor (59%).

Em 2022, os custos operacionais do setor em Portugal foram de 384 milhões de euros. Neste período, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) totalizou 78 milhões de euros e o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) 35 milhões de euros.

A ANICP referiu que o setor “enfrenta uma crescente dificuldade na contratação de mão-de-obra local”, o que representa um desafio, sendo assim necessárias estratégias de atração e retenção de talento.

Neste sentido, as conserveiras implementaram políticas de melhoria das condições de trabalho, onde se inclui um programa de bolsas de estudo para o ensino técnico e superior, lançado em 2024, destinado a familiares de trabalhadores com baixos recursos financeiros.

Portugal conta com 36 espécies de peixe em conserva e mais de 800 referências. Este setor soma 3.500 empregos diretos, sendo 90% destes ocupados por mulheres.

O Dia Nacional das Conservas de Peixe, instituído por uma resolução da Assembleia da República, tem por objetivo reconhecer o valor desta indústria e sensibilizar para a importância dos produtos da pesca. A data escolhida para assinalar esta efeméride corresponde à da primeira distinção entregue a uma conserveira de peixe portuguesa no encerramento da Exposição Universal de Paris de 1855.

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“Vista” a sua casa na nova Fashion Clinic Home

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 15 Novembro 2024

A nova Meca da decoração acaba de inaugurar na Avenida da Liberdade. Fashion Clinic Home é o novo espaço permanente do Grupo Amorim Luxury dedicado ao homeware.

Depois do sucesso da Fashion Clinic Home em versão Pop Up, no ano passado, 2024 dá as boas-vindas a mais um espaço requintado – permanente – do Grupo Amorim Luxury, dedicado à decoração. A nova loja, de 300 metros quadrados, situa-se junto ao JNcQUOI Ásia, na Avenida, e vem reforçar o conceito do grupo “Food Meets Fashion Meets Hospitality”. E lá dentro encontramos uma curadoria de objetos que seguem as novas tendências do mundo da decoração, inseridos numa atmosfera acolhedora e intimista, que irá certamente tornar-se numa referência neste segmento.

Na nova Fashion Clinic Home encontramos inspiração para variadas linguagens estéticas, do eclético ao rústico, passando pelo clássico, o boho ou o retro e o oriental, numa riqueza formas, cores e texturas que ligam com variados perfis de habitação. Seja com as molduras da All Origine; os apetecíveis coffee table books da Assouline; as míticas velas de cheiro da Dyptique, Byredo ou da Trudon; a tableware oriental da Ginori 1735 ou tão estilo-Comporta como a da La Double J; os móveis da Maison de Vacances; os maravilhosos cadeirões de missangas Fernando Ottero ou as coloridas almofadas da JP Demeyer & Co. A seleção sofisticada de peças decorativas ou de pequenos presentes, de dezenas de marcas nacionais (clássicos como Bordallo Pinheiro e Leitão & Irmão incluídas) e internacionais, dá vontade de levar tudo e de redecorar a casa todos os dias, até ao infinito.

Fashion Clinic Home

Avenida da Liberdade, nº144-146
1250-001 Lisboa

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Hoje nas notícias: poupanças, venda da TAP e Manuel Serrão

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A bolsa portuguesa está a preparar o lançamento de novos instrumentos de dívida pública portuguesa dirigidos aos pequenos investidores, que vão ser uma alternativa aos certificados de aforro para quem quer investir em dívida. Humberto Pedrosa, ex-acionista da TAP, poderá vir a ser de novo o rosto português na venda da transportadora aérea portuguesa. Auditoria do Governo aos fundos da Seletiva Moda não encontrou provas da transferência efetiva do dinheiro para as Pequenas e Médias Empresas. Conheça esta e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

Aforradores vão ter alternativa aos certificados para investir em dívida

Os pequenos investidores que queiram apostar na dívida pública portuguesa vão ter uma alternativa aos certificados de aforro. A bolsa de Lisboa está a preparar novos derivados que servirão de base à oferta direcionada para o retalho e diz haver “apetência” pelas obrigações de mais longo prazo. Já a agência que gere a dívida pública, IGCP considera que “todas as plataformas que facilitem o acesso dos investidores de retalho ao mercado são positivas” e admite até vir “eventualmente” a constituir um canal de distribuição “adicional” de certificados de aforro.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Humberto Pedrosa pode regressar à TAP

Não está fechada a porta à participação de capital português na privatização da TAP, uma hipótese que dependerá da forma como irá ser desenhado o caderno de encargos pelo Executivo de Luís Montenegro, um processo ainda em construção. Humberto Pedrosa, ex-acionista da TAP, sente que o seu investimento na companhia portuguesa foi indesejavelmente interrompido e mantém-se disponível para reentrar no capital da transportadora na nova privatização, prevista para 2025. No entanto, o dono do Grupo Barraqueiro, que foi parceiro de David Neelemam na privatização de 2015, não terá ainda falado com o Estado nem com os candidatos já assumidos.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Governo perde rasto aos 26 milhões da associação de Serrão

A auditoria do Governo aos fundos europeus da Seletiva Moda – Associação de Promoção de Salões Internacionais, então liderada por Manuel Serrão, não encontrou provas de que esta associação tenha feito a transferência efetiva de cerca de 26 milhões de euros para as pequenas e médias empresas (PME) que participaram nos seus projetos. O dinheiro deveria ter sido transferido para cerca de 1.000, mas não foram encontradas evidências da transferência efetiva da verba. Auditoria passou a pente fino dois contratos que estão ser investigados no processo ‘Operação Maestro’, no qual Serrão é arguido e o principal suspeito, e cujas novas medidas de coação serão conhecidas só a 20 de novembro.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Eventos climáticos custaram 100 milhões às seguradoras em dois anos

A catástrofe natural que assolou Espanha provocou um cenário de destruição, que é o mais recente exemplo do impacto das alterações climáticas. Ainda que em proporções muito menores, Portugal também tem sido atingido por estes fenómenos extremos que custaram cerca de 100 milhões de euros às seguradoras nacionais em dois anos. O setor recorda a urgência de se criar um sistema de proteção de riscos de natureza catastrófica como já existe no país vizinho.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Hospitais alarmados com rutura de medicamentos

A esmagadora maioria dos hospitais do SNS considera as ruturas de medicamentos um problema grave e quase metade admite que estas falhas ocorrem diariamente. Os dados, do último barómetro promovido pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), também aponta a carência de recursos humanos, nomeadamente de farmacêuticos hospitalares, com uma das principais barreiras no acesso ao medicamento. Segundo o mesmo barómetro, as ruturas de medicamentos voltam a ser classificadas como um problema grave que afeta todo o tipo de medicamentos por 93% dos hospitais que responderam ao estudo.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

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Trump escolhe ativista antivacinas Robert Kennedy Jr. para secretário da Saúde

  • Lusa
  • 15 Novembro 2024

Segundo Trump, Kennedy Jr. irá garantir que agências públicas voltam a cumprir os mandatos da ciência "para acabar com a epidemia de doenças crónicas e tornar a América grande e saudável novamente".

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que vai nomear Robert F. Kennedy Jr., ex-candidato presidencial conhecido pelas suas teorias da conspiração sobre as vacinas, como o novo secretário da Saúde.

“Durante demasiado tempo, os americanos foram esmagados pela indústria alimentar e pelas empresas farmacêuticas que se envolveram em enganos e desinformação quando se trata de saúde pública”, frisou Trump, através da sua rede social Truth Social.

O magnata republicano prometeu que o Departamento da Saúde desempenhará um papel importante para garantir que a população está protegida “de produtos químicos nocivos, poluentes, pesticidas, produtos farmacêuticos e aditivos alimentares que contribuíram para a esmagadora crise sanitária” no país.

De acordo com Trump, Kennedy Jr. irá garantir que estas agências voltem a cumprir os mandatos da ciência “para acabar com a epidemia de doenças crónicas e tornar a América grande e saudável novamente”.

Num comício em Nova Iorque no final da campanha eleitoral, Trump já tinha avançado que se derrotasse a vice-presidente e candidata democrata, Kamala Harris, nas presidenciais de 5 de novembro, iria permitir que Kennedy Jr. assumisse a pasta da saúde.

O filho do ex-procurador-geral dos EUA Robert F. Kennedy e sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy, ambos assassinados na década de 1960, é, na opinião de Trump, “um sujeito fantástico” e com bons conhecimentos sobre pesticidas e meio ambiente.

Antes de dar o seu apoio a Trump, Kennedy Jr. tinha iniciado a sua candidatura mal sucedida à presidência pelo lado democrata.

Em abril do ano passado apresentou-se como alternativa ao Presidente Joe Biden e anunciou as suas aspirações a ser o candidato daquele partido, mas em outubro divulgou que ia abandonar aquele partido, para concorrer como independente, algo que acabou por suspender também.

Grande parte do clã Kennedy virou-lhe as costas por causa das teorias da conspiração que começou a espalhar durante a pandemia de Covid-19 sobre as vacinas, como a de que este vírus tinha como objetivo atacar caucasianos e negros e que as pessoas mais imunes são os chineses e os judeus asquenazes.

Kennedy Jr. relacionou ainda os tiroteios em massa nas escolas com antidepressivos como o Prozac, denunciou que os democratas recebem muito mais dinheiro das empresas farmacêuticas do que os republicanos e está convencido de que as vacinas causam autismo.

Trump tinha-lhe garantido que teria um cargo relacionado com a Saúde no seu futuro executivo: “Promessa cumprida”, frisou na rede social X Donald Trump Jr., filho mais velho do ex-presidente (2017-2021) e magnata nova-iorquino.

A nomeação de Kennedy Jr. junta-se à polémica lista com que Trump prepara o seu segundo mandato, que inclui como procurador-geral o congressista conhecido por posições políticas polarizadoras Matt Gaetz, acusado de tráfico sexual de menores, o proprietário da X, Elon Musk, como responsável pela eficiência governamental, ou o apresentador da Fox News, Pete Hegseth, como chefe do Pentágono (Departamento de Defesa).

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Borja Carabante inaugura as reuniões da Cátedra Padecasa-UAX com a mobilidade urbana sustentável como tema principal

  • Servimedia
  • 15 Novembro 2024

A Universidade Alfonso X el Sabio (UAX) realizou a primeira reunião do novo curso da Cátedra Padecasa-UAX, intitulado “Mobilidade urbana sustentável”, no seu campus urbano UAX Madrid Chamberí.

Borja Carabante, delegado do Departamento de Urbanismo, Meio Ambiente e Mobilidade da Câmara Municipal de Madrid, proferiu a conferência inaugural, na qual explicou as chaves e os projetos em curso da chamada estratégia Madrid 360.

Este evento faz parte das atividades da cátedra, cujo objetivo é promover o desenvolvimento conjunto de atividades de assessoria, formação, investigação e divulgação relacionadas com os desafios futuros do setor da pavimentação rodoviária. Estes desafios incluem a implementação de novas técnicas e materiais, a sustentabilidade e a consolidação da transformação digital no setor.

A estratégia Madrid 360 da Câmara Municipal de Madrid está a trabalhar na implementação de soluções inovadoras para melhorar a qualidade do ar e reduzir a pegada de carbono da cidade. Carabante afirmou que “a mobilidade e a sustentabilidade são desafios que nos afetam a todos. Os indivíduos, as administrações, mas também a sociedade civil. Neste caso, empresas privadas e instituições académicas, como a Universidade Alfonso X el Sabio, que fornecem informação, conhecimento e investigação, essenciais para encontrar soluções em conjunto para enfrentar o desafio das alterações climáticas”.

A reunião serviu também para destacar a investigação conjunta inovadora que está a ser realizada pela UAX e pela PADECASA no domínio da mobilidade sustentável. Esta abordagem está em consonância com os objetivos da cátedra, que trabalha em projetos centrados no desenvolvimento de sistemas e tecnologias que contribuam para uma mobilidade urbana amiga do ambiente. Para além disso, procura também envolver os estudantes, incentivando a sua participação em iniciativas com impacto social e ambiental, e reforçando a sua formação em sustentabilidade. Desta forma, durante o encontro puderam debater com especialistas e instituições sobre os desafios, inovações e desvantagens que surgem neste domínio.

Esta cátedra é também mais um exemplo da sólida relação que a UAX mantém com o meio empresarial e que se materializa em acordos estratégicos com empresas de referência como a Padecasa. Para o seu CEO, Francisco Díez, “esta cátedra tem um valor fundamental porque está muito alinhada com a estratégia e o desenvolvimento do negócio da nossa empresa, que baseia a sua atividade na inovação, na sustentabilidade e na digitalização. Acreditamos que a aposta neste modelo universidade-empresa, que é uma extensão das capacidades da UAX na empresa e que também traz o desenvolvimento da nossa ação para a universidade, é uma fórmula totalmente vanguardista e transgressora”.

Todas estas iniciativas, investigações e acordos fazem da UAX a instituição que lidera o desenvolvimento de projetos de colaboração universidade-empresa no setor da engenharia em Espanha. A este respeito, Ángel Sampedro, Diretor do Departamento de Engenharia e Arquitetura da Escola Superior Politécnica da UAX e Diretor da Cátedra Padecasa-UAX, explicou que nesta cátedra “trabalhamos muito no campo urbano, em pavimentação, mobilidade, veículos e toda uma série de tecnologias também relacionadas com a economia circular no campo das estradas urbanas. Além disso, permite que os nossos alunos do primeiro ano dos seus cursos de engenharia trabalhem em projetos reais com uma empresa que os orienta e sempre com uma forte componente de inovação e sustentabilidade”.

OBSERVATÓRIO DE ZONAS DE BAIXAS EMISSÕES

O trabalho desenvolvido pela UAX nesta área levou ao lançamento, em 2023, da primeira edição do ‘Observatório de Zonas de Baixa Emissão da Universidade Alfonso X el Sabio (UAX)’, um projeto desenvolvido por estudantes de Engenharia Civil sob a supervisão de Ángel Sampedro.

Nesta fase inicial, o estudo analisou a viabilidade técnica e económica da implementação de Zonas de Baixas Emissões (ZBE) em 40 municípios de Espanha e revelou que quase 85% das cidades afetadas pela Lei das Alterações Climáticas ainda não tinham adotado planos de mobilidade urbana sustentável. De acordo com a UAX, Madrid foi a única cidade que cumpriu os regulamentos em termos de monitorização do funcionamento das ZBEs, graças à estratégia Madrid 360, que os estudantes puderam conhecer em pormenor durante o evento. O Observatório terá uma segunda fase, na qual serão efetuadas novas análises, que serão apresentadas em breve.

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Entrevista rápida: Gonçalo Amaro, Director of Digital Commerce da SIBS

  • BRANDS' ECO
  • 15 Novembro 2024

Gonçalo Amaro, Director of Digital Commerce da SIBS, partilhou com o ECO algumas das inovações da empresa no contexto digital.

A SIBS marca presença na Web Summit 2024 com um stand que exibe as suas mais recentes inovações, juntamente com soluções desenvolvidas em colaboração com parceiros nacionais e internacionais para simplificar o dia a dia das empresas e dos consumidores.

Durante os três dias do evento, o espaço da SIBS promove ainda talks com convidados nacionais e internacionais, centradas no mercado de pagamentos, explorando as tendências e o futuro das transações digitais.

Gonçalo Amaro, Director of Digital Commerce da SIBS, partilhou com o ECO algumas das inovações da empresa no contexto digital. “Estamos a lançar operações na Holanda com a iDEAL e na Polónia com a Blik. A nível nacional, temos estado a lançar soluções digitais não só para o e-commerce, mas também para o mundo físico, através da utilização de novos terminais Android com a aceitação de pagamentos em loja”, explica.

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